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EmBarca na

2021
Escrita
Ficha Técnica
▪ Título – EmBarca na Escrita
▪ Textos – Carlos Louro, Biblioteca Escolar, autores das 40 crónicas
Opiniões de Segunda, autores de conteúdos dos 42 programas de
rádio Leituras e Companhia
▪ Design e paginação – Biblioteca Escolar
▪ Edição – Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Ponte da
Barca
▪ Data – julho de 2021
▪ Localidade – Ponte da Barca
Índice

▪ Nota de abertura do Diretor . . . . . . . 04


▪ Rede de Bibliotecas Escolares apoia EmBarca na Escrita . 06
▪ Opiniões de Segunda . . . . . . . . . 07
▪ Leituras e Companhia . . . . . . . . . 88
▪ Opiniões de Segunda e Leituras e Companhia
são notícia na Antena 1 . . . . . . . . 110
▪ RBE destaca estas boas “Práticas” . . . . . . 111
Nota de abertura
Em Ponte da Barca, no Agrupamento de Escolas, durante o
presente ano letivo, todos embarcamos nas palavras, escritas, mas
também faladas. Na busca da beleza que cada uma das palavras que
compõem a nossa riquíssima língua encerra, alunos e professores
fomos capazes de protagonizar educação e aprendizagem.
Aquilo que esta obra, digital, nos mostra é que as palavras, as
palavras da nossa língua, são o elo que nos une. Dão-nos acesso à
realidade e ajudam-nos a criar a realidade!
O escrever e o falar, numa escola ou, melhor, duma escola, estão
aqui fielmente retratados. São o escrever e o falar que nos pedem a Carlos Louro,
nossa atenção. Para nos apercebermos da imensa riqueza de Diretor do Agrupamento de Escolas
palavras como: liberdade, cidadania, dignidade, amizade, entre de Ponte da Barca
tantas outras. Para compreendermos conteúdos disciplinares e nos
lançarmos nas questões filosóficas. Ou nas da matemática. Sendo
exploradas em todos os contextos das nossas vidas!
São palavras que traduzem o comprometimento duma comunidade escolar com o acrescentar valor
aos mais jovens. Dotando-os de mais conhecimento e capacidades. São o fiel retrato da colaboração de
muitos, com um mesmo desígnio, num projeto que também é de cidadania e intervenção cívica!
Com as palavras escritas e ditas nas OPINIÕES DE SEGUNDA e no LEITURAS E COMPANHIA, no
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca escolhemos acreditar que também as palavras da nossa
língua nos ajudam a definir os nossos projetos de vida e a traduzir a identidade e o carácter de todos
quantos se esforçam por fazer aprender os nossos alunos.
Acompanhar estas muitas palavras foi um grande privilégio. Muito me honrou, em tempos marcados
pela incerteza e dúvida pandémicas, apreciar o rumo constante e a consistência destes projetos: nem
oscilações se registaram!
Espero que também vocês, caros leitores, se deixem emocionar com estas nossas palavras (as escritas
e as ditas). E que me perdoem o indisfarçável orgulho em mais esta realização do nosso Agrupamento!
Boas leituras e audições!
Carlos Alberto Louro
2021.07.17
Rede de Bibliotecas Escolares apoia
EmBarca na Escrita
EmBarca na Escrita é o título do projeto aprovado pela RBE, no âmbito do programa “Leituras… com a
Biblioteca”, cuja operacionalização se alarga pelo período de dois anos letivos (2020-2022).
Fazendo parte de um conjunto de 10 projetos a nível nacional, a ação é da responsabilidade da
Biblioteca Escolar, em articulação com o Grupo de Português, e integra-se no domínio da escrita.
A ideia central passa pelo aprofundamento de uma Cultura de Escrita que se traduza na produção
semanal de textos de diversas tipologias, com a participação de alunos de todos os ciclos de ensino,
dando corpo ao Opiniões de Segunda e ao programa semanal de rádio Leituras e Companhia.
“EmBarca(ndo) na Escrita” e partilhando com a comunidade escolar e o público em geral o resultado
das suas produções, este trabalho contribui não só para o aprofundamento do domínio da expressão em
língua portuguesa, mas também do pensamento estruturado, da capacidade argumentativa, da
criatividade e da sensibilidade artística. As literacias da informação, dos media e da leitura e o exercício da
cidadania, cultivando a autonomia e o espírito crítico, o pluralismo democrático e o compromisso com
valores humanistas, são outras competências trabalhadas com esta intervenção.
A qualidade do trabalho desenvolvido mereceu, aliás, um reforço do apoio da RBE, destinado à
implementação da 2ª fase da candidatura, mediante o enriquecimento do fundo documental.
Neste livro digital, apresentamos todo o trabalho vindo a público no primeiro ano de implementação
do projeto, sabendo que o mais importante foi a dinâmica gerada, cujo impacto não é visível no imediato.
OPINIÕES DE SEGUNDA
São opiniões, à segunda, com conteúdo de primeira.
No início de cada semana, um aluno dos 7.º ao 12.º anos
partilhou, através das plataformas mediáticas (sítio institucional
e facebook do Agrupamento, blogue da Biblioteca Escolar e
rádio Barca FM | 99.6), a sua perspetiva sobre um tema da
atualidade.
Num contexto de grande visibilidade, trabalhou-se a escrita,
a capacidade de argumentação e o espírito crítico, exercitou-se
a criatividade, a responsabilidade, a autonomia, a autoestima,
o pluralismo democrático. E aprofundou-se a abertura e a
interação da Escola com a Comunidade.
Em suma, ajudou-se cada aluno no processo da construção
do seu próprio conhecimento e no exercício da cidadania,
afirmando-se como um espírito lúcido, um cidadão
interventivo, uma Pessoa com valor(es).
A atividade foi da responsabilidade da Biblioteca Escolar e
do Grupo de Português e integra o projeto EmBarca na Escrita,
premiado pela Rede de Bibliotecas Escolares, no âmbito do
programa “Leituras… com a Biblioteca”.
A história que todos iremos contar…

No início de um ano diferente, Maria João Cerqueira


estreia esta 2.ª série do Opiniões de Segunda, falando
do regresso à escola em tempos de pandemia. E dos
múltiplos desafios que temos pela frente.
Na sua perspetiva, “a vida está repleta de desafios e
temos de pensar que este é mais um e que vamos
conseguir ultrapassá-lo”.
Maria João Cerqueira, 11.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Desde março, as nossas vidas sofreram uma transformação enorme e tivemos de nos adaptar e lidar com
esta nova forma de viver. Este início de ano, tal como estes seis meses, foi também atípico e fez com que
desejássemos mais uma vez que tudo voltasse ao normal.
Agora, tudo é diferente e nesta primeira fase é árduo para nós, alunos, professores e funcionários,
habituarmo-nos a todo o plano de contingência. Como aluna, creio e sinto que o mais difícil é a falta de
contacto com o próximo, ter de manter o distanciamento social, não podermos dar a mão, tocar num ombro,
dar um abraço, coisas que antes tínhamos por garantidas.
Mas no meio de tantas mudanças também me sinto grata por poder voltar a ter um ensino presencial, onde,
apesar de usarmos máscara e de nos distanciarmos, a relação professor-aluno é muito mais próxima.
Acho que este ano temos de nos motivar e pensar nos aspetos positivos do regresso à escola. Temos,
muitas vezes, a tendência para nos concentramos só nos aspetos menos bons, mas, para que este ano corra o
mais tranquilamente possível e para que seja viável continuarmos com o ensino presencial, temos de fazer um
esforço para cumprir todas estas normas que nos dão a possibilidade de manter o diferente menos diferente.
É essencial também, mais do que nunca, sermos altruístas e o que quero dizer com isto é que podemos
pensar que talvez este vírus em nós não tenha muitas repercussões, mas pode ter muitas para o próximo.
Todos temos plena consciência de que este ano vai ser muito cansativo, física e mentalmente, mas a vida
está repleta de desafios e temos de pensar que este é mais um e que vamos conseguir ultrapassá-lo. E um dia
será uma história de superação e resiliência para contar!

21/09/2020 – 2.ª série


Stress na adolescência
Na crónica desta segunda, Luana Silva escreve sobre o
stress na adolescência e sobre a importância de
sabermos gerir a pressão, construindo “um ambiente
positivo à nossa volta”.
Uma reflexão a não perder, mais ainda no início de
um novo ano letivo…

Luana Silva, 11.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
Enquanto adolescente de 16 anos, no 11.º ano de escolaridade, encontro-me numa fase da minha vida cheia de
desafios. E, tal como eu, outros tantos adolescentes.
A adolescência é por natureza um período stressante. Juntam-se as mudanças físicas, emocionais e hormonais aos
conflitos familiares, à vida social, aos padrões de beleza e preconceitos impostos pela sociedade, e torna-se difícil
chegar ao fim do dia sem nos sentirmos física e psicologicamente esgotados.
Em resposta a este stress, e muitas vezes inconscientemente, o adolescente acaba por abraçar hábitos
autodestrutivos, como a autocrítica excessiva ou consumo de álcool e drogas ou então lutar contra distúrbios
alimentares, ansiedade ou insónia. Acresce ainda a escola que, por experiência própria, exerce a maior pressão,
sendo potenciadora das reações acima referidas. Os testes e exames, o sistema de ensino antiquado, a escolha de
área para o 10.º ano ou de curso, findo o ensino secundário, são claramente motivos de inquietação. São motivos
para temermos o fracasso. O medo de falhar.
Mas, afinal, não é suposto errar para aprender? O stress estará sempre e naturalmente presente na nossa jornada.
Mas nada em excesso é saudável, e o stress não é exceção. Não havendo uma receita exata para o combater, existem,
porém, algumas técnicas preventivas: praticar desporto, ter uma alimentação saudável, contactar com a natureza,
evitar o uso de substâncias aditivas e, acima de tudo, priorizar metas realizáveis e pensamentos positivos.
Sim, a adolescência é complexa, mas o verdadeiro desafio passará por saber construir um ambiente positivo à
nossa volta, perceber quais os princípios e valores essenciais, lutar pelo nosso bem-estar e pelo dos outros. Na
verdade, a adolescência é a melhor fase da nossa vida, por isso vivamos um dia de cada vez e aproveitemos cada
momento ao máximo!
“Sorri, respira e vai com calma, mas vai.”

28/09/2020 – 2.ª série


O dilema da Eutanásia

Esta segunda, Clara Marinho abre o debate sobre um


tema fraturante, que está na ordem do dia e acerca do
qual ninguém fica indiferente.
“O dilema da Eutanásia”: para ler, refletir, e…

Clara Marinho, 8.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
A eutanásia é um assunto polémico porque diz respeito à vida humana. Não é fácil aceitar que uma vida, qualquer
que ela seja, deixe de fazer sentido. Mas, infelizmente, há situações extremas em que a vida passa a ser meramente
vegetativa.
Nestas circunstâncias, lamento que, na maior parte dos países, não só da Europa, como de todo o mundo, não se
aceite que haja casos em que a vida de uma pessoa deixe de fazer sentido. Por este motivo, a eutanásia é ilegal e
controversa.
Nesses países, as pessoas não têm liberdade de escolha, quando se trata de decidir de que forma fazer face a um
dia a dia completamente dominado pelo sofrimento causado por uma doença crónica incurável. Infelizmente,
Portugal é um desses países.
Eu apoio a liberdade de escolha e acho que cada um deveria ter o direito de, em pleno uso das suas faculdades
mentais, em situações de doença crónica incurável, poder decidir sobre a forma como quer viver. Se viver significar
para uma pessoa um sofrimento diário permanente e a perda da sua dignidade, de tal modo que a sua vida se torne
um tormento insuportável, renovado diariamente, então essa pessoa, esse ser humano, tem que ter o direito de
decidir e conscientemente expressar quando e como deve ser posto termo a esse sofrimento.
A palavra “eutanásia” tem origem numa palavra grega que significa “boa morte”, isto é, uma morte tão tranquila
quanto possível. A todos os doentes que sofrem de doenças incuráveis e que não conseguem viver uma vida com
dignidade e sem dor, a sociedade deve reconhecer-lhes o direito de poder decidir se a única solução é escolher a
eutanásia ou morte assistida.
Sei que é um assunto muito sensível porque está em causa a vida humana, mas, afinal, “a vida é uma obrigação, ou
a morte é um direito?”.

