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CURSO DE
EMBRIOLOGIA HUMANA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
EMBRIOLOGIA HUMANA
MÓDULO II
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Uma associação entre a idade da mulher e a redução da fecundidade tem
sido bem documentada. Esse declínio da fecundidade começa no início da quarta
década de vida e acelera-se no final da quarta década de vida e início da quinta
década de vida. Aproximadamente 30% dos casais em que a parceira tem de 35 a
44 anos são inférteis. As causas mais comuns da infertilidade feminina são: a)
problemas ovarianos, b) endometriose, c) fatores cervicais, d) fatores tubários, e)
fator uterino e f) fator peritoneal (THIESEN et al., 2002).
A produção de espermatozoides pode ter interferência de fatores como a
idade do indivíduo - quanto mais avançada a idade, menor a produção, sua
ocupação profissional - contato com substâncias tóxicas como agrotóxicos e
inseticidas, ou se trabalha em áreas de muito calor e, os antecedentes familiares -
se há doenças hereditárias envolvidas, ou casos de infertilidade familiar.
Outros antecedentes e alguns hábitos pessoais também podem determinar a
existência de espermatozoides com baixa motilidade (capacidade de movimento) e
vitalidade, entre eles: certos tipos de cirurgias, traumatismos, uso de drogas (tanto
entorpecentes quanto algumas substâncias químicas terapêuticas podem provocar
degeneração das células germinativas), álcool e temperatura elevada (MAEGAWA e
CENTA, 2000).
Os ftalatos – usados na produção de plástico e na manufatura de cosméticos
– fazem parte do grupo dos "disruptores endócrinos" e tem conhecido efeito negativo
sobre a fertilidade masculina. Entretanto, ainda existe pouca investigação em
relação à mulher, apesar da alta exposição a estes compostos químicos.
Esse estudo demonstrou que a exposição aos ftalatos - medida pelos níveis
de metabólitos de ftalato na urina – está associada com a redução da fertilidade,
quando avaliada a resposta ao tratamento de FIV. O número de ovócitos e o índice
de implantação foram inversamente proporcionais à concentração de ftalatos na
urina (SOUTER et al., 2013).
Outro fator que pode afetar a fertilidade nas mulheres é o trabalho noturno e
alteração do sono-vigília. Strocker et al. (2013), por meio de um estudo de meta-
análise que inclui artigos publicados entre 1969 e janeiro de 2013 sobre o impacto
de horários de trabalho não padrão (incluindo o trabalho noturno e turnos mistos),
sobre a fertilidade de 119.345 mulheres, constataram que aquelas que trabalhavam
alternando turnos diurnos e noturnos, tiveram 33% a mais de alteração menstrual do
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que aquelas que trabalham em horário regular, e um aumento de 80% na taxa de
infertilidade. As mulheres que trabalhavam apenas à noite apresentaram maior
índice de abortamento.
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progesterona no sangue ou de um de seus metabólitos pode ser mensurada. Um
aumento acentuado indica que a ovulação ocorreu (MANUAL MERCK, 2003).
Atualmente, há uma variedade de drogas utilizadas para induzir ovulação e
a escolha de qual deverá ser usada depende da causa da anovulação e se
pretendemos fazer apenas a indução da ovulação e coito programado (isto é,
orientação do casal para ter relações sexuais no período da provável ovulação) ou
inseminação intrauterina (IIU), ou se pretendemos usar técnicas de fertilização
assistida.
Nas pacientes portadoras de anovulação crônica e com níveis normais ou
elevados de estrogênios, como as portadoras de síndrome dos ovários policísticos,
devemos sempre iniciar com citrato de clomifeno, por ser uma droga mais barata e
com menor índice de complicações. A ação principal do citrato de clomifeno se dá
no hipotálamo, estimulando a liberação de GnRH e, consequentemente, de FSH
pela hipófise. O FSH levará ao recrutamento de uma população de folículos que se
desenvolverão até que um assuma a dominância, produzindo estradiol o suficiente
para desencadear o pico de LH, que levará à maturação final do folículo e à
ovulação (CONCEIÇÃO e ALBUQUERQUE E SILVA, 2005).
