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INTRODUÇÃO
que estão cansados para se concentrarem na leitura de textos que trazem os livros
didáticos.
Na metodologia propõe-se como sugestão a re-elaboração de um texto dos
clássicos infantis, adaptando a realidade dos alunos. Normalmente, os textos
didáticos são escritos de acordo com a norma culta, tendo uma linguagem técnica
ou científica dificultando mais ainda a compreensão. Tornando então a leitura dos
textos desinteressantes e de pouca utilidade no seu cotidiano. A pesquisa e a nova
versão dos textos literários é muito mais interessante e estimulante pois além de
ensinar a terem o gosto e o prazer pela leitura, leva-os a prática da escrita e a
dialogar sobre vários conhecimentos que muitos desconhecem.
Levando a comparar as variedades lingüísticas e regionais com a língua
padrão e assim descobrir-se que existem várias formas de assimilar conteúdos
gramaticais e maneiras de falar que devem ser respeitadas, para isso é preciso que
aprendam e saibam adequar a língua ao contexto em questão, utilizar novas
metodologia ou estratégias e assim descobrir o gosto pela leitura.
O objetivo da pesquisa é mediar a descobrir novas estratégias e metodologias
de ensino-aprendizado da leitura, de forma prazerosa e significativa para os novos
leitores.
Assim a metodologia utilizada foi de pesquisa etnográfica em sites,
bibliotecas , pesquisas investigativas nas escolas estaduais, pesquisa empírica e
contextualização dos conteúdos.
Na conclusão deste trabalho a sugestão indicada é que se faça uso do lúdico
e a interdisciplinaridade das ciências, pois o lúdico como proposta pedagógica visa
uma transformação na arte de ensinar, com essa proposta o ensino-aprendizagem
acontece de forma prazerosa e significativa, visto que as crianças assimilam com
mais facilidade os conteúdos propostos quando este é inserido de forma a despertar
as suas emoções, e isso acontece quando se brinca.
Tem-se por hipótese que ao desenvolver o gosto pela leitura oral e escrita.
Os alunos irão valorizar e construir seus conhecimentos, e exercer sua cidadania
visto que terá o entendimento do mundo, o acesso à informação, o exercício da
fantasia e da imaginação, e estimularão a reflexão crítica, o debate e a troca de
idéias.
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Com efeito, torna-se muito difícil saber como formar leitores se não sabe antes
que tipo de leitores se quer formar e com que finalidades. Nem sempre é fácil
compreender a necessidade dessa reflexão prévia. É que a leitura é um ato que de
tal modo faz parte de nosso dia-a-dia que acabamos acreditando ser algo "natural",
"sempre igual" e que não necessitaria de qualquer problematização ou reflexão.
Assim, formar leitores seria fazer com que os alunos e alunas sejam capazes de ler
e ponto final.
Em 1868, Abílio César Borges iniciou a publicação de uma das séries mais editadas no período.
Os livros foram considerados inovadores no momento em que foram editados: o Primeiro Livro,
destinado ao aprendizado inicial da leitura e da escrita, poderia substituir as cartilhas grosseiras ou
os materiais manuscritos. Os demais livros da série tinham um caráter enciclopédico, trazendo
conteúdos de várias áreas de conhecimentos. De cunho mais instrutivo do que moral, os livros de
Borges foram aplaudidos pela crítica intelectual da época, sendo reeditados várias vezes, educando
E o autor também era elogiado na época por, em sua prática como dono de
escolas, ter abolido os castigos corporais, ainda utilizados na maioria do país.
Apesar disso, Borges aparece, na memória dos alunos que estudaram com seus
livros, como uma figura temida capaz de provocar pavor.
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Um pouco depois, mas ainda no século XIX, outras séries de livros de leitura
foram editadas, destacando-se a de Felisberto de Carvalho, utilizada em todo o país,
até meados do nosso século. Nesses livros, com algumas ilustrações em cores, as
lições, como as coleções de Abílio César Borges, traziam conteúdos das diversas
áreas do conhecimento, vinham geralmente seguidas de exercícios. Alguns dos
textos buscavam oferecer à criança, além da instrução, ensinamentos morais.
ao que havia sido para as gerações anteriores. Prédios mal iluminados, mobiliário
precário, professores mal remunerados e muitas vezes improvisados faziam parte do
cotidiano escolar, como pode ser constatado através dos registros feitos em
relatórios de inspetores e diretores de instituições públicas. A palmatória e outros
castigos físicos norteavam a ação escolar.
