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Faculdade de Direito
Tema:
Discentes:
Docentes:
Conclusão...................................................................................................................................15
Referências bibliográfica...........................................................................................................16
Introdução
Direitos humanos ou os direitos do Homem são as prerrogativas inerentes a dignidades da
espécie humana e que são reconhecidos na ordem constitucional. Doutrinalmente são conhecidos
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também como Direitos Fundamentais, direitos do Homem, direitos públicos subjectivos, etc.
Deste modo, o trabalho em questão aborda a matéria de Direitos fundamentais e é este um
resultado de esforço e empenho dos estudantes do curso de licenciatura em Direito. Trata-se de
um trabalho que abarca de forma mais ou menos extensiva tópicos explicativos, conceituais e
descritivos de conteúdos que fazem alusão aos direitos do Homem, na vertente do sentido geral
desta matéria, elaborado com base na consultas bibliográficas de manuais doutrinais e artigos
científicos do âmbito jurídico.
Esperase que o trabalho sirva posteriormente como uma ferramenta de aprendizagem para os
demais leitores que buscam de forma breve, ter noções de direitos fundamentais.
Justificação
O motivo pelo qual desenvolvese esse tema é, em primeiro lugar, a sede de adquirir domínio da
matéria dos direitos humano, incitada pela forte necessidade de querer saber discernir quando,
em que, a matéria dos direitos humanos pertence ao Direito natural ou ao Direito positivo. E por
conseguinte, ter o domínio da matéria no geral como parte de um todo campo extenso que e a
ciência jurídica.
Justificativa
Permite que os autores explorem de uma forma mais ou menos extensiva o tema em questão ;
Objetivos
Objectivo geral:
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Compreender o sentido geral dos direitos fundamentais
Objectivos específicos
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De outro lado são normas de competências negativas aos poderes públicos que vedam a
atuação desses na esfera jurídica do individuo.
Numa perspetiva democrática o governo e o povo são deliberadamente limitados por normas
e garantias indissoluvelmente combinadas. O povo escolhe o seu representante que agindo como
mandatário decide os destinos da nação. O poder delegado pelo povo aos seus representantes,
porem, não e absoluto, conhecendo varias limitações, inclusive com as previsões de Direito e
garantias individuais e coletivas do cidadão relativamente aos de mais cidadãos e ao próprio
estado.
Sendo o direito fundamental parte do Direito ela apresenta disposições normativas. Tais
disposições apresentam-se sob forma de normas fundamentais. Normas fundamentais são normas
que numa determinada comunidade politica unificam e conferem validade as suas normas
jurídicas, as quais, em razão e a partir delas, se organizam e estruturam-se em sistemas.
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2. Perspetivas dos Direitos fundamentais
Pessoas determinadas. Por outras palavras do professor, citando BERGEL J. L., “trata-se de
prerrogativas individuais, atribuídas a pessoas pela satisfação de interesses pessoais e garantidos
pelos meios do Direito".
Nesse âmbito, quando se trata de um direito fundamental como direito subjectivo, significa
que o titular do direito poderá exigir judicialmente o cumprimento da obrigação objecto da
norma diretamente dos órgãos do Estado em relação a pessoa humana. A sua consagração do seu
destinatário. Implica um poder ou uma faculdade para a realização efetiva de interesses que são
reconhecidos por uma norma jurídica como próprios do respectivo titular.
O Professor Jorge Bacelar Gouveia, intervindo no mesmo debate defende que os direitos
fundamentais são as posições jurídicas activas das pessoas integradas no Estado Sociedade,
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exercidas por contraposição ao Estado-Poder, positivadas no texto constitucional.
Para estte Professor, o conceito de Direitos Fundamentais apresenta-nos três elementos
constitutivos: o Objetivo, o subjetivo e o formal.
