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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Sistema de Amortecedor Unificado à Roda

SOROCABA

2015
DIEGO DE CAMARGO RA: B261ID-9 TURMA: EM6P17

FRANCIELLI MEDEIROS DE PROENÇA RA: B33GHA-4 TURMA: EM6P17

PATRICK DOMICIANO CASTANHO RA: B9428H-5 TURMA: EM6Q17

PAULO RENATO DE OLIVEIRA SANTOS RA: B3300B-2 TURMA: EM7Q17

VALTER NOGUEIRA GOLÇALVES RA: B413HG-0 TURMA: EM6Q17

Sistema de Amortecedor Unificado à Roda

Sorocaba

2015
“O sucesso é a soma de
pequenos esforços,
repetidos diariamente.”

Robert J. Colier
RESUMO

Este trabalho de APS trata do projeto de um sistema de amortecimento por mola


integrado a roda, a fim de filtrar as vibrações causadas pelas imperfeições do solo
evitando assim que elas cheguem as peças que estão sendo transportadas e assim
eliminando retrabalhos durante o transporte interno, possíveis perdas por danos
causados aos componentes por causa dessa vibração, etc.
ABSTRACT

This APS work deals with the design of a damping spring system integrated the
wheel, in order to filter the vibrations caused by soil imperfections thus preventing
them from reaching the parts being transported and eliminating rework during internal
transport, possible losses from damage to components because of this vibration, etc.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 7

2. A SUSPENSÃO .................................................................................................. 8

3. A MOLA .............................................................................................................. 9

4. O AMORTECEDOR .......................................................................................... 11

5. DESCARTE DE MATERIAIS............................................................................ 12

6. PROJETO DA APS .......................................................................................... 13

7. MATÉRIAS DE REFERÊNCIA ......................................................................... 13

8. PROJETO ......................................................................................................... 14

9. PROTÓTIPO ..................................................................................................... 18

10. APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 25

11. CONCLUSÃO ................................................................................................... 26

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 27

13. ANEXOS ........................................................................................................... 28


INDÍCE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fluxo de Transporte Interno (Fonte: Grupo APS) .............................. 7


Figura 2 - Exemplo de carrinho industrial (Fonte:
http://www.jj5s.com.br/carrinhos.htm) ................................................................ 7
Figura 3 - Mola em espiral (Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-
653243747-mola-espiral-para-furadeira-de-bancada-fbfbm-160-motomi-_JM) 10
Figura 4 – Amortecedor em corte (Fonte:
http://saopaulo.zeebukbrasil.com/amortecedor-toyota-hilux-01-04-traseiro-gas-
par-novo-com-garantia-de-fabrica-viii-119228-veiculos1) ................................ 12
Figura 5 - Pneu desenvolvido pela Michelin (Fonte: Tecmundo.com) .............. 14
Figura 6 - Detalhe do projeto da roda de bicicleta (Fonte: Yahoo Noticias) ..... 15
Figura 7 – Design inicial do projeto (Fonte: Grupo APS) .................................. 15
Figura 8 – Resultado da tensão de von Mises em uma mola (Fonte: Grupo
APS) ................................................................................................................. 16
Figura 9 - Projeto da roda em escala (Fonte: Grupo APS) ............................... 17
Figura 10 - Projeto da roda explodido (Fonte: Grupo APS) .............................. 17
Figura 11 - Resultado analise do Solidworks Simulation Tensão de von Mises
(N/m²) (Fonte: Grupo APS)............................................................................... 18
Figura 12 - Fita de aço 1070 (Fonte: Grupo APS) ............................................ 19
Figura 13 - Molas em espiral (Fonte: Grupo APS) ........................................... 20
Figura 14 - Rodas com as molas montadas (Fonte: Grupo APS) .................... 20
Figura 15 - Fita de borracha (Fonte: Grupo APS) ............................................ 21
Figura 16 - Tubo de nylon usinado (Fonte: Grupo APS) .................................. 21
Figura 17 - Placa de policarbonato (Fonte: Grupo APS) .................................. 22
Figura 18 - Tiras de policarbonato (Fonte: Grupo APS) ................................... 22
Figura 19 - Peças para montar base da roda (Fonte: Grupo APS) .................. 23
Figura 20 - Base da roda montada (Fonte: Grupo APS) .................................. 23
Figura 21 - Placa de policarbonato com alojamentos dos parafusos (Fonte:
Grupo APS) ...................................................................................................... 24
Figura 22 - Pegador de mão em alumínio (Fonte: Grupo APS)........................ 24
Figura 23 - Protótipo montado (Fonte: Grupo APS) ......................................... 25
Figura 24 - Grupo no dia da apresentação (Fonte: Grupo APS) ...................... 25
1. INTRODUÇÃO

O transporte de cargas no interior das empresas é representado pelo


deslocamento das mesmas seguindo um roteiro e uma rota com um objetivo
específico.

