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Resumo: A presente tese analisa a competência comum do estado do Pará em legislar e fiscalizar a
cobrança de Royalties Incidentes sobre Recursos Naturais e como melhor utilizar esses recursos
financeiros para amenizar os conflitos sócio-ambientais provenientes da atividade hídrica e mineraria no
Estado.
1.Introdução
LEI N.º7.990/89:
LEI N.º.001/90:
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MARQUES, Raphael Peixoto de Paula. Compensação Financeira por Exploração Mineral: não inclusão
na base de cálculo do art. 29-a da CF/88. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 57, jul. 2002. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2978>. Acesso em: 07 jul. 2006.
Também se ressalta que é a compensação financeira é receita originária de cunho
indenizatório, como ressaltam as procuradoras do Estado do Pará Anete Pinho e
Lilian Haber:
“... do mal-estar que a exploração hídrica e mineraria causa no espaço dos demais entes,
pois certamente a topografia geoeconômica e social é afetada deste antes do início
de determinadas atividades, onde somente a expectativa criada na população é
suficiente para que seja dado início a intensos fluxos migratórios de pessoas
atraídas pela possibilidade de melhorar de vida...”.14
Demostra-se ainda a constitucionalidade da cobrança direta pelo estado desta
receita originária, pois há competência concorrente entre União, Estados e Distrito
Federal de legislar sobre direito financeiro, como elucida o art. 24, da C.F:
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o advento de novas tecnologias, a Amazônia a partir do século passado
passou a estar presente em todos os cálculos econômicos do futuro, ”sobretudo para os
setores de ponta: a biotecnologia, a engenharia genética, a tecnologia de novos
materiais, o controle da poluição e, naturalmente, refúgios da vida selvagem, cada vez
mais vitais para sobrevivência da humanidade...”15
Assim ao passo de uma sociedade técnico-científico-informacional, a Amazônia
foi vista como um passivo econômico, em que as descobertas científicas e as novas
tecnologias, oriundas da exploração da natureza sempre tiveram como justificativa o
preceito constitucional desenvolvimento nacional, que para consolidá-lo, a legislação
nacional agiu dos mais diferentes modos, criando novos arcabouços jurídicos, inserindo
no contexto amazônico, royalties, contratos de transferência de tecnologia, registros de
marcas e patentes.
No entanto todo esse arcabouço jurídico foi utilizado de maneira indevida, pois
exclusivamente se fez para garantir a propriedade privada, não utilizada para dirimir o
desenvolvimento e a desigualdade regional, e assim o homem da Amazônia, em vez do
progresso amargou conflitos sócio-ambientais, assim caracterizados pelo desmatamento
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PINHO. Anete Penna de Carvalho e HABER. Lilian Mendes. Royalties Incidentes sobre Recursos
Hídricos e Minerais: Possibilidade de arrecadação pelos estados da federação – Aspectos constitucionais
comuns da fiscalização Comum. In As Perspectivas da advocacia Pública e a Nova Ordem Econômica /
Organizadores: Zênio Ventura, Paulo Roney Ávila Fagúndez – Florianópolis: OAB/SC Editora 2006.
P.1093 – 1094.
15
PINTO. Lúcio Flávio. Internacionalização da Amazônia (sete reflexões e alguns apontamentos
inconvenientes). Edição Jornal Pessoal. Belém, 2002.
de sua floresta, poluição de seu rio e a apropriação de seu modo de vida e saber
tradicional.
Neste trabalho, não se propõe um arcabouço jurídico novo, nem uma formula
mágica, mas sim repensar o uso e a aplicação das receitas não tributárias no Estado do
Pará. No ano de 1994, foi editada a Lei complementar N.º 018/94, que já estabelecia
normas para utilização do resultado da Exploração dos Minerais do Estado, entretanto
esta lei foi editada num período histórico anterior as privatizações do setor mineral, na
qual grande parte dos recursos eram utilizados na aplicação do capital financeiro, como
treinamento e formação de pessoal para o setor mineral e assistência técnica à empresas
mineradoras, dentre outros.
Mas em virtude dos conflitos sócio-ambientais, fruto dos projetos hídricos e
minerais no Estado, deve-se priorizar os investimento dessa receita não tributária
somente no elencado no art. 4º, VIII, IX, X, da Lei complementar N.º18/94, assim
disposto:
VII - treinamento das comunidades atingidas por projeto minerais de
atividades
alternativas para produção na própria área;
VIII - levantamento das necessidades infra-estruturais e sociais nas áreas de
influência dos projetos minerais e priorização do atendimento em conjunto
com
organismos Estaduais das demandas elencadas;
IX - recuperação de áreas degradadas por garimpeiros e a orientação dos
mesmos com transferência de tecnologia para evitar poluição ambiental.
6.Conclusões articuladas;
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SILVA, Raquel Gomes. “A ÁGUA NA AMAZÔNIA E A SOBERANIA NACIONAL: a escassez de
água no mundo, a abundância do elemento hídrico na Amazônia e a globalização são fatores de
relativização das fronteiras nacionais”? Monografia apresentada ao Curso de Direito do Centro
Universitário do Pará (CESUPA), como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Direito,
orientado pela professora MSC Krishina Day Ribeiro. 2005.
1. No Estado do Pará os “Grandes Projetos” hídricos e minerais causam uma
elevada injustiça ambiental, visto que alteram o meio ambiente e o modo de vida
das populações tradicionais, que ocupavam o espaço geográfico hoje ocupado o
empresas transnacionais.
7. BIBLIOGRAFIA
1. ALBRAS on-line. Disponível em: <http://www.albras.net/infraestrutura.htm>
Ambiental - 2005. Paisagem, natureza e direito – São Paulo: Instituto O Direito por
um planeta verde.
Paulo, 1999.
7. IHERING. Rudolf Von. A Luta Pelo Direito. São Paulo: Martin Claret, 2003.
Fevereiro de 2005.
10. MACHADO. Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros editora.
Mineral: não inclusão na base de cálculo do art. 29-a da CF/88. Jus Navigandi,
12. MARTINS, Dayse Braga. Direito constitucional ambiental. Jus Navigandi, Teresina,
Disponível em:<http://www.sepof.pa.gov.br/estatistica/ipc_cesta_basica/pib.pdf>
http://www.amazonia.org.br/opiniao/artigo_detail.cfm?id=14856. Acesso em 17 de
Julho de 2006.
18. SILVA. José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. Malheiros Editora. 5ª ed.
20. SIMÕES. Sandro Alex de Souza; Bárbara Lou da Costa Veloso Dias