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Aula 02

Terraplenagem e Recursos Hídricos p/ TRT-MG (Analista Judiciário - Engenharia Civil)

Professor: Marcus Campiteli

09869669751 - Rodrigo da Silva Correia


Terraplenagem e Recursos Hídricos TRT-MG 2015
Teoria e Questões Comentadas
Profs. Fábio Amorim e Marcus V. Campiteli Aula 2

AULA 2: SOLOS

SUMÁRIO PÁGINA

1. DESCRIÇÃO DOS SOLOS 2

2. PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 3

3. CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS 8

4. QUESTÕES COMENTADAS 22

5. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 40

6. GABARITO 48

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48

Olá pessoal,

A parte teórica desta aula é do Prof. Fábio Amorim, auditor do TCU


na área de obras rodoviárias e com experiência prática na execução
de estradas e com formação no Instituto Militar de Engenharia.

Bons estudos!

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SOLOS

Segundo o DNIT, no âmbito da engenharia rodoviária, o solo


é definido como todo tipo de material orgânico ou inorgânico,
inconsolidado ou parcialmente cimentado, encontrado na superfície
da terra. Em outras palavras, solo representa qualquer material que
possa ser escavado.

Descrição dos solos

Como vimos, a definição de solos é bastante genérica, desse


modo, faz-se necessário classificá-los de acordo com as suas
propriedades físicas principais.

A classificação mais comum se refere à composição


granulométrica, onde os solos são classificados da seguinte forma:

Pedregulho: fração do solo que passa na peneira de 3” e é retida na


peneira de 2,00 mm (nº 10);

Areia: fração do solo compreendida entre as peneiras de 2,00 mm


(nº 10) e é retida na peneira de 0,075 mm (nº 200);

Areia Grossa: fração do solo compreendida entre as peneiras de


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2,00 mm (nº 10) e de 0,42 mm (nº 40);

Areia fina: fração do solo compreendida entre as peneiras de 0,42


mm (nº 40) e de 0,075 mm (nº 200);

Silte: fração do solo com tamanho dos grãos compreendido entre


0,075 mm (peneira nº 200) e 0,005 mm;

Argila: fração do solo com tamanho dos grãos abaixo de 0,005 mm.

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Podemos agregar essa classificação anterior em três grupos, com


características bem definidas:

Areias e Pedregulhos (solos de comportamento arenoso): possuem


granulação grossa, e grãos constituídos principalmente de quartzo
(sílica pura). Seu comportamento pouco varia com a quantidade de
água que envolve os grãos. São solos praticamente desprovidos de
coesão. Sua resistência à deformação está atrelada ao entrosamento
e atrito entre os grãos.

Silte: solos intermediários, podendo apresentar comportamento


tendendo ao arenoso ou ao argiloso, a depender da sua distribuição
granulométrica, da forma e da mineralogia dos grãos.

Argilas (solos com comportamento argiloso): possuem granulação


fina, com grãos lamelares, alongados e tubulares, com elevada
superfície específica. Sua constituição é de minerais argílicos. O
comportamento varia sensivelmente com a quantidade de água que
envolve os grãos. São solos coesivos. A coesão varia conforme a
umidade, sendo maior em argilas mais secas.

Propriedades Físicas e Mecânicas 09869669751

As propriedades físicas e mecânicas que iremos tratar aqui


são: permeabilidade, capilaridade, compressibilidade, elasticidade,
contratilidade e expansibilidade, e resistência ao cisalhamento.

Permeabilidade

A permeabilidade é uma propriedade que os solos


apresentam ao permitir a passagem de água sob a ação da gravidade
ou de pressão. A permeabilidade de um solo é medida pelo valor de

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seu coeficiente de permeabilidade (k). Esse coeficiente representa a


velocidade de escoamento através da massa do solo, sob a ação de
um gradiente hidráulico.

Desse modo, quanto maior o índice de vazios de um solo,


maior será a velocidade de escoamento da água, e, portanto, maior
será seu coeficiente de permeabilidade.

Numa comparação entre os solos arenosos e os argilosos,


aqueles possuem uma maior permeabilidade, e numa comparação
entre solos arenosos de graduação aberta e densa, esses possuem
uma menor permeabilidade.

Capilaridade

É a propriedade que os solos apresentam de poder absorver


água por ação da tensão superficial, inclusive opondo-se à força da
gravidade.

Pessoal, nesse caso, o raciocínio é inverso ao da


permeabilidade. Nos solos com um maior número de vazios,
predomina a ação da gravidade, tornando mais dificultosa a
capilaridade dentro de um solo.
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O mesmo raciocínio pode ser feito com relação à


capilaridade em função do tamanho das partículas de um solo. Solos
de partículas menores, como as argilas, possuem elevada superfície
específica e um pequeno índice de vazios, portanto tem uma
capacidade maior de capilaridade em relação aos solos arenosos.

Explicando de uma forma mais simples, a capilaridade


ocorre porque as moléculas de água se agarram à superfície das
partículas de solo.

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Compressibilidade

É a propriedade que os solos apresentam de se deformar,


com diminuição de volume, sob a ação de uma força de compressão.

A compressibilidade se refere quando da compactação de


solos não saturados, e também quando do adensamento de solos
saturados. No caso da compactação, a redução de vazios se dá à
custa da expulsão de ar, enquanto no adensamento, pela expulsão de
água. Ambos esses casos se referem, portanto, à propriedade
compressível dos solos.

Importante destacar que o adensamento de um solo


saturado é função de sua permeabilidade. Solos permeáveis, como os
arenosos, tem uma facilidade maior de escoar (e expulsar) a água.

Essa facilidade, em contrapartida, não se encontra em solos


pouco permeáveis, como os argilosos.

Elasticidade

A elasticidade é a propriedade que os solos apresentam de


recuperar a forma original, após cessado um esforço que os
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deformem.

É desejável que os solos aplicados em pavimentação,


quando submetidos à ação do tráfego, recuperem-se quase
completamente das deformações (elásticos). Por exemplo, a cada
ação do tráfego, há uma deformação do solo e uma recuperação da
forma original.

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Entretanto, a repetição dessas deformações elásticas, de


forma excessiva, resulta no fissuramento do pavimento.

Contratilidade e Expansibilidade

São propriedades típicas das argilas. A contratilidade se


refere à diminuição do volume do solo em razão da diminuição da
umidade. A expansibilidade é o oposto, ou seja, o aumento de
volume do solo decorrente do aumento de umidade.

Resistência ao Cisalhamento

A resistência ao cisalhamento dos solos é definida como a


máxima pressão de cisalhamento que o solo pode suportar sem
sofrer ruptura.

