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TRIBUNAL DO CONSELHO DA
IGREJA PRESBITERIANA EM TANGAMANDÁPIO
PROCESSO 015/2015
ACUSADOS:
SILAS RIBEIRO DAS NEVES
CLÁUDIA BATISTA HONÓRIO
AUTUAÇÃO
1
Ata de número 500 da reunião do Conselho da Igreja Presbiteriana em
Tangamandápio. 2No dia 16 de agosto do ano de dois mil e quinze, reúne-se
o Conselho da Igreja Presbiteriana em Tangamandápio, em uma de suas salas
de reuniões, à Rua 10, nº 11, Bairro do Limoeiro, Tangamandápio. 3Preside
a reunião o Reverendo Amaral Ozório Bueno, presidente do Conselho. Estão
4
presentes à reunião: Reverendo Amaral Ozório Bueno, pastor efetivo, Rev.
César Antônio Castelani, pastor auxiliar, Presbítero Antônio Luiz da Silva,
Presbítero Bruno da Costa Lemos, Presbítero Caetano Batista Honório Filho,
Presbítero Diego Azevedo Alvares, Presbítero Luciano Magalhães Neto,
Presbítero Michel Lima Araújo, Presbítero João Silva dos Santos
(secretário). Ausentes5 o Rev. Uziel Albuquerque, pastor auxiliar, por
motivo justificado, Presbítero José Cunha Barbosa e Presbítero Silas Ribeiro
das Neves, por motivo justificado. 6A reunião tem início às 12h40min com
oração feita pelo Presbítero Bruno e exercício espiritual baseado em 1
Coríntios 7, conduzido pelo Rev. Amaral. 7Resolução 1: Recebe-se carta de
DENÚNCIA elaborada pela irmã Antônia Rodrigues das Neves, contra seu
marido, o presbítero Silas Ribeiro das Neves, ambos membros da I.P. em
Tangamandápio, relatando caso de quebra do sétimo mandamento por parte
deste, cometido com a irmã Cláudia Batista Honório, também membro da
I.P. em Tangamandápio. A denúncia vem instruída de carta de confissão
redigida pelo presbítero Silas, confirmando o teor das acusações. Neste
momento, o presbítero Caetano declara-se eticamente impedido de participar
da discussão da matéria, tendo em vista seu parentesco direto com a acusada,
o que é reconhecido e registrado pelo Conselho. Na sequência, decide-se
acatar o documento por considerar-se o andamento do processo necessário
ao bem da Igreja, bem como por não haver interesse ilegítimo por parte da
denunciante na condenação dos acusados (art. 46, letras “a” e “c” do Código
de Disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil – CD/IPB). O presidente do
