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1413 8123 CSC 23 07 2095
1413 8123 CSC 23 07 2095
08702018 2095
ARTIGO ARTICLE
Desenvolvimentos recentes do estado social nos países da OCDE
Abstract In this paper an attempt was made to Resumo Neste artigo buscamos analisar alguns
analyze some of the main indicators of the evo- dos principais indicadores da evolução do estado
lution of the welfare state in OECD countries de bem-estar social em países da OCDE entre
between 1980 and 2016. In particular, an assess- 1980 e 2016. Em particular, buscamos avaliar se
ment was made to evaluate if the so-called Great a crise iniciada em 2007-2008 teria implicado em
Recession starting in 2008 led to a contraction contração do estado social. Nossa análise se desdo-
of the social state. The analysis focused on three bra no estudo do comportamento de três dimen-
dimensions: social expenditure, funding, and ef- sões: o gasto social, seu financiamento tributário
fectiveness. The conclusion drawn was that the e sua efetividade. Nossa investigação revela que o
twenty-first century has been a period of expan- século XXI tem sido um período de expansão, com
sion, both in terms of social expenditure and the gastos crescentes e “catch up” de países retardatá-
catch-up of the latecomers. In particular, all tra- rios. Em particular, todas as grandes áreas de polí-
ditional areas of social policy have expanded in tica social sofreram aumentos, ao lado de apostas
tandem with a slight increase in “active” social ainda incipientes em políticas sociais “ativas”. O
policies. The rise in social expenditure has been gasto social tem sido financiado por um esforço
financed by increasing taxation not thoroughly tributário crescente, não de todo indiferente à
alien to progressivity principles. Overall, it has progressividade, e tem se traduzido em crescente
been translated into an increased effort for redis- esforço de redistribuição. Contudo, desigualdades
tribution. However, inequality and poverty are e pobreza avançam em ritmo superior.
advancing at a higher rate. Palavras-chave Estado do bem-estar social, Or-
Key words Welfare State, Organisation for Eco- ganização para a cooperação e desenvolvimento
nomic Co-Operation and Development, Inequal- econômico, Desigualdade, Tributação, Pobreza
ity, Taxation, Poverty
1
Instituto de Economia,
Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Av. Pasteur
250, Urca. 22290-902 Rio
de Janeiro RJ Brasil.
celiakersten@gmail.com
2
Faculdade de Economia,
Centro de Estudos Sociais
Aplicados,Universidade
Federal Fluminense. Niterói
RJ Brasil.
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Kerstenetzky CL, Guedes GP
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Gasto público social (% PIB) Taxas médias de crescimento do PIB
Gráfico 1. Gasto Público Social (%PIB) e Taxas Médias de Crescimento do PIB dos países da OCDE - 1980-2016.
o gasto como proporção do produto, que sinaliza As fontes de crescimento são várias, nem to-
a prioridade que as sociedades conferem a essa das diretamente relacionadas a crises. Por exem-
forma de utilização da riqueza gerada a cada ano. plo, mudanças demográficas, como o envelheci-
Ao compilarmos concomitantemente séries de mento populacional (expectativas de vida maio-
evolução do produto, pudemos identificar mo- res, menores taxas de fecundidade), mudanças
mentos de contração que poderiam representar nos arranjos familiares, avanço na participação
um comprometimento menor de recursos (apre- econômica das mulheres, mudanças estruturais
sentamos uma delas no Gráfico 1). na economia e seus múltiplos impactos sobre o
Nossa análise concluiu que a proporção do mundo do trabalho – todos esses fatores incidem
gasto seguiu crescendo no bloco da OCDE, mes- fortemente sobre a demanda de bem-estar, que,
mo quando o produto não crescia ou mesmo se ao se ampliar, se vê amparada em titularidades.
contraía, nos anos de 2008 e 2009, evidenciando, Em conjuntura de crise, evidentemente, outras
nesse caso, um maior esforço do estado social carências se acrescentam – de assistência, servi-
justamente para compensar a maior demanda e ços, seguros –, e se constituem em novas fontes
os menores recursos, devidos ambos à recessão. de crescimento.