Tal resistência tem fundamental importância para evitar


problemas como escorregamentos de taludes naturais, de barragens,
de aterros sobre solos de baixa resistência, entre outros.

Por exemplo, a figura a seguir ilustra um talude comumente


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encontrado em obras rodoviárias:

Resistência ao Cisalhamento
P

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A superfície curva representada por AB simboliza


superfície por meio da qual ocorre o escorregamento do talude. Desse
modo, deve haver um equilíbrio entre a resistência ao cisalhamento e
o peso do maciço a ser deslocado

Essa resistência é determinada em função de dois


parâmetros principais do solo: o atrito e a coesão.

O atrito representa a interação entre duas superfícies na


região de contato. Quanto maior o atrito entre as superfícies,
naturalmente, menor a probabilidade de ocorrerem deslizamentos
entre essas superfícies.

A coesão é uma característica típica dos solos argilosos,


onde ocorre uma ligação entre os grãos que permite manter-se
coeso, com resistência, mesmo sem a ocorrência de pressões
externas ao solo. Como vimos anteriormente, as areias e pedregulhos
não possuem essa coesão.

Desse modo, a resistência ao cisalhamento é representada


pela seguinte fórmula:

tan

Onde C representa a coesão dos solos, a pressão efetiva


normal ao plano de ruptura, e 09869669751

representa o ângulo de atrito interno


do solo.

Graficamente pode ser apresentado da seguinte forma:

C
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Caracterização dos Solos

Nem todo tipo de solo pode ser empregado em


pavimentação rodoviária, é preciso que o solo tenha determinadas
características que garantam o desempenho esperado, em termos de
resistência e durabilidade.

Iremos ver a partir de agora, quais são as características


esperadas dos solos utilizados em pavimentação.

Granulometria

Assim como os agregados, a granulometria dos solos torna-


se importante para caracterizar os solos. Vimos anteriormente que a
descrição dos solos (areia, argila, silte, etc) é feita com base no
tamanho dos grãos.

Para os solos, a análise granulométrica também é feita por


peneiramento, segundo a metodologia estabelecida na norma DNER-
ME 080/94.
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Entretanto, a análise por peneiramento é possível ser feita


apenas para partículas de diâmetro superior a 0,075mm (equivalente
à peneira nº 200). Para os solos com diâmetro menor que 0,075 mm
utiliza-se o método de sedimentação (DNER-ME 051/94).

Esse método de sedimentação estabelece o diâmetro das


partículas a partir da velocidade de sedimentação em um líquido de
viscosidade e peso específico conhecidos.

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O resultado, da mesma forma que os agregados, é a


apresentação da curva granulométrica dos solos.

Para demonstrar como a granulometria é uma característica


exigível dos solos utilizados em pavimentação, tomemos o exemplo
dos solos empregados na base do pavimento. É exigido do solo o
enquadramento em determinadas faixas granulométricas, as quais
garantem uma estabilidade do solo, conforme a figura a seguir,
segundo a norma DNIT 141/2010-ES.

100
90
Porcentagem passante %

80
70
60
Faixa A
50
Faixa B
40
30 Faixa C

20 Faixa D
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Abertura das peneiras (mm)

Faixas granulométricas exigidas para a camada de base em rodovias


com tráfego elevado.
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Todavia, no caso de o solo não se enquadrar em nenhuma


das faixas granulométricas, será necessário misturá-lo com outro
solo, de modo a garantir a estabilidade granulométrica da camada de
base.

Vale destacar que a exigência da faixa granulométrica não


se estende a todos os serviços de uma obra rodoviária. Para o

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subleito das rodovias, por exemplo, não são feitas quaisquer


exigências quanto a essa característica.

Limites de Consistência

Por meio da caracterização dos limites de consistência,


podemos avaliar a plasticidade dos solos. A plasticidade é uma
propriedade característica das argilas, e consiste na capacidade de
ser moldado sem variação de volume, sob certas condições de
umidade.

Com o objetivo de delimitar a umidade na qual o solo


apresenta essa condição plástica, existem dois valores a serem
conhecidos: o limite de liquidez e o limite de plasticidade.

Limite de Liquidez

Os solos muito úmidos apresentam certa fluidez, quando


dizemos que esses solos se encontram em estado líquido.

Quando ocorre a perda de umidade desse solo, ele passa


para o estado plástico. A umidade equivalente ao limite entre o
estado líquido e plástico é denominada limite de liquidez, ou LL.

Quanto maior a capacidade do em absorver a água sem


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entrar no estado líquido, maior será o limite de liquidez desse solo.

Limite de Plasticidade

Esse mesmo solo em estado plástico, ao perder umidade,


chega a apresentar certa desagregação quando trabalhado. Esse
estado é chamado de semissólido. A umidade equivalente ao limite
entre os estados plástico e semissólido é chamada de limite de
plasticidade, ou LP.

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Desse modo, podemos visualizar da seguinte forma esses


limites de consistência:

Estado
Plástico
Estado Estado
Semissólido Líquido

Umidade
LP LL Crescente

A diferença numérica entre o LL e o LP é chamada de índice


de plasticidade (IP). Esse índice representa o intervalo de umidade
em que o solo se encontra no estado plástico. Ou seja, quanto maior
o IP, maior será o intervalo onde o solo se encontrará em estado
plástico. Na prática, dizemos que quanto maior o IP maior será a
plasticidade do solo.

O IP também pode ser interpretado como a quantidade


máxima de água a ser adicionada ao solo, de modo que ele passe do
estado plástico para o estado líquido.

Como a plasticidade é uma característica das argilas,


podemos dizer que o IP é função da quantidade de argila presente no
solo. 09869669751

Sendo assim, em solos arenosos, sem a presença de argila,


o IP é zero. Nesse caso, dizemos que o solo é não plástico.

Ensaios

Limite de Liquidez

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O limite de liquidez é obtido de forma empírica por meio do


equipamento denominado “aparelho de Casagrande”. O ensaio é
normatizado pela norma DNER-ME 122/941.

Aparelho Casagrande

O ensaio consiste em inserir amostras de solo na concha do


aparelho com diferentes teores de umidade.

Para cada amostra, a espessura do solo na parte central


deve ser de 1cm. Após isso é feito uma canelura (abertura) na
amostra, com um cinzel padronizado.

Em seguida, é iniciado o ensaio propriamente dito. A cada


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giro da manivela a concha se eleva e desce tocando a base do


aparelho (esse ciclo é chamado de golpe). O número de golpes do
aparelho é contado até o momento em que as bordas do solo se
unam, numa extensão de 1 cm.

Normalmente são feitos ensaios com três a cinco umidades


diferentes. Como resultado, tem-se o gráfico “umidade (%) x número

1
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=1N_jc014LH0

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de golpes”. De forma lógica, quanto maior a umidade do solo, menor


será o número de golpes necessários para unir as bordas.

