Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uterino
Anormal
Habilidades Médicas 6 - Ginecologia e Obstetrícia
Docente: Dra. Catarina Dalbem
Docente
4
Sumário
10. 11.
Questões Referências
Bibliográficas CID-10: N93
5
01.
Introdução
6
Introdução
Ciclo menstrual:
● Ciclo ovariano:
● Fase folicular: do 1° dia da menstruação até o pico de LH;
○ Recrutamento folicular por ação do FSH( folículo dominante);
○ Multiplicação celular granulosa( formação de folículo primário)
○ Crescimento do oócito e formação da zona pelúcida (folículo
pré-antral);
○ FSH e estrógeno levam ao desenvolvimento de cavidade ( fase
antral);
○ Desenvolvimento folicular até folículo maduro (folículo de graaf);
○ Pico de LH.
7
Introdução
Ciclo menstrual:
● Ovulação:
○ 10 a 12 horas após o ciclo de LH;
○ Papel do LH: promover continuação da divisão celular do oócito,
luteinização das células da granulosa e síntese de progesterona e
prostaglandina dentro do folículo.
○ Papel da progesterona: aumenta a atividade de enzimas
proteolítica, provoca feedback negativo na produção do LH;
8
Introdução
Ciclo menstrual:
● Fase lútea:
○ Formação do corpo lúteo ( produção de estrogênio,
progesterona e inibina A);
○ Inibição de FSH e LH;
○ Degeneração do corpo lúteo ( de 12 a 16 dias) e
formação do corpo albicans;
○ Queda hormonal de estrógeno e progesterona leva à
três eventos endometriais: reações vasomotoras,
perda tecidual e menstruação. Fonte: google imagens
9
Introdução
Ciclo menstrual:
● Ciclo endometrial/uterino:
○ Fase proliferativa: descamação da camada funcional
10
Introdução
12
Definição
Sangramento Uterino Anormal ( SUA):
● Caracterizado como uma perda menstrual excessiva, com alteração ( para mais) de um dos parâmetros
menstruais: volume, duração ou frequência;
● Indicação de intervenção imediata;
● Possui causas multifatoriais;
● É uma das condições que mais se apresentam nas consultas ginecológicas e que podem levar a
histerectomia;
● Possui impactos negativos tanto no aspecto biológico da mulher quanto social.
13
:
Parâmetros de normalidade no sangramento uterino:
Definição
:
14
Definição
Padrões de anormalidade no sangramento uterino:
15
03.
Etiologia e
Epidemiologia
Por faixa etária
16
Etiologia
Por faixa etária
18
Etiologia
Por faixa etária
19
Etiologia
Por faixa etária
20
Etiologia
Por faixa etária
21
Etiologia
Por faixa etária
Eixo
30%
HHO
Anov Peri
ulaç meno
ão pausa
Meno
pausa idade
24
SUA é um sintoma e não um diagnóstico.
Podendo ser causado por uma grande
variedade de doenças locais e sistêmicas,
gravidez ou pode estar relacionado ao
uso de medicamentos.
25
Sangramento uterino orgânico ou disfuncional
01. 02.
ORGÂNICO DISFUNCIONAL
inclui a gravidez e situações sangramento de origem uterina, na
correlatas, doenças sistêmicas, ausência de gravidez, doença
doenças pélvicas, traumas e uso de pélvica ou sistêmica, atribuída às
medicamentos. alterações nos mecanismos
endocrinológicos que controlam a
menstruação.
26
Atualmente, o termo Sangramento Uterino
Disfuncional (SUD) é preferencialmente denominado de
sangramento uterino anormal não estrutural por
distúrbio ovulatório.
● O SUD é uma das causas de SUA. E o termo
disfuncional, por si só, indica a ausência de um
substrato orgânico;
● Portanto, todo SUD é um SUA, mas nem todo SUA é um
SUD.
27
28
PALM-COEIN Causas estruturais
Pólipo
Adenomiose
Leiomioma
Malignidade e Hiperplasia
29
PALM-COEIN Causas estruturais
Pólipo
O pólipo caracteriza-se por ser um crescimento anormal do epitélio de revestimento
interno do útero, sendo um tumor geralmente benigno originado das células do
endométrio, podendo ter poucos milímetros ou crescer até preencher toda a
cavidade endometrial.