05/10/2020 – 2.ª série


O drama dos refugiados
Nesta edição do Opiniões de Segunda, Guilherme
Barbosa traz para o debate um dos grandes temas da
atualidade: o drama dos refugiados.
Como é que a Europa, cada vez mais envelhecida e
berço dos valores humanistas, deve lidar com este
desafio?

Guilherme Barbosa, 8.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
Nos últimos anos, milhares de refugiados, sobretudo sírios, têm chegado à Grécia, para fugir à guerra no
seu país. Vêm com a família, na esperança de conseguirem uma vida melhor na Europa.
Depois da Grécia ter fechado as fronteiras terrestres, estas pessoas tentam entrar nas ilhas gregas, em
pequenos botes, sem as mínimas condições de segurança. E, logo que aí chegam, são imediatamente
colocados em campos de refugiados, sem condições básicas de vida e cada vez mais sobrelotados.
Já que isto é uma realidade, penso que todos os países da Europa deviam organizar-se para receber estas
pessoas, sem se sujeitarem a viagens perigosas pelo mar. Muitos morrem na travessia e outros ficam muito
tempo nos barcos, até que possam pisar terra firme.
Não nos podemos esquecer dos bebés e das crianças que sofrem com as más condições nos campos de
refugiados, que muitas vezes não têm um abrigo seguro, não garantem alimentação adequada, nem o
funcionamento de uma escola.
Penso que se estas pessoas fossem distribuídas pelos diversos países da Europa seria mais fácil e mais
benéfico para todos, pois em alguns começa a haver falta de mão-de-obra e estes refugiados poderiam
trabalhar e ajudar o país que os acolhesse.
Se, por acaso, Portugal entrasse em guerra e deixasse de haver segurança, teríamos que fugir para outros
países, onde gostaríamos de ser recebidos e de ter o mínimo de condições para lá vivermos com as nossas
famílias, até que pudéssemos regressar à nossa terra.
Do meu ponto de vista, devemos ser solidários com os outros, ajudando quem precisa, até porque um dia
podemos ser nós a precisar.

12/10/2020 – 2.ª série


A escola é uma seca?

João Anis afirma que, muitas vezes, nem temos em


conta o quão privilegiados somos. Queixamo-nos de
quase tudo e da escola também. E ignoramos as mil e
uma coisas boas de que podemos usufruir.
Vale a pena ler… e pensar!

João Anis, 12.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
Quem nunca disse uma única vez que a escola é uma seca? Que atire a primeira pedra… Eu e muitos colegas
estudantes já pensamos o mesmo a certa altura, porque não temos em conta o quão privilegiados somos.
Tu, que estás a ler este texto, fazes parte de um grupo privilegiado que tem acesso à educação, e a uma boa
educação, que te permite alcançar, não só um desenvolvimento como pessoa e cidadão, mas que também te
garante um passaporte para a vida, já que sem a educação não somos nada, não podemos singrar no futuro.
Muitas vezes, não damos valor à educação que temos à nossa disposição, com equipamentos requintados,
estabelecimentos de qualidade e docentes muito bem formados, e esquecemos que milhões e milhões de
crianças e jovens não têm acesso ao mesmo que nós. Tu, como eu, deves saber que por todo o mundo são
muitos os que fazem o trajeto casa-escola e vice-versa a pé, percorrem vários quilómetros, e, mesmo assim,
persistem, pois sabem que a educação é algo extremamente valioso. E muitos outros nem acesso à educação
têm…
Sendo assim, como é que nós, uns sortudos, não damos valor ao que temos? Talvez porque, desde
pequenos, possuímos tudo de mão beijada e quase nunca passamos por dificuldades.
Enfim, já que nos foi dada esta oportunidade, temos de a agarrar e nunca, mas mesmo nunca, voltar a largá-
la. Estamos numa situação bastante boa, que muitos almejavam poder alcançar, e, como tal, não a podemos
desvalorizar.
Por isso é que te digo: aproveita bem estes anos de escola, não só para te formares, mas também para
conhecer pessoas e sítios, e, acima de tudo, nunca desperdices esta oportunidade que te foi dada.

19/10/2020 – 2.ª série


Um mundo colorido

A discriminação, nas suas mais diversas


manifestações, é o tema em análise esta semana.
Trata-se de uma triste realidade, que persiste em
pleno século XXI. Mas, bem vistas as coisas, interroga-se
Beatriz Esteves, que sentido tem “continuar com esta
luta, quando, na verdade, somos todos iguais?”.

Beatriz Esteves, 12.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
E se fosse fácil mudar o mundo? Vivemos numa luta constante em busca da igualdade,
independentemente da cor, religião, orientação sexual ou género… Mas porquê? Por que é que temos de
continuar esta luta, quando, na verdade, somos todos iguais?
Sabes, a minha avó costuma dizer que, “se nos cortamos, sai sangue igual, seja negro ou amarelo,
judeu ou ateu, bissexual ou transsexual”.
Às vezes, dou por mim a pensar como pode haver pessoas tão cruéis no mundo, mas nunca consigo
encontrar uma explicação. Dizem-me para tentar pensar aquilo que pode estar a passar na cabeça dessas
pessoas, mas não consigo, recuso-me! Como posso eu fazê-lo, sendo que essas pessoas discriminam
alguém só por ter um tom de pele ou orientação sexual diferente?
Infelizmente, esta luta vai continuar. Por exemplo, em pleno século XXI, nos EUA, assistimos ainda a
assassinatos de pessoas negras por parte das autoridades, que deviam proteger os cidadãos e não matá-
los, apenas por simplesmente serem de cor!
Contudo, todos podemos colaborar na mudança. Grandes mudanças começam nos pequenos gestos!
Se cada um de nós se esforçar por mudar a mentalidade das pessoas mais próximas, contribuiremos para
um mundo mais puro e mais feliz, onde todos tenham os mesmos direitos.
Eu já comecei a fazer a minha parte. E tu? De que estás à espera?
O mundo é mais bonito onde tudo é colorido.

26/10/2020 – 2.ª série


As tecnologias e o espírito crítico

Sara Lopes traz, esta semana, para a reflexão um dos


grandes desafios do século XXI: o exercício do espírito
crítico na utilização das novas tecnologias.
As potencialidades das TIC são enormes, mas os riscos
também existem em grande escala. Daí a recomendação
da Sara: saber “tirar proveito, sem deixar que nos
Sara Lopes, 7.º ano. dominem ou manipulem…”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Todos sabem que, ao longo dos tempos, a evolução tecnológica tem oferecido um enorme contributo à
vida das pessoas.
Nos tempos em que vivemos, em que tudo se agita em constante mudança, estar fora das tecnologias é
como estar fora do mundo.
Esta pandemia tem sido um exemplo disso mesmo. Se recordarmos os tempos de quarentena por que
passámos, o uso de ferramentas digitais foi vital e permitiu que a vida não parasse. Fez com que, de uma
forma diferente, mais impessoal, é certo, conseguíssemos manter a comunicação e estar ao corrente do que
acontecia no país e no mundo.
A verdade é que nem tudo é perfeito… Por um lado, a quantidade imensa de informação que surge e que
nos obriga a estarmos atentos para conseguirmos filtrar aquilo que interessa e corresponde à verdade
daquilo que são as fake news e as notícias sensacionalistas.
Além disso, o uso prolongado das tecnologias aumenta as dependências e corre o risco de fazer com que
percamos o contacto de proximidade e deixemos de fazer outras coisas, porventura mais saudáveis e que se
revestem de um maior proveito individual e coletivo.
Penso que o mais importante é que tenhamos a noção da importância das novas tecnologias e do impacto
positivo que têm na vida de cada um de nós, mas também que estejamos atentos e sejamos cidadãos críticos
e responsáveis… Saber tirar proveito, com espírito crítico e responsabilidade, sem deixar que nos dominem
ou manipulem…

02/11/2020 – 2.ª série


Sonhar é viver!

Nesta segunda, Maria Miguel Gusmão sublinha a


importância do sonho na vida de cada um.
Na sua perspetiva, trata-se de algo vital: “Sonhar é
viver. A essência de cada um de nós transmite-se nos
nossos sonhos e nas ambições que temos para o futuro”.
Vale a pena ler. E pensar!
Maria Miguel Gusmão, 11.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
“Um homem que não se alimenta dos seus sonhos envelhece cedo”, disse William Shakespeare.
Sonhar é algo inerente ao ser humano, é algo de que precisamos. Alimenta a nossa alma, a nossa
mente, os nossos sentidos e sentimentos.
Alimentamos sonhos desde tenra idade, porém todos temos alguns que se destacam, alguns que
influenciam as nossas decisões e, até me atrevo a dizer, que provavelmente alguns moldam a nossa
personalidade. Sonhar é viver. A essência de cada um de nós transmite-se nos nossos sonhos e nas
ambições que temos para o futuro.
Sem metas, sem ambições, sem expectativas, teria a vida algum significado? Seria o Homem capaz
de se superar a si mesmo? Provavelmente não, pois apenas quando tomamos o sonho como um ponto
de partida (e de chegada) é que temos a motivação e a coragem para ir mais além e conquistar tudo
aquilo que sempre desejámos.
A luta pelos nossos objetivos nem sempre é uma tarefa fácil, por vezes, somos desafiados aos mais
altos níveis e chegamos a questionar o motivo pelo qual nos encontramos naquela mesma posição,
porém “nada é impossível” e jamais deveremos desistir.
Afinal, somos sempre mais fortes do que aquilo que julgamos que somos.
“O Homem é do tamanho do seu sonho” (Fernando Pessoa).

09/11/2020 – 2.ª série


Benefícios de um passatempo que nos faça
sorrir

Tão importante como o trabalho são os momentos de


lazer, o tempo dedicado ao nosso passatempo favorito.
Na opinião de Íris Almeida, “ter um hobby é
extremamente importante, pois só traz benefícios para a
nossa saúde, aumenta a longevidade e ajuda-nos a fluir.”
Íris Almeida, 8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Após seis meses em casa, finalmente voltamos à escola. Claro que temos que nos preocupar com os
estudos e com os exames, mas também temos que manter a nossa saúde mental.
Termos algum passatempo é extremamente importante para a nossa saúde, seja ela física ou mental.
Existe uma imensa variedade de hobbys a que nos podemos dedicar, de acordo com o gosto de cada um,
apenas temos que encontrar aquele que nos faça sorrir nos tempos mais difíceis e stressantes.
A verdade é que com o desenvolvimento das novas tecnologias, pouquíssimas pessoas têm um
passatempo que não seja ficar no quarto em frente do computador ou do telemóvel, coisa que não é nada
saudável.
Quando temos algum passatempo que nos permita o contacto com a natureza, eu digo que somos 75%
mais felizes, uma vez que podemos expressar os nossos sentimentos da forma e no local mais puro que
existe.
Além disso, como diz o nome “passatempo”, é uma forma de convertermos o tempo que tínhamos e não
íamos usar em tempo precioso que nos pode dar aquele momento de que nós tanto precisamos, após um
longo dia de escola.
Ter um hobby é extremamente importante, pois só traz benefícios para a nossa saúde, aumenta a
longevidade e ajuda-nos a fluir. Existem, aliás, várias histórias de pessoas que tinham um hobby de que
gostavam tanto que se tornou o emprego delas. Por isso, nunca deixem de fazer o que gostam e de se
manter ocupados, porque serão mais felizes e mais saudáveis.