As escolas, em sua maioria, não eram graduadas por séries, como acontece
ainda hoje em alguns lugares do país. Os alunos, todos na mesma sala, eram
agrupados pelo nível de instrução que possuíam, medido pelo livro de leitura que em
cada um se encontrava. O professor não ministrava as aulas, como hoje estamos
acostumados a pensar, mas "tomava" a lição de cada um dos alunos, fazendo-os ler
em voz alta. Enquanto isso, os outros alunos ficavam em suas carteiras lendo a lição
do dia. E somente uma pequena parcela da população freqüentava a escola.
infantil brasileira nasceu como 2º livro de leitura para as escolas. E, com ele, uma
grande inovação.
Em certos internatos, por exemplo, era proibido ler no salão de dormir, o que
fazia com que os alunos buscassem formas de ler sem que a escola tomasse
conhecimento. Em alguns casos, nas mesas de estudo, enquanto estavam de
castigo, colocavam revistas, histórias em quadrinhos ou mesmo livros que a escola
julgava prejudiciais à formação do aluno, dentro do compêndio que oficialmente
deveriam ler. Havia e ainda hoje há uma rede de circulação de objetos de leitura
entre os alunos, independente do que a escola previa ou prevê.
Dessa forma acredita-se que nessa fase a inserção de leitura nas séries iniciais
como uma atividade emotiva irá servir para estimular e desenvolver o cognitivo do
ensino - aprendizagem de forma prazerosa e significativa à criança.
E assim despertar ou resgatar o gosto e a importância da leitura nos alunos a
partir do momento de sua inserção nas séries iniciais.
Deve-se ressaltar que o importante ao inserir o hábito da leitura nas séries
iniciais é que possam formar novos leitores capazes de construir seu conhecimento
e exercer sua cidadania.
Mais inicialmente, formar leitores parece ter significado bastante equivocado por
alguns educadores, busca-se não propriamente desenvolver as competências e
habilidades pelos usos da leitura, mas antes ensinar outras coisas através da leitura
escolar tais como conteúdos ou até mesmo indução ideológica. Há uma resistência
em abandonar métodos antigos.
É o que sugere a análise dos livros didáticos mais utilizados no Brasil no século
XIX e nas décadas iniciais do século XX. O que se buscava, quando se formavam
leitores naquela época, poderia ser como no caso dos livros de Abílio César Borges
e de Felisberto de Carvalho: “a transmissão de conteúdos instrutivos”, em geral das
áreas de ensino que terminaram por se consolidar na tradição escolar brasileira:
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geografia, história, ciências; poderia ser como no caso dos livros de Olavo Bilac e da
maior parte dos livros brasileiros de então: “A transmissão de regras e modelos de
comportamento”, de uma imagem idealizada da criança, centrada em aspectos
morais e ideológicos; poderia, enfim, ser embora não explorada neste caderno a
transmissão apenas das habilidades básicas de leitura e escrita e das regras
ortográficas do Português.
O modo pelo qual se lia parece também ter sido, inicialmente, um modo muito
restrito. A leitura favorecida pelo modelo do "dar e tomar lição" parece ser aquela em
voz alta, lenta e muito associada à memorização do texto. O que a panorâmica
apresentada sugere é que essas práticas e objetos de leitura restritos foram
gradualmente ampliadas e tornadas mais complexas, com a progressiva introdução
da leitura silenciosa e rápida, da busca do significado (em detrimento da
memorização do texto e de seus conteúdos), com o progressivo abandono da
doutrinação moral e ideológica e a progressiva introdução de novos gêneros de
textos e de impressos.
Assim professor e alunos devem buscar métodos que sejam eficientes para
aquisição e desenvolvimentos de habilidades e competências. Neste sentido vale
frisar que as instituições de educação têm que proporcionar um ambiente adequado
para que a criança possa desenvolver todas as suas aptidões sociais e cognitivas. O
referencial Curricular Nacional para Educação Infantil vem nortear algumas práxis:
...para que a criança possa aumentar seu universo cultural, que ela já trás do seu cotidiano
familiar e a escola pode a partir deste momento ampliar seu conhecimento de mundo através do:
movimento; da musica; das artes visuais; da linguagem seja ela oral ou escrita; da natureza ;...