Tribunal nomeia o Reverendo César Antônio como relator do processo (que
recebe número 015/2015). Os documentos são autuados pelo secretário e
repassados ao relator para que apresente relatório, nos termos do artigo 50
do CD/IPB, opinando pelo prosseguimento ou pelo arquivamento do
processo. Considerando a repercussão do caso, visto que o denunciado é
presbítero e líder da equipe de cânticos, o relator é consultado quanto ao
prazo necessário para apresentar seu relatório. Com o devido assentimento
deste, o presidente convoca, a seguir, todos os membros do Conselho, para
1 Ata número 500.
2 Data/local.
3 Presidência da reunião.
4 Presentes à reunião.
5 Ausentes à reunião
6 Exercício espiritual.
7 Denúncia contra o presbítero Silas Ribeiro das Neves.
6
Denunciante:
Antônia Rodrigues das Neves
Brasileira, casada,
Engenheira de Software
RG: 00.000.000-X
CPF: 000.000.000-XX
Endereço: Rua 1, nº 25
Bairro do Limoeiro – Tangamandápio – NL
CEP 99999-999
Denunciados:
1) Silas Ribeiro das Neves
Brasileiro, casado,
Personal Trainer
RG: 11.111.111-X
CPF: 001.001.001-XX
Endereço: Rua 1, nº 25
Bairro do Limoeiro – Tangamandápio – NL
CEP 99999-999
2) Cláudia Batista Honório
Brasileira, casada
Faxineira
RG: 22.222.222-X
CPF: 111.222.333-XX
Endereço: Rua 30, nº 50
Bairro do Limoeiro – Tangamandápio – NL
CEP 99999-999
Natureza da Denúncia: Quebra do Sétimo Mandamento
RELATÓRIO DO RELATOR – ARTIGO 50 CD/IPB
Senhores Juízes:
c) que nenhuma medida disciplinar deve ser tomada sem que haja o
devido processo regular (art. 8º CD/IPB), e sem que se ofereça aos
acusados o direito de se defenderem (art. 16 CD/IPB);
Nosso objetivo em tudo isso é tão somente edificar o povo de Deus, corrigir
escândalos e faltas, promover a honra de Deus, a glória de Nosso Senhor
Jesus Cristo e o próprio bem dos irmãos faltosos, como juramos fazer ao
abraçar o oficialato da Igreja, e conforme estipula o Código de Disciplina da
Igreja Presbiteriana do Brasil (artigo 2º, parágrafo único), refletindo o
ensino bíblico de 1 Coríntios 5 e, ainda, o que estipula a Confissão de Fé de
Westminster, em seu capítulo XXX – Das Censuras Eclesiásticas.
todos para uma reunião com os pastores da igreja, a ser realizada após o
culto vespertino de hoje, para acompanhamento, oração e orientação.
Finalmente, esclarecemos que todos os presbíteros membros do
Conselho (à exceção do Presbítero Caetano, que está impedido de
participar deste processo por ser primo da acusada) estão à disposição de
qualquer membro para oferecer, ressalvada a devida discrição acerca de
detalhes privados e da preservação do processo em andamento, quaisquer
esclarecimentos adicionais que se façam necessários.
Oremos pela irmã Antônia e suas filhas, bem como pelo Presbítero
Silas. Oremos pelo Conselho da Igreja.
Oremos pela irmã Cláudia, bem como por seu esposo Samuel. Que
Deus se apiede deles e de nós, e nos molde para a sua glória enquanto
procuramos lidar de maneira bíblica e cristã com essas difíceis e tristes
realidades.
Fraternalmente, em Cristo,
O Conselho
Tangamandápio, 19 de agosto de 2015.
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CITAÇÃO
Ao irmão
Silas Ribeiro das Neves
RG: 11.111.111-X
CPF: 001.001.001-XX
Endereço: Rua 1, nº 25
Bairro do Limoeiro – Tangamandápio – NL
CEP 99999-999
CITAÇÃO
À irmã
Cláudia Batista Honório
RG: 22.222.222-X
CPF: 111.222.333-XX
Endereço: Rua 30, nº 50
Bairro do Limoeiro – Tamgamandápio – NL
CEP 99999-999
INTIMAÇÃO
À irmã
Antônia Rodrigues das Neves
RG: 00.000.000-X
CPF: 000.000.000-XX
Endereço: Rua 1, nº 25
Bairro do Limoeiro – Tangamandápio – NL
CEP 99999-999
das partes. Nada mais havendo a ser tratado, encerra-se esta sessão
do tribunal às dezoito horas e treze minutos, com oração feita pelo
juiz Presb. Michel23. Eu, Presb. João Silva dos Santos, secretário do
tribunal, a tudo presente, lavro, dato e assino a presente ata. Sala das
sessões, São Paulo, 01 de setembro de 2015. ___________________
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Eu, Silas Ribeiro das Neves, quarenta e três anos, membro maior e
presbítero desta igreja, apresento a minha
DEFESA ESCRITA
Processo 015/2015
Interrogatório do acusado: Silas Ribeiro das Neves
Perguntado pelo juiz Presbítero José se gostaria de dizer mais alguma coisa,
o denunciado diz que, em primeiro lugar, deseja registrar seu profundo
arrependimento não só pelos danos que causou ao corpo de Cristo, nem
apenas pelo trabalho administrativo que o processo gerará a cada membro
do conselho, mas principalmente porque entende que o seu pecado é uma
afronta a Deus. Diz também que deseja se desculpar pela dor que foi
infringida à igreja por seu pecado, e também à irmã Cláudia e sua família.
Processo 015/2015
Interrogatório da acusada: Cláudia Batista Honório
Perguntada pelo juiz Presbítero Antônio sobre quem teria tomado a
iniciativa do relacionamento ilícito e se alguma das duas partes ofereceu
resistência a tal relacionamento, a denunciada responde que não saberia
colocar a culpa em uma das duas partes em particular, embora afirme que
o presbítero Silas tentou beijá-la no acampamento da federação. Embora o
desfecho do caso tenha sido de comum acordo, ela pressupõe uma
iniciativa dele pelo menos nessa abordagem física.