100
Número de Golpes

25

10
45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65
52,8% Umidade h%

O limite de liquidez é o valor da abscissa correspondente ao


ponto da reta cuja ordenada represente 25 golpes. Assim, no
exemplo do gráfico anterior, o LL é igual a 52,8%.

Limite de Plasticidade
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O limite de plasticidade também é obtido de forma empírica,


normatizada pela norma DNER-ME 082/942. Os equipamentos
utilizados estão indicados a seguir:

2
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=voyfCB9wsiU&feature=relmfu

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(3)

(4)
(1) (5)

(2)

Placa de vidro (1), cilindro comparador (2), cápsula de porcelana (3),


cápsulas de alumínio (4), espátula (5).

O ensaio consiste, basicamente, em separar uma amostra


de solo e moldá-la na forma de um cilindro de diâmetro uniforme
sobre uma placa de vidro. Quando o diâmetro do cilindro atinge 3
mm (igual ao cilindro comparador), a amostra é novamente
amassada, e repete-se sucessivamente a operação de formar
cilindros de 3 mm.

A partir do momento que a amostra de solo desagregar


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antes de o cilindro atingir os 3 mm, a rolagem da amostra é


interrompida, e seus pedaços são transferidos para uma cápsula de
alumínio, com o objetivo de obter-se a umidade dessa amostra de
solo.

As operações anteriores são repetidas até que se obtenham


três valores de umidade que não difiram da respectiva média em
mais de 5%.

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Assim, o limite de plasticidade é expresso pela média desses


teores de umidade.

Índice de Grupo

O índice de grupo é utilizado para auxiliar na classificação


dos solos quanto a sua adequabilidade no emprego em
pavimentação. É um índice que varia de 0 a 20, e é obtido por meio
da seguinte fórmula:

Onde:

a : % de material que passa na peneira nº 200, menos 35%.


Esse valor varia de 0 a 40. Sendo assim, se o cálculo de “a” resultar
num valor superior a 40, adota-se a = 40. Caso o valor calculado de
“a” seja negativo, adota-se a = 0.

b : % de material que passa na peneira nº 200, menos 15%. Da


mesma forma que “a”, “b” também varia de 0 a 40.

c : valor do limite de liquidez menos 40%. O valor de “c” varia de 0


a 20.
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d : valor do índice de plasticidade menos 10%. O valor de “d” varia


de 0 a 20.

Pessoal, não se preocupem em decorar essa fórmula, apenas gravem


a utilidade desse índice e os parâmetros que compõem a fórmula.

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Quanto menor o valor de IG, melhor a qualidade do solo.


Assim, solos com IG=0 têm um bom comportamento como subleito
nas rodovias.

Por exemplo, a norma DNIT 139/2010-ES exige como


condição da aplicabilidade em camadas de sub-base do pavimento,
que o solo tenha IG = 0.

Compactação dos solos

A compactação dos solos é outro parâmetro importante a


ser observado nos solos quando empregados em pavimentação
rodoviária.

Como vimos anteriormente, a resistência do solo está


diretamente ligada à sua coesão e ao atrito interno entre as
partículas. Esses fatores estão intrinsecamente ligados ao índice de
vazios e à umidade do solo.

É desejável que os solos tenham um reduzido número de


vazios quando aplicados em pavimentação, o que aumenta o atrito
interno e a coesão entre as partículas. Assim, para a redução do
índice de vazios, os solos sofrem o processo chamado de
compactação, que pode ser tanto manual quanto mecânico, e, a
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intensidade pela qual se dá essa compactação é chamada de energia


de compactação.

Quanto à umidade, não é desejável que o solo seja bastante


úmido, pois parte dessa água irá evaporar, favorecendo a contração
do solo, o que pode causar trincas no pavimento executado. Por outro
lado, se o solo estiver muito seco, será maior a chance de absorção
de água, causando um inchamento indesejável do seu volume.

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Com essas premissas, em obras rodoviárias os solos são


compactados a partir de uma determinada energia de compactação,
um determinado índice de vazios, e uma determinada umidade.

O índice de vazios é medido por meio da massa específica


aparente do solo.

Para se determinar o índice de vazios e a umidade ideal


para compactar os solos, utiliza-se o ensaio denominado ensaio de
compactação.

Nesse ensaio, verifica-se que o aumento de umidade de um


solo implica diretamente no aumento da massa específica aparente
para uma mesma energia de compactação. Porém esse aumento se
dá até determinado ponto, chamado de umidade ótima. A partir
dessa umidade, ao acrescentar água, a massa específica do solo
diminui, mostrando haver um excesso de água no solo.

No ensaio de compactação (DNER-ME 129/94) é obtida a


massa específica aparente seca do solo para, no mínimo, cinco
umidades diferentes. Por meio desses valores, obtém-se a curva de
compactação, conforme a figura a seguir:

Massa
Específica ()
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Umidade (h)
Umidade
Ótima

Para baixos teores de umidade, os solos apresentam baixo


valor de massa específica aparente seca e altos índices vazios. Com o

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aumento da umidade a água atua como um lubrificante, tornando o


solo mais trabalhável, permitindo um melhor entrosamento entre os
grãos e reduzindo o índice de vazios no solo.

Quando é alcançada a umidade ótima, a massa específica


alcança o seu valor máximo. Com o acréscimo de umidade a partir
desse ponto, a água faz com que os grãos se afastem, aumentando o
número de vazios e, consequentemente, diminuindo a massa
específica aparente do solo.

Para cada corpo de prova, a compactação é feita de forma


regrada, a partir da queda de um soquete, por uma altura e peso
conhecido. Além disso, o número de golpes, o número de camadas
dentro do molde é também pré-estabelecido. A essa energia de
compactação dá-se o nome de Proctor Normal.

Essa compactação em laboratório tem por objetivo se


aproximar da compactação realizada em campo, com o emprego dos
rolos compactadores. Porém, com a evolução dos equipamentos,
foram estabelecidas outras duas diferentes energias de compactação
(Proctor Intermediário e Proctor Modificado).

O comportamento das energias de compactação possui a


seguinte disposição:
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Massa
Específica ()

Modificado

Intermediário

Normal

Umidade (h)

Percebam que a Energia do Proctor Modificado proporciona


uma massa específica maior para o solo, a partir de uma umidade
menor, se comparado com a energia intermediária e normal.

Falaremos do impacto desse comportamento na prática da construção


das obras rodoviárias nas próximas aulas!

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Índice de Suporte Califórnia (ISC) ou California Bearing Ratio


(CBR)

O CBR é uma medida de resistência do solo. O ensaio para


obter o CBR de um solo consiste em medir a relação entre a pressão
necessária para produzir uma penetração de um pistão num corpo de
prova de solo, e a pressão necessária para produzir a mesma
penetração numa brita padronizada.