30
PALM-COEIN Causas estruturais
Pólipo
Em mulheres com SUA, a prevalência dos pólipos endometriais varia de 7,84 a 34%.
Eles são mais comuns em mulheres na peri e pós-menopausa.
31
PALM-COEIN Causas estruturais
Pólipo
32
PALM-COEIN Causas estruturais
Adenomiose
Endométrio na intimidade do miométrio além de 2,5mm de profundidade ou no
mínimo um campo microscópio de grande aumento distante da camada basal do
endométrio circundado por hiperplasia das células musculares.
Adenomiose
Em virtude da inconsistência no seu diagnóstico, estima-se uma prevalência de 5 a
70%.
34
PALM-COEIN Causas estruturais
Adenomiose
35
PALM-COEIN Causas estruturais
Leiomioma
Tumor benigno que surge no miométrio.
36
PALM-COEIN Causas estruturais
Leiomioma
● Intramurais: desenvolvem-se dentro da parede uterina e podem ser
grandes o suficiente a ponto de distorcer a cavidade uterina e a
superfície serosa;
● submucosos: derivam de células miometriais localizadas imediatamente
abaixo do endométrio e frequentemente crescem para a cavidade uterina;
● subserosos: originam-se na superfície serosa do útero e podem ter uma
base ampla ou pedunculada e ser intraligamentares; e
● cervicais: localizados na cérvice uterina.
37
PALM-COEIN Causas estruturais
Leiomioma
Os sintomas variam conforme a localização do mioma.
38
PALM-COEIN Causas estruturais
Mioma submucoso
intramural Mioma subseroso
Mioma intramural
39
PALM-COEIN Causas estruturais
Malignidade e Hiperplasia
Possuem incidência aumentada em mulheres na perimenopausa, o que
justifica a avaliação intracavitária e endometrial nesse período. No entanto,
vale lembrar que são causas que deverão ser cogitadas em todas as etapas
da vida.
Malignidade e Hiperplasia
41
PALM-COEIN Causas não estruturais
Coagulopatia
Ovulatória
Endometrial
Iatrogênica
Não classificada
42
PALM-COEIN Causas não estruturais
Coagulopatia
Qualquer alteração dos mecanismos de coagulação pode se expressar
clinicamente por SUA. Ela sempre deve ser lembrada em jovens com história de
sangramento abundante desde a menacme e com anemia.
Coagulopatia
+●Epistaxe
Duas ou mais das condições » Hematoma pelo menos uma vez ao mês;
pelo menos uma vez ao mês; Sangramento gengival frequente; História
familiar de sangramento.
Ovulatória
Os sangramentos anovulatórios podem ocorrer em qualquer época, embora se
concentrem nos extremos da vida reprodutiva.
Endometrial
Distúrbios primários do endométrio geralmente se manifestam como alterações
da hemostasia endometrial local, decorrente de resposta inflamatória, como na
doença inflamatória pélvica.
É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à
entrada de agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais
internos, atingindo útero, trompas e ovários e causando inflamações. Esse
quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia
não são tratadas.
46
PALM-COEIN Causas não estruturais
Iatrogênica
Devem ser lembrados os sistemas intrauterinos medicados ou inertes e agentes
farmacológicos que alteram diretamente o endométrio, interferindo nos
mecanismos de coagulação do sangue ou influenciando a ovulação. Os
anticoncepcionais hormonais estão com frequência associados a sangramentos
intermenstruais e sangramentos de escape (spotting).
Não classificada
Incluem lesões ou condições sistêmicas raras que podem ser causas de SUA,
como malformações arteriovenosas, hipertrofia miometrial, alterações
müllerianas e istmocele.
48
05.
Quadro Clínico
Geral, Agudo e de cada causa
49
PÓLIPO ENDOMETRIAL OU ENDOCERVICAL
Pode ser silencioso
Causar SUA
● Aumento no fluxo menstrual;
● Cólicas menstruais intensas;
● Escape entre os ciclos;
● Sangramento intra ou pós-coito;
● Sangramento durante a menopausa.