O objetivo do transporte interno é levar a matéria prima do recebimento


para o setor de transformação, que por sua vez envia o produto final para a
expedição da empresa (Figura1).

Figura 1 - Fluxo de Transporte Interno (Fonte: Grupo APS)

Existem diversas formas de transporte que são utilizadas na indústria,


sendo elas:

 Empilhadeiras (elétricas/gás/gasolina/diesel);
 Talhas;
 Carrinhos Industriais (Figura 2);
 Paleteiras.

A escolha entre as formas de transporte não definida somente pelo


tamanho ou dimensões das cargas, mas também pelos seus pesos e urgências
no deslocamento.

Figura 2 - Exemplo de carrinho industrial (Fonte: http://www.jj5s.com.br/carrinhos.htm)

7
Os carrinhos industriais mais usados na indústria local (região de
Sorocaba-SP) possuem um sistema de suspensão muito simples de eixo fixo
sem nenhum tipo de amortecimento para filtrar as imperfeições do solo. Um
dos únicos sistemas de amortecimento usados nos carrinhos industriais é o uso
de rodas com pneus inflados com ar, porém existem limitações dimensionais
desse tipo de roda que limitam sua adoção em todos os tipos de carrinhos
industriais, pois o tamanho dessas rodas é de 8” sem contar a altura do pneu,
ou seja, são grandes demais para algumas aplicações.

A determinação desse tema para esta APS deve-se, justamente a


problemas relatados por membros deste grupo para transportar peças num
carrinho sem nenhum tipo de amortecimento num pavimento irregular, onde a
vibração causada pelo piso ocasionou na queda de peças no chão e perda de
tempo para reorganizar as peças no carrinho.

2. A SUSPENSÃO

A suspensão é um conjunto de peças que adequa a transmissão de


energia da excitação de base (uma lombada, imperfeições do pavimento, etc) e
a capacidade de aderência do veículo ao solo. Geralmente é constituida por um
conjunto de mola e amortecedor. O conjunto suspensão pode ser considerado
como um filtro mecânico, pois pode permitir ou rejeitar faixas de freqüências do
espectro da excitação do solo. Por isso, carros fora de estrada e urbanos
possuem características díspares quanto ao desempenho. É pertinente
ressaltar que o primeiro, em geral, possui exigências maiores quanto às
solicitações mecânicas, tornando o projeto de suspensão mais restritivo.

Há molas de vários tipos: de feixe e a ar, que são utilizadas geralmente


em caminhões; mola em espiral, usada tanto na suspensão dianteira como
traseira; e mista - espiral na frente e feixe atrás. E ainda o tipo de torção,
constituído por uma barra de torção ou um feixe de lâminas, que absorvem os
impactos deformando-se. Estas barras de torção são encontradas na
suspensão traseira dos VW Fusca e VW Kombi, entre outros veículos.

8
A suspensão, portanto, é um sistema presente em veículos automotores
que é responsável por absover as irregularidades do terreno e manter todas as
rodas no chão.

Se um automóvel fosse hipotéticamente projetado e construido sem as


molas e os amortecedores que permitem a movimentação controlada de todo
sistema, ele passaria ao usuário um desconforto muito grande principalmente
em pisos irregulares. E também a vida útil do veículo diminuiria muito, pois os
fortes impactos sofridos seriam absorvidos diretamente pelo chassi, que
causaria trincas em toda sua estrutura devido a fadiga.

As molas e os amortecedores trabalham em conjunto em qualquer tipo


de suspensão. A mola é responsável por absorver os impactos sofridos pelas
rodas e os amortecedores seguram a sua distensão brusca, evitando
oscilações no veículo.

