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Segundo a Organização mundial da saúde a infertilidade é uma doença.

Nela, o indivíduo
sofre de uma incapacidade de engravidar após ter praticado relações sexuais regularmente
por um ano sem contracepção. Assim, pode-se começar a suspeitar da existência de
alguma alteração.

Ao contrário da norma, em idades mais avançadas, recomenda-se uma consulta passados


apenas seis meses de relações sexuais sem conseguir uma gravidez.

A infertilidade não é uma doença que ocorre exclusivamente no sexo feminino. Um terço
das causas são femininas, e outro terço masculinas, enquanto que os casos restantes
resultam de uma combinação de problemas entre os dois membros.

A infertilidade pode ser caracterizada por algum problema que aconteça dentro das etapas
para a ocorrência de uma gravidez. É necessário: a formação e libertação de um óvulo a
partir dos ovários; a sua chegada através das trompas até ao útero; a junção com o
esperma masculino; a fixação do óvulo fecundado na parede do útero (implantação).

Há dois tipos de infertilidade: primária, quando não há gestação anterior; e secundária, se já


houve alguma gravidez. O fato de a mulher ter sido mãe antes não garante a fertilidade para
uma futura gravidez. O diagnóstico de infertilidade também pode ser dado para mulheres
que chegam a engravidar, mas por diversos motivos não conseguem manter a gestação até
o final.

O ser humano não tem um alto poder reprodutivo, fala-se de 25 % de possibilidade de


gravidez na relação sexual mantida durante a ovulação de uma mulher. Aproximadamente 1
em cada 6 casais em idade fértil será afetado pela esterilidade. Estas percentagens dizem
respeito a mulheres menores de 35 anos; a partir dessa idade o potencial reprodutivo
diminui e, depois dos 40 anos, a possibilidade de gravidez por mês é inferior a 10 %.

Embora a infertilidade seja diagnosticada após um ano de relações sexuais, em algumas


situações da prática não é necessário respeitar esse período para identificar uma situação
de infertilidade. É o que acontece, por exemplo: Oligomenorreia, isto é, menstruações
escassas, pouco frequentes e irregulares; Anovulação (ausência de ovulação) crônica;
Azoospermia ou ausência de espermatozóides no sémen.

Em cerca de 10% dos casos, não se consegue identificar a causa para a infertilidade. No
entanto, existem inúmeras origens para a infertilidade:

Masculinas: Varicocele, a dilatação das veias dos testículos, aumentando a temperatura, o


que afeta o número e a forma dos espermatozóides. Alterações na capacidade do seu
movimento; torção ou trauma do testículo; consumo de álcool, drogas ou tabaco reduz o
número de espermatozoides saudáveis; doenças renais, alterações hormonais, papeira,
contacto com pesticidas, medicamentos, exposição a radiações ou quimioterapia. Todos
estes fatores podem afetar a produção de espermatozóides, sendo que a própria idade se
associa a uma redução no número e qualidade dessas células. O calor é importante porque
interfere com a sua produção. Por isso, profissões como os cozinheiros e motoristas
apresentam maior risco.
Femininas: a maioria dos casos resulta de problemas na ovulação. Um dos sinais de
alterações na ovulação é a ocorrência de períodos irregulares. Uma das causas mais
comuns é a síndrome do ovário poliquístico, que provoca um desequilíbrio hormonal que
interfere com a ovulação. Outra origem comum é a insuficiência ovariana primária, que
acontece quando os ovários deixam de funcionar normalmente antes dos 40 anos de idade.
Existem outras origens possíveis: doença inflamatória pélvica, endometriose, cirurgia,
fibromiomas, pólipos do útero, doenças da tiroide, antecedentes de interrupção voluntária
da gravidez ou abortos de repetição. Do mesmo modo, para o homem, a idade, o
tabagismo, o consumo de álcool, o stress, são fatores a considerar. Uma má nutrição,
atividade física em excesso, doenças de transmissão sexual, peso acima ou abaixo no
normal são também interferem com a fertilidade. A idade é importante porque, à medida que
ela aumenta, os ovários tornam-se menos capazes de liberar óvulos, o seu número é
menor, não são tão saudáveis e o risco de existirem outros problemas de saúde vai
aumentando.

Qual o tratamento para a infertilidade ?


O tratamento depende da causa e pode passar por medicamentos, cirurgia, inseminação
artificial, ou reprodução assistida. De um modo geral, os tratamentos utilizados são de
natureza hormonal e procuram melhorar o processo da ovulação.
Pode ser necessário combinar diferentes técnicas no mesmo caso.

De que maneira podemos prevenir a infertilidade ?

Muitas das formas masculinas não são evitáveis. Contudo, não fumar, não consumir álcool
em excesso e evitar altas temperaturas são algumas medidas a considerar.

Por sua vez, nas mulheres, algumas medidas são fundamentais para prevenir a
infertilidade:

A prática de sexo seguro é uma das medidas mais importantes para evitar Doenças
Sexualmente transmissíveis, que podem mais tarde provocar infecções, aumentando o risco
de infertilidade.
Devem evitar toxinas ambientais e altos níveis de mercúrio em alimentos assim como o
benzeno presente em detergentes, produtos para o cabelo e tinta) porque é um
desregulador endócrino que pode contribuir para a infertilidade pois este interrompe o
período das mulheres e diminui a contagem de espermatozoides nos homens.
Parar de fumar ou ser um fumante passivo.
Evitar o consumo de álcool e drogas.
Reduzir a ingestão de cafeína.
Ter em atenção o uso de medicamentos.
Manter um peso dentro dos valores normais

De que forma podemos lidar com a infertilidade ?

Como referido, a infertilidade pode ser difícil, dado não ser possível saber quando o
problema ficará resolvido. Como tal, a carga emocional e mental é a chave para lidar com
este tipo de doença. Por isso é importante que o casal defina as suas escolhas. Devem
evitar as alternativas que possam aumentar a ansiedade que a infertilidade possa vir a
trazer. Além disso, os meios de diagnóstico e os tratamentos são caros e nem sempre se
obtém o resultado desejado. A ansiedade causada por esta doença pode ser minimizada
mediante o apoio das equipas de profissionais da saúde, dos amigos e familiares e
recorrendo a técnicas de relaxamento, se necessário.

Diagnósticos de infertilidade:

O diagnóstico de problemas de infertilidade exige uma avaliação completa de ambos os


indivíduos. Geralmente, a avaliação é feita após pelo menos um ano de tentativas. No
entanto, é feita mais cedo se a mulher tem mais de 35 anos de idade.
Para além da observação médica, são necessários exames laboratoriais, estudos
genéticos, hormonais e alguns métodos de imagem, como a ecografia ou a
histerosalpingografia. No caso do homem, um dos testes mais relevantes é o
espermograma. Para a mulher, um dos passos importantes é perceber se a ovulação ocorre
todos os meses.

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