As gonadotrofinas são usadas para indução de ovulação em pacientes que
não responderam ao citrato de clomifeno; em portadoras de hipogonadismo
hipogonadotrófico; para promover superovulação em portadoras de infertilidade sem
causa aparente e em mulheres que serão submetidas à inseminação intrauterina.
São medicações de uso parenteral (intramuscular ou subcutâneo) de custo elevado
e que podem levar a complicações importantes, como, a gravidez múltipla e a
síndrome de hiperestimulação dos ovários (SHO). Esta tem, como distúrbio básico, o
aumento da permeabilidade vascular, com saída do líquido do espaço intravascular
para o espaço intersticial, com consequente hipovolemia (CONCEIÇÃO e
ALBUQUERQUE E SILVA, 2005).
Para saber mais sobre exames que permitam acompanhar a ovulação,
visando uma futura gestação e tratamento para estimular a ovulação, assista ao
vídeo Fator Ovariano no link abaixo:
http://www.centrodefertilidade.com.br/index.php?pg=causas_da_infertilidade-
fator_ovariano.
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7.2.2 Endometriose
Assim, toda vez que a mulher menstrua, isso acontece dentro e fora do
útero, ou seja, onde existem essas células. O sangue, portanto, cai na cavidade
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abdominal. Uma vez implantado, o tecido endometrial responde ao ciclo hormonal e
libera sangue nos locais de implantação. Como nestes locais não há como escoar o
sangue produzido, frequentemente ocorre cisto, inflamação, dor ou infertilidade. O
principal sintoma da endometriose é a dor, às vezes, muito forte, na época da
menstruação.
Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem
essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta
história de infertilidade ou dor pélvica (PORTAL DA ENDOMETRIOSE, 2014).
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Alterações nas propriedades bioquímicas do muco são responsáveis por
mudanças na receptividade ao espermatozoide, impedindo ou facilitando a
passagem destes pelo cérvix. Durante o ciclo menstrual, o muco cervical permite a
penetração do esperma somente durante o período ovulatório, exercendo assim um
papel regulador na colonização espermática do trato genital superior (CENTRO DE
REPRODUÇÃO HUMANA, 2014).
O teste clássico para avaliação do papel potencial do fator cervical na
infertilidade é o Teste Pós-Coito (TPC). O TPC tem por objetivo avaliar a qualidade
do muco cervical, a presença e o número de espermatozoides móveis no trato
reprodutivo feminino após o coito.
O exame realizado 2 a 8 horas após uma relação sexual pode determinar se
o esperma consegue sobreviver no muco cervical. O exame é programado para ser
realizado na metade do ciclo menstrual, quando a concentração de estradiol
encontra-se mais elevada e a mulher está ovulando. Normalmente, o muco é claro e
pode ser distendido até 8 a10 centímetros sem romper. Ao microscópio, o muco
possui um aspecto semelhante a uma samambaia (Figura 42) e, na ampliação
máxima, pelo menos cinco espermatozoides são visíveis no campo. Os resultados
anormais incluem um muco nitidamente espesso, a ausência de espermatozoides e
a aglomeração de espermatozoides devido ao fato do muco possuir anticorpos
contra o esperma (MANUAL MERCK, 2014).
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FIGURA 42 VISTA ATRAVÉS DO MICROSCÓPIO ÓPTICO DO MUCO
CERVICAL CRISTALIZADO SEMELHANTE ÀS FOLHAS DE SAMAMBAIA
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7.2.4 Fator tubário
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classificação de BUTTRAM e GIBBONS (1979) em úteros: unicorno, bicorno, didelfo
e septado (Figura 43).
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a contratilidade normal da musculatura; (c) adenomiose – a fibrose progressiva que
afetará a gestação da mesma forma que os miomas (THIESEN et al., 2002).
