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Dimensionamento e Avaliação sísmica de um edifício

metálico irregular contraventado de 3 pisos

Nuno Gonçalo Matos Pereira Esteves da Cruz

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em


Engenharia Civil

Orientadora: Professora Doutora Rita Maria do Pranto Nogueira Leite Pereira Bento

Júri
Presidente: Professor Doutor Luís Manuel Coelho Guerreiro
Orientadora: Professora Doutora Rita Maria do Pranto Nogueira Leite Pereira Bento
Vogal: Professor Doutor José Miguel de Freitas Castro

Abril 2015
Agradecimentos
Começo por expressar os meus sinceros e profundos agradecimentos à minha orientadora,
Professora Rita Bento pelo incansável apoio, disponibilidade, ensinamentos e incentivo ao longo
destes meses. Obrigado por sempre acreditar em mim qualquer que fosse o obstáculo enfrentado e
pela oportunidade de trabalhar neste desafiante e entusiasmante projeto. Revelou-se ser uma
experiência muito enriquecedora do ponto de vista profissional.

À Engenheira Rita Peres reservo uma enorme e sincera gratidão por tudo aquilo que me
ensinou, pela sua sabedoria, motivação, disponibilidade, dedicação e persistência desde o primeiro
dia de trabalho, que se revelaram preponderantes na realização desta dissertação.

Ao Professor José Miguel Castro da FEUP tenho a agradecer bastante pela sabedoria,
ensinamentos e sugestões partilhadas nos últimos meses.

Ao Engenheiro Filipe Ribeiro da FCT pela ajuda na compreensão de certas vertentes do


programa de elementos finitos OpenSees.

Em geral agradeço a todos os colegas e amigos com os quais me tornei mais próximo estes
últimos anos, pelo seu apoio e amizade incondicional demonstrados e pelos bons momentos
proporcionados. Em particular, e relativamente ao presente trabalho, tenho a agradecer ao Emanuel
Freitas pelas discussões construtivas, sugestões e motivação.

A minha mais profunda gratidão destina-se aos meus pais por todo o apoio, compreensão e
felicidade, o que sou hoje devo-o sobretudo a eles. Por esta razão e muitas mais, lhes dedico esta
dissertação.

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Resumo
As tipologias de pórticos metálicos mais utilizadas em regiões sísmicas são pórticos simples
constituídos por ligações rígidas (Moment Resisting Frames, MRFs), pórticos contraventados
concêntricos (Concentric Brace Frames, CBFs) e pórticos com contraventamento excêntrico
(Eccentrically Braced Frames, EBFs). Esta dissertação tem como objectivo o estudo de estruturas
metálicas restringidas lateralmente por pórticos contraventados concêntricos com diagonais em X
localizados em zonas sísmicas. É realizado o dimensionamento gravítico segundo o Eurocódigo 3
(EC3) e é aplicada a metodologia Improved Force Based Design (IFBD) proposta por (Villani et al.
2009), compatível com a metodologia prevista no Eurocódigo 8 (EC8), para o dimensionamento
sísmico. O EC8, de forma a garantir o comportamento dissipativo do pórtico CBF preconiza o
dimensionamento por capacidade resistente (capacity design principles) através de regras específicas
para os elementos dissipativos (contraventamentos) e não-dissipativos (colunas e vigas) com o
objetivo de obter um modo de colapso da estrutura por plastificação uniforme em altura dos
contraventamentos, mantendo vigas e colunas em regime elástico. Ambas as metodologias de
dimensionamento (IFBD e EC8) são aqui discutidas com especial foco às consequências que as
disposições do EC8 têm no dimensionamento sísmico de estruturas contraventadas. Nomeadamente
a dificuldade em garantir em paralelo níveis adequados de sobre-resistência e o limite de esbelteza
dos elementos dissipativos e de como este processo leva geralmente a soluções estruturais
sobredimensionadas e pesadas.

Duas estruturas, uma regular e outra irregular restringidas lateralmente por pórticos contraventados
concêntricos no seu perímetro, são dimensionadas segundo a metodologia IFBD complementada
com as prescrições regulamentares presentes no EC8 para o dimensionamento sísmico de pórticos
contraventados concêntricos. Recorre-se em ambas as estruturas a análises estáticas não lineares
(pushover) que permitem obter curvas de capacidade (resistência) em cada direção principal e em
seguida feita uma avaliação do desempenho sísmico de ambas as estruturas dimensionadas
recorrendo ao método N2 proposto pelo EC8.

Tentou-se ainda que as mesmas estruturas, submetidas a análises dinâmicas não-lineares, fossem
avaliadas quanto à resposta histerética dos contraventamentos em altura. Alguns problemas
numéricos não permitiram realizar o número de análises dinâmicas não lineares necessárias para
uma avaliação sísmica adequada.

A modelação realizada no âmbito da avaliação sísmica foi feita com recurso ao software de
elementos finitos direcionado para a análise não-linear, OpenSees (PEER, 2006). O código
concebido foi pioneiro na modelação não linear de estruturas metálicas contraventadas num ambiente
tridimensional.

Palavras-Chave: Estruturas contraventadas centradas; Improved Force Based Design; Análise


estática não-linear; Avaliação sísmica; OpenSees

iii
Abstract
The most common seismic-resistant steel frames built in areas of high seismicity are Moment
Resisting Frames (MRFs), Concentric Brace Frames (CBFs) and Eccentrically Braced Frames
(EBFs). This thesis aims at designing and evaluating the seismic response of X-Bracing CBFs steel
structures in particular. The design for the vertical loads is accomplished according to European code
EC3 while for seismic design an improved design procedure identified as Improved Force Based
Design (IFBD) proposed by Villani et al. (2009) was carried out in complete accordance with the
design criteria and detailing rules for frames with concentric braces prescribed by European code
EC8.

The IFBD procedure incorporates a proposal for an enhanced selection of the behaviour factor
resulting in an improvement of the force-based procedure implemented in EC8 and consequently aims
at the achievement of more optimised and economical solutions. A detailed comparison between IFBD
and EC8 design steps is carried out. The code procedure regarding the capacity design approach of
CBFs, which involves simultaneously ensuring overstrenght requirements and diagonal slenderness
limitations, is subjected to a critical assessment by the author concerning its consequences on the
design of CBFs, generally leading to oversized structural solutions.

A regular and irregular in plan three storey CBF structures are studied and they are both laterally
restrained, i.e. with concentrically braced frames all along its perimeter. These structures are designed
according to IFBD procedure in accordance with EC8´s design criteria and detailing rules and in
accordance with EC3’s rules regarding the resistance of cross-sections and buckling resistance of
members.

Afterwards, the capacity of both structures is defined through a non-linear static analysis, commonly
referred to as Pushover Analysis. Seismic performance evaluation is carried out through the N2
method, adopted by EC8, which takes into account the inelastic deformation and structural strength
demands imposed by the design ground motion on both structures.

The same set of structures is evaluated through a non-linear dynamic time history analysis, which
performance is only evaluated in terms of hysteretic response distribution along the height of the
structures.

The non-linear modelling of CBF structures in this study, accomplished throughout the finite-element
software OpenSees (PEER, 2006), was precursor at seismic evaluation in a tridimensional
environment for structures of this nature.

Key Words: Concentric Braced Frames; Improved Force Based Design; Non-linear static analysis;
Seismic assessment; OpenSees;

v
Índice

Índice Geral

AGRADECIMENTOS I

RESUMO III

ABSTRACT V

ÍNDICE GERAL VII

ÍNDICE FIGURAS XI

ÍNDICE TABELAS XVII

LISTA DE ABREVIATURAS XIX

1 Introdução 1
1.1 Enquadramento 1
1.2 Objetivo 2
1.3 Estrutura da Dissertação 3

2 Pórticos Contraventados 5
2.1 Evolução 5
2.2 Tipologias 6
2.3 Métodos de Análise 8
2.3.1 Dimensionamento 8
2.3.2 Avaliação Desempenho Sísmico 10
2.4 Comportamento não-linear dos contraventamentos e dimensionamento por capacidade resistente
(capacity design) 14

3 Dimensionamento para cargas verticais 19


3.1 Introdução 19
3.1.1 Apresentação das estruturas 19
3.1.2 Modelação das Estruturas 23
3.2 Ação Gravítica 25
3.3 Efeitos 2ª ordem 29
3.4 Verificação ELD 30

vii
Índice

3.5 Verificação ELU 31


3.5.1 Resistência da Secção 31
3.5.2 Resistência dos elementos à encurvadura 32
3.6 Soluções estruturais obtidas 34

4 Dimensionamento Sísmico 35
4.1 Introdução 35
4.1.1 Prescrições do EC8: Coeficiente de Comportamento e Tipos de Estrutura 35
4.1.2 Regras específicas do EC8 para pórticos com contraventamentos centrado 37
4.2 Ação Sísmica 39
4.3 Descrição Metodologia IFBD 40
4.3.1 Sistema lateral de restrição e dimensionamento dos perfis para as cargas verticais. 42
4.3.2 Corte basal elástico segundo o período fundamental da estrutura. 42
4.3.3 Limitação do deslocamento relativo entre pisos 42
4.3.4 Estimativa do coeficiente de comportamento 43
4.3.5 Corte basal de cálculo 48
4.3.6 Quantificação do coeficiente de sensibilidade. 48
4.3.7 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU) para a força de corte basal de cálculo.
Prescrições do EC8 50
4.3.8 Comentário aos critérios de dimensionamento por capacidade resistente do EC8 52
4.3.9 Resultados 54
4.3.10 Configuração Final dos Pórticos 56
4.3.11 Massas e Momentos de Inércia 57
4.3.12 Períodos e Modos de Vibração da configuração final das estruturas 58

5 Avaliação do Desempenho Sísmico 61


5.1 Introdução 61
5.2 Modelação Não-Linear das Estruturas 62
5.2.1 Introdução 62
5.2.2 Representação do comportamento não-linear 65
5.2.3 Elementos 66
5.2.4 Relação tensão-deformação dos materiais 68
5.2.5 Rigidez Torsional dos elementos estruturais 69
5.2.6 Massa 69
5.2.7 Laje 70
5.2.8 Transformações geométricas do sistema de coordenadas local para global 70
5.2.9 Ligações articuladas 71
5.2.10 Amortecimento Viscoso 77
5.2.11 Modos de Vibração OpenSees vs. SAP2000 78
5.3 Análise Estática Não Linear ( Análise Pushover ) 79

viii
Índice

5.3.1 Método N2 – método proposto pelo EC8 80


5.4 Análise Dinâmica não-linear 86
5.4.1 Definição da Ação Sísmica - Acelerogramas 87
5.5 Resultados - Método N2 89
5.5.1 Estrutura REG 89
5.5.2 Estrutura IRREG 102
5.6 Resultados - Análise Dinâmica não-linear 116
5.7 Comparação entre análises 118
5.7.1 Estrutura REG 118
5.7.2 Estrutura IRREG 120

6 Considerações Finais 123


6.1 Conclusões Finais 123
6.2 Recomendações para Desenvolvimentos Futuros 124

7 Bibliografia 127

ix
Índice Figuras

Índice Figuras
FIGURA 2.1: DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE PÓRTICOS CONTRAVENTADOS CENTRADOS (SABELLI, ROEDER & HAJJAR,
2013) ................................................................................................................................................................................................... 6

FIGURA 2.2: CONFIGURAÇÃO PORTICADA EM K (UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTIN 2006) .......................................................... 7

FIGURA 2.3: CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DE PÓRTICOS COM CONTRAVENTAMENTO EXCÊNTRICO (POPOV & ENGELHARDT
1988) ................................................................................................................................................................................................... 7

FIGURA 2.4: COMPORTAMENTO ELÁSTICO-PERFEITAMENTE PLÁSTICO DO MATERIAL (LOPES 2008) ........................................ 8

FIGURA 2.5: DIFERENÇA DO DIMENSIONAMENTO ENTRE MRF E CBF, (URIZ & PARK 2008).................................................... 10

FIGURA 2.6: RESPOSTA HISTERÉTICA DOS CONTRAVENTAMENTOS COM RÓTULAS NA EXTREMIDADE, (MAHMOUDI & ZAREE
2010) ................................................................................................................................................................................................. 15

FIGURA 2.7: PÓRTICOS CONTRAVENTADOS CENTRADOS EM X: (A) MECANISMO PLÁSTICO GLOBAL EXPECTÁVEL. (B)
MECANISMO SOFT-STOREY (ARCELORMITTAL 2009) .............................................................................................................. 16

FIGURA 2.8: PÓRTICO DE LIGAÇÕES RÍGIDAS: (A) COMPORTAMENTO PLÁSTICO UNIFORME. (B) MECANISMO SOFT-STOREY
(LOPES 2008) ................................................................................................................................................................................... 17

FIGURA 3.1: ESTRUTURA REGULAR EM PLANTA (REG) E RESPETIVAS BANDAS DE INFLUÊNCIA (DIMENSÕES EM M) ............. 20

FIGURA 3.2: ESTRUTURA IRREGULAR EM PLANTA (IRREG) E RESPETIVAS BANDAS DE INFLUÊNCIA (DIMENSÕES EM M)..... 20

FIGURA 3.3: ID CORTES ESTRUTURA REG ............................................................................................................................................ 21

FIGURA 3.4: ID CORTES ESTRUTURA IRREG........................................................................................................................................ 21

FIGURA 3.5: CORTE BB’ E CC’ (DIMENSÕES EM M ; ÂNGULOS EM GRAUS), DIREÇÃO Y ................................................................. 22

FIGURA 3.6: CORTE AA’ (DIMENSÕES EM M ; ÂNGULOS EM GRAUS), DIREÇÃO X ............................................................................ 22

FIGURA 3.7: MODELO T/O DOS CONTRAVENTAMENTOS (BRANDONISIO ET AL. 2012) ............................................................... 24

FIGURA 3.8: MODELO NO SAP2000 DO PÓRTICO RESISTENTE ......................................................................................................... 24

FIGURA 3.9: DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS GRAVÍTICAS NOS PÓRTICOS RESISTENTES EM Y (DIMENSÕES EM M).......................... 26

FIGURA 3.10: DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS GRAVÍTICAS NOS PÓRTICOS RESISTENTES EM X (DIMENSÕES EM M) ....................... 26

FIGURA 3.11: ID PÓRTICOS RESISTENTES E GRAVÍTICOS NA ESTRUTURA REG .............................................................................. 27

FIGURA 3.12: ID PÓRTICOS RESISTENTES E GRAVÍTICOS NA ESTRUTURA IRREG .......................................................................... 27

FIGURA 4.1: PÓRTICOS COM CONTRAVENTAMENTOS DIAGONAIS CENTRADOS (CEN 2004) ....................................................... 36

FIGURA 4.2: PÓRTICOS COM CONTRAVENTAMENTOS EM V CENTRADOS (CEN 2004) ................................................................. 37

FIGURA 4.3: PÓRTICOS COM CONTRAVENTAMENTOS EXCÊNTRICOS (CEN 2004)......................................................................... 37

FIGURA 4.4: CÁLCULO DAS ÁREAS DAS PROJEÇÕES HORIZONTAIS DAS SECÇÕES TRANSVERSAIS (CEN 2004) ......................... 38

xi
Índice Figuras

FIGURA 4.5: REPRESENTAÇÃO DO ESPECTRO DE RESPOSTA ELÁSTICO, SISMO TIPO1, SOLO TIPO B ............................................. 40

FIGURA 4.6: DIAGRAMA QUALITATIVO DE ESFORÇO AXIAL PARA A AÇÃO SÍSMICA NOS PÓRTICOS PLANOS SEGUNDO DIREÇÃO Y
.............................................................................................................................................................................................................. 45

FIGURA 4.7: DIAGRAMA QUALITATIVO DE ESFORÇO AXIAL PARA A AÇÃO GRAVÍTICA NOS PÓRTICOS PLANOS SEGUNDO DIREÇÃO
Y ........................................................................................................................................................................................................... 46

FIGURA 4.8: RESPOSTA PADRÃO DE UM PÓRTICO METÁLICO DE LIGAÇÕES RÍGIDAS (VILLANI ET AL. 2009) ............................ 46

FIGURA 4.9: MODELO T/O (TENSION ONLY) DAS DIAGONAIS (BRANDONISIO ET AL. 2012) ...................................................... 50

FIGURA 4.10: MODELO T/C DAS DIAGONAIS (BRANDONISIO ET AL. 2012) ................................................................................... 51

FIGURA 5.1: MODELO TRIDIMENSIONAL OPENSEES DA REG ............................................................................................................. 62

FIGURA 5.2: MODELO TRIDIMENSIONAL OPENSEES DA IRREG ........................................................................................................ 63

FIGURA 5.3: PÓRTICO 1, MODELO OPENSEES ....................................................................................................................................... 64

FIGURA 5.4: PÓRTICO 3, MODELO OPENSEES ....................................................................................................................................... 64

FIGURA 5.5: PÓRTICO 2, MODELO OPENSEES ....................................................................................................................................... 64

FIGURA 5.6: PÓRTICO 4, MODELO OPENSEES ....................................................................................................................................... 64

FIGURA 5.7: PÓRTICO 5, MODELO OPENSEES ....................................................................................................................................... 64

FIGURA 5.8: DISPOSIÇÃO TIPO DAS FIBRAS NA DUPLA DOS PERFIS HEB E IPE E PERFIS CHS (URIZ & PARK 2008) ............. 65

FIGURA 5.9: MODELAÇÃO CONTRAVENTAMENTO SEGUNDO (URIZ & PARK 2008), (A) IMPERFEIÇÃO INICIAL, (B) PONTOS
DE INTEGRAÇÃO DE GAUSS, (C) EXEMPLO DE TIPOS SECÇÃO TRANSVERSAL DISCRETIZADAS EM FIBRAS, (D) RELAÇÃO
CONSTITUTIVA UNIAXIAL TENSÃO-DEFORMAÇÃO PARA A FIBRA ............................................................................................... 66

FIGURA 5.10 EFEITO DA IMPERFEIÇÃO INICIAL NA RESPOSTA LOCAL DO CONTRAVENTAMENTO À COMPRESSÃO (URIZ ET AL.
2008) ................................................................................................................................................................................................. 67

FIGURA 5.11: EFEITO DA IMPERFEIÇÃO INICIAL NO COMPORTAMENTO HISTERÉTICO DO CONTRAVENTAMENTOS (URIZ ET AL.
2008) ................................................................................................................................................................................................. 67

FIGURA 5.12: COMPORTAMENTO DO COMANDO UNIAXIALMATERIAL HARDENING (MAZZONI ET AL. 2007) .......................... 68

FIGURA 5.13: VARIÁVEIS (EM CIMA) E COMPORTAMENTO (EM BAIXO) DO COMANDO UNIAXIALMATERIAL STEEL02
(MAZZONI ET AL. 2007) ................................................................................................................................................................. 69

FIGURA 5.14: ILUSTRAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA DE COORDENADAS LOCAIS PARA GLOBAIS (MAZZONI ET AL.
2007) ................................................................................................................................................................................................. 70

FIGURA 5.15: MODELO OPENSEES DO PÓRTICO NA DIR. Z (FORA DE ESCALA) E REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE
COORDENADAS GLOBAIS ................................................................................................................................................................... 71

xii
Índice Figuras

FIGURA 5.16: COMPORTAMENTO DO CONTRAVENTAMENTOS COMPRIMIDO, COM IMPERFEIÇÃO INICIAL FORA DO PLANO,
DOTADO DE LIBERTAÇÃO DA ROTAÇÃO FORA-DO-PLANO NAS EXTREMIDADES (UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTIN 2006)

.............................................................................................................................................................................................................. 71

FIGURA 5.17: PORMENOR CONSTRUTIVO DA LIGAÇÃO 'GUSSET PLATE'(UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTIN 2006) ................. 72

FIGURA 5.18: ESQUEMA LIBERTAÇÃO DE BASE DA COLUNA (FORA DE ESCALA).............................................................................. 72

FIGURA 5.19: ESQUEMA DA LIGAÇÃO ‘GUSSET-PLATE’ AO NÍVEL DOS PISOS (FORA DE ESCALA) E RESPETIVO SISTEMA GLOBAL
DE COORDENADAS.............................................................................................................................................................................. 73

FIGURA 5.20: PROCEDIMENTO ‘ROTSPRING3D’ PARA A RÓTULA DO CONTRAVENTAMENTO ......................................................... 73

FIGURA 5.21: COMPORTAMENTO UNIAXIALMATERIAL ELASTIC (MAZZONI ET AL. 2007) .......................................................... 74

FIGURA 5.22: MODELO FÍSICO ENCURVADURA 'FORA DO PLANO' DOS CONTRAVENTAMENTOS (UNIVERSITY OF TEXAS AT
AUSTIN 2006)................................................................................................................................................................................... 74

FIGURA 5.23: PÓRTICO 1, SECÇÃO DE EXTREMIDADE DA DIAGONAL COMPRIMIDA DO PISO 1, MOMENTOS FLETORES EM Z E Y
NORMALIZADOS VS DESLOCAMENTO NÓ DE CONTROLO .............................................................................................................. 75

FIGURA 5.24: PÓRTICO 1, SECÇÃO DE MEIO-VÃO DA DIAGONAL COMPRIMIDA DO PISO 1, MOMENTOS FLETORES EM Z E Y
NORMALIZADOS VS DESLOCAMENTO NÓ DE CONTROLO .............................................................................................................. 76

FIGURA 5.25: PÓRTICO 1, MODELO 2, CONTRAVENTAMENTOS, ESFORÇO AXIAL NORMALIZADO VS DEFORMAÇÃO AXIAL
NORMALIZADA.................................................................................................................................................................................... 76

FIGURA 5.26: COMANDO RAYLEIGH E RESPETIVAS VARIÁVEIS, (MAZZONI ET AL. 2007) ............................................................. 78

FIGURA 5.27: CURVA DE CAPACIDADE DE UMA ESTRUTURA METÁLICA DE LIGAÇÕES RÍGIDAS (LOPES 2008) ......................... 79

FIGURA 5.28: ESPECTRO DE RESPOSTA ELÁSTICO NO FORMATO ADRS ........................................................................................... 81

FIGURA 5.29: DISTRIBUIÇÃO MODAL DIR. Z ......................................................................................................................................... 81

FIGURA 5.30: DISTRIBUIÇÃO UNIFORME DIR. Z ................................................................................................................................... 81

FIGURA 5.31: DISTRIBUIÇÃO MODAL DIR. X ......................................................................................................................................... 82

FIGURA 5.32: DISTRIBUIÇÃO UNIFORME DIR. X ................................................................................................................................... 82

FIGURA 5.33: SISTEMA DE 1 GDL EQUIVALENTE PARA A CURVA DE CAPACIDADE (NOGUEIRO ET AL. 2006) .......................... 84

FIGURA 5.34: DETERMINAÇÃO CURVA IDEALIZADA ELASTO-PERFEITAMENTE PLÁSTICA (CEN 2004) .................................... 84

FIGURA 5.35: DETERMINAÇÃO DO DESLOCAMENTO OBJETIVO DO SISTEMA DE 1GL EQUIVALENTE PARA PERÍODOS BAIXOS
(NOGUEIRO ET AL. 2006) ............................................................................................................................................................... 85

FIGURA 5.36: DETERMINAÇÃO DO DESLOCAMENTO OBJETIVO DO SISTEMA DE 1GL EQUIVALENTE PARA PERÍODOS MÉDIOS OU
LONGOS (NOGUEIRO ET AL. 2006) ................................................................................................................................................ 85

FIGURA 5.37: CORRESPONDÊNCIA DOS REGISTOS COM O ESPECTRO RESPOSTA ELÁSTICO AG=0.3G, SISMO TIPO 1 SOLO B ... 88

FIGURA 5.38: ESTRUTURA REG, CURVA CAPACIDADE DIREÇÃO X ................................................................................................... 89

xiii
Índice Figuras

FIGURA 5.39: ESTRUTURA REG, PADRÃO MODAL DIR. X, CONTRAVENTAMENTOS PÓRTICOS 3, ESFORÇO AXIAL VS
DESLOCAMENTO RELATIVO ENTRE PISOS ...................................................................................................................................... 90

FIGURA 5.40: ESTRUTURA REG, PADRÃO MODAL DIR. X, CONTRAVENTAMENTOS PÓRTICO 3, ESFORÇO AXIAL VS
DESLOCAMENTO DE TOPO ............................................................................................................................................................... 90