Nos veículos leves a maioria das suspensões utiliza a mola helicoidal


como componente, esse tipo de mola é formada por uma barra de aço enrolado
em forma de espiral. Esse tipo de mola pode trabalhar tanto na dianteira como
na traseira do veículo. Seu posicionamento na suspensão depende da sua
construção e estrutura. Entre os tipos de suspensões mais utilizadas no Brasil
estão as do tipo McPherson e as de duplo triângulo, ambos suspensões
independentes.

3. A MOLA

A mola é um objeto flexivel que tem capacidade de armazenar energia


mecânica e por esse motivo são usadas nas mais variadas áreas. Possuem
grande potêncial elástico e possuem as seguintes caracteristicas:

 Flexa (deformação ocasionada por aplicação de determinada carga);


 Rigidez (não deformam permanentemente);
 Flexibilidade (podem ser dobradas, curvadas, etc.).

Por definição as molas são objetos que dão impulso ou resistência a


outros componentes, imprimindo movimentos, amortecendo pancadas e agindo
quando solicitadas.

9
As molas mais conhecidas pela população são as usadas nos
automóveis e veiculos pesados, mas podem ser usadas em variadas
aplicações.

Os antigos relógios não possuiam um sistema eletrônico para medir o


tempo, no lugar existia um complexo sistema mecânico que era alimentado por
uma mola em espiral (Figura 3). A mola acumulava energia mecânica ao ser
enrrolada e essa energia mantinha todo o sistema funcionando até a mola se
desenrolar e assim perder toda sua energia.

Figura 3 - Mola em espiral (Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-653243747-mola-espiral-


para-furadeira-de-bancada-fbfbm-160-motomi-_JM)

Tipos de molas mais comuns:

 Mola em Lâmina: dentre os vários tipos de molas, essa é a que apresenta


maior capacidade de auto amortecimento.
 Molas Helicoidais ou de Bobina: são construídas enrolando-se uma barra elo
sobre elo obtendo uma forma cilíndrica. São muito utilizadas em sistemas de
suspensão dos veículos.
 Molas de Flexão em Espiral: são formadas por “fitas” de um material elástico
e possuem seção retangular constante em toda a sua extensão.
 Molas de Torção: são molas usadas em aplicações onde a torção é
predominante.

Molas em Anéis: também chamados de anéis elásticos, são usados


geralmente para impedir um deslocamento axial de peças e componentes,

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posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante sobre um
eixo.

4. O AMORTECEDOR

Os amortecedores podem ser considerados como bombas de óleo e o


tipo de amortecedor mais usado atualmente é o chamado telescópico
hidráulico. Nesse tipo de amortecedor um embolo é preso ao fim de uma haste,
e trabalha de acordo com o movimento do fluido hidráulico dentro do tubo de
pressão.

Com os movimentos realizados pela suspensão, o fluido hidráulico


presente internamente no amortecedor é forçado a passar por furos (orificios)
presentes no embolo. Se os orificios são pequenos, a carga do amortecedor é
alta, resultando num maior controle do movimento da suspensão. Mas se os
orifícios forem maiores, a carga do amortecedor será baixa, resultando no
controle mais suave da movimentação da suspensão.

Para o funcionamento do amortecedor é necessário que o tubo de


pressão esteja repleto de óleo e sem a presença de ar no sistema. O processo
que retira o ar do tubo de pressão é chamado de sangria ou escorvamento.

Quando o amortecedor executa o movimento de compressão, a haste e


o embolo se deslocam para baixo, deslizando atravéz tubo de pressão, assim o
óleo que estava abaixo do embolo se desloca em duas frentes, parte dele se
move para a parte superior do tubo de pressão, passando pela válvula do
pistão e o restante segue para o tubo reservatório ao passar pela válvula de
base. No movimento de extensão do amortecedor, a haste e o embolo se
deslocam em sentido contrário ao executado durante o movimento de
compressão, durante esse movimento, o óleo que estava acima do pistão se
movimenta em duas frentes, onde parte dele se desloca para o lado inferior do
tubo de pressão, passando pela válvula do embolo e o restante é sugado do
tubo reservatório para o tubo de pressão, passando pela válvula de base
(Figura 4).