(MEC/SEF,1998 vol.3)
Por fim, esses estudos mostram que o prazer da leitura é algo ainda muito
distante da maior parte das escolas e que os alunos tendem a ver suas aulas de
leitura de maneira não muito diferente da de Graciliano Ramos “horas de tortura e
aborrecimento”. (RAMOS,1986:32p).
Pois ensinar a ler e formar leitores participativos do meio o qual esta inserida,
assim é importante o ensino da leitura nas séries iniciais, para que eles habituem
desde cedo a se comprometer, responsabilizar , respeitar , socializar e interagir com
os problemas sociais, para que no futuro eles possam contribuir com o bem estar,
progresso e evolução do seu País e de uma forma geral do mundo.
Assim professor e alunos devem buscar métodos que sejam eficientes para
aquisição e desenvolvimentos de habilidades e competências. Neste sentido vale
frisar que as instituições de educação têm que proporcionar um ambiente adequado
para que a criança possa desenvolver todas as suas aptidões sociais e cognitivas.
E como toda atividade implica em desenvolver a inteligência e a afetividade no
ser humano nada mais adequado que utilizar uma atividade que desperta as
emoções no indivíduo. E a partir da motivação que se abre inúmeras possibilidades
para a criança: Abertura inclusive para as novas experiências e emoções como a
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discutam sobre tais fatos a proposta se refere aos temas transversais. O momento e
a hora de inseri-lo no aprendizado vai depender do educador, nada deve ser
obrigatório. Desenvolver no aluno a capacidade de argumentar para defender seus
pontos de vista, visto que a linguagem oral ou escrita ajuda a conquistar a cidadania,
se a criança falar ele renderá mais e o despertará para a leitura.
Posteriormente, a criança ingressa no ensino primário nas escolas estaduais,
municipais ou particulares. Onde são predominantes as atividades de leitura, escrita
e cálculo. O currículo escolar costuma começar aos seis anos de idade e abrange
disciplinas como linguagem, matemática, geografia e ciências naturais. A partir daí
supõem que a criança já seja alfabetizada, na maior parte dos países o ensino
primário é obrigatório.
Assim, para melhor alfabetizar o Ministério de Educação e Cultura (MEC)
desenvolve a partir de 1995 programas voltados especificamente para essa área,
onde são observados maiores índices de repetência. Em alguns estados há projetos
educacionais envolvendo os pais, através do programa bolsas-escola, voltado para
as famílias com renda per capita inferior a R$ 50,00.
Uma segunda lei de Diretrizes e Bases foi projetada, em 1988, e aprovada em
1997.
O analfabetismo, centro de preocupações constantes, vem apresentando
quedas constantes: 20,1% em 1991 para 14,5%, entre a população com 15 anos ou
mais. No entanto entre a população rural esse índice continua alto: 31,2%.
Atualmente as escolas julgam utilizar a teoria do Construtivismo, movimento
artístico russo do início do século XX, que exerceu grande influência na arte
européia. Foi fundado pelo escultor e pintor russo Vladímir Tatlin. O nome faz
referência à construção de esculturas abstratas, partindo da variedade de materiais
industriais. Teoria esta desenvolvida no campo pedagógico pelo professor Paulo
Freire em que:
O processo de construção da escrita pela criança passasse a ser feito pela sua interação
com o objeto de conhecimento, interagindo com a escrita, a criança vai construindo o seu
conhecimento, vai construindo hipótese a respeito da escrita e, com isso, vai aprendendo a ler e a
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
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Mas, esse método embora eficaz não pode ser direcionado ou dirigido a todas
as crianças do Brasil, pois o aprendizado não varia apenas por faixa etária, mas sim
de região para região.
Então, pode se concluir que alfabetização é o acesso ao mundo da escrita
através da técnica de (ler e escrever) e saber utilizar os códigos do alfabeto para
codificar ou para decodificar os fonemas com grafias. Ciente de que a alfabetização
acontece bem antes do individuo adentrar a sala de aula de uma escola, os
profissionais da educação iniciam a alfabetização a partir de uma investigação ou de
uma sondagem de conhecimentos já adquiridos pelo aluno no seu cotidiano e assim
inserí-lo ao mundo da leitura.