Perguntada pelo juiz Reverendo César Antônio se, na dinâmica do
relacionamento até caminhar para uma situação indevida, ela teria falado
sobre isso com alguém, a denunciada diz que conversou sobre o assunto
com a sua irmã Maysa e com o namorado dela André, dizendo que
estranhava a maneira como o presbítero Silas se aproximava dela. Afirma
que conversou sobre isso com o seu marido Samuel e que sabia que o
presbítero Silas não falava disso com a sua esposa Antônia, alegando que
ela tinha ciúmes desta proximidade.
Perguntada pelo juiz Presbítero Bruno sobre como foi a convivência dela
com o presbítero Silas durante esses meses em que ambos trabalharam
juntos na UPA e se aproximaram, ela respondeu que seu marido Samuel
sentiu um distanciamento do presbítero Silas, uma vez que existia uma
convivência anterior muito próxima de ambos em função de interesses e
afinidades comuns.
Perguntada pelo juiz Presbítero Antônio se o ato foi algo planejado e
construído ao longo de um processo ou se foi algo que aconteceu de
maneira repentina, a denunciada afirma que pelo menos de sua parte não
houve planejamento algum e que tudo aconteceu repentinamente.
Perguntada pelo juiz Presbítero Antônio sobre o quanto de todos os fatos
foi comunicado à sua família e como a família reagiu, a denunciada
informou que teve conversas com seus sogros, com seus pais e com seu
marido, e que relatou todos os fatos a este.
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Perguntada pelo juiz Presbítero Antônio se esta foi a primeira vez que
cometeu o pecado de adultério, a denunciada responde que esta foi a
primeira vez e espera que seja a última.
Perguntada pelo juiz Presbítero Luciano se ela deseja reconstruir seu
casamento, a denunciada afirma que sim, e que acredita que todos os fatos
contribuíram, inclusive, para que seu casamento fosse aprimorado e ela se
aproximasse mais de seu marido, corrigindo erros anteriores.
Perguntada pelo juiz Presbítero Michel se acredita que o trabalho de ambos
na UPA facilitou a ocorrência do adultério, a denunciada afirma que de fato
passava muito tempo na UPA, mas que não havia pensado sobre isso uma
vez que nunca imaginou que o presbítero Silas pudesse olhá-la com outros
interesses.
Perguntada pelo juiz Reverendo César Antônio sobre os motivos que a
levaram a confessar o pecado ao seu marido, ela disse que não achava justo
com ele e que estava com o coração pesado, e que era algo a ser resolvido
não apenas com Deus, mas também com seu marido.
Perguntada pelo juiz Presbítero Luciano se pretende buscar
aconselhamento e acompanhamento pastoral, a denunciada afirma que
sim, e que já o tem feito, na companhia de seu marido, com o Rev. Amaral.
Perguntada pelo juiz Presbítero Antônio se entendia a dimensão das
implicações de sua conduta na esfera familiar, a denunciada disse que
escreveu sobre isso na sua defesa e que entende que não só a sua família
de sangue, mas também a família da fé foi muito afetada por tudo o que
aconteceu.
Perguntada pelo juiz Presbítero Luciano se gostaria de dizer mais alguma
coisa, a denunciada afirma que no momento não tem mais nada a declarar,
mas que está à disposição do conselho para eventuais esclarecimentos
futuros.
Sala das Sessões, 01/09/2015
INTIMAÇÃO
PROCESSO ECLESIÁSTICO nº 015/2015
DENUNCIANTE: ANTÔNIA RODRIGUES DAS NEVES
DENUNCIADOS: SILAS RIBEIRO DAS NEVES
CLÁUDIA BATISTA HONÓRIO
Por ordem do Rev. AMARAL OZÓRIO BUENO, MD Presidente do Tribunal
Eclesiástico da Igreja Presbiteriana em Tangamandápio, situada na cidade de
Tangamandápio na Rua 10, nº 11, CEP 55555-555, Bairro do Limoeiro, INTIMO a
Sra. CLÁUDIA BATISTA HONÓRIO, portadora do RG: 22.222.222-X e do CPF:
111.222.333-XX, residente à Rua 30, nº 50, Bairro do Limoeiro –
Tamgamandápio CEP 99999-999, citada nas formas da lei, para comparecer no
dia 10/09/2015, segunda-feira, às 20:30 horas, na Sala de Audiências do Tribunal
Eclesiástico da Igreja Presbiteriana em Tangamandápio, no endereço supra
citado, com a finalidade de acompanhar a audiência final do processo no qual
figura como denunciada, conforme o rito Sumário previsto no Código de
Disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil (artigos 103 a 106), ocasião na qual, se
desejar, poderá fazer uso da palavra por dez minutos, e quando tomará ciência
da decisão final deste processo.