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Assim, o CBR é expresso em porcentagem, numa


comparação entre a resistência do solo e a resistência padronizada.
Sendo que os valores de CBR para solos podem variar de mínimos
1% até valores altos, como maiores que 100%.

O ensaio é normatizado pela norma DNER-ME 049/94.


Basicamente, consiste em moldar um corpo de prova de solo que
passa na peneira ¾’’, e compactá-lo na umidade ótima em um molde
cilíndrico de 150 mm de diâmetro e 125 mm de altura (1), provido de
um anel complementar de extensão com 50 mm de altura (2).

(1)
(3)

(2)

(1) Molde cilíndrico; (2) anel complementar e (3) prensa CBR


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Após isso, o corpo de prova é imerso em água durante 4


dias. Após isso o corpo de prova é inserido em uma prensa (3) e
submetido à penetração por meio do puncionamento, em sua face
superior, de um pistão de 50 mm de diâmetro, sob uma velocidade
de penetração constante. A partir daí anota-se a pressão do pistão
correspondente ao deslocamento de 2,54 mm (P 0,1’’) e 5,08 mm (P
0,2’’). O CBR do solo será obtido pelo maior dos dois valores:

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O CBR é um importante parâmetro para a utilização dos


solos em pavimentação. Para o subleito do pavimento, o CBR exigido
é de 2%, no mínimo. Para sub-base, o CBR deve ser superior a 20%,
e para base, um mínimo de 60% ou até 80% a depender do tráfego
da rodovia.

Além disso, por meio do CBR é que tradicionalmente são


dimensionados os pavimentos em rodovias. Mas isso é assunto para
as próximas aulas!

Quando o corpo de prova é imerso na água, durante 4 dias,


é avaliada também a expansão axial do material em relação à altura
inicial do corpo de prova. São feitas leituras dessa expansão a cada
24 horas.

Solos com grande expansão sofrem grandes deformações


quando submetidos à ação do tráfego. Assim, um solo com bom
desempenho para a pavimentação deve possuir a menor expansão
possível. Por exemplo, para ser utilizado nos aterros, o solo deve ter
uma expansão máxima deve ser de 4%, e para os materiais
empregados na sub-base, 1%, e, para base, 0,5%.

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QUESTÕES COMENTADAS

1) (26 – TRF3/2014 – FCC) Sobre os solos e suas


características, considere:
I. O depósito sedimentar constituído por material
transportado pela água corrente denomina-se aluvião.

De acordo com o Manual de Implantação Básica de Rodovia do


DNIT, de 2010, a ação dos agentes naturais, chamados agentes
do intemperismo (de ordem física, química, físico-química e
biológica), pode ser local ou levada a outros locais, produzindo:

a) Solos de alteração ou residuais (alterações in situ);

b) Solos transportados: depósitos de partículas que sofreram erosão


e foram transportados para outros locais;

c) Solos superficiais: constituem o capeamento dos dois anteriores.


Produto da ação dos agentes naturais sobre os solos residuais e
transportados.

Todos os tipos de rocha formam solo residual – sendo que a


composição deste depende do tipo e da composição mineralógica
da rocha original que lhe deu origem, conforme a tabela a seguir:
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Os solos transportados formam geralmente depósitos mais


inconsolidados e fofos que os residuais, e com profundidade variável.

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Nos solos transportados, distingue-se uma variedade especial, que é


o solo orgânico, no qual o material transportado está misturado
com quantidades variáveis de matéria orgânica decomposta, que,
em quantidades apreciáveis, forma as turfeiras. De um modo geral, o
solo residual é mais homogêneo do que o transportado no
modo de ocorrer, principalmente se a rocha matriz for
homogênea.

Entre os solos transportados, é necessário destacar-se, de


acordo com o agente transportador, os seguintes tipos ainda:
coluviais, de aluvião, eólicos (dunas costeiras).

a) Solos de aluvião: os materiais sólidos que são


transportados e arrastados pelas águas e depositados nos locais em
que a corrente sofre uma diminuição na sua velocidade constituem os
solos aluvionares ou aluviões;
b) Solos orgânicos: os locais de ocorrência de
solos orgânicos se situam em áreas topográfica e
geograficamente bem caracterizadas: em bacias e
depressões continentais, nas baixadas marginais dos
rios e nas baixadas litorâneas.
c) Solos coluviais: Os depósitos de coluvião, também
conhecidos por depósitos de tálus, são aqueles solos cujo
transporte se deve exclusivamente à ação da gravidade.
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d) Solos eólicos: são de destaque apenas os


depósitos ao longo do litoral, onde formam as dunas.
e) Solos glaciais: não ocorrem no Brasil.

Gabarito: Correta

II. Areia com grãos de diâmetros compreendidos entre 0,20


mm e 0,60 mm denomina-se areia média.

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O DNIT adota a seguinte classificação:

- Pedregulhos: 2 mm (peneira nº 10) < D < 76 mm (3”)

- Areia Grossa: 0,42 mm (peneira nº 40) < D < 2 mm

- Areia Fina: 0,075 mm (peneira nº 200) < D < 0,42 mm

- Silte: 0,005 mm < D < 0,075 mm

- Argila: D < 0,005 mm

A ABNT adota a seguinte classificação:

- Pedregulho: entre 2 mm e 60 mm

- Areia: entre 0,06 mm e 2 mm

- Silte: entre 0,002 mm e 0,06 mm

- Argila: menor que 0,002 mm

E a areia divide-se em:

- areia grossa: entre 0,6 mm e 2 mm

- areia média: entre 0,2 mm e 0,6 mm

- areia fina: entre 0,06 mm e 0,2 mm

Gabarito: Correta
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III. Argila sensível é a argila cuja resistência no estado


natural é maior que no estado amolgado.

De acordo com Vargas (1977), no capítulo sobre sensibilidade,


as argilas que possuem estrutura, quando manipuladas mantendo
seu teor de umidade originário (amolgadas) perdem sua resistência.
A maior ou menor perda de resistência das argilas com estrutura
chama-se sensitividade, que é medida pela relação entre o resultado

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de um ensaio de compressão simples, RS feito antes do


remoldamento, e o depois R’S.

O índice de sensitividade é o seguinte: IS = RS/R’S

- IS = 1 – argilas insensitivas

- 2 < IS < 4 – pequena e média sensitividade

- IS > 8 – argilas extra-sensitíveis

Gabarito: Correta

IV. O processo de formação de solos típicos de climas quentes


e úmidos, que se caracteriza pela concentração eluvial de
óxidos e hidróxidos, principalmente, de alumínio e ferro
denomina-se laterização.

