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Entenda o PL 4.

207/2020 sobre Criptoativos


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19 de maio de 2021

Spotlight

A missão do PL que visa fornecer clareza e segurança aos


investidores brasileiros de cripto
Por Daniela Pereira do Nascimento | MONEYTIMES em 06/05/2021

Considerado como a proposta mais


completa para a regulamentação de
criptomoedas no Brasil, o Projeto de Lei (PL) n° 4.207/2020, impulsionado
pela Senadora Soraya Thronicke, pode fornecer muita clareza para a indústria.

Na manhã desta quinta-feira (6), a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP)
realizou um bate-papo virtual, com a participação de alguns especialistas, para explicar a
proposta desse projeto de lei.

Mediado por Paula Lima Oliveira, o evento contou com a participação do secretário
parlamentar Victor Teixeira Nepomuceno, a professora de Direito Camila Villard
Duran, o advogado Tiago Severo Gomes e o CEO do Mercado Bitcoin Reinaldo
Rabelo.

Espera-se que a legalização das apostas esportivas seja muito significativa


aos impostos

De início, Victor dá um panorama sobre o projeto de lei, que visa regulamentar as


atividades no Brasil de corretoras para proteger tanto os investidores como os
empresários.

Ele afirma que a “ausência de regulação não significa prestígio ao liberalismo econômico”,
e que a legislação poderá minimizar danos e permitir que a atividade com criptomoedas
flua normalmente.

Já Camila destrincha as propostas da PL, cujos três pilares são entender o que são ativos
regulados e não regulados, quais as normas relacionadas à governança e às obrigações das
corretoras cripto, bem como a criação de um fórum que irá acompanhar o
desenvolvimento dos mercados de criptoativos.

Segundo ela, o foco da legislação é no micro, ou seja, mais referente aos ativos em si.

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Também discute o termo “segregação patrimonial”, em que ativos virtuais dos
consumidores, sob custódia nessas corretoras, não respondem direta ou indiretamente a
nenhuma obrigação da corretora ou possibilidade de confisco, nem compõem os efeitos de
falência, nem de garantia em débito.

A ideia é que a PL facilite o trabalho do Conselho de Controle de Atividades Financeiras


(COAF) na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro.

Camila cita o tempo de resposta às inovações, a globalização dos criptoativos e o


movimento internacional de capitais como desafios regulatórios da PL, pois é preciso que
haja integridade no mercado a fim de assegurar o investimento das pessoas.

Em seguida, Tiago parabeniza o Mercado Bitcoin e Reinaldo por sua contribuição na


evolução do mercado brasileiro de criptomoedas.

Segundo ele, a discussão está atrasada, pois os parâmetros e as premissas são difíceis de
definir. A PL de Soraya demorou três anos para ser elaborada, então é preciso definir
pontos focais a fim de avançarmos na discussão.

Na sequência, Reinaldo fornece um panorama sobre o Mercado Bitcoin, que conta com
2,7 milhões de clientes sob a holding 2TM, que abarca uma série de iniciativas, como
a MB Digital Assets, Meubank e Clearbook.

Segundo Reinaldo, o bitcoin não elimina totalmente os intermediários, e sim facilita que
apenas os agentes que agregarem valor estejam envolvidos no processo de investimentos.

Apesar da falta de informações, ele garante que o setor cripto brasileiro não é bagunçado e
que “o problema nunca é do objeto negociado [o bitcoin]. O problema é sempre das
pessoas que pretendem explorar a ingenuidade de terceiros”.

Ele comenta a má fama das criptomoedas como ativos utilizados em transações ilegais.
Ele explica que, caso alguém queira realizar atividades criminosas, é mais fácil usar papel-
moeda, que não pode ser encontrado por ser um bem físico (logo, bom para lavagem de
dinheiro), e não criptomoedas, que são registradas eternamente em um blockchain.

Ele cita a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) e a Associação Brasileira


de Fintechs (ABFintechs) e a como agentes importantes na solidificação e confiança do
mercado cripto brasileiro.

Reinaldo afirma que as regulações apresentadas pelo Grupo de Ação Financeira


Internacional (FAFT-GAFI), pela Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA
(SEC), o Escritório de Controladoria da Moeda (OCC) e a Comissão de Negociação de
Futuros de Commodities (CFTC) só diferem das orientações da CVM e do Bacen no que
condiz à autorização do funcionamento de empresas e da punição dos árbitros que não
tiverem uma licença operacional.

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Na sequência, Camila explica que, caso aprovada, a PL não deve ignorar tokens não
fungíveis (NFTs), mas precisam ser bem-explorados pelo futuro fórum interministerial
por sua funcionalidade econômica.

Tiago complementa, afirmando que “criptoativos” continuam sendo um termo guarda-


chuva e abarca a definição de NFTs. Destaca a imprescindibilidade do fórum e que, se
agentes dessa indústria pensarem sempre do mesmo jeito, os resultados serão sempre
iguais e não haverá avanço.

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