Você está na página 1de 15

Aula 4

Passo a passo
para fazer um
diagnóstico de
marca pessoal

Por Bia Toso


Aula 4

Quem é
Bia Toso?
Capixaba, formada em Jornalismo, pós-
graduada na área de comunicação.
Concursada no Ifes e freelancer em
produção de conteúdo no digital.
Apaixonada por personal
branding, resolveu dedicar-se
100% ao tema e hoje
empreende na área.
É case de sucesso
do seu próprio
método (em 4 meses
viu seu faturamento
dobrar) e, em pouco
mais de um ano,
já ajudou mais de
60 profissionais a
posicionarem suas
marcas e aumentarem
seus ganhos.
Todos os direitos reservados. Reprodução Proibida.
Aula 3

Mesmo que você esteja


fazendo uma transição de
carreira, você já tem todo
um repertório, você já tem
uma história e as pessoas
que te conhecem, sentem
algo em relação a você. Você
já tem uma reputação.
- Bia Toso

Porque fazer um diagnóstico


A gente faz um diagnóstico de marca
pessoal para ter um ponto de partida.
Ninguém começa do zero.

Se você nunca pensou sobre isso ou é


daqueles que diz que “não se importa com o
que os outros pensam” você pode não ter
Aula 4

clareza sobre o que as pessoas realmente


pensam sobre você. E aí pode acontecer
duas situações que eu já vi na prática:

1 – Você acha que sua reputação é bem pior


do que é. Ou não é necessariamente ruim,
mas você não imagina que as pessoas
falam coisas tão boas sobre você.

2 – Você acha que tá "abalando" e aí


chegam coisas que te surpreendem, que
você não imaginava que as pessoas
percebiam sobre você.
Ex: eu tive uma cliente que me relatou que
não imaginava que as pessoas achavam
que ela era insegura e isso se repetiu muito
na pesquisa. Ela ficou surpresa!

Acontece também de já aparecer o que


você espera então você confirma o que já
pensava. Bom, porque já nessa primeira fase
você vive uma transformação. Porque a
partir desse diagnóstico que é interno e
Aula 4

externo você já capta dados


importantíssimos de aspectos que você
precisa melhorar e de aspectos que você
pode reforçar. E isso é muito valioso. É
muito melhor do que fazer isso no achismo.

Até porque existem pontos cegos numa


avaliação apenas interna, as nossas
percepções pessoais não são exatas.

A Janela de Johari
Essa técnica de autoconhecimento tem o
objetivo de mostrar, de maneira visual, a
relação entre nossa percepção sobre nós
mesmos e a forma como as outras pessoas
nos enxergam. Por isso, ela facilita aspectos
da nossa comunicação interpessoal. Essa
ferramenta foi criada em 1955 pelos
psicólogos norte-americanos Joseph Luft e
Harrington Ingham e foi nomeada a partir
da junção dos nomes de seus criadores.
Aula 4

Qual é a premissa? de que o


autoconhecimento também é formado pela
percepção que os outros têm sobre nós.
Afinal, a imagem que a gente passa
também compõe as características que
determinam quem somos.

A Janela de Johari é representada por dois


eixos. O horizontal se divide em dois
quadrantes de autoconhecimento: o que é
reconhecido e o que é desconhecido pela
própria pessoa. O eixo vertical também é
dividido em outros dois quadrantes, mas
relacionados com a visão de grupo: o que é
reconhecido e o desconhecido pelo grupo
sobre a pessoa.

Nas interseções desses conceitos temos


quatro possibilidades:

1
Eu aberto
reconhecido por todos (pessoa e grupo).
Aula 4

2
Eu cego
reconhecido pelo grupo e desconhecido
pela pessoa.

3
Eu secreto
reconhecido pela pessoa e
desconhecido pelo grupo.

4
Eu desconhecido
desconhecido por todos (pessoa e
grupo)

Para a Janela de Johari funcionar, o ponto


inicial é a honestidade, consigo mesmo e com
os outros. É essencial estar desprovido de
julgamentos e possíveis interpretações
subjetivas demais. Isso ajuda a não se sentir
chateado com as respostas formuladas pelo
grupo.
Aula 4

MECEHNOCSED

EU EU
SECRETO DESCONHECIDO
SORTUO

MECEHNOCER

EU EU
ABERTO CEGO

RECONHEÇO DESCONHEÇO

EU

Para facilitar a aplicação da técnica, uma


forma de preencher os quadrantes é partindo
de uma lista de atributos que podem se dividir
em duas categorias: positivos ou virtudes e
negativos, defeitos ou pontos de melhoria.

Confira uma sugestão abaixo:


Imagem própria: quando for o momento da
autoavaliação, defina 10 virtudes e 10 pontos de
melhorias que mais representam sua
personalidade.
Aula 4

Imagem que passa para o grupo: escolha cerca


de cinco pessoas do seu círculo de
relacionamentos que você confie e te conheçam
bem. Essas pessoas podem ser definidas a partir
do objetivo da aplicação da técnica, se é mais
pessoal ou profissional. Forneça uma cópia da
lista de virtudes e defeitos e peça para que elas
indiquem 10 de cada categoria também. Para
obter o máximo de sinceridade possível, lembre
os participantes que as respostas são anônimas.