De acordo com o Manual de Implantação Básica de Rodovia do


DNIT, de 2010, a cimentação das partículas pelos óxidos de ferro e
alumínio e pelos carbonatos, que se precipitam em torno dos pontos
de contato, contribui para a coesão. Existem, por exemplo,
depósitos de laterita formados pela precipitação dos
óxidos de ferro e alumínio, transportados pelas águas do
solo, em terrenos aluvionares que, deste modo, adquirem
coesão. Nos solos residuais, a coesão pode resultar da cimentação
dos grãos por produtos remanescentes da rocha de origem ou
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precipitados no perfil do solo.

Gabarito: Correta

Está correto o que consta em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e III, apenas.

(C) II e III, apenas.

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(D) I e IV, apenas.

(E) II e IV, apenas.

Gabarito: A

2) (30 – TRF3/2014 – FCC) Um solo pode ser considerado


como um conjunto formado por partículas de diversos
tamanhos. A medida do tamanho das partículas constituintes
de um solo é feita por meio da granulometria e para
representação dessa medida utiliza-se uma curva de
distribuição granulométrica. Observe a figura.

As curvas granulométricas dos solos I, II e III, apresentadas


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na figura, podem ser classificadas, respectivamente, como


curvas

(A) uniforme, contínua e descontínua.

(B) descontínua, uniforme e contínua.

(C) uniforme, uniforme e contínua.

(D) descontínua, contínua e uniforme.

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(E) descontínua, descontínua e contínua.

Verifica-se que o solo I apresenta uma descontinuidade na


variação dos diâmetros no trecho aproximadamente vertical. O solo II
é uniforme, pois apresenta a maior parcela dos grãos com pouca
variação de diâmetro (curva vertical). E o solo III (linha cheia) é
contínuo, pois apresenta todas as faixas granulométricas entre os
limites.

Gabarito: B

3) (29 – TRF3/2014 – FCC) Solos são misturas trifásicas


compostas por frações sólida, líquida (água) e gasosa (ar). O
estado do solo é decorrente da proporção em que essas três
fases se apresentam, e isso irá determinar como ele vai se
comportar. A porosidade do solo pode ser expressa pela
relação entre
(A) o volume de vazios e o volume total do solo.

(B) a massa total do solo e a massa de água.

(C) o volume de água e o volume de sólidos.

(D) o volume de vazios e o volume de sólidos.

(E) a massa de sólidos e a massa de água. 09869669751

A porosidade é a relação entre o Volume de Vazios e o Volume


Total do solo. O índice de vazios é a relação entre o Volume de Vazios
e o Volume dos Sólidos do solo.

Gabarito: A

4) (28 – TRF3/2014 – FCC) Em laboratório, duas amostras


de solo são comparadas quanto à sua consistência. O solo A

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possui LL (Limite de Liquidez) igual a 71% e LP (Limite de


Plasticidade) igual a 40%. O solo B possui LP igual a 21% e IP
(Índice de Plasticidade) igual a 32%. Isto posto, é correto
afirmar que
(A) o solo B na umidade de 30% apresenta comportamento
líquido.

O solo B com 30% de umidade encontra-se na fase plástica,


pois o LP é de 21% e o LL é de 53% (21% + 32%).

(B) o solo A na umidade de 30% apresenta comportamento


plástico.

O solo A com 30% de umidade encontra-se na fase sólida, pois


o LP é de 40%. O LP indica a transição entre a fase sólida e a fase
plástica.

(C) ambos solos na umidade de 45%, o B será mais


consistente.

O solo A será mais consistente, pois a umidade de 45% está


mais próxima do LP de 40% do que do LP do solo B, de 21%.

(D) com ambos solos na umidade de 45%, o A será mais


consistente.

Exato, conforme visto no item anterior.


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(E) ambos solos na umidade de 45%, terão a mesma


consistência.

Errado, conforme vimos nos itens C e D

Gabarito: D

5) (27 – TRF3/2014 – FCC) Em laboratório, uma amostra


de solo no estado natural com 90 cm3 de volume teve sua

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massa medida igual a 162 g. A amostra foi colocada em estufa


e teve a massa novamente medida, agora igual a 135 g. O teor
de umidade da amostra é igual a
(A) 1,5%.

(B) 8,3%.

(C) 1,8%.

(D) 16,6%.

(E) 20%

h = (Ph – Ps)/Ps, h = (162 – 135)/135 = 0,2 = 20%

Gabarito: E

6) (40 – TRT-15/2013 – FCC) Uma amostra indeformada de


solo siltoso possui peso específico dos sólidos igual a 26,80
kN/m3, teor de umidade de 15% e índice de vazios igual a 1,0.
Portanto, o seu peso específico natural, em kN/m3, é
(A) 30,70.

(B) 13,00.

(C) 15,41.

(D) 23,22.
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(E) 18,75.

Peso específico natural = Ph/Vt

Peso específico dos sólidos = Ps/Vg, 26,8 = Ps/Vg, Ps = 26,8 Vg

h = (Ph – Ps)/Ps, 0,15 = (Ph – Ps)/Ps, Ph = 1,15. Ps = 30,82.Vg

e = Vv/Vg, Vv=Vg, Vt = Vg+Vv = 2.Vg

Peso específico natural = 30,82.Vg/(2.Vg) = 15,41 kN/m3


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Gabarito: C

7) (29 – CETESB/2013 – VUNESP) Uma amostra


indeformada de solo possui peso específico dos sólidos igual a
24 kN/m3 e teor de umidade de 50%. Se o índice de vazios da
amostra for igual a 2,0, o seu peso específico natural, em
kN/m3, é
(A) 38.

(B) 26.

(C) 18.

(D) 12.

(E) 8

Peso específico natural = Ph/Vt

Peso específico dos sólidos = Ps/Vg, 24 = Ps/Vg, Ps = 24 Vg

h = (Ph – Ps)/Ps, 0,15 = (Ph – Ps)/Ps, Ph = 1,5. Ps = 36.Vg

e = Vv/Vg, Vv=2.Vg, Vt = Vg+Vv = 3.Vg

Peso específico natural = 36.Vg/(3.Vg) = 12 kN/m3

Gabarito: D
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8) (54 – Infraero – Ass IV/2011 – FCC) O controle


tecnológico de execução das camadas de pavimento é de
grande importância para o bom desempenho da estrutura ao
longo do período de operação. O grau de compactação assume
grande importância neste controle. Este ensaio visa
determinar a relação entre a
(A) densidade in situ e a densidade mínima.

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(B) densidade in situ e a densidade máxima.

(C) umidade in situ e a umidade máxima.

(D) granulometria in situ e a densidade máxima.