Contudo, nos anos seguintes, com crescimento Outro fator frequentemente mencionado na
positivo do PIB, a proporção do gasto não retor- literatura, e que se coaduna com essa dinâmica
na ao nível anterior à recessão, estabelecendo-se liderada pela demanda, é a chamada nova políti-
em um patamar mais elevado, chegando a atingir ca do welfare state: trata-se da proteção de políti-
em 2016 um valor médio superior a 21% do PIB. cas e programas sociais conferida pelas clientelas
Esse “efeito-catraca” da dinâmica do gasto social que delas se beneficiam e que acabam se consti-
acompanha praticamente toda a história do esta- tuindo, em contexto democrático, em obstáculo
do de bem-estar. político para reformas de retração paradigmáti-
Destacam-se, em particular, os 10 países me- cas4. Contudo, para além dessas fontes inerciais
nos desenvolvidos, que têm expansões superiores de crescimento ou de trava ao de-crescimento, há
à média do bloco, sobretudo ao longo do pre- que mencionar novas iniciativas de política social
sente século, e Japão e Coreia com incrementos relativas ao trabalho e especialmente às famílias
igualmente espetaculares. (Quadro 1).
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Tabela 1. Gasto Público Social + Educação (%PIB): médias de regimes e grupos de países - 1980-2013.
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2013
Regime Liberal 19,5 22,1 22,5 24,6
Regime Conservador 28,2 28,9 29,9 31,9
Regime Social-Democrata 22,5 32,0 30,6 32,8
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE 11,0 16,4 19,7 22,0
Países Asiáticos 15,6 10,8 15,9 19,4
Demais Países 22,3 21,8 23,8 26,3
OCDE 20,2 23,0 23,7 26,0
Fonte: The World Bank/Unesco5 (gasto público com educação)/OECD SOCX6 (gasto público social). Elaboração própria.
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Kerstenetzky CL, Guedes GP
posição relativa no gasto total, o que pode ser mento infantil e contribuir para mitigar a ini-
efeito de mudanças na composição demográfica. quidade de gênero, seja no mercado de trabalho,
De todo modo, também na rubrica educação, os seja na divisão do trabalho reprodutivo7,8. Essas
países escandinavos são os líderes em gastos, su- iniciativas têm sido apontadas também como re-
perando em média 6,5% do PIB em 2014 e 25% levantes para a redução de desigualdades intra- e
do gasto social total em 2013 – Nova Zelândia, inter-geracionais, neste último caso contribuindo
Austrália e Canadá superam a Dinamarca em ter- para amenizar a transmissão das desigualdades
mos de proporção do gasto, mas ficam bem atrás por meio das famílias. Contudo, a variedade de
quando observamos a proporção do produto arranjos produz efeitos diferenciados nos países
destinada à educação. do bloco em termos do alcance desses objetivos,
A fim de discernir os caminhos recentes do variando de programas que permitem a plena
estado social, a análise da evolução do gasto pode desfamiliarização de cuidados e desenvolvimen-
ser enriquecida pela agregação das políticas so- to infantil de qualidade a, no outro extremo, ou-
ciais em dois conjuntos distintos, as políticas tros que apenas facilitam a atividade econômica
passivas e as políticas ativas. Essa distinção não é das mulheres e reforçam maternalismos ou ainda
arbitrária. Na literatura é comum considerar-se o dualismos nas oportunidades de desenvolvimen-
welfare state que emerge do segundo pós-guerra to infantil9.
