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CONTROLE CARDIOVASCULAR DURANTE O EXERCÍCIO

MIOCÁRDIO

- é a camada média muscular do coração e principal responsável pela ejeção


do sangue para fora dos ventrículos cardíacos.
- a irrigação sanguínea da miocárdio se dá pelas artérias coronárias direita e
esquerda.
- enquanto as veias coronárias drenam o sangue pelo seio coronário ao átrio
direito.

CICLO CARDÍACO

- refere-se ao padrão repetitivo de contração e relaxamento do coração


- sístole: fase de contração
- diástole: fase de relaxamento
- 0,1 segundo após a sístole atrial ocorre a sístole ventricular
- vascular: vaso sanguíneo
- músculo papilar: impedir de fechar a valva do coração
- adulto maratonista em repouso -> 130 ml (sístole)
- adulto sedentário em repouso -> 70 ml (sístole)

PRESSÃO ARTERIAL

- o sangue exerce pressão através do sistema vascular, a pressão é maior nas


artérias.
- conceitua-se pela força exercida pelo sangue contra a parede arterial e é
determinada pela quantidade de sangue bombeado e pela resistência ao
fluxo sanguíneo

SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACA

- muitas células miocárdicas possuem potencial único de atividade elétrica


espontânea, essa atividade é limitada a uma região localizada no átrio direito
chamada nodosinoatrial (nodo SA)

ATIVIDADE ATRIAL

- durante a diástole atrial, ocorre redução do potencial de repouso por difusão


de sódio ocorrendo uma atividade elétrica espontânea no nodo SA.
- ocorrendo uma onda de despolarização dos átrios, promovendo a sístole
atrial.
ATIVIDADE VENTRICULAR

- como a despolarização atrial não pode ser transportada direto aos ventrículos
se concentra no nodo átrio ventricular localizado na base do átrio direito que
por meio do feixe do atrio ventricular (feixe de his) e os ramos direito e
esquerdo.
- na sequência, o estímulo é enviado para fibras menores chamada de fibras
de purkinje que disseminam a onda de despolarização.

REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

- durante o exercício aeróbio, aumenta a demanda de 0² do músculo.


- como o nodo sinoatrial controla a frequência cardíaca muitas vezes
alterações dessa frequência cardíaca, envolve 2 fatores:
1. sistema nervoso parassimpático
2. sistema nervoso simpático
- as fibras parassimpáticas que suprem o coração tem origem do centro de
controle cardiovascular localizado no bulbo e constituem parte do nervo vago
- quando estimulados, as terminações liberam acetilcolina que provoca uma
redução da atividade do nodo sinoatrial reduzindo a frequência cardíaca.

FREQUÊNCIA CARDÍACA

- frequência cardíaca máxima


FCM = 220 - idade (karvonen)
ex: FCM =220 - 40
FCM= 180 bpm
- frequência basal média de 3 dias (acordou, consequentemente mede)
ex: 63 - 66 - 60/3 = 60

- frequência cardíaca de reserva


FCR= FCM - FCB
freq. cardíaca reserva = freq. cardíaca máxima - freq. cardíaca basal
ex: FCR= 180-60
FCR= 120 bpm

FREQUÊNCIA CARDÍACA

MECANISMOS DE RETORNO VENOSO DURANTE O EXERCÍCIO

- o aumento do retorno venoso tem um papel fundamental no aumento


do volume sistólico durante o exercício.
- 3 mecanismos regulam o retorno venoso durante o exercício

Venoconstrição

- que aumenta o retorno reduzindo a capacidade volumétrica das veias de


armazenar o sangue, movendo o sangue de volta ao coração.
- ocorre por meio de uma constrição simpática reflexa do músculo liso e
controladas pelo centro de controle cardiovascular.
- quando maior a constrição reduz a capacidade de volume, apenas constrição
faz o papel.

Bomba Muscular
- resultado da ação mecânica das contrações dos músculos esqueléticos;
- entre as contrações o sangue enche as veias e o processo é repetido;
- o sangue é impedido de fluir do coração por ação de valvas unidirecionais
localizadas nas grandes veias.
- durante contrações musculares isométricas a bomba muscular não consegue
operar e o retorno venoso é reduzido.

