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Infertilidade afeta cerca de 10% das mulheres e homens

Questões éticas envolvidas com a reprodução assistida

Bioética: Trata-se, portanto, de questão que perpassa necessariamente diversas áreas


da ciência, mas que se centra, sobretudo, na biologia (relacionada com a gênese e
desenvolvimento do ser humano) e na filosofia (pelo estatuto ético-ontológico dessa
vida).

Igreja católica: A inseminação artificial foi condenada já pelo papa Pio XII, pois a
reprodução humana é vista como algo divino, uma manifestação da vontade de deus.
A interferência humana no processo reprodutivo constituía uma agressão à vontade de
Deus.

Há riscos para a gestante fertilizada artificialmente, pois ela tem uma probabilidade
maior de ter uma gestação de alto risco, sofrer pré-eclâmpsia ou aborto. Também, há
comprovados riscos para a criança, que pode nascer com más-formações genéticas,
baixo peso e até mesmo sofrer paralisia cerebral. (informações do jornal britânico The
Lancer). Muitos dos embriões morrer durante o processo, ou seja, poucos chegam
vivos no colo da mãe (cerca de 5%).Que cirurgião faria uma cirurgia na qual 95% dos
pacientes têm possibilidade de morrer?

Aborto seletivo e redução embrionária: Às vezes, pode acontecer que sejam


fecundados e gerados dois, três, quatro embriões, podendo esse número chegar até
seis. Nesses casos, algumas vezes se propõe o aborto seletivo de alguns dos
embriões, a chamada redução embrionária, pois a mulher não consegue levar adiante
a gestação de todos os embriões juntos. Ou seja: primeiramente, estimula-se a mulher
a produzir óvulos, depois ela recebe esses óvulos e, uma vez produzidos os embriões,
alguns são mortos porque são demais.

Fecundação in vitro: estimula a mulher a produzir vários óvulos, o que pode acarretar
e problemas de saúde e óvulos não sadios.

Embriões congelados, se não forem usados, podem ser descartados – a questão da


proteção a todos os seres humano, e o embrião é, de certa forma, um ser humano em
formação.

Pluralidade de maternidade: barriga de aluguel

Reprodução assistida post mortem – uso de material de alguém que já morreu

 Resolução nº 2.121/2015 do Conselho Federal de Medicina:

VIII - REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST-MORTEM. É


permitida a reprodução assistida post-mortem desde que haja
autorização prévia específica do (a) falecido (a) para o uso do
material biológico criopreservado, de acordo com a legislação
vigente.
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI124547,71043-
Reproducao+Assistida+Questoes+eticas+ou+legais

http://www.scielo.br/pdf/bioet/v22n1/a08v22n1.pdf

http://www.scielo.br/pdf/bioet/v22n1/a08v22n1.pdf

http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIIreproducao.htm

http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=96055f5b06bf9381

https://jus.com.br/artigos/56653/inseminacao-artificial-post-mortem-o-direito-de-
suceder-do-nascituro-apos-o-prazo-estabelecido-a-prole-eventual

Reprodução assistida no Brasil

Entre 1991 e 2014, foi notado um aumento na procura de fertilização artificial para
tratar o problema da infertilidade. Estima-se que mais de meio milhão de bebês
nascem a cada ano a partir de fertilização in vitro ou de injeção intracitoplasmática de
espermatozoides. (o Globo)

Na Europa, a Espanha é o país mais ativo em reprodução assistida, com um recorde


de 119.875 ciclos de tratamento realizados, ultrapassando a Rússia, com 110.723, a
Alemanha, com 96.512.

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) representa, desde 1996, a


maior parte dos centros que se dedicam à Reprodução Assistida no Brasil.

Fertilização in vitro no Brasil: custa entre R$15 mil e R$ 20 mil geralmente.

Segundo Philip Wolff, especialista em biotecnologia, o Brasil não fica atrás dos países
mais desenvolvidos.
“Do ponto de vista estatístico, o Brasil é um país de ponta para tratamentos de
reprodução assistida sendo que só a Região Sudeste corresponde a 65% dos
tratamentos realizados no Brasil. Nossas taxas de sucesso são excelentes e se
equiparam aos países europeus e aos EUA.”

