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COMO O ESTRESSE PODE AFERTAR A SUA

FERTILIDADE
O estresse é uma reação biológica natural que ocorre quando o organismo
vivencia uma situação de perigo ou ameaça, colocando o indivíduo em alerta e
desencadeando diversas alterações físicas e emocionais. Uma pessoa
certamente passa por muitas situações estressantes no seu dia a dia, o que
afeta diretamente sua saúde e ainda pode comprometer a fertilidade.

De fato, o estresse, principalmente crônico, pode interferir na fertilidade


feminina. Isso porque esse problema tem o poder de acarretar outras situações
críticas na saúde, sendo elas:

Alterações hormonais

O alto nível de estresse aumenta a produção de cortisol de forma frequente, o


que afeta a produção de outros hormônios essenciais para a fertilidade, como o
estrogênio e a progesterona, por exemplo.

Essa ação acarreta em irregularidades no ciclo menstrual, redução da ovulação


e também afeta a qualidade dos óvulos.

Diminuição da libido

Outro malefício do estresse é a diminuição do desejo sexual, prejudicando a


vontade e a frequência de ter relações mais íntimas com o parceiro. Desse
modo, reduz as chances de gravidez.

O estresse também pode afetar negativamente na lubrificação natural da


mulher, gerando desconfortos e dores durante as relações sexuais.

Distúrbios psicológicos

A ansiedade e a depressão também podem ser desencadeadas pelo estresse.


Consequentemente, esses dois problemas de saúde afetam a fertilidade e a
capacidade de fecundação.

Os distúrbios psicológicos também prejudicam a sua qualidade de vida no


geral, além da relação conjugal.
Casais que estão enfrentando dificuldade para engravidar tendem a se sentir
ainda mais angustiados e ansiosos, e os problemas de fertilidade podem gerar
mais ansiedade e transtornos ao casal. É natural que uma pessoa que está
passando por um tratamento de reprodução humana tenha muitas dúvidas,
inseguranças e preocupações, sendo essencial que esses sentimentos não
saiam do controle.

QUAL A RELAÇÃO DO ESTRESSE COM A


FERTILIDADE
O estresse pode interferir diretamente no equilíbrio e no bom funcionamento do
organismo, e a fertilidade não foge à regra: há estudos apontam que situações
de grande estresse podem prejudicar as funções ovarianas e a receptividade
uterina, além de levar à falta de libido e interferir na produção hormonal.

Algumas mulheres podem, inclusive, apresentar quadros de amenorreia


(ausência de menstruação), enquanto homens podem ter dificuldade de
ereção. O impacto é ainda maior em casais que estão passando por um
tratamento de fertilização, uma vez que a intensidade de sentimentos
desencadeados pela possibilidade de ter um filho podem gerar ainda mais
pressão, ansiedade e sentimento de frustração.

Isso não significa, entretanto, que todas as pessoas submetidas a uma rotina
estressante terão dificuldades para engravidar. A infertilidade pode estar
associada a diversos fatores, que devem ser analisados e diagnosticados por
um especialista.

INFERTILIDADE
A infertilidade é caracterizada pela dificuldade de um casal engravidar, quando
consideramos um período de um ano tendo relações sexuais sem nenhum tipo
de método contraceptivo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da
Saúde).
Quando um casal não consegue engravidar, é importante investigar a fundo
quais são as causas da infertilidade e se acontecem em decorrência do homem
ou da mulher. Por isso, é fundamental procurar um especialista em reprodução
assistida para a realização de um diagnóstico preciso. Dentre as causas da
infertilidade masculina e feminina, estão os fatores de risco relacionados aos
hábitos que interferem na capacidade reprodutiva. Assim sendo, é fundamental
estar muito atento, tanto para compreender a causa do problema, como para
evitá-lo.

Infertilidade feminina e masculina: o que causa?

São inúmeros os fatores que causam infertilidade masculina e feminina.