16/11/2020 – 2.ª série


Alertas da pressão escolar

Com o ano letivo em pleno andamento, Luís Filipe


Cerqueira coloca à reflexão um tema quantas vezes
desvalorizado: a pressão escolar e as suas
consequências.
Os desafios são, por vezes, demasiado exigentes. E “o
aluno acaba por ter pouco tempo para si mesmo e para
estar com a sua família e amigos, estimulando e criando
Luís Filipe Cerqueira, 12.º ano.
laços afetivos tão importantes nesta fase de
desenvolvimento, a adolescência”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Para este texto, optei por apresentar um tema que, na minha opinião, é fundamental debater, uma
vez que atinge a maior parte dos estudantes: aprender a lidar com a pressão escolar.
De facto, o incentivo para o estudo e para a aprendizagem formal na escola é cada vez mais intenso.
Além disso, o aumento da escolaridade obrigatória e o desejo, sobretudo, dos pais de quererem filhos
formados para enfrentar um futuro demasiado desafiante, levam a que haja uma pressão nos estudos
que arrasta, muitas vezes, os estudantes para situações-limite.
Entre o número excessivo de horas escolares obrigatórias e as aulas extra (explicações, apoios…), o
aluno acaba por ter pouco tempo para si mesmo e para estar com a sua família e amigos, estimulando
e criando laços afetivos tão importantes nesta fase de desenvolvimento, a adolescência.
Neste contexto, é comum percebermos que cada vez mais é difícil lidar com a frustração e o
insucesso, pois o investimento feito, tanto em termos humanos como financeiros, é demasiado
grande. Por este motivo, torna-se comum os alunos sofrerem de ansiedade, depressão e outras
doenças, que muitas vezes, se não forem devidamente tratadas, podem levar a graves consequências.
Note-se, por exemplo, que o suicídio entre os jovens tem vindo a aumentar.
Em suma, é importante, a meu ver, uma mudança drástica na forma como se lida com a escola, pois
a pressão escolar pode acarretar sérios problemas. É urgente conseguir um equilíbrio saudável e
aprender a lidar com a dose inevitável de pressão.

23/11/2020 – 2.ª série


A “morte do outro” ocupa-me o pensamento

Para muitos, é um tema tabu. Uma questão delicada


e sensível, “que muitas vezes tentamos ocultar”.
Pois bem, é da morte que Ana Beatriz Gonçalves nos
fala na sua crónica desta semana. E do sentimento de
perda. «Tudo isto porque, talvez fruto das circunstâncias
inimagináveis que vivemos, "a morte do outro" ocupa-
me o pensamento.»
Ana Beatriz Gonçalves, 11.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Um dia, perguntaram-me se eu achava que o sofrimento da perda de um irmão gémeo seria igual ao
da perda de outro irmão. A minha resposta foi instantânea: "Irmão é irmão". No entanto, nos últimos
tempos, tenho pensado muito nisto.
Irmão é irmão, mas aquele que desde o primeiro instante esteve ligado a nós, aquele com quem
festejamos o aniversário, aquele que vemos quando nos olhamos ao espelho, admito que nos toque
ainda mais a sua ausência.
Tudo isto porque, talvez fruto das circunstâncias inimagináveis que vivemos, "a morte do outro"
ocupa-me o pensamento. Trata-se de um assunto delicado e sensível, que muitas vezes tentamos
ocultar. Talvez por amarmos a vida, a morte apareça como algo tão dolorosa que melhor é não falar
nela.
Mas a verdade é que todos os seres humanos sabem que a morte é inevitável. Não tem dia nem hora
marcada, simplesmente aparece e não há nada que possamos fazer! Será que, se soubéssemos a hora
da sua chegada, isso nos traria tranquilidade? Sou uma adolescente de 16 anos e confesso que o que
mais me assusta é a morte "dos meus". Assusta-me pensar na falta da sua presença, na falta daquele
braço!
Termino com uma frase, que muitas vezes me faz pensar: "Não é tanto a minha própria morte que é
intolerável, mas, sim, a morte daqueles que me rodeiam. Porque os amo. E parte de mim morre com
eles. Portanto, todo o amor, se quiserem, é uma forma de suicídio".
30/11/2020 – 2.ª série
Cicatrizes…

Na crónica desta segunda, Carolina Brito fala do


“sofrimento constante” “que nos domina” e da
frequente incompreensão que lhe está associada.
“Ninguém consegue compreender.”
E, no entanto, é nestas fases da vida que a presença
do outro é decisiva. Porque, no isolamento e na solidão,
“a dor torna-se pior, toma conta de nós, da nossa
mente, até parecer não existir mais nada”.
Carolina Brito, 11.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Já alguma vez sentiram aquele aperto no coração? O sofrimento constante que não conseguimos
afastar, que nos domina e não permite que pensemos em mais nada?
Muitos não conseguem perceber essa dor que nos consome. Acham que é algo sem muita
importância, um sentimento leve que depressa desaparecerá. Alguns até desprezam aquilo que nos
marca de uma maneira tão intensa. Não conseguem compreender a importância de algo que é capaz de
nos controlar totalmente.
Nem aqueles que se preocupam connosco, como a família ou os melhores amigos, conseguem ajudar.
Ninguém consegue compreender.
E, então, isolamo-nos de tudo e de todos. E, na solidão, a dor torna-se pior, toma conta de nós, da
nossa mente, até parecer não existir mais nada. Vivemos esses momentos sozinhos, sem conseguir
partilhar com ninguém os sentimentos que nos levam ao desespero.
E a falta do outro para desabafar resulta, muitas vezes, em perturbações mentais como a depressão e,
em casos mais graves, pode até levar ao suicídio.
Existem coisas que não se esquecem, algumas deixam grandes cicatrizes e essas nunca irão
desaparecer!

07/12/2020 – 2.ª série


A poluição e a pandemia

A pandemia está a ter um impacto profundo em


todas as áreas da atividade humana. Incluindo no
domínio do ambiente.
Mas nada está garantido. Na opinião de Guilherme
Silva, importa alterar “mentalidades e posturas”. Pois só
assim contribuiremos “efetivamente para melhorar a
nossa pegada ecológica e (…) para um mundo melhor”.
Guilherme Silva, 8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Durante a pandemia, com a obrigação de as pessoas ficarem em casa, a poluição diminuiu
significativamente, mas pode piorar no futuro.
Nestes últimos meses, o planeta Terra teve uma diminuição enorme na poluição, pois, devido às
medidas aplicadas para conter a doença, o mundo parou, milhões ficaram em casa, aviões
permaneceram em terra e fábricas deixaram de produzir. Mas a pandemia contém um perigo.
Na visão dos especialistas, poderá trazer mais efeitos negativos do que positivos. A História conta
que, após momentos de crise, a recuperação da economia faz-se com uma forte subida na produção,
sacrificando-se o ambiente. A utilização de materiais descartáveis, como as máscaras e as luvas que
usamos hoje, também subiu muito, deixando algumas zonas do planeta com acumulações de lixo
exageradas.
Como adolescente e como escuteiro, defendo que a recuperação da economia deve ser feita com
muito cuidado e deve ter em conta o impacto negativo no ambiente. Não podemos pensar que
podemos poluir mais um bocado. NÃO!!!
Todas estas mudanças nas nossas vidas poderão ser um fator positivo e mudar a nossa forma de
pensar. Se aproveitarmos para alterar as nossas mentalidades e posturas em relação ao ambiente,
iremos contribuir efetivamente para melhorar a nossa pegada ecológica e, assim, contribuiremos para
um mundo melhor.

14/12/2020 – 2.ª série


A droga e os adolescentes

Promete o paraíso, mas acaba por fazer descer as


pessoas às profundezas do inferno. É o mundo da droga
e da toxicodependência, esse negócio sinistro que se
transformou num dos mais chorudos à escala global.
Eis o tema da edição desta semana de Opiniões de
Segunda. Para Manuel Ribeiro, colocados os prós e os
contras numa balança, “veremos que os malefícios
superam os seus benefícios, o que se pode comprovar
Manuel Ribeiro, 11.º ano.
com qualquer toxicodependente”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
A adolescência é das melhores fases da vida de uma pessoa e possibilita-nos novas experiências.
Contudo, nem todas podem ser vistas como as melhores. Eu acho que devemos experimentar quase
tudo na vida, mas certas coisas têm de ficar só pelo experimentar.
Como todos sabem, o uso de drogas leves na adolescência é muito comum e as pessoas tendem a
entrar nesse mundo para se integrarem num grupo de amigos, para se distraírem de algum problema ou
até apenas para experimentar. Mas este relaxamento derivado das drogas expõe os adolescentes a
muitos perigos de saúde, tanto mental como física. A droga sujeita-nos a ganhar doenças sexualmente
transmissíveis, provoca distúrbios comportamentais, desnutrição e tantas outras doenças. E o maior
desafio para os consumidores é o vício que a mesma provoca.
A droga pode também trazer benefícios aos adolescentes, como, por exemplo, relaxamento,
sentimento de prazer e aceitação social. E, devido a estes benefícios, muitas pessoas defendem a sua
legalização, de tal forma que é até possível encontrar esta proposta em alguns programas eleitorais de
certos partidos políticos. Penso, no entanto, que, se colocarmos os benefícios e as consequências
negativas da droga numa “balança”, veremos que os malefícios superam os seus benefícios, o que se
pode comprovar com qualquer toxicodependente.
Assim, concluo que experimentar drogas leves poderá não ser grave, mas o seu uso constante poderá
arruinar-nos a vida por completo.

21/12/2020 – 2.ª série


Consciência ambiental

Na viragem do ano, o Opiniões de Segunda retoma a


questão ambiental. Porque se trata de um dos mais
graves problemas com que a Humanidade se confronta.
Na opinião de Carlota Martins, são urgentes
“mudanças dos comportamentos e dos estilos de vida”.
E, nesta matéria, “a Escola tem um papel
fundamental…”.
Carlota Martins, 8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
As alterações climáticas referem-se às mudanças no clima que estão a ocorrer em todo o planeta. E
Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis às modificações decorrentes desta nova realidade, tais
como a subida do nível do mar e o aumento da temperatura média global.
Atualmente, sabe-se que a atividade humana é a principal causa da variação do clima. Não há melhor
evidência do que a conjuntura atual, o mundo foi obrigado a parar, pelos piores motivos, e a pandemia está
a ter efeitos colaterais positivos no ambiente, no que toca à queda nas emissões de CO2, fruto do
abrandamento dos transportes e da indústria.
O Dia da Sobrecarga da Terra marca a data em que a Humanidade usou todos os recursos naturais que o
planeta pode renovar durante o ano inteiro. Ora, este ano, o planeta entrou em défice ecológico quase um
mês mais tarde do que no ano passado – foi a 22 de agosto, há 15 anos que não era tão tarde...
Todavia, de acordo com A. Guterres (Secretário Geral da ONU), a magnitude de uma crise climática não
tem comparação com o impacto temporário de uma pandemia, pelo que não vamos combater as alterações
climáticas com um vírus.
É urgente a divulgação e prevenção do meio ambiente. A Escola tem um papel fundamental na criação
de uma consciência ambiental nas crianças e jovens, através das mudanças dos comportamentos e dos
estilos de vida.
Termino, como sinal de esperança na Humanidade, com a referência ao recente acordo dos líderes
europeus (11/12/2020), para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, em relação aos níveis de 1990.

28/12/2020 – 2.ª série


Estar atento, cuidar!...

Na edição desta semana de Opiniões de Segunda, a


primeira de 2021, Silvana Silva coloca à consideração
dos leitores o impacto de uma doença silenciosa, a que
muitas pessoas ainda não prestam a devida atenção.
Para ler, pensar, estar atento, cuidar!...

Silvana Silva, 11.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
O que é uma depressão? É uma doença do foro psicológico, silenciosa e que pode provocar danos graves a
quem dela padece. Surge inesperadamente e inibe toda a nossa força de viver. As pessoas apenas sobrevivem no
dia a dia. Funcionam de forma robótica e outras nem isso. Isolam-se do mundo, acabando por nem se levantar da
cama.
Saberemos o verdadeiro significado de depressão? Conhecemos alguém que está neste momento a sofrer e
nem damos por isso? Não, não sabemos o verdadeiro significado, pois só alguém que sofre ou um médico tem a
real noção do que é esta doença. Não, pois por vezes alguém perto de nós está no primeiro estado da doença e nós
não damos conta. Porquê? Porque vivemos para nós e não ligamos ao outro, nem ao seu sofrimento.
Por vezes, confundimos depressão com atitudes egoístas e criancices. Nos dias que correm, somos todos muito
intolerantes uns com os outros. Não somos capazes de sentir empatia e, quando estamos perante uma pessoa
depressiva, em vez de procurarmos ajudá-la, fazemos o contrário, criticamos, julgamos e não estamos prontos a
entender o seu estado e a ajudar a ultrapassá-lo.
Ouvimos falar da depressão, sabemos que existe, mas na realidade não sabemos como ela se comporta, como
surge, quais os sintomas e de que forma nos ataca. Muitas vezes atribuímos esta palavra a sentimentos de tristeza.
Uma pessoa depressiva, podemos dizer que é muito mais que isso. É alguém que desiste da vida. Não vê uma luz
ao fundo do túnel ao ponto de já não ter forças para se levantar. Vive num estado de melancolia e desespero e,
sem ajuda, é incapaz de superar este estado depressivo.
Por isso, todas as pessoas que se sentem assim devem procurar ajuda médica. E nós, enquanto sociedade,
devemos estar atentos aos nossos amigos e familiares. Atentos às mudanças de humor, ao isolamento e ao silêncio
que existe dentro deles.