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Cada vez mais pais e educadores tem encontrado, de forma lúdica, através de
histórias representadas com fantoches, um caminho para ensinar as crianças a
gostar de ler e ter prazer em ouvir histórias, criando com isso uma maneira de
ensinar a leitura e também proporcionar momentos de laser aos pequenos, além
deles próprios se divertirem e interagirem melhor com o mundo infantil. Isso tudo
vem sendo introduzido como se fosse uma brincadeira, nada é imposto a
socialização e afetividades são exercitadas de formas espontânea e lúdica.
O contar história é uma arte, que deve ser implantada nas instituições escolares,
pois não desenvolve apenas o gosto pela leitura, mais para outras ciências também.
Está provado um aluno emocionalmente envolvido com o conteúdo aprende mais. A emoção
deixa os circuitos cerebrais mais rápidos facilitando a armazenagem de informações e o resgate dos
que estão guardados. Provocar as emoções facilita o aprendizado pois instintivamente leva-os a
ação e a fazer co-relações com o assunto em questão. (Revista Escola,2005: 52p).
Todo individuo, portanto tem um grau de operatividade - motora, verbal e mental de acordo com
o nível de desenvolvimento alcançado, assim como possui um grau de visão de organização do mundo
e progride de estádios mais primitivos em direção ao pensamento hipotético-dedutivo, onde adquire
instrumentos de adaptação que lhe irão possibilitar enfrentar qualquer perturbação do meio, podendo
usar a descoberta e a invenção como instrumentos de adaptação de acordo com as suas
necessidades. (MIZUKAMI,1986:61)
Assim professor e alunos devem buscar métodos que sejam eficientes para
aquisição e desenvolvimentos de habilidades e competências. E como toda
atividade implica em desenvolver a inteligência e a afetividade no ser humano nada
mais adequado que utilizar uma atividade que desperta as emoções nas crianças.
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dela sua prática cotidiana, sua paixão de ler deve conduzir a criança ao prazer do
texto” (BAJARD, 2001:27p)
Devendo haver então a sintonia entre orador-ouvinte-ouvintes. Desta forma a
leitura para si e para os outros passa a se distinguir, sendo esta segunda: “um
encontro entre as pessoas envolvidas na comunicação... uma pessoa que dá voz
a um texto e outra que ao escutá-lo,” o enxerga “(BAJARD,2001:29p)
As histórias nos servem para ensinar uma porção de coisas a respeito dos ouvintes, pois nos
oferece um vasto material de estudo, portanto devemos: registrar os comentários, guardar os
desenhos, comparar, analisar as diversas manifestações de expressão relacionadas às histórias. Há
quem conte história para enfatizar mensagens, transmitir conhecimento, disciplinar, até fazer uma
espécie de chantagem “se ficarem quietos, conto uma história.” Quando o inverso é que funciona. A
história aquieta, serena, prende à atenção, informa, socializa, educa. Quanto menor a preocupação em
alcançar tais objetivos explicitamente, maior será a influencia do contador de histórias. O compromisso
do narrador é com a história, enquanto fonte de satisfação de necessidades básicas das crianças.
(COELHO, 2001:53p)
A história é um alimento da imaginação da criança e precisa ser dosada conforme sua estrutura
cerebral. Sabemos que o leite é um alimento indispensável ao crescimento sadio. No entanto, se
oferecermos ao lactante leite deteriorado ou em quantidade excessiva, poderão ocorrer vômitos,
diarréias, e prejuízo da saúde. Feijão é uma excelente fonte de ferro,mas nem por isso iremos dar
feijão a um bebê, pois fará mal a ele. Esperamos que cresça e seu organismo possa assimilar o
alimento. A história também é assimilada de acordo com o desenvolvimento da criança e por um
sistema muito mais delicado e especial. (COELHO, 2001:62).
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Ouvir uma história, contá-la e recontá-la durante muitos anos, foi uma maneira
de preservar os valores e a coesão de uma determinada comunidade. É o
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maravilhoso que consola a aridez dos caminhos que temos à frente, que alimenta a
inspiração e abre o portal da intuição para soluções outras, àquelas velhas questões
enferrujadas.
Nações e povos são em grande parte as estórias que nutrem a si mesmos. Se eles contam a si
mesmos estórias que sejam mentiras, sofrerão as conseqüências futuras. Se contarem estórias que
enfrentam suas próprias verdades, libertará a sua Historia para florescimentos futuros.