O Professor Gouveia sobre o elemento subjectivo, desenvolve a sua doutrina defendendo que
os direitos fundamentais ganham sentido a benefício de quem pretende enfrentar o poder
estadual, ou qualquer outro poder público. Para ele, os direitos fundamentais caracterizam-se
pela dicotomia: Poder e Sociedade, devendo por isso, somente serem titulares dos direitos
fundamentais as pessoas que se integram na sociedade e que em relação ao poder se possam
contrapor, pelo que os titulares do poder não podem ser titulares dos direitos fundamentais nesta
qualidade, porque para ele não faz sentido que alguém no poder se defende do próprio poder de
que seja titular.
Segundo Clèmerson Merlin Clève, citado por Alexandre Antônio, a dimensão subjetiva dos
direitos fundamentais desempenha três funções:
Cita também Antonio Enrique Perez Luño, que diz que além de fornecer diretrizes para
órgãos do Poder Público, os direitos fundamentais em sua perspectiva objetiva têm a função de
“sistematizar o conteúdo axiológico objetivo do ordenamento democrático ao que a maioria dos
cidadãos prestam seu consentimento e condicionam seu dever de obediência ao direito”.
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Referindo-se ao elemento objectivo, do qual acima referimo-nos, o Professor Jorge Bacelar
explicita neste elemento a existences de vantagens patrimoniais e não patrimoniais, em favor do
titular dos direitos fundamentais, inscrevendo-se num conjunto das situações jurídicas activas
porque portadoras de benefícios.
Ingo Sarlet, citado por Alexandre Antônio e Ana Isabel, ao tratar da perspectiva objetiva dos
direitos fundamentais disserta, inicialmente, sobre seu aspecto axiológico, entendendo que os
direitos fundamentais representariam a ordem de valores vigentes na sociedade.
Pois bem, se nessa perspectiva tem que se considerar o significado para a coletividade, para o
interesse público e para a vida comunitária, e se a maioria dos cidadãos presta consentimento e
obediência a esse conteúdo axiológico, fica claro que não se trata somente de um direito de
defesa, mas também de um direito prestacional desponível ao Estado consistente no dever de
proteger e fazer prevalecer esses valores.
A dimensão axiológica da função objetiva dos direitos fundamentais é aquela que decorre da
idéia de que estes incorporam e expressam determinados valores objetivos fundamentais da
comunidade.Os direitos fundamentais, mesmo os clássicos direitos de defesa, não devem ter sua
eficácia valorada somente sob um aspecto individualista. É necessário verificar sua aceitação sob
o ponto de vista da sociedade, da comunidade na sua totalidade. Afinal, são os valores e fins que
devem ser respeitados e concretizados por toda a sociedade.
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Em conformidade com esse pensamento, o Prof. J.C. Vieira de Andrade, considera que “....
os preceitos relativos aos direitos fundamentais não podem ser pensados apenas do ponto de vista
dos indivíduos, enquanto posições jurídicas de que estes são titulares perante o Estado,
designadamente para dele se defenderem, antes valem juridicamente também do ponto de vista
da comunidade, como valores ou fins que esta se propõe prosseguir, em grande medida através
da acção estadual.”
O Prof. Vieira de Andrade entende que os Direitos fundamentais devem ser encarados na
dimensão objectiva como produtora de efeitos jurídicos, enquanto complemento e suplemento da
dimensão subjectiva. Defende ainda aquele autor que na dimensão subjectiva defendida pelo
Prof. Jorge Miranda retiram-se dos preceitos constitucionais efeitos que não se reconduzem
totalmente às posições jurídicas subjectivas que reconhecem, ou se estabelecem deveres e
obrigações, normalmente para o Estado, sem a correspondente atribuição de “direitos” aos
indivíduos. Para ele, a dimensão objectiva reforçaria, assim, a imperatividade dos “direitos”
individuais e alargaria a sua influência normativa no ordenamento jurídico e na vida da
sociedade.