04/01/2021 – 2.ª série


Que 2021 seja o Ano!!!

No início de um novo ano, é habitual renovarem-se


projetos e pintar-se o futuro com otimismo e confiança.
Mas este 2021 é um novo ano muito especial. Com
desejos, porventura, nunca imaginados como possíveis!
Vale a pena ler a mensagem de Ano Novo de Lara
Resende e de Afonso Cerqueira.

Lara Resende e Afonso


Cerqueira, 8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
O ano que terminou ficará para sempre gravado nas nossas memórias… Foi difícil, muito difícil, adaptarmo-
nos e enfrentarmos tantos obstáculos…, mas o que lá vai ficará para a história…
Ano Novo, vida nova! Reza assim a sabedoria popular; por isso, vamos ter esperança de que as coisas,
paulatinamente, vão melhorar.
A chegada da vacina trouxe, sem dúvida, uma esperança, vislumbramos agora uma pequena luz ao fundo do
túnel. No entanto, não podemos baixar os braços, há que manter e respeitar as regras ditadas pela Direção
Geral de Saúde, pois só assim conseguiremos levar o barco a bom porto. Só assim voltaremos a ter a liberdade
tão desejada.
Nesta nossa reflexão de Ano Novo, não queremos esquecer todos aqueles que estão na linha da frente no
combate à COVID-19. São verdadeiros heróis que, tantas vezes, colocam a sua vida e a das suas famílias em
risco, em prol do bem comum.
Não podemos também deixar de lamentar os que partiram e que, de uma forma direta ou indireta, foram
vítimas desta pandemia.
Queremos, por fim, passar uma mensagem de otimismo, de confiança na recuperação daquilo que
perdemos: voltar a respirar sem usar máscara, voltar ao contacto social, voltar a fazer aquilo de que mais
gostamos sem restrições, voltar a dar um abraço…
Sim, voltar a dar um abraço… Aquele abraço que aquece a alma, que alimenta a vida, que nos torna seres
humanos no verdadeiro sentido da palavra. Como disse um dia Anne Frank no seu diário, “os abraços foram
feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar.”
Que 2021 não seja mais um ano, mas que seja o Ano!!!
11/01/2021 – 2.ª série
A força do Sonho

“Pelo sonho é que vamos”, diz o poeta Sebastião da


Gama.
Aqui está uma ideia inspiradora que Carolina
Rodrigues partilha na sua crónica desta semana. Uma
ideia a que nenhum leitor pode ficar indiferente,
porque, “quando completares o teu sonho, garanto-te
que outros virão, novas batalhas aparecerão e todos
Carolina Rodrigues, 11.º ano. esses momentos únicos formam uma vida, a tua”.
Vamos a isso:
– Bons Sonhos!
OPINIÕES DE SEGUNDA
“O sonho comanda a vida” é a frase que faz mais sentido na minha cabeça. Será que para ti também o é?
O sonho é algo que está connosco desde que idealizamos qualquer propósito na nossa vida, seja ele pessoal
ou profissional, e o seu fim só pode ser única e exclusivamente alcançá-lo. Por isso, são os sonhos que nos
movem para levantar cedo, dia após dia, ter uma força que nem nós próprios imaginamos ter e cujo motivo é
acreditar que somos capazes de conquistá-lo.
Na minha opinião, os sonhos formam a nossa identidade, na medida em que somos orientados para os
concretizar. É impossível alguém sonhar por ti porque, se assim o fosse, era sinal de que tu não existias.
Consequentemente, o sonho embarca-nos para outra dimensão, a racionalidade. Se temos um objetivo
específico, isso irá fazer com que organizemos um caminho. Ao efetuarmos o caminho que tencionamos
percorrer, estamos a colecionar experiências e só tu poderás dizer “eu passei por isto até chegar onde
cheguei…”. As escolhas que irás fazer mudarão o rumo da tua vida e, até chegar à sua concretização, o sonho
transforma-se numa luta onde impera uma outra dimensão, a vontade.
Todas as pessoas podem ter os seus próprios sonhos, mas a capacidade de ter vontade é que determina o
sucesso ou o insucesso da sua concretização. Mentaliza-te que os sonhos são criados e feitos por ti e, se ainda
não sabes o que é chegar à totalidade de um sonho…, acredita, é um orgulho próprio e uma satisfação que não
há palavras para descrever. Mas, também, não precisas de o descrever, simplesmente, desfruta o momento e o
sabor de missão cumprida! Quando completares o teu sonho, garanto-te que outos virão, novas batalhas
aparecerão e todos esses momentos únicos formam uma vida, a tua.
“Tenho em mim todos os sonhos do mundo” (Álvaro de Campos).

18/01/2021 – 2.ª série


Valorizar todos os momentos

O processo do crescimento e da maturidade coloca


inúmeros desafios aos adolescentes e aos jovens.
Trata-se de uma aprendizagem permanente, em que,
nas palavras da Matilde Baptista Machado, importa
“aprender com os erros, fazer aquilo de que gostamos,
enfrentar os nossos medos, expandir as nossas barreiras
e sentirmo-nos livres de agarrar a nossa personalidade.”

Matilde Baptista Machado,


10.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Crescer… Pois é! Já pararam para pensar em como nós, adolescentes, nos tornámos pessoas
completamente diferentes do que éramos há dois ou três anos? O quão crescemos física e
psicologicamente, a forma como vemos as pessoas e coisas ou como olhamos para uma foto/ vídeo
nosso antigo e pensamos “Onde é que eu tinha a cabeça para me vestir e agir assim?”.
Tudo isto faz parte do crescer e sabemos que não é fácil porque temos muitas preocupações, como
a obtenção de bons resultados escolares ou a fácil integração nos grupos de amigos. Para além disso,
somos nós quem tem de escolher aquele que é o caminho certo, mesmo com toda a pressão que nos é
imposta pela sociedade e, muitas vezes, pelos nossos familiares.
No nosso dia a dia, as coisas que dizemos ou fazemos vão certamente influenciar o nosso futuro
“EU”. Mas nem tudo isto deve ser tomado como uma desvantagem, pois, enquanto crescemos,
conquistamos mais liberdade dos nossos pais, que nos permitem saídas mais frequentes com amigos,
experimentar e descobrir e partilhar coisas novas. Isto também mostra que estamos mais maturos e
mais próximos do mundo adulto e, por isso, temos que viver estes tempos da melhor forma possível,
valorizando todos os momentos.
Crescer não se resume a stressar sobre um teste de Matemática, preocuparmo-nos com a nossa
imagem, ter medo de não ser aceite pelos outros, mas, sim, aprender com os erros, fazer aquilo de que
gostamos, enfrentar os nossos medos, expandir as nossas barreiras e sentirmo-nos livres de agarrar a
nossa personalidade.
25/01/2021 – 2.ª série
Encontra a tua voz no feminino!

Apesar dos avanços, a questão continua a estar na


ordem do dia e a merecer toda a atenção. Porque –
escreve Carolina Tira-Picos – “’a teoria’ está muito
distante da ‘realidade’”.
Daí o seu apelo: “Tu tens uma voz! Usa-a! Fala!
Levanta as mãos! Grita as tuas respostas! Faz com que
sejas ouvida!”.
Carolina Tira-Picos, 11.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Feminismo – Penso que este é o tema ideal para o “Opiniões de Segunda”, porque sinto que, ainda hoje, as
mulheres são discriminadas pelo simples facto de “serem mulheres”.
Como é óbvio, “a teoria” está muito distante “da realidade”: não podemos negar que existe um problema
específico de género. E o problema de género não é sobre o “ser humano”, mas sobre o “ser uma mulher”!
O feminismo não agride, nem pretende igualar a mulher ao homem (porque biológica e anatomicamente
somos diferentes e isso não implica sermos melhores ou piores que o género oposto!). Aliás, os homens
podem ser feministas, sem pôr em causa a sua masculinidade!
Uma mulher feminista não deve ser vista como aquela que odeia os homens e que não possui qualquer
tipo de feminilidade, mas como aquela que odeia o machismo. A mulher deve, sim, ser vista como um ser
humano que tem direito a ter as mesmas oportunidades; que não deve receber um salário inferior por
exercer as mesmas funções; que não deve ser preterida na escolha de um emprego por poder engravidar e
precisar de tempo para se recobrar e estar com o seu rebento (afinal, aquela criança é fruto do amor entre
dois seres, de géneros diferentes).
Num mundo onde os homens são mais fortes, mais rápidos… (esta é a teoria da evolução da espécie
humana…, mas convém não esquecer que já não somos “macacos” – somos “seres humanos”!), se tu,
mulher, não estiveres pronta para discutir, argumentar…, o silêncio vai matar-te!
Tu tens uma voz! Usa-a! Fala! Levanta as mãos! Grita as tuas respostas! Faz com que sejas ouvida!
Encontra a tua voz e, quando o fizeres, preenche o maldito silêncio!

01/02/2021 – 2.ª série


Cuidar a saúde mental

Num período em que o país está, novamente, em


confinamento e em que o impacto da pandemia atinge
dimensões extremas, Madalena Silva traz para reflexão
a temática da saúde mental.
E chama a atenção para a importância do papel dos
pais e dos professores, “para que os adolescentes
Madalena Silva, 9.º ano. consigam lidar com as situações de conflito e
adversidades, promovendo o seu bem-estar.”
OPINIÕES DE SEGUNDA
Há dias, assisti a um documentário televisivo cujo tema era a saúde mental, situação que despertou em
mim curiosidade sobre a importância da saúde mental dos adolescentes.
A adolescência é um período essencial para o desenvolvimento de bons hábitos sociais e emocionais. Não
tratar da saúde mental na adolescência causa sérias consequências para a vida adulta, pois existem várias
mudanças nesta fase, como, por exemplo, a mudança de escola, de casa, início de uma vida académica e, sem
dúvida, situações inerentes ao crescimento.
Acontece, porém, que esta passagem pode ser de perfeita normalidade e feliz, como pode criar ansiedade,
stress ou até depressão, provocando uma grande pressão sobre os adolescentes. Muitas das doenças mentais
surgem pela adolescência, mas nem sempre são detetadas, nem tratadas, condicionando a saúde física,
mental e até oportunidades de vida.
São vários os fatores de risco com que os adolescentes e jovens se deparam no seu dia a dia, entre os quais
se incluem o desejo de autonomia, utilização das tecnologias, discriminação, estigma, afastamento social,
violência verbal ou física e dificuldades socioeconómicas.
Os pais e os professores assumem um papel fundamental para que os adolescentes consigam lidar com as
situações de conflito e adversidades, promovendo o seu bem-estar. Consciencializar e intervir serve,
sobretudo, para criar alternativas e diminuir comportamentos de risco, permitindo aos adolescentes e jovens
tornarem-se adultos saudáveis e felizes, contribuindo todos para um harmonioso desenvolvimento familiar,
comunitário e social.