Comparação: os pontos em comum entre as


suas respostas e as dos outros são colocadas no
“eu aberto”. O que foi apontado pelo grupo e
você não listou vai para o “eu cego”. As
características que você elencou e não foram
citadas por ninguém fazem parte do “eu
secreto”. Já o quadrante do “eu desconhecido” é
a área mais promissora, que não foi identificada
com nenhuma característica
e que está aberta a
novas descobertas.
Aula 4

Análise de atributos

Com as respostas da Janela de Johari em mãos,


é hora de iniciar o trabalho de
autoconhecimento, que pode ser um momento
de reflexão individual ou que pode ser
compartilhado em sessões de terapia, por
exemplo.

Basicamente, as informações do “eu aberto” são


as características com as quais você se sente
mais confortável. Você não tem medo de expô-
las para o mundo e deixá-las transparecer.

O “eu cego” reúne tudo aquilo que você faz sem


saber. São as características que você deixa as
pessoas acessarem e que são percebidas pela
sua comunicação verbal e não-verbal e nas
reações diante de diferentes situações.

Já o “eu secreto” é formado por tudo aquilo que,


de alguma forma, você não quer que os outros
saibam. Medo de julgamentos ou de reações
negativas podem ser alguns motivos para que
você não deixe essas características
Aula 4
aparecerem de forma clara e objetiva.

E o “eu desconhecido” é uma área que você


pode explorar mais. São os atributos que você
não consegue identificar em um primeiro
momento, mas que podem ser aprimorados e
desenvolvidos com o passar do tempo. Este é o
quadrante da Janela de Johari que precisa de
mais acompanhamento especializado para ser
decifrado.

Esse é um exercício muito poderoso! Mas


há outra opção, que é um pouco mais simples.
Você pode fazer uma pesquisa com perguntas
mais gerais, mas importantes pra você avaliar
as percepções.

Pesquisa
Crie um formulário no Google (ou no site Survey
Monkey) com as perguntas abaixo.
>>> É importante que esteja configurado como
anônimo, para que as pessoas se sintam à
vontade em responder.

Deixe claro que é anônimo e que você precisa


Aula 4
que a pessoa seja sincera para responder (isso é
muito importante !).

Você pode adaptar a seguinte mensagem para


enviar:

"Olá, tudo bem? Estou fazendo um processo de


construção de marca pessoal e gostaria de
contar com a sua ajuda. Selecionei algumas
pessoas que confio, que eu sei que são
verdadeiras e estou enviando essa pesquisa
sobre mim.

Caso tope participar, saiba que eu preciso que


você seja muito sincero(a). A pesquisa é
anônima e conta com apenas XX perguntas
simples (dá pra responder em até 5 minutos).
Agradeço se puder responder!"

Pesquisa
1 – Como você me definiria em 3 palavras?
2 – Quando pensa em mim, me associa ao que?
(a que situação, pessoa, lugar...)
3 – Para você, qual é a minha maior qualidade?
4 – O que na sua opinião eu faço melhor
profissionalmente?
Aula 4
5 – E em que aspectos acha que eu preciso
melhorar?
6 – Se eu fosse um carro...qual seria? Por quê?
7 – Se eu fosse um animal, qual seria? Por quê?
8 – Acha que eu mostro meu melhor e me
posiciono bem como uma “marca pessoal”?
Por quê?
9 – O que você acha das minhas redes sociais?
O que eu poderia melhorar ali na sua
visão?

É preciso muita inteligência emocional para


receber esses feedbacks! Não fique tentando
descobrir quem respondeu cada uma., foque em
avaliar se as respostas fazem sentido com o que
você quer demonstrar, se há percepções que
poderiam ser diferentes.

Coração aberto. É hora de você avaliar tudo o


que chegou. Não é para ficar refém nem das
críticas, nem dos elogios que chegaram.

Você precisa avaliar tecnicamente algumas


questões. É legal, por exemplo, fazer uma
nuvem de palavras para visualizar de fato o
mais apareceu.
Aula 4
Algumas perguntas que você pode se fazer?

As palavras que mais me representam é o que


eu realmente quero comunicar?
Ex: doce, meiga podem não ser o que você quer,
embora sejam positivas.

Quais são os pontos de melhoria que as pessoas


percebem em mim? Onde faz sentido eu colocar
energia?
E tudo isso tendo em vista o seu objetivo de
marca pessoal, o lugar que você quer ocupar.

A partir disso se pergunte:


Como eu posso reforçar o que eu quero? E
como eu posso minimizar o que eu não quero
passar?
Ex. no caso da pessoa doce, uma adequação de
estilo pode fazer sentido do tom de voz.

Perceba que esse diagnostico nos direciona e


nos deixa mais seguros de como seguir com o
processo de gestão de marca pessoal.

Desejo que seja um excelente processo


investigativo!
Fortaleça seu
posicionamento e
aumente seus ganhos!
Para mais conteúdos
gratuitos sobre
Branding Pessoal, me
siga no Instagram:

@biatoso

Você também pode gostar