Infertilidade
Espessamento endometrial
na menopausa
50
PÓLIPO ENDOMETRIAL OU ENDOCERVICAL
51
ADENOMIOSE
Pode ser assintomático (35%)
Sangramento menstrual
abundante e prolongado
Dismenorreia secundária
Dispareunia
Útero aumentado, amolecido e
doloroso
Dor pélvica crônica
Infertilidade
52
ADENOMIOSE
LEIOMIOMAS
Pode ser assintomático (70%)
SUA - Menorragia ou
Menometrorragia
Dismenorreia
Anemias
Sintomas urinários e intestinais
Massa pélvica
Infertilidade
54
LEIOMIOMAS
55
MALIGNIDADES
Hiperplasia Endometrial ou Câncer de Endométrio
● Pacientes pós menopausa: SUA após 12 meses do último ciclo
● Pacientes na pré-menopausa ou na peri-menopausa
apresentam sangramento intermenstrual ou menstruação
prolongada e frequentemente têm antecedentes de
menstruação irregular, disfuncional.
Leiomiossarcoma
● SUA em 56% das pacientes
● Aumento do volume abdominal ou massa uterina
palpável em 52% das pacientes
● Dor pélvica ou pressão no baixo ventre em 22% das vezes.
56
COAGULOPATIAS
● Epistaxe
● Gengivorragia
● Equimoses
● SUA
● Desafio à menarca
57
COAGULOPATIAS
● DvW
● Alterações no fibrinogênio
58
DISFUNÇÃO OVULATÓRIA
● Sangramentos disfuncionais
● Paciente com endocrinopatias
(SOP, hipotiroeidismo e
hiperprolactinemia)
● Obesidade / Anorexia
● Perda ponderal
● Vigorexias
● Extremos de idade
● Drogas dopaminérgicas
● Alterações no metabolismo da
dopamina 59
ENDOMETRIAIS
Aumento de vasodilatadores
ou diminuição de
vasoconstritores
60
IATROGENIAS
Uso de anticoncepcionais hormonais orais - spotting,
sangramentos imprevisíveis em borra de café;
61
IATROGENIAS
62
NÃO CLASSIFICADAS
● Hipertrofia miometrial;
● Istmocele;
63
ALHEIAS AO PALM-COEIN
AMILOIDOSE
inchaço, fadiga, fraqueza, falta de ar, dormência e formigamento ou dor nas mãos ou nos
pés.
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
fadiga, fraqueza, icterícia, coagulopatias,ascite, encefalopatias, hálito alterado,
hematêmese e hematoquezia.
CIRROSE
fadiga, mal-estar generalizado, baqueteamento, icterícia e esteatorreia.
64
ALHEIAS AO PALM-COEIN
INSUFICIÊNCIA RENAL
oligúria, anasarca, sonolência, anorexia, dispneia, fadiga, confusão mental, náuseas e
vômitos, anginas.
DISFUNÇÃO ADRENAL
mal estar geral, astenia, perda ponderal, inapetência, nauseas, vômitos e diarreia,
hipoglicemia.
HIPOTIREOIDISMO
depressão, bradicardia, constipação, ciclo menstrual alterado, falhas de memória,
endoftalmia, fadiga, mialgia, pele seca, cabelos quebradiços, ganho de peso e
hipercolesterolemia.
65
06.
Diagnóstico
Clínico, Exame físico, Quantificação, Exames
laboratoriais e de imagem
66
Para tecer um diagnóstico é necessário : Anamnese detalhada, realização do exame físico
geral, abdominal e pélvico
NÃO ESTRUTURAIS
ESTRUTURAIS
C- Coagulopatias
P- Pólipos
O- Distúrbios ovulatórios
A- Adenomiose
E- Endometrial
L- Leiomioma
I- Iatrogênicas
M- Malignidade endometrial
N- Não classificados
68
Pólipos endocervicais e endometriais
Anamnese: SUA,
sangramento após
relação sexual
Fonte: EducaCetrus
(sinusorragia),
sangramento
intermenstrual,
infertilidade?