O legislador moçambicano em face do debate doutrinário que acabamos de evidenciar, optou por
consagrar os pontos de vistas maioritariamente defensáveis, ao considerar Direitos Fundamentais
os que constam da Constituição em sentido formal e os que não figurando no texto
constitucional, são no enquanto corresponderem a dignidade e valor humano, bem como o papel
objectivo dos direitos fundamentais, que se caracteriza pelo dever do cidadão para com a
comunidade, conforme o artigo 44 da CRM, assim, o legislador consagrou na Constituição o
princípio aberto, nos termos do qual os direitos fundamentais não se limitam apenas aos que
constam da Constituição. Estendem-se aos direitos humanos constantes nas demais leis,
referindo-se a todas as fontes de Direito (imediatas e mediatas).
O legislador constituinte moçambicano pelo que se acha fixado nos artigos 44, 45, 46 e
n.˚ 1 do artigo 267, não quis tomar partida entre os doutrinários portugueses, porquanto com
estes artigos quis o legislador estabelecer deveres que são simultaneamente direitos da esfera
individual quando considerados em relação ao individuo que deve cumprir com a obrigação e
direito em relação ao cidadão que da acção daquele se beneficia. Portanto, temos nesta
perspectiva uma dimensão subjectiva dos direitos fundamentais que se complementa e integra a
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dimensão objectiva. Nesta conformidade todos estes doutrinários não se divergem, pelo
contrário, eles se unanimizam.
Uma das cláusulas de maior importância e o artigo 39 que dispõe o seguinte: “Nenhum
Homem livre será detido ou sujeito a prisão, ou privado dos seus bens, ou colocado fora da lei,
ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós não procederemos nem mandaremos proceder
contra ele, senão mediante julgamento regular dos seus pares ou de harmonia com a lei do País”
Oque significava que o rei devia julgar os indivíduos conforme a lei, seguindo o devido
processo legal, e não segundo a sua vontade, até então absoluta.
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Konder Coparato afirma que com a Virgínia Bill of rights registra-se o nascimento dos direitos
humanos na historia (2010, p.43).
A Virgínia Bill of rights reconhecia no seu artigo 1 que “Que todos os homens são, por
natureza, igualmente livres e independentes, e têm certos direitos inatos, dos quais, quando
entram em estado de sociedade, não podem por qualquer acordo privar ou despojar seus pósteros
e que são: o gozo da vida e da liberdade com os meios de adquirir e de possuir a propriedade e de
buscar e obter felicidade e segurança.”
Carvelli afirma que o objectivo de Virgínia Bill of Rights era fixar os direitos naturais
pertencentes a cada individuo como direitos positivo em uma constituição.
A fixação constitucional dos direitos fundamentais inatos e individuais esta assentado nos artigos
2º e 3º:
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4. Características dos Direitos Fundamentais
De acordo com o nosso plano temático no que diz respeito ao ponto número um, o sentido
dos Direitos fundamentais, temos como ultimo ponto característico dos Direitos fundamentais.
