Você está na página 1de 24

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL 25 DE JULHO

NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO

CONHECIMENTO E TECNOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA

A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO INFANTIL: A INFLUÊNCIA DA


SOCIEDADE EM RELAÇÃO À DESIGUALDADE DE GÊNERO

IJUÍ - RS
2018
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO

A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO INFANTIL: A INFLUÊNCIA DA


SOCIADADE EM RELAÇÃO A DESIGUALDADE DE GÊNERO

Trabalho de pesquisa desenvolvido junto


ao Projeto Interdisciplinar de Metodologia
de Pesquisa concomitante à disciplina de
português, apresentado na Escola
Técnica Estadual 25 de Julho, como
requisito parcial para aprovação do 2° ano
de Ensino Médio

Prof.ª orientadora: Mari Sandra Lazzarotto


Turma ___

IJUÍ - RS
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 3

1 GÊNERO............................................................................................................................. 5
1.1 A SOCIALIZAÇÃO E A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO...........................................................6
1.1.1 OS ESTUDOS DE MARGARET MEAD.................................................................................6

2 DESIGUALDADE DE GÊNERO..........................................................................................7
2.1 DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL..........................................................................7
2.2 DESIGUALDADE DE GÊNERO NO ÂMBITO INFANTIL......................................................8

3 EDUCAÇÃO DE GÊNERO..................................................................................................9
3.1 INFLUÊNCIAS PARA A VIDA ADULTA..................................................................................9

4 RAZÕES QUE LEVAM AS PESSOAS A DIFERENCIAR CRIANÇAS PELO GÊNERO. .10


4.1 RELAÇÕES NA ESCOLA.........................................................................................................10
4.2 A ESCOLA ENQUANTO GRUPO SOCIAL...........................................................................11

5 SOCIALIZAÇÃO ARTIFICIAL E INFERIORIZAÇÃO DA MULHER..................................12


5.1 FAMÍLIA COMO AGENTE EDUCADORA.............................................................................12
5.1.1 Submissão e feminilidade:..................................................................................................13
5.1.2 Orientação para o domínio sobre o meio:.......................................................................14
5.1.3 autoconfiança e autoestima:..............................................................................................14
5.1.4 Aspirações:.............................................................................................................................14
5.1.5 Níveis adequados de habilidades e experiências:........................................................15

6 PUBLICIDADE INFANTIL REFORÇA DESIGUALDADE DE GÊNERO...........................15


7 A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA FORMAÇÃO DE CRIANÇAS...........................................17

8 POR QUE A SEGREGAÇÃO DAS CORES AZUL E ROSA?...........................................18


8.1 NEM SEMPRE FOI ASSIM.......................................................................................................18
8.2 POR QUE ESTE ESTEREÓTIPO DE COR É PREJUDICIAL?...........................................19

9 A DIVISÃO DE BRINQUEDOS PELO GÊNERO...............................................................19


9.1 NEM DE MENINOS NEM DE MENINAS - APENAS BRINQUEDOS.................................21

10 ANÁLISE GRÁFICA........................................................................................................22

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................27

REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 29
3

INTRODUÇÃO

O presente trabalho irá mostrar a importância do conhecimento sobre a


desigualdade de gênero, a qual, por anos vem ocasionando mudanças significativas
no modo de vida das sociedades, especialmente no aspecto cultural. Estas
mudanças nos oferecem novas perspectivas nas formas de ver e pensar a
sociedade, permitindo visualizar um futuro que se transforma rapidamente em um
presente cada vez mais enigmático e assustador. A influência na qualidade de vida
de crianças, e as consequências e marcas, que se tornam presentes no futuro,
presenciando fatos que nos fazem refletir se isto que estamos vivendo pode de
alguma forma nos levar a autodestruição. Sendo assim é preciso desenvolver uma
visão disruptiva de um mundo em constante transformação, mas que muito pouco
mudou em questões que são muito importantes.

Há muito tempo a sociedade vem impondo representações que o indivíduo


tem de si, de outras pessoas, e de grupos formados no processo de socialização,
nesse processo, a criança passa a adquirir padrões e valores culturais que vem do
meio em que estão inseridos. Muitas vezes através desses processos de
socialização surge a desigualdade entre homens e mulheres, que acabam...