europeu como um arranjo voltado essencialmen- Já as políticas ativas de mercado de trabalho
te para a proteção contra riscos sociais, envolven- têm sido consideradas medida eficiente de qua-
do principalmente, ainda que não exclusivamen- lificação e requalificação para o trabalho, com o
te, benefícios monetários, ao passo que o estado potencial de promover mobilidade ocupacional
social contemporâneo teria evoluído na direção e chances de realização por meio do trabalho,
de enfatizar políticas de ativação da população, com impactos favoráveis sobre a produtividade,
que a dirigissem para a inserção no mercado de a desigualdade salarial e, eventualmente também,
trabalho (uma referência seminal é o trabalho de sobre o nível de desemprego10. Os países nórdicos
Esping-Andersen et al.6). Neste último caso, os foram pioneiros nessas políticas. A difusão delas
serviços seriam os ingredientes relevantes para no âmbito da OCDE tem sido matizada pelas ca-
preparar a população para se converter em tra- racterísticas e propósitos dos diferentes regimes
balhadores produtivos e a ênfase em benefícios de bem-estar: quando adotadas no regime libe-
monetários tenderia a desaparecer. ral, visam à inserção imediata no mercado de tra-
Essa separação é, não obstante, algo artificial, balho; no regime conservador, elas têm reforçado
pois mesmo políticas de proteção social são pre- dualismos na força de trabalho; entre os países
nhes de serviços e políticas ativas operam não do regime social democrata, elas têm funciona-
apenas com serviços, mas fazendo uso de bene- do em combinação com a economia do conheci-
fícios monetários. Contudo, tem certa utilidade mento ampliando a mobilidade ocupacional.
analítica, pois permite-nos observar permanên- Ao analisarmos a distribuição de prioridades
cias ou mudanças que, por sua vez, sinalizem com a lente fornecida pela distinção entre polí-
combinações ou substituições entre conjuntos de ticas passivas e ativas não constatamos alteração
políticas com objetivos distintos. significativa ao longo das últimas três décadas.
Tentamos, pois, captar esses movimentos dis- Embora as primeiras tenham perdido posição
tinguindo como políticas passivas o conjunto que relativa, continuam vigorosas, respondendo por
compreende “velhice, incapacidades e pensões” cerca de 49% do gasto social em 2013 (eram
e políticas ativas como aquelas voltadas para a 52,5% na década de 1980), enquanto as políticas
“família e mercado de trabalho”. As primeiras se ativas sofreram pequena elevação, para 12,7% do
destinam a cobrir riscos relacionados a situações gasto social (a partir de 12% na década de 1980).
de perda de capacidade de gerar rendimentos e E muito embora as políticas de família tenham
assumem a forma principalmente de benefícios adquirido certo destaque, as políticas ativas de
monetários, enquanto as últimas têm foco na mercado de trabalho que já eram incipientes na
participação econômica dos indivíduos e em sua década de 1980 (0,6% do PIB) se contraíram li-
produtividade. geiramente (para 0,5% em 2013), revelando-se
Dentre as políticas de família, a educação e os uma aposta quase que exclusivamente nórdica.
cuidados infantis se destacam. Vários trabalhos De fato, a Dinamarca, que é líder em 2013, op-
têm documentado a importância de creches e pré tou por um incremento de 1 ponto percentual
-escola para permitir a participação econômica de PIB, dedicando quase 2% do produto a esse
das mulheres, além de promover o desenvolvi- conjunto de políticas. Seguindo o exemplo nór-
2101
Tabela 2. Carga Tributária média (% PIB) por regimes e grupos de países - Década 1980 a 2015.
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2015
Regime Liberal 30,3 31,0 30,7 29,4
Regime Conservador 39,9 40,3 39,6 40,7
Regime Social-Democrata 42,4 44,4 44,1 43,0
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE 18,9 26,7 28,0 28,8
Países Asiáticos 21,5 22,7 24,5 26,5
Demais Países 30,3 32,9 34,1 33,7
OCDE 31,6 33,1 33,3 33,3
Fonte: OECD Stats3. Elaboração Própria.