FIGURA 5.41: ESTRUTURA REG, PADRÃO MODAL DIR. X, COMPARAÇÃO ENTRE CURVA DE CAPACIDADE DA CONTRIBUIÇÃO
DE CONTRAVENTAMENTOS DOS PÓRTICOS NA DIR. X E CURVA DE CAPACIDADE DO CORTE BASAL TOTAL ........................ 91

FIGURA 5.42: ESTRUTURA REG PÓRTICO 3, PADRÃO MODAL DIR. X, ESFORÇO AXIAL COMPRESSÃO NORMALIZADO VS
DESLOCAMENTO RELATIVO NORMALIZADO ................................................................................................................................... 92

FIGURA 5.43: ESTRUTURA REG, PÓRTICO 1, PADRÃO MODAL DIR. X, DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO TOPO ........ 93

FIGURA 5.44: ESTRUTURA REG, PÓRTICO 1, PADRÃO UNIFORME DIR. X, DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO TOPO .. 93

FIGURA 5.45: ESTRUTURA REG, CURVA DE CAPACIDADE DIR.Z ....................................................................................................... 94

FIGURA 5.46: ESTRUTURA REG, PADRÃO MODAL, PÓRTICO 1, DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO DE TOPO.............. 95

FIGURA 5.47: PADRÃO MODAL, DRIFTS ENTRE PISOS PARA UM VALOR DE DESLOCAMENTO DE TOPO 0,16M E 0,18 M ........ 95

FIGURA 5.48: ESTRUTURA REG, PADRÃO UNIFORME DIR. Z, PÓRTICO 1 DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO DE TOPO
.............................................................................................................................................................................................................. 95

FIGURA 5.49: ESTRUTURA REG, COMPARAÇÃO ENTRE CURVA DE CAPACIDADE DA CONTRIBUIÇÃO PARA O CORTE BASAL DOS
CONTRAVENTAMENTOS DOS PÓRTICOS NA DIR. Z E CURVA DE CAPACIDADE DE TODOS OS PÓRTICOS DA ESTRUTURA
(CORTE BASAL TOTAL)...................................................................................................................................................................... 96

FIGURA 5.50: PADRÃO MODAL DIR.Z, CONTRAVENTAMENTOS PÓRTICO 1, ESFORÇO AXIAL VS DESLOCAMENTO DE TOPO.. 97

FIGURA 5.51: PADRÃO MODAL DIR. Z, CONTRAVENTAMENTOS PÓRTICO 1, ESFORÇO AXIAL VS DESLOCAMENTO RELATIVO
ENTRE PISOS ....................................................................................................................................................................................... 97

FIGURA 5.52: ESTRUTURA REG, PÓRTICO 1, PADRÃO MODAL, ESFORÇO DE COMPRESSÃO NORMALIZADO VS DESLOC.
RELATIVO NORMALIZADO ................................................................................................................................................................. 97

FIGURA 5.53: ESTRUTURA REG, DETERMINAÇÃO GRÁFICA DO DESLOCAMENTO-ALVO DIR. X, SISTEMA 1GDL...................... 98

FIGURA 5.54: ESTRUTURA REG, CURVA DE CAPACIDADE DIR. X ATÉ AO DESLOCAMENTO-ALVO, SISTEMA MGDL ................ 98

FIGURA 5.55: ESTRUTURA REG, DETERMINAÇÃO GRÁFICA DO DESLOCAMENTO-ALVO DIR. Z, SISTEMA 1GDL ...................... 98

FIGURA 5.56: ESTRUTURA REG, CURVA DE CAPACIDADE DIR. Z ATÉ AO DESLOCAMENTO-ALVO, SISTEMA MGDL ................ 98

FIGURA 5.57: ESTRUTURA REG, PÓRTICO 3 ,DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS MÁXIMOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM CIMA,
E DRIFTS ENTRE PISOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM BAIXO. ................................................................................................... 99

FIGURA 5.58: ESTRUTURA REG PÓRTICO 1, DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS MÁXIMOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM CIMA,
E DRIFTS ENTRE PISOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM BAIXO ................................................................................................. 100

FIGURA 5.59: ESTRUTURA REG, RESPOSTA CONTRAVENTAMENTOS DO PÓRTICO 3 PARA O DESLOCAMENTO-ALVO .......... 101

xiv
Índice Figuras

FIGURA 5.60: ESTRUTURA REG, RESPOSTA CONTRAVENTAMENTOS DO PÓRTICO 1 PARA O DESLOCAMENTO-ALVO .......... 101

FIGURA 5.61: ESTRUTURA IRREG, CURVA CAPACIDADE DIR. X .................................................................................................... 102

FIGURA 5.62: ESTRUTURA IRREG PÓRTICO 4, ESFORÇO AXIAL CONTRAVENTAMENTOS VS DESLOCAMENTO DE TOPO..... 103

FIGURA 5.63: ESTRUTURA IRREG PÓRTICO 4, DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO TOPO ............................................. 103

FIGURA 5.64: ESTRUTURA IRREG PÓRTICO 4, ESFORÇO AXIAL COMPRESSÃO DA DIAGONAL NORMALIZADO VS
DESLOCAMENTO RELATIVO ENTRE PISOS NORMALIZADO........................................................................................................ 104

FIGURA 5.65: ESTRUTURA IRREG, CURVA DE CAPACIDADE DIR. Z............................................................................................... 104

FIGURA 5.66: ESTRUTURA IRREG, PÓRTICO 1 (CONTRAVENTAMENTOS), ESFORÇO AXIAL VS DESLOCAMENTO TOPO DO
PÓRTICO 1 ....................................................................................................................................................................................... 105

FIGURA 5.67: ESTRUTURA IRREG, PÓRTICO 2 (CONTRAVENTAMENTOS), ESFORÇO AXIAL VS DESLOCAMENTO TOPO DO
PÓRTICO 2 ....................................................................................................................................................................................... 105

FIGURA 5.68: ESTRUTURA IRREG, PADRÃO MODAL, DRIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO TOPO DO PÓRTICO 1 ....... 106

FIGURA 5.69: ESTRUTURA IRREG, PADRÃO MODAL, DIFTS ENTRE PISOS VS DESLOCAMENTO TOPO DO PÓRTICO 2 .......... 106

FIGURA 5.70: ESTRUTURA IRREG, PADRÃO MODAL, DESLOCAMENTO DE TOPO PÓRTICO I NORMALIZADO VS
DESLOCAMENTO NÓ DE CONTROLO ............................................................................................................................................ 107

FIGURA 5.71: ESTRUTURA IRREG , PÓRTICO 1, ESFORÇO AXIAL COMPRESSÃO NORMALIZADO VS DESLOC. RELATIVO ENTRE
PISOS NORMALIZADO ...................................................................................................................................................................... 108

FIGURA 5.72: ESTRUTURA IRREG, PÓRTICO 2, ESFORÇO AXIAL COMPRESSÃO NORMALIZADO VS DESLOC. RELATIVO ENTRE
PISOS NORMALIZADO ...................................................................................................................................................................... 108

FIGURA 5.73: ESTRUTURA IRREG, DETERMINAÇÃO GRÁFICA DO DESLOCAMENTO-ALVO DIR. X, SISTEMA 1GDL .............. 109

FIGURA 5.74: ESTRUTURA IRREG, CURVA DE CAPACIDADE DIR. X ATÉ AO DESLOCAMENTO ALVO, SISTEMA MGDL.......... 109

FIGURA 5.75: ESTRUTURA IRREG, DETERMINAÇÃO GRÁFICA DO DESLOCAMENTO-ALVO DIR. Z, SISTEMA 1GDL .............. 109

FIGURA 5.76: ESTRUTURA IRREG, CURVA DE CAPACIDADE DIR. Z ATÉ AO DESLOCAMENTO-ALVO NO CM, SISTEMA MGDL
........................................................................................................................................................................................................... 109

FIGURA 5.77: ESTRUTURA IRREG PÓRTICO 4, DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM CIMA, E


DRIFTS ENTRE PISOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM BAIXO .................................................................................................... 110

FIGURA 5.78: ESTRUTURA IRREG, TODOS PÓRTICOS DIR. Z, DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM
CIMA, E DRIFTS ENTRE PISOS NO DESLOCAMENTO-ALVO, EM BAIXO ...................................................................................... 111

FIGURA 5.79: ESTRUTURA IRREG, DIR. Z, DESLOCAMENTO DE TOPO NORMALIZADO .............................................................. 112

FIGURA 5.80: ESTRUTURA IRREG, RESPOSTA CONTRAVENTAMENTOS PÓRTICO 4 PARA O DESLOCAMENTO-ALVO ........... 112

FIGURA 5.81: ESTRUTURA IRREG, RESPOSTA CONTRAVENTAMENTOS PARA O RESPETIVO DESLOCAMENTO-ALVO NO


PÓRTICO 1 (EM CIMA) , PÓRTICO 3 (NO MEIO) E PÓRTICO 2 (EM BAIXO) ........................................................................... 113

xv
Índice Figuras

FIGURA 5.82: ESTRUTURA IRREG, PÓRTICO 1, ESFORÇO AXIAL NORMALIZADO COLUNAS VS DESLOCAMENTO TOPO DO
PÓRTICO ........................................................................................................................................................................................... 114

FIGURA 5.83: ESTRUTURA IRREG, PÓRTICO 2, ESFORÇO AXIAL NORMALIZADO COLUNAS VS DESLOCAMENTO DE TOPO DO
PÓRTICO ........................................................................................................................................................................................... 114

FIGURA 5.84: ESTRUTURA IRREG, COMPARAÇÃO ENTRE DESLOCAMENTO-ALVO E DESLOCAMENTO DE TOPO NORMALIZADO
VS DESLOCAMENTO NÓ DE CONTROLO ....................................................................................................................................... 115

FIGURA 5.85: PAR DE ACELEROGRAMAS COALINGA-01 .................................................................................................................... 116

FIGURA 5.86: ESTRUTURA REG DIREÇÃO Z, RESPOSTA HISTERÉTICA DOS CONTRAVENTAMENTOS. PISO 3 (EM CIMA, A
VERMELHO), PISO 2 (NO MEIO, A PRETO) E PISO 1 (EM BAIXO, A AZUL). ............................................................................. 117

FIGURA 5.87: ESTRUTURA REG DIREÇÃO X, RESPOSTA HISTERÉTICA DOS CONTRAVENTAMENTOS. PISO 3 (EM CIMA, A
VERMELHO), PISO 2 (NO MEIO, A PRETO) E PISO 1 (EM BAIXO, A AZUL). ............................................................................. 117

FIGURA 5.88: ESTRUTURA REG, CURVAS DE CAPACIDADE DIR. X ................................................................................................. 119

FIGURA 5.89: ESTRUTURA REG, CURVAS DE CAPACIDADE DIR. Z ................................................................................................. 119

FIGURA 5.90: ESTRUTURA IRREG, CURVAS DE CAPACIDADE DIR. X............................................................................................. 121

FIGURA 5.91: ESTRUTURA IRREG, CURVAS DE CAPACIDADE DIR. Z ............................................................................................. 121

FIGURA 5.92: ESTRUTURA IRREG, PADRÃO MODAL DIR. Z, DISTRIBUIÇÃO DO CORTE BASAL EM PLANTA ENTRE
DTOPONÓDECONTROLO = 0,01M E 0,1M................................................................................................................................................ 122

FIGURA 6.1: DETALHE DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DOS OFFSETS E GUSSET PLATE INCLUINDO A LOCALIZAÇÃO DA
RÓTULA COM RIGIDEZ ROTACIONAL (HSIAO ET AL. 2012) ..................................................................................................... 125

FIGURA 6.2: RELAÇÃO MOMENTO-ROTAÇÃO DA MOLA NÃO-LINEAR COM RIGIDEZ ROTACIONAL (HSIAO ET AL. 2012) ...... 125

xvi
Índice Tabelas

Índice Tabelas
TABELA 3.1: PROPRIEDADES AÇO ESTRUTURAL DAS VIGAS E COLUNAS ........................................................................................... 23

TABELA 3.2: PROPRIEDADES AÇO ESTRUTURAL DOS CONTRAVENTAMENTOS................................................................................. 23

TABELA 3.3: PROPRIEDADES DA LAJE MISTA ......................................................................................................................................... 23

TABELA 3.4: VALORES CARACTERÍSTICOS DAS CARGAS GRAVÍTICAS ................................................................................................. 25

TABELA 3.5: CARGAS GRAVÍTICAS CARACTERÍSTICAS DA PÓRTICO 1 E 2 NA IRREG ..................................................................... 28

TABELA 3.6: CARGAS GRAVÍTICAS CARACTERÍSTICAS DA PÓRTICO 3 NA IRREG ........................................................................... 28

TABELA 3.7: CARGAS GRAVÍTICAS CARACTERÍSTICAS DA PÓRTICO A ............................................................................................... 28

TABELA 3.8: CARGAS GRAVÍTICAS CARACTERÍSTICAS DA PÓRTICO 4 E 5 DA IRREG ..................................................................... 28

TABELA 3.9: CONFIGURAÇÃO DOS PÓRTICOS 1, 2 E 3 DA IRREG - DIMENSIONAMENTO GRAVÍTICO ......................................... 34

TABELA 3.10: CONFIGURAÇÃO DOS PÓRTICOS 4 E 5 DA IRREG - DIMENSIONAMENTO GRAVÍTICO........................................... 34

TABELA 4.1: LIMITE SUPERIOR DOS VALORES DE REFERÊNCIA DE COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO EM ESTRUTURAS
METÁLICAS PARA SISTEMAS REGULARES EM ALTURA (CEN 2004) ......................................................................................... 35

TABELA 4.2: REQUISITOS RELATIVOS À CLASSE DE SECÇÃO TRANSVERSAL (CEN 2004) ............................................................. 38

TABELA 4.3: PARÂMETROS PARA DEFINIR ESPECTRO DE RESPOSTA - SISMO TIPO 1, SOLO TIPO B ............................................. 39

TABELA 4.4: PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO PÓRTICO 1 E 2 ................................................................................................. 54

TABELA 4.5: PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO PÓRTICO 3 E 4 ................................................................................................. 54

TABELA 4.6: PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO DAS PÓRTICO 1, 2 E 3..................................................................................... 55

TABELA 4.7: PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO DA PÓRTICO 4 E 5 ........................................................................................... 55

TABELA 4.8: ESTRUTURA REG ; CONFIGURAÇÃO FINAL SÍSMICA PÓRTICO 1, 2, 3 E 4.................................................................. 56

TABELA 4.9: ESTRUTURA IRREG ; CONFIGURAÇÃO FINAL SÍSMICA PÓRTICO 1, 2, 3, 4 E 5......................................................... 56

TABELA 4.10: PESO DAS PAREDES EM CADA DIREÇÃO ......................................................................................................................... 57

TABELA 4.11: PESO DA LAJE POR PISO .................................................................................................................................................... 57

TABELA 4.12: MASSA TOTAL NAS DUAS DIREÇÕES ............................................................................................................................... 57

TABELA 4.13: MOMENTO POLAR DE INÉRCIA POR PISO ...................................................................................................................... 58

TABELA 4.14: RESUMO DAS MASSAS E MOMENTO POLAR DE INÉRCIA POR PISO ............................................................................. 58

TABELA 4.15: PERÍODOS E MODOS VIBRAÇÃO REG ............................................................................................................................. 58

TABELA 4.16: PERÍODOS E MODOS VIBRAÇÃO IRREG ........................................................................................................................ 59

TABELA 5.1: DIVISÃO DAS FIBRAS NAS SECÇÕES HEB, IPE E CHS.................................................................................................... 65

xvii
Índice Tabelas

TABELA 5.2: MÓDULO DE ELASTICIDADE, E [KPA] DOS MATERIAIS PRESENTES NO MODELO 1 E MODELO 2........................... 75

TABELA 5.3: VALORES DO COEFICIENTE Β PARA A ESTRUTURA REG E IRREG .............................................................................. 78

TABELA 5.4: COMPARAÇÃO MODOS VIBRAÇÃO ENTRE MODELOS T+C OPENSEES E SAP ............................................................. 79

TABELA 5.5: CÁLCULO DO FACTOR DE TRANSFORMAÇÃO EM AMBAS AS ESTRUTURAS PARA CADA DIREÇÃO ............................. 83

TABELA 5.6: CONJUNTO DOS ACELEROGRAMAS ADOTADOS................................................................................................................ 88

TABELA 5.7: CONFIGURAÇÃO PÓRTICOS DIR. X ESTRUTURA REG.................................................................................................... 91

TABELA 5.8: ESTRUTURA REG, CONFIGURAÇÃO PÓRTICOS DIR. Z................................................................................................... 97

TABELA 5.9: ESTRUTURA REG, VALORES DO FACTOR DE TRANSFORMAÇÃO EM CADA DIREÇÃO ................................................. 99

TABELA 5.10: ESTRUTURA REG, DESLOCAMENTOS-ALVO ................................................................................................................. 99

TABELA 5.11: CONFIGURAÇÃO PÓRTICOS DIR. X ESTRUTURA REG E ESTRUTURA IRREG ...................................................... 103

TABELA 5.12: CONFIGURAÇÃO PÓRTICOS DIR. Z PARA ESTRUTURA REG E ESTRUTURA IRREG ........................................... 107

TABELA 5.13: ESTRUTURA IRREG, VALORES DOS FACTOR DE TRANSFORMAÇÃO EM CADA DIREÇÃO..................................... 109

TABELA 5.14: ESTRUTURA IRREG, DESLOCAMENTOS-ALVO ......................................................................................................... 110

TABELA 5.15: ESTRUTURA REG, COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ANÁLISES......................................................................... 118

TABELA 5.16: ESTRUTURA IRREG, COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ANÁLISE ...................................................................... 120

TABELA 5.17: ESTRUTURA IRREG, DISTRIBUIÇÃO CORTE BASAL (%) DOS PÓRTICOS DA DIR. Z EM PLANTA ....................... 122

xviii
Lista de Abreviaturas
1GDL 1 grau de liberdade
ACSM Adaptive Capacity Spectrum Method
CBF Concentric Braced Frame, Pórticos metálicos com contraventamentos centrados
CEN Comité Européen de Normalisation
CQC Combinação Quadrática Completa
DCH Ductility Class High, Classe de ductilidade alta
DCM Ductility Class Medium, Classe de ductilidade média
EBF Eccentrically Braced Frame, Pórticos com contraventamentos excêntrico
EN 1993-1-1, Eurocódigo 3: Projeto de estruturas de aço – Parte 1-1: Regras gerais e
EC3
regras para edifícios
EN 1998-1, Eurocódigo 8: Projeto de estruturas para resistência aos sismos – Parte 1:
EC8
Regras gerais, ações sísmicas e regras para edifícios
ELD Estado de Limitação de Danos
ELU Estado Limite Último
IFBD Improved Force Based Design
IRREG Estrutura metálica porticada Irregular em planta
MGDL Múltiplos graus de liberdade
MPA Modal Pushover Analysis
MRF Moment Resisting Frames, Pórticos metálicos de ligações rígidas viga-coluna
NSP Nonlinear Static Procedures
OpenSees Open System for Earthquake Engineering Simulation
PEER Pacific Earthquake Engineering Research Center
PP Performance Point, deslocamento-alvo
RCP Restantes cargas permanentes
REG Estrutura metálica porticada Regular em planta
T/O Tension Only Model, Modelo com diagonais só à tração
T+C Tension and Compression Model, Modelo com diagonais à compressão e tração

xix
Capítulo 1. Introdução

1 Introdução

1.1 Enquadramento

O desempenho sísmico de estruturas metálicas foi avaliado durante o sismo de Northridge


(Califórnia) em 1994 e Kobe (Japão) em 1995 – verificou-se que estas apresentaram um
comportamento inadequado para a intensidade de ação sísmica ocorrida. Verificou-se a acumulação
de elevados prejuízos económicos resultantes da necessidade de reparação de estruturas metálicas
profundamente danificadas. Estes sismos afetaram em particular as estruturas metálicas porticadas
de ligações rígidas (Moment Resisting Frame, MRF) onde se verificou a rotura frágil das ligações
viga-coluna cujo comportamento contribuiu para a aprendizagem sobre este tipo de estruturas.

Segundo (Uriz & Park 2008) os projetistas previam que as ligações rígidas coluna-viga deste tipo de
edifícios tivessem capacidade de suportar rotações plásticas na ordem de pelo menos 2%. Porém
foram observadas roturas frágeis neste tipo de ligações. Os danos observados nestas estruturas
mostraram as limitações das abordagens de dimensionamento estipuladas nos regulamentos que
tinham estado em vigor até àquela data. Com o intuito de prevenir danos semelhantes no futuro,
foram levadas a cabo campanhas de investigação desde então. Apesar do menor número de
ocorrências em estruturas contraventadas no sismo de Northridge, estas também foram alvo de forte
investigação decorrente do fraco desempenho sísmico observado.

Hoje em dia os requisitos que se impõem ao projetista são muito mais exigentes, de tal forma que o
dimensionamento sísmico tem por base não apenas o critério de não colapso, tendo em vista a
salvaguarda da vida humana, mas também o critério de limitação de danos sob um sismo menos
severo mas mais frequente. Como tal o desempenho sísmico tem que estar aliado a uma reparação
fácil e de baixo custo da estrutura afetada. Este é o ponto essencial do presente e do futuro do
dimensionamento da engenharia sísmica, e que tem também relevo em Portugal sabendo-se que no
contexto da tectónica de placas, o território português constitui uma zona de sismicidade importante.

Os regulamentos atuais, em particular o Eurocódigo 8 (CEN 2004) especifica o critério de limitação


dos danos impostos a uma estrutura sujeita a uma ação sísmica para além do critério de não colapso.
A sua importância centra-se no intuito de manter o edifício com a mesma finalidade de uso para que
foi dimensionado. Outro ponto fulcral são que os custos associados à reparação/reabilitação do
edifício não sejam elevados em contraposto com o custo inicial da sua construção.

1
Capítulo 1. Introdução

O presente trabalho tem como objetivo o dimensionamento e a avaliação do comportamento sísmico


das estruturas metálicas com pórticos contraventados diagonais centrados. Estas estruturas, que se
inserem no tipo de estruturas denominadas Concentric Brace Frames (CBF), têm sido muito usadas
para resistir à ação sísmica e onde os contraventamentos vão ser os elementos sísmicos principais
para o desempenho sísmico destas estruturas (elementos considerados como fazendo parte do
sistema estrutural resistente à ação sísmica).

Num enquadramento histórico, em Portugal, as estruturas pioneiras com disposições construtivas


pensadas para resistir à ação sísmica, soluções contraventadas, tiveram lugar no pós-sismo de
Lisboa de 1755. Estas soluções estão presentes nos edifícios pombalinos que subsistem até aos dias
de hoje. Estes edifícios são essencialmente compostos por uma estrutura denominada Gaiola
Pombalina que consiste num conjunto de pórticos de madeira tridimensionais contraventados e
perpendiculares entre si.

1.2 Objetivo

Nesta dissertação pretende-se dimensionar e avaliar, face à ação sísmica, estruturas metálicas
tridimensionais constituídas por pórticos contraventados centrados. Assim, no âmbito do
dimensionamento é feito o estudo dos prós e contras associados à escolha de uma solução estrutural
CBF e é realizada uma abordagem crítica às prescrições do EC8 respeitantes à solução CBF.

Procede-se primeiro ao dimensionamento gravítico e sísmico de duas estruturas metálicas


tridimensionais de pórticos contraventados, uma regular e outra irregular em planta. O
dimensionamento gravítico é realizado de acordo com o EC3 (CEN 2005), enquanto que o
dimensionamento sísmico é feito com base na metodologia proposta por (Villani et al. 2009)
denominada Improved Force Based Design (IFBD) sendo esta compatível com o EC8 (CEN 2004).
Metodologia essa que foi aplicada em estruturas MRF na dissertação (Villani 2009) e aplicada em
estruturas CBF nesta dissertação.

Por forma a estimar a exigência realista de deformações e esforços, ambas as estruturas


dimensionadas são avaliadas quanto ao seu desempenho sísmico a partir do método de análise
baseado em deslocamentos, o método N2, que recorre a análises estáticas não lineares. . Pretende-
se ainda que as mesmas estruturas, sejam avaliadas quanto à resposta histerética dos
contraventamentos em altura, a partir da realização de análises dinâmicas não-lineares. A modelação
realizada no âmbito da avaliação sísmica é feita com recurso ao software de elementos finitos
direcionado para a análise não-linear, OpenSees (PEER, 2006), mas alguns problemas numéricos
não permitem realizar as análises dinâmicas não lineares necessárias para uma avaliação sísmica
adequada.

