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SAÚDE MENTAL E

BEM-ESTAR DOS
PROFESSORES
DESAFIOS E
POSSIBILIDADES
ÍNDICE

INTRODUÇÃO
3
A SAÚDE MENTAL
DOS DOCENTES 4
6
SAÚDE MENTAL
EM TEMPOS DE
ISOLAMENTO

COMO APOIAR O
BEM-ESTAR FÍSICO
E MENTAL DOS
PROFESSORES?
7
10
8 DICAS PARA
PROMOVER O
AUTOCUIDADO

CONCLUSÃO
13
INTRODUÇÃO

Vivemos a era das transformações! O mundo passa


por uma revolução tecnológica que tem provocado
grandes mudanças nas interações sociais, de mer-
cado e, com isso, o processo de ensinar e aprender
também demanda mudanças, uma vez que o cida-
dão do futuro precisa ser preparado hoje.

Não obstante a esse grande desafio de formar pes-


soas para um futuro que ainda não conhecemos, os
professores precisam enfrentar, no espaço escolar,
adversidades que não são ensinadas nos bancos
das universidades – o acúmulo de trabalho, exaus-
tão emocional, pouco envolvimento dos pais e tan-
tas outras dinâmicas estressoras.

Diante de todo esse cenário globalizado, que viabi-


liza um contexto em que tudo parece se diluir tão
rapidamente, os professores são desafiados a lidar
com a tecnologia e fazer dela uma aliada; a adapta-
rem-se a ferramentas virtuais e a reverem suas me-
todologias de ensino. Tudo isso nos faz olhar para
a importância dos educadores e o cuidado com a
saúde física e mental desses profissionais.

Nas próximas páginas, daremos luz ao trabalho de


gestores e educadores para que a educação humani-
zada, tão sonhada nas teorias pedagógicas, torne-se
também um olhar mais humano sobre o fazer docente.
3
A SAÚDE
MENTAL DOS
DOCENTES
A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece que saú-
de não significa apenas a ausência de uma doença; ela “é
um estado de completo bem-estar físico, mental e social”.
Da mesma forma, destaca que saúde mental não implica so-
mente a ausência de transtornos ou deficiências mentais; “é
um estado de bem-estar em que um indivíduo realiza suas
próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da
vida, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir
com sua comunidade”.

O dia a dia de um professor é marcado por muitos desafios.


O desprestígio da profissão, a sobrecarga de trabalho buro-
crático, os casos de indisciplina e desrespeito de discentes,
as altas exigências de adaptação para atender uma educa-
ção em transformação. Ao sentirem que tudo isso é imposto
à docência – profissão que, por si só, já é múltipla e comple-
xa –, muitos profissionais acabam por entrar em sofrimento
mental e/ou físico.

Portanto, ansiedade, angústia, sensação de esgotamento


são sentimentos comuns entre os professores. E não só.
Desconfortos físicos, como dores de cabeça, perda da voz e
fraqueza, também os afetam com recorrência. Não raramen-
te, o adoecimento do docente pode ter relação com a profis-
são. Em alguns casos, a situação culmina no afastamento do
trabalho e, até mesmo, na perda de interesse e de motivação
para o exercício da docência.

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A SAÚDE
MENTAL DOS
DOCENTES

ALGUMAS ENFERMIDADES
RELACIONADAS AO SOFRIMENTO
MENTAL QUE ACABAM AFASTANDO
OS PROFESSORES DA SALA DE AULA:

 Depressão
 Crise de ansiedade
 Estresse
 Síndrome de Burnout
 Síndrome do Pânico

ALGUMAS DAS CONSEQUÊNCIAS DA


FALTA DE SAÚDE MENTAL DOCENTE:

 Sofrimento humano
 Absenteísmo
 Diminuição na qualidade do trabalho
 Desejo de abandonar a docência

Ações que visam a ajudar e apoiar o exercício e bem-estar


docente podem fazer toda a diferença não só na vida do
professor, como também na aprendizagem dos alunos, no
crescimento da escola e no desenvolvimento do país!