As lesões endometriais ligadas à infertilidade podem ser de cinco tipos: (a)
metrose de receptividade – o endométrio não responde aos estímulos hormonais. O
processo costuma ser temporário; (b) pólipos endometriais; (c) sinéquias –
aderências intracavitárias, por vezes extensas, por vezes em apenas um ponto, mas
provocando uma metrose de receptividade específica, que só curará com o
tratamento da sinéquia; (d) endometrite – as endometrites crônicas podem estar
ligadas a micro-organismos habituais nas infecções ginecológicas, ao bacilo de Koch
e a simples processos inflamatórios decorrentes de miomas submucosos ou áreas
de adenomiose próximas ao endométrio; (e) metaplasia óssea ou ossificação
endometrial – presença de tecido ósseo na cavidade endometrial, por metaplasia ou
resíduos fetais ou embrionários. A semiologia da cavidade endometrial inclui, além
dos exames de avaliação anatômica, o estudo histológico da mucosa endometrial
(THIESEN et al., 2002).
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7.3 CAUSAS DA INFERTILIDADE NO HOMEM
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(em ambos os lados). A ausência de frutose (um açúcar produzido pelas vesículas
seminais) no sêmen indica ausência dos vasos deferentes ou das vesículas
seminais ou obstrução dos condutos ejaculatórios.
A varicocele, a anomalia anatômica mais comum no homem estéril, é uma
massa de veias dilatadas e tortuosas no escroto, similares às veias varicosas. Essa
anomalia pode impedir a drenagem adequada do sangue dos testículos e,
consequentemente, elevando a temperatura e reduzindo a velocidade de formação
do sêmen.
Mais raramente, o sêmen segue uma direção contrária à habitual
(ejaculação retrógrada), isto é, ele reflui para o interior da bexiga ao invés de ir em
direção ao pênis. Esse distúrbio é mais comum nos homens submetidos a uma
cirurgia pélvica, sobretudo a remoção da próstata, e nos homens diabéticos. A
ejaculação retrógrada também pode ser decorrente de um funcionamento anormal
dos nervos.
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7.3.3 Avaliação hormonal
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azoospermia gene” ou DAZ. Essas deleções são muito pequenas para serem vistas
citogeneticamente, mas observa-se nos fenótipos histológicos: ausência de células
germinativas, ausência de células pós-meióticas, quantidades variadas de células
germinativas em diferentes estágios incluindo espermatozoides maduros
(MAEGAWA e CENTA, 2000).
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7.4 PROTOCOLOS PARA A INDUÇÃO DA OVULAÇÃO
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meio do processo de aromatização, metaboliza o androgênio em estrogênio
(CORNEL et al., 2014).
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gonadotrofinas endógenas e são administrados diariamente em conjunto com a
administração das gonadotrofinas.
Assim, os análogos/antagonistas do GnRH são utilizados primariamente nos
protocolos de supressão da hipófise em reprodução assistida, para reforçar o
controle do ciclo da mulher e da estimulação dos ovários. Atuam na prevenção de
um evento hormonal denominado pico de LH, o qual promove a ovulação prematura.
7.4.2.3 Gonadotrofinas
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7.4.2.4 Gonadotrofinas coriônicas
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7.5.1 Relação Sexual Programada
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FIGURA 44 IMAGEM ESQUEMÁTICA DA INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA (IIU).
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Os índices variam entre 12,5 e 18% de gravidez por ciclo, em mulheres até
35 anos. Os principais fatores dos baixos índices de sucesso estão na incapacidade
de avaliar a qualidade dos óvulos liberados.
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inférteis conceber e dar à luz por mais de três décadas, pois o primeiro caso de
sucesso de FIV foi 1978 e ocorreu na Grã-Bretanha. Desde então, milhares de
bebês foram concebidos através da FIV.