Assim, os direitos fundamentais são aqueles que figuram ou deviam figurar da lei fundamental
do Estado, neste caso a Constituição da Republica, por refletirem o sentido próprio da
Constituição material no qual temos como as principais características as seguintes:
São intransmissíveis, uma vez que o titular destes direitos não pode dispô-los e
consequentemente não poderá transmiti-los a título gratuito ou oneroso a terceiros. A
impossibilidade de dispor dos direitos fundamentais é uma qualidade intrínseca
intimamente ligada a característica da intransmissibilidade dos direitos desta natureza
pessoal. São por conseguinte direitos que do seu titular não podem sair quer por sua
vontade, do Estado ou de terceiros são inerentes a natureza entisica do seu titular, dai que
São qualificados de inexpropriáveis, não sendo por isso transmitidos a terceiros por terem
carácter pessoal e essencial a dignidade da pessoa;
São Inalienáveis, o que significa que não podem ser objecto de negócio jurídico;
São objectivos, pois dispõem se para a generalidade e em abstrato para todos os sujeitos
de Direito da Ordem Jurídica, sem descriminação de qualquer espécie;
São intatos, pois adquirem-se com o nascimento, completo e com vida da pessoa
jurídica, não sendo necessário a prática de qualquer mecanismo processual legal para a
sua aquisição e usufruto;
São imensuráveis e ilimitados, os Direitos fundamentais não constam de uma lista
“numerus clausus”. Os que em cada momento constam da lei fundamental ou nas demais
leis ordinárias sejam em forma de código ou de lei avulsa ou costumeira é apenas uma
numeração exemplificativa que corresponde ao conjunto dos direitos elencados, mas que
em revisão subsequente da Constituição os direitos fundamentais quando objecto de
revisão sofrem um acréscimo qualitativo ou quantitativo;
São essenciais, sendo imprescindíveis da proteção jurídica, pois tem a tutela do Direito
no plano constitucional e deles decorrem os demais direitos subjetivos, não sendo
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possível conceber uma noção de individuo, como ser humano, sem ter como pressuposto
o conjunto dos direitos fundamentais de que este seja titular na Ordem Jurídica;
São indisponíveis, pois o titular destes direitos não se pode privar ou dispor-se deles ao
ponto de tê-los como objecto e praticar atos jurídicos como se de coisa trata-se, nem o
Estado pode tê-los sob sua disponibilidade. Por conseguinte, os direitos fundamentais
estão fora da vontade e da consciência do próprio titular, do Estado e de terceiros.
Traduzem-se ainda no facto destes direitos não poderem mudar de sujeito, nem pela
vontade do titular, do Estado ou de terceiros;
São absolutos, pois são oponíveis a terceiros, “erga omnes”. Traduzem-se no facto de
serem direitos essenciais e perpétuos;
São extras patrimoniais, ou seja, não são bens do património do seu titular. Não sendo
suscetíveis de avaliação pecuniária com algumas excepções, como é o caso do uso da
imagem, mediante permissão, para publicidades, que possa ter uma contraprestação
pecuniária.
São vitalícios ou perpétua, pois perdura por toda a vida do individuo, nem se extinguem
ou prescrevem com o decurso do tempo, mesmo que o seu titular não os goza;
E por fim;
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Conclusão
Ficou claro com o trabalho que falar dos direitos humanos e falar de direito natural, um direito
que e garantido ao individuo pelo mero privilegio de ser humano. Este direito apesar de sobre
certas perspetivas serem vistas como proveniente da suprema providência humana, ela também e
ao mesmo tempo um direito positivo uma vez que a sua eficácia e garantida pelo estado e as suas
disposições estão plasmadas sob forma de normas constitucionais.
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Analisando sobre o ponto de vista da perspetivas de direito que eles visam tratar, os direitos
fundamentais podem ser subjectivos quando abarca a faculdade, privilégios ou posição de
vantagem que as normas fundamentais visam dar a um individuo para a salvaguarda do seu bem-
estar e dos seus interesses legítimos ou quando estes mesmo, vedam ao estado a liberdade de
total domínio sobre a vida de um individuo e quando estes forcam o Estado a providenciar certas
garantias de forma individual aos seus cidadãos. Ainda podem ser objectivo, quando as normas
fundamentais visam estabelecer e assegurar os interesses públicos e coletivos.
Referências bibliográfica
CISTAC, Gilles. Curso de Metodologia Jurídica: Método do Direito. Maputo: Livraria
Universitária- UEM
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COMPARATO, Fábio Konde. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 3 ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
MENDES, Gilmar Ferreira; et al. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. São Paulo: editora
minerva, 2009
SANTOS, Leonardo. A perspectiva objetiva dos direitos fundamentais. 07/2009. Disponível em:
Http:Www.Direitonet.com.br. Acessado em: 26/01/2021
SILVA, Alexandre; STRADA, Ana. Revista opinião Jurídica: Apontamentos acerca das
dimensões subjetiva e objetiva dos direitos fundamentais sociais. 2-9.
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