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SAÚDE
MENTAL EM
TEMPOS DE
ISOLAMENTO
A tecnologia, que anteriormente era vista com receio e resis-
tência, passou a ocupar um papel essencial para continuar o
processo de aprendizagem de alunos e alunas.

Para tornar isso possível, os docentes estão passando por


um processo de reinvenção no formato das aulas, alguns com
mais e outros com menos dificuldades. Para complementar
as aulas presenciais, os professores precisam se adaptar ao
mundo digital e às ferramentas virtuais; preparar atividades
que, mesmo aplicadas a distância, sejam capazes de motivar
e estimular o estudante em seu processo de aprendizagem;
estar disponíveis para esclarecer dúvidas e interagir com os
alunos, entre outros.

LEIA O ARTIGO

Como motivar educadores


a utilizar a tecnologia
como prática pedagógica

Os desafios, que outrora já eram grandes, agora parecem


ainda maiores. Muito trabalho e pouco tempo podem ocasio-
nar um sentimento de muita pressão sob o docente. Muitos
deles acabam por sentir cansaço, estresse, angústia. Além
disso, nessa nova realidade, há que se ter o cuidado para
que as horas em frente ao computador não acarretem tam-
bém problemas físicos como dores na coluna e/ou retina
ressecada.

6
COMO APOIAR
O BEM-ESTAR
FÍSICO E
MENTAL DOS
PROFESSORES?
O esgotamento físico e emocional ligados ao trabalho não
são uma especificidade do setor educacional. Muitos profis-
sionais sofrem da Síndrome de Burnout, termo criado pelo
psicólogo estadunidense Herbert J. Freudenberger para de-
finir o distúrbio psíquico de caráter depressivo que acome-
te os trabalhadores. Na educação, o burnout ganha termo
específico, o mal-estar docente, defendido pelo professor e
pesquisador José M. Esteve, na obra O mal-estar docente: a
sala de aula e a saúde dos professores (1999).

O caminho para vencer esse desafio passa também pela ges-


tão escolar, por meio de uma tríade que envolve o apoio, o
acolhimento e a formação. Assim como existe a necessidade
de ouvir os alunos para entender a realidade que os cerca, é
necessário também o exercício de escuta dos professores por
parte dos gestores de modo a se perceber quais as aflições,
os medos e as angústias que esses educadores enfrentam no
contexto escolar. Ou seja, criar um ambiente escolar agradá-
vel, onde o professor se sinta bem acolhido e, consequente-
mente, aumente a sensação de bem-estar, elevando também
seu desempenho e a própria realização profissional e pessoal.

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Como motivar e liderar


equipes a distância? O
futuro do trabalho

7
COMO APOIAR
O BEM-ESTAR
FÍSICO E
MENTAL DOS
PROFESSORES?

Para criar esse ambiente agradável é fundamental que a gestão


propicie momentos de conhecimento pessoal entre os profes-
sores, em que se promova a descontração e intensifiquem-se
os valores de amizade, respeito e sinceridade. Confira algumas
atividades que podem ajudar nesse processo:

DINÂMICAS MOTIVACIONAIS: promover rodas


de conversa, jogos e outras atividades em grupo ajudam a
estreitar a relação entre os professores e a destacar o trato
com as emoções, sejam elas positivas, sejam elas negativas.

ESTRUTURA DA ESCOLA: o ambiente tem uma forte


influência sobre as emoções, e isso inclui o espaço de traba-
lho dos professores. O gestor escolar precisa se preocupar
em promover aos educadores um espaço acolhedor, limpo e
organizado. Além da cantina e do pátio, espaços frequentados
por todos, a sala dos professores também merece atenção,
com móveis e espaços onde os profissionais possam corrigir
provas, ajustar os detalhes da aula ou apenas relaxar durante
o intervalo. Ambientes pedagógicos bem estruturados, como
salas de aula com internet, laboratórios equipados, ajudam a
motivar os educadores a realizarem um trabalho de qualidade.