Histerosonografia
Fonte: EducaCetrus
Pólipos endocervicais são visualizados no exame físico Fonte: Google imagens (Fetalmed)
especular
Histerosonografia
Fonte: EducaCetrus
Fonte: https://drpixel.fcm.unicamp.br/
A adenomiose é uma infiltração do tecido endometrial no miométrio (camada
muscular)
Achados do Ultrassom e RM: perda da zona juncional, espessamento endometrialIlhas hiperecogênicas miometriais (setas)
assimétrico (>3mm), cistos endometriais, útero aumentado de volume estrias hipoecóicas miometriais e junção 77
endométrio-miométrio indistinta
Adenomiose
Sinal da Tempestade
Fonte: Google Imagens (Copyrigthed)
Fonte: https://drpixel.fcm.unicamp.br/
A adenomiose é uma infiltração do tecido endometrial no miométrio (camada
muscular)
Achados do Ultrassom e RM: perda da zona juncional, espessamento endometrialIlhas hiperecogênicas miometriais (setas)
assimétrico (>3mm), cistos endometriais, útero aumentado de volume estrias hipoecóicas miometriais e junção 78
endométrio-miométrio indistinta
Adenomiose
12mm
80
Leiomioma
Fonte: educa.cetrus
Nódulo intracavitário (FIGO/MUSA 0)
82
Leiomioma
Fonte: Humanizediagnosticos
83
Malignidade do endométrio
histeroscopia
-> Hiperplasia simples do
endométrio
Fonte: provir
Resulta da estimulação crônica do estrogênio sem a oposição da progesterona,
-> USGTV deve ser o primeiro exame, pois
quase sempre acompanhada pelo desarranjo da sua arquitetura celular; Nem
ele consegue avaliar a espessura do
sempre associado ao câncer, porém aumenta o risco.
endométrio
-> Precisa de biópsia para sua
Anamnese: SUA, em geral >40 anos (ação do estrogênio), dores e cólicas,
confirmação e classificação (Câncer?)
Tamoxifen? História familiar
-> Histeroscopia + Biópsia 84
COEIN
Causas não estruturais
Exames Laboratoriais
Coagulopatia -
Anamnese: SUA, distúrbios de coagulação desde a menarca e em outras áreas, pacientes mais jovens
Dosagem: Hemograma, coagulograma (contagem de plaquetas, tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial),
dosagem de fator de Von Willebrand e Fator VII
Distúrbios ovulatórios -
Anamnese: diferentes causa (hipotireoidismo, SOP, ) meses sem
menstruar seguido de menstruação intensa, ganho de peso
Dosagem: Hemograma, TSH, T4 livre, prolactina, estradiol, testosterona
total e livre, 17-OH progesterona no sangue, Hemoglobina glicada e
glicemia de jejum
-> Ultrassonografia transvaginal
● Anovolução / Oligo-ovulação
● Hiperandrogenismo
● Ovários policísticos à USG 85
Achado USG da SOP
Fonte: fetalmed
Fonte: IPGO
86
COEIN
Causas não estruturais
Distúrbios endometriais -
São distúrbios endometriais primários que possuem alterações de mecanismos celulares endometriais responsáveis pela
hemostasia endometrial. Pode-se relacionar com diferentes fatores tais como alteração de metaloproteínases, deficiencia
de agentes vasoconstrictores, lise acelerada de trombo endometrial e endometrite.
Causas iatrogênicas -
São muito comuns e ocorrem secundárias a procedimento/intervenções dos profissionais de saúde; tais como o uso do
DIU, medicamentos (fármacos hôrmonais, anticoagulantes, tamoxifeno) e cirurgias.
Anamnese: paciente que vem sendo acompanhada por um médico e apresentou alteração com SUA ou após algum
procedimento ou início terapêutico.
87
COEIN
Causas não estruturais
Distúrbios endometriais -
São distúrbios endometriais primários que possuem alterações de mecanismos celulares endometriais responsáveis pela
hemostasia endometrial. Pode-se relacionar com diferentes fatores tais como alteração de metaloproteínases, deficiencia
de agentes vasoconstrictores, lise acelerada de trombo endometrial e endometrite.
Causas iatrogênicas -
São muito comuns e ocorrem secundárias a procedimento/intervenções dos profissionais de saúde; tais como o uso do
DIU, medicamentos (fármacos hôrmonais, anticoagulantes, tamoxifeno) e cirurgias.