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Figura 4 – Amortecedor em corte (Fonte: http://saopaulo.zeebukbrasil.com/amortecedor-toyota-
hilux-01-04-traseiro-gas-par-novo-com-garantia-de-fabrica-viii-119228-veiculos1)

Basicamente existem três tipos diferentes de amortecedores, sendo


eles:

 Convencional: Esse tipo de amortecedor usa óleo e ar internamente e possui


dois tubos distintos e por esse motivo são chamados de “bitubos”.
 Pressurizado: Esse tipo de amortecedor é muito semelhante ao tipo
convencional, porém com as seguintes diferenças:
o O ar é substituído internamente por nitrogênio (gás inerte) a baixa
pressão.
o O selo de retenção ou vedação é especial para esse tipo de
amortecedor, possui um lábio para prevenir a entrada de sujeira e dois lábios
para prevenir o vazamento de óleo.
 Eletrônico: o amortecedor eletrônico tem como característica a capacidade
de alterar sua capacidade de amortecimento dependendo da velocidade do
veículo, ou ainda dependendo da seleção do tipo de condução o motorista
prefere, por exemplo visando maior conforto ou esportividade.

5. DESCARTE DE MATERIAIS

Não existe uma legislação no Brasil que regulamente o descarte dos


amortecedores atualmente. Entretanto algumas redes de lojas especializadas
em atender os donos de automóveis que buscam a substituição de pneus,

12
amortecedores entre outros componentes, estão oferecendo aos seus clientes
um sistema de descarte ecológico.

A rede Dpaschoal é uma dessas empresas, onde ela encaminha para a


reciclagem os resíduos gerados após a substituição dos componentes usados
pelos novos, sejam eles pneus, amortecedores, etc. Segundo o site da rede, as
peças dos amortecedores são transformadas em matéria-prima para
manufatura de alguns produtos de alumínio e o óleo interno do amortecedor é
extraído e refinado, sendo utilizado na fabricação de lubrificantes.

6. PROJETO DA APS

O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema de amortecimento


para carrinhos industriais com as seguintes características:

 Custo acessível;

 Capacidade de adaptação em qualquer outro carrinho industrial,


simplesmente substituindo o rodizio atual, pelo sistema desenvolvido;

 Capacidade de amortecer as irregularidades do solo, evitando grandes


trepidações do carrinho industrial durante rolamento em superfícies
irregulares;

 Considerar as matérias de referência contidas no manual da APS para


desenvolver o projeto.

7. MATÉRIAS DE REFERÊNCIA

As matérias de referência da APS desse semestre são:

 Teoria das Estruturas Mecânicas;

 Projeto de Elemento de Máquina;

 Máquinas Hidráulicas e Pneumáticas.

Sendo necessário também realizar um estudo ambiental sobre o projeto.

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8. PROJETO

O projeto foi concebido levando em consideração os objetivos descritos


no item Projeto da APS, as matérias de referência e um problema encontrado
na indústria de nossa região.

Conforme dito anteriormente, uma dificuldade encontrada durante o


transporte de peças num carrinho industrial comum, usado na indústria local
que inspirou a realização deste projeto. Para isso desenvolvemos o conceito de
uma roda auto amortecida para uso nos carrinhos industriais.

Realizando pesquisas na internet a respeito do assunto, descobrimos


alguns conceitos similares usando esse tipo de tecnologia, mas em outras
aplicações. Como por exemplo a reportagem postada pelo site Tecmundo,
segundo o qual, informa que a companhia de pneus Michelin irá disponibilizar
no mercado um novo tipo de pneu que não necessita de ar para ser inflado, no
lugar da câmara de ar existem tiras de borracha maleáveis (Figura 5). A função
dessas tiras de borracha é amortecer as irregularidades do solo, da mesma
forma que o ar o faz nos pneus tradicionais.

Figura 5 - Pneu desenvolvido pela Michelin (Fonte: Tecmundo.com)

Outro exemplo encontrado foi o de uma roda de bicicleta concebida com


fibra de carbono (Figura 6) o sistema amortece os impactos do piso para o
ciclista substituindo assim os amortecedores convencionais usados nas
bicicletas atualmente.

