Escola Básica e Secundária Prof.
Reynaldo dos Santos
Carolina Areias nº6 e Sara Nogueira nº26
Introdução
A inseminação intrauterina começou por ser utilizada
em animais de quinta com o principal objetivo de
acelerar a taxa de melhoramento genético através do
aumento da produtividade dos animais produtores de
alimento. Para os seres humanos a situação é distinta,
já que esta técnica foi originalmente desenvolvida para
ajudar os casais inférteis a terem oportunidade de
engravidar (Ombelet e Robays, 2010).
A OMS (Organização Mundial de Saúde) define
infertilidade como “uma doença do sistema
reprodutivo traduzida na incapacidade de obter uma
gravidez após 12 meses ou mais de relações sexuais
regulares e sem uso de contraceção”. Existe consenso
em considerar que, após um ano, deve ser iniciado um
processo de avaliação de eventuais fatores envolvidos.
(George, 2011)
As causas de infertilidade são múltiplas e podem, ou
não, estar associadas a anomalias do sistema
reprodutor masculino ou feminino. A investigação deve
desenvolver‐se de forma faseada e abranger
simultaneamente os dois elementos do casal, uma vez
que em cerca de 30% dos casos, ambos contribuem
para o problema. Porém, é possível identificar um fator
de infertilidade masculino de 30 a 40% dos casos. No
caso da mulher esta patologia ginecológica está
presente de 30 a 40% das situações (George, 2011).
Aproximadamente 15% dos casais podem não
apresentar quaisquer alterações objetivas que
conduzam a um diagnóstico definitivo. São então
classificados como pacientes com infertilidade
inexplicável, pelo menos no momento do diagnóstico
(Olmedo et al, 2001).
Biologia ● 12º ano
Inseminação Intrauterina
Turma: B
Causas de infertilidade
Infertilidade Feminina
Infertilidade Masculina
Causas simultâneas
Causas inexplicáveis
Fig.1- Causas de Infertilidade
Não há provas de estudos populacionais para uma
mudança recente para uma maior incidência de casais
inférteis, no entanto, aparentemente tem havido um
aumento no número de visitas a clínicas de infertilidade
nos últimos anos (Olmedo et al, 2001). Este aumento
pode ser devido a pelo menos quatro fatores.
Primeiro, a idade média em que as mulheres desejam
engravidar aumentou consideravelmente nas últimas
décadas. A educação e a participação das mulheres em
atividades profissionais, bem como a necessidade de
constante progressão profissional, levaram a um
adiamento da decisão sobre a gravidez. Isto significa
que as mulheres desejam engravidar por volta dos 35
anos de idade, numa altura em que a fertilidade
começa a diminuir (Olmedo et al, 2001).
Em segundo lugar, alterações na qualidade do sémen
podem influenciar a necessidade de aconselhamento
sobre infertilidade. Está provado que hábitos como o
consumo de cigarros e o abuso do álcool são
prejudiciais para a qualidade do sémen. O álcool, por
exemplo, tem estado relacionado com uma redução na
síntese e secreção de testosterona e espermatogênese
anormal. O abuso do tabaco leva a alterações do
espermograma. (Olmedo et al, 2001).
Em terceiro lugar, verificaram-se mudanças no
comportamento sexual. Foi observado um aumento na
frequência das relações sexuais, e no número de
parceiros sexuais. Para além da decisão de atrasar a
gravidez, o uso de métodos contracetivos (não
necessariamente preservativos) expõe os casais a uma
maior incidência de doenças sexualmente
transmissíveis (IST) (Olmedo et al, 2001).
 Inseminação Intrauterina
Finalmente, a eliminação da maioria dos tabus (não ausentes (Yigal et al, 2004). É considerada a principal
todos) sobre a fertilidade e, uma mais ampla divulgação causa de infertilidade masculina, com uma
dos estudos e tratamentos existentes disponíveis, predominância de cerca de 15% em homens saudáveis
resulta numa maior frequência de visitas de casais ao e 40% em homens a serem tratados em clínicas de
médico (Olmedo et al, 2001). infertilidade (Yigal et al, 2004).

Causas de Infertilidade Feminina Descoberta da Inseminação Artificial

Uma das principais causas de infertilidade feminina é o Os espermatozoides foram vistos e descritos pela
ciclo anovulatório. Este ciclo é definido como uma primeira vez por Antonie van Leeuwenhoek e pelo seu
condição onde o desenvolvimento folicular e a sua assistente Johannes Ham em 1678. Numa carta a
William Bounker da Royal Society, mostrou uma
rotura são condicionados o que faz com que não exista
fotografia de células de esperma do humano e do cão
libertação do oócito II. Existem diversas causas para os (Ombelet e Robays, 2010).
fenómenos de anovulação, tais como falhas no
funcionamento dos ovários, que estão ligados à
regulação das gonadotrofinas, ou a deficiência das
mesmas. Este fenómeno está também relacionado com
a falta de massa corporal, excesso de exercício e o uso
de drogas (Olmedo et al, 2001).