Anamnese: paciente que vem sendo acompanhada por um médico e apresentou alteração com SUA ou após algum
procedimento ou início terapêutico.
88
07.
Tratamento
89
Princípios do Tratamento
● Estabilidade hemodinâmica;
● Correção de anemias (agudas ou
crônicas);
● Retorno do padrão de ciclos
menstruais normais.
Fonte: FEBRASGO, 2021
01. 02.
Causas Não
Causas Estruturais
Estruturais
Específico para cada causa Medicamentoso ou cirúrgico
Fonte: FEBRASGO, 2021
91
Pólipos
92
Miomas
93
Adenomiose
94
Não Estruturais
Medicamentoso ou cirúrgico.
95
Fonte: FEBRASGO, 2021
96
Contraceptivos
combinados
★ ↓ perda sanguínea menstrual em 35-72% → mais
usado em SUA sem alteração estrutural;
★ Limitação → desejo reprodutivo imediato (ação
anovulatória);
Fonte: FEBRASGO, 2021
98
DIU MIRENA/
KYLEENA
★ Diminuição de 71-96% dos sangramentos, tem maior
aceitação em tratamento prolongado com menos ef.
adverso (ex. sangramentos de escape);
★ Melhor aceito.
Fonte: FEBRASGO, 2021
99
Antifibrinolíticos
100
AINE’s
101
Não hormonal
102
Fonte: FEBRASGO, 2021
103
Cirúrgicos
Fonte: Google Imagens
★ Ablação do endométrio → quando tem persistência
ou agravamento no tratamento clínico ou pacientes
que não podem ser submetidas à histerectomia;
★ Histerectomia.
Fonte: FEBRASGO, 2021
104
08.
Recomendações
finais
105
Conclusão
106
09.
Caso Clínico
Fonte: Sanar, 2023
107
História Clínica
Paciente M.L.H., sexo feminino, 47 anos, procurou a UBS com queixa de
sangramento vaginal. Não soube especificar quando foi o início do
sangramento, havendo piora 15 dias antes da consulta. Nega presença
de coágulos no sangramento ou associação de dor ou febre.
108
História Clínica
Fazia uso de Anticoncepcional Injetável (ACI) mensal, o qual suspendeu
por conta própria. Iniciou em seguida o uso de Ciclo 21 de forma
contínua, por conta própria, por cerca de 6 meses. Nesse período os
sangramentos tiveram início. Após consulta na UBS suspendeu o uso
de Ciclo 21 e iniciou uso de ACI trimestral, seguido se piora do
sangramento. Após consulta com ginecologista o ACI trimestral foi
suspenso, com início do uso de Desogestrel, com diminuição do
sangramento, porém sem que cessasse.
109
História Clínica
Paciente G11P8NA3. Não soube relatar motivos dos abortos. Último
exame de citologia oncótica há 6 meses sem alterações.Nega
tabagismo, etilismo e prática de atividade física. Diabética e
hipertensa. Em uso de Omeprazol, Sertralina, Metformina, Combiron,
AAS, Enalapril, Clorpromazina, Clonazepan, Sinvastatina, Insulina
NPH.Pais vivos, hipertensos e diabéticos.
110
Ao exame físico, BEG, LOTE, anictérica, acianótica,
eupneica, hidratada, normocorada.
Leve hiperemia de cornetos nasais. Mucosa oral
sem alterações.
Ausência de linfonodomegalias submandibulares,
mentonianas, cervical.
Exame Físico
PA 130×80 mmHg, FC 84 bpm, FR 17
irpm.
MVF sem RA.
BNRNF, RCR, 2T, SS. 111
Abdome globoso, peristáltico, sem visceromegalia,
ausência de massas abdominais.
MMII: pulsos pediosos simétricos e amplos, sem
edemas.
Ao exame físico, PA 130×80 mmHg, peso 78,5kg,
altura 1,54 cm, IMC 32,9 kg/m²
Exame Físico
112
Exame Físico
113
Exames Complementares
USG TV
mostrou dados ecográficos sugestivos
de Leiomiomatose Uterina.