IDENTIDADE E CULTURA DA ESCOLA: assim


como as empresas precisam ter colaboradores alinhados com
a cultura organizacional, a escola precisa deixar claro para os
seus educadores qual a sua proposta educacional, ou seja, o
seu Projeto Político Pedagógico. A partir dessa clareza, os pro-
fessores poderão ter um norte a seguir no trabalho em sala
de aula e, assim, se sentirem mais confiantes em seu trabalho.

8
COMO APOIAR
O BEM-ESTAR
FÍSICO E
MENTAL DOS
PROFESSORES?

FORMAÇÃO CONTINUADA: em um mundo em


que as relações sociais passam por constantes transforma-
ções, os professores precisam estar informados, atualizados
a respeito das suas práticas. Cursos online e acesso aos prin-
cipais veículos de comunicação são ótimas ferramentas de
formação continuada. Além disso, é interessante promover
ambientes e momentos para os educadores trocarem expe-
riências profissionais.

COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO: formar


um canal de comunicação aberto entre gestores e todo o
corpo docente é fundamental para garantir uma equipe mo-
tivada. Esse diálogo por meio de uma gestão de comunica-
ção deve ser sempre transparente, aberto e sincero, além de
trabalhar em duas frentes: individual e coletiva, de forma a
melhorar o que precisa ser melhorado, elogiar as qualidades
de cada um e também enquanto equipe.

PLANO DE CARREIRA: a motivação passa também


pelo cuidado com o futuro dos profissionais. Um plano de
carreira bem estruturado faz com que a promoção se tor-
ne um reconhecimento do trabalho feito, além de manter os
professores motivados constantemente a crescerem.

Essas atividades demonstram que o papel da formação do-


cente na escola vai além dos pressupostos pedagógicos, e,
portanto, ela precisa ser mais humana.

9
1
8 DICAS PARA
PROMOVER O

5
AUTOCUIDADO

2
Ser o elo responsável por conectar todos os alunos em sala
de aula não é tarefa fácil, uma vez que toda a carga emocio-
nal vinda de diferentes contextos dos discentes recai sobre

6
o professor. E não para por aí – o docente precisa lidar com
isso em várias turmas, o dia todo.

Falar de saúde mental e, consequentemente, saúde física dos


professores é pensar no bem-estar que proporciona auto-
nomia intelectual a esses profissionais, seja na vida pessoal,

7
seja no campo do trabalho.

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Educação on-line

3
a longo prazo

Nesse sentido, cuidar da saúde mental envolve ações posi-


tivas não só de fatores externos, como o ambiente escolar,

8
mas também em relação a si mesmo e aos outros: colegas de
trabalho, alunos, pais e até mesmo a própria família. Pensar
na saúde mental é como executar uma música bem tocada.
Se não houver harmonia entre todos os instrumentos, se a
interação não estiver alinhada, a melodia sairá desafinada
aos ouvidos.

Nesse arranjo musical entre vida profissional e pessoal, o


professor é o maestro que rege todo esse cenário. Por isso,
separamos oito dicas para que ele possa desenvolver a har-
monia e o autoconhecimento seja na escola, seja no trabalho
domiciliar, durante o isolamento social.

10
1
8 DICAS PARA

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PROMOVER O
AUTOCUIDADO

CONHECER AS PRÓPRIAS EMOÇÕES

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Nessa tarefa, o lápis e o papel são os principais aliados. O
educador deve transformar em palavras os sentimentos que
vem à mente quando se pensa no trabalho na escola. É im-
portante levar a um profissional de saúde mental aquelas
palavras negativas ou que indicam estresse.

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SER RESILIENTE
A resiliência significa ter a capacidade de adaptar-se ou até
mesmo superar momentos de adversidades. Profissões que
lidam com muitas pessoas, como a docência, exigem uma
maior resiliência. Investir em relacionamentos que te for-

7
taleçam pode ser um bom caminho para desenvolver essa
característica.