Bomba Respiratória

- o padrão do ritmo de respiração também promove uma bomba mecânica de


retorno venoso;
- durante a inspiração a pressão intratorácica diminui e a pressão intra
abdominal aumenta, criando um fluxo de sangue venoso da região abdominal
para o tórax;
- o papel desse retorno durante o exercício aumenta o devido a maior
frequência respiratória e maior profundidade da respiração.
- a minha respiração puxa o sangue.

RESPOSTAS CIRCULATÓRIAS AO EXERCÍCIO

Influência Emocional

- exercício submáximo em um ambiente carregado emocionalmente acarreta


uma maior frequência cardíaca e uma pressão arterial mais elevada em
comparação com o mesmo exercício realizado em ambiente
psicologicamente neutro;
- ambiente neutro, a frequência cardíaca reduz.

Transição do Repouso ao Exercício

- no início do exercício, ocorre um aumento rápido da frequência cardíaca, do


volume sistólico e do débito cardíaco;
- quando a taxa de trabalho é constante e abaixo do limiar de lactato, atinge-se
um plato desses fatores no estado estável em 2 a 3 minutos;

Recuperação do Exercício

- a recuperação do exercício de baixa intensidade e curta duração geralmente


é rápida;
- já o exercício de longa duração é muito mais lenta, principalmente quando
em condições quente/úmida;
Exercício Progressivo

- aumento da frequência cardíaca e do débito cardíaco ocorrem em proporção


direta ao consumo de oxigênio;
- o fluxo sanguíneo para o músculo aumenta em função do consumo de
oxigênio;
- o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial sistólica é decorrente do
aumento da carga de trabalho cardíaco;
- aumento da demanda metabólica do coração durante o exercício pode ser
estimado analisando o duplo produto;
- a cada aumento da intensidade do exercício, aumenta a frequência cardíaca
e o débito;
- aeróbio, alático, glicolítico; e 70% atinge o limiar de lactato.

Duplo Produto

(é para determinar o trabalho cardíaco -> sobrecarga cardíaca)


- calculado pelo produto da frequência e da pressão arterial sistólica
- o aumento da intensidade do exercício acarreta uma elevação da frequência
e da pressão arterial sistólica, aumentando o trabalho cardíaco;
- o duplo produto durante o exercício no VO² máxima é 5 x maior que em
repouso, indicando que o exercício máximo aumenta a carga de trabalho
cardíaco em 500%.

Exercício de MMSS x MMII

- em qualquer nível de consumo de O², tanto a frequência cardíaca quanto a


pressão arterial são maiores durante o trabalho de MMSS do que MMII;
Exercício Intermitente/intervalados

- em exercício não contínuos, a recuperação da frequência cardíaca e da


pressão arterial entre as sessões depende da aptidão física, condições
ambientais, duração e intensidade do exercício;
+ aeróbio/oxidativo - condicionamento
+ condicionamento + glicolítico/alático

Exercício Prolongado/contínuo

- ocorre um aumento da frequência cardíaca


- ocorre uma redução do volume sistólico durante o exercício prolongado
denominado de desvio cardiovascular que ocorre devido ao aumento da
temperatura corporal sobre a desidratação;
- redução do volume plasmático (perde água)
- se realizado em uma alta frequência cardíaca pode representar um risco de
lesão cardíaca.

RESPIRAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO

ESTRUTURAS

Zona de Condução

fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos.


Zona Respiratória

O ar inspirado passa através da traqueia, brônquios e bronquíolos, eventualmente


entrando nos bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios e alvéolos, os
bronquíolos respiratórios e alvéolos são a ​zona respiratória dos pulmões onde a
troca gasosa acontece.

FUNÇÃO DOS PULMÕES

- através dos alvéolos promover um meio de trocas gasosas entre o corpo e o


ambiente;
- fornecer ao indivíduo um meio de repor o O² (oxigênio) e remover o CO²
(dióxido de carbono).
- essa troca ocorre por meio da ventilação e da difusão (trocas gasosas pela
ventilação).

MECANISMOS E MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO

- ventilação - movimentos cíclicos de entrada e saída de ar dos pulmões;


- respiração externa - troca gasosa a nível alveolar (a nível pulmonar -
hematose)
- respiração interna - troca gasosa a nível celular.