...CONTINUA...
4

1 GÊNERO

Durante muito tempo, masculino e feminino eram vistos como polos opostos
de uma única dimensão. Sendo assim, um indivíduo poderia apresentar atributos
masculinos ou femininos, mas jamais ambos, ou seja, os atributos restringiam-se ao
sexo biológico. Nesse modelo de unicidade sexual só existia um sexo – o masculino;
sexo tinha como referente os órgãos reprodutores do homem. A mulher era o
representante inferior desse sexo por não ter calor vital suficiente para atingir a
referência de perfeição anatômica do homem. A partir dessa crença, tem-se a
descrição da mulher como um homem invertido, com todos os órgãos para dentro: a
vagina era um pênis que tinha entrado para dentro do corpo; os ovários eram
testículos internos; o útero era o saco escrotal; a vulva, o prepúcio.

Na segunda metade do século XX, o conceito de gênero, que até então era
sinônimo de sexo, começa a receber uma perspectiva mais sociocultural. O
movimento feminista teve forte impacto na transformação das percepções sobre as
relações de gênero, trazendo uma perspectiva de gênero como construção social.

Segundo Ferreira (1986 p.844) “gênero é grupo de seres ou objetos de


mesma origem, de iguais ou semelhantes características essenciais ou de uma ou
mais particularidades similares”.

Para as ciências biológicas, o termo gênero se conceitua como ...

...CONTINUA...
5

1.1 A SOCIALIZAÇÃO E A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

As representações que o indivíduo tem de si, do outro e das instituições são


construídas no processo de socialização e é no processo de socialização, a partir da
assimilação dos valores e prescrições sociais da cultura, que um macho ou uma
fêmea se transforma em um homem ou uma mulher.
...CONTINUA...

1.1.1 OS ESTUDOS DE MARGARET MEAD

A norte-americana Margaret Mead em seu famoso estudo “Sexo e


temperamento” sustentava que as potencialidades humanas independiam do sexo
biológico. Desta forma, homens e mulheres, embora marcados por suas
constituições físicas, passaram a ser respeitados como indivíduos singulares, para
os quais o sexo passou a constituir apenas mais uma característica a ser
significada segundo sua história pessoal num determinado contexto sócio-cultural.

Nesse sentido, a categoria gênero passa a ter um novo olhar, não podendo
ser mais pensado de forma descontextualizada ou restrita ao corpo.

Em seu seu famosos estudo Margaret analisou três culturas primitivas


diferentes na Nova Guiné, e obteve resultados impressionantes da diferença de
temperamento entre homens e mulheres, sendo assim seguem os relatos:
A primeira tribo é a dos Arapesh e encontra um modelo ideal para homens e
mulheres: gentil, não agressivo, maternal. Uma cultura onde o “cuidar
minucioso e cotidiano das crianças pequenas, com sua rotina, irritações,
lamentações [...] agrada tanto aos homens quanto as mulheres” e na qual
“gerar um filho” pode referir-se a ambos, já que o marido se deita ao lado da
esposa quando ela está tendo um filho. Significativo lembrar que a
agressividade não é atribuída a nenhum dos sexos e o estupro é
desconhecido entre os Arapesh (MEAD, 1961. p 163).

A Segunda tribo analisada por Margaret é dos chamados Mundugumor nesta


tribo grosseria e violência são características igualmente dos homens e das
mulheres, sendo que,
...a gravidez malvista por ambos, e a criança só é amamentada depois de
muito chorar, sendo retirada do seio logo após. Para desmamá-la, os
métodos são violentos- tapas e empurrões. A agressividade sexual é a
tônica e os antagonismos do cotidiano se resolvem no corpo a corpo, sendo
as mulheres tão violentas quantos os homens. (Id.Ibid).
6

...CONTINUA...

2 DESIGUALDADE DE GÊNERO

A desigualdade de gênero é um fenômeno social e cultural em que ocorre


uma discriminação entre pessoas devido ao seu gênero, basicamente entre homens
e mulheres. Além disso, não é um fenômeno inócuo, já que seu impacto pode ser
notado em diferentes planos: trabalhista, social, familiar, etc.

...CONTINUA...