Quando falamos em situações em que a mulher é infértil, podemos considerar
como possíveis e principais causas, as seguintes:

Idade
A idade é um dos principais fatores de infertilidade feminina. À medida que a
idade avança, aumentam as chances de aborto e diminuem as taxas de
gravidez
Estimativas apontam que, aos 25 anos, uma mulher tem 25% de chance de
engravidar por mês. Essa percentagem começa a diminuir entre 33 e 34 anos
de idade. Depois disso, o declínio é constante. Aos 40 anos, a chance de
engravidar é menor que 5% por mês.
A baixa reserva ovariana é comum em mulheres na faixa dos 40 anos, apesar
de, em alguns casos, ocorrer mais cedo. Com a baixa reserva ovariana, a
mulher tem maior dificuldade para engravidar naturalmente.

Endometriose
A endometriose também é um dos principais fatores de infertilidade feminina.
Estima-se que entre 30% e 50% das mulheres com infertilidade têm
endometriose. Isso ocorre porque a doença altera a anatomia da pelve, causa
aderência entre os órgãos, inflamação das estruturas pélvicas, altera o sistema
imunológico, entre outras alterações.
Mioma
A presença de miomas é outro fator de infertilidade feminina. Apesar de ser um
tumor benigno, ele se desenvolve no útero, levando a uma alteração da
anatomia normal da cavidade endometrial (local onde ocorre normalmente a
implantação embrionária) e, com isso, há uma dificuldade para que o embrião
se implante.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)


A síndrome dos ovários policísticos, também conhecida como SOP, é
caracterizada pelo desenvolvimento de cistos que aumentam o tamanho dos
ovários. Com isso, a fertilidade é diretamente afetada. O problema atinge pelo
menos 7% das mulheres em idade reprodutiva. A SOP é um dos principais
fatores de infertilidade feminina relacionados à ovulação. Isso acontece porque
essa condição é causada por um desequilíbrio hormonal que, entre outras
coisas, leva a alterações no ciclo ovulatório e menstrual.

Como consequência desse processo, a tendência é que a paciente com SOP


tenha mais dificuldades para engravidar naturalmente.

Alterações tubárias
Entre as mulheres que possuem problemas de infertilidade, o fator tubário
(encurtamentos, deformações e obstruções nas tubas uterinas) é responsável
por 30 a 40% dos casos. Diversas doenças e cirurgias podem danificar as
tubas uterinas (trompas) e impossibilitar a gestação natural.

Fatores ovulatórios
Entre os principais fatores de infertilidade feminina destaca-se também a
síndrome de anovulação crônica, que se caracteriza pela ausência persistente
ou frequente da ovulação nas mulheres. Todas as alterações ovulatórias são
decorrentes de alterações na produção de hormônios, principalmente os que
regulam o ciclo menstrual. Dessa forma, a mulher não apresenta ovulação e,
consequentemente, não consegue engravidar.

Fatores uterinos
Alterações e doenças que afetam a cavidade uterina, como malformações
(útero bicorno, unicorno, septado e duplo), miomas (intramurais e submucosos)
e pólipos endometriais podem dificultar a nidação (fixação do embrião no útero)
ou o desenvolvimento do feto ao longo da gestação. Essas doenças que
afetam a cavidade endometrial podem interferir na fertilidade – o que ocorre em
5% dos casos de infertilidade feminina.

Distúrbios hormonais
Os distúrbios hormonais também estão entre os principais fatores de
infertilidade feminina. Isso ocorre porque a produção de hormônios está
diretamente ligada à ovulação. As alterações hormonais dificultam não só o
crescimento dos óvulos, mas também sua liberação. Esses distúrbios
hormonais podem ser desencadeados por uma série de fatores que vão desde
o uso de determinados medicamentos até doenças como o hipertireoidismo.

Trombofilia
A trombofilia é definida como a tendência à trombose nos vasos sanguíneos,
decorrente de alterações no sistema de coagulação do sangue. A doença é
considerada um dos fatores de infertilidade feminina porque ela pode ocasionar
a oclusão dos pequenos vasos do endométrio e dificultar ou impedir a
implantação do embrião. Porém, ressalte-se que casos de trombofilia são
raros.