À infertilidade das mulheres está também associada a

endometriose. A endometriose é definida como a
presença de tecido semelhante ao endométrio
(glândulas e estroma) fora do útero, que provocam uma
reação inflamatória crónica, tecido cicatrizado, e
aderências que podem distorcer a anatomia pélvica de
uma mulher. A endometriose é uma doença debilitante
Fig.2- Conceção dos espermatozoides
muito comum que ocorre de 6 a 10% da população
feminina em geral. Cerca de 25 a 50% das mulheres
inférteis têm endometriose (Bulletti, 2010). Mais de 100 anos depois, em 1784, a primeira
inseminação artificial de um cão foi relatada pelo
Causas de infertilidade masculina cientista Lazzaro Spallanzani (fisiologista italiano). Esta
inseminação resultou no nascimento de três cachorros
As causas de infertilidade masculina estão relacionadas 62 dias mais tarde. A primeira aplicação documentada
com problemas de produção de esperma, bloqueio no de Inseminação Artificial em humanos foi feita em
sistema de transporte do mesmo, presença de Londres em 1770 por John Hunter, que foi chamado, na
anticorpos contra o esperma, lesões testiculares, história da medicina, "o fundador da cirurgia científica"
(Ombelet e Robays, 2010).
anormalidades anatômicas e Varicocele. Todos estes
fatores podem afetar a quantidade e qualidade do Considerando todos estes novos desenvolvimentos,
mesmo (Britannica, 2023). não foi surpreendente que nos anos 70 a indústria dos
bancos de esperma se tenha tornado muito popular e
Quando existe um número reduzido ou existente na comercializada, especialmente nos Estados Unidos
produção de espermatozoides dá-se o nome de (Ombelet e Robays, 2010).
azoospermia.
Relativamente à morfologia, isto é, a estrutura dos
espermatozóides, os que apresentam cabeças não Inseminação Intrauterina
ovais, peças intermédias partidas ou malformadas, ou
mesmo flagelos incapazes de gerar movimento, A inseminação intrauterina (IUI) é a tecnologia de
apresentam dificuldades de se movimentarem nas vias reprodução assistida mais utilizada para o tratamento
genitais femininas e de participarem na fecundação de casais inférteis com várias causas de infertilidade. O
(Ribeiro et al, 2015). principal objetivo deste tratamento é fornecer esperma
capaz de fertilizar o oócito no local da fertilização
A varicocele, ou dilatação venosa dos plexos durante o chamado período ovulatório (Barclay, 2009).
pampiniformes, caracteriza-se pela existência de um
fluxo retrógrado na veia testicular (espermática
interna) como resultado de incompetência ou válvulas

