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Aula 1

Ciclo artificial da Água


Consumo de água 4

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1. Captação
2. Estação de Tratamento de água (ETA).
3. Reservatório
4. Rede de abastecimento
5. Industria ( consumo localizado)
6. Adutoras ( água bruta e água tratada)
Rede de Distribuição
Consumo de Água
Domestico
Comercial e industrial
Combate à incêndio
Perdas
Uso domésticos
Comercial e industrial

Variável de acordo com o


tipo de estabelecimento
Público

Parcela de água utilizada na irrigação de


jardins, lavagens de ruas e passeios, nos
edifícios públicos, alimentação de
fontes, esguichos e chafarizes e demais
equipamentos públicos
Perdas e desperdícios
Água que se perde por
vazamentos na rede
publica e nas residências e
as que são desperdiçadas
pelos maus hábitos da
população.
Consumo médio Per Capita
Numa cidade com sistema de abastecimento de água
em funcionamento regular, o valor do consumo médio
per capita é obtido dividindo-se o volume total de
água distribuída durante um ano, por 365 e pelo
número de habitantes beneficiados. Ë expresso
geralmente em litros por habitante por dia (l/hab.dia)
Cálculo já efetuados para um grande número de cidades,
permitem conhecer com razoável aproximação o seu valor
e aplicá-los quando se pretende elaborar um projeto.
Usualmente são considerados os seguintes
consumos médios per capita de acordo com a
população a ser abastecida:
Fatores que afetam o consumo
 Clima
 Hábitos e nível de vida da população
 Natureza da cidade
 Tamanho da cidade;
 Existência ou Ausência de medição
 Pressão na rede
Variações de Consumo
A água distribuída para uma cidade não
tem vazão constante mesmo
considerada invariável a população
consumidora. As condições climáticas
e os hábitos da população exercem
significativa influência
Variações Diárias
 O consumo não é uniforme em todos os dias do ano,
ocorre sempre um dia de maior consumo. A relação
entre o maior consumo diário no ano e o consumo
médio diário no ano fornece o coeficiente do dia de
maior consumo K1, cujo valor varia de 1,2 a 2,0
dependendo das condições locais.
maiorconsumodiário
K1 =
consumomédiodiário

O coeficiente K1 é utilizado na composição da vazão de dimensionamento


das unidades do sistema que antecedem o reservatório de distribuição: ou
sejam: as unidades de produção, tais como obras de captação, adutoras,
elevatórias de água bruta, estações de tratamento, elevatórias de água
tratada.
Variações horárias
 Durante o dia ocorrem sensíveis variações no consumo
de água. As horas de maior demanda situam-se em
torno daquelas em que a população está habituada a
tomar refeições , em virtude do uso mais acentuado de
água na cozinha, antes e depois das mesmas.
 O consumo mínimo verifica no período noturno,
geralmente nas fases iniciais da madrugada. O
coeficiente K2 é utilizado quando se pretende
dimensionar a rede de distribuição. Seu valor varia
entre 1,5 e 3,0.
Variações horárias

Observações realizadas em
diversas cidades mostram que seu
valor também oscila bastante,
podendo variar entre 1,5 e 3,0. No
entanto, é usual adotar, para fins
de projeto, o valor 1,5.
Variação no consumo
 A equação abaixo permite estimar a vazão de
abastecimento considerando o consumo médio per
capta com suas respectivas variações:

O coeficiente k1 é utilizado no cálculo de todas as unidades do sistema,


enquanto k2 é usado apenas no cálculo da rede de distribuição.
Capacidade das unidades
O diagrama apresentado na Figura destaca as vazões a serem
consideradas em cada uma das unidades de um sistema de
abastecimento de água.
Observa-se que todas elas derivam da
vazão média (Q), dada por:

P = PProjeto = Pexixtente.0,8
Exemplo 1
 Calcular a vazão das unidades de um sistema de
abastecimento de água, considerando os seguintes
parâmetros:
Exemplo 2
 Uma cidade terá um sistema de abastecimento de água. Sua
população futura para fins de projeto foi estimada em
56250 habitantes. Uma industria localizada entre o
reservatório e a cidade terá um consumo diário
regularizado de 2.200m3.
1. Determine as vazões de dimensionamento supondo:
q manual= 200 l/hab.dia
K1= 1,25
K2=1,50
Água necessária para lavagem dos filtros 4%do volume
tratado na ETA.
2. Se a ETA tiver que funcionar somente 16 horas/dia. Quais
as alterações a serem processadas?
Período de Projeto

O projeto de um sistema de abastecimento de água, para


uma cidade deve levar em consideração a demanda que
se verificará numa determinada época em virtude de sua
população futura.
Admitindo ser a população variável e crescente, como o
decorrer dos anos, é fundamental fixar a época até a qual
o sistema poderá funcionar satisfatoriamente, sem
sobrecargas nas instalações ou deficiências na
distribuição.
Período de Projeto
O período de projeto pode estar relacionado à
durabilidade ou vida útil das obras e equipamentos, ao
período de retorno dos financiamentos, ou a outras
razões especificas.
Os problemas concernentes às dificuldades de
ampliação de determinadas estruturas ou
componentes do sistema, como também o custo do
capital a ser investido e o ritmo de crescimento da
população são também fatores a serem considerados.
 No Brasil é comum adotar-se períodos de
20 anos para pequenas e médias cidades.

 Os projetos de capitais e suas áreas


metropolitanas admitem períodos de até
30 anos.
Fatores que afetam o consumo

Para o projeto do sistema de abastecimento de água, é


necessário o conhecimento da população final de
plano, bem como da sua evolução ao longo do tempo,
para o estudo das etapas de implantação.
Fatores que afetam o consumo
Os principais métodos utilizados para as projeções
populacionais são:
 crescimento aritmético;
 crescimento geométrico;
 regressão multiplicativa;
 taxa decrescente de crescimento;
 curva logística;
 comparação gráfica entre cidades similares;
 método da razão e correlação; e
 previsão com base nos empregos.
A expressão geral que define o crescimento de uma
população ao longo dos anos é:
Logicamente não havendo fatores notáveis de
perturbações, como longos períodos de estiagem,
guerras, etc, ou pelo contrário, o surgimento de um fator
acelerador de crescimento como, por exemplo, a
instalação de um pólo industrial, pode-se considerar que
o crescimento populacional apresenta três fases distintas:
Primeira fase Crescimento Geométrico
Segunda fase características lineares
ao longo do tempo e será expresso
assim : em que:
a = taxa de crescimento aritmético
obtida pela razão entre o crescimento
da população em um intervalo de
tempo conhecido e este intervalo de
tempo, ou seja:
Na terceira fase os acréscimos de população tornam-se
decrescentes ao longo do tempo e proporcionais a
diferença entre população efetiva Pe e a população
máxima de subsistência na região, Ps (população de
saturação).

Esta relação é expressa da seguinte maneira:


Deve-se observar, no entanto, que o progresso técnico pode
alterar a população máxima prevista para um determinado
conglomerado urbano, sendo um complicador a mais a ser
avaliado em um estudo para determinação do crescimento da
população.
Para aplicação o valor de “a” deve-se dispor de três dados de
populações correspondentes a três censos anteriores recentes
e eqüidistantes, ou seja, três pares (T1,P1), (T2,P2) e (T3,P3)
de modo que :
Exemplo 3:
Verificar a possibilidade da utilização do método da
curva logística. Calcular a população de saturação e
verificar a população para os intervalos: t = o anos, t = 20
anos, t = 50 anos e t = futuro infinito; para uma cidade
fictícia segundo os resultados dos últimos três censos,
conforme o seguinte quadro:
 Para as condições Brasileiras, a dificuldade de obtenção
de dados confiáveis que constituam uma série histórica
de população, principalmente em municípios pequenos
no interior do Brasil, dificulta sobremaneira a adoção do
método logístico.

 Assim, na ausência de dados confiáveis usualmente


adota-se o método de crescimento geométrico, com
taxas similares às verificadas nos municípios
maiores e, que apresentem condições sócio–
econômicas parecidas.

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