Este trabalho tem também como objetivo desenvolver código percursor na modelação tridimensional
de estruturas metálicas contraventadas, no âmbito da avaliação do desempenho sísmico, por via do
software de elementos finitos direcionado para a análise não-linear, OpenSees.

2
Capítulo 1. Introdução

1.3 Estrutura da Dissertação

A presente dissertação encontra-se dividida em seis capítulos, referencias bibliográficas e anexos.

No primeiro capítulo faz-se um enquadramento do tema e definem-se os objetivos desta dissertação.

No segundo capítulo apresenta-se a evolução histórica e diferentes tipologias de pórticos metálicos


contraventados e é descrito em detalhe o comportamento em regime não-linear dos
contraventamentos pertencentes a pórticos com contraventamento centrado (CBF) e o
dimensionamento por capacidade resistente deste tipo de pórticos. É feita a descrição e distinção dos
métodos de análise utilizados no dimensionamento sísmico e na avaliação sísmica.

No terceiro capítulo é descrito o dimensionamento para cargas verticais e apresentada a solução


estrutural obtida.

O quarto capítulo inicia-se com a descrição das regras de dimensionamento sísmico estabelecidas
pelo EC8, seguindo-se a definição da ação sísmica e a descrição do método de dimensionamento
IFBD devidamente descrito e comparado com a metodologia proposta no EC8. Também neste
capítulo se discute a avaliação do coeficiente de comportamento feita nesta dissertação e é feita uma
crítica construtiva relativamente às disposições preconizadas no EC8 alusivas a estruturas CBF.

O capítulo cinco começa com a descrição do modelo tridimensional desenvolvido no programa de


cálculo não linear OpenSees e com a definição dos passos do método de análise estática não-linear
aplicado nas estruturas dimensionadas. Os resultados da aplicação do método são apresentados e
discutidos. Uma comparação entre a análise dinâmica linear e a análise estática não-linear é feita
neste capítulo.

No sexto capítulo destina-se à apresentação das principais conclusões a reter desta investigação e
referidos os principais obstáculos enfrentados. Seguidamente um conjunto de recomendações para
investigações futuras no âmbito da avaliação sísmica são apresentadas.

3
Capítulo 1. Introdução

4
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

2 Pórticos Contraventados

2.1 Evolução

Nesta dissertação vamos abordar estruturas com pórticos com contraventamentos diagonais
centrados, inseridas no tipo de estrutura CBF.

A configuração estrutural CBF surgiu no passado da necessidade dos projetistas em obter pórticos
que garantissem as exigências de resistência e rigidez com soluções económicas (menor quantidade
de aço, mais leves, menores custos diretos). O processo construtivo era simplificado com a adoção
de ligações viga-coluna menos complexas.

As estruturas CBF, pela natureza dos seus contraventamentos são estruturas mais económicas em
termos de resistência face à ação lateral de um sismo em contraposto com as soluções MRF
(Moment Resisting Frame), ligação rígida viga-coluna, ou seja, com seções menos robustas é
possível garantir a mesma resistência sísmica. Para além de resistência, a geometria dos
contraventamentos nos pórticos resistentes dotam as estruturas de uma maior rigidez lateral, que se
revela decisiva na limitação do deslocamento relativo entre pisos. Por seu turno as estruturas MRF,
quando sujeitas a uma ação sísmica severa, são estruturas muito susceptíveis a grandes
deslocamentos relativos entre pisos o que aumenta muito a susceptibilidade destas aos efeitos
geometricamente não lineares i.e. aos efeitos de 2ª ordem. Como tal, em muitos casos de projeto, é
apenas lógico e natural que a escolha da solução estrutural recaia nas estruturas contraventadas em
detrimento das MRF.

Apesar das vantagens enunciadas, segundo Robert Tremblay (2000) o recurso a uma configuração
CBF em zonas de elevada sismicidade começou a ser muito contestado no passado devido à fraca
resposta em regime não linear. As razões tinham origem na limitada capacidade de dissipação de
energia, aparecimento de fendas prematuras nos contraventamentos sob ação cíclica, rotura frágil
das ligações dos contraventamentos e, em estruturas de vários pisos, ser uma solução estrutural
que estava sujeita a um mecanismo soft-storey devido à limitada capacidade de redistribuição de
esforços em altura. O comportamento deste tipo de pórticos é devidamente explicitado no subcapítulo
2.4.

Contudo os regulamentos modernos, onde se inclui o EC8, preveem medidas que torna possível
pórticos CBF apresentarem comportamento dúctil mantendo as exigências de resistência e rigidez a
baixo custo.

5
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

2.2 Tipologias

As diferentes tipologias plausíveis para pórticos de contraventamentos centrados estão


representadas na Figura 2.1. O comportamento dos contraventamentos sob ação cíclica (que está
devidamente explicitado no subcapítulo 2.4) é resumidamente caracterizado por sofrerem
encurvadura local e global quando sujeitos à compressão e por plastificarem sob tração. A resistência
inicial à compressão é inferior à resistência inicial de tração e com o aumento do número de ciclos de
carga a que os contraventamentos estão sujeitos sob a ação de um sismo, a resistência à
compressão tende a diminuir. Como tal para haver equilíbrio, ou seja, resistência lateral semelhante
em ambos os sentidos é essencial que um pórtico com contraventamentos diagonais, Diagonal
Bracing, tenha uma diagonal simétrica adjacente. Pela natureza simétrica das restantes tipologias o
referido equilíbrio é satisfeito.

A configuração resistente adotada nesta dissertação são os pórticos com contraventamentos


diagonais centrados em X, X-Bracing, cujo comprimento de encurvadura (𝐿𝑒𝑓𝑓 ) considerado neste
trabalho é o comprimento total da diagonal. Existe a variante de ser executada uma conexão a meio
vão que resulta num 𝐿𝑒𝑓𝑓 metade do comprimento total da diagonal.

Figura 2.1: Diferentes configurações de pórticos contraventados centrados (Sabelli, Roeder & Hajjar, 2013)

Segundo Sabelli et al. (2013) num pórtico contraventado centrado a resposta em regime não-linear
dos contraventamentos concentra-se num número limitado de pisos. Para fazer face a tal limitação
surge a configuração Multistory X-Bracing que permite a transferência de esforços para os pisos
superiores mesmo depois da encurvadura de certos contraventamentos pois aqueles que se
encontram traccionados são capazes de transmitir esse esforço para o piso de cima.

Nos pórticos com contraventamentos em V centrados, em que existe a variante Chevron e a variante
V-Bracing, os contraventamentos estão conectados a meio-vão das vigas como representado na
Figura 2.1. Significa que a viga está sujeita a momento fletor devido à ação vertical originária do
desequilíbrio criado pelos contraventamentos, em V ou V invertido, à compressão e tração. Com o
decréscimo de resistência à compressão do contraventamentos, aumenta o momento fletor presente
na viga. Para pórticos desta natureza o EC8 estipula que as vigas sejam dimensionadas para estes
momentos fletores e que as zonas dissipativas sejam tanto nas diagonais traccionadas como nas
comprimidas.

6
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

A característica inerente à configuração porticada em K é que a ação horizontal causada pelo


desequilíbrio dos contraventamentos (ação da mesma natureza da ação vertical presente nos
pórticos Chevron e V-Bracing) origina neste tipo de pórticos, momentos fletores e deformação não-
linear nas colunas que leva ao colapso prematuro da estrutura como está representado na Figura 2.2.
Por essa razão o EC8 não permite o uso de pórticos desta natureza.

Figura 2.2: Configuração porticada em K (University of Texas at Austin 2006)

As prescrições do EC8 referentes aos pórticos contraventados centrados ilustrados na Figura 2.1 e
aos pórticos contraventados excêntricos estão presentes no subcapítulo 4.1.

Os pórticos com contraventamento excêntrico (Figura 2.3) surgem como intermédio entre MRF e CBF
com o objetivo de combinar as vantagens inerentes a cada configuração. Segundo (Popov &
Engelhardt 1988) a característica mais atrativa no dimensionamento sísmico nestes pórticos é que
combinam a elevada rigidez elástica inerente aos pórticos CBF (permitindo satisfazer os requisitos de
drifts com uma escolha mais económica de perfis) com a elevada ductilidade e capacidade de
dissipação de energia, sob ação sísmica severa, associada aos pórticos MRF.

Figura 2.3: Configurações típicas de pórticos com contraventamento excêntrico (Popov & Engelhardt 1988)

7
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

2.3 Métodos de Análise

2.3.1 Dimensionamento

Para o dimensionamento gravítico e sísmico é habitual o recurso a modelos tridimensionais (3D)


elásticos lineares das estruturas. No dimensionamento sísmico recorre-se normalmente a análises
dinâmicas modais por espectro de resposta, com ação sísmica caracterizada pelo espectro de
resposta de cálculo (i.e. de dimensionamento).

Neste trabalho, para ambas as estruturas estudadas, definiu-se modelos lineares 3D. A análise modal
desenvolvida permitiu constatar que nas duas estruturas os três primeiros modos de vibração são os
que contribuem significativamente para a resposta global (cerca de 90%), como demonstrado no
subcapítulo 4.3.12.

No entanto, para a ação sísmica intensa as estruturas devem ser dimensionadas tendo em conta que
entram em regime não linear e que estão sujeitas a deformações plásticas. De facto, se assim não
fossem dimensionadas, as soluções projetadas seriam demasiado dispendiosas e
sobredimensionadas. Para ter em conta o comportamento não linear das estruturas o regulamento
(EC8) tem previsto a redução dos esforços e tensões sísmicas a partir de um coeficiente de
comportamento q, equação (2.1). O coeficiente de comportamento q, abrange a reserva de
resistência (overstrenght) e a capacidade de dissipação de energia (ductilidade) inerentes ao
comportamento não-linear das estruturas metálicas.

Para ilustrar o conceito de coeficiente de comportamento definido na equação (2.1), a Figura 2.4
representa o comportamento idealizado de uma estrutura dúctil sob ação sísmica, definido por um
modelo simplificado elástico perfeitamente plástico. Devido à capacidade de dissipação de energia, a
força máxima resistente está limitada a 𝐹𝑦 , não chegando a atingir-se a resistência máxima elástica
(𝐹𝑒 ). A equação (2.2) exprime o fator de ductilidade 𝜇 obtido pela deformação não linear da estrutura.

Figura 2.4: Comportamento elástico-perfeitamente plástico do material (Lopes 2008)

8
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

𝐹𝑒𝑙
𝑞= ; (2.1)
𝐹𝑦

𝑥𝑚𝑎𝑥
𝜇= ; (2.2)
𝑥𝑦

Na análise dinâmica modal por espectro de resposta, o comportamento dissipativo da estrutura é tido
em conta afetando de forma direta a ação sísmica, que resulta num espectro de resposta de cálculo.
O espectro de resposta de cálculo, é obtido por redução do espectro de resposta elástico, definido no
subcapítulo 4.2. Na prática, significa afetar, simplificadamente, os valores da aceleração espectral
elástica (SE(T)) pelo coeficiente de comportamento q, equação (2.3).

𝑆𝐸 (𝑇)
𝑆𝐷 (𝑇) = (2.3)
𝑞

2.3.1.1 MRF vs CBF

Pretende-se neste subcapítulo identificar as diferenças, a nível de projeto, entre dimensionar uma
estrutura porticada de ligações rígidas (MRF), e uma estrutura porticadas com contraventamentos
centrados (CBF), segundo o EC8.

É prática em projeto que o dimensionamento sísmico seja baseado em forças (Force-Based Design).
Dois critérios têm que ser verificados segundo o EC8, correspondentes a dois estados limites:

1. Critério do não colapso, em que para o Estado Limite Último (ELU) a capacidade resistente
lateral da estrutura tem que ser superior ao efeito da ação sísmica de cálculo;
2. Critério da limitação de danos, em que para o Estado de Limitação de Danos (ELD) os
deslocamentos relativos entre pisos (drifts) têm que ser limitados.

Nas estruturas MRF o segundo critério é usualmente o mais condicionante na configuração final de
vigas e colunas levando ao dimensionamento de pórticos mais rígidos para que seja possível
satisfazer o critério de limitação de danos. Como uma escolha de elementos mais rígidos é
normalmente sinónimo de maior resistência, a solução final em estruturas MRF é dotada de uma
capacidade resistente muito superior à exigida pelo regulamento.

A título de exemplo, ilustra-se na Figura 2.5 a curva de capacidade resistente da solução A, referente
a uma solução MRF cuja capacidade resistente satisfaz o limite da força basal de cálculo definida
pelo regulamento (MRF Design Shear) mas não satisfaz o nível de deformação limite estipulado no
ELD. A solução B, também MRF, corresponde a uma solução mais rígida que A que já verifica
simultaneamente ambos os critérios, porém a custo de se atingir uma capacidade resistente muito
superior ao valor de cálculo exigido no EC8 e sendo por isso uma solução sobredimensionada.

9
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

Figura 2.5: Diferença do dimensionamento entre MRF e CBF, (Uriz & Park 2008)

A frequência de vibração fundamental de um pórtico CBF é superior à frequência de uma


configuração MRF, considerando os dois pórticos com as mesmas dimensões em alçado e planta (i.e.
o período do pórtico CBF é inferior ao período do pórtico MRF correspondente). Este facto, em
conjunto com a atribuição pelo regulamento de um menor coeficiente de comportamento à solução
CBF, conduz a que os pórticos CBF estão geralmente sujeitos a valores de corte basal superiores
aos valores das soluções MRF. A curva de capacidade resistente C ilustrada na Figura 2.5, relativa a
uma solução CBF da mesma altura que as soluções A e B, demonstra que a maior rigidez inerente a
estruturas CBF (maior frequência, menor período) por comparação com as soluções MRF permite
satisfazer os dois critérios acima mencionados (para ELU e ELD), sem necessidade de aumentar
quer a rigidez quer a resistência dos elementos estruturais do pórtico.

Como a solução CBF não necessita de ter perfis tão robustos como uma solução MRF para verificar o
limite estipulado para os valores de drift , geralmente vai ter um nível inferior de sobre-resistência
(overstrenght) em relação às MRF e assim mais susceptíveis a maiores danos que as soluções MRF.

2.3.2 Avaliação Desempenho Sísmico

Como já referido existe hoje em dia um grau de exigência muito elevado em relação ao impacto
económico provocados pelos sismos. Segundo Lopes (2008) na perspectiva económica, o
desempenho sísmico depende dos danos causados, quantificados pelos custos de reparação (custos
diretos) como dos custos derivados da inoperacionalidade após o sismo (custos indiretos).
Indicadores relevantes dos danos causados são:

 Deslocamentos entre pisos, como indicador de danos em elementos não estruturais;


 Aceleração horizontal dos pisos, como indicador de danos em equipamentos elétricos e
mecânicos ou na queda ou deslizamento de objetos;
 Deformações não lineares de todos os elementos.

Os métodos de análise não linear visam avaliar o potencial desempenho sísmico das estruturas já
dimensionadas, por via da monitorização dos parâmetros acima descritos, verificando se estes não

10
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

excedem os limites estipulados. Como o dimensionamento é realizado com base na análise elástica,
e a não linearidade considerada simplificadamente a partir do coeficiente de comportamento, q, existe
incerteza da real contribuição do regime não linear na deformação da estrutura. Os procedimentos de
análise não linear permitem reduzir a incerteza envolta no comportamento não linear das estruturas e
chegar à conclusão se de facto o dimensionamento concebeu uma solução eficaz quer em resistência
quer na mitigação de danos.

Se as análises não lineares permitem conhecer o comportamento da estrutura mais próximo do real
então porque não são usadas hoje em dia em larga escala nos gabinetes de projeto ? E porque não
são os projetos de estrutura concebidos segundo métodos de análise baseados em deslocamentos
em vez dos métodos de análise usados pelos regulamentos baseados em forças?

Os métodos de análise não linear têm um uso mais alargado no seio da comunidade científica
(investigação) dado que do ponto de vista do projetista os referidos métodos, são muito mais
trabalhosos e/ou morosos, como tal pouco vantajosos no dimensionamento de edifícios. Isto deve-se
às incertezas e limitações do conhecimento atual associadas à modelação não linear de todos os
elementos importantes da estrutura (relação carga-deformação monotónica ou cíclica dos
contraventamentos p.e.), a dificuldade na aplicação de uma análise não linear à generalidade das
situações de projeto associada à falta de formação nesta área na generalidade do mercado de
trabalho atual. Todas as razões anteriormente enunciadas justificam o facto da implementação dos
métodos de análise não linear ser ainda incompatível com as restrições de tempo e orçamento
inerentes a qualquer gabinete de projeto. Como tal, a necessidade da rapidez de execução do projeto
abona em favor da prática corrente presente nos regulamentos baseada em métodos de análise
linear. Que apesar de ser uma análise que se afasta do real comportamento da estrutura, oferece
uma boa aproximação a este comportamento mas que vai resultar numa solução estrutural
geralmente sobredimensionada.

2.3.2.1 Análise Estática Não-Linear

Uma análise estática não-linear, denominada no seio da comunidade científica como análise
Pushover, em que se controlam os deslocamentos impostos por via do aumento monotónico do
padrão de cargas laterais, que permite assim obter a capacidade resistente da estrutura. Feita a
caracterização de cada estrutura, a partir da curva de capacidade resistente, a avaliação do
desempenho das estruturas dimensionadas pode ser feito com base em diferentes métodos
propostos na literatura e alguns já preconizados em regulamentos sísmicos. Os métodos (Nonlinear
Static Procedures, NSP) dividem-se em:

1. NSP Avançado: O método ACSM (Adaptive Capacity Spectrum Method) tem em conta a
contribuição de modos superiores na % de massa mobilizada e acumulação de deformações
na resposta da estrutura.

11
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

2. NSP Padrão: Métodos sem a consideração da acumulação de deformações, que têm em


conta a contribuição do modo fundamental ou contribuição do modo fundamental em conjunto
com modos superiores na % de massa mobilizada.

Neste trabalho vai-se recorrer ao método N2 simplificado, proposto no EC8 (CEN 2004) e pertencente
a uma análise pushover convencional (NSP padrão).

O nível de exigência a que a estrutura está sujeita, para a ação sísmica definida, traduz-se pela
obtenção do deslocamento objetivo (performance point, PP) através do método N2. A obtenção do
deslocamento objetivo, para determinada ação sísmica, permite recolher os seguintes dados
relevantes que permitem avaliar convenientemente a resposta da estrutura:

 Deslocamentos totais;
 Deslocamentos laterais relativos entre pisos;
 Deformações não lineares de todos os elementos.

Se o nível de exigência de esforços e deformações resultantes da ação sísmica for superior à


capacidade disponível da estrutura, o dimensionamento terá que ser alterado, por via da alteração de
perfis na estrutura e/ou maior pormenorização de certos elementos e ligações.

Dada a complexidade que pode estar associada a um modelo de elementos finitos, uma correta
avaliação sísmica passa por adotar um modelo físico simplificado mas que abrange as características
essenciais da estrutura que fortemente afetam o comportamento desta. Neste trabalho de dissertação
recorre-se ao programa de cálculo OpenSees (PEER, 2006) e a modelação não linear efetuada é
discretizada no subcapítulo 5.2

A descrição da análise pushover e a sequência de passos do método N2 é feita no subcapítulo 5.3

Segundo (Krawinkler & Seneviratna 1998) e (Nogueiro et al. 2006) as principais vantagens recorrendo
a uma análise pushover em contraposto com o recurso a uma análise elástica e uma análise não-
linear dinâmica são:

 permitir controlar os deslocamentos impostos à estrutura;


 evitar a utilização do coeficiente de comportamento q;
 conduzir à determinação de esforços realistas em elementos estruturais com potencial de
serem frágeis (por exemplo o esforço axial nas colunas e os esforços nas ligações dos
contraventamentos);
 permitir estimar a exigência de deformação não linear dos elementos estruturais, sendo
possível identificar a sequência da cedência até ao colapso nos elementos;
 Identificar as consequências da deterioração da resistência de determinados elementos no
comportamento global da estrutura;
 Reconhecer as zonas críticas onde grandes deformações são espectáveis e têm de ser
objecto de uma melhor e maior pormenorização no projeto;

12
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

 Identificar as descontinuidades de resistência em planta e em altura que levam a alterações


nas características do comportamento não linear;
 Estimar os deslocamentos relativos entre pisos, tendo em conta a deterioração da rigidez e
resistência, que podem ser usados no controlo de danos e na avaliação dos efeitos P-delta;
 Verificar a redistribuição de esforços como resultado do comportamento não linear dos
elementos.

Também segundo (Krawinkler & Seneviratna 1998) são referidos prós e contras na avaliação por
aplicação do método N2:

 Prós:

Para estruturas cujo modo fundamental representa a maior parte da resposta total da
estrutura, acima de 80% da massa total mobilizada, a análise pushover convencional simplificada
(método N2 simplificado) fornece uma boa estimativa das deformações não lineares locais e globais.
Ou seja, para uma estrutura que vibre predominantemente num só modo. Pela análise da
contribuição modal em cada direção da estrutura REG (Tabela 4.15) e estrutura IRREG (Tabela 4.16)
no subcapítulo 4.3.12, conclui-se que aplicar o método N2 simplificado nas estruturas dimensionadas
REG e IRREG é válido e apresenta resultados fidedignos.

Esta avaliação expõe debilidades na estrutura que usualmente não se registam na análise
elástica. A título de exemplo contam-se as deformações excessivas, mecanismos locais em pisos,
esforços excessivos em elementos que tenham um potencial comportamento frágil (p.e. colunas e
ligações dos contraventamentos)

 Contras:

Em estruturas cujos modos superiores têm uma grande influência na resposta total da
estrutura, como é exemplo um edifício de grande altura e/ou torsionalmente flexível derivado da
assimetria em planta, os resultados do método N2 simplificado podem não ser fidedignos.

Nesse sentido há diferentes propostas na literatura, dentro de uma análise NSP Padrão, para ter em
conta a contribuição dos modos superiores:

O Modal Pushover Analysis (MPA) proposto por Chopra e Goel (2002). O MPA considera
uma análise convencional pushover para todos os modos de vibração considerados
relevantes. Para cada pushover é considerado um padrão de carga proporcional ao diferente
modo de vibração da estrutura, e os resultados calculados a partir de cada análise estática
não linear são combinados (p.e. a partir de uma combinação modal completa CQC) a fim de
obter os resultados finais.

O método Extended N2 faz uso de factores de correção, baseados nos resultados da análise
dinâmica modal por espectro de resposta. Com recurso a este método, uma abordagem que
tem em conta o efeito da assimetria em planta das estruturas nos modos de vibração foi
proposta por Fajfar et al. (2005).

13
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

2.3.2.2 Análise Dinâmica Não-linear

A análise dinâmica não linear consiste em avaliar a resposta não linear das estruturas sujeitando-as a
um conjunto de registos de acelerações reais do solo (acelerogramas) escalados de forma a
corresponder ao espectro de resposta elástico para o qual ambas as estruturas nesta dissertação
foram previamente dimensionadas.

A resposta da estrutura é sensível, não só ao modelo não linear adotado para a estrutura, mas
também às características de cada acelerograma e como tal torna-se indispensável uma escolha
cuidada do número e das características dos diferentes tipos de acelerogramas. Os acelerogramas
escolhidos podem ser registos de eventos reais de diferentes magnitudes e intensidades que
sucederam no passado com o objetivo de simular cenários distintos. Em alternativa podem ser
acelerogramas artificiais, gerados de forma a serem representativos de acelerogramas reais.

As análises dinâmicas não lineares são consideradas as análises que melhor representam o
comportamento real das estruturas e os seus resultados são adotados normalmente para validar
outras análises. Por exemplo, frequentemente, para avaliar os resultados obtidos a partir de
diferentes métodos que recorrem a análises não lineares, comparam-se os resultados destas análises
com os das análises dinâmicas não lineares.

Neste trabalho de dissertação, os passos essenciais para a realização das análises dinâmicas não
lineares são apresentados no subcapítulo 5.4.