USG TV
Volume uterino de 224,32 cm³. Miométrio de textura
heterogênea. Múltiplas imagens nodulares de
localização intramural e submucosa corporal
posterior medindo 1,78×1,40cm
Laboratoriais
114
Pontos de Discussão
1. Qual a propedêutica inicial para SUA?
2. Quais diagnósticos pode ser hipotetizados?
3. Quais são os fatores complicadores na história apresentada?
4. Quais possíveis manejos do quadro?
5. Entre os tratamentos disponíveis, quais estão contraindicados?
115
A investigação do sangramento uterino anormal (SUA) inicia-se na
definição da etiologia, uma vez que trata-se de uma manifestação e não
de um diagnóstico. A Federação internacional de Ginecologia e
Obstetrícia classifica as causas entre estruturais e não estruturais.
Pertencem ao primeiro grupo pólipos, adenomiose, leiomioma e doenças
malignas, sendo o mioma uterino identificado à ultrassonografia a
principal hipótese diagnóstica para o caso reportado como origem da
hemorragia (FEBRASGO; 2021)
Além de ser bastante incômodo, o SUA pode causar diversas
repercussões na vida do paciente. Como no caso, pode ser a causa de
anemia, e responsável por piora na qualidade de vida (FEBRASGO; 2021)
116
O tratamento dos casos de SUA é bastante variável. Etiologia, idade da
paciente e suas preferências, sintomas associados, outras
comorbidades e necessidade de contracepção são itens a serem
considerados durante a escolha do tratamento. A paciente reportada
possui miomatose uterina e risco cardiovascular com necessidade de
prevenção primária. Nesse caso, como não há alterações uterinas e os
miomas são de pequeno tamanho, está indicado o uso de terapia
farmacológica (TELESSAÚDE; 2018)
117
Os antiinflamatórios não esteroidais estão indicados durante o período
de sangramento, sendo opções Ibuprofeno, ácido mefenâmico e
naproxeno. O ácido tranexâmico também está indicado, na posologia de
250 a 1000 mg 2 a 3 vezes por dia, devendo-se evitar o uso
concomitante com anticoncepcional oral, como descrito no caso
(TELESSAÚDE; 2018)
118
Os métodos hormonais podem atender a duas demandas: resolução da
hemorragia e contracepção, já que a paciente ainda não teve a menopausa e não
deseja aumentar a prole. Entretanto é necessário observar contraindicações para
cada método. A paciente apontada fez uso de quatro métodos distintos, dois
orais e dois injetáveis, variando entre combinados e de progestagênio isolado,
sendo refratária a todos os métodos empregados. Segundo a Organização
Mundial de Saúde, em seus critérios de elegibilidade para uso de contraceptivos,
pacientes com múltiplos fatores de risco cardiovascular como obesidade,
diabetes e hipertensão, possuem um número limitado de opções de métodos.
Entre os recomendados e disponíveis no SUS, tem-se as pílulas de progestágeno
e dispositivos intrauterinos (DIU). Os demais, que utilizam fórmula combinada,
estão contraindicados nesse caso (OMS; 2007)
119
Foi aventada a proposta de uso de inserção de sistema intratuterino
liberador de levonorgestrel (SIU) como solução definitiva para o caso.
Uma revisão sistemática do Colégio Americano de Ginecologia e
Obstetrícia comparou os métodos de tratamento não cirúrgicos para SUA
e descreveu os mais eficazes. Entre os possíveis de serem empregados
no caso, tem-se as pílulas de progestágeno, antiinflamatórios não
esteroides e ácido tranexâmico, que foi o responsável pela suspensão do
sangramento. Entretanto esse mesmo estudo aponta a eficácia superior
do SIU em relação aos demais métodos, sendo esse principalmente
indicado. A desvantagem é que não está disponível no Brasil de forma
gratuita, o que pode inviabilizar seu uso em muitos casos (MATTESON et
al.; 2013).
120
Diagnósticos
Diferenciais
121
10.
Questões
122
6378 3989
Acesse: menti.com
123
Referências bibliográficas
124
OBRIGADO
Alguma dúvida?
CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo,
including icons by Flaticon and infographics & images by Freepikincluding icons by Flaticon and infographics & images by Freepik
125