2.1 DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL

Pensando em termos populacionais, as mulheres no Brasil não são uma


minoria. Somadas, elas compõem 51,48% da população nacional. Podem votar,
chefiar famílias, trabalhar em diversos campos, concorrer a cargos públicos,
comandar empresas e até mesmo governar a nação. Mas há uma grande diferença
entre o poder, teórico, e o conseguir, prático.

A desigualdade de gênero ainda permeia todos os campos da sociedade


brasileira...

...CONTINUA...

2.2 DESIGUALDADE DE GÊNERO NO ÂMBITO INFANTIL

De acordo com os especialistas, diferenças entre os sexos não são naturais,


mas construídas socialmente. Para Jane Felipe “cabe aos pais dar oportunidade a
experiências diversas a seus filhos e filhas. Por exemplo, dar às meninas brinquedos
e brincadeiras que incentivem o raciocínio lógico-matemático da mesma forma que
incentivam os meninos” (FELIPE, 2011).
7

Após inúmeros estudos feitos através da observação e discussão sobre o


assunto Ivete Gianfaldoni Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatra da
Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo, afirma que:

Os mesmos cuidados com um filho, que sai para a balada e volta de


madrugada, também devem ser dados à filha. Ensinar a arrumar seu próprio
quarto, preparar sua refeição são atribuições de todos, sejam meninos ou
meninas.(...) Os pais precisam se atentar para que essas especificidades
não sejam traduzidas em forças e fraquezas, em qualidades e defeitos, mas
em comportamentos próprios, não só ao gênero ao qual pertencem, mas
também ao ambiente social e ao comportamento que é esperado neste
meio (GATTÁS, 2011).

As meninas são educadas para serem meigas, delicadas. “Já eles (meninos)
são encorajados a serem agressivos, ativos, independentes", diz a psicóloga Jane
Felipe, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

3 EDUCAÇÃO DE GÊNERO

A proposição de que ainda existe sexismo atualmente é rechaçada pela


maioria das pessoas – e, no entanto, quem já não ouviu que “meninos são mais
agitados”, “meninas são organizadas e caprichosas” ou que determinadas
brincadeiras são mais apropriadas para determinado gênero? Falas como essa
contêm um preconceito velado que costuma ser repassado sem que os adultos
tenham consciência do que estão propagando.

Pesquisas já mostraram que o sistema educacional é um fator relevante no


estabelecimento de uma ordem social – que pode, inclusive, já estar obsoleta. Por
isso, é preciso cuidado na hora de dar instruções aparentemente inofensivas às
crianças.

Segundo Eleutéria Amora da Silva ao portal de notícias Terra professora de


história e coordenadora geral da Casa da Mulher Trabalhadora:

Nós fazemos perguntas simples, como por que separar meninos de


meninas em algumas atividades, e ninguém sabe responder. As meninas
precisam ser protegidas? Os meninos são incontroláveis? São coisas
simples, mas os profissionais de sala de aula não se dão conta. Declarar
alguns esportes como “masculinos” – o futebol, por exemplo, sempre muito
8

ligado à virilidade dos alunos – é uma forma silenciosa de julgar as meninas


incapazes nas atividades motoras. O caminho inverso também ocorre: o
carinho, o cuidado e a linguagem são tidos como áreas tipicamente
femininas (SILVA, 2012).

...CONTINUA...

3.1 INFLUÊNCIAS PARA A VIDA ADULTA

Justamente por causa do tratamento diferenciado e suas consequências


durante a idade escolar, há nichos profissionais totalmente dominados por um ou
outro sexo.

...CONTINUA...

4 RAZÕES QUE LEVAM AS PESSOAS A DIFERENCIAR CRIANÇAS


PELO GÊNERO

A compreensão das pessoas do conceito de gênero as leva a identificar os


valores atribuídos a homens e mulheres, assim como regras de comportamento.
Porém é importante enfatizar esta distinção, pois não se trata de um fenômeno
biológico, e sim mudanças durante a história na definição do que é ser homem ou
mulher. Devido a esse entendimento do conceito de gênero que as pessoas
diferenciam crianças, dando oportunidades, ensinando valores e regras
diferenciadamente dependendo do seu gênero.