PREVENIR A ANSIEDADE E LIDAR


COM A PREOCUPAÇÃO
O importante diante das adversidades é encontrar caminhos

34
para as possíveis soluções e tirar o foco do problema. Para
isso, deve-se analisar a situação com transparência e des-
cobrir o pior que pode acontecer. Às vezes, aceitar o pior
resultado também é um exercício válido.

8
FAZER UMA GESTÃO DO TEMPO
Obter o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional é fun-
damental para se ter uma mente saudável. Nessa tarefa, pla-
nejar as atividades em uma planilha pode ser uma excelente
alternativa para evitar, por exemplo, aquelas correções de
prova que atravessam a noite e prejudicam a sua vida social
e sua saúde.

11
1
8 DICAS PARA

55
PROMOVER O
AUTOCUIDADO

TER ALGUÉM PARA CONVERSAR

26
Compartilhar experiências é uma das melhores formas de
aprender e também de entender os próprios conflitos. No
entanto, além de usar esse tempo apenas para desabafar a
respeito dos problemas, é saudável procurar um bate-papo
mais construtivo que levante ideias e soluções criativas acer-

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ca do fazer docente.

APRENDER A DIZER NÃO


Ser uma pessoa carismática e social não significa dizer “sim”
todo o tempo. O “não” pode ser libertador, sobretudo naque-
las situações que estão além do que se pode cooperar.

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TER METAS E OBJETIVOS REALIZÁVEIS
Muito além dos grandes sonhos que se realizarão a longo
prazo, é importante elencar aquelas conquistas que se de-
seja para os próximos meses ou daqui a três ou cinco anos.
Alcançar pequenos objetivos pode gerar sentimentos forta-

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lecedores para enfrentar os desafios maiores.

CUIDAR DA SAÚDE DO CORPO


Dormir bem, hidratar-se durante todo o dia e praticar ativi-
dades físicas podem ser jargões presentes em muitos livros

8
de autoajuda, mas são atividades fundamentais para quem
deseja ter uma vida e uma mente mais saudável e mais feliz.

É importante ressaltar que não há a necessidade de colo-


car as dicas em prática todas ao mesmo tempo. Promover
a mudança em nós mesmos exige foco, força de vontade e,
principalmente, um passo de cada vez.

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CONCLUSÃO

A maioria de nós, seres humanos, reconhece a importância


do papel que o professor desempenha no desenvolvimento
humano, no fazer sonhar e acreditar no poder transforma-
dor da educação. No entanto, ano a ano, acompanhamos o
preocupante quadro de adoecimento daqueles que optaram
por seguir a carreira docente.

A pandemia da Covid-19 evidenciou, para as famílias de alu-


nos e a sociedade como um todo, o quão importante é o
trabalho docente e quantos desafios precisam ser supera-
dos nesse exercício. Reconhecer o valor do professor é mais
que necessário, é essencial. Mas é preciso ir além. Gestores,
diretores, coordenadores, pais, estudantes, governos e so-
ciedade de modo geral precisam atentar-se para a urgência
em preservar a saúde mental e física daqueles que dedicam
suas vidas à nobre missão de ensinar. É preciso traçar estra-
tégias e realizar ações concretas de apoio que contribuam
para o bem-estar docente.

Em suma, o educador que cuida, ampara, acredita no po-


tencial de seus alunos e os incentiva a ter esperanças está
precisando de ser cuidado, escutado, amparado. Enquanto
sociedade, não podemos deixar que nossos professores de-
sacreditem de sua profissão, que desistam. A saúde docente
precisa se tornar uma das prioridades da educação; essa é
uma pauta urgente e não pode ser mais adiada. É preciso de-
senvolver um trabalho capaz de enxergar o docente de for-
ma integral. É hora de construir relações mais humanizadas!

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