2.4 Comportamento não-linear dos contraventamentos e dimensionamento


por capacidade resistente (capacity design)

Era prática corrente em códigos antigos dimensionar as estruturas CBF como sendo menos dúcteis
que as estruturas MRF, dada a sua maior rigidez, conferindo um valor do coeficiente de
comportamento a adotar nas CBF mais baixo do que para as MRF. Este facto correspondia à única
prática exigida ao projeto sísmico para estruturas CBF.

Contudo as conclusões tiradas dos danos de sismos passados e de importantes campanhas de


investigação levadas a cabo demonstraram que o dimensionamento única e exclusivamente segundo
o critério anterior levava a um comportamento frágil da estrutura e a danos severos (Brandonisio et al.
2012). Segundo (Tremblay et al. 2003) as investigações referentes à resposta não linear cíclica de
contraventamentos, em diagonais com rótulas na extremidade, expostos a uma ação cíclica resulta
num comportamento histerético assimétrico (Figura 2.6) descrito por:

 Em fase de compressão, há redução da resistência de compressão quando a carga crítica é


atingida devido à plastificação a meio vão. Nos ciclos seguintes a resistência de compressão
decresce exponencialmente devido à deformação residual fora do plano originária de ciclos
anteriores e com possível ocorrência de encurvadura local a meio vão;

14
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

 Revertendo o sentido do carregamento, nas fases de tração, uma recuperação elástica


sucede seguida do aumento da resistência do elemento sob tração (endurecimento) ciclo
após ciclo de carga com deterioração da rigidez, acompanhada de aumento e acumulação de
deformação axial plástica, alongamento. O aumento de alongamento resulta numa maior
deformação fora do plano. Como tal para um certo nível de alongamento a resistência à
tração tende a decrescer.

Figura 2.6: Resposta histerética dos contraventamentos com rótulas na extremidade, (Mahmoudi & Zaree 2010)

Mahmoudi & Zaree (2010) definem resumidamente que as variáveis físicas presentes no
comportamento cíclico não linear instável são a encurvadura em compressão, o decréscimo da
resistência à compressão no pós-encurvadura, o aumento da tensão de cedência em tração, o
decréscimo da rigidez axial, fadiga em zonas críticas e o efeito de Bauschinger. O efeito de
Bauschinger caracteriza-se pelo aumento do valor da tensão à tração após atingida a tensão de
cedência (strain hardening); no entanto quando o sentido da carga se inverte, o valor da tensão de
cedência à compressão diminui.

O comportamento histerético, que corresponde à resposta cíclica a uma ação também ela cíclica que
no caso de estruturas MRF caracteriza-se por uma resposta estável, enquanto nas estruturas CBF
caracteriza-se por uma resposta instável.

Com a presença de todas as variáveis que definem este comportamento dinâmico (cíclico) não linear
dos contraventamentos, surge o desafio em criar um modelo o mais realista e eficiente possível que
simule eficazmente o comportamento não linear destes elementos estruturais. No capítulo da
avaliação sísmica das estruturas em estudo na presente dissertação modela-se no programa de
elementos finitos OpenSees um comportamento histerético instável dos contraventamentos de acordo
com experiências passadas e avalia-se o comportamento global das estruturas porticadas
contraventadas centradas.

A resposta lateral nas estruturas CBF é caracterizada pela resposta em regime não-linear dos
elementos de contraventamento. É através do comportamento histerético (resposta cíclica) de pós
encurvadura devido à ação cíclica que as diagonais plastificam e dissipam energia. A capacidade de
dissipação de energia é quantificada pela área sob os ciclos histeréticos de carga e descarga. Outra
importante conclusão das investigações é o aumento da capacidade de dissipação de energia com a

15
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

redução da esbelteza da diagonal. Segundo Tremblay (2000) para a mesma força lateral imposta, os
drifts entre pisos e ductilidade das diagonais são inferiores se no dimensionamento sísmico forem
escolhidas diagonais com maiores esbeltezas normalizadas.

Hoje em dia para garantir ductilidade e capacidade de dissipação na estrutura é prática corrente nos
regulamentos, para além de atribuir um coeficiente de comportamento às estruturas CBF inferior do
que o das MRF, incluir critérios de dimensionamento por capacidade resistente (capacity design).

A prática do EC8 relativa ao capacity design nas estruturas metálicas com pórticos contraventados
centrados consiste em forçar que a plastificação ocorra nos elementos diagonais enquanto que vigas
e colunas e ligações se mantenham em regime linear. Como a energia dissipada é limitada pela
encurvadura não linear das diagonais, é importante controlar a encurvadura estes elementos de
forma a obter um comportamento histerético o mais estável possível, grande ductilidade e grande
capacidade de dissipação de energia. Dado que na resposta à ação lateral, também as colunas e as
vigas estão sujeitos a esforço axial, é importante garantir que tais elementos tenham resistência
suficiente para se manterem em regime linear enquanto ocorre a resposta não linear nos
contraventamentos.

Pelas razões enunciadas acima surge no EC8 como critério de capacity design, a limitação do
intervalo da esbelteza normalizada nos elementos dissipativos (cujo intervalo de valores se encontra
definido no subcapítulo 4.3.7.1.) e a exigência de certos níveis de sobre-resistência nos elementos
não-dissipativos.

Da aplicação dos critérios de capacity design é espectável que se previna a formação de um


mecanismo de soft-storey, ou seja, impede-se que a estrutura forme um mecanismo plástico de rotura
global instável que prematuramente não tire proveito da resistência global disponível. A diferença
entre um mecanismo plástico global espectável e um mecanismo soft-storey na estruturas em estudo
está representada na Figura 2.7
(a (b)
)

Figura 2.7: Pórticos contraventados centrados em X: (a) Mecanismo plástico global expectável. (b) Mecanismo Soft-
Storey (ArcelorMittal 2009)

16
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

(a (b)

Figura 2.8: Pórtico de ligações rígidas: (a) Comportamento plástico uniforme. (b) Mecanismo Soft-Storey (Lopes 2008)

A título comparativo com estruturas MRF, um mecanismo de soft-storey neste tipo de estruturas
consiste na plastificação das colunas antes das vigas como se representa na Figura 2.8 (b).Para
impedir a formação de um mecanismo global do tipo soft-storey em estruturas MRF é aplicado o
princípio viga fraca-pilar forte em que se impõe a plastificação das vigas antes das colunas.

17
Capítulo 2. Pórticos com contraventamentos centrado

18
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3 Dimensionamento para cargas verticais

3.1 Introdução

O EC3 (CEN 2005) inclui as prescrições referentes ao dimensionamento gravítico de estruturas


metálicas

É deste dimensionamento que vão ser escolhidos os perfis a ser usados em definitivo no
dimensionamento sísmico. Os perfis standard europeus usados são o HEB para colunas, IPE para as
vigas e CHS para contraventamentos.

3.1.1 Apresentação das estruturas

São selecionadas duas estruturas metálicas de três pisos, uma regular outra irregular. As estruturas
regular e irregular vão doravante ter a designação de estrutura REG e estrutura IRREG,
respetivamente.

A configuração em planta das estruturas REG e IRREG encontram-se representadas nas Figura 3.1 e
Figura 3.2, respetivamente. Tanto na direção X como na direção Y os pórticos resistentes à ação
sísmica consistem em pórticos com contraventamentos diagonais centrados. De referir que a zona
central (6 ∗ 4 𝑚2 ) é aberta em toda a altura do edifício com o propósito de incorporar elevadores e
caixa de escadas.

19
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Figura 3.1: Estrutura Regular em planta (REG) e respetivas bandas de influência (dimensões em m)

Figura 3.2: Estrutura Irregular em Planta (IRREG) e respetivas bandas de influência (dimensões em m)

20
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Os pórticos identificados (Pórtico i ) na Figura 3.1 e Figura 3.2 são os pórticos resistentes à ação
sísmica na estrutura REG e IRREG, respectivamente. Enquanto que os restantes pórticos não
identificados são pórticos gravíticos.

A configuração dos pórticos resistentes em ambas as direções, resistentes à ação lateral por via de
contraventamentos em diagonal cruzada em X (X-Bracing) estão representados pelos cortes da
Figura 3.5 e Figura 3.6. A identificação e localização dos cortes na estrutura REG e estrutura IRREG
estão representados na Figura 3.3 e Figura 3.4, respetivamente.

Figura 3.3: ID Cortes Estrutura REG

Figura 3.4: ID Cortes Estrutura IRREG

21
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Figura 3.5: Corte BB’ e CC’ (dimensões em m ; ângulos em graus), Direção Y

Figura 3.6: Corte AA’ (dimensões em m ; ângulos em graus), Direção X

O modelo foi elaborado no software de análise estrutural SAP2000v17 (Inc. 2014) . As hipóteses
simplificativas tidas em conta tanto para a análise tridimensional gravítica como para a sísmica
encontram-se justificadas no subcapítulo 3.1.2,

Admitiu-se que a laje descarrega diretamente nas vigas dos pórticos segundo Y e em vigas
secundárias segundo X que descarregam com cargas pontuais nos pilares dos pórticos segundo Y.
Nos vãos das vigas dos pórticos resistentes segundo X atuam cargas pontuais resultantes das
bandas de influência de 2m da laje.

As áreas de influência da laje representadas na Figura 3.1 e Figura 3.2, são bandas de 2 m interiores
e bandas de 1m para os pórticos contraventados em Y no perímetro da estrutura (Pórtico 1 e 2 da
REG e Pórtico 1 e 3 da IRREG).

22
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3.1.2 Modelação das Estruturas

O modelo efetuado no SAP2000 cujos materiais e considerações são detalhados no presente


subcapítulo, é válido tanto para o dimensionamento gravítico como para o sísmico.

3.1.2.1 Materiais

As características dos materiais usados estão definidas em seguida. A Tabela 3.1 representa as
propriedades do aço usado nas vigas e colunas.

Tabela 3.1: Propriedades aço estrutural das Vigas e Colunas

Módulo de Elasticidade, E [GPa] 210


Tensão de cedência, fy [MPa] 275
Tensão última, fu [MPa] 430
Coeficiente Poisson, ν 0,3

A Tabela 3.2 representa as propriedades do aço usado nos contraventamentos.

Tabela 3.2: Propriedades aço estrutural dos Contraventamentos

Módulo de Elasticidade, E[GPa] 210


Tensão de cedência, fy[MPa] 355
Tensão última, fu[MPa] 510
Coeficiente Poisson , ν 0,3

As propriedades da laje mista do tipo Holorib S280 -0,9 GAUGE- Normal estão representadas na
Tabela 3.3.

Tabela 3.3: Propriedades da laje mista

Módulo de Elasticidade, E [GPa] 30


2
RCP [kN/m ] 1,0
2
Peso Laje + RCP [kN/m ] 3,93

Espessura Laje [mm] 120


3.1.2.2 Pilares, Vigas e Contraventamentos

Como vigas e pilares resistem somente às ações gravíticas, as vigas bi-rotuladas, sujeitas apenas a
momentos fletores positivos M+ a meio-vão, e as colunas têm libertação de momento flector na
extremidade inicial do elemento barra no piso 1. A libertação de base sem qualquer alteração das
secções das colunas origina uma pequena alteração da rigidez do pórtico resistente em relação à
ausência desta libertação.

23
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

As diagonais dos contraventamentos são bi-rotuladas dado que apenas estão sujeitos a esforços
axiais. A configuração dos contraventamentos são em X de forma a que a estrutura exiba a mesma
capacidade resistente quando ocorre a inversão de esforços.

Como se trata de um pórtico com contraventamento centrado com diagonais em X, segundo a Cl.
6.7.2 (2) do EC8, numa análise elástica da estrutura sob a ação sísmica apenas devem-se modelar
as diagonais à tração como os únicos elementos dissipativos dos pórticos (T/O – Tension Only
model). Nesse sentido apenas se modela uma das diagonais em X por piso como demonstrado na
Figura 3.7.

Figura 3.7: Modelo T/O dos contraventamentos (Brandonisio et al. 2012)

Ora, esta opção é do lado da segurança porque as diagonais comprimidas na realidade têm a sua
contribuição na rigidez da estrutura (as diagonais comprimidas são verificadas no dimensionamento
gravítico). Portanto a exclusão das diagonais comprimidas para além de resultar em menor rigidez do
modelo do pórtico resistente, dispensa a necessidade de verificar a instabilidade das diagonais
comprimidas no dimensionamento sísmico. Contudo realiza-se verificação da instabilidade à
encurvadura das colunas comprimidas. A Figura 3.8 representa o corte de um pórtico resistente
segundo Y ilustrando as libertações já descritas e aplicadas em todo o modelo tridimensional nas
extremidades de colunas, vigas e contraventamentos.

A adopção deste modelo permite modelar adequadamente o comportamento real de um CBF, em que
a rigidez da estrutura às ações horizontais é em grande parte fornecida pelas diagonais do
contraventamentos (elementos sujeitos unicamente a esforços axiais). O resto do pórtico resistente
(vigas e pilares) pouco contribuem para a rigidez lateral da estrutura.

Figura 3.8: Modelo no SAP2000 do pórtico resistente

24
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3.1.2.3 Pavimentos

De forma a modelar o comportamento rígido no plano dos pisos,, no plano XY, considerou-se um
diafragma (Joint Constraint >> Diaphragm) específico para cada piso. Ao nível do modelo significa
afectar todos os nós de um determinado piso com este comando.

Segundo EC8 4.3.1(4) a operação de diafragma considera que os pisos são rígidos no seu plano e as
massas e momentos de inércia podem estar concentradas no centro de gravidade (CG) do piso. A
opção por um diafragma rígido para além de evitar a modelação da laje do piso simula a elevada
rigidez axial inerente às lajes e, como tal, compatibiliza os deslocamentos relativos ao nível de cada
piso.

3.2 Ação Gravítica

As cargas gravíticas características estão resumidas na Tabela 3.4.

Tabela 3.4: Valores característicos das cargas gravíticas

ID Piso
2
Peso próprio laje [kN/m ] 2,93
Cargas Permanentes 2
RCP [kN/m ] 1
1e2 (𝐺𝑘 )
Paredes (Carga de Faca) [kN/m] 13,3
2
Sobrecarga (𝑄𝑘 ) [kN/m ] 2
2
Peso próprio laje [kN/m ] 2,93
Cargas Permanentes 2
RCP [kN/m ] 1
3 (𝐺𝑘 )
Paredes (Carga de Faca) [kN/m] 0
2
Sobrecarga (𝑄𝑘 ) [kN/m ] 1

As cargas gravíticas nos pórticos em Y (Figura 3.9) são transferidas por cargas distribuídas no vão (q)
e cargas pontuais (Q), nos pilares que advêm das vigas dos pórticos em X.

As cargas gravíticas nos pórticos em X (Figura 3.10) são cargas distribuídas (p) de natureza de
cargas de faca da parede no contorno da estrutura. Também existem cargas pontuais (F) nos pilares
resultante estas das vigas em Y e cargas pontuais no vão devido às bandas de influência da laje.

As sobrecargas de vento e neve não foram incluídas por não serem consideradas condicionantes.

25
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Figura 3.9: Distribuição das cargas gravíticas nos pórticos resistentes em Y (dimensões em m)

Figura 3.10: Distribuição das cargas gravíticas nos pórticos resistentes em X (dimensões em m)

26
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Para além dos pórticos resistentes já identificados, acrescentam-se à Estrutura REG (Figura 3.11) e
Estrutura IRREG (Figura 3.12) a localização dos pórticos gravíticos, Pórtico A e Pórtico B,
designações necessárias ao nível do pré-dimensionamento e dimensionamento gravítico.

Figura 3.11: ID Pórticos resistentes e gravíticos na Estrutura REG

Figura 3.12: ID pórticos resistentes e gravíticos na Estrutura IRREG

27
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

A Tabela 3.5, Tabela 3.6, Tabela 3.7 e Tabela 3.8 apresentam os valores característicos das cargas
gravíticas nos pórticos devidamente identificados. Existem pórticos idênticos entre as estruturas REG
e IRREG, como já ilustrado na Figura 3.11 e Figura 3.12 .

Tabela 3.5: Cargas gravíticas características da Pórtico 1 e 2 na IRREG

Pórtico 1 e 2
Nível Carga Grav. 𝑄1 [𝑘𝑁] 𝑄2 [𝑘𝑁] 𝑞1 [𝑘𝑁/𝑚] 𝑞2 [𝑘𝑁/𝑚]
𝐺𝑘 27,51 43,23 3,93 3,93
Piso 3
𝑄𝑘 7 11 1 1
𝐺𝑘 27,51 43,23 17,23 17,23
Piso 1 e 2
𝑄𝑘 14 22 2 2

Tabela 3.6: Cargas gravíticas características da Pórtico 3 na IRREG

Pórtico 3
Nível Carga Grav. Q1 [kN] Q 2 [kN] q1 [kN/m] q2 [kN/m]
Gk 55,02 86,46 7,85 7,85
Piso 3
Qk 14 22 2 2
Gk 55,02 86,46 7,85 7,85
Piso 1 e 2
Qk 28 44 4 4

Tabela 3.7: Cargas gravíticas características da Pórtico A

Pórtico A
𝑞2
Nível Carga Grav. 𝑄1 [𝑘𝑁] 𝑄2 [𝑘𝑁] 𝑞1 [𝑘𝑁/𝑚]
[𝑘𝑁/𝑚]
𝐺𝑘 55,02 86,46 7,85 3,93
Piso 3
𝑄𝑘 14 22 2 1
𝐺𝑘 55,02 70,74 7,85 17,23
Piso 1 e 2
𝑄𝑘 28 36 4 2

Tabela 3.8: Cargas gravíticas características da Pórtico 4 e 5 da IRREG

Pórtico 4 e 5
Nível Carga Grav. 𝐹1 [𝑘𝑁] 𝐹2 [𝑘𝑁] 𝑝1 [𝑘𝑁/𝑚]
𝐺𝑘 13,76 27,51 -
Piso 3
𝑄𝑘 3,5 7 -
𝐺𝑘 13,76 27,51 13,3
Piso 1 e 2
𝑄𝑘 7 14 -

28
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3.3 Efeitos 2ª ordem

Uma análise de 1ª ordem pode ser levada a cabo se forem considerados desprezáveis os efeitos da
deformada da estrutura no valor final dos esforços ou no comportamento da estrutura. Tal acontece
se o critério da expressão (3.1) for satisfeito.

𝑁𝑐𝑟
𝛼𝑐𝑟 = ≥ 10 (𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝐸𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎) (3.1)
𝑁𝐸𝑑

em que,

𝑁𝑐𝑟 , valor crítico do carregamento associado à instabilidade elástica num modo global com
deslocamentos laterais

𝑁𝐸𝑑 , é o valor de cálculo de carregamento da estrutura

Se 𝛼𝑐𝑟 < 10 os efeitos geometricamente não lineares, i.e. efeitos de 2ª ordem 𝑃 − Δ têm que ser
considerados na análise.

Para o modelo em questão foi realizada uma análise de 1ª ordem amplificada (𝑠𝑒 𝛼𝑐𝑟 ≥ 3,0), ou seja,
uma análise de 1ª ordem que vai considerar os efeitos de 2º ordem simplificadamente, amplificando
os resultados obtidos com a análise de 1ª ordem, a partir de um factor de amplificação dado pela
expressão (3.2).

1
1 (3.2)
1
 cr

O parâmetro 𝛼𝑐𝑟 é calculado a partir expressão (3.3).

 H  
h  
 cr   Ed     (3.3)
 VEd    H , Ed 

em que:

 𝐻𝐸𝑑 é a reação na base do piso (todos os pisos acima do piso avaliado contam para a carga
vertical total) devido às ações horizontais aplicadas na estrutura (“estrutura” - quaisquer pisos
acima do piso em questão);
 𝑉𝐸𝑑 é a carga vertical total a atuar na estrutura, a começar acima do piso i;
 𝛿𝐻,𝐸𝑑 é o deslocamento relativo horizontal entre pisos devido às forças horizontais aplicadas
na estrutura;
 ℎ é a altura do piso.

29
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

A força horizontal equivalente devido às imperfeições geométricas, 𝐻𝐸𝑑 , é dada pelo produto do total
da carga vertical total, 𝑉𝐸𝑑 , a atuar na estrutura pela “amplitude” da inclinação inicial, ∅, como se
encontra na equação (3.4). 𝐻𝐸𝑑 é amplificada pelo factor de amplificação presente na equação (3.2)

H Ed    VEd (3.4)

∅, que origina deslocamentos laterais conduzindo aos efeitos de 2ª ordem, é calculada segundo a
expressão (3.5) em acordo com o EC3.

  0   h   m (3.5)

Onde:

 ∅0 = 1/200;

2
 𝛼ℎ = 2/√ℎ é o coeficiente de redução associado à altura do piso. ( ≤ 𝛼ℎ ≤ 1,0) ;
3

1
 𝛼𝑚 = √0,5 ∗ (1 + ) é o coeficiente de redução associado ao nº de colunas por piso. Onde m
𝑚

é o nº de colunas num piso que estão sujeitas a um esforço axial NEd superior ou igual a 50%
do valor médio dos esforços normais atuantes em todas as colunas do pórtico.

Segundo a Cl. 5.3.4(1) do EC3, desde que os pórticos não sejam susceptíveis aos efeitos de segunda
ordem, os efeitos das imperfeições locais dos elementos estão incluídos nas expressões da
verificação da resistência dos elementos à encurvadura para os ELU, presentes no capítulo 6.3 do
EC3.

3.4 Verificação Estados de Limitação de Danos (ELD)

Para a combinação de ações de ELD presente na equação (3.6), a verificação da flecha dos perfis
das vigas tem que verificar a equação (3.7) em acordo com o Anexo A1.4/Secção 3.4 do EC0(CEN
2009).

𝐹𝑑 = 𝐺𝑘 + 𝑄𝑘 (3.6)

L
 max  (3.7)
250

Onde 𝛿𝑚𝑎𝑥 é a flecha total e 𝐿 sendo o vão da viga.

30
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3.5 Verificação Estados Limites Últimos (ELU)

A 𝐻𝐸𝑑 (forças horizontais devido às imperfeições geométricas) em conjunto com as cargas gravíticas
são sujeitas à combinação persistente para ELU presente na expressão (3.8).

𝐹𝑑 = 𝛾𝐺 ∗ 𝐺𝑘 + 𝛾𝑄 ∗ 𝑄𝑘 (3.8)

com 𝛾𝐺 = 1,35 e 𝛾𝑄 = 1,5

Os elementos têm que verificar as exigências de ELU em termos de resistência da secção e


resistência dos elementos à encurvadura (capítulos 6.2 e 6.3 do EC3, respectivamente).

Na configuração estrutural de ambas as estruturas adotaram-se apenas secções de classe 1 e 2


(secções em que se pode atingir resistência plástica) que resulta no cálculo de valores resistentes
plásticos. Por forma a garantir que todos os perfis selecionados são de classe 1 e 2, estes foram
classificados segundo a Tabela 5.2 presente na Cl. 5.6 do EC3 Parte 1-1 (CEN 2005).

3.5.1 Resistência da Secção

𝑁𝐸𝑑
≤ 1,0 (3.9)
𝑁𝑐,𝑅𝑑
𝑉𝐸𝑑
≤ 1,0 (3.10)
𝑉𝑐,𝑅𝑑
𝑀𝐸𝑑
≤ 1,0
𝑀𝑐,𝑅𝑑 (3.11)
𝑀𝐸𝑑 ≤ 𝑀𝑁,𝑅𝑑

onde N Ed , M Ed e VEd são o esforço axial, momento flector e esforço transverso de cálculo,
respectivamente;

N c , Rd , Vc , Rd , M c , Rd e M N , Rd são os valores resistentes dados pela expressão (3.12), (3.13), (3.14) e


(3.15), respetivamente.