Resolução CFM 2.168/17: No Brasil, não há legislação que trate sobre. Porem, o ano
de 2017 foi importante para a reprodução assistida. O Conselho Federal de Medicina
(CFM) divulgou mudanças, como a expansão nos critérios para a cessão temporária
de útero para gestação compartilhada, a chamada “barriga solidária”; a redução do
prazo para descarte de embriões (de 5 para 3 anos); e o congelamento de material
para uma gestação tardia, o que beneficia, por exemplo, pacientes em tratamento
oncológico. Ainda de acordo com as novas regras, pessoas solteiras — homens ou
mulheres — também passam a ter o direito de utilizar esse recurso.

Já havia o direito de reprodução assistida a casais homoafetivos, e agora foi tratado


da gestação compartilhada, opção já anteriormente contemplada para casos de união
homoafetiva feminina.
Diante desse cenário, as novas regras tendem a trazer mais flexibilidade para os
médicos e acesso para os pacientes.

https://oglobo.globo.com/sociedade/mais-de-oito-milhoes-de-bebes-nasceram-por-
tecnicas-de-reproducao-assistida-desde-1978-22847419

https://infograficos.oglobo.globo.com/sociedade/evolucao-da-reproducao-assistida.html

https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/especialistas-comemoram-novas-regras-
para-reproducao-assistida-no-brasil-22052114

https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/07/25/após-queda-numero-de-fertilizacoes-
in-vitro-volta-a-crescer-no-brasil.ghtml

O futuro da reprodução assistida

Cada vez mais casais férteis procuram por reprodução assistida. O interesse em ter
filhos com mais idade faz com que casais optem por utilizar a reprodução assistida,
visto que óvulos mais velhos podem apresentar mais problemas no processo
reprodutivo. Além disso, avanços nas técnicas de criogenia podem permitir que
mulheres jovens deixem seus óvulos congelados para poderem usá-los quando
estiverem mais velhas, em um faixa de 40 – 50 anos.

Uma perspectiva para o futuro é o uso da avaliação genética na concepção dos


embriões. As análises genéticas permitirão uma visão pré-concepcional. Doenças
poderão ser previstas e evitadas.

Para o diretor do Centro de Ética da Universidade Estadual de Oklahoma, Scott


Gelfand, o futuro pode ver bebês sobrevivendo com apenas 12 semanas – cerca de
três meses – de gestação. O avanço, para ele, pode levar até a gestações completas
em úteros artificiais.

Apresentadas no final do ano passado, as células induzidas podem resolver a


polêmica das células-tronco embrionárias e tornar possível que óvulos
espermatozoides sejam feitos a partir de um pedaço de pele.

E isso pode ser feito com pessoas de qualquer idade. “Recém-nascidos poderiam ter
filhos e pessoas de cem anos poderiam ter filhos”, explica Davo Solter, do Instituto de
Biologia Médica de Cingapura. Por tabela, casais homossexuais perdem o
impedimento natural de ter filhos biológicos.

https://www20.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2016/07/19/noticiasjornalopiniao
,3637304/o-futuro-da-medicina-reprodutiva.shtml

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL648929-5603,00-
BEBES+DO+FUTURO+VAO+NASCER+DE+UTEROS+ARTIFICIAIS+ACREDITAM+
CIENTISTAS.html
TÓPICOS PARA OS SLIDES SOBRE:

Questões éticas:

 A reprodução assistida e o direito e defesa da vida


 Religião e ética
 Reprodução post mortem

Reprodução assistida atualmente e no Brasil:

 Aumento da procura por reprodução assistida entre 1991 e 2014

 Estima-se que mais de meio milhão de bebês nascem a cada ano a partir de
fertilização in vitro ou de injeção intracitoplasmática de espermatozoides.
 Espanha é o país onde há maior procura por este tipo de reprodução
 SBRA
 Brasil apresenta boas taxas de sucesso na área
 Resolução CFM 2.168/17

Futuro da reprodução assistida:

 Avanço na tecnologia
 Interesse em ter filhos mais tardiamente
 Avaliação genética e os bebês perfeitos
 Desenvolvimento de óvulos e espermatozoides a partir da pele

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