(E) densidade dos grãos in situ e a densidade dos grãos


mínima.

De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, para


comprovar que a compactação está sendo executada devidamente,
deve-se determinar sistematicamente a umidade e a massa específica
aparente do material.

Para esse controle pode ser utilizado o speedy na determinação


da umidade (DNER ME 052/94), e processo do frasco de areia na
determinação da massa específica (DNER ME 092/94).

Chama-se grau de compactação ao quociente resultante da


divisão da massa específica obtida no campo pela massa específica
máxima obtida no laboratório:

Portanto, o grau de compactação do solo em uma obra de


pavimentação é dado pela razão entre o peso específico seco do solo
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no campo e o peso específico seco máximo obtido em ensaios de


laboratório.

Gabarito: B

9) (51 – TCE-SE/2011 – FCC) Os ensaios de penetração −


Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR) realizados sobre
corpos de prova compactados, moldados com amostras
deformadas, são utilizados na avaliação

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(A) da resistência ao desgaste dos materiais que podem ser


utilizados nas camadas do pavimento.

(B) das condições ótimas de umidade e densidade, para a


confecção das camadas de aterro.

(C) da resistência ao cisalhamento das argilas moles a muito


moles saturadas.

(D) das características texturais e de resistência para a


escolha da área de empréstimo nos projetos de
terraplenagem.

(E) da capacidade de suporte da plataforma de solo


compactado, para o projeto da superestrutura.

Conforme vimos na questão anterior, o ensaio de ISC ou CBR


destina-se a avaliar a capacidade de suporte do subleito.

O ensaio do ISC realiza-se com o solo compactado na umidade


ótima, com a energia especificada para aquela camada, após
submersão por 4 dias, submete-se o corpo de prova à penetração de
um pistão padronizado.

O valor do ISC ou CBR consiste na relação entre a pressão


necessária para produzir uma penetração do pistão no corpo
de prova do solo e a pressão necessária para produzir a
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mesma penetração em uma brita padronizada.

Gabarito: E

10) (56 – Infraero – Ass IV/2011 – FCC) Os agregados


utilizados em pavimentação devem possuir características
adequadas para o bom desempenho da estrutura de
pavimento. Para tanto, devem ser realizados ensaios de
laboratório visando a classificar o material. Para utilização de

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agregado graúdo em mistura de CBUQ, a especificação DNIT


031/2006 − ES − Pavimentos flexíveis − Concreto asfáltico
recomenda que sejam analisados
(A) o desgaste por abrasão Los Angeles, o índice de forma e a
durabilidade.

(B) o desgaste por abrasão Los Angeles, o equivalente de


areia e a alcalinidade.

(C) o desgaste por abrasão Los Angeles, o índice de forma e a


alcalinidade.

(D) a resistência à compressão, o índice de forma e a


durabilidade.

(E) a desgaste por abrasão Los Angeles, a resistência à


compressão e a rugosidade.

De acordo com a norma DNIT 031/2006-ES, o controle da


qualidade dos agregados consta do seguinte:

Ensaios de rotina:

– 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo


quente, por jornada de 8 horas de trabalho;

– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por


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jornada de 8 horas de trabalho;

– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer),


por jornada de 8 horas de trabalho.

Quando houver dúvidas ou variações quanto à origem e


natureza dos agregados, realizam-se os seguintes ensaios:

– ensaio de desgaste Los Angeles;

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– ensaio de adesividade. Se o concreto asfáltico contiver dope


também devem ser executados os ensaios de RTFOT ou ECA e de
degradação produzida pela umidade (durabilidade);

– ensaio de índice de forma do agregado graúdo;

Gabarito: A

11) (53 – TCE-SE/2011 – FCC) O ensaio de abrasão Los


Angeles é realizado em amostras de rocha para avaliar
(A) seus constituintes minerais, sua textura e seu grau de
alteração, sendo que os resultados obtidos permitem prever o
uso das rochas como agregado graúdo no concreto ou
utilização em pavimentos.

(B) sua resistência à capacidade de suporte, sendo que os


resultados obtidos permitem prever o comportamento que as
rochas irão apresentar quando utilizadas como reforço de
subleito.

(C) sua resistência ao desgaste, sendo que os resultados


obtidos permitem prever o comportamento que as rochas irão
apresentar durante a britagem.

(D) sua resistência ao cisalhamento, sendo que os resultados


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obtidos permitem prever o comportamento que as rochas irão


apresentar quando utilizadas como camada de pavimento.

(E) sua resistência à penetração, sendo que os resultados


obtidos permitem prever o comportamento de
deformabilidade que as rochas apresentarão durante a
britagem.

O ensaio de abrasão mede o desgaste sofrido pelo agregado


quando colocado na máquina “Los Angeles” juntamente com uma

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carga abrasiva, submetido a um determinado número de revoluções


desta máquina à velocidade de 30 rpm a 33 rpm.

Gabarito: C

12) (39 – Infraero/2011 – FCC) Os ligantes asfálticos ou


cimentos asfálticos de petróleo (designados pela sigla CAP)
são obtidos a partir de processos de refinamento do petróleo
cru, para as finalidades específicas de pavimentação, além de
outras aplicações. Os CAPs podem ser classificados por suas
diversas propriedades, no entanto, atualmente no Brasil, a
classificação de CAPs utiliza como parâmetro a
(A) durabilidade.

(B) viscosidade.

(C) densidade.

(D) adesividade.

(E) consistência.

Os CAPs são classificados pela consistência, medida pelo ensaio


de penetração (DNIT 155/2010 – ME), correspondente à
profundidade, em décimos de milímetro, que uma agulha padrão
penetra verticalmente na amostra de material sob condições
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prefixadas de carga, tempo e temperatura.

Uma agulha de massa padronizada (100g) penetra numa


amostra de volume padronizado de cimento asfáltico, por 5
segundos, à temperatura de 25ºC.

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A consistência do CAP é tanto maior quanto menor for a


penetração da agulha (Bernucci et al., 2006).

A penetração a 25ºC tem sido utilizada na especificação de


cimentos asfálticos em todos os países do mundo por várias décadas.

Em julho de 2005 foi aprovada pela Agência Nacional de


Petróleo, Gás e Energia (ANP) uma nova especificação de CAP para
todo o Brasil, que se baseia na penetração e nos ensaios vistos
anteriormente e é apresentada, parcialmente, na Tabela a seguir:

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Gabarito: E

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13) (41 – Infraero/2011 – FCC) Os asfaltos diluídos ou


recortados constituem CAPs liquefeitos por adição e mistura
de solventes. Expostos às condições ambientais, os solventes
evaporam de modo a restar somente o CAP. As emulsões
asfálticas são dispersões de uma fase em outra fase líquida.
As emulsões asfálticas são produzidas a partir de CAP
adicionado à água e ao agente emulsificante. Na
pavimentação, as principais utilizações dos asfaltos diluídos e
das emulsões asfálticas são, respectivamente,
(A) imprimadura impermeabilizante e pintura de ligação.