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Figura 6 - Detalhe do projeto da roda de bicicleta (Fonte: Yahoo Noticias)

O conceito inicial usado para desenvolver o sistema presente nesta APS


usa tiras de aço SAE 1070 enrolados em espiral com diâmetro inicial de 30mm,
10mm de largura, 1mm de espessura, passo de 1,1mm e revolução de 1,1
(Figura 7).

Figura 7 – Design inicial do projeto (Fonte: Grupo APS)

Ao simularmos um modelo desse tipo de mola no Solidworks Simulation


pode-se observar que apenas uma das metades trabalhava com a função de
mola, portanto a outra metade foi então considerada desperdício de material.
Nessa simulação obtivemos uma tensão de Von-Misses máxima de
aproximadamente 5,5x108Pa, quando aplicamos uma força de 5kgf na mesma.

15
Com essa informação, refizemos o projeto da mola, cortando-a em 45%
o volume de material usado e como pode ser observado na figura abaixo,
realizando a mesma simulação com a mesma carga usada na simulação feita
na mola com a configuração inicial obtivemos uma tensão de Von-Misses de
5,7x108Pa (Figura 8).

Figura 8 – Resultado da tensão de von Mises em uma mola (Fonte: Grupo APS)

Pode-se notar um pequeno aumento na tensão sofrida pela mola com a


nova configuração, porém, com esse design pode-se aumentar o numero de
elementos dentro da roda, fazendo com que ela possa suportar uma carga
maior.

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Figura 9 - Projeto da roda em escala (Fonte: Grupo APS)

No projeto em escala, que pode ser observado na figura 9 logo acima,


pode-se observar que o diâmetro total da roda montada é de 150mm, usa 2
rolamentos de esfera no centro e o diâmetro para montagem do eixo é de
20mm.

Figura 10 - Projeto da roda explodido (Fonte: Grupo APS)

Já na figura 10 é possível ver com mais detalhes todos os elementos


que compõem o projeto, sendo 2 rolamentos, a base inferior de fixação das

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molas, 20 molas em espiral com 30mm de altura, 1 mm de espessura e 30mm
de largura, 1 alma superior também para fixação das molas e finalmente uma
camada de borracha para aderência da roda com o solo. A fixação das molas
na base e na alma superior é feita por rebites.

Com o projeto finalizado, foi realizado uma nova simulação para verificar
se o sistema resistiria numa única roda uma carga de 50kgf, obtivemos o
resultado demonstrado na figura 11 logo abaixo.

Figura 11 - Resultado analise do Solidworks Simulation Tensão de von Mises (N/m²) (Fonte: Grupo
APS)

A maior tensão calculada é de 13,71Mpa, sendo que a tensão de limite


de escoamento é de 420Mpa, pode-se dizer que a roda com essa configuração
é capaz de suportar a carga de 50kgf.

9. PROTÓTIPO

Para apresentar o conceito defendido por este projeto de APS foi


construído um protótipo de carrinho industrial usando policarbonato e lâminas

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de aço para demonstrar o funcionamento da roda com o sistema de
amortecimento. A utilização desses materiais proporcionou um custo bem
acessível para o projeto, sendo gasto no protótipo o valor de R$40,00 ao todo.

A construção do protótipo foi conduzida em duas frentes, a construção


das rodas com sistema de molas de aço mola em formato espiral e a
construção da base do carrinho em policarbonato.

A fabricação das rodas foi iniciada cortando-se seis fitas de aço mola
com 310 milímetros de comprimento (Figura 12) e lixando toda a superfície das
fitas.

Figura 12 - Fita de aço 1070 (Fonte: Grupo APS)

Para dar o formato circular para as rodas foi utilizado um gabarito em


forma de círculo. Depois para unir as extremidades foi dado um ponto de solda
nas pontas, assim formando o aro externo da roda.

As molas foram fabricadas de forma semelhante (Figura 13), mas com


formato em espiral e sem adição de pontos de solda nas extremidades.

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Figura 13 - Molas em espiral (Fonte: Grupo APS)

Em cada aro externo foram colocadas quatro molas que são fixadas no
aro externo apenas por pontos de solda, para a mola poder se movimentar e
absorver os impactos das irregularidades do solo, conforme pode ser
observado na figura 14 logo abaixo.

Figura 14 - Rodas com as molas montadas (Fonte: Grupo APS)

Cada roda foi revestida com uma fita preta para melhorar a aderência ao
solo, o tipo da fita usada pode ser observado na figura 15 logo abaixo.