Para que uma gravidez ocorra, um óvulo deve ser liberado do ovário e unir-
se a um espermatozoide. Essa união, chamada de fertilização, normalmente ocorre
dentro da tuba uterina. Durante o processo de FIV, contudo, esta união ocorre no
laboratório após a coleta dos óvulos e do esperma. Os óvulos fertilizados são então
transferidos para o útero para continuar o desenvolvimento (VARELLA, 2014).
A indicação desta técnica implica numa busca apurada da causa básica da
infertilidade conjugal, obtida a partir de uma avaliação clínica e laboratorial completa
realizada em ambos os parceiros (CORNEL et al., 2014).
São indicações de fertilização in vitro:
─ doença tubária,
─ disovulias e/ ou anovulias em falha de tratamentos anteriores,
─ endometriose,
─ problemas cervicais,
─ infertilidade “sem explicação”,
─ falha da IIU.
A indicação definitiva da FIV deve ser precedida de algumas reflexões, em
que pesem seu alto custo, a necessidade de procedimento mais invasivo e a
utilização de medicamentos de estimulação da foliculogênese associados com
alguns riscos para a mulher. Além disso, não se pode esquecer o aumento na taxa
de gestações múltiplas que é responsável diretamente por muitos dos custos das
gestações obtidas pelas técnicas de fertilização in vitro e também pelo aumento das
complicações fetais (CORNEL et al., 2014).
A opção de tratamentos mais conservadores deve sempre ser levada em
conta nos casais com tubas pérvias e sem fator masculino mais acentuado
(moderado ou severo). Causas de subfertilidade deverão ser tratadas antes de
iniciadas as tentativas de FIV, uma vez que não só as taxas de concepção natural,
mas também as da própria FIV podem ser melhoradas com tais cuidados.
Geralmente, na ausência de fatores absolutos de infertilidade, tais como a
obstrução tubária bilateral e fator masculino severo, deve-se oferecer a estes casais
de três a seis ciclos de estimulação e inseminação. Em casais onde a mulher
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apresenta idade superior a 40 anos encontra-se apoio na literatura para se oferecer
a FIV como tratamento de primeira opção, não se desprezando, contudo o
tratamento prévio de fatores que venham a afetar negativamente o resultado final.
É consenso na literatura que a presença de hidrossalpinge ao exame
ultrassonográfico da pelve feminina, reduz de maneira significativa os resultados da
FIV ou com ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides). A salpingectomia
prévia, na situação citada, recebe apoio da literatura e das principais sociedades
internacionais, como maneira mais eficiente de aumentarem-se as taxas de sucesso
do tratamento. Não se encontra na literatura consenso quanto a garantir-se
melhores resultados com a ICSI nos casos onde a FIV pode ser utilizada.
O maior determinante de sucesso das técnicas de fertilização in vitro é sem
dúvida a idade da mulher, ou seja, idade inferior a 35 anos.
a) Identificação
O líquido folicular é recebido e aliquotado em placas de Petri onde, sob
visão microscópica os ovócitos são identificados e classificados quanto a sua
maturidade.
b) Classificação ovocitária
Existem várias classificações, porém a mais utilizada e aconselhada é
descrita como se segue:
─ Vesícula Germinativa – células do cumulus e da corona aderidas ao ovócito e
vesícula germinativa presente no citoplasma. O ovócito está em Prófase (P).
─ Ovócito Imaturo – células da corona compactadas com células do cumulus
apresentando algum grau de dispersão. Ovócito em geral em Metáfase I (M1).
─ Ovócito Pré-Ovulatório – células da corona ainda aderidas e as do cumulus bem
dispersas. O primeiro corpúsculo polar já liberado. Ovócito em Metáfase II (M2).
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─ Ovócito Pós-Maduro – Corona ausente com intensa dispersão das células do
cumulus. O primeiro corpúsculo polar é ainda visível e o ovócito permanece em
metáfase II.
─ Ovócito Luteinizado – ausência de corona e a arquitetura das células do cumulus
é representada como uma massa gelatinosa.