Sala das Sessões, Tangamandápio, 01 de Setembro de 2015.
Denunciante:
Antônia Rodrigues das Neves
Brasileira, casada,
Engenheira de Software
RG: 00.000.000-X
CPF: 000.000.000-XX
Endereço: Rua 1, 25
Bairro do Limoeiro – Tamgamandápio – NL
CEP 99999-999
Denunciados:
1) Silas Ribeiro das Neves
Brasileiro, casado,
Personal Trainer
RG: 11.111.111-X
CPF: 001.001.001-XX
Endereço: Rua 1, 25
Bairro do Limoeiro – Tamgamandápio – NL
CEP 99999-999
UPA, enquanto ela era membro em plena comunhão e havia sido auxiliar
nos trabalhos da UPA no ano de 2014. Ambos estão sendo processados
mediante denúncia apresentada pela irmã Antônia Rodrigues das Neves
(esposa do irmão Silas), datada de 16/08/2015, acusando diretamente seu
esposo pela quebra do sétimo mandamento e, indiretamente, acusando
também a irmã Cláudia, com quem o adultério foi praticado. O documento
foi apresentado em termos bastante genéricos, mas veio instruído de carta
de confissão manuscrita, redigida pelo irmão Silas.
A denúncia foi acolhida pelo Conselho da Igreja Presbiteriana em
Tangamandápio em sua reunião realizada na mesma data (16/08/2015),
após verificar que a matéria da acusação constitui falta (artigo 4º do Código
de Disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil), o que pode ser provado pela
Sagrada Escritura a partir dos textos de Êxodo 20.14 (“Não adulterarás”),
bem como Deuteronômio 5.18 e Mateus 5.27, e também pelo que dispõem
os Símbolos de Fé da Igreja Presbiteriana do Brasil: a Confissão de Fé de
Westminster (Capítulo XXIV, 5), o Catecismo Maior de Westminster
(perguntas 137 a 139) e o Breve Catecismo de Westminster (perguntas 70
a 72).
Nessa mesma ocasião, o Conselho também recebeu carta manuscrita de
confissão da irmã Cláudia, admitindo ter cometido o pecado de adultério
com o irmão Silas, e decidiu juntá-la aos autos, unificando-se, desta forma,
o tratamento dos dois irmãos num mesmo processo eclesiástico.
Constatou-se que, pela natureza do pecado, não era possível empregar
meios suasórios para corrigir a falta, conforme requer o art. 43 do CD/IPB,
e que a denunciante não visava interesse ilegítimo na condenação dos
acusados (art. 46, letra “c” do Código de Disciplina da Igreja Presbiteriana
do Brasil – CD/IPB). Fui nomeado relator do processo, que recebeu número
015/2015. O Presbítero Caetano Batista Honório Filho, irmão da acusada,
declarou-se suspeito e retirou-se do processo.
Reunido especificamente para fins judiciários na data de 19/08/2015, e
acolhendo ao relatório inicial (art. 50 CD/IPB) apresentado por mim, na
condição de relator, o Tribunal decidiu dar seguimento ao processo. Tendo
em vista que havia confissão manuscrita dos dois acusados, hipótese que
prevê a adoção do rito sumário para o processo (artigo 103 letra “a” do
CD/IPB), marcou-se a audiência prevista no artigo 104 do CD/IPB para a
data de 01/09/2018. Também em função da gravidade dos fatos e da
segurança prévia quanto a sua veracidade, devido às confissões dos
denunciados, ambos os acusados foram afastados preventivamente da
comunhão e o Presbítero Silas foi afastado do exercício de seus cargos.