4.1 RELAÇÕES NA ESCOLA

A escola é um local social por onde transitam conceitos, valores, crenças,


relações. Desde tenra idade os indivíduos estabelecem relações sociais entre seus
pares. Segundo Sarmento só constituem acontecimentos sociais por meio das
interações sociais. Isto é, as ações isoladas não têm significado por si só. É
necessário que o indivíduo interaja com o outro completando ou modificando sua
ação ou ainda agindo conjuntamente,
9

e é aí, portanto, ao nível da ação social e na consistência possível entre


aquilo que se mostra e o que é capaz de fazer, entre aquilo que se vê fazer,
que são acionados processos de aceitação, negociação, transformação ou
repúdio de estereótipos culturais e sociais particulares. Estes, confirmando
ou infirmando as crianças em experiências e estilo de vida, gostos e
interesses, aparências e comportamentos, mais ou menos “vizinhos” ou
mais ou menos “estrangeiros”, podem interferir na constituição de padrões
de interação e relação de maior ou menor proximidade, estabilidade com
umas e com outras, e, ainda, intervir desigualmente no sucesso das suas
iniciativas para procurar outros que não sempre os mesmos, propor-lhes
atividades, interpretar a sua linguagem e ações (...) dar corpo aos seus
interesses e proteger os seus próprios direitos, ou para ser procurado pelos
outros. (SARMENTO, 2004, p.72).

Na citação acima fica claro que as relações sociais são levadas à escola
pelas próprias crianças que ...

...CONTINUA...

4.2 A ESCOLA ENQUANTO GRUPO SOCIAL

Na escola estão as relações que dela se derivam enquanto grupo social. “Isto
vale dizer que, ao lado das relações oficialmente previstas (...) há outras que
escapam à sua previsão, pois nascem da própria dinâmica do grupo social escolar.”
(CANDIDO, 1973, p.107).

“O processo de estratificação se manifesta na escola pelo aparecimento de


diferentes status, que dispõem em níveis diversos os membros da sua população”
(CANDIDO, 1973, p. 117). Mais uma vez fica nítido que ...

...CONTINUA...

5 SOCIALIZAÇÃO ARTIFICIAL E INFERIORIZAÇÃO DA MULHER

A educação é uma forma de socialização artificial, necessária ao nosso tipo


de sociedade para torná-la cada vez mais sofisticada”. Isso exige métodos
especiais, como a escola, por exemplo, onde esse caráter é artificialmente
assumido. Existe, no entanto outra Educação, cujos métodos não são sequer
10

percebidos pelas pessoas que os praticam, mas acabam sendo infinitamente mais
eficientes.

Pois bem, para que possam...

...CONTINUA...

5.1 FAMÍLIA COMO AGENTE EDUCADORA

A família é a primeira “agência” educadora e funciona como meio de


transmissão do sistema mais amplo. No nível da família são construídos Moldes:
modelos fechados, que podem ser mais ou menos rígidos, mas sempre modelos nos
quais são encaixados, com maior ou menor grau de resistência, tanto os meninos
quanto as meninas. Impossível negar que nos primeiros anos de vida a educação da
família tem uma ação fortemente domesticadora para ambos os sexos. Mas é
também impossível fugir do fato de que o modelo feminino é muito mais artificial,
envolvendo maior grau de repressão e subordinação. Sob a aparente
indiferenciação entre as crianças, ocorre um processo de socialização diferenciada.

...CONTINUA...

5.1.1 Submissão e feminilidade:

É sabido que tanto professores quanto professoras adoram meninas bem-


comportadas e mimosas, que evidentemente “dão menos trabalho na situação
escolar”. Assim é que as meninas conseguem melhores notas porque na avaliação
escolar entram elementos subjetivos na relação professor-aluno. Na hora do
vestibular, porém, ou da luta no mercado de trabalho, são outras características que
contam. Estudos sobre vestibulares revelaram que as moças que haviam sido
melhores que os rapazes na escola média apresentaram desempenho inferior no
vestibular em relação a esses mesmos rapazes. O fenômeno pode ser...

...CONTINUA...

5.1.2 Orientação para o domínio sobre o meio:


11

Desde pequeninas, as meninas são mais protegidas além de orientadas para


brincadeiras que se referem sobretudo ao mundo doméstico. A menina será mais
amada e mais recompensada quanto mais “feminina” for seu comportamento. E
qualquer passo que dê na direção de brincadeiras agressivas ou ...