Infecções sexualmente transmissíveis


Na lista de principais fatores de infertilidade feminina as várias infecções
sexualmente transmissíveis também estão presentes, como a gonorreia e a
clamídia, por exemplo. Isso porque elas afetam não apenas o aparelho
reprodutor da mulher, mas também a saúde como um todo.

Doenças

Doenças crônicas como o diabetes também podem desencadear a infertilidade


feminina, pelo fato de gerar uma série de alterações no corpo, inclusive
hormonais.

Outra doença também relacionada à infertilidade feminina é o câncer, que


exige tratamentos agressivos que podem levar à infertilidade, como a
radioterapia e a quimioterapia. Histórico de doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs),asma e depressão.

Hábitos que favorecem à infertilidade


Tabagismo, álcool e drogas

O tabagismo é considerado um dos fatores de risco mais perigosos para a


infertilidade. Isso, pois, o cigarro contém inúmeras substâncias que afetam a
produção saudável dos espermatozoides, tanto na quantidade, quanto em sua
morfologia.

Da mesma forma, interfere no processo da ovulação e no ciclo menstrual da


mulher, sem contar na interferência para a formação do blastocisto e na
implantação do embrião. Além disso, o hábito pode tanto impedir uma gestação
saudável, quanto aumentar significativamente as taxas de aborto espontâneo.

O uso de drogas e ingestão de bebida alcoólica em excesso, também afetam a


infertilidade, pois altera a qualidade dos óvulos e a quantidade, locomoção e
morfologia dos espermatozoides.

Por isso, se você deseja engravidar, elimine definitivamente qualquer um


desses itens, além de te ajudar a ter filhos, pode salvar a sua vida em muitos
outros sentidos.

Obesidade

A obesidade provoca inúmeras alterações no organismo que contribuem para a


infertilidade, como, por exemplo o aumento do colesterol ruim (LDL); da
pressão arterial e da taxa de açúcar no sangue, o que, consequentemente,
aumenta também a predisposição para o desenvolvimento de diabetes.

Além disso, a obesidade altera a produção saudável dos hormônios sexuais


femininos e masculinos, interferindo na produção de espermatozoides e na
regularidade dos ciclos menstruais.

Assim sendo, é fundamental manter uma dieta equilibrada e fazer uso de uma
rotina semanal de exercícios físicos para evitar quadros de sobrepeso e
obesidade. A visita regular ao médico também é indispensável para evitar o
quadro.

Uso de antidepressivos

Fazer o uso de medicamentos antidepressivos podem alterar a fertilidade, tanto


dos homens, quanto das mulheres. Isso acontece, pois, há uma diminuição da
libido, além de retardar a ejaculação e afetar a produção seminal.

Por isso, caso haja histórico ou diagnóstico de depressão, é fundamental tratá-


la o quanto antes para evitar complicações psicológicas mais severas.
DICAS PARA DIMINUIR OS NIVEIS DE ESTRESSE
NO DIA A DIA
Pratique atividades físicas: é uma das principais soluções para diminuir o
estresse e melhorar a saúde de modo geral;

Durma bem: o sono influencia diretamente no humor do ser humano e é


fundamental para manter o corpo e a mente saudáveis. Busque dormir por 8
horas seguidas, se possível;

Faça meditação e yoga: outra atividade que reduz o estresse, ajudando


indiretamente na fertilidade, é a meditação e a prática de yoga. Auxiliam na
diminuição do estresse e da ansiedade;

Faça atividades ao ar livre: passar tempo ao ar livre, seja caminhando,


correndo ou pedalando ajuda a liberar diversos hormônios relaxantes no corpo;

Tenha hobbies: outra dica muito válida para diminuir o estresse é ter hobbies
que sejam satisfatórios e interessantes. Desse modo, mantém a mente
ocupada e livre dos diversos problemas do dia a dia.

O estresse pode causar diversos efeitos no corpo que interferem na fertilidade,


sejam eles alterações hormonais, diminuição da libido e distúrbios psicológicos.
Portanto, é importante manter uma vida equilibrada e buscar formas para
reduzir os níveis de estresse.

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