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 Inseminação Intrauterina
A inseminação intrauterina (IUI) envolve a injeção de
esperma lavado, diretamente no útero com o auxilio de
um cateter. Ao ser realizada desta forma certifica-se de
que os espermatozoides não têm de se movimentar
através do colo do útero, que é revestido com uma
camada de muco. Esta camada pode retardar a
passagem dos espermatozoides e pode resultar na
morte de muitos deles antes de poderem entrar no
útero. (Barclay, 2009)
O momento da ovulação é um dos fatores cruciais para
determinar o sucesso da IUI. Se esta técnica for
complementada com a indução da ovulação pode
originar o aparecimento de gravidezes múltiplas o que
impõe um resultado obstétrico menos favorável no
período de gestação (Goldfarb et al, 1996).
O esperma utilizado na inseminação artificial pode ser
fornecido pelo parceiro da mulher ou por um dador de
esperma conhecido ou mesmo anónimo. Um doador de
sémen é submetido a testes antes e depois da produção
do mesmo para garantir que não é portador de
nenhuma doença transmissível. Após isto a amostra é
armazenada num banco de esperma onde será
congelado e colocado em quarentena durante um
determinado período de tempo (Goldfarb et al, 1996).
O processo de inseminação intrauterina é realizado
segundo a seguinte metodologia:
1-Estimulação Ovárica
A estimulação dos ovários é feita através da
administração de hormonas e é necessária para que a
inseminação possa ocorrer no período de ovulação e
para aumentar as possibilidades de sucesso do
tratamento. Durante o período de estimulação são
realizadas diversas ecografias para avaliar o
desenvolvimento dos folículos (Godinho et al, 2016).
2- Indução da ovulação
Quando na ecografia se avalia que os folículos
alcançaram o tamanho adequado, a inseminação é
programada para 24 horas depois da administração de
uma injeção de hCG que induz a maturação ovárica e a
ovulação (Godinho et al, 2016).
3- Preparação dos espermatozoides
Aproximadamente 2 horas antes da Inseminação é
programada a recolha de sémen e os espermatozoides
são preparados em laboratório (Godinho et al, 2016).
Para a obtenção do esperma é necessário que a
amostra seja obtida através da masturbação após uma
abstinência de três a cinco dias. Em laboratório, a
3
amostra seminal é diluída numa substância de modo a
retirar o plasma seminal. Os espermatozoides são
recolhidos com o auxílio de uma pipeta e é iniciada a
fase de centrifugação. A amostra final é avaliada ao
microscópio e armazena-se o esperma num tubo de
ensaio (Herrero, 2012). É importante que o esperma
seja lavado, se não pode provocar cólicas uterinas,
expelindo o sémen e causando dor à mulher. (Barclay
L.,2009)
O objetivo desta etapa do procedimento é melhorar e
aumentar o potencial de fecundação dos
espermatozoides ao serem introduzidos no útero
materno.
No futuro, no caso das mulheres sem parceiro
masculino, será feita previamente a seleção do dador
em função das características físicas e grupo de sangue.
E neste passo, será descongelada a amostra seminal
(Godinho et al, 2016).
4- Inseminação Artificial
Esta etapa consiste na colocação de uma amostra de
sémen, preparada previamente em laboratório, no
interior do útero da mulher, numa determinada fase do
ciclo menstrual. Neste momento o processo fica
concluído e inicia-se o tempo de espera para a
confirmação da gravidez (Godinho et al, 2016).
Fig.3- Ilustração da Inseminação Intrauterina
5- Teste de gravidez
É realizado um teste de gravidez de 7 a 10 dias após a
inseminação. Se o resultado do teste for positivo, a
paciente realiza posteriormente uma ecografia vaginal
para visualizar o saco gestacional e repetir a análise de
sangue (Godinho et al, 2016).
Esta técnica pode ser aplicada nas seguintes situações
de infertilidade:
- Problemas ao nível do esperma, principalmente
quanto ao número de espermatozoides;
- Incompatibilidades entre o esperma e o muco cervical;
- Incapacidade de o homem ejacular na vagina por
motivos de impotência, psicológicos ou outros.
 Inseminação Intrauterina
Como todas as outras técnicas de reprodução
assistida, a inseminação artificial (IA) tem certas
vantagens e desvantagens.
Vantagens
Semelhança com a conceção natural
A IA é a técnica reprodutiva assistida que mais se
assemelha à conceção natural. Ao contrário dos ciclos
de FIV (onde os óvulos da paciente são extraídos por
função folicular e posteriormente fertilizados no
laboratório), na inseminação artificial, a fertilização
ocorre no interior do corpo da mulher (Rodrigo, 2016).
Além disso, embora seja verdade que na IA o esperma
é introduzido artificialmente no útero da paciente para
facilitar o seu movimento, existe uma seleção natural
do esperma a nível do sistema reprodutor feminino,
que irá eventualmente fertilizar o óvulo (Rodrigo,
2016).
Simplicidade e baixo custo
A inseminação intrauterina pode ser realizada no
próprio consultório do ginecologista, sem necessidade
de ir para uma sala de operações, o que faz com que
os seus custos não sejam tão elevados. É uma técnica
muito simples, rápida, confortável para a paciente e
sem a necessidade de ser administrada anestesia
(Rodrigo, 2016).
Por outro lado, a estimulação ovárica realizada antes
da inseminação é mais suave do que a necessária para
o tratamento da FIV, uma vez que apenas 1-2 folículos
são procurados para a maturação. Isto reduz os efeitos
secundários, os riscos causados pelo tratamento
hormonal e os custos associados a esta medicação
(Rodrigo, 2016).
Vantagens relacionadas com as técnicas aplicadas
Para além dos benefícios discutidos acima, a
Inseminação Intrauterina também tem vantagens que
são características do próprio processo de
inseminação:
• Aumenta as hipóteses de gestação em comparação
com a conceção natural devido à ligeira
estimulação ovárica, o controlo para realizar a
inseminação perto do período ovulatório, o
processamento da amostra de sémen e a
introdução do esperma diretamente no útero.
• Permite que mulheres solteiras e casais formados
por duas mulheres se tornem mães através da
doação de esperma (Rodrigo, 2016).
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Por todas estas razões, a IA é uma técnica amplamente
utilizada e deve ser a primeira escolha para a
reprodução assistida em casais que não têm quaisquer
fatores que a tornem desaconselhável (Rodrigo, 2016).
Desvantagens
Requisitos
A Inseminação Artificial não é uma técnica apropriada
para todas as mulheres ou casais que frequentam uma
clínica de fertilidade. O especialista será aquele a
avaliar e explicar ao casal qual o tratamento de
reprodução assistida que pode ser o mais apropriado
no seu caso (Rodrigo, 2016).
De modo a conseguir uma gravidez com esta técnica,
são necessárias as seguintes condições no casal:
• As trompas de Falópio da mulher devem ser
funcionais, pois é aqui que a fertilização irá ocorrer.
• A mulher não deve ter quaisquer problemas que a
impeçam de libertar oócitos espontaneamente ou
induzidos por medicação hormonal.
• A qualidade dos espermatozoides deve ser boa e
apresentar resultados favoráveis, ou apenas
ligeiras alterações, na análise do sémen
• Por outro lado, a IA é normalmente utilizada em
mulheres jovens com uma idade máxima de 35-37
anos de idade para ter uma hipótese aceitável de
sucesso (Rodrigo, 2016).
Taxa de sucesso
A inseminação intrauterina requer menos intervenção
humana do que a FIV. Isto também resulta em taxas de
sucesso significativamente mais baixas (Rodrigo, 2016).
No último Registo Nacional de Atividades da Sociedade
Espanhola de Fertilidade (SEF) para 2020, a taxa de
gestação (por ciclo) da inseminação intrauterina é de
16,9% em mulheres com menos de 35 anos de idade.
No entanto, a taxa de parto (por ciclo) é de 13,5% para
mulheres da mesma faixa etária (Rodrigo, 2016).
Por esta razão, várias inseminações artificiais são
normalmente realizadas para se conseguir a gestação.
É habitual fazer 4 tentativas utilizando esta técnica
antes de optar por outras. Assim, a taxa de gravidez
acumulada ascende a aproximadamente 60%.
Após a quarta tentativa de inseminação, a taxa
cumulativa não aumenta, pelo que não é aconselhável
continuar a procurar a gravidez por esta técnica
(Rodrigo, 2016).
 Inseminação Intrauterina
Disponível em:
https://www.britannica.com/science/infertility,
consultado a: 21/01/2023