(B) pintura de ligação e pré-misturado a frio.

(C) tratamentos superficiais e imprimadura


impermeabilizante.

(D) pintura de ligação e microrrevestimento.

(E) areia-asfalto e imprimadura impermeabilizante.

Segundo Bernucci et al. (2006), o principal uso do asfalto


diluído na pavimentação é no serviço de imprimação de base de
pavimentos. Também é possível a utilização desse produto em
serviços de tratamento superficial, porém há uma tendência cada vez
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mais acentuada de redução de seu emprego em serviços por


penetração devido a problemas de segurança e meio ambiente
(emissão de hidrocarbonetos orgânicos voláteis).

As emulsões asfálticas são usadas nas misturas asfálticas


usinadas a frio, tal como o Pré-Misturado a Frio (PMF), nas Lamas
Asfálticas, Microrrevestimentos Asfálticos, Tratamentos Superficiais E
Pinturas de Ligação.

Gabarito: A

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14) (41 – Copergás/2011 – FCC) Para a implantação de uma


rodovia, a estrutura de pavimento deve ser dimensionada para
suportar o tráfego dos veículos comerciais durante o período
de projeto. O pavimento é constituído por camadas
sobrepostas sobre o solo do subleito. Para a execução do
projeto de pavimentação, a caracterização do subleito deve
ser constituída, no mínimo, por ensaios de
(A) umidade, CBR e limites de Atterberg.

(B) compactação, expansão e granulometria.

(C) CBR, limites de Atterberg e granulometria.

(D) limites de Atterberg, CBR e densidade.

(E) compactação, CBR e expansão.

De acordo com o Manual de Implantação Básica de Rodovia do


DNIT, de 2010, escolhido o traçado geométrico e realizados os furos
de sondagens, para a caracterização do subleito, deve ser
coletada, em cada furo de sondagem, para cada camada de solo,
uma amostra representativa, para a realização dos ensaios de
granulometria, limite de liquidez, limite de plasticidade e
umidade natural.
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A coleta deve ser procedida em pontos espaçados de 100 m,


atendendo à sequência: eixo, borda direita, eixo, borda esquerda,
eixo etc.

Em face do perfil de solos, deve ser programada a coleta de


amostras de solos ao longo do futuro corte, inclusive subleito, pela
escolha de pontos para a realização de ensaios de compactação e
do Índice de Suporte Califórnia (ISC), atendendo ao número
mínimo de nove ensaios para cada tipo de solo.

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No caso dos materiais dos cortes, o conhecimento de suas


características visa à aplicação futura como material de aterros
(corpo e topo) e como material de fundo de cortes em solos e em
rocha.

Os pontos de coleta, visando à realização dos ensaios de


compactação e ISC, devem ser utilizados, também, para coleta de
amostras para os ensaios de caracterização.

Ainda, com referência ao estudo dos materiais dos cortes,


incluindo o subleito, deve ser apresentado um Boletim de Sondagem,
onde deve constar, também, a presença do lençol d'água até a
profundidade de 1,50 m abaixo do greide. Este deve ser o critério
básico para a recomendação de instalação de drenos profundos nos
cortes; todavia, o projetista pode recomendar sua instalação,
justificadamente, com base em outros elementos, que possam
favorecer a acumulação d'água, tais como textura relativa dos solos,
condições topográficas, geológica etc.

Portanto, de acordo com o novo manual do DNIT, de 2010,


verifica-se que todos os itens poderiam estar corretos.

Gabarito Oficial: E

Gabarito Proposto: Anulação


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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

1) (26 – TRF3/2014 – FCC) Sobre os solos e suas


características, considere:
I. O depósito sedimentar constituído por material
transportado pela água corrente denomina-se aluvião.

II. Areia com grãos de diâmetros compreendidos entre 0,20


mm e 0,60 mm denomina-se areia média.

III. Argila sensível é a argila cuja resistência no estado


natural é maior que no estado amolgado.

IV. O processo de formação de solos típicos de climas quentes


e úmidos, que se caracteriza pela concentração eluvial de
óxidos e hidróxidos, principalmente, de alumínio e ferro
denomina-se laterização.

Está correto o que consta em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e III, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.


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(E) II e IV, apenas.

2) (30 – TRF3/2014 – FCC) Um solo pode ser considerado


como um conjunto formado por partículas de diversos
tamanhos. A medida do tamanho das partículas constituintes
de um solo é feita por meio da granulometria e para
representação dessa medida utiliza-se uma curva de
distribuição granulométrica. Observe a figura.

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As curvas granulométricas dos solos I, II e III, apresentadas


na figura, podem ser classificadas, respectivamente, como
curvas

(A) uniforme, contínua e descontínua.

(B) descontínua, uniforme e contínua.

(C) uniforme, uniforme e contínua.

(D) descontínua, contínua e uniforme.

(E) descontínua, descontínua e contínua.

(29 – TRF3/2014 – FCC) Solos são misturas trifásicas


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3)
compostas por frações sólida, líquida (água) e gasosa (ar). O
estado do solo é decorrente da proporção em que essas três
fases se apresentam, e isso irá determinar como ele vai se
comportar. A porosidade do solo pode ser expressa pela
relação entre
(A) o volume de vazios e o volume total do solo.

(B) a massa total do solo e a massa de água.

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(C) o volume de água e o volume de sólidos.

(D) o volume de vazios e o volume de sólidos.

(E) a massa de sólidos e a massa de água.

4) (28 – TRF3/2014 – FCC) Em laboratório, duas amostras


de solo são comparadas quanto à sua consistência. O solo A
possui LL (Limite de Liquidez) igual a 71% e LP (Limite de
Plasticidade) igual a 40%. O solo B possui LP igual a 21% e IP
(Índice de Plasticidade) igual a 32%. Isto posto, é correto
afirmar que
(A) o solo B na umidade de 30% apresenta comportamento
líquido.

(B) o solo A na umidade de 30% apresenta comportamento


plástico.

(C) ambos solos na umidade de 45%, o B será mais


consistente.

(D) com ambos solos na umidade de 45%, o A será mais


consistente.

(E) ambos solos na umidade de 45%, terão a mesma


consistência. 09869669751

5) (27 – TRF3/2014 – FCC) Em laboratório, uma amostra


de solo no estado natural com 90 cm3 de volume teve sua
massa medida igual a 162 g. A amostra foi colocada em estufa
e teve a massa novamente medida, agora igual a 135 g. O teor
de umidade da amostra é igual a
(A) 1,5%.