(BARSA,2004:527p)
Em resposta a professora Maria Helena conta que tem como hipótese que as
crianças desse nível escolar estão cansados dos textos trazidos pelos livros
didáticos, pois esses textos, muitas vezes, são alheios à realidade dos alunos,
tornando-se, portanto, de difícil compreensão para eles devido à metodologia que
vem sido utilizado.
Outra hipótese que ressalta a necessidade de trabalhar com a literatura
infantil e de que os clássicos infantis são bastante interessantes para se trabalhar
desde que as aulas sejam bem planejadas, pois a partir deles podem se criar novas
histórias com introdução, desenvolvimento ou final diferente , e assim desenvolver a
criatividade e os alunos se divertem se interagindo com os colegas participando das
histórias como personagens principais ou secundários. Ressalta também que os
textos dos livros didáticos às vezes são desinteressantes e não tão emocionantes
quanto os clássicos infantis, que eles podem mudar a linguagem e fazer
comparações com a linguagem regional. A linguagem técnica dos livros é que gera o
maior empecilho para a absorção da significação textual. É por esse motivo que ela
se propôs trabalhar dessa forma a literatura infantil na sala de aula, pois se trata de
um gênero interessante quando abordado corretamente. As crianças orientadas
criam textos excelentes e desenvolvem a leitura oral com risadas prazerosas.
Com base em tudo o que foi dito até aqui, pode-se dizer que a leitura é um
dos elementos mais complexos do universo humano, por isso, este trabalho não tem
a pretensão de tentar explicá-la em seus mínimos detalhes, mas sim, refletir sobre o
ensino dela ou seja as metodologias e estratégias aplicadas até então, tendo
sempre em mente a sua complexidade de sentido e de compreensão do leitor.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em tudo o que foi dito anteriormente, podemos dizer que a solução
mais adequada é o uso do lúdico e a interdisciplinaridade das ciências, pois o ato
docente deve ser formado de constantes reestruturamentos de práticas
pedagógicas, visando adequá-las à realidade dos alunos, uma vez que, no universo
escolar nada é estático ou homogêneo.
Dessa forma conclui-se este projeto com indicação e sugestão que o lúdico
como proposta pedagógica visa uma transformação da estrutura social para poder
tornar possível essa mudança de atitude e assim assimilar aos conteúdos propostos
e a aprendizagem significativa possa acontecer de uma forma tão sonhada pelos
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educadores que é de maneira prazerosa, que alunos tenham gosto e prazer de abrir
um livro e começar a fazer uma leitura, uma leitura tal como a escritora Marisa Lojolo
sugere “uma leitura do mundo”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BAJARD, Elie. Ler e dizer: compreensão e comunicação do texto escrito. 3. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
COELHO, Betty. Contar história: uma arte sem idade. 10. ed. São Paulo: Atica,
2001.
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ESTÉS, Clarissa Pinkola. O dom da história: uma fabula sobre o que é suficiente.
Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil (sua história). São Paulo: T.A. Queiroz:
Ed. da Universidade de São Paulo, 1985. 692p.
LAJOLO, Marisa.” Do mundo da leitura para a leitura do mundo” .São Paulo: Ed.
Ática,2000.
Livros de literatura infantil e infanto Juvenil fornecido pelo FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação) do ministério da Educação.
REGO, José Lins do. Doidinho. 16ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.
SANTOS, Santa Marli Pires dos (org). A ludicidade como ciência. Petrópolis:
Vozes, 2001.
ANEXOS
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Esta entrevista é parte integrante da pesquisa feita que ora desenvolvemos para um
trabalho monográfico para obtenção do título de especialização em Educação
Interdisciplinar do Curso de pós-graduação do Instituto Cuiabano de Educação. A sua
colaboração respondendo com clareza e objetividade será muito importante.
Nome completo: Maria Helena da Silva Martins__________________
Cargo/função: Professora.____________________________________________
Autorizo a divulgação dos dados fornecidos?___Sim._______________________
Como prefere ser identificado (a) na pesquisa?_____________________________
( X ) Pelo nome completo ( ) Pelas iniciais do nome. ( ) por pseudônimo. ( ) outros.