𝐴 ∗ 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = ; 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 1, 2 𝑜𝑢 3 (3.12)
𝛾𝑀0

𝐴𝑣 ∗ 𝑓𝑦 /√3
𝑉𝑐,𝑅𝑑 = 𝑉𝑝𝑙,𝑅𝑑 = (3.13)
𝛾𝑀0

𝑊𝑝𝑙 ∗ 𝑓𝑦
𝑀𝑐,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑅𝑑 = ; 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 1 𝑜𝑢 2 (3.14)
𝛾𝑀0

31
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

1−𝑛
𝑀𝑁,𝑦,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑦,𝑅𝑑 ∗ ; 𝑀𝑁,𝑦,𝑅𝑑 ≤ 𝑀𝑝𝑙,𝑦,𝑅𝑑
1 − 0,5 ∗ 𝑎

𝑛 ≤ 𝑎 ∶ 𝑀𝑁,𝑧,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑧,𝑅𝑑
𝑛−𝑎 2
𝑛 > 𝑎 ∶ 𝑀𝑁,𝑧,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑧,𝑅𝑑 ∗ [1 − ( ) ] (3.15)
1−𝑎

𝑁𝐸𝑑 (𝐴 − 2 ∗ 𝑏 ∗ 𝑡𝑓 )
𝐶𝑜𝑚 𝑛 = ⁄𝑁 ;𝑎 = ⁄ 𝑚𝑎𝑠 𝑎 ≤ 0,5 ; 𝛾𝑀0 = 1,0
𝑝𝑙,𝑅𝑑 𝐴

Em todos os perfis de ambas as estruturas deste trabalho, 𝑀𝑁,𝑧,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑧,𝑅𝑑 𝑒 𝑀𝑁,𝑦,𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙,𝑦,𝑅𝑑

3.5.2 Resistência dos elementos à encurvadura

Elementos sujeitos a compressão devem satisfazer a equação (3.16).

𝑁𝐸𝑑
≤ 1,0 (3.16)
𝑁𝑏,𝑅𝑑

Em que 𝑁𝐸𝑑 e 𝑁𝑏,𝑅𝑑 são o esforço axial de cálculo e a resistência à encurvadura, respectivamente.
𝑁𝑏,𝑅𝑑 é obtido segundo o conjunto de equações (3.17)

  A fy
N b, Rd  (para secções transversais de classes 1,2 e 3)
 M1
1
𝜒= , (𝜒 ≤ 1,0)
Φ + √Φ2 − ̅̅̅
𝜆2

Φ = 0,5[1 + 𝛼(𝜆̅ − 0,2) + ̅̅̅


𝜆2 ] (3.17)
𝜆̅ = 𝜆/𝜆1
𝜆 = 𝐿𝑒 /𝑖

𝐸
𝜆1 = 𝜋 ∗ √
𝑓𝑦

𝛾𝑀1 = 1,0

De referir que na verificação à encurvadura de todas as colunas, estas foram definidas como
Apoiada-Apoiada, correspondente a um comprimento de encurvadura de 𝐿𝑒 = 𝐿 , com L o
comprimento do elemento. Elementos sujeitos a momento flector têm que satisfazer a equação (3.18)
(em que no modelo em estudo tem-se apenas os momentos flectores positivos nas vigas, a ½ vão)

𝑀𝐸𝑑
≤ 1,0 (3.18)
𝑀𝑏,𝑅𝑑

32
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

Onde M Ed e M b, Rd correspondem ao momento flector de cálculo e ao momento resistente de


encurvadura, respectivamente.

O momento resistente de encurvadura para secções de classe 1 e 2 é dado pela equação (3.19).

 LT  W pl  f y
M b, Rd  (3.19)
 M1

As características das paredes de contorno e da laje são tais que permitem afirmar que tanto colunas
como vigas não estão sujeitos a encurvadura por instabilidade lateral, ou seja, estes elementos estão
lateralmente restringidos (𝜒𝐿𝑇 = 1,0).

Se, nas estruturas houvesse elementos estruturais sujeitos a esforço axial combinado com momento
fletor (flexão composta), as equações (3.20) e (3.21) teriam que ser verificadas.

N Ed M y , Ed M z , Ed
 k yy   k yz  1.0
 y  N Rk  LT  M y , Rk M z , Rk (3.20)
 M1  M1  M1
N Ed M y , Ed M z , Ed
 k yz   k zz  1.0
 z  N Rk  LT  M y , Rk M z , Rk (3.21)
 M1  M1  M1

Em que:

N Ed , M y , Ed e M z , Ed são o esforço axial e momentos flectores de cálculo ;

N Rk , M y , Rk e M z , Rk são os valores característicos de esforço normal e momento flector


resistentes;

 y ,  z são os coeficientes de redução devido a encurvadura por compressão;

 LT é o coeficiente de redução devido à encurvadura lateral;

k yy , k yz , k zz , k zy são os factores de interação que traduzem o comportamento misto coluna-


viga do elemento, segundo o indicado no Anexo B do EC3.

Porém, dadas as libertações impostas aos elementos nos modelos de cálculo definidos para as
estruturas REG e IRREG em estudo, estruturas CBF, não existe necessidade de efetuar a verificação
das equações (3.20) e (3.21).

33
Capítulo 3. Dimensionamento para cargas verticais

3.6 Soluções estruturais obtidas

Na configuração final dos pórticos, por razões de simplificação construtiva, decidiu-se adoptar o
mesmo perfil para todas as vigas do mesmo piso. A configuração da estrutura IRREG é em tudo
idêntica à estrutura REG, para os pórticos correspondentes, devidamente identificados no subcapítulo
3.1.1. A Tabela 3.9 e Tabela 3.10 apresentam a configuração final, resultante do dimensionamento
gravítico, dos pórticos da estrutura IRREG.

Tabela 3.9: Configuração dos Pórticos 1, 2 e 3 da IRREG - Dimensionamento Gravítico

Pórtico 1 e 2 Pórtico 3

Piso Pilar Ext. Pilar Int. Contrav. Viga Pilar Ext. Pilar Int. Contrav. Viga

3 HEB 100 HEB 120 CHS 139,7x3,2 IPE 300 HEB 120 HEB 120 CHS 139,7x3,2 IPE 270

2 HEB 140 HEB 160 CHS 139,7x3,2 IPE 330 HEB 160 HEB 160 CHS 139,7x3,2 IPE 330

1 HEB 160 HEB 180 CHS 139,7x3,2 IPE 330 HEB 180 HEB 180 CHS 139,7x3,2 IPE 330

Tabela 3.10: Configuração dos Pórticos 4 e 5 da IRREG - Dimensionamento Gravítico

Pórtico 4 e 5

Piso Pilar Ext. Pilar Int. Contrav. Viga

3 HEB 100 HEB 120 CHS 139,7x3,2 IPE 330

2 HEB 140 HEB 160 CHS 139,7x3,2 IPE 360

1 HEB 160 HEB 180 CHS 139,7x3,2 IPE 360

34
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4 Dimensionamento Sísmico

4.1 Introdução

Como já referido, o dimensionamento sísmico seguiu a metodologia Improved Force Base Design
(IFBD) proposta por (Villani et al. 2009), que consiste numa escolha racional do coeficiente de
comportamento, q. Com exceção da escolha do coeficiente de comportamento, as verificações
regulamentares do EC8, relativas a estruturas CBF, vão ser seguidas (Verificações e regras
específicas para estruturas CBF estão descritas neste capítulo). A aplicação da metodologia resulta
numa avaliação mais cuidada do coeficiente de comportamento (q), espelhando um comportamento
da estrutura mais próximo da realidade. O objectivo final da aplicação desta metodologia consiste em
obter soluções mais eficientes e económicas, que permite dimensionar adequadamente uma
estrutura CBF para resistir às ações laterais, sem comprometer a segurança da estrutura, mas
usando menos material.

4.1.1 Prescrições do EC8: Coeficiente de Comportamento e Tipos de Estrutura

Ao contrário do procedimento IFBD, o método de dimensionamento preconizado no EC8 conduz o


projetista a escolher um valor tabelado de coeficiente de comportamento q em estruturas metálicas e
para sistemas estruturais regulares em altura. Estes valores são valores de referência dependentes
do tipo de configuração estrutural e da classe de ductilidade. Os limites superiores dos valores de
referência encontram-se listados na Tabela 4.1.

O EC8 estabelece três classes de ductilidade: baixa (DCL), média (DCM) e alta (DCH) e dependente
da configuração estrutural definem-se diferentes valores de q.

Tabela 4.1: Limite superior dos valores de referência de coeficiente de comportamento em estruturas metálicas para
sistemas regulares em altura (CEN 2004)

Classe de
Tipo de Estrutura Ductilidade
DCM DCH
a) Pórtico Simples 4 5 u / 1
b) Pórtico com contraventamentos centrados
4 4
Contraventamentos Diagonais
2 2,5
Contraventamentos em V
c) Pórtico com contraventamentos excêntricos 4 5 u / 1
d) Pêndulo Invertido 2 2 u / 1
e) Estruturas com núcleos ou paredes de betão Ver secção 5
f) Pórticos simples com contraventamentos centrado 4 4 u / 1
g) Pórticos simples
Enchimentos de betão ou de alvenaria não ligados 2 2
em contacto com o pórtico-------------------------------------->
Enchimentos de betão armado ligados-----------------------> Ver secção 7
Enchimentos isolados de pórticos simples
(ver pórticos simples) --------------------------------------------> 4 5 u / 1

35
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

O valor de 𝛼𝑢 ⁄𝛼1 (reserva de capacidade fornecido pela sobre-resistência) corresponde à relação


entre o valor da intensidade da ação horizontal sísmica de cálculo que conduz a estrutura à
instabilidade/colapso global (𝛼𝑢 ) e o valor da intensidade dessa ação que conduz à plastificação do
primeiro elemento na estrutura (𝛼1 ). Para edifícios regulares em planta, o EC8 dispõe valores por
defeito de sobre-resistência (relação 𝛼𝑢 ⁄𝛼1 ) para algumas estruturas metálicas. Para pórticos com
contraventamentos diagonais centrados não existem valores por defeito de 𝛼𝑢 ⁄𝛼1 . Valores realistas
de sobre-resistência podem ser calculados por via de uma análise estática não linear (pushover)
global, no entanto é definido o limite superior 1,6, mesmo que da análise pushover resultem valores
superiores a 1,6

Transcrevem-se no subcapítulo 4.1.2 as regras e prescrições impostas ao projetista no


dimensionamento de uma estrutura CBF para a ação sísmica, de acordo com as normas europeias
presentes no EC8

O EC8 considera dois tipos de pórticos contraventados, os pórticos com contraventamentos


centrados (Figura 4.1 e Figura 4.2) e pórticos com contraventamentos excêntricos (Figura 4.3), já
descritos no subcapítulo 2.2.

O primeiro tipo de pórtico contraventados subdivide-se em pórticos com contraventamentos diagonais


centrados, com alguns exemplos representados na Figura 4.1, e pórticos com contraventamentos em
V centrados, presentes na Figura 4.2. O pórtico com contraventamentos em X presente na Figura 4.1
será o tipo de pórtico resistente em foco nesta dissertação. Como já referido no subcapítulo 3.1.2, o
regulamento define que apenas se devem considerar as diagonais à tração como resistentes à ação
lateral. Os pórticos da Figura 4.2 têm a particularidade de as zonas dissipativas ocorrerem em ambas
as diagonais, as comprimidas e as traccionadas. Os pórticos da Figura 4.3 são caracterizados pela
localização das zonas dissipativas serem nos ligadores de corte ou de flexão.

Figura 4.1: Pórticos com contraventamentos diagonais centrados (CEN 2004)

36
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Figura 4.2: Pórticos com contraventamentos em V centrados (CEN 2004)

Figura 4.3: Pórticos com contraventamentos excêntricos (CEN 2004)

4.1.2 Regras específicas do EC8 para pórticos com contraventamentos centrado

Segundo Cl. 6.7.1 do EC8 para pórticos com contraventamentos centrado têm que ser satisfeitos os
seguintes critérios de projeto:

 Dimensionar de forma a que as diagonais em tração sejam os elementos que entrem num
regime plástico cíclico antes da rotura das ligações e antes da plastificação ou da
encurvadura das vigas ou colunas, ou seja, os pilares e vigas devem permanecer em regime
elástico. Que é resultado de aplicar o dimensionamento por capacidade resistente (capacity
design) cujas regras específicas referentes aos elementos dissipativos e não dissipativos,
serão aprofundadas nos subcapítulos 4.3.7.1 e 4.3.7.2, respetivamente.

 Garantir que as diagonais sejam dispostas de tal forma que no caso de inversão de cargas a
estrutura apresente relações carga-deslocamento semelhantes em cada piso. Em ambas as
estruturas REG e IRREG este critério é satisfeito com a adoção da mesma secção CHS nas
duas diagonais em X do mesmo piso por pórtico. Esta opção satisfaz em cada piso a
equação (4.1).

|𝐴+ − 𝐴− |
≤ 0,05 (4.1)
𝐴+ + 𝐴 −

37
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Onde 𝐴+ e 𝐴− são as áreas das projeções horizontais das secções transversais das diagonais em
tração, para a ação sísmica com sentido positivo e negativo, respetivamente. O cálculo associado às
áreas das projeções horizontais encontra-se ilustrado na Figura 4.4 .

Figura 4.4: Cálculo das áreas das projeções horizontais das secções transversais (CEN 2004)

Para se garantir um determinado nível de dissipação de energia histerética da estrutura, tendo em


conta a sua classe de ductilidade e o valor de coeficiente de comportamento, o regulamento estipula
a classe de secções metálicas a utilizar (Tabela 4.2).

Tabela 4.2: Requisitos relativos à classe de secção transversal (CEN 2004)

Valor de referência do
Classe de Classe de secção
coeficiente de
ductilidade transversal necessária
comportamento q
1,5 < q ≤ 2 classe 1, 2 ou 3
DCM
2<q≤4 classe 1 ou 2
DCH q>4 classe 1

38
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.2 Ação Sísmica

Como referido no EC8 e no Anexo Nacional correspondente, a ação sísmica pode ser definida a partir
de um espectro de resposta elástico, definido a partir de acelerações impostas à superfície do
terreno. Para a componente horizontal da ação sísmica, o espectro de resposta elástico é definido
segundo as expressões (4.2) a (4.5), de acordo com Cl. 3.2.2.2 do EC8.

T
0 ≤ T ≤ TB : Se (T) = a g . S. [1 + . η. (2,5 − 1)] (4.2)
TB
TB ≤ T ≤ TC : Se (T) = a g . S. η. 2,5 (4.3)
TC
TC ≤ T ≤ TD : Se (T) = a g . S. η. 2,5. [ ] (4.4)
T
TC . TD
TD ≤ T ≤ 4s ∶ Se (T) = a g . S. 2,5. η. [ 2 ] (4.5)
T

Onde:

Se (T) - espectro de resposta elástico de aceleração;

T – período de vibração do sistema linear com um grau de liberdade;

a g - valor de cálculo da aceleração à superfície para um terreno do tipo A ( a g = 𝛾𝐼 ∗ 0,3 ∗ 𝑔); 𝛾𝐼 =


1,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑑𝑎𝑠;

TB – limite inferior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TC - limite superior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TD - valor que define no espectro o inicio do ramo de deslocamento constante;

S – coeficiente de solo;

η – coeficiente de correção do amortecimento com valor de η = 1 para um amortecimento viscoso de


5%.

Foi admitido um espectro de resposta elástico com as características definidas na Tabela 4.3,
considerando um solo do tipo B e sismo tipo 1 (condicionante para as estruturas estudadas)

Tabela 4.3: Parâmetros para definir espectro de resposta - sismo tipo 1, solo tipo B

S 𝐚𝐠 = 𝟎, 𝟑𝒈
𝐓𝐁 (𝒔) 𝐓𝐂 (𝒔) 𝐓𝐃 (𝒔)
(𝒎/𝒔𝟐 )

Sismo Tipo 1 1,2 2,943 0,15 0,5 2,0

39
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Figura 4.5: Representação do espectro de resposta elástico, sismo tipo1, solo tipo B

Como já referido no subcapítulo 2.3.1, o espectro de resposta de cálculo é obtido por redução do
espectro de resposta elástico (Figura 4.5) recorrendo ao coeficiente de comportamento.

O valor do q difere quer se esteja a realizar o dimensionamento sísmico pelo EC8 (CEN 2004) na
íntegra ou pelo procedimento IFBD (Villani et al. 2009) .

A combinação sísmica para as ações verticais (ações gravíticas e sobrecarga) é a descrita na


equação (4.6).

𝐹𝑑 = 𝐺𝑘 + 𝜓𝐸 ∗ 𝑄𝑘 (4.6)

com 𝜓𝐸 = 𝜑 ∗ 𝜓2 = 0,3 para todos os pisos. Os valores característicos 𝐺𝑘 e 𝑄𝑘 foram presentes no


subcapítulo 3.2, definidos da Tabela 3.5 à Tabela 3.8, e dispostos pelos pórticos segundo a Figura
3.9 e Figura 3.10.

4.3 Descrição Metodologia IFBD

O procedimento IFBD, que também inclui as verificações e imposições regulamentares do EC8,


diferencia-se do EC8 em dois pontos cruciais:

 Determinação do coeficiente de comportamento é adaptada ao comportamento real de cada


estrutura, ou seja, vai depender do tipo de pórtico metálico e configuração estrutural;
 A verificação dos drifts entre pisos, para o ELD, ser realizada antes das verificações para o
ELU.

A sequência de passos mais racional da abordagem de dimensionamento IFBD por comparação


direta com os passos do EC8 é apresentado de seguida:

40
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

IFBD Eurocódigo 8

1. Seleção da solução estrutural resultante do dimensionamento para cargas verticais

2. Seleção do coeficiente de comportamento, q,


2. Determinação do corte basal elástico, VE, em
em função da tipologia e classe de ductilidade
função do período fundamental, T1.
das estruturas (Tabela 4.1).

3. Verificação dos drifts entre pisos, para o


3. Determinação do corte basal de
Estado de Limitação de Danos (ELD), i.e. para
dimensionamento, VD, em função do período
o sismo frequente (Cl. 4.3.3 do EC8). Este
fundamental, T1.
passo pode ser iterativo.

4. Avaliação do coeficiente de comportamento, q,


4. Verificação dos efeitos geometricamente não
obtido da relação entre o corte basal elástico do
lineares, i.e. efeitos de 2ª ordem, a partir da
pórtico, Vel e o corte basal correspondente à
avaliação do coeficiente de sensibilidade, 𝜃. Este
entrada em cedência do primeiro elemento do
passo pode ser iterativo.
pórtico, V1Y.

5. Determinação do corte basal de


5. Verificação de segurança aos Estados Limites
dimensionamento, VD, para posterior
Últimos (ELU) dos elementos estruturais
determinação das forças/esforços e
dissipativos e não-dissipativos.
deslocamentos/deformações de cálculo

6. Verificação dos efeitos geometricamente não


lineares, i.e. efeitos de 2ª ordem, a partir da 6. Determinação do corte basal elástico, VE, em
avaliação do coeficiente de sensibilidade, 𝜃. Este função do período fundamental, T1.
passo pode ser iterativo.

7. Verificação dos drifts entre pisos, para o


7. Verificação da segurança aos Estados Limites
Estado de Limitação de Danos (ELD), i.e. para o
Últimos (ELU) dos elementos estruturais
sismo frequente (Cl. 4.3.3 do EC8). Este passo
dissipativos e não-dissipativos.
pode ser iterativo.

A sequência dos passos do procedimento IFBD aqui exibida é definida em detalhe e aplicada nos
subcapítulos seguintes.

41
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.1 Sistema lateral de restrição e dimensionamento dos perfis para as cargas


verticais.

Tanto a estrutura REG como a IRREG estão lateralmente restringidas, o que significa existirem
pórticos resistentes contraventados em todo o perímetro das estruturas, como ilustrado na Figura 3.1
e Figura 3.2. Os perfis foram selecionados segundo o dimensionamento realizado no capítulo 1 e a
configuração dos pórticos está sintetizada no subcapítulo 3.6.

4.3.2 Corte basal elástico segundo o período fundamental da estrutura.

A força de corte na base em cada direção horizontal é determinada segundo a equação (4.7), de
acordo com a Cl. 4.3.3.2.2 do EC8(CEN 2004).

𝐹𝑏 = 𝜆 ∗ 𝑚 ∗ 𝑆𝑒 (𝑇1 ) (4.7)

em que 𝜆 é o factor de participação (𝜆 = 0,85 se 𝑇1 < 2 ∗ 𝑇𝐶 e se a estrutura tem mais que 2 pisos), 𝑚
é a massa total numa dada direção, 𝑇1 (ou 𝑇2 , conforme a direção considerada) é o período
fundamental de vibração da estrutura nessa direção e 𝑆𝑒 (𝑇1 ) é a respetiva ordenada do espectro de
resposta elástico (aceleração espectral elástica).

O T, para cada direção, foi obtido a partir da análise modal desenvolvida para as estruturas REG e
IRREG, em SAP2000. Como o procedimento IFBD é um processo iterativo, o período do modo
fundamental, para cada direção, terá de ser atualizado de cada vez que a configuração estrutural
mudar em cada iteração.

4.3.3 Limitação do deslocamento relativo entre pisos

No âmbito da limitação de danos, para a verificação aos estados limitação de danos (ELD) é
necessário assegurar que os limites descritos em 4.4.3.2 do EC8 sejam respeitados. É portanto
preciso definir um valor limite ao deslocamento relativo entre pisos, considerando que os elementos
não estruturais não interferem com as deformações estruturais:

𝑑𝑟 ∗ 𝜈 ≤ 0,01 ∗ ℎ (4.8)

Em que, 𝑑𝑟 é o valor do deslocamento entre pisos (drifts) obtido da atuação do corte basal elástico, h
a altura entre pisos e 𝜈 o coeficiente de redução que tem em conta o mais baixo período de retorno
da ação sísmica associada ao requisito de limitação de danos (segundo o Anexo Nacional, é
recomendado 0,5 para edifícios de classe de importância I e II).

A verificação dos deslocamentos entre pisos não é condicionada pelo coeficiente de comportamento
pois em ELD esta verificação do deslocamento horizontal é feita para o corte basal elástico, ou seja,
q=1.

Até satisfazer esta condição pode-se ocorrer um processo iterativo na escolha de novos perfis CHS.

42
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.4 Estimativa do coeficiente de comportamento

Como demonstrado por Villani et al. (2009), por via de uma análise elástica linear e um processo
iterativo, estima-se o coeficiente de comportamento real da estrutura admitindo que a força basal de
cálculo (𝑉𝑑 ) iguala a força lateral quando ocorre a plastificação do primeiro elemento na estrutura
(𝑉1𝑦 ), como demonstrado na equação (4.9).

𝑉𝑒𝑙 𝑉𝑒𝑙 𝑉𝑦 𝑉𝑒𝑙


𝑞= = ∗ = (4.9)
𝑉𝑑 𝑉𝑦 𝑉𝑑 𝑉1𝑦

em que,

𝑉𝑒𝑙 é a força basal elástica;

𝑉𝑦 é a resistência/capacidade lateral da estrutura, ou seja, a força lateral necessária para ocorrer a


plastificação no último elemento que torna a estrutura hipostática;

𝑉1𝑦 é a força lateral aplicada/corte basal necessário para a plastificação da primeira diagonal ;

𝑉𝑑 é a força lateral de cálculo/corte basal de dimensionamento.

A abordagem proposta por Villani propõe um procedimento mais adequado para a definição do
coeficiente de comportamento porque a estimativa do coeficiente se adapta à solução estrutural (i.e.,
a determinada escolha de perfis) ao invés de selecionar valores definidos à priori pelo regulamento
(Tabela 4.1). Ou seja, a cada solução estrutural está associado um coeficiente de comportamento
único.

Tanto 𝑉𝑒𝑙 como 𝑉1𝑦 em cada pórtico foram calculados a partir do respetivo modelo plano. Ou seja, foi
avaliado o coeficiente de comportamento em cada pórtico, em cada direção da estrutura em estudo, e
depois feita uma decisão do valor global do coeficiente a adotar na análise elástica tridimensional,
tendo em conta todos os valores mínimos de q correspondentes a cada pórtico.

 Cálculo de 𝑽𝒆𝒍 por pórtico

Para uma dada configuração dos perfis, a rigidez K foi calculada a partir de uma análise plana do
pórtico, aplicando uma força F de 1000kN no topo do pórtico, retirando o respectivo deslocamento no
topo d. A rigidez de cada pórtico na direção X e direção Y é dada pela equação (4.10) e (4.11),
respetivamente.

𝐹𝑥
𝐾𝑥 = (4.10)
𝑑𝑥
𝐹𝑦 (4.11)
𝐾𝑦 =
𝑑𝑦

43
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

O corte basal elástico em cada direção, para a análise linear do modelo tridimensional, 3D, distribui-
se pelos diferentes pórticos, proporcionalmente à rigidez de cada pórtico e ao efeito de torção
inerente da distribuição em planta destes pórticos. Exemplificando, a equação (4.12) define a força de
corte basal elástica em cada pórtico i na direção Y, em função da força de corte basal da estrutura
segundo Y.