08/02/2021 – 2.ª série


Violência doméstica

A violência doméstica é um problema antigo e o


confinamento tende a agravá-lo.
Na crónica desta semana, Filipa Magalhães coloca
este crime à consideração dos leitores, porque “todos
podemos e devemos dizer NÃO à violência e ultrapassar
a sociedade arcaica com que, muitas vezes, nos
deparamos.”
Filipa Magalhães, 12.º ano. Em suma, só uma atitude tem de ser posta de lado –
a indiferença!
OPINIÕES DE SEGUNDA
Como é possível alguém magoar a quem diz amar? Segundo dados divulgados pela comunicação social,
perto de metade dos homicídios, em Portugal, ocorre em contexto de violência doméstica.
Todos os anos, chovem notícias como esta, dizendo que mais uma mulher foi abusada ou violentada pelo
marido ou companheiro, quebrando o seu direito à vida. E a verdade é que, de acordo com os especialistas, a
situação de confinamento por causa da pandemia tende a agravar este problema dramático, havendo um
receio fundado de que, no isolamento de muitas casas, possa estar a viver-se um sem número de verdadeiras
tragédias humanas.
Por vezes, até somos testemunhas de acontecimentos de violência doméstica e, frequentemente,
mostramo-nos indiferentes. E tu, serias capaz de passar indiferente? Já paraste para ouvir a voz de quem
mais precisa de ser ouvido? Ou será que o problema está no facto de a nossa sociedade ter normalizado
estes comportamentos?
Há alguns anos atrás, quando uma mulher levava “porrada”, “era porque merecia”, e era esta atitude por
parte da sociedade que levava a uma retração do elo mais fraco, deixando-a num silêncio que ficava
esculpido no rosto, com a marca de uma mão, minimizando-a a uma simples propriedade, cuja liberdade de
expressão (direito inato) era quase inexistente.
Atualmente, em pleno séc. XXI, o crime de violência doméstica é um crime público e, por isso, todos
podemos e devemos dizer NÃO à violência e ultrapassar a sociedade arcaica com que, muitas vezes, nos
deparamos.
Mulher, não tens que “fazer das tripas coração!”

15/02/2021 – 2.ª série


Saber dizer Obrigado!

Damos tudo como adquirido e cultivamos "A arte de


só estar bem onde não se está". Quer dizer,
“ambicionámos muito e agradecemos pouco”.
Na crónica desta segunda, Ana Rita Zamith sublinha
que “as situações adversas que hoje enfrentamos
ensinam-nos a dar valor àquilo que tínhamos como
garantido”. E que é muito importante saber dizer
Ana Rita Zamith, 11.º ano. Obrigado!.
Para ler… e pensar.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Se alimentarmos um cão com comida e amor, ele atinge, automaticamente, o auge da sua felicidade, sendo capaz de
proporcionar alegria ao outro, ainda que esteja condenado a viver apenas cerca de dezassete anos de idade.
Nós, por outro lado, somos teimosa e irremediavelmente ingratos. Ambicionámos muito e agradecemos pouco. Seria de
esperar que uma espécie tão evoluída tecnologicamente fosse capaz de protagonizar simples atos de valorização e
agradecimento. Contudo, feliz ou infelizmente, dizer um mero “obrigado” parece-nos tão complicado como atingir todos os
nossos sonhos e ambições.
Estou longe de insinuar que a ambição se assemelha a um composto tóxico que nos destruirá, não me interpretem mal:
sonhar alto assemelha-se mais a oxigénio – é necessário, crucial até para que trabalhemos pelos nossos objetivos e para que,
de facto, os alcancemos. A meu ver, o problema do ser humano está em não se contentar apenas com o oxigénio: não precisa,
mas quer também o flúor, o cloro e todos os outros elementos da Tabela Periódica.
Sejamos ambiciosos, mas também gratos pelo que temos. Valorizemos os pequenos atos. As situações adversas que hoje
enfrentamos ensinam-nos a dar valor àquilo que tínhamos como garantido.
Porque ontem discutiste com a tua amiga, discussão que consideraste essencial e recusaste-te a deixar o orgulho de lado;
hoje só queres poder abraçá-la. Ontem queixaste-te da ansiedade que a escola te provocava; hoje desejas desalmadamente lá
estar. Ontem estiveste no telemóvel o dia todo; hoje suspiras por sair à rua. Ontem querias umas sapatilhas novas; hoje
queres que a tua avó tenha saúde. Ontem não gostavas do teu corpo; hoje ambicionas que ele não deixe o vírus entrar.
Ontem desvalorizaste as quatro estações do ano; hoje, que só há duas, sonhas em voltar a cheirar uma flor ou a comer uma
castanha. Ontem mal sorriste; hoje anseias por ver todos os sorrisos que se escondem por detrás de uma mera (mas
impactante) máscara.
Confesso que o dilema do “só estou bem aonde não estou” irrita-me profundamente, porque as pessoas só valorizam
quando perdem, só agradecem quando já é tarde, só se apercebem que tomaram o amanhã por garantido, quando,
inesperadamente, o Amanhã nos mostra que a vida é efémera e que nada nos garante.

22/02/2021 – 2.ª série


A solidão também mata

Em tempos de pandemia, de confinamento e de


distanciamento físico, a solidão torna-se ainda mais
difícil de suportar.
Trata-se de um problema com graves implicações,
tanto a nível psicológico como físico, pelo que, na
opinião de Matilde Silva, exige-se uma intervenção
urgente, “de forma a potenciar o bem-estar da
Matilde Silva, 9.º ano. população”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Atualmente, observando tudo ao meu redor, apercebo-me que muitas pessoas estão a experienciar
períodos de solidão, mostrando-se urgente intervir nesta problemática.
Em primeiro lugar, a solidão assume-se como um problema em que a intervenção é importante, pois, por
vezes, altera não só o estado psicológico das pessoas, mas também o físico, o que, em casos de gravidade
severa e sem atuação antecipada, pode levar ao início de várias situações complexas como, por exemplo, a
depressão ou, no limite, o suicídio. Importa ainda referir que temos de ter em conta vários fatores inerentes ao
ser humano, já que somos dotados de diferentes formas de pensar e agir e, por isso, reagimos às situações de
forma diferente.
Em segundo lugar, a solidão é um problema que afeta em grande número os idosos, por diversas razões que
passo a explicitar: o isolamento após a viuvez; o abandono de idosos pela família; a solidão após a reforma e,
acima de tudo, devido à pandemia que estamos a atravessar, que se mostra mais perigosa para a população
idosa, de tal modo que, como forma de proteção e prevenção, se apela ao seu isolamento nas habitações. No
entanto, na minha opinião, considero que este problema da solidão pode ser igualmente trágico e, por isso,
devemos tentar encontrar um meio termo, conseguindo proteger aqueles de que mais gostamos, mas, ao
mesmo tempo, não deixando ninguém completamente sozinho, mas, sim, ajudando-o, de maneira a que se
sinta melhor.
Em suma, apercebo-me que a pandemia nos alertou para o problema que é a solidão e para as implicações
que esta pode ter, tanto a nível psicológico como físico. Desta forma, considero urgente intervir nesta
problemática, de forma a potenciar o bem-estar da população.

01/03/2021 – 2.ª série


Obrigada aos meus pais!

A Escola, a Comunidade e a Família desempenham


um papel central na formação de uma pessoa. Mas, na
opinião de Joana Gonçalves, é em casa que tudo
começa. Porque – escreve – “os pais são o nosso porto
de abrigo e desempenham um papel fundamental na
orientação do nosso percurso, quer educativo, quer
profissional, quer pessoal.”
Joana da Silva Gonçalves, 8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Os pais desempenham um papel fundamental na educação dos seus filhos e também ao nível do seu percurso
escolar e profissional. São os grandes pilares e neles está a enorme responsabilidade de formar pessoas para o
futuro…
Educar é promover a educação, transmitir o conhecimento dos processos sociais e culturais e proporcionar
meios que permitam aos filhos viver numa determinada sociedade. Mas educar é também compreender,
acarinhar, repreender, enfim…, ensinar.
Neste processo complexo de formar cidadãos com valores e com princípios, entram também a escola, os
professores, toda a comunidade. É desta conjugação de fatores que surge o sucesso ou o insucesso das gerações
atuais e futuras.
Mas, na minha opinião, é em casa que tudo começa, desde o momento em que nos é cortado o cordão
umbilical. Cada dia é uma nova aprendizagem que aumenta progressivamente com o passar dos anos, ganhando
formas diferentes, implicando responsabilidades acrescidas, até que sejamos capazes de trilhar cada um o nosso
próprio caminho.
E os anos sucedem-se, até que chega a altura de tomar decisões, assumir compromissos, arcar com as
responsabilidades. Também nesta fase, os pais têm um papel fundamental. É importante saber ouvir, esclarecer,
dar opinião, aconselhar sem interferir…
Concluindo, o papel dos pais é muito vasto e sobre ele haveria muito para dizer e escrever. Basicamente, os
pais são o nosso porto de abrigo e desempenham um papel fundamental na orientação do nosso percurso, quer
educativo, quer profissional, quer pessoal… São parte daquilo em que nos tornamos!
“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência” (Augusto Cury).
Obrigada aos meus pais!
08/03/2021 – 2.ª série
A arte de simplificar

Nesta edição do Opiniões de Segunda, Ana Rita


Garrido fala do minimalismo e do combate à “sociedade
consumista em que vivemos”.
Na sua perspetiva, trata-se de uma questão de
qualidade de vida individual e de proteção do presente
e do futuro do planeta. É que, “se toda a gente
mudasse, só um bocadinho, os seus hábitos
Ana Rita Garrido, 12.º ano.
consumistas, conseguiríamos alcançar um mundo muito
mais sustentável.”
OPINIÕES DE SEGUNDA
O minimalismo e a arte de simplificar referem-se, primeiramente, a uma corrente estética e a uma série de
movimentos culturais que percorreram diversos momentos do século XX. Mas não é essa a razão pela qual eu me
refiro a ele nesta crónica...
O minimalismo aparece como uma expressão comportamental da sociedade e, na minha opinião, é muito mais
do que um estilo de vida ou preferência estética. O minimalismo é uma forma de combater a sociedade
consumista em que vivemos.
Uma das vantagens da cultura minimalista é que com essa atitude ganhamos mais tempo e deixamos de viver
períodos tão stressantes, uma vez que temos menos coisas com que nos preocupar e focamo-nos naquilo que
realmente importa. Por exemplo, aquele tempo todo que perdemos de manhã à procura de um casaco no meio
dos vinte que não usamos, quando podíamos ter apenas os cinco a que realmente damos utilidade.
A vantagem que, a meu ver, é a mais relevante prende-se com o combate ao consumismo e, como
consequência, tornar a sociedade e o mundo algo mais sustentável. Quando consumimos de forma compulsiva e
sem necessidade, estamos a prejudicar gravemente o planeta, que é a nossa Casa Comum, ao contrário do
consumismo qualitativo, em que se consome menos, logo produz-se menos lixo. Comprar coisas com uma
qualidade mais elevada e que sabemos que vão durar muito tempo é melhor do que comprar algo com uma
qualidade questionável só porque sabemos que é mais barato e que por um curto espaço de tempo vai servir o
seu propósito.
Em síntese, o minimalismo tem estas e muitas mais vantagens, no que diz respeito a mudar a sociedade
consumista. Se toda a gente mudasse, só um bocadinho, os seus hábitos consumistas, conseguiríamos alcançar
um mundo muito mais sustentável.

15/03/2021 – 2.ª série


Tempos de confinamento

Neste tempo estranho, marcado por tantas perdas e


pela saudade de tantas experiências felizes, há também
muitas descobertas a valorizar.
Ao fim de um ano de pandemia, Rita Vilela esboça
um balanço deste tempo “que parece não ter fim”. Fala
do lado sombrio e de realidades novas, porque “a
verdade é que passamos a dar valor às pequenas coisas
Rita Vilela, 11.º ano. que antes nos pareciam tão insignificantes.”
Para ler e (re)pensar!
OPINIÕES DE SEGUNDA
Saudade! O que melhor descreveria esta fase, que já se prolonga há mais de um ano? Uma fase em
que a solidão e o isolamento se apoderam de nós e nos deixam um vazio na alma…
Este ano, que parece não ter fim, tem muito que se lhe diga. Desespero e aflição da classe médica
que luta com todas as suas forças, a tristeza de quem perde pessoas especiais e a angústia daqueles
cuja vida parou e os deixou desamparados, sem nada. Um ano caótico, deveras, mas deu que pensar,
isso deu.
A verdade é que passamos a dar valor às pequenas coisas que antes nos pareciam tão
insignificantes. O toque, os abraços, uma boa conversa, os sorrisos contagiantes, as tão queridas
festas populares, o convívio com os amigos e tantas outras coisas. Esta solidão que nos atormenta
deixa-nos a pensar como a vida era tão bonita, tão simples, mas tão bonita. Percebemos que tudo
isto – os afetos, a união, o convívio e a proximidade – nos faz tanta falta.
E estes momentos desafiantes e agonizantes em que vivemos, a ausência de toda a convivência e
contacto físico, servem-nos de reflexão. Ausência esta que nos deixa um vazio melancólico que só as
lembranças e a esperança preenchem.
Por fim, fica a saudade, a saudade de tudo, dos momentos, das pessoas, das mais pequenas coisas
que não valorizamos, inclusive daquilo que nos foi impedido de viver.