(B) 8,3%.

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(C) 1,8%.

(D) 16,6%.

(E) 20%

6) (40 – TRT-15/2013 – FCC) Uma amostra indeformada de


solo siltoso possui peso específico dos sólidos igual a 26,80
kN/m3, teor de umidade de 15% e índice de vazios igual a 1,0.
Portanto, o seu peso específico natural, em kN/m3, é
(A) 30,70.

(B) 13,00.

(C) 15,41.

(D) 23,22.

(E) 18,75.

7) (29 – CETESB/2013 – VUNESP) Uma amostra


indeformada de solo possui peso específico dos sólidos igual a
24 kN/m3 e teor de umidade de 50%. Se o índice de vazios da
amostra for igual a 2,0, o seu peso específico natural, em
kN/m3, é
(A) 38. 09869669751

(B) 26.

(C) 18.

(D) 12.

(E) 8

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8) (54 – Infraero – Ass IV/2011 – FCC) O controle


tecnológico de execução das camadas de pavimento é de
grande importância para o bom desempenho da estrutura ao
longo do período de operação. O grau de compactação assume
grande importância neste controle. Este ensaio visa
determinar a relação entre a
(A) densidade in situ e a densidade mínima.

(B) densidade in situ e a densidade máxima.

(C) umidade in situ e a umidade máxima.

(D) granulometria in situ e a densidade máxima.

(E) densidade dos grãos in situ e a densidade dos grãos


mínima.

9) (51 – TCE-SE/2011 – FCC) Os ensaios de penetração −


Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR) realizados sobre
corpos de prova compactados, moldados com amostras
deformadas, são utilizados na avaliação
(A) da resistência ao desgaste dos materiais que podem ser
utilizados nas camadas do pavimento.

(B) das condições ótimas de umidade e densidade, para a


confecção das camadas de aterro. 09869669751

(C) da resistência ao cisalhamento das argilas moles a muito


moles saturadas.

(D) das características texturais e de resistência para a


escolha da área de empréstimo nos projetos de
terraplenagem.

(E) da capacidade de suporte da plataforma de solo


compactado, para o projeto da superestrutura.

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10) (56 – Infraero – Ass IV/2011 – FCC) Os agregados


utilizados em pavimentação devem possuir características
adequadas para o bom desempenho da estrutura de
pavimento. Para tanto, devem ser realizados ensaios de
laboratório visando a classificar o material. Para utilização de
agregado graúdo em mistura de CBUQ, a especificação DNIT
031/2006 − ES − Pavimentos flexíveis − Concreto asfáltico
recomenda que sejam analisados
(A) o desgaste por abrasão Los Angeles, o índice de forma e a
durabilidade.

(B) o desgaste por abrasão Los Angeles, o equivalente de


areia e a alcalinidade.

(C) o desgaste por abrasão Los Angeles, o índice de forma e a


alcalinidade.

(D) a resistência à compressão, o índice de forma e a


durabilidade.

(E) a desgaste por abrasão Los Angeles, a resistência à


compressão e a rugosidade.

11) (53 – TCE-SE/2011 – FCC) O ensaio de abrasão Los


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Angeles é realizado em amostras de rocha para avaliar


(A) seus constituintes minerais, sua textura e seu grau de
alteração, sendo que os resultados obtidos permitem prever o
uso das rochas como agregado graúdo no concreto ou
utilização em pavimentos.

(B) sua resistência à capacidade de suporte, sendo que os


resultados obtidos permitem prever o comportamento que as
rochas irão apresentar quando utilizadas como reforço de
subleito.

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(C) sua resistência ao desgaste, sendo que os resultados


obtidos permitem prever o comportamento que as rochas irão
apresentar durante a britagem.

(D) sua resistência ao cisalhamento, sendo que os resultados


obtidos permitem prever o comportamento que as rochas irão
apresentar quando utilizadas como camada de pavimento.

(E) sua resistência à penetração, sendo que os resultados


obtidos permitem prever o comportamento de
deformabilidade que as rochas apresentarão durante a
britagem.

12) (39 – Infraero/2011 – FCC) Os ligantes asfálticos ou


cimentos asfálticos de petróleo (designados pela sigla CAP)
são obtidos a partir de processos de refinamento do petróleo
cru, para as finalidades específicas de pavimentação, além de
outras aplicações. Os CAPs podem ser classificados por suas
diversas propriedades, no entanto, atualmente no Brasil, a
classificação de CAPs utiliza como parâmetro a
(A) durabilidade.

(B) viscosidade.

(C) densidade.
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(D) adesividade.

(E) consistência.

13) (41 – Infraero/2011 – FCC) Os asfaltos diluídos ou


recortados constituem CAPs liquefeitos por adição e mistura
de solventes. Expostos às condições ambientais, os solventes
evaporam de modo a restar somente o CAP. As emulsões

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asfálticas são dispersões de uma fase em outra fase líquida.


As emulsões asfálticas são produzidas a partir de CAP
adicionado à água e ao agente emulsificante. Na
pavimentação, as principais utilizações dos asfaltos diluídos e
das emulsões asfálticas são, respectivamente,
(A) imprimadura impermeabilizante e pintura de ligação.

(B) pintura de ligação e pré-misturado a frio.

(C) tratamentos superficiais e imprimadura


impermeabilizante.

(D) pintura de ligação e microrrevestimento.

(E) areia-asfalto e imprimadura impermeabilizante.

14) (41 – Copergás/2011 – FCC) Para a implantação de uma


rodovia, a estrutura de pavimento deve ser dimensionada para
suportar o tráfego dos veículos comerciais durante o período
de projeto. O pavimento é constituído por camadas
sobrepostas sobre o solo do subleito. Para a execução do
projeto de pavimentação, a caracterização do subleito deve
ser constituída, no mínimo, por ensaios de
(A) umidade, CBR e limites de Atterberg.
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(B) compactação, expansão e granulometria.

(C) CBR, limites de Atterberg e granulometria.

(D) limites de Atterberg, CBR e densidade.

(E) compactação, CBR e expansão.

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GABARITO

1) A 5) E 9) E 13) A
2) B 6) C 10) A 14) A
3) A 7) D 11) C
4) D 8) B 12) E

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. DNIT. Manual de Implantação Básica de Rodovia, 3ª Edição, 2010.
2. DNIT. Manual de Pavimentação, 3ª Edição, 2006.
3. DNIT. Especificações de Serviços, Especificações de Material e
Métodos de Ensaio.
4. ANP. Resoluções sobre ligantes asfálticos.
5. BERNUCCI, L. B [et.al] - "Pavimentação Asfáltica". Rio de Janeiro,
2010.

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