𝐾𝑦𝑖 𝐾𝑦𝑖 ∗ 𝑥𝑖
𝐹𝑦𝑖 = ∗ 𝐹𝐸𝑦 + ∗𝐹 ∗𝑒 (4.12)
∑𝑗 𝐾𝑦𝑗 ∑𝑗(𝐾𝑦𝑗 ∗ 𝑥𝑗2 + 𝐾𝑥𝑗 ∗ 𝑦𝑗2 ) 𝐸𝑦 𝑥

em que,

𝐾𝑦𝑖 [kN/m] é a rigidez na direção Y do pórtico i;

𝐾𝑥𝑖 [kN/m] é a rigidez na direção X do pórtico i;

𝑥𝑖 𝑒 𝑦𝑖 [m] são as coordenadas dos pórticos na direção Y e X, respectivamente;

𝐹𝐸𝑦 [kN] é a força de corte basal elástica na direção Y calculada no subcapítulo 4.3.2 ;

𝑒𝑥 [m] é a excentricidade em X do CR em relação ao Centro de Massa

Expressão equivalente é obtida para cada pórtico na direção X

 Cálculo de 𝑽𝟏𝒚𝒊𝒆𝒍𝒅 por pórtico

Segundo Cl. 4.3.3.2.3 (3) do EC8, admitindo que os deslocamentos horizontais crescem linearmente
em altura, segundo uma distribuição aproximadamente triangular, pode-se calcular o efeito da
atuação da ação sísmica recorrendo a uma análise estática equivalente. Analisa-se o comportamento
em todos os pórticos, determinando os efeitos da aplicação de uma distribuição de forças horizontas
em altura 𝐹𝑖 , definidas pela expressão (4.13).

𝑧𝑖 ∗ 𝑚𝑖
𝐹𝑖 = 𝐹𝑏 ∗ (4.13)
∑ 𝑧𝑗 ∗ 𝑚𝑗

Em que,

 𝐹𝑏 é a força de corte basal elástica, no respetivo pórtico em estudo;


 𝑚𝑖 , 𝑚𝑗 são as massas dos pisos, calculadas segundo a combinação sísmica definida no
subcapítulo 3.3. Este cálculo está resumido no subcapítulo 4.3.11. Dado que a massa na
direção X é diferente da massa na direção Y, a distribuição em altura vai ser diferente nas
duas direções;
 𝑧𝑖 , 𝑧𝑗 são as alturas das massas 𝑚𝑖 , 𝑚𝑗 , medidas a partir da fundação.

Este método (Forças laterais equivalentes) só poderá ser aplicado se forem satisfeitas as condições
da expressão (4.14).

4 ∗ 𝑇𝐶
𝑇1 < { (4.14)
2𝑠

44
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Para o modelo plano (pórtico) a ação sísmica é traduzida por forças laterais equivalentes
normalizadas em altura segundo a expressão (4.15), aplicadas no pórtico ao nível de cada piso, cuja
distribuição está ilustrada qualitativamente na Figura 4.6.

𝐹𝑖
̅𝑖 =
𝐹 (4.15)
max 𝐹𝑖

Tendo em conta que foi considerado o modelo T/O para as diagonais, a plastificação da diagonal
ocorre quando o esforço axial devido à ação sísmica, somando o esforço axial devido à ação gravítica
iguala o esforço axial resistente plástico 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 nesse elemento como definido na equação (4.16) :

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 = 𝜆𝑖 ∗ 𝑁𝐸𝑑,𝐸 + 𝑁𝐸𝑑,𝐺+0.3𝑄 (4.16)

em que,

𝑁𝐸𝑑,𝐸 é o esforço axial devido a uma ação sísmica (i.e. devido ao efeito da atuação das forças
horizontais Fi, atuando no piso i, e pretendendo representar as forças de inércia que se geram
aquando da atuação de um sismo).;

𝜆𝑖 é o factor de carga do Piso i;

𝑁𝐸𝑑,𝐺+0.3𝑄 é o esforço axial devido à ação gravítica, representação qualitativa na Figura 4.7.

Dada a natureza da distribuição das forças equivalentes à ação sísmica, os esforços resultantes 𝑁𝐸𝑑,𝐸
são tais que o valor de 𝜆𝑖 é superior à unidade e como tal o elemento traccionado mais condicionante
vai ser aquele que apresentar o menor factor de carga, ou seja, 𝜆 = 𝑚𝑖𝑛{𝜆𝑖 }.

O corte basal elástico necessário para provocar a plastificação da primeira diagonal é definido
segundo a equação (4.17).

𝑉1𝑦 = (𝐹̅1 + 𝐹̅2 + 𝐹̅3 ) ∗ 𝑚𝑖𝑛{𝜆𝑖 } (4.17)

̅̅̅3
𝐹

̅̅̅
𝐹2

𝐹̅1

Figura 4.6: Diagrama qualitativo de esforço axial para a ação sísmica nos pórticos planos segundo direção Y

45
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Figura 4.7: Diagrama qualitativo de esforço axial para a ação gravítica nos pórticos planos segundo direção Y

Feita a estimativa do coeficiente de comportamento em cada pórtico, escolhe-se o valor de


coeficiente de comportamento a adotar para o modelo tridimensional (coeficiente de comportamento
global) que tem como limite inferior o máximo coeficiente de comportamento das duas direções
horizontais.

O coeficiente de comportamento global escolhido para cada estrutura é usado na análise dinâmica
modal por espectro de resposta no SAP2000 em ambas as direções, para definir o espectro de
resposta de cálculo.

4.3.4.1 Considerações do comportamento dissipativo

Para melhor compreensão do procedimento representa-se na Figura 4.8 a curva de capacidade


(relação entre corte basal e deslocamento de topo) para um pórtico metálico de ligações rígidas.

Figura 4.8: Resposta padrão de um pórtico metálico de ligações rígidas (Villani et al. 2009)

46
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Para os diferentes valores de esforço transverso usados na equação (4.9), definem-se os


correspondentes valores de deslocamentos, ilustrados na Figura 4.8.

∆𝑚𝑎𝑥 é o deslocamento máximo da curva de capacidade;

∆𝑒𝑙 é o máximo deslocamento elástico;

∆1𝑦 é o deslocamento correspondente à entrada em cedência do primeiro elemento do pórtico;

∆𝑦 é o deslocamento de cedência correspondente à curva bi-linear.

A ação sísmica consiste em deslocamentos impostos à estrutura. O factor de amplificação de


deslocamentos, 𝑞𝑑 , traduz a relação entre o deslocamento máximo da estrutura em regime não-linear
(∆𝑚𝑎𝑥 ) e o deslocamento elástico linear desta quando sujeita ao corte basal de dimensionamento
(∆𝑑 ). Segundo o EC8, se uma estrutura apresenta um período fundamental (𝑇1 ) igual ou superior a 𝑇𝐶
o factor 𝑞𝑑 deve adoptar um valor igual ao valor do coeficiente de comportamento. Ou seja, para este
tipo de estruturas, admite-se que os deslocamentos em regime não linear são iguais aos
deslocamentos em regime linear.

𝑞𝜇 é a componente de ductilidade que tem em conta toda a capacidade que a estrutura tem para
dissipar energia através do comportamento histerético dos contraventamentos. É admitido que estes
𝑉𝑒𝑙
elementos conseguem acomodar deformações plásticas 𝑞𝜇 = .
𝑉𝑦

Ω é a componente de sobre-resistência da estrutura, definida no EC8 pela relação 𝛼𝑢 ⁄𝛼1 . Tem em


conta todas as fontes de sobre-resistência (reserva de resistência) presentes na estrutura como a
redistribuição de esforços internos na estrutura, o aumento de resistência do material devido a
deformações plásticas (Strain Hardening), comportamento real do material ser mais resistente que o
calculado. De uma forma geral, Ω representa a maior resistência da estrutura sujeita a ações
𝑉𝑦
superiores às ações para qual foi dimensionada. Ω = .
𝑉𝑑

Ambas as componentes do coeficiente de comportamento descritas estão representadas na equação


(4.18).

𝑉𝑒𝑙 𝑉𝑒𝑙 𝑉𝑦 𝑉𝑒𝑙


𝑞= = ∗ = 𝑞𝜇 ∗ Ω = (4.18)
𝑉𝑑 𝑉𝑦 𝑉𝑑 𝑉1𝑦

Seguindo o procedimento IFBD, admitindo que a força basal de cálculo (𝑉𝑑 ) iguala a força lateral
quando o 1º elemento plastifica na estrutura (𝑉1𝑦 ) , resulta na diminuição do factor de sobre-
resistência, Ω. Ou seja, resulta na diminuição do coeficiente de comportamento da estrutura e uma
aproximação mais real do comportamento da estrutura. O que leva a que o comportamento se
aproxime das expectativas do dimensionamento. Os valores sugeridos pelo EC8 para o coeficiente de
comportamento estão presentes na Tabela 4.1, no subcapítulo 4.1.1 desta dissertação.

47
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Investigações foram levadas a cabo com o intuito de concluir que fatores contribuem para essa
reserva de resistência (Mitchell & Paultre, 1994; Nassar and Krawinkler, 1991). Os factores
associados a um grau de incerteza são:

 A diferença entre a resistência real do material e a resistência dimensionada.


Porque o valor nominal de resistência é um valor inferior à resistência média que o material
suporta. Para além disso o regulamento estipula em ELU a redução do valor nominal da
resistência. A filosofia prende-se em minimizar o risco da resistência ser ultrapassada. É claro
que na maioria dos projetos a capacidade da estrutura vai muito para além do valor estimado.
Segundo Humar & Rahgozar (1996) existe a discussão que em casos onde existe maior risco
associado em dimensionar a estrutura ao sismo do que dimensionar uma sobrecarga de
natureza diferente (p.e. dimensionar ao vento) a prática correta devia ser adoptar um valor
nominal mais próximo da média de valores em ensaio e/ou o uso de um coeficiente de
minoração da resistência do material próximo de 1,0. Em estruturas de betão esta medida é
condicionante ao contrário das estruturas metálicas.
 Dimensões racionais de perfis para os elementos, p.e. seleção de perfis que estejam dentro
do critério de dimensionamento por capacidade resistente (capacity design).

Factores que não podem ser tidos em conta devido à sua falta de conhecimento ou complexidade
do comportamento.

 Uso de modelos conservativos para simular a resposta;


 Efeito de elementos-não estruturais, como sejam, as paredes de alvenaria.

4.3.5 Corte basal de cálculo

O valor de corte basal de cálculo na direção Y, 𝑉𝐷,𝑌 , é obtido do esforço axial atuante nas diagonais
traccionadas do Piso 1 de todos os pórticos em Y segundo a equação (4.19), e seguindo o mesmo
raciocínio para a direção X, 𝑉𝐷,𝑋 é obtido segundo a equação (4.20).

𝑉𝐷,𝑌 = ∑ 𝑉𝑌,𝑃𝑜𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑖 ; 𝑉𝑌,𝑃ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑖 = 𝑁𝐸𝑑,𝑑𝑖𝑎𝑔𝑃𝑖𝑠𝑜1 ∗ cos 48,37° 𝑃ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑛𝑎 𝐷𝑖𝑟. 𝑌 (4.19)

𝑉𝐷,𝑋 = ∑ 𝑉𝑋,𝑃𝑜𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑖 ; 𝑉𝑋,𝑃𝑜𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑖 = 𝑁𝐸𝑑,𝑑𝑖𝑎𝑔𝑃𝑖𝑠𝑜1 ∗ cos 36,87° 𝑃ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑛𝑎 𝐷𝑖𝑟. 𝑋 (4.20)

4.3.6 Quantificação do coeficiente de sensibilidade.

Segundo a Cl. 4.4.2.2(2) do EC8, não é necessário ter em conta os efeitos de segunda ordem se a
expressão (4.21) for satisfeita em todos os pisos:

48
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

𝑃𝑡𝑜𝑡,𝑖 ∗ 𝑑𝑠
𝜃𝑖 = ≤ 0,1 (4.21)
𝑉𝑡𝑜𝑡,𝑖 ∗ ℎ𝑖

em que,

 𝜃𝑖 é o índice de sensibilidade do piso i


 ℎ𝑖 é a altura do piso i;
 𝑃𝑡𝑜𝑡,𝑖 valor da carga vertical total de todos os pisos acima do piso i, incluindo o piso i, para
a combinação sísmica de ações;
 𝑉𝑡𝑜𝑡,𝑖 força de corte total no piso i devido à ação sísmica de cálculo;
 𝑑𝑠 é o valor amplificado do deslocamento relativo entre pisos expresso pela equação
(4.22), em acordo com a Cl. 4.3.4 do EC8 (CEN 2004).
Em que, 𝑑𝑠 é dado pelo produto entre o deslocamento de cálculo relativo entre pisos, 𝑑𝑒 , pelo
factor de amplificação de deslocamentos 𝑞𝑑 (cujo valor se admite ser igual ao valor de
coeficiente de comportamento global adotado, 𝑞, desde que para uma dada direção 𝑇1 ≥ 𝑇𝐶 )

𝑑𝑠 = 𝑑𝑒 ∗ 𝑞𝑑 (4.22)

Não sendo o caso das estruturas CBF, segundo 4.4.2.2(3) do EC8, se 0,1 ≤ 𝜃 ≤ 0,2 os efeitos de
segunda ordem podem ser avaliados de forma aproximada multiplicando os esforços sísmicos pelo
factor 1⁄(1 − 𝜃).

Reescrevendo a equação (4.21) tendo em conta a equação (4.22), resulta a expressão (4.23) :

𝑃𝑡𝑜𝑡,𝑖 ∗ (𝑑𝑒 ∗ 𝑞) 𝑃𝑡𝑜𝑡,𝑖 1


𝜃𝑖 = = ∗ ∗ 𝑞 ≤ 0,1 ; (𝑠𝑒 𝑞𝑑 = 𝑞) (4.23)
𝑉𝑡𝑜𝑡,𝑖 ∗ ℎ𝑖 ℎ𝑖 𝐾𝑖

Em que 𝐾𝑖 [𝑘𝑁⁄𝑚] representa a rigidez lateral no piso i

Por análise da equação (4.23) retiram-se as seguintes ilações :

 Para satisfazer o limite de 𝜃, a escolha de um coeficiente de comportamento elevado exige


um pórtico com maior rigidez;
 Em estruturas muito flexíveis às quais estão associados elevados valores de coeficientes de
comportamento, o coeficiente de sensibilidade é o critério mais condicionante do projeto
sísmico;
 Dado que 𝜃 é diretamente proporcional ao valor de q, a escolha de um valor elevado de
coeficiente de comportamento superior ao real comportamento da estrutura traduz-se em
valores elevados e irrealistas de 𝜃, levando à necessidade em adotar soluções estruturais
mais rígidas (sobredimensionadas e mais dispendiosas) para se cumprir o limite de 𝜃 .
Esta conclusão reforça a vantagem do recurso à metodologia IFBD que, por via da avaliação
cuidada do coeficiente de comportamento (avaliação que resulta em valores de q mais
realistas e inferiores aos valores propostos pelo EC8, presentes na Tabela 4.1), permite que
o limite de 𝜃 seja satisfeito com soluções menos rígidas.

49
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.7 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU) para a força de corte basal de
cálculo. Prescrições do EC8

Os perfis dimensionados para a estrutura REG foram sujeitos aos efeitos acidentais de torção de
acordo com a Cl. 4.3.2 do EC8. A excentricidade acidental na direção X e Y da estrutura REG é
definida pela equação (4.24).

𝑒𝑎𝑖 = ±0,05 ∗ 𝐿𝑖
(4.24)
𝑒𝑎𝑋 = ±1,5𝑚 ; 𝑒𝑎𝑌 = ±0,9𝑚

4.3.7.1 Contraventamentos

Como recomendado no EC8, os contraventamentos têm que satisfazer a condição de resistência da


equação (4.25) e a limitação da esbelteza normalizada definida na equação (4.26).

𝑁𝐸𝑑 ≤ 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 (4.25)

1,3 ≤ 𝜆̅ ≤ 2,0 (4.26)

em que,

𝑁𝐸𝑑 esforço normal de cálculo;

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 esforço normal resistente obtido em acordo com o definido no subcapítulo 3.5.1;

𝐿𝑐𝑟 1
𝜆̅ = ∗ esbelteza normalizada.
𝑖 𝜆1

𝐼 𝐸
em que, 𝑖 = √ é o raio de giração, 𝜆1 = 𝜋√
𝐴 𝑓𝑦

𝑁𝐸𝑑 foi avaliado como já referido, admitindo um modelo de diagonais só à tração (modelo T/O)
representado na Figura 4.9 (nota que as diagonais à tração correspondem aos elementos estruturais
com capacidade de dissipação de energia estável)

Figura 4.9: Modelo T/O (Tension Only) das diagonais (Brandonisio et al. 2012)

50
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

O limite inferior 𝜆̅ ≥ 1,3 – equação (4.26) - tem como objectivo evitar esforços elevados nas colunas
dos pórticos para a situação em que as diagonais comprimidas ainda se encontram numa fase pré-
encurvadura, uma vez que na realidade ocorre o modelo tensão/compressão das diagonais (T/C
model), como representado na Figura 4.10 .

Figura 4.10: Modelo T/C das diagonais (Brandonisio et al. 2012)

O limite superior 𝜆̅ ≤ 2,0 tem o intuito de garantir um comportamento aceitável das diagonais sob
ação cíclica, comportamento descrito no subcapítulo 2.4, onde também se refere que o aumento da
capacidade de dissipação de energia está associado à redução da esbelteza da diagonal.

É necessário verificar que os valores da sobre-resistência definida na equação (4.29), satisfazem o


critério expresso na equação (4.27). Este critério enuncia que o valor máximo da relação Ω𝑖 nos três
pisos, Ω𝑚𝑎𝑥 , (regra geral vai ser a diagonal do último piso) não deverá ser superior a 125% do valor
mínimo, Ω𝑚𝑖𝑛 .

Ω𝑚𝑎𝑥
≤ 1,25 (4.27)
Ω𝑚𝑖𝑛

O objectivo da equação (4.27) é de garantir um comportamento dissipativo uniforme em altura


reduzindo a probabilidade de concentração dos danos e assim evitar a formação de um mecanismo
soft-storey.

4.3.7.2 Vigas e Colunas

Para um pórtico contraventado centrado os critérios de dimensionamento por capacidade resistente


(capacity design), relativos aos elementos não-dissipativos, consistem em conferir a estes elementos
mais resistência para garantir que se mantenham em regime linear enquanto ocorre a resposta não
linear nos contraventamentos.

51
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Nesse sentido, a condição que consiste no aumento de resistência nas colunas, enunciada na
equação (4.28), deve ser respeitada (segundo a Cl. 6.7.4 do EC8).

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 ≥ 𝑁𝐸𝑑,𝐺𝑘+0.3𝑄𝑘 + 1,1 ∗ 𝛾𝑜𝑣 ∗ Ω ∗ 𝑁𝐸𝑑,𝐸 (4.28)

em que,

𝑁𝐸𝑑,𝐺𝑘+0.3𝑄𝑘 esforço normal na coluna devido às cargas verticais incluídas na combinação de


ações para a situação de projeto sísmica;

𝑁𝐸𝑑,𝐸 esforço normal na coluna devido à ação sísmica de cálculo;

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 esforço normal de resistência à encurvadura da coluna;

𝛾𝑜𝑣 = 1,25 coeficiente de sobre-resistência do material, que tem em consideração a


possibilidade da tensão de cedência real do aço ser superior ao valor nominal da tensão de cedência;

Ω = min Ω𝑖 valor mínimo da relação Ω𝑖 dos três pisos. A relação Ω𝑖 é traduzida pela equação
(4.29), relativa à diagonal do Piso i.

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑,𝑖
Ω𝑖 = ( ) (4.29)
𝑁𝐸𝑑,𝑖

em que,

𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑,𝑖 resistência de cálculo da diagonal no piso i;

𝑁𝐸𝑑,𝑖 valor de cálculo da mesma diagonal i para a situação de projeto sísmica.

Apesar de não serem condicionantes, o momento fletor resistente, 𝑀𝑅𝑑 , e o esforço transverso
resistente,𝑉𝑅𝑑 , nas vigas e colunas vão ser calculados segundo o mesmo raciocínio, presente na
expressão (4.30) :

𝐸𝑑 = 𝐸𝑑,𝐺𝑘+0.3𝑄𝑘 + 1,1 ∗ 𝛾𝑜𝑣 ∗ Ω ∗ 𝐸𝑑,𝐸 (4.30)

A aplicação da sobre-resistência garante que vigas e colunas aumentem a sua resistência e se


mantenham em regime elástico enquanto ocorre a plastificação cíclica das zonas dissipativas, os
contraventamentos.

4.3.8 Comentário aos critérios de dimensionamento por capacidade resistente do


EC8

Como já referido, com o objectivo de garantir ductilidade nas estruturas contraventadas centradas, o
EC8 impõe que os contraventamentos plastifiquem antes da cedência prematura de vigas, colunas e
ligações metálicas através da exigência de intervalos de sobre-resistência e limitação da esbelteza
normalizada das diagonais. Apesar das vantagens já enunciadas, relacionadas com a aplicação dos
critérios, estes afetam também a escolha dos perfis das diagonais no dimensionamento levando a

52
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

que grande maioria dos projetos resultem em soluções sobredimensionadas e pesadas. A natureza
mais rígida da solução sobredimensionada, para a mesma ação sísmica prevista no regulamento,
resulta numa solução estrutural sujeita a esforços sísmicos superiores.

Nesse sentido, Tremblay (2007) critica os critérios do dimensionamento por capacidade resistentes
(capacity design) definidos no EC8 para as estruturas CBF, referindo que, apesar do impacto positivo
que a adoção destes critérios tiveram no dimensionamento sísmico, estes afetam as vantagens
económicas associadas à tradicional escolha de estruturas CBF em detrimento de estruturas MRF.
Ou seja, que estes critérios têm também um importante contributo para tornar este tipo de estruturas
menos atrativas do ponto de vista económico.

Brandonisio et al. (2012) numa crítica a esta prática do EC8, salienta a contribuição da
interdependência entre o intervalo de esbelteza normalizada, 𝜆̅, e o intervalo de sobre-resistência, Ω,
na escolha de uma solução sobredimensionada, expondo as consequências da presente abordagem:

 Quando o esforço axial atuante na diagonal é reduzido, em que apenas se requer perfis mais
reduzidos, o limite superior da esbelteza normalizada (𝜆̅ < 2,0) é o critério preponderante na
escolha de um perfil CHS mais robusto, levando a valores elevados da relação Ω𝑖 , equação
(4.29), valores muito superiores à unidade. Esta situação ocorre nas estruturas em estudo
neste trabalho nos pisos 2 e 3, tipicamente sujeitos a valores reduzidos de esforço axial
atuante;
 Por outro lado, nas diagonais em que o esforço axial atuante é elevado, sendo necessário
secções transversais mais robustas, o limite inferior da esbelteza normalizada (𝜆̅ > 1,3) reduz
muito as opções de escolha dos perfis disponíveis. Em certos projetos pode ocorrer o caso
extremo de não existirem soluções de contraventamentos disponíveis;
 A necessidade de manter a relação Ω𝑖 dentro do intervalo prescrito na equação (4.27) leva ao
aumento do valor mínimo de Ω𝑖 e por conseguinte aumentando a sobre-resistência global da
estrutura;

De facto neste trabalho, a necessidade de satisfazer simultaneamente ambos os critérios enunciados,


obrigou a um longo e demorado processo iterativo na procura de uma solução estrutural adequada.

De acordo com o enunciado no subcapítulo 4.3.6, o recurso à metodologia IFBD oferece um grande
vantagem numa estrutura em que os efeitos de 2ª ordem são o critério mais condicionante. As
estruturas MRF são casos práticos desta afirmação, que sendo estruturas mais flexíveis e dúcteis que
os pórticos contraventados (logo mais sensíveis a efeitos de 2ª ordem) a adoção de um coeficiente de
comportamento inferior aos valores elevados sugerido pelo EC8, presentes na Tabela 4.1, leva ao
cumprimento dos limites de coeficiente de sensibilidade, 𝜃, com uma configuração estrutural menos
rígida e mais leve. Nesta perspetiva, sendo as estruturas CBF menos susceptíveis a efeitos de 2ª
ordem, a aplicação da metodologia IFBD revela-se menos vantajosa.