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Figura 15 - Fita de borracha (Fonte: Grupo APS)

Foram usinados tubos de nylon (Figura 16) para ser montado no centro
da roda e fixado com parafusos e porcas, isso para não haver deslocamento da
roda para os lados após serem montadas nos eixos.

Figura 16 - Tubo de nylon usinado (Fonte: Grupo APS)

Toda a parte de base do protótipo do carrinho industrial foi feito com


placas de policarbonato (Figura 17) e colado com cola instantânea, também foi
lixado as imperfeições para dar acabamento nas laterais do acrílico.

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Figura 17 - Placa de policarbonato (Fonte: Grupo APS)

Para fabricar as bases para instalação dos eixos e rodas, foram cortadas
tiras de policarbonato, a partir da placa inteira com 30mm de largura e 120mm
de comprimento (Figura 18).

Figura 18 - Tiras de policarbonato (Fonte: Grupo APS)

22
A partir das tiras cortadas, foi fabricado as bases de montagem das
rodas (Figura 19). Para unir todas as peças foi usado cola bicomponente a
base de resina epóxi (Figura 20).

Figura 19 - Peças para montar base da roda (Fonte: Grupo APS)

Figura 20 - Base da roda montada (Fonte: Grupo APS)

O restante da placa de policarbonato foi furada para alojar os parafusos


que fixaram as bases das rodas no protótipo de carrinho industrial (Figura 21).

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Figura 21 - Placa de policarbonato com alojamentos dos parafusos (Fonte: Grupo APS)

O suporte de empurrar ou puxar o carrinho foi construído em alumínio


(Figura 22) e fixado com dois parafusos.

Figura 22 - Pegador de mão em alumínio (Fonte: Grupo APS)

A figura 23 demonstra como ficou o protótipo do carrinho finalizado,


faltando apenas montar o suporte para empurrar ou puxar.

24
Figura 23 - Protótipo montado (Fonte: Grupo APS)

10. APRESENTAÇÃO

A apresentação do protótipo ocorreu no dia 18 de maio de 2015, todo o


grupo compareceu responsável pela elaboração do projeto compareceu e
apresentou o projeto ao professor responsável por avaliar o mesmo (Figura
24).

Figura 24 - Grupo no dia da apresentação (Fonte: Grupo APS)

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11. CONCLUSÃO

Com esse projeto concluímos que há ainda formas de inovar em varias


áreas aplicando tecnologias já conhecidas, mas de formas diferentes. Apesar
de ainda necessitar de desenvolvimento para poder chegar ao mercado, o
produto pesquisado e desenvolvido para a conclusão desta APS, mostra o
grande potencial de uma ideia simples e de baixo custo para ajudar as
indústrias e outros ramos de negocia a transportar de forma mais eficiente seus
produtos, pois este sistema visa suavizar os impactos causados pelas
irregularidades do solo nos produtos ou peças transportados, eliminando assim
retrabalhos para arrumar a carga durante o transporte interno, possíveis danos
causados pela vibração, etc.

Não encontramos nenhum produto destinado a esse segmento similar a


este, apesar de encontrarmos referencias de produtos similares no
desenvolvimento de pneus e de rodas para bicicletas. O que mostra a inovação
deste projeto.

Porém, como dito anteriormente a ideia da roda com sistema de


amortecimento por mola integrado necessita de mais desenvolvimento para
poder ser colocado no mercado um produto de boa qualidade e resistente para
o trabalho na indústria.

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Descarte correto de resíduos, último acesso em 07/05/2015. Endereço


eletrônico:
http://auto.dpaschoal.com.br/SitePages/conteudo.aspx?itemid=12&list=Econom
ia+Verde

Pneus sem câmara de ar serão produzidos pela Michelin em novembro,


último acesso em 07/05/2015. Endereço eletrônico:
http://www.tecmundo.com.br/veiculos/66020-pneus-camara-ar-produzidos-
michelin-novembro-video.htm

Projetista cria novo conceito de rodas para bicicletas, último acesso


11/05/2015. Endereço eletrônico: https://br.noticias.yahoo.com/projetista-cria-
novo-conceito-de-rodas-para-bicicletas-025435599.html

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13. ANEXOS

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