RESPIRAÇÃO EXTERNA
1º Ventilação Pulmonar​: ​são movimentos físicos de entrada e saída dos gases;

inspiração (movimento de entrada do ar nos pulmões)

- pressão do ar menor 1 atm (menor que 760 mmHg)


- neste processo as costelas abrem e músculos: diafragma
expiração (movimento de saída do ar dos pulmões)

- pressão do ar maior que 1 atm (maior que mmHg)


- neste processo as costelas fecham
- Músculos: abdominais

​2º Respiração externa

- hematose: troca de gases


- absorção do O2
- a remoção do CO2

3º expiração interna

- ocorre a troca gasosa a nível tecidual

​Capacidade de captação de um indivíduo

​o ser humano tem uma capacidade respiratória de 6 litros sendo elas distribuídas
em :

500 ml - volume corrente

3100ml - de inspiração

1200ml - reserva de expiração

1200 ml- volume residual

_________________________

6 litros de capacidade respiratoria

Volume Corrente (VC)

Volume de Reserva Inspiratório (VRI)

Volume de Reserva Expiratório (VRE)

Volume Residual (VR)

– Capacidade Inspiratória (CI): é a soma do VC e do VRI;

– Capacidade Residual Funcional (CRF): é a soma do VRE e do VR;

– Capacidade Vital (CV): é a soma do VC, do VRI e do VRE;

– Capacidade Pulmonar Total (CPT): é a soma de todos os volumes pulmonares


(VC, VRI, VRE e VR) e em condições normais é de cerca de 6000 ml.
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS E EXERCÍCIO

- o exercício causa aumento da ventilação;


- o exercício causa aumento da frequência respiratória;
- aumento da carga de trabalho muscular;
- exercícios prolongados (>120 min. ou seja + 2h).
- exercícios de alta intensidade (90-100% do VO² máx.) podem causar fadiga
por diminuir a força máxima diafragmática em 15-50%;
- reduzindo o fluxo sanguíneo para os músculos dos membros;

ASMA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO

- doença que produz um estreitamento reversível das vias aéreas;


- aumentando o trabalho respiratório e provocando dispnéia;
- embora existam muitas causas possíveis de asma, alguns pacientes
apresentam broncoespasmo durante ou imediatamente após o exercício.

VENTILAÇÃO PULMONAR

- o volume de ar por minuto em um indivíduo é verificado pelo produto da


frequência respiratória pelo volume corrente;
- V= F x Vc
- homens de 70kg em repouso com F=15 e um vc= 0,5l apresenta um v=7,5
litros/min;
- durante o exercício máximo pode chegar a 175 litros/min. pois você atingir
3,5 litros e a F pode chegar a 50.

RESPOSTAS VENTILATÓRIAS

TRANSIÇÃO REPOUSO/EXERCÍCIO

- em exercício abaixo do limiar de lactato;


- pela estabilidade na PO² e na PCO² percebe-se que o aumento da ventilação
não ocorre tão rapidamente como o aumento do metabolismo.

EXERCÍCIO PROLONGADO EM AMBIENTE QUENTE

- a ventilação tende a aumentar;


- isso ocorre pela elevação da temperatura do sangue, afetando diretamente o
centro de controle respiratório.
EXERCÍCIO PROGRESSIVO

- indivíduo destreinado e treinado; limiar ventilatório.

CONTROLE DA VENTILAÇÃO

- centro de controle respiratório e regulação ventilatória no repouso;


- inicia com estímulos da área da ritmicidade, produzindo um padrão rítmico da
respiração;
- e o controle respiratório fica a cargo das áreas apneusticas.

FISIOLOGIA DA CRIANÇA E DA MULHER


CAPACIDADE ANAERÓBICA

- as crianças possuem capacidade de realizar atividades anaeróbias inferiores


comparado com adultos e adolescentes maturados
- a potência anaeróbica aumenta de forma significativa com a idade, de acordo
com teste de 40 segundos aplicado a jovens de 11 a 15 anos.

DIFERENÇAS ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS

- estoques inferiores de fosfagênicos


- menor concentração e ação de hormônios androgênios
- menor quantidade de massa muscular e atividade enzimática
- valores inferiores de lactato no músculo
- baixa utilização do glicogênio muscular

CAPACIDADE AERÓBICA

- nas crianças a aptidão aeróbia ao longo da segunda infância (6 a 10 anos de


idade);
- até os 12 anos, as curvas de consumo de oxigênio, entre os gêneros são
desprezíveis.
- crianças apresentam consumo maior de oxigênio (VO² max) crianças não
possuem maior eficiência que adultos;
- o VO² max diminui com a idade sem prescrição de treinamento.

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