...CONTINUA...

5.1.3 Autoconfiança e autoestima:

Que tipo de autoestima pode desenvolver a menina no contexto familiar? Da


mesma forma e como consequência, a autoconfiança fica comprometida e
dificilmente se cristaliza porque os ...

...CONTINUA...

5.1.4 Aspirações:

Desde muito cedo as meninas são ensinadas a serem bonitas. Não haveria
nada de errado com isso se o conceito de beleza fosse mais natural. Acontece que
os maiores elogios dirigidos à beleza das meninas têm a ver com o fato de estarem
limpinhas perfumadas ou artificialmente enfeitadas (o que implica a ausência do
movimento). Uma menina será elogiada (e, portanto, principalmente amada) pelos
seus lindos cabelos, se ...

...CONTINUA...

5.1.5 Níveis adequados de habilidades e experiências:

Como habilidades e aquisição rápidas de conhecimento dependem de


talentos específicos, algumas garotas conseguem burlar a bondosa proteção dos
pais e desenvolver habilidades à medida que seus talentos vão aparecendo. Até
certo ponto e em relação a certos tipos de habilidades. Se a menina tiver ...

...CONTINUA...
12

6 PUBLICIDADE INFANTIL REFORÇA DESIGUALDADE DE GÊNERO

A grande maioria dos comerciais dos canais infantis de TV por assinatura


reforçam estereótipos de gêneros e definitivamente não contribuem para uma
sociedade mais igualitária entre homens e mulheres, meninos e meninas.

Tudo o que é delicado existe num mundo mágico e cor-de-rosa,


protagonizado por meninas que, felizes, trocam fraldas sujas e dão de comer aos
bebês, ou brincam docemente com passarinhos coloridos presos numa gaiola, para
citar alguns exemplos.

Tudo o que é bruto, ágil, aventureiro e até mesmo violento, é vivenciado na


tela exclusivamente por meninos. Meninos não protagonizam comerciais doces de
passarinhos no máximo atuariam ...

...CONTINUA...

7 A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA FROMAÇÃO DE CRIANÇAS

A criança desde cedo já está diante da televisão tornando assim um receptor


ativo por meio de tanta informação. Alguns pais deixam a criança escolher
determinado desenho, mas se esquecem de fiscalizar para saber se é adequado à
idade dela, pois os conteúdos expostos diariamente na televisão são muito
avançados. O que não podemos esquecer é que o desenvolvimento infantil possui
etapas únicas capazes de diferenciar uma criança do adulto. No entanto com o
avanço que a mídia vem obtendo, nos deparamos e verificamos que tem sido cada
vez mais difícil educar as crianças.

Infelizmente muitos pais não têm o poder de decisão ou controle sobre o seu
filho, não tem o poder de agir naquilo que faz bem ou não, pois ...

...CONTINUA...
13

8 POR QUE A SEGREGAÇÃO DAS CORES AZUL E ROSA?

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que não existe qualquer
evidência que confirme a preferência das crianças de cada gênero por essas cores.
Várias crianças dos 7 meses de idade até os 5 anos foram testadas. Até os 2 anos,
as meninas escolhiam objetos e brinquedos, não tinham preferência pela cor rosa.
Os meninos até os dois anos e meio seguiam a mesma tendência, optando inclusive
por brinquedos na cor rosa. Com mais de 2 anos de idade já costumavam optar
pelas cores de estereótipo...

...CONTINUA...

8.1 NEM SEMPRE FOI ASSIM

Em Pink and Blue: Telling the Girls From the Boys in America (“Rosa e Azul:
diferenciando meninas de meninos nos EUA”), a historiadora Jo B. Paoletti explica
que só durante a Primeira Guerra Mundial os tons pastéis começaram a ser usados
para bebês – antes, optava-se simplesmente pelo branco, pois a tintura era cara.

Além disso, naquela época o rosa era a cor dos meninos, por ser “mais
decidido e forte”, ao passo que as meninas deviam vestir azul, “mais delicado e
amável”. É preciso...

...CONTINUA...

8.2 POR QUE ESTE ESTEREÓTIPO DE COR É PREJUDICIAL?

Este estereótipo causa desajuste nas crianças, pois se a menina prefere o


azul ela vai ir contra os seus instintos por se sentir uma desajustada, afinal “ela é
menina e deve gostar de rosa”. Aos meninos...
14

...CONTINUA...