53
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.9 Resultados

Nas tabelas seguintes apresentam-se os resultados obtidos para a estrutura REG (Tabelas 4.4 e 4.5) e para a estrutura IRREG (Tabelas 4.6 e 4.7).

Estrutura REG

Tabela 4.4: Parâmetros de dimensionamento Pórtico 1 e 2

Colunas Colunas Vel Limite Drift Vd


ID Pórtico Piso Contravent.
Int. Ext.
T [s]
[kN] (0,01h) [kN]
q / qadopt3D θ  Ωmin Ωmax
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,0239 0,0156 1,30
Pórtico 1 2 CHS 139,7x6,3 HEB 300 HEB 200 1826,4 0,0220 692,6 2,36 / 3,5 0,0255 1,47 1,14 1,34
1 CHS 139,7x8,0 HEB 300 HEB 200 0,0235 0,0273 1,69
0,84
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,0239 0,0156 1,30
Pórtico 2 2 CHS 139,7x6,3 HEB 300 HEB 200 1826,4 0,0220 570,4 2,36 / 3,5 0,0255 1,47 1,38 1,63
1 CHS 139,7x8,0 HEB 300 HEB 200 0,0235 0,0273 1,69

Tabela 4.5: Parâmetros de dimensionamento Pórtico 3 e 4

Colunas Colunas Limite Drift Vd


ID Pórtico Piso Contravent.
Int. Ext.
T [s] Vel [kN]
(0,01h) [kN]
q / qadopt3D θ  Ωmin Ωmax
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,0161 0,0174 1,88
Pórtico 3 2 CHS 139,7x4,0 HEB 300 HEB 200 1883,8 0,0222 554,1 3,15 / 3,5 0,0451 1,89 1,11 1,73
1 CHS 139,7x5,0 HEB 300 HEB 200 0,0281 0,0545 2,06
0,88
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,0161 0,0174 1,88
Pórtico 4 2 CHS 139,7x4,0 HEB 300 HEB 200 1883,8 0,0222 585,7 3,15 / 3,5 0,0451 1,89 1,05 1,61
1 CHS 139,7x5,0 HEB 300 HEB 200 0,0281 0,0545 2,06

54
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Estrutura IRREG

Tabela 4.6: Parâmetros de dimensionamento das Pórtico 1, 2 e 3

Colunas Colunas Vel dr.ν (Limite Vd


ID Pórtico Piso Contravent.
Int. Ext.
T [s]
[kN] =0,01h) [kN]
q / qadopt3D θ  Ωmin Ωmax
3 CHS 114,3x3,2 HEB 300 HEB 200 0,013 0,007 1,77
Pórtico 1 2 CHS 139,7x6,3 HEB 300 HEB 200 1756,4 0,018 757,5 2,40 / 3,0 0,013 1,47 1,02 1,18
1 CHS 139,7x8,0 HEB 300 HEB 200 0,024 0,017 1,69
3 CHS 114,3x3,2 HEB 300 HEB 200 - - 1,77
Pórtico 3 2 CHS 139,7x6,3 HEB 300 HEB 200 0,72 1308,6 - 498,2 1,81 / 3,0 - 1,47 1,51 1,84
1 CHS 139,7x8,0 HEB 300 HEB 200 - - 1,69
3 CHS 114,3x3,2 HEB 300 HEB 200 - - 1,77
Pórtico 2 2 CHS 139,7x6,3 HEB 300 HEB 200 1196,6 - 437,4 1,65 / 3,0 - 1,47 1,69 2,09
1 CHS 139,7x8,0 HEB 300 HEB 200 - - 1,69

Tabela 4.7: Parâmetros de dimensionamento da Pórtico 4 e 5

Colunas Colunas Vel dr.ν (Limite Vd


ID Pórtico Piso Contravent.
Int. Ext.
T [s]
[kN] =0,01h) [kN]
q / qadopt3D θ  Ωmin Ωmax
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,017 0,015 1,88
Pórtico 4 2 CHS 139,7x4,0 HEB 300 HEB 200 2020,0 0,023 703,6 3,0 / 3,0 0,039 1,89 1,05 1,32
1 CHS 168,3x5,0 HEB 300 HEB 200 0,024 0,038 1,70
0,83
3 CHS 139,7x3,2 HEB 300 HEB 200 0,017 0,015 1,88
Pórtico 5 2 CHS 139,7x4,0 HEB 300 HEB 200 2020,0 0,023 703,6 3,0 / 3,0 0,039 1,89 1,05 1,32
1 CHS 168,3x5,0 HEB 300 HEB 200 0,024 0,038 1,70

55
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.10 Configuração Final dos Pórticos

Ao nível do dimensionamento sísmico como não foram feitas alterações na escolha dos perfis das
vigas, em relação ao dimensionamento para cargas verticais, estes perfis não foram apresentados
neste subcapítulo. A configuração final sísmica dos pórticos da estrutura REG e IRREG é a que se
apresenta na Tabela 4.8 e Tabela 4.9, respetivamente.

Estrutura REG

Tabela 4.8: Estrutura REG ; Configuração final sísmica Pórtico 1, 2, 3 e 4

Pórtico 1 e 2 Pórtico 3 e 4

Piso Pilar Ext. Pilar Int. Contrav. Pilar Ext. Pilar Int. Contrav.

3 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x3,2 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x3,2

2 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x6,3 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x4,0

1 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x8,0 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x5,0

Estrutura IRREG

Tabela 4.9: Estrutura IRREG ; Configuração final sísmica Pórtico 1, 2, 3, 4 e 5

Pórtico 1, 2 e 3 Pórtico 4 e 5

Piso Pilar Ext. Pilar Int. Contrav. Pilar Ext. Pilar Int. Contrav.

3 HEB 200 HEB 300 CHS 114,3x3,2 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x3,2

2 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x6,3 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x4,0

1 HEB 200 HEB 300 CHS 139,7x8,0 HEB 200 HEB 300 CHS 168,3x5,0

56
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

4.3.11 Massas e Momentos de Inércia

Para a combinação sísmica já definida no subcapítulo 4.2, o peso das paredes no piso 1 e 2 está
representada na Tabela 4.10, tendo em consideração que o pé direito do piso onde as paredes não
estruturais estão presentes, é 3,5m. Para a mesma combinação, o peso por piso, NED, encontra-se na
Tabela 4.11.

Tabela 4.10: Peso das paredes em cada direção

L total paredes
Peso das paredes [kN]
[m]
Dir. y 585 = 3,93*3,5*44 44
Dir. x 957= 3,93*3,5*72 72
Total 1542,8

Tabela 4.11: Peso da laje por piso

Área total [m2] 516 = (30*18)-(6*4)

Piso 1, 2 e 3
Gk [kN]
2025,8
Piso 1 e 2 Piso 3
Qk [kN]
1032,0 516
Piso 1 e 2 Piso 3
𝑵𝑬𝒅 = 𝑮𝒌 + 𝟎, 𝟑 𝑸𝒌 [kN]
2335,4 2180,6

Na Tabela 4.12 encontra-se o cálculo da massa nas duas direções:

Tabela 4.12: Massa total nas duas direções

Piso 1 e 2 + Parede Paredes (Piso 1 e 2) Piso 3


Massa y [ton] 297,7 59,7 222,3
Massa x [ton] 335,7 97,6 222,3

O momento polar de inércia, 𝑀𝜃 , é definido pela equação seguinte,

𝑎 ∗ 𝑏 3 𝑎3 ∗ 𝑏 𝑎 ∗ 𝑏 2 𝑎2 ∗ 𝑏
𝑀𝜃 = 𝜌 ∗ ( + ) + 𝑀𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. ∗ 𝑑 2 = 𝜌 ∗ 𝑎 ∗ 𝑏 ∗ ( + + 𝑑2) =
12 12 12 12
(4.31)
𝑎 ∗ 𝑏 2 𝑎2 ∗ 𝑏
= 𝑀𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. ∗ [ + + 𝑑2]
12 12

57
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Tanto na estrutura REG como na estrutura IRREG, a parcela d (distância ao CG) relativa à laje dos
edifícios, é nula. Na Tabela 4.13 está discretizado o 𝑀𝜃 por laje de cada piso e as respetivas variáveis
presentes na equação (4.31).

Tabela 4.13: Momento polar de inércia por Piso

Piso Mequiv. [ton] a [m] b [m] 𝑴𝜽 [𝒕𝒐𝒏. 𝒎𝟐 ]


1e2 395,3 24=30-6 14=18-4 25433,1
3 222,3 24 14 14300,3

Em resumo apresenta-se na Tabela 4.14 a massa na direção X, na direção Y e o 𝑀𝜃 , para cada piso,
presentes no CG do modelo tridimensional de ambas as estruturas.

Tabela 4.14: Resumo das massas e momento polar de inércia por piso

Piso Massa y [ton] Massa x [ton] 𝑴𝜽 [𝒕𝒐𝒏. 𝒎𝟐 ]


1e2 297,7 335,7 25433,1
3 222,3 222,3 14300,3

4.3.12 Períodos e Modos de Vibração da configuração final das estruturas

Na Tabela 4.15 e Tabela 4.16 encontram-se os primeiros 6 modos de vibração das estruturas REG e
IRREG, respectivamente, com definição das frequências, períodos, % da participação da massa e o
movimento predominante em cada modo.

Estrutura REG

Tabela 4.15: Períodos e modos vibração REG

Translação em X Translação em Y Rotação em Z


Mov.
Pref.
Modo Período [s] % % Acum. % % Acum. % % Acum

1 0,878 0,899 0,899 0,004 0,004 0,001 0,001 Transl. X


2 0,845 0,004 0,903 0,878 0,882 0,003 0,004 Transl. Y
3 0,418 0,001 0,904 0,002 0,884 0,894 0,897 Rot. Z
4 0,316 0,011 0,915 0,087 0,971 0,0 0,897 Transl. Y
5 0,313 0,073 0,988 0,014 0,985 0,0 0,897 Transl. X
6 0,182 0,012 1,0 0,0 0,985 0,0 0,897 Transl. X

58
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

Estrutura IRREG

Tabela 4.16: Períodos e modos vibração IRREG

Translação em X Translação em Y Rotação em Z


Mov.
Pref.
Modo Período [s] % % Acum. % % Acum. % % Acum.

1 0,837 0,883 0,883 0,0 0,0 0,0 0,0 Transl. X

2 0,716 0,0 0,883 0,851 0,851 0,021 0,021 Transl. Y


3 0,390 0,0 0,883 0,020 0,871 0,864 0,885 Rot. Z
4 0,303 0,101 0,984 0,0 0,871 0,0 0,885 -
5 0,279 0,000 0,984 0,110 0,981 0,001 0,886 -
6 0,178 0,016 1,0 0,0 0,981 0,0 0,886 -

Tanto a REG como IRREG têm menos rigidez para o modo de translação segundo X, correspondente
ao 1º modo de vibração de ambas as estruturas. De notar que os três primeiros modos afectam o
principal comportamento de ambas as estruturas, contribuindo em quase 90% da resposta total da
estrutura.

As tabelas acima comprovam a validade em aplicar o método N2 simplificado na avaliação sísmica de


ambas as estruturas, como explicado no subcapítulo 2.3.2.1.

59
Capítulo 4. Dimensionamento sísmico

60
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5 Avaliação do Desempenho Sísmico

5.1 Introdução

Neste capítulo procede-se à avaliação do desempenho sísmico das estruturas dimensionadas no


capítulo anterior, através da elaboração de modelos numéricos que permitem modelar o
comportamento não linear das estruturas. Recorreu-se a análises estáticas não lineares (Pushover
Analyses) e a análises dinâmicas não-lineares (Time-History Analyses). Ambos os tipos de análises
foram definidas no software de elementos finitos de análise não linear, OpenSees (PEER, 2006)

O presente capítulo inicia-se com a descrição dos comandos relevantes para a definição dos modelos
não lineares com o programa de cálculo OpenSees. Posteriormente, os dois subcapítulos seguintes
focam-se na descrição das análises pushover e das análises dinâmicas não lineares. Para finalizar,
os resultados da avaliação sísmica de ambas as estruturas são apresentados e discutidos.

É importante referir que, apesar de se ter desenvolvido os modelos numéricos e a ação sísmica para
se desenvolver as análises dinâmicas não lineares, não foi possível obter os resultados finais das
análises dinâmicas não lineares, correspondentes à duração total de todos os acelerogramas, devido
a problemas numéricos. Assim, a avaliação das estruturas dimensionadas é feita, neste capítulo,
apenas com os resultados obtidos a partir das análises estáticas não lineares. A resposta histerética
dos contraventamentos relativa ao único acelerograma que correu na totalidade é aqui discutida
sendo que os resultados relativos ao deslocamentos horizontais máximos e mínimos atingidos e drifts
entre pisos não podem ser comparáveis com os resultados da análise estática não-linear.

61
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.2 Modelação Não-Linear das Estruturas

5.2.1 Introdução

Na Figura 5.1 e Figura 5.2 está ilustrada a distinção entre a orientação e posicionamento do sistema
global de coordenadas admitidos no OpenSees (referencial de coordenadas globais a azul) e do
sistema global de coordenadas admitidos no programa de cálculo SAP2000 (referencial de
coordenadas globais a preto) para a estrutura REG e IRREG, respectivamente. A principal diferença
reside que os pórticos da direção Y no dimensionamento (SAP2000) são os pórticos da direção Z na
avaliação sísmica (OpenSees), em ambas as estruturas.

Em todos os pórticos modelou-se apenas os elementos resistentes às ações laterais em ambas as


estruturas como se ilustra na Figura 5.1 e Figura 5.2, porque o resto do pórtico tem uma contribuição
muito pequena na rigidez do pórtico e por este ser computacionalmente um modelo mais “leve”.
Inclusivamente, os efeitos P-Delta não são condicionantes em pórticos com contraventamentos
centrados pelo que a hipótese em não definir o resto do pórtico não é contra a segurança.

Z X

Figura 5.1: Modelo tridimensional OpenSees da REG

62
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

X
Z

Figura 5.2: Modelo tridimensional OpenSees da IRREG

O código criado para o modelo tridimensional da IRREG (Figura 5.2) encontra-se no Anexo A .
Da Figura 5.3 à Figura 5.7 encontra-se a identificação de todos os nós e elementos respeitantes a
cada pórtico onde se inclui a representação das condições de fronteira. A identificação de nós e
elementos nos pórticos da estrutura REG (Figura 5.1) é coincidente com a identificação dos
respetivos pórticos no perímetro da IRREG.

63
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Figura 5.3: Pórtico 1, Modelo Figura 5.4: Pórtico 3, Modelo Figura 5.5: Pórtico 2, Modelo
OpenSees OpenSees OpenSees

Figura 5.6: Pórtico 4, Modelo OpenSees Figura 5.7: Pórtico 5, Modelo OpenSees

64
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.2.2 Representação do comportamento não-linear

Duas filosofias/abordagens são usualmente usadas para representar a resposta não-linear dos
elementos estruturais à ação sísmica. Pode-se recorrer a modelos de “Plasticidade concentrada” e a
“plasticidade distribuída”. A primeira abordagem assume que as zonas que vão entrar em cedência
estão localizadas nas extremidades dos elementos. Porém os resultados desta abordagem podem
ser postos em causa se o utilizador não tiver a experiência necessária na correta calibração do
comportamento destas zonas. A segunda abordagem consiste em admitir plastificação ao longo do
elemento, exigindo a geometria e as características do material como valores de input. A relação
constitutiva tensão-deformação da secção transversal é obtida por via da integração da relação
tensão-deformação uniaxial de todas fibras em que a secção foi dividida. No modelo foi adoptado o
modelo de plasticidade distribuída, com as seções transversais discretizadas em fibras (fibre
modelling approach) permitindo assim ter em consideração a plasticidade quer ao nível longitudinal,
quer ao nível transversal do elemento.

Nos perfis comerciais IPE, HEB e CHS a configuração-tipo da divisão da seção em fibras é a ilustrada
na Figura 5.8.

Figura 5.8: Disposição tipo das fibras na dupla dos perfis HEB e IPE e perfis CHS (Uriz & Park 2008)

Segundo Uriz & Park (2008) o maior refinamento de fibras da secção não é importante para a
resposta global do contraventamentos mas é decisivo na obtenção das deformações em regime não
linear nas secções críticas. O número de divisões de fibras adotados nas diferentes seções são as
dispostas na Tabela 5.1. Nessa tabela nfdw representa o número de fibras no comprimento da alma,
nftw o número de fibras na espessura da alma, nfbf o número de fibras na largura do banzo, nftf o
número de fibras na espessura do banzo, nfR o número de divisões radiais (número de ‘anéis’) e nfT
o número de segmentos que compõem os ‘anéis’.

Tabela 5.1: Divisão das fibras nas secções HEB, IPE e CHS

HEB e IPE
nfdw 50
nftw 3
nfbf 50
nftf 9
CHS
nfR 4
nfT 8

65
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.2.3 Elementos

O OpenSees disponibiliza duas opções de modelar os elementos, Force Based Element (FBE) e
Displacement Based Element (DBE). Ambas as formulações consideram o efeito de Bauschinger,
descrito no subcapítulo 2.4, e têm em conta a curva de interação esforço axial-momento fletor.

A FBE é uma formulação exata em que os elementos finitos são formulados em forças. Nesta
formulação, uma melhor aproximação da solução é conseguida com o aumento do número de
secções de controlo ao longo do elemento (pontos de integração de Gauss) sem necessidade de
aumentar o número de elementos. Pontos de integração de Gauss são seções de controlo ao longo
do elemento que recorrem à regra de integração Gauss-Lobatto. Na sua forma mais simples, um
elemento pode ser constituído por um só elemento FBE com pelo menos quatro pontos de Gauss.
Nesta dissertação foi adoptada a formulação FBE com dez pontos de Gauss recorrendo ao elemento
nonlinearBeamColumn em vigas, colunas e contraventamentos.

Os elementos nonlinearBeamColumn têm em conta apenas as pequenas deformações, contudo por


aplicação da transformação geométrica corotational nos contraventamentos, a relação força
deslocamento é transformada para as grandes deformações do sistema global de coordenadas.

A Figura 5.9 representa o modelo-tipo do contraventamento com imperfeição inicial, onde se ilustra os
níveis de hierarquia da plasticidade distribuída (fibra -> seção -> elemento) que se inicia com a
integração da relação uniaxial tensão-deformação de cada fibra.

Figura 5.9: Modelação Contraventamento segundo (Uriz & Park 2008), (A) Imperfeição inicial, (B) Pontos de integração
de Gauss, (C) Exemplo de tipos secção transversal discretizadas em fibras, (D) Relação constitutiva uniaxial tensão-
deformação para a fibra

66
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Nas vigas e colunas foi considerado um só elemento FBE. Dado que a resposta das estruturas CBF
depende em grande parte do comportamento dos contraventamentos, é crucial refinar o modelo
numérico nestas diagonais, de forma a obter uma resposta o mais realista possível do
comportamento pós-encurvadura, comportamento histerético e deformação fora do plano. Como tal:

 Cada contraventamento é constituído por 10 elementos FBE.


 A disposição dos 10 FBE pelo contraventamento origina uma imperfeição inicial a meio-vão
de valor 0,1% do comprimento efetivo das diagonais (𝐿𝑒𝑓𝑓 );
 Não existe ligação a meio vão unindo os dois contraventamentos, ou seja, 𝐿𝑒𝑓𝑓 = 𝐿.

A imperfeição inicial é consequência das tensões residuais provenientes do processo construtivo dos
perfis tubulares. Em (Uriz et al. 2008) é feita uma avaliação da influência do valor de imperfeição
inicial a meio-vão (variando o valor de imperfeição entre 0,01% e 3,0% do comprimento do
contraventamento de secção tubular), concluindo-se que a mudança do valor de imperfeição inicial
tem influência no valor inicial de carga crítica de encurvadura e na encurvadura local da secção
(Figura 5.10), mas que o comportamento histerético do contraventamento não sofre alterações
significativas por variação do valor de imperfeição inicial, como observado na Figura 5.11 .

Figura 5.10 Efeito da imperfeição inicial na resposta local do contraventamento à compressão (Uriz et al. 2008)

Figura 5.11: Efeito da imperfeição inicial no comportamento histerético do contraventamentos (Uriz et al. 2008)

67
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.2.4 Relação tensão-deformação dos materiais

Colunas e vigas não têm um comportamento histerético instável como os contraventamentos e como
tal colunas e vigas foram definidas com um comportamento bi-linear com um parâmetro de
endurecimento de 1% (strain hardening). Este parâmetro significa que após a entrada em cedência
do aço, o módulo de elasticidade toma um valor de 1% do valor inicial. Para este efeito foi
selecionado o comando unixaxialMaterial Hardening. A Figura 5.12 ilustra o comportamento e
parâmetros do aço das colunas e vigas.

Figura 5.12: Comportamento do comando uniaxialMaterial Hardening (Mazzoni et al. 2007)

O parâmetro de endurecimento depende do módulo de elasticidade, Isotropic hardening e Kinematic


hardening:

 Isotropic hardening corresponde ao acréscimo do valor absoluto de tensão de


cedência por endurecimento do material sob tração;
 Kinematic hardening retrata o comportamento do material sob ação cíclica em que se
verifica o efeito de Bauschinger, como descrito no subcapítulo 2.4.

O aço dos contraventamentos foi definido através do comando uniaxialMaterial Steel02 que simula o
modelo uniaxial Giuffre-Menegotto-Pinto. Este modelo tem em conta a acumulação de deformação
plástica decorrente de uma ação cíclica. Para considerar o parâmetro de endurecimento isotrópico os
parâmetros são: R0=20; cR1=0,925; cR2=0,15; a1=-0,0005; a2=0,01; a3=0,0005; a4=0,01. O
parâmetro de endurecimento cinemático, b, tem o valor 0,01 (1,0%). O comportamento deste
comando, ilustrado na Figura 5.13, é aproximado ao comportamento dos contraventamentos
rotulados na extremidade sob ação cíclica como descrito no subcapítulo 2.4

68
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Figura 5.13: Variáveis (em cima) e Comportamento (em baixo) do comando uniaxialMaterial Steel02 (Mazzoni et al.
2007)

5.2.5 Rigidez Torsional dos elementos estruturais

A rigidez torsional de cada seção, 𝐾𝑡𝑖 , foi definida de acordo com a equação (5.1) e foi associada à
respectiva seção por via do comando section aggregator:

𝐾𝑡𝑖 = 𝐺 ∗ 𝐽 (5.1)

em que,

𝐾𝑡𝑖 [𝑘𝑁. 𝑚2 ] é a rigidez de torção da seção;

𝐺 [𝑘𝑃𝑎] é o módulo de distorção;

𝐽 [𝑚4 ] é a fator de torção da seção para o tipo de seção considerada, dado por
1
𝐽 = ∗ ∑ 𝑡𝑖3 ∗ 𝑠𝑖 , onde t e s são a espessura e o comprimento da alma e dos banzos,
3

respetivamente.

5.2.6 Massa

Massa da laje de cada piso é concentrada no nó do respectivo centro de massa, definida no


subcapítulo 4.3.11 e resumida na Tabela 4.14. A massa dos pórticos, apesar de distribuída pelos
elementos, foi modelada como concentrada em alguns nós. A massa num determinado nó é a soma

69
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

da contribuição de todos os elementos estruturais ligado a esse nó. A massa é obtida a partir das
cargas verticais definidas segundo a combinação sísmica, (𝐺𝑘 + 𝜓2 ∗ 𝑄𝑘 ).

5.2.7 Laje

A rigidez no plano da laje em cada piso é representada por um diafragma rígido – comportamento
rígido no plano - constituído pelo conjunto de nós ao nível de cada piso, que tem no CM o nó principal
(master node) e os nós secundários nos pórticos (slave nodes), comando denominado no OpenSees
por rigid diaphragm.

5.2.8 Transformações geométricas do sistema de coordenadas local para global

De forma a modelar corretamente a rigidez tridimensional é necessário proceder a uma


transformação da rigidez e esforços das coordenadas locais para coordenadas globais como ilustrado
na Figura 5.14. Uma das vantagens do uso do OpenSees é que possibilita ter em conta os efeitos de
2ª ordem nas colunas nesta transformação linear da rigidez e esforços, por via do uso do comando
geomTransf PDelta nestes elementos. Para as vigas é suficiente a transformação linear denominada
geomTransf Linear. Para os contraventamentos recorreu-se ao comando geomTransf Corotational.