Ribeiro. E et al (2015) BioDesafios, 1ªedição, Asa,

pag.32

Barclay, L (2009), "Immobilization May Improve

Fig.4- Taxa de sucesso da inseminação intrauterina
Riscos
Apesar da sua simplicidade, a IA não está isenta de
certos riscos, tais como os mencionados abaixo
(Rodrigo, 2016):
• Síndrome de hiperestimulação do ovário (OHSS).
Esta síndrome não é muito frequente na IA, uma
vez que a estimulação ovárica é suave;
• Gravidez múltipla, devido à maturação de mais de
1 óvulo após a estimulação ovárica. As gestações
múltiplas estão associadas ao aumento do risco
obstétrico durante a gravidez e o parto;
• Gravidez ectópica;
• Infeções ou reações alérgicas. Embora pouco
frequentes, tais problemas podem ocorrer após a
IA.
Referências
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human artificial insemination”; 1-5
Disponível em: https://www.fvvo.eu/assets/97/13-
Ombelet_et_al.pdf, consultado a: 20/01/2023
George, F (2011), “Conduta em Infertilidade”; 5-6
Disponível em: http://nocs.pt/wp-
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Disponível em:
medscape.com/viewarticle/711566?src=mpnews&spo
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Goldfarb, J.M (1997), “Evaluation of predictive factors
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Genetics; 88-91
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Godinho, C (2016), “Inseminação artificial passo a
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Disponível em: https://ivi.pt/blog/inseminacao-
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Herrero, CRA Barcelona, Insemination protocol.
Youtube, 05/03/2012. disponivel em
https://www.youtube.com/watch?v=AcUdgjKFUg4,
consultado a: 24/01/2023
Rodrigo, A et al (2022), “What are the advantages &
disavantages of artificial insemination”;
Disponível em:
https://www.invitra.com/en/advantages-of-artificial-
insemination/, consultado a: 25/01/2023

Olmedo, S. B (2001), “Reproductive BioMedicine

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Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pi
i/S1472648310621931, consultado a: 20/01/2023

Bulleti, C et al (2010), “Endometrioses and infertility”;

Journal of Assisted Reproduction and Genetics, 441-
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Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007/s10815-010-
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Britannica. The Editors of Encyclopaedia, (2023)

“Infertility”