9 A DIVISÃO DE BRINQUEDOS PELO GÊNERO

Quando se trata de comprar presentes para crianças, tudo é codificado


por cores: limites rígidos segregam as figuras de ação azul valente das de lindas
princesas cor de rosa, e a maioria assume que é assim e que sempre foi. A
comercialização de brinquedos é mais dividida por gênero agora do que há 50 anos,
quando a discriminação de gênero e o sexismo eram a norma.

Mesmo quando o marketing de gênero era...

...CONTINUA...

9.1 NEM DE MENINOS, NEM DE MENINAS - APENAS BRINQUEDOS

As discussões relacionadas a gênero estão em evidência em vários


segmentos da sociedade hoje: no mundo da moda, no mercado de trabalho, na
política. E ganham relevância também quando o assunto são as crianças e suas
brincadeiras. Como se trata de seres humanos em formação, das raízes de
comportamentos futuros, os temas adquirem aqui uma dimensão complexa e
sensível. Para quem se debruça sobre ...

...CONTINUA...

10 ANÁLISE GRÁFICA

Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi realizada uma coleta de dados,


através de um questionário com perguntas objetivas e descritivas feitas em algumas
turmas de segundo ano da Escola Técnica Estadual 25 De Julho de Ijuí, mais
especificamente turmas ...

...CONTINUA...
15

Gráfico 1 – “Análise da pergunta: Azul é cor de menino e rosa é de menina?”

Azul é cor de menino e rosa é de menina?


Não SIm

15%

85%

Fonte: Elaboração própria

Gráfico 2 – Análise por turma da pergunta: “Azul é cor de menino e rosa é de


menina?”

Azul é cor de menino e rosa é de m

Fonte: Elaboração própria


16

O caso se repetiu quando perguntados sobre se “Você acredita que existe


brinquedo para menino e para menina? Como mostram os gráficos abaixo:

Gráfico 3 – Análise da pergunta: “Você acredita que existe brinquedo para menino e
para menina?”

Você acredita que existe brinquedo para menino e para


Não SIm

32%

Fonte: Elaboração própria

Gráfico 4 – Análise por turma da pergunta: “Você acredita que existe brinquedo para
68%
menino e para menina?”

Você acredita que existe brinquedo para menino e para

Fonte: Elaboração própria


17

Após a análise das questões descritivas notamos que surgiram incoerências


com os resultados anteriores (Gráficos 1, 2, 3 e 4), também verificamos que muitas
das respostas foram incondizentes ou absurdas sobre o tema proposto, como
descritos abaixo:

Gráfico 5 – Análise da pergunta: “Para você o que diferencia o homem e a mulher


socialmente?”

Para você o que diferencia o homem e a mulher so


Respostas condizentes incondinzentes

Fonte: Elaboração própria

68%
18

Gráfico 6 – Análise por turma da pergunta: “Para você o que diferencia o homem e a
mulher socialmente?”

Para você o que diferencia o homem e a mulher socialme

Fonte: Elaboração própria

Após a análise dos gráficos concluímos que é de grande importância a


abordagem do tema desenvolvido, pois muitas pessoas possuem uma visão fechada
e extremamente ofensiva sobre assuntos que em pleno século XXI são inaceitáveis.
Como exemplo, temos ...
206 207 208 209

...CONTINUA...
19

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho percebemos que as diferenças entre homens e mulheres


acontecem desde muito tempo atrás, onde homens sempre foram privilegiados pela
sociedade e as mulheres sendo submissas sem ter o direito de argumentar sobre.
Percebemos também que a identidade de gênero é uma construção sociocultural, e
que através do órgão que se tem quando nasce, a sociedade impõe sobre você os
comportamentos que se deve ter de acordo com sexo biológico. Por exemplo: se o
indivíduo nasce com um pênis, sabe-se que é um menino e logo vem à cabeça que
ele deve usar azul, brincar de carrinho e jogar bola. Se nascer com uma vagina, é
uma menina e que ela deve usar rosa, brincar de boneca e brincadeiras ligadas ao
trabalho doméstico.

Concluímos também que...