22/03/2021 – 2.ª série


Saber fazer uma filtragem crítica da
informação

Na sociedade mediática em que vivemos, somos


inundados com informação como nunca se imaginou ser
possível.
No meio deste imenso oceano, Inês Rêgo chama a
atenção para a necessidade de sabermos filtrar os
conteúdos, sob pena de corrermos o risco de sermos
Inês Rêgo, 11.º ano. cidadãos muito mal informados e facilmente
manipulados. Porque muito dessa alegada informação
mais não é do que desinformação.
É uma questão de literacia mediática…
OPINIÕES DE SEGUNDA
Com a globalização e o crescimento das redes sociais, é cada vez mais fácil ter acesso a informação,
inclusivamente, em tempo real. Contudo, com esta abundância de recursos e informação de todos os tipos,
somos também expostos a uma enorme quantidade de informação pouco fidedigna ou mesmo falsa – as
chamadas fake news.
Lamentavelmente, as fake news podem mesmo chegar-nos por intermédio de figuras possuidoras de
autoridade e a quem atribuímos credibilidade, à escala nacional ou internacional, cujo papel deveria ser,
entre outros aspetos, manter-nos devidamente informados.
Para evitar que caiamos no erro ou permaneçamos na ignorância, torna-se crucial, nos dias de hoje, fazer
uso de espírito crítico e saber filtrar a informação que nos chega, rejeitando aquela que não é fiável.
Contudo, tem-se tornado cada vez mais difícil fazer esta seleção, pelo que, na minha opinião, não
compete apenas ao cidadão comum procurar fontes seguras de conteúdo de caráter informativo, mas cabe
também às entidades que regulam a comunicação social, as redes sociais e a própria World Wide Web criar
normas e sanções (apropriadas à situação em causa), que combatam aquilo que se está a tornar numa
pandemia.
Assim, do meu ponto de vista, é fundamental a adoção de medidas a nível individual (como a procura da
certificação da informação, evitar utilizar fontes não credíveis ou fazer uma filtragem crítica da informação a
que somos expostos), mas é, também, essencial que as entidades responsáveis adotem medidas de outro
caráter, para proteger quem navega na Internet contra a desinformação manipuladora.

29/03/2021 – 2.ª série


Abrir “asas” para o Mundo

Em tempos de pandemia e de confinamento, ainda


apetece mais viajar. Nem que seja “sem sair do lugar”…
Porque se trata de uma experiência única que – nas
palavras de João Leal – nos conduz ao “encontro de
tantas maravilhas e a maior radica naquela que nos leva
a saber quem somos, para onde queremos ir e o que é
João Leal, 12.º ano. possível esperar de nós!...”
É caso para dizer:
– “Boa Viagem!”
OPINIÕES DE SEGUNDA
Ao viajar, “abrimo-nos” para o Mundo, à procura de satisfazer tantos sonhos, dilatar imaginários, crescer, o mesmo
é dizer, autoconhecermo-nos, desvendando o ser mágico que habita em cada um de nós. Por isso, eis-nos a viajar,
especialmente, sem sair do lugar, ou então a abrir “asas” para o Mundo e a aprender a gostar do que somos, do que
fazemos e para onde queremos ir.
A propósito, facilmente percebemos que, ao abrirmos a imaginação para uma viagem, estamos, de antemão, a
optar por um destino relacionado com as nossas expetativas, que queremos comprovar ser ou não o nosso caminho,
a nossa paixão, o que perfaz os nossos sonhos. É nesta linha que vejo as viagens, nomeadamente, a magia que
oferecem de nos encontrarmos, preferindo lugares exóticos a marítimos, esta àquela cultura, este àquele prato típico,
entre tantas outras mundividências.
Nas viagens, é nítida a nossa realização maior, pois que através delas sentimo-nos a enriquecer, desafiando as
nossas convicções, vocações e caminhos a trilhar. A quem não aconteceu um dia, uma vez regressado de uma viagem,
dar consigo a refletir sobre o quanto ela foi um meio de despertar para o poder da reflexão que, aplicada às nossas
vidas, resultará numa orquestra de harmonia, onde todas as vivências e desafios falam a uma só voz e nos elevam à
felicidade? Mais, não são também as viagens aquele meio de despertarmos para as maravilhas da Natureza/ Universo
e, consequentemente, reconhecermo-nos como amigos dele, com quem unimos as mãos e vivemos a sonhar?
O que move tantos a fugir do quotidiano, melhor dizendo, a viajar? A resposta é simples – partir em busca do seu
bem-estar e, enquanto tal, esclarecer-se e encontrar-se na relação com os outros e consigo próprios. Portanto, não se
esqueçam de viajar, das mais variadas formas, ao encontro de tantas maravilhas e a maior radica naquela que nos
leva a saber quem somos, para onde queremos ir e o que é possível esperar de nós!...

05/04/2021 – 2.ª série


A leitura, um património!

Falemos da leitura. E acompanhemos Lourenço Pena


na reflexão que nos propõe…
Escreve este adolescente que não compreende “o
desdém a que tantos votam a leitura”. Porque “a leitura
me enriquece, cultivando-me, fazendo-me crescer como
pessoa, enriquecendo os meus conhecimentos. No
fundo, faz-me voar e ser tão feliz! Vou, por isso, sempre
Lourenço dos Santos Pena, que conseguir, incentivar muitos a ler.”
9.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
“Ler é crescer” é a frase que, no meu entender, melhor traduz o quanto a leitura nos enriquece, contribuindo
para a nossa formação integral, isto é, pessoal e social, fazendo de nós seres mais realizados e, naturalmente,
felizes. Porém, são tantos aqueles que tendem a relativizar o ato de ler, ignorando-o e até criticando quem o
pratica, por hábito ou por prazer.
No meu entender, em tudo que proporciona, a leitura faz-nos voar, desenvolver competências, isto é, cultiva-
nos. Por exemplo, quando leio, sinto-me a viajar, curiosamente, sem sair do lugar. De facto, através da leitura,
acabo por conhecer novos países, novas mentalidades, novas culturas. Muitas vezes, coloco-me no lugar das
personagens que movimentam a ação e eis-me a reprovar ou a apoiar os seus comportamentos, o que me torna
melhor pessoa e até pequeno/ grande cidadão. Mais, tenho notado o muito que a leitura tem contribuído para
aperfeiçoar as minhas competências ao nível da língua portuguesa, dando comigo a, espontaneamente,
interpretar e compreender com mais perfeição e, consequentemente, a escrever com marcas de muita
imaginação e criatividade.
Deste modo, e falando de algo que me entristece, não compreendo o desdém a que tantos votam a leitura,
criticando até aqueles que são médios e excelentes leitores, como eu. Acredito que a culpa até nem será sua, se
pensarmos que o hábito de ler cria-se desde o ventre da mãe e na continuidade da Vida.
Concluindo, hoje adolescente e um bom, melhor, excelente leitor, já que apaixonado pela leitura, vou continuar
este caminho. E faço-o convencido de que a leitura me enriquece, cultivando-me, fazendo-me crescer como
pessoa, enriquecendo os meus conhecimentos. No fundo, faz-me voar e ser tão feliz! Vou, por isso, sempre que
conseguir, incentivar muitos a ler. De mãos dadas com o livro, eu cresço!

12/04/2021 – 2.ª série


Fazer a diferença pelo Voluntariado

Na crónica desta semana, Maria Gonçalves chama a


atenção para um aspeto diferenciador de fulcral
importância na nossa sociedade, o voluntariado. E
sublinha como é importante, em termos curriculares.
Para já não falar na vertente do “crescimento espiritual
e pessoal dos voluntários”. Porque “saber que causamos
um impacto positivo em alguém é uma experiência
Maria Gonçalves, 12.º ano. muito gratificante.”
OPINIÕES DE SEGUNDA
O voluntariado é importante por vários motivos que beneficiam tanto a comunidade quanto os próprios
voluntários. Quando alguém doa o seu tempo, faz a diferença e isso muda uma comunidade para melhor, enquanto
a experiência em si já melhora a pessoa que doou o tempo.
Mais pessoas a trabalhar é igual a menos trabalho para cada pessoa e menos tempo para o projeto. Portanto,
quanto mais pessoas, melhor.
O voluntário também beneficia em termos pessoais, porque consegue ver como a sua contribuição faz a
diferença. Essa experiência contribui para o desenvolvimento pessoal, principalmente em áreas como as da
autorrealização, autoconfiança e autoestima. O ato altruísta de fazer voluntariado também proporciona um
aprimoramento espiritual. Saber que causamos um impacto positivo em alguém é uma experiência muito
gratificante.
Doar tempo também nos ajudará no futuro. O voluntariado dá-nos competências, como habilidades de
comunicação, capacidade de trabalhar com e de liderar outras pessoas, dedicação e gestão do tempo. Quando os
empregadores veem um trabalho voluntário no currículo, é mais provável que contratem essa pessoa, pois estão
cientes de que a maioria das pessoas que oferece o seu tempo é altruísta, honesta e trabalhadora.
Durante esta pandemia, apesar das enormes necessidades, as oportunidades de voluntariado passaram a ser
raras, por motivos de saúde, obviamente. Mas, assim que a situação pandémica estabilizar, vai ser extremamente
importante o trabalho voluntário, para impedir que a situação de comunidades que vivem com problemas piore.
Estas são apenas algumas razões pelas quais o voluntariado é importante. Não apenas pela esperança e
felicidade que dá às pessoas ajudadas, mas também porque leva ao crescimento espiritual e pessoal dos
voluntários.

19/04/2021 – 2.ª série


Decidir quem queremos ser

Nos tempos que correm, são inúmeras as pressões


que os jovens sentem. Nas palavras de Ana Catarina
Gomes, parece que “só os melhores é que serão gente,
só os melhores é que terão o mundo na mão…”
E, no entanto, há muitos outros caminhos, igualmente
válidos. Daí o seu alerta: “é necessário que haja margem
para decidirmos quem queremos ser, que mundo
Ana Catarina Gomes, 11.º ano. queremos ter na mão.”
OPINIÕES DE SEGUNDA
Ser jovem nos dias de hoje não é tarefa fácil, contrariamente ao que os adultos teimam em afirmar.
É verdade que temos mais do que é essencial; é verdade que nos encontramos na era digital que abre
as gavetas, as janelas e as portas de todos os saberes. E, por isto, os adultos que têm a nossa educação
nas mãos, pais e professores, sentem-se no direito de nos exigir mais e melhor, a excelência é a meta a
atingir. Na verdade, só os melhores é que serão gente, só os melhores é que terão o mundo na mão…
Para não frustrarmos estas expectativas, incutidas desde muito cedo, perdemos o tempo de ser
criança e ganhamos umas quantas preocupações. E se não formos essas pessoas bem-sucedidas? Que
futuro é que nos aguarda? Lançam-nos estas inquietações sob o pretexto de que querem o melhor para
nós. Não duvidamos. Só que, ilustres adultos, os tempos são outros, mas as apoquentações inerentes ao
processo de crescimento são as mesmas. Como podem ter esquecido? Todos vós já calçastes estes
sapatos!
É decisiva a vossa presença nesta passagem de jovem para adulto, mas também é necessário que haja
margem para decidirmos quem queremos ser, que mundo queremos ter na mão.
Se a nossa escolha não é a vossa, não significa que seja um erro, é apenas um caminho diferente que
todos vós, adultos, estais convidados a pisar, a iluminar.
Por isso, caros adultos, deixem-nos voar, como jovens, ainda que sob o vosso olhar/ presença amiga,
protetora, acalentadora…

26/04/2021 – 2.ª série


Entre Londres e Ponte da Barca: o importante
é ser feliz!