ROTEIRO DE QUESTÕES:
1)- Como se define Lúdico ?
R: A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar estão incluídos os
jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga, que
brinca e que se diverte.
confundem, e brincar desperta as emoções, acredito que quando uma atividade desperta
emoções elas são assimiladas com mais facilidades.
3)- Por que a brincadeira não é vista em muitas instituições como coisa séria ?
R: Creio que muitas instituições apesar de se dizer construtivistas ainda estão utilizando
métodos tradicionais, a mudança
4)- Por que o educador tem no seu fazer pedagógico a hora de “ensinar” e a hora de
”brincar”?
R: Como já disse a mudança leva tempo e muitos ainda estão presos no tradicional, visto
que dessa forma eles aprenderam. Mas, outra possibilidade é que utilizam essa tática para
que alunos prestem atenção e levem a sério, com mais responsabilidade o dever de
aprender, ou seja de adquirir conhecimentos importantes para as suas vidas.
fazer comparações com a linguagem regional. Onde gera o maior empecilho para a
absorção da significação textual. É por esse motivo escolhi trabalhar com literaturas infantil
na sala de aula, pois se trata de um gênero interessante quando abordado corretamente. As
crianças orientadas criam textos excelentes e desenvolvem a leitura oral com risadas
prazerosas.
JUSTIFICATIVA:
Trabalhando com os contos de fadas, os alunos constroem e reconstroem
significados para as histórias e desenvolvem o prazer da leitura.
O lúdico torna o ato de ler e escrever prazeroso.
Despertar a emoção se aprende com prazer e com entendimento.
OBJETIVOS:
Estimular o aluno para conhecer e compreender contos de fadas;
Desenvolver no aluno a habilidade de produzir textos;
Estimular a criatividade e a socialização.
Promover o hábito de leitura.
Aprender a contextualizar fatos reais e fictícios.
Enfatizar valores morais como respeito,obediência e não a violência.
METODOLOGIA:
Utilizando o tema proposto, apresentamos através de uma aula expositiva o clássico
infantil a bela e a fera e com recursos de desenhos ilustrados em cartolina
Mostramos os personagens e o ambiente que aparecem na historinha o qual os
alunos deveriam num segundo momento, também desenhar os personagens e ambientes
visando com isso desenvolver sua criatividade e habilidades na área de educação artística,
ao narrar a historinha usamos como forma inovadora mudar a voz de alguns personagens
para enfocar a variedade lingüística da região, e poderem comparar a norma padrão da não
padrão e respeitar as variedades existentes, ao mostrar os ambientes calmos, cheios de
flores e arvores da historinha procuramos enfocar, para que eles pudessem comparar os
problemas atuais de urbanizações, como barulho, poluição do ar, desrespeito ao meio
ambiente , meio de transporte moderníssimo e a tecnologia avançada utilizada no cotidiano,
ao narrar a historinha usamos dramatização para poder prender a atenção dos alunos
ressaltando o lado feio e o bonito para poderem entender a moral da historia. E assim por
em prática o desenvolvimento de suas criatividades nos próximos trabalhos a serem
executados.
Com utilização de recursos tecnológicos , assistiram um DVD do clássico infantil A
Bela e a Fera. E para fixar o conteúdo foram feitos produções de textos e confecções de
desenhos baseado nas imagens vistas, possibilitando debate e questionamentos por parte
dos alunos.
TEMPO: 04 horas.
AVALIAÇÃO:
Auto-avaliação descritiva do processo de aprendizagem;
Produção de frases ou textos, individual ou em grupo, dos textos comentados em
sala de forma oral e escritos.
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O aluno foi avaliado de acordo com a sua participação, interesse e desempenho nas
atividades propostas.
TAREFA (Extra-classe)
Trazer para a sala de aula um conto popular que os avôs , ou os pais tenha contado,
não esquecer o nome do conto.
Escrever outra história do clássico infantil João e Maria revisada e atualizada sob
nova versão. Com a seguinte introdução:
Era uma vez um humilde senhor que morava muito longe da cidade, numa casinha
simples, morava com sua esposa e sua esposa Dona Zéfa e seus cinco filhos.
Todos os dias, antes do sol nascer senhor João pegava a enxada e ia para a roça, carpir
o mandiocal, o milharal e outras verduras que ele cultivava no seu pequeno sítio no meio
do Pantanal...