...CONTINUA...
20

REFERÊNCIAS

A MENTE É MARAVILHOSA. Quais são as causas da desigualdade de gênero?


Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/causas-desigualdade-de-
genero/Acesso em: 10 de outubro de 2018.

CANDIDO, Antônio. A estrutura da escola. In: PEREIRA, Luiz; FORACCHI,


Marialice. Educação e sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973.

DAUNTER, Catia; GATTÁS, Ivete Gianfaldoni; JANE, Felipe. Diferenças na criação


de meninos e meninas podem prejudicar a criança. Disponível em:
https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2011/07/04/ diferencas-na-criacao-de-
meninos-e-meninas-podem-prejudicar-a-crianca-veja-exemplos.htm. Acesso em: 24
de maio de 2018.

DIAS, Tatiana. Gênero não é ‘ideologia’. É identidade. Disponível em:<


https://www.nexojornal.com.br/explicado/2015/11/05/G%C3%AAnero-n%C3%A3o-
%C3%A9-%E2%80%98ideologia%E2%80%99.-%C3%89-identidade>. Acesso em:
26 de maio de 2018.

FERNANDES, Ana Luiza. Cores e gênero: Rosa para meninas, azul para meninos
Por Quê? Disponível em: http://www.wemystic.com.br/artigos/cores-e-genero-rosa-
para-meninas-azul-para-meninos-por-que/. Acesso em: 26 de maio de 2018.

FERRAZZA, Ana. Por que rosa é cor “de menina” e azul, “de menino”? Disponível
em: https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/por-que-rosa-e-cor-de-menina-e-azul-
de-menino/. Acesso em: 16 de junho de 2018.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa. 2ª ed. 18. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
21

FUNDAÇÃO TIDE SETUBAL. Desigualdade de gênero no Brasil: uma realidade


perigosa. Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/causas-desigualdade-
de-genero/Acesso em: 10 de outubro de 2018.

HANCOCK, Jaime. Por que rosa é de menina e azul é de menino Disponível em:


https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/18/ciencia/1416328918_518343.html Acesso
em: 16 de junho de 2018.

PORTAL EDUCAÇÃO. Influência da mídia na formação das crianças. Disponível


em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/influencia/25164
Acesso em: 05 de outubro de 2018.

PUCRJ. Relação de Gênero e família. Disponível em: http://www2.dbd.puc-


rio.br/pergamum/tesesabertas/0812176_10_cap_02.pdf. Acesso em: 03 de outubro
de 2018.

ROCHA, Camilo. Nem de menino, nem de menina. Apenas brinquedos. Disponível


em:https://www.nexojornal.com.br/especial/2016/06/08/Nem-de-menino-nem-de-
menina.-Apenas-brinquedos. Acesso em: 27 de maio de 2018.

SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B. Crianças e Miúdos: perspectivas socio


pedagógicas da infância e educação. Lisboa: Asa Editores S.A. 2004.

SCIELO. Gênero, o que é isso? Disponível em: http://www.scielo.br/scielo .php?


script=sci_arttext&pid=S1414-98931995000100002 Acesso em: 03 de outubro de
2018.

SIGNIFICADOS. O que é gênero. Disponível em https


https://www.significados.com.br/genero/.Acesso em: 23 de junho de 2018.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo vol. 1 e 2. 1ª edição. Nova Fronteira, 2016.

SILVA, Eleutéria Amora da. Educação de gênero: por um ensino sem “coisa de


menino” e “coisa de menina. Disponível em http://naescola.eduqa.me/
carreira/educacao-de-genero-por-um-ensino-sem-coisa-de-menino-e-coisa-de-
menina/ Acesso em: 10 de outubro de 2018.

SWEET, Elizabeth. Brinquedos são mais divididos por gênero hoje do que há 50


anos atrás. Disponível em: https https://medium.com/hormonionaoebrinquedo/
22

brinquedos-s%C3%A3o-mais-divididos-por-g%C3%AAnero-hoje-em-dia-do-que-h
%C3%A1-50-anos-atr%C3%A1s-fa98010f51e3 Acesso em: 10 de outubro de 2018.

WHITAKER, Dulce. Homem e Mulher: O mito da desigualdade. 6ª edição. Moderna,


1989.

Você também pode gostar