A frequentar o 8.º ano, Sarah Cerqueira tem já o


privilégio de conhecer “dois países, duas culturas, dois
tipos de ensino”, dois ambientes completamente
distintos: Londres e Ponte da Barca.
O importante, porém, “é ser feliz!”. E a felicidade –
afirma a Sarah – não tem a ver com o lugar onde
Sarah Cerqueira, 8.º ano. estamos, porque ela “está dentro de cada um de nós e
só temos que a procurar no mais íntimo de nós
mesmos”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Sou aluna do 8.º ano de escolaridade e passei a minha vida escolar entre Londres e Ponte da Barca. Daí
ter podido vivenciar realidades completamente distintas: dois países, duas culturas, dois tipos de ensino.
Em Londres, as oportunidades eram imensas. A oferta cultural faz parte do dia a dia e há um conjunto de
solicitações constantes, que nos permitem estar sempre em atividade e envolvidos em múltiplas
experiências.
Temos um conjunto de privilégios de que em Ponte da Barca não podemos desfrutar, é verdade, mas
aqui temos mais tranquilidade e temos sol…
Em termos escolares, também é tudo muito diferente. Para além do método de ensino com uma
vertente mais prática, do trabalho em grupo, valorizando-se a entreajuda, e das condições físicas das
instalações, que são muito superiores, há uma coisa de que eu gostava muito, era de usar uniforme, assim
éramos todos iguais. E recordo ainda o rigor e a disciplina…
Apesar das imensas saudades que tenho de Londres, consegui integrar-me perfeitamente nesta nova
realidade, tenho imensos amigos e amigas e tento aproveitar tudo o que de bom a vida me dá.
Acho que podemos ser felizes independentemente do lugar onde estamos, porque a felicidade está
dentro de cada um de nós e só temos que a procurar no mais íntimo de nós mesmos.
As boas recordações também nos ajudam a olhar o futuro com otimismo. E, em relação ao meu futuro,
por onde passará? Ninguém me pode responder neste momento porque tudo é imprevisível e volátil… Mas
o importante é ser feliz! Se for em Londres, melhor ainda…

03/05/2021 – 2.ª série


Violência no desporto

A paixão clubística leva a que, frequentemente, os


exageros se manifestem sem qualquer controlo. E,
então, surge a violência!
Trata-se de uma situação lamentável, pelo que –
segundo Ivo Antunes – “o bom senso, o respeito e o
civismo devem ser valores a preservar em qualquer
evento desportivo, para que situações menos dignas
Ivo Antunes, 12.º ano. não aconteçam”.
Para ler e (re)pensar!
OPINIÕES DE SEGUNDA
Neste texto, vou expressar a minha perspetiva em relação à violência, hoje em dia, no desporto.
Antes de mais, a violência é um instinto natural do ser humano que causa intencionalmente danos morais
ou físicos noutro indivíduo. Atualmente, nem sempre o desporto é visto como um modo de entretenimento
e promoção de uma vida saudável, sendo muitas vezes encarado como um modo excessivo de competição,
em que o importante apenas é ganhar.
Na minha opinião, o bom senso, o respeito e o civismo devem ser valores a preservar em qualquer
evento desportivo, para que situações menos dignas não aconteçam. Para as evitar, é, aliás, importante que
as pessoas tomem consciência de que devem controlar as suas emoções, principalmente as de raiva/ ódio.
A verdade é que a violência no desporto acontece várias vezes. E, apesar de os principais causadores
serem os adeptos em geral por causa da rivalidade que têm pelas outras equipas, estes ambientes de
conflito são muitas vezes desencadeados pelos mais altos responsáveis, que têm comportamentos e usam
um discurso “incendiário”. Por exemplo, no dia 15 de maio de 2018, o clube leonino viveu um dos dias mais
negros da sua história, quando membros da claque, cerca de 40 pessoas, entraram na Academia, todos
encapuzados, e agrediram elementos da equipa.
À guisa de conclusão, a violência desportiva é um crime que sempre existiu e que não é agora com a
sociedade que temos que vai acalmar. No entanto, se todos os agentes praticassem o simples “fair play”,
melhoraria imenso o estatuto e o prestígio do desporto e erradicar-se-ia, em boa medida, a violência,
promovendo-se um ambiente de paz e de divertimento. E o desporto transformar-se-ia no que deve ser de
verdade – uma Festa!

10/05/2021 – 2.ª série


A Barca é casa

Nesta edição do Opiniões de Segunda, Eduarda Dias


faz apelo à nossa identidade. E não hesita em afirmar:
“Como orgulhosa Barquense, não escolheria outro lugar
no mundo para viver, muito menos tenho palavras
suficientes para descrever o que sinto pela minha terra.”
É assim mesmo. Tal como escreveu o avô da Eduarda,
o poeta Manuel Parada, Ponte da Barca, “sempre
Eduarda Dias, 10.º ano. formosa e contente!”
OPINIÕES DE SEGUNDA
Às vezes, penso em como a minha vida poderia ser diferente se vivesse numa grande cidade, tanto pelas boas
razões como pelas más.
Mesmo ciente das diversas oportunidades profissionais e culturais que uma cidade pode oferecer, tive a sorte
de nascer e crescer nesta pequena vila do Alto Minho, a Barca, onde a qualidade de vida é superior a qualquer
oferta citadina. Desde pequena que estou habituada a sair com os meus amigos, passar a tarde a brincar na rua
e voltar à hora de jantar sem quaisquer receios ou inseguranças. Viver a saber quem vive na porta do lado, quem
toma café na esplanada do Central ou que o Zé é neto do Chico são privilégios que não existem nos grandes
meios.
A Barca é casa, aquela que acolhe os seus e os de fora como se fossem da terra, aquela que é rica pelas suas
paisagens, tradições, gastronomia, mas não só, a Barca é feita de pessoas, pessoas humildes, bondosas,
dinâmicas, que fazem de tudo para esta vila não ser esquecida, tal como dizia o meu querido avô, Manuel
Parada, “Ponte da Barca é do Minho/ Deste Minho encantador!/ Onde há flores, pão e vinho/ P`ra todos seja
quem for!”
Assim como as suas gentes, a Barca é feita de tradição, não fosse o nosso querido São Bartolomeu o culminar
de muitas delas. Eu, tu e todos os Barquenses esperamos ansiosamente 365 dias do ano por aquela semana, a
semana mais feliz do ano, onde as ruas estão cheias de luz, música e em cada esquina se ouve a nossa “Marcha”.
Como orgulhosa Barquense, não escolheria outro lugar no mundo para viver, muito menos tenho palavras
suficientes para descrever o que sinto pela minha terra. Em uníssono, gritamos, Ponte da Barca será “sempre
formosa e contente!”

17/05/2021 – 2.ª série


O gosto do dinheiro

Há quem lhe chame “vil metal”, mas, para Matias


Gonçalves, é uma prioridade. Até porque, na sua
opinião, “os nossos sonhos não são alcançados apenas
por talento, esforço e/ou dedicação pura, mas também
pela influência do dinheiro”.
Deixa, no entanto, uma chamada de atenção: “o
dinheiro é muito importante na nossa vida, mas deve
Matias Gonçalves, 11.º ano. ser valorizado com cautela, para que não se torne uma
fonte de problemas”.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Já alguma vez tentaram encontrar o nome que se dá a uma “pessoa que gosta de dinheiro”? Possivelmente, diriam:
avarento, mesquinho, usurário, poupador, vigarista ou sovina. Mas, no meio de tantos nomes, fiquei a pensar, por um
momento, e surgiu-me esta questão. Será que todas as pessoas que gostam de dinheiro são egoístas e forretas?
Sinceramente, acho que não, pois eu sou uma dessas pessoas e, considerando que ainda tenho alguma autoestima e
amor a mim mesmo, não me encaixo nesse perfil. Eu gosto de dinheiro, pois acredito que pode tomar o lugar de quase
tudo e é muito precioso. Mas fará isto de mim uma pessoa “má”?
Faz parte do senso comum saber que o dinheiro faz o mundo andar e acredito que todas as pessoas o reconhecem
como objeto de valor. Basta olhar para as suas roupas para o comprovar, embora inúmeras pessoas assumam perspetivas
diferentes sobre o mesmo. Com isto quero dizer que devemos aceitar que os nossos sonhos não são alcançados apenas
por talento, esforço e/ou dedicação pura, mas também pela influência do dinheiro.
“Ninguém dá nada a ninguém” foi uma das frases que meu pai me disse quando era pequeno e, ao longo dos poucos
anos que já vivi, aprendi que isto é, de facto, bastante real na sociedade atual. Acredito, pois, que ninguém faz nada de
graça e, assim como pessoas que praticam boas ações podem saciar o seu coração de bons feitos, eu preencho a minha
conta bancária com dinheiro. Agora, pergunto-me se existe alguma diferença de verdade? As suas atividades podem fazer
alguém feliz, mas o mesmo vale para mim, quando pego no dinheiro que ganhei e o uso para lubrificar as engrenagens do
capitalismo.
Acontece que o dinheiro é uma bênção, mas também um néctar viciante: quanto mais se tem mais se quer. E é preciso
saber controlar-se. O dinheiro pode levar uma pessoa à falência, à depressão, à solidão e, possivelmente, a conflitos com
pessoas que consideramos insubstituíveis.
Concluindo, o dinheiro é muito importante na nossa vida, mas deve ser valorizado com cautela, para que não se torne
uma fonte de problemas.

31/05/2021 – 2.ª série


Dançar para o bem-estar!
Na crónica desta semana, Maria Lima e Safira Pontes
fazem o elogio da música e da dança.
São manifestações artísticas que nos trazem “alegria e
bem-estar”, de tal modo que – afirmam – “Quando
dançamos, colocamos à prova as nossas competências
artísticas, demonstramos a nossa criatividade,
expressamos sentimentos, sentimo-nos livres, num
mundo que tantas vezes limita os nossos direitos e
impõe regras...”.
É caso para dizer:
Maria Lima e Safira Pontes, – Vai uma dança?!
8.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
"Dançar é desenhar com o corpo o poema que habita na alma." Somos colegas, amigas, e a dança
consolidou laços de uma amizade profunda. Desde muito cedo, encantou-nos esta forma de
manifestação artística que nos permite sair de dentro de nós mesmos e entrarmos numa dimensão que
nos traz alegria e bem-estar.
Ao longo da nossa vida, a música e, mais propriamente, a dança têm feito parte do nosso quotidiano
e, através delas, contactamos com outras culturas e com novos estilos rítmicos. Tudo isto aumenta o
nosso conhecimento e torna-nos cidadãs mais atentas, ativas e participativas no mundo que nos rodeia.
Quando dançamos, colocamos à prova as nossas competências artísticas, demonstramos a nossa
criatividade, expressamos sentimentos, sentimo-nos livres, num mundo que tantas vezes limita os
nossos direitos e impõe regras...
É também uma excelente maneira de nos mantermos física e psicologicamente ativas, o que contribui
muito para o nosso bem-estar emocional. Exercitando o corpo, acabamos por ter um dia mais
proveitoso, porque nos sentimos mais saudáveis, mais leves.
Trata-se de uma forma de integrar num só momento a mente, o corpo e o espírito e esta integração
que a dança traz à alma é fundamental para a vida! Quando dançamos, a única coisa que pretendemos é
superar-nos e surpreender-nos... Em cada passo de dança, tornamo-nos mais livres.
Terminamos com uma citação de Paulo Coelho: "A dança é uma das formas mais perfeitas de
comunicação com a inteligência infinita."

07/06//2021 – 2.ª série


O conflito israelo-palestiniano: Vidas
impossíveis
A guerra é sempre lamentável por todos os horrores
que traz consigo. E, se há um conflito que parece
eternizar-se no tempo, esse é o israelo-palestiniano.
É para esta situação que Guilherme Afonso chama a
atenção. Porque, na sua opinião, o ambiente vivido na
região “faz com que a vida dos habitantes destes
Guilherme Afonso, 10.º ano. territórios se torne, lamentavelmente, impossível.”
OPINIÕES DE SEGUNDA
Nas últimas semanas de maio, um conflito antigo ganhou destaque no mundo. Trata-se da guerra entre
Israel e a Palestina e esse destaque, como não podia deixar de ser, deveu-se a maus motivos.
Em primeiro lugar, o conflito entre os dois povos em questão, nesta zona do globo, é um problema antigo
e que se tem prolongado, sem se vislumbrar uma solução. Apesar desta longevidade, esta é uma guerra da
qual ainda não saiu qualquer vencedor, sendo os únicos derrotados os povos de ambos os lados, que são
obrigados a lidar com um conflito armado à porta de suas casas.
Ao longo desta guerra, temos assistido de ambos os lados a atitudes lamentáveis por parte dos respetivos
governos. No caso de Israel, podemos ver o bombardeamento de escolas, hospitais ou fábricas como
exemplos desta vergonha. Já do lado palestiniano, governado pelo movimento terrorista Hamas, temos visto,
por exemplo, a utilização de crianças como “homens-bomba”, algo que corresponde a uma violação dos
direitos humanos e a uma atrocidade.
Por último, não existe qualquer povo que goste de viver num local em guerra. Sendo assim, esta guerra
tem criado nos últimos anos milhares de refugiados cujo único objetivo é viver num local em paz. Para que se
perceba a magnitude desta situação, um em cada três refugiados no mundo é palestiniano e a estimativa
atual é de que 7,2 milhões de palestinianos sejam refugiados.
Concluindo, uma guerra não é benéfica para povo algum, mas, no caso israelo-palestiniano, um conflito de
tantos, tantos anos, torna-se mais prejudicial ainda e faz com que a vida dos habitantes destes territórios se
torne, lamentavelmente, impossível.
A Paz é fulcral!
14/06/2021 – 2.ª série
Um tema que nos toca a todos!