─ Ovócito Degenerado ou Atrésico – cumulus retraído com células escassas ao
redor do ovócito. Podem ser identificados diferentes sinais de anormalidades
como: citoplasma retraído e escurecido, vacúolos, zona pelúcida (ZP) fraturada ou
rota e ainda ZP vazia.
c) Processamento Seminal
O sêmen coletado após período de liquefação é avaliado quanto às suas
características biofísicas e passa então por técnica de processamento com a
associação de lavagens, centrifugações e migrações (swim-up, centrifugação em
gradientes descendentes ou outros), em meios específicos (isolate, pure-sperm ou
outros) que visam à separação do plasma seminal e seleção dos espermatozoides
mais móveis e capazes para a inseminação dos ovócitos.
e) Verificação da Fertilização
A fertilização é confirmada 17 a 20 horas após a inseminação quando é
observada a presença dos pró-núcleo feminino e masculino.
f) Verificação da Clivagem
A clivagem embrionária com a formação dos pré-embriões é observada na
maioria dos protocolos publicados, após período de mais 24 horas da fertilização
confirmada, isto é, por volta de 48 horas após a inseminação dos ovócitos. Alguns
autores aconselham a identificação da clivagem precoce, avaliada 25 a 29 horas
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após a inseminação, como maneira mais eficiente para a identificação do melhor
pré-embrião para a transferência.
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7.5.4 Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI)
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excedentes e, caso os pais autorizem, depois de três anos, tais embriões podem ser
utilizados na pesquisa científica.
Os óvulos para ICSI são obtidos exatamente da mesma maneira que na FIV.
Após a retirada do óvulo, as células que circundam cada óvulo são cuidadosamente
removidas. Os óvulos são examinados sob um microscópio e apenas aqueles
considerados maduros estão adequados para a injeção. Em geral, 70% dos óvulos
obtidos estão adequados para a ICSI (ENGRAVIDE, 2014).
O espermatozoide é lavado e preparado. O óvulo e o espermatozoide são
então colocados em um microscópio especial com micromanipuladores acoplados.
Um micromanipulador mantém o óvulo no lugar, enquanto o outro é utilizado para
injetar o espermatozoide no óvulo. Os procedimentos restantes são similares aos da
FIV padrão com respeito à incubação dos óvulos e transferência dos embriões
resultantes (ESPERANDO O MELHOR: FILHOS. BLOGSPOT, 2014).
Casos em que a ICSI pode ser recomendada:
─ número muito baixo de espermatozoide móveis com morfologia normal;
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─ problemas com acoplamento e penetração do espermatozoide no
óvulo;
─ anticorpos antiespermatozoides (proteínas imunológicas ou protetoras
que atacam e destroem o espermatozoide), os quais prejudicam a
fertilização;
─ falha anterior de fertilização com cultura e métodos de fertilização de
FIV padrão;
─ ausência de espermatozoide no fluido seminal.
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apanhada utilizando instrumentos especiais e o cateter contendo os óvulos e os
espermatozoides é inserido na tuba uterina. Os óvulos e os espermatozoides são
injetados no interior da tuba uterina.
A ideia é desviar-se das barreiras físicas do transporte normal do óvulo e
dos espermatozoides devido a aderências, endometriose e problemas imunológicos.
Embora o procedimento coloque o óvulo e os espermatozoides em estreita
proximidade, reforçando a chance de encontro, não há garantia de fertilização.
Casos em que recomenda-se a GIFT (FERRING, 2014):
─ endometriose com tubas desobstruídas;
─ hostilidade do muco cervical/disfunção;
─ falha da IIU.
Vantagens da GIFT (FERRING, 2014):
─ ambiente natural para fertilização;
─ menos exigências técnicas.
Desvantagens da GIFT (FERRING, 2014):
─ fertilização não confirmada;
─ as tubas devem estar desobstruídas;
─ anestesia geral.
FIM DO MÓDULO II
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