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Tabela 3. Carga tributária - Impostos diretos, indiretos e contribuições à Seguridade Social – OCDE (% da
Receita Tributária).
Impostos e Contribuições/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2015
Impostos diretos (Total) 37,2 35 34,6 33,7
Impostos diretos (Pessoais) 30,2 26,1 23,9 23,8
Impostos diretos (Corporativos) 7,8 8,1 9,7 8,9
Impostos Indiretos (Total) 33,3 33 32,7 32,7
Contribuições à Seguridade Social (Total) 22,1 24,3 25,4 26,1
Contribuições à Seguridade Social (Empregados) 7,3 8,3 8,9 9,6
Contribuições à Seguridade Social (Empregadores) 13,5 14,2 14,8 14,9
Contribuições à Seguridade Social (Autônomos e 1,6 2 2,5 2,4
não empregados)
Fonte: OECD Stats3. Elaboração Própria.
Nota: os demais impostos que compõem a carga tributária total são 'impostos incidentes sobre a folha de pagamentos e a força de
trabalho' e 'impostos sobre a propriedade'.
2103
superado apenas pelo cluster conservador. Cha- o grupo dos 10 menos desenvolvidos também se
ma a atenção ainda o redobrado ânimo do grupo destacou (Tabela 5).
asiático, a maior variação ocorrida no esforço de Em síntese, observamos que apesar do maior
redistribuição, algo característico do catch up do vigor do estado social, as forças propulsoras das
estado social desses países. Neste último quesito, desigualdades e pobreza de mercado continu-
Tabela 4. Pobreza pós-governo (% da população) e esforço de redistribuição (%) – médias de regimes e grupos
de países (Década de 1980 a 2010-2014).
POBREZA PÓS-GOVERNO
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2014
Regime Liberal 8,2 12,1 12,7 12,6
Regime Conservador 4,5 6,8 7,9 8,4
Regime Social-Democrata 5,4 5,2 6,6 7,5
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE 16,9 14,5 13,9 14,2
Países Asiáticos 12,0 13,7 15,2 15,5
Demais Países 9,3 9,1 9,8 10,3
OCDE 9,1 10,0 11,2 11,6
ESFORÇO DE REDISTRIBUIÇÃO
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2014
Regime Liberal 15,4 15,7 14,5 14,8
Regime Conservador 21,3 22,2 22,2 23,0
Regime Social-Democrata 16,8 21,9 19,7 19,4
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE .. .. 15,3 15,1
Países Asiáticos 0,5 5,3 7,0 9,4
Demais Países 11,8 15,7 16,1 18,3
OCDE 13,1 16,8 16,1 16,9
Fonte: OECD Stats3. Elaboração própria.
Tabela 5. Desigualdade pós-governo (coeficiente de Gini) e esforço de redistribuição – Por regimes e grupos de
países (Década 1980 a 2010-2014).
DESIGUALDADE PÓS-GOVERNO
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2014
Regime Liberal 29,0 32,7 33,7 33,9
Regime Conservador 26,2 27,8 28,3 28,5
Regime Social-Democrata 21,4 22,5 25,3 25,9
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE 42,0 41,2 36,8 36,1
Países Asiáticos 30,4 32,3 32,1 32,0
Demais Países 28,8 28,5 29,5 29,1
OCDE 29,2 30,9 31,8 31,7
ESFORÇO DE REDISTRIBUIÇÃO
Países/Anos Década 1980 Década 1990 2000-2009 2010-2014
Regime Liberal 13,2 14,4 13,7 13,8
Regime Conservador 19,5 18,7 18,8 19,5
Regime Social-Democrata 16,7 19,9 18,6 18,1
10 Países Menos Desenvolvidos OCDE .. .. 12,7 14,1
Países Asiáticos 4,1 8,0 7,7 9,5
Demais Países 14,2 16,9 16,2 17,8
OCDE 11,7 14,2 14,6 15,6
Fonte: OECD Stats3. Elaboração própria.
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