A violência doméstica é um crime público que a


pandemia e os períodos de confinamento ajudaram a
agravar.
Face a este problema, o exercício da cidadania
responsável exige o contributo de todos. Daí que Sofia
Bastos lance um apelo: “Estejamos atentos às pessoas
que nos rodeiam!”.
Sofia Bastos, 12.º ano.
OPINIÕES DE SEGUNDA
Estejamos atentos! Em Portugal, são mortas três mulheres por mês, vítimas de violência
doméstica.
A violência doméstica é todo um padrão de comportamentos (violência ou outro tipo de abuso)
que ocorre num contexto doméstico, entre os casais ou contra crianças e idosos.
Dados recentes demonstram que a violência doméstica continua a atingir sobretudo as mulheres
(83% das queixas). Em 2020, ano marcado pela pandemia, foram registados, em Portugal, 683 casos
de violência doméstica durante o isolamento, período de tempo em que as vítimas ficaram mais
expostas aos seus agressores.
O Código Penal Português prevê e pune o crime de violência doméstica. Esta assume a natureza
de crime público, o que significa que o procedimento criminal não está dependente de queixa por
parte da vítima, bastando uma denúncia numa Esquadra da PSP, num Posto da GNR, ou diretamente
no Ministério Público.
Estejamos atentos às pessoas que nos rodeiam!
Linha de apoio – 800 202 148.
Nas palavras de Jean-Paul Sartre, filósofo, escritor e crítico francês, “A violência, seja qual for a
maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”

21/06/2021 – 2.ª série


Parar enquanto há tempo
Os problemas são globais, mas as opções começam
por ser pessoais, seja perante a fome, a pobreza e o
consumismo, seja face ao desperdício e à poluição.
É uma questão de cidadania, de responsabilidade
social. Porque, afirma Ana Carolina Amorim, “se não
fizermos algo de imediato, quando tentarmos será tarde
demais”.

Ana Carolina Amorim, 11.º ano.


OPINIÕES DE SEGUNDA
Parar enquanto há tempo! Vivemos num mundo repleto de grandes problemas com os quais todos nos devemos
preocupar. Na verdade, não devemos ter apenas preocupação e sensibilidade para com eles, devemos até fazer algo
para os resolver. “A mim o que me rodeia é o que me preocupa" (Cesário Verde).
No meu ponto de vista, um dos problemas mais assustadores é a fome e a pobreza de tantas famílias. Um bilião
de pessoas não tem acesso a recursos fundamentais como comida e água. Não serão essas pessoas merecedoras da
nossa atenção? Nós, como seres humanos empáticos, temos o dever não só de nos preocuparmos com elas como
também de tentar ajudá-las, começando por consumir menos, por exemplo.
São necessários 2.1 hectares para cada ser humano. Logo, a terra não tem capacidade para alimentar os sete
biliões de pessoas que nela habitam. Então a resposta a este problema passa por cada um de nós. Passa pela
diminuição do consumismo.
Outro problema é a poluição e o desperdício. Temos apenas um planeta para habitar. No entanto, esse planeta
está a ser destruído por cada um de nós. Seja através da desflorestação, do uso exagerado do plástico, do
consumismo ou do excesso de água utilizada, a verdade é que o nosso planeta está a ficar sem recursos para
sustentar a nossa vida e a dos vindouros. A vontade de ter sempre mais e mais a qualquer custo está a levar à
destruição de florestas, à poluição de mares e rios e à extinção de espécies e, consequentemente, da
biodiversidade.
Em suma, nós, seres humanos, devemos deixar de olhar apenas para o nosso umbigo e começar a olhar para os
problemas que nos rodeiam. Devemos estar orgulhosos da evolução que conquistamos até agora, mas devemos
também saber quando parar. Se não fizermos algo de imediato, quando tentarmos será tarde demais, pois não será
apenas um bilião de pessoas com fome, mas, sim, todos nós.

28/06/2021 – 2.ª série


Leituras e Companhia
Desde novembro de 2012, a equipa da Biblioteca Escolar do
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca produz o programa
semanal Leituras e Companhia, que é emitido aos sábados, entre as
12h00 e as 13h00, na Barca FM – 99.6.
Cada emissão, produzida em estreita colaboração com os
Departamentos da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo, tem um tema
de fundo e, sempre que se justifique, a “Nota de Abertura”, a cargo do
Diretor do Agrupamento, Dr. Carlos Louro, para além das rubricas
habituais – “Crónica(s)”, “Filosoficamente”, “Vale a Pena Refletir”,
“Poesia” – e ainda efemérides, curiosidades e notícias do
Agrupamento.
Com esta dinâmica, que não conhece férias, nem no período de
interrupção das atividades letivas, nem durante o(s) confinamento(s),
trabalha-se as literacias da informação, dos media e digital, exercitam-
se os domínios da expressão escrita e da oralidade e aprofunda-se o
espírito crítico e a cidadania, ao mesmo tempo que se consolidam
parcerias e a interação Escola/ Comunidade. Em suma, constrói-se
Conhecimento e Cultura, somando valor(es) para uma Escola melhor e
uma cidadania mais interventiva.
Leituras e Companhia

Programa número 383


12 de setembro de 2020
Tema – Início do ano letivo 2020/2021 e pandemia
Ouvir emissão

Programa número 384


19 de setembro de 2020
Tema – Regresso à escola presencial em tempo de pandemia
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 385


26 de setembro de 2020
Tema – Doença de Alzheimer
Ouvir emissão

Programa número 386


03 de outubro de 2020
Tema – Dia Mundial do Coração e Dia Nacional da Água
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 387


10 de outubro de 2020
Tema – Dia do Professor e abolição da pena de morte
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Programa número 388


17 de outubro de 2020
Tema – Dia Mundial da Alimentação
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 389


24 de outubro de 2020
Tema – 75º aniversário das Nações Unidas e descoberta do Estreito de Magalhães
Ouvir emissão

Programa número 390


31 de outubro de 2020
Tema – Outubro, mês da Biblioteca Escolar (missão e desafios)
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 391


07 de novembro de 2020
Tema – Corrupção e S. Martinho
Ouvir emissão

Programa número 392


14 de novembro de 2020
Tema – Tolerância
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 393


21 de novembro de 2020
Tema – Diabetes
Ouvir emissão

Programa número 394


28 de novembro de 2020
Tema – Tabagismo
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 395


05 de dezembro de 2020
Tema – Direitos Humanos e Pessoas com Deficiência
Ouvir emissão

Programa número 396


12 de dezembro de 2020
Tema – Migrações e refugiados
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 397


19 de dezembro de 2020
Tema – Natal
Ouvir emissão

Programa número 398


26 de dezembro de 2020
Tema – Balanço de 2020 e projeção do novo ano
Ouvir emissão
Leituras e Companhia

Programa número 399


02 de janeiro de 2021
Tema – Dia Mundial da Paz
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Programa número 400


09 de janeiro de 2021
Tema – Dia de Reis
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Leituras e Companhia

Programa número 401


16 de janeiro de 2021
Tema – Deficiência visual e Sistema Braille
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Programa número 402


23 de janeiro de 2021
Tema – Memória das Vítimas do Holocausto
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Leituras e Companhia

Programa número 403


30 de janeiro de 2021
Tema – Dia Escolar na Não Violência e da Paz
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Programa número 404


06 de fevereiro de 2021
Tema – Internet Segura
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Leituras e Companhia

Programa número 405


13 de fevereiro de 2021
Tema – Dia de S. Valentim
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Programa número 406


20 de fevereiro de 2021
Tema – Dia Mundial da Rádio
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Leituras e Companhia

Programa número 407


27 de fevereiro de 2021
Tema – Doenças raras
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Programa número 408


06 de março de 2021
Tema – A Mulher em tempo de pandemia
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Leituras e Companhia

Programa número 409


13 de março de 2021
Tema – Direitos do Consumidor e Comércio Digital
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Programa número 410


20 de março de 2021
Tema – Dia do Pai
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Leituras e Companhia

Programa número 411


27 de março de 2021
Tema – Poesia infantil
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Programa número 412


03 de abril de 2021
Tema – Floresta
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Leituras e Companhia

Programa número 413


10 de abril de 2021
Tema – Livro infantil
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Programa número 414


17 de abril de 2021
Tema – Saúde em tempo de pandemia
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Leituras e Companhia

Programa número 415


24 de abril de 2021
Tema – 500 anos da morte de Fernão de Magalhães e 25 de Abril
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Programa número 416


01 de maio de 2021
Tema – Dia Mundial da Língua Portuguesa e Dia da Mãe
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Leituras e Companhia

Programa número 417


08 de maio de 2021
Tema – A Europa e o futuro
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Programa número 418


15 de maio de 2021
Tema – Dia Internacional da Família
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Leituras e Companhia

Programa número 419


22 de maio de 2021
Tema – Dia do Autor Português
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Programa número 420


29 de maio de 2021
Tema – Dia Mundial da Criança
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Leituras e Companhia

Programa número 421


05 de junho de 2021
Tema – Ambiente
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Programa número 422


12 de junho de 2021
Tema – Uma só Terra, um só Oceano
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Leituras e Companhia

Programa número 423


19 de junho de 2021
Tema – Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa
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Programa número 424


26 de junho de 2021
Tema – Dia Mundial das Bibliotecas
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Opiniões de Segunda e
Leituras e Companhia
são notícia na Antena 1

Os projetos Opiniões de Segunda e Leituras e Companhia, que dão corpo ao programa EmBarca na Escrita,
patrocinado pela RBE, despertaram o interesse do “MIL Obs” (Observatório sobre Media, Informação e
Literacia) do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.
Na sequência da observação da qualidade do trabalho realizado no Agrupamento de Escolas de Ponte da
Barca, no domínio da educação para os media e da promoção das literacias e da cidadania, o Opiniões de
Segunda e o Leituras e Companhia foram o tema de fundo de duas emissões do Ouvido Crítico (20 e 27 de
abril, respetivamente), programa da responsabilidade conjunta do “MIL Obs” e da Antena 1, que vai para o ar,
às terças, depois das 15h.
Pode acompanhar aqui as entrevistas dos professores Luís Arezes e Renato Ferreira à jornalista Noémia
Gonçalves, disponíveis em RTP Play…
RBE destaca estas boas “Práticas”
A Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) destaca, na sua página eletrónica, as duas atividades que fazem parte
do EmBarca na Escrita: Leituras e Companhia e Opiniões de Segunda.
Abrindo “Práticas” (https://www.rbe.mec.pt/np4/praticas) existente na página inicial da RBE, acede-se a um
conjunto de boas práticas a nível nacional, entre as quais as duas que são trabalhadas na Escola Básica Diogo
Bernardes e na Escola Secundária de Ponte da Barca, respetivamente.
Com este reconhecimento, aplaude-se as dinâmicas criadas, ao nível da promoção das literacias da
informação, da leitura e dos “media, ao mesmo tempo que se exercita os domínios da escrita e da oralidade e
se aprofunda o espírito crítico, a autonomia e a cidadania.
Pretende-se ainda partilhar em rede uma mostra de ações que possa, eventualmente, inspirar outros
profissionais desejosos de continuar a aprender para enfrentar as mudanças com confiança.
Agrupamento
de Escolas
de Ponte da Barca
▪ Transformar Vidas
▪ Alimentar Sonhos
▪ Projetar Carreiras

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