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Spotlight
Na manhã desta quinta-feira (6), a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP)
realizou um bate-papo virtual, com a participação de alguns especialistas, para explicar a
proposta desse projeto de lei.
Mediado por Paula Lima Oliveira, o evento contou com a participação do secretário
parlamentar Victor Teixeira Nepomuceno, a professora de Direito Camila Villard
Duran, o advogado Tiago Severo Gomes e o CEO do Mercado Bitcoin Reinaldo
Rabelo.
Ele afirma que a “ausência de regulação não significa prestígio ao liberalismo econômico”,
e que a legislação poderá minimizar danos e permitir que a atividade com criptomoedas
flua normalmente.
Já Camila destrincha as propostas da PL, cujos três pilares são entender o que são ativos
regulados e não regulados, quais as normas relacionadas à governança e às obrigações das
corretoras cripto, bem como a criação de um fórum que irá acompanhar o
desenvolvimento dos mercados de criptoativos.
Segundo ela, o foco da legislação é no micro, ou seja, mais referente aos ativos em si.
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Também discute o termo “segregação patrimonial”, em que ativos virtuais dos
consumidores, sob custódia nessas corretoras, não respondem direta ou indiretamente a
nenhuma obrigação da corretora ou possibilidade de confisco, nem compõem os efeitos de
falência, nem de garantia em débito.
Segundo ele, a discussão está atrasada, pois os parâmetros e as premissas são difíceis de
definir. A PL de Soraya demorou três anos para ser elaborada, então é preciso definir
pontos focais a fim de avançarmos na discussão.
Na sequência, Reinaldo fornece um panorama sobre o Mercado Bitcoin, que conta com
2,7 milhões de clientes sob a holding 2TM, que abarca uma série de iniciativas, como
a MB Digital Assets, Meubank e Clearbook.
Segundo Reinaldo, o bitcoin não elimina totalmente os intermediários, e sim facilita que
apenas os agentes que agregarem valor estejam envolvidos no processo de investimentos.
Apesar da falta de informações, ele garante que o setor cripto brasileiro não é bagunçado e
que “o problema nunca é do objeto negociado [o bitcoin]. O problema é sempre das
pessoas que pretendem explorar a ingenuidade de terceiros”.
Ele comenta a má fama das criptomoedas como ativos utilizados em transações ilegais.
Ele explica que, caso alguém queira realizar atividades criminosas, é mais fácil usar papel-
moeda, que não pode ser encontrado por ser um bem físico (logo, bom para lavagem de
dinheiro), e não criptomoedas, que são registradas eternamente em um blockchain.
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Na sequência, Camila explica que, caso aprovada, a PL não deve ignorar tokens não
fungíveis (NFTs), mas precisam ser bem-explorados pelo futuro fórum interministerial
por sua funcionalidade econômica.
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