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Processo 015/2015
Diante do que se pode abstrair dos autos, sou de parecer que deva
ser imposta ao acusado Silas Ribeiro das Neves a pena de DEPOSIÇÃO do
ofício de presbítero (artigo 9º letra “d” do CD/IPB), somada ao seu
AFASTAMENTO DA COMUNHÃO PELO TEMPO DETERMINADO DE UM
ANO, conforme previsto nos artigos 9º, letra “b” do CD/IPB, combinado
com o disposto no artigo 134, letra “a” do mesmo diploma legal.
Adicionalmente, sou de parecer que deva ser imposta à acusada
Cláudia Batista Honório a pena de AFASTAMENTO DA COMUNHÃO PELO
TEMPO DETERMINADO DE SEIS MESES, conforme previsto nos artigos 9º,
letra “b” do CD/IPB, combinado com o disposto no artigo 134, letra “a” do
mesmo diploma legal.
Proponho que estas necessárias censuras sejam comunicadas à igreja
no próximo domingo, dia 16 de setembro de 2015, após o culto matutino,
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Rev. César Antônio Castelani
Juiz Relator
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Rev. Amaral Ozório Bueno
Juiz Presidente
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Processo 015/2015
ACÓRDÃO
Também foi considerado pelo Conselho que, mesmo em casos onde haja
admissão dos fatos pelos faltosos e desejo manifesto de se corrigirem,
ainda existe a necessidade de se reparar o escândalo, promover a honra de
Deus, a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e de impedir que tais
comportamentos sejam encorajados no seio da Igreja. O cuidado em todas
essas questões faz parte do trabalho dos presbíteros, os quais juraram
assim proceder ao abraçar o oficialato da Igreja, prometendo lealdade à
Escritura Sagrada, acima de tudo, bem como ao Código de Disciplina da
Igreja Presbiteriana do Brasil e aos seus Símbolos de Fé (a Confissão de Fé
e os Catecismos Maior e Breve de Westminster).
DETERMINADO DE SEIS MESES, conforme previsto nos artigos 9º, letra “b”
do CD/IPB, combinado com o disposto no artigo 134, letra “a” do mesmo
diploma legal, a contar da data da sentença (10/09/2015) e a encerrar-se
no dia 09 de março de 2016, ocasião em que, nos termos do artigo 134 letra
“a” do CD/IPB, a mesma será chamada ao Tribunal do Conselho para
apresentar as provas de seu arrependimento.
Desta forma, o Conselho convoca a Igreja a orar por estes irmãos e por suas
famílias, suplicando ao Senhor que conceda amplamente aos faltosos
arrependimento, graça e crescimento, e que console e conforte o coração
dos cônjuges ofendidos. Permita o SENHOR que esta medida disciplinar
atinja seus objetivos de reparar o escândalo, promover o crescimento dos
faltosos e trabalhar pela pureza da Igreja e pela glória do nosso Deus.
O Conselho agradece a Deus pela maneira cristã e adequada pela qual, até
agora, tanto os faltosos quanto os ofendidos vêm sendo tratados na Igreja.
Ao acolher os faltosos sem sugerir que sua disciplina é uma medida
descabida e desnecessária, ou que o pecado cometido não foi algo sério e
danoso, por um lado, nem propor, por outro lado, que não haverá espaço
para sua restauração e reintegração, caso estejam devidamente
arrependidos, nossa Igreja local glorifica a Cristo. Ao mostrar acolhimento
e oferecer o ombro amigo aos ofendidos, mantendo interesse genuíno e
não inquisidor nem especulativo por suas vidas, os membros desta Igreja
verdadeiramente cumprem os mandamentos do Mestre. Louvado seja o
Senhor por isso.
O Conselho lembra à Igreja, mais uma vez, que ocasiões como esta devem
servir para que todos reflitamos acerca de nossa própria condição espiritual
e cuidemos de cultivar com o máximo zelo a santidade na vida. Depois de
refletir sobre o pecado dos crentes da antiga aliança e das lições que a
disciplina deles podia oferecer, o apóstolo Paulo escreveu, em 1 Coríntios
10.11, uma exortação extremamente apropriada a esta hora: “Aquele, pois,
que pensa estar em pé veja que não caia”.
Pela glória de Cristo, pelo bem da Igreja, pela santa profissão do Evangelho,
pelo bem dos faltosos e dos ofendidos, por amor a todos, nos despedimos
fraternalmente, em Cristo.
O Conselho
Tangamandápio, 16 de setembro de 2015.
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