Para definir a orientação dos elementos, a transformação tem que ser complementada por um vector
que define essa orientação. O vector define o plano x-z do sistema de coordenadas locais no sistema
de coordenadas globais. O eixo y é definido pelo produtos do eixo x pelo vector enunciado.

Figura 5.14: Ilustração da transformação do sistema de coordenadas locais para globais (Mazzoni et al. 2007)

70
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.2.9 Ligações articuladas

O modelo da Figura 5.15 ilustra o conjunto resistente do pórtico cujas ligações são compostas por
offsets, ou seja, por elementos de comportamento elástico linear e em que cada offset tem
propriedades físicas 10 vezes superiores às mesmas propriedades do elemento com comportamento
não-linear adjacente. Foi admitido um comprimento de 0,1m para todos os offsets. Estes offsets
foram criados com o intuito de simular as placas de ligação gusset plates (placas de aço soldadas ou
aparafusadas que possibilitam a ligação entre elementos metálicos) dotadas de maior rigidez que os
perfis adjacentes. A opção pela modelação de offsets resulta num pórtico ligeiramente mais rígido em
relação à total ausência dos offsets.

X
Figura 5.15: Modelo OpenSees do pórtico na Dir. Z (fora de escala) e representação do sistema de coordenadas
globais

As colunas do piso 1 são rotuladas na base e todos os contraventamentos foram modelados como
sendo rotulados nas extremidades (pinned end braces) permitindo a rotação fora do plano. Implica
que os contraventamentos comprimidos não vão impor momentos fletores nos elementos adjacentes
e que a plastificação vai ocorrer a meio vão do contraventamentos, como ilustrado pela Figura 5.16.

Figura 5.16: Comportamento do contraventamentos comprimido, com imperfeição inicial fora do plano, dotado de
libertação da rotação fora-do-plano nas extremidades (Wood, S. 2006)

71
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Na prática, a ligação articulada na extremidade dos contraventamentos que permite a rotação fora-
do-plano é conseguidas através da folga 2t executada na gusset plate cujo pormenor construtivo está
ilustrado na Figura 5.17 .

Figura 5.17: Pormenor construtivo da ligação 'gusset plate'(Wood, S. 2006)

A libertação de base das colunas e extremidade de vigas foi efetuada por via do comando equalDOF
(equal degrees of freedom), que define que os nós com as mesmas coordenadas tridimensionais
tenham os mesmos deslocamentos e rotações segundo determinados graus de liberdade.

Por exemplo, para libertar a base da coluna do Piso 1, Figura 5.18, utiliza-se “equalDOF 9 9000 1 2 3
5 “, que consiste em o nó 9000 ter os mesmos deslocamentos nos graus de liberdade 1, 2, 3 e 5 (as
três translações e rotação de torção) do nó 9 (nó do offset) o que origina uma rótula no nó 9000 com
libertação no grau de liberdade 4 e 6 (rotações segundo os eixos maior e menor de inércia da secção
transversal HEB da coluna).

Figura 5.18: Esquema libertação de base da coluna (fora de escala)

72
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Na Figura 5.19 estão representadas as rótulas de extremidade dos contraventamentos, nó 53000 e


26000, que permitem as rotações de flexão fora-do-plano, conseguidas recorrendo ao procedimento
rotspring3D, como exemplificado para a rótula 53000 na Figura 5.20. O nó 25 da Figura 5.19 é um
slave node do CM do piso (restrição criada pelo comando rigidDiaphragm, já referida anteriormente).

Figura 5.19: Esquema da ligação ‘gusset-plate’ ao nível dos pisos (fora de escala) e respetivo sistema global de
coordenadas

Figura 5.20: Procedimento ‘rotspring3D’ para a rótula do contraventamento

O procedimento ilustrado na Figura 5.20 gera a rótula no contraventamento ilustrado na Figura 5.19.
O comando equalDOF define em termos das coordenadas globais (sistema de coordenadas
representado na Figura 5.15 e Figura 5.19) que o nó 53000 tem as mesmas três translações e
rotação no plano (𝜃𝑋 ) que o nó 53, nó pertencente ao offset. Como tal, encontram-se libertas ambas
as rotações fora do plano ( 𝜃𝑌 e 𝜃𝑍 ) no nó 53000. O elemento zerolength gerado em coordenadas
locais (elemento de comprimento nulo definido a partir de dois nós coincidentes) liga o nó 53 e 53000
nos graus de liberdade que foram libertados pelo comando equalDOF, através de uma relação
tensão-deformação definida pelo utilizador. De forma a orientar corretamente no espaço a direção de
rotação fora-do-plano, este comando permite definir a orientação do sistema de coordenadas locais
em relação ao sistema de coordenadas globais.

73
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

O elemento zerolenght restringe a rotação de torção do contraventamento, grau de liberdade local 4,


por atribuição do “matID_Torção” (que simula um material rígido na rotação de torção). O material do
grau de liberdade local 5, rotação fora-do-plano, é o “matID_Pin y” (que simula um material de rigidez
muito reduzida para esta rotação).

Ambos os materiais identificados criados são de natureza uniaxialMaterial Elastic (comportamento


elástico linear, representado na Figura 5.21 ).

Figura 5.21: Comportamento uniaxialMaterial Elastic (Mazzoni et al. 2007)

A rotação fora do plano permitida pelo procedimento rotspring3D em conjunto com a imperfeição
inicial a meio-vão do contraventamento induz a deformação fora do plano, ou seja, deformação
perpendicular à gusset plate como representado na Figura 5.22 .

Na Figura 5.22 estão representadas as designações da rotação fora do plano (𝜃𝑦 ), rotação no plano
(𝜃𝑧 ) e rotação de torção (𝜃𝑥 ). As rotações estão designadas segundo o sistema local de coordenadas
dos contraventamentos. Por aplicação do procedimento da Figura 5.20, 𝜃𝑧 é igual à rotação do offset.

𝜽𝒙
𝜽𝒚

𝜽𝒛

Figura 5.22: Modelo físico encurvadura 'fora do plano' dos contraventamentos (University of Texas at Austin 2006)

74
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Foi comparado o Modelo 1 (rotação fora-do-plano, 𝜃𝑦 , permitida) com o Modelo 2 (rotação fora-do-
plano, 𝜃𝑦 , parcialmente restringida). A partir de uma análise pushover avalia-se ambos os modelos,
analisando a evolução dos momentos fletores normalizados, em relação ao momento resistente da
seção, em função do deslocamento do CM do Piso 3 (nó de controlo). A Tabela 5.2 sintetiza o módulo
de elasticidade dos materiais utilizados para a rotação de torção e rotação fora-do-plano em cada
modelo avaliado, por aplicação do procedimento rotspring3D.

Tabela 5.2: Módulo de elasticidade, E [kPa] dos materiais presentes no Modelo 1 e Modelo 2

Coordenada local Rotação Material Elástico linear Modelo 1 Modelo 2


11 11
𝜃𝑥 matID _ Torção 1,0*10 1,0*10
𝜃𝑦 matID _ Pin y 1,0*10
-3
1,0*10
5

𝜃𝑧 (Rotação igual ao Offset adjacente)

A Figura 5.23 demonstra que para o Modelo 2 a secção de extremidade exibe 𝑀𝑦 chegando a atingir
a resistência plástica o que significa que plastificação vai ocorrer nas extremidades das diagonais.
Pelo contrário, o Modelo 1 exibe valores muito reduzidos de 𝑀𝑦 e 𝑀𝑧 . Como tal o Modelo 1 é o
escolhido na avaliação sísmica pois as diagonais estão sujeitas unicamente a esforço axial e apenas
há plastificação a meio-vão. A Figura 5.24 demonstra que a plastificação ocorreu a meio vão para um
valor de momento fletor atuante inferior ao momento fletor resistente plástico no Modelo 1 e que a
deformação fora do plano é maior no Modelo 1 por relação com o Modelo 2. As conclusões obtidas
para os pórticos nesta direção são as mesmas às obtidas para os pórticos na Dir. X

Str7 3St PO Modal ZZ Momento Fletor normalizado na Extremidade


1.2

0.8
Momento fletor normalizado

0.6 Modelo 1: My/Mpl,Rd


Modelo 1: Mz/Mpl,Rd
Modelo 2: My/Mpl,Rd
0.4 Modelo 2: Mz/Mpl,Rd

0.2

−0.2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Deslocamento No de Controlo (m)

Figura 5.23: Pórtico 1, Secção de extremidade da diagonal comprimida do Piso 1, Momentos fletores em z e y
normalizados vs Deslocamento nó de controlo

75
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico
Str7 3St PO Modal ZZ Momento Fletor normalizado a Meio V?o
1.2

0.8

Momento fletor normalizado


0.6 Modelo 1: My/Mpl,Rd
Modelo 1: Mz/Mpl,Rd
Modelo 2: My/Mpl,Rd
0.4 Modelo 2: Mz/Mpl,Rd

0.2

−0.2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
Deslocamento No de Controlo (m)

Figura 5.24: Pórtico 1, Secção de meio-vão da diagonal comprimida do Piso 1, Momentos fletores em z e y
normalizados vs Deslocamento nó de controlo

A Figura 5.25 representa, para o Modelo 2 e para os três pisos, a evolução do esforço axial,
normalizado à carga crítica das diagonais do Modelo 1 (rotuladas na extremidade), com a deformação
axial, também normalizada ao valor da deformação axial crítica do Modelo 1. Verifica-se que no
Modelo 2, o esforço axial máximo normalizado alcançado nos contraventamentos é superior à
unidade o que revela o nível de restrição da rotação fora-do-plano em altura no Modelo 2, o que não
é representativo do comportamento (ilustrado na Figura 5.13) do modelo de diagonais rotuladas na
extremidade adapto nesta dissertação.

Str7 3St PO Modal ZZ Compression Brace ratios N/Pcr vs D/Dcrit


0
Piso 1
Piso 2
Piso 3

−0.5

−1
N/Pcr (kN)

−1.5

−2

−2.5
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0
D/Dcrit (m)

Figura 5.25: Pórtico 1, Modelo 2, Contraventamentos, Esforço axial normalizado vs deformação axial normalizada

76
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

O objetivo desta comparação é mostrar que o Modelo 2 não simula o comportamento de estruturas
contraventadas rotuladas na extremidade, objetivo desta dissertação, e é por isso inadequado. Refira-
se, no entanto, que foi só com o Modelo 2 tridimensional que foi possível realizar análises dinâmicas
não lineares em todos os acelerogramas selecionados. Mas, como o Modelo 2 não representa a
estrutura dimensionada, a avaliação sísmica dos pórticos REG e IRREG vai ser realizada apenas
com recurso a análises estáticas não lineares e ao modelo tridimensional Modelo 1. Não se faz a
comparação dos resultados da análise pushover com os resultados das análises dinâmicas não-
lineares porque aplicando a time-history analysis com o Modelo 1 apenas foi possível realizar esta
análise num só acelerograma.

5.2.10 Amortecimento Viscoso

O amortecimento viscoso dos materiais, relacionado com a sua capacidade de dissipar energia, é
modelado a partir do valor do coeficiente de amortecimento, 𝜉 (damping ratio). Num sistema de um
grau de liberdade (um GDL) apenas é necessário o damping ratio ; Porém para um sistema de
múltiplos GDL precisa-se da matriz de amortecimento, [𝐶].

As equações de movimento para vibrações em regime livre (sem forças aplicadas) de um sistema
com múltiplos graus de liberdade, podem ser escritas na forma matricial de acordo com a expressão
(5.2):

[𝑀]{𝑑̈ } + [𝐶]{𝑑̇ } + [𝐾]{𝑑} = {0} (5.2)

em que [𝑀] é a matriz de massa, [𝐶] a matriz de amortecimento, [𝐾] a matriz de rigidez e {𝑑} o vetor
de deslocamentos, {𝑑̇ } o vetor de velocidades e {𝑑̈ } o vetor de acelerações.

O método de definir a matriz de amortecimento de uma estrutura a partir das taxas de amortecimento
modal é feito com recurso à formulação de amortecimento de Rayleigh expressa na equação (5.3) :

[𝐶] = 𝛼 ∗ [𝑀] + 𝛽 ∗ [𝐾] (5.3)

Segundo (Chopra 2012) o coeficiente de amortecimento (damping ratio) pode ser determinado para o
modo i segundo a equação (5.4):

𝛼 1 𝛽
𝜉𝑖 = ∗ + ∗ 𝜔𝑖 (5.4)
2 𝜔𝑖 2

Em que 𝜔𝑖 é a frequência da estrutura para o modo de vibração i. Os coeficientes 𝛼 [𝑠𝑒𝑐 −1 ] e 𝛽 [𝑠𝑒𝑐]


são obtidos a partir dos coeficiente de amortecimento, 𝜉𝑖 𝑒 𝜉𝑗 , para a frequência dos modos i e j,
𝜔𝑖 𝑒 𝜔𝑗 . Formulando a (5.4) para estes dois modos de vibração obtém-se a equação (5.5) na forma
matricial:

1 1/𝜔𝑖 𝜔𝑖 𝛼 𝜉
[ ] [ ] = [ 𝑖] (5.5)
2 1/𝜔𝑗 𝜔𝑗 𝛽 𝜉𝑖

77
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A equação matricial (5.5) é resolvida de forma a obter os coeficientes 𝛼 e 𝛽 resultando nas equações
algébricas (5.6), assumindo que ambos os modos têm o mesmo valor de coeficiente de
amortecimento (𝜉𝑖 = 𝜉𝑗 = 𝜉), o que segundo dados experimentais é um suposição fidedigna de acordo
com (Chopra 2012).

𝜔𝑖 𝜔𝑗 2
𝛼=𝜉 ; 𝛽=𝜉 (5.6)
𝜔𝑖 + 𝜔𝑗 𝜔𝑖 + 𝜔𝑗

Neste trabalho o amortecimento foi definido segundo esta formulação considerando o coeficiente de
amortecimento (damping ratio) proporcional à rigidez tangente com uma redução artificial do
amortecimento, de valor 2,5% (𝜉1 = 𝜉 = 0,025) para o primeiro modo de vibração, i.e. para a primeira
frequência da estrutura (𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙, 𝜔1 ) , sem a consideração dos restantes modos de
vibração. Esta hipótese resulta no coeficiente 𝛽 no formato da equação (5.7) cujo valor respeitante à
estrutura REG e estrutura IRREG se encontra definido na Tabela 5.3.

2
𝛽=𝜉 (5.7)
𝜔1

Tabela 5.3: Valores do coeficiente 𝜷 para a Estrutura REG e IRREG

Estrutura REG Estrutura IRREG


𝛽 0,00517 0,00494

Ao nível modelação OpenSees recorre-se ao comando rayleigh identificado na Figura 5.26. De notar
que o comando abrange o coeficiente betaK (aplicado à matriz de rigidez corrente/atualizada dos
elementos), o coeficiente betaKinit (aplicado à matriz de rigidez inicial dos elementos) e o coeficiente
betaKcomm (aplicado à matriz de rigidez dos elementos no último passo da análise).

Figura 5.26: Comando rayleigh e respetivas variáveis, (Mazzoni et al. 2007)

5.2.11 Modos de Vibração OpenSees vs. SAP2000

De modo a confrontar a modelação em OpenSees com a modelação definida em SAP2000,


compararam-se os modos de vibração e valores dos períodos entre os modelos tridimensionais T+C
(diagonais à compressão e tração) do OpenSees e SAP2000, para ambas as estruturas REG e
IRREG. Os períodos e os modos de vibração correspondentes (e por conseguinte o movimento

78
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

preferencial de vibração) são idênticos nos dois programas de cálculo para cada estrutura (Tabela
5.4).

Tabela 5.4: Comparação modos vibração entre modelos T+C OpenSees e SAP

Estrutura REG Estrutura IRREG


Modo/Mov. em OpenSees, T SAP, T Modo/Mov. em OpenSees, T SAP, T
Coord. OpenSees [s] [s] Coord. OpenSees [s] [s]
1/ Translação Dir.X 0,646 0,653 1/ Translação Dir.X 0,618 0,624
2 / Translação Dir.Z 0,612 0,618 2 / Translação Dir.Z 0,521 0,526
3 / Torção 0,304 0,307 3 / Torção 0,283 0,285

5.3 Análise Estática Não Linear ( Análise Pushover )

Esta análise permite a avaliação sísmica de uma estrutura tendo em conta o comportamento não
linear da estrutura. Este comportamento é caraterizado a partir de uma curva de capacidade
resistente (curva pushover), obtida registando a resposta não-linear da estrutura sujeita à ação
incremental de forças laterais (que simulam as forças de inércia) em termos de força de corte basal
em função do deslocamento de um nó de controlo, e permanecendo as cargas gravíticas constantes.
O padrão de forças laterais aplicado na estrutura pode variar entre linear uniforme ou proporcional ao
1º modo de vibração, na sua forma mais básica. Para monitorizar os deslocamentos laterais totais é
escolhido um nó de controlo, usualmente o nó do centro de massa do piso de topo. Assim, e como
representado na Figura 5.27, obtém-se uma curva pushover a partir do valor de esforço transverso na
base da estrutura, corte basal (V), em função do deslocamento de topo do edifício (D). A partir da
análise estática não-linear, aplica-se progressivamente uma distribuição de cargas laterais até a
estrutura atingir o mecanismo plástico (associado a um valor máximo de deslocamento de topo 𝐷𝑚𝑎𝑥 ).

A Figura 5.27 ilustra como se desenvolve uma curva de capacidade inerente a um pórtico metálico de
ligações rígidas.

Figura 5.27: Curva de capacidade de uma estrutura metálica de ligações rígidas (Lopes 2008)

A curva pushover possibilita, para o respectivo padrão e valor de forças laterais, saber a sequência
de plastificação dos mecanismos locais da estrutura até ao mecanismo total, que se prevê ser um
mecanismo afastado de um mecanismo soft-storey.

79
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.3.1 Método N2 – método proposto pelo EC8

O método utilizado para a avaliação sísmica das estruturas dimensionadas é o método N2, proposto
no EC8, originalmente desenvolvido para estruturas bidimensionais mas também sendo válido
quando aplicado a estruturas tridimensionais. O método aqui descrito tem como objetivo a
comparação direta entre a exigência da ação sísmica com a capacidade resistente da estrutura.

A curva de capacidade resistente da estrutura, é transformada do formato força-deslocamento para o


formato aceleração-deslocamento (A-D. Neste formato a curva de capacidade (resposta da estrutura)
pode ser diretamente comparada com a ação sísmica, definida a partir do espectro de resposta.
Como as estruturas a ser avaliadas são estruturas de múltiplos graus de liberdade (MGLD), a força
de corte basal tem que ser transformada em acelerações espectrais e o deslocamentos de topo em
deslocamentos espectrais, i.e. em acelerações e deslocamentos para um sistema equivalente a um
sistema de um grau de liberdade.

A interseção da curva de capacidade resistente da estrutura de 1 GDL equivalente com o espectro de


resposta elástico (no formato aceleração-deslocamento espectral, como definido de seguida) resulta
na obtenção do ponto de desempenho sísmico (performance point) ou deslocamento sísmico (target
displacement) cuja determinação pode ser dependente de um processo iterativo. O deslocamento
sísmico é obtido para cada direção horizontal do modelo tridimensional.

A descrição dos passos do método N2 é a que segue:

 Passo 1 – Ação Sísmica

Na forma do espectro de resposta elástica já definido no subcapítulo 4.2.

 Passo 2 – Espectro de Resposta no formato Aceleração-Deslocamento

O espectro de resposta no formato aceleração-deslocamentos espectrais (ADRS – Acceleration-


Displacement Response Spectrum), válido apenas para sistemas de um GDL, é definido a partir da
equação (5.8):

𝑇2
𝑆𝑑𝑒 = ∗𝑆 (5.8)
4𝜋 2 𝑎𝑒

em que, 𝑆𝑑𝑒 e 𝑆𝑎𝑒 são o deslocamento e a aceleração espectral elástico.

80
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Figura 5.28: Espectro de resposta elástico no formato ADRS

 Passo 3 – Análise Pushover

Como exposto na Cl. 4.3.3.4.2.2(1) do EC8 devem ser consideradas duas distribuições horizontais
das forças laterais normalizadas. Um padrão “uniforme” é proporcional à distribuição da massa de
toda a estrutura pelos pisos sem consideração da elevação em altura destes. O padrão “modal” é
proporcional ao modo de vibração relevante na direção em estudo, proveniente da análise dinâmica
modal. As forças laterais normalizadas de ambos os padrões são aplicadas no centro de massa do
respetivo piso.

Figura 5.29: Distribuição Modal Dir. Z Figura 5.30: Distribuição Uniforme Dir. Z

Simplificadamente, para a obtenção da distribuição modal, é admitido que os deslocamentos modais


crescem linearmente em altura, segundo a Cl. 4.3.3.2.3(3) do EC8, sendo as forças horizontais,
normalizadas em altura, dadas pela equação (5.9).

𝑧𝑖 ∗ 𝑚𝑖
𝐹𝑖 = (5.9)
∑ 𝑧𝑗 ∗ 𝑚𝑗

81
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Os valores do padrão de forças laterais normalizadas crescem ao longo da análise sendo a sua soma
sempre igual ao corte basal a que a estrutura está sujeita. Neste estudo, o nó de controlo da análise
pushover é o nó do centro de massa do Piso 3. Para a direção Z a distribuição modal e uniforme
estão ilustradas na Figura 5.29 e Figura 5.30, respetivamente. Para a direção X a distribuição modal e
uniforme estão representadas na Figura 5.31 e Figura 5.32, respetivamente.

Figura 5.31: Distribuição Modal Dir. X

Figura 5.32: Distribuição Uniforme Dir. X

Neste trabalho ambos os padrões de cargas laterais, para cada direção, foram considerados para a
definição de curvas de capacidade resistente. Porém, para a definição do ponto de desempenho, com
recurso ao método N2, apenas se utilizou o padrão de forças laterais modal, uma vez que a respetiva
curva de capacidade apresenta menor capacidade resistente.

 Passo 4 – Transformação da curva de capacidade de um sistema de múltiplos graus de


liberdade (MDOF) num sistema de um grau de liberdade equivalente (SDOF).

A massa do sistema de 1 GDL equivalente, 𝑚∗ é determinado a partir da equação (5.10),

̅𝑖
𝑚 ∗ = 𝑚 𝑖 ∗ ∅𝑖 = ∑ 𝐹 (5.10)

em que 𝑚𝑖 é a massa no Piso i numa determinada direção, ∅𝑖 os deslocamentos normalizados e 𝐹𝑖 a


força de inércia no Piso i. Os deslocamentos são normalizados admitindo que ∅𝑛 = 1,0, ou seja,
𝐹̅𝑛 = 𝑚𝑛 . A distribuição modal dos deslocamentos normalizados foi calculada segundo a equação
(5.9).

82
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

O fator de transformação Γ, dado pela equação (5.11), é calculado na Tabela 5.5.

𝑚∗
𝚪= ; (5.11)
∑ 𝑚𝑖 ∗ ∅2𝑖

Tabela 5.5: Cálculo do factor de transformação em ambas as estruturas para cada direção

Direção Z Direção X
Piso 𝑚𝑖 ∅𝑖 𝑚 ∗
∑ 𝑚𝑖 ∗ ∅2𝑖 𝚪 𝑚𝑖 ∅𝑖 𝑚∗ ∑ 𝑚𝑖 ∗ ∅2𝑖 𝚪
3 222,3 0,41 222,3 0,38
2 297,7 0,38 267,0 93,3 2,86 335,7 0,40 292,8 101,8 2,88
1 297,7 0,21 335,7 0,22

A força 𝐹 ∗ e o deslocamento 𝑑 ∗ do sistema equivalente a um GDL são obtidos da equação (5.12) e


(5.13), respetivamente.

𝐹𝑏
𝐹∗ = (5.12)
Γ
𝑑𝑛
𝑑∗ = (5.13)
Γ

em que 𝐹𝑏 e 𝑑𝑛 são, respetivamente, a força de corte basal e o deslocamento no nó de controlo do


sistema de múltiplos graus de liberdade (sistema MGDL).

Com esta transformação obtém-se a curva de capacidade resistente para o sistema 1 GDL
equivalente, no formato Aceleração-Deslocamento, cujo valor de aceleração é dado pela equação
(5.14).

𝐹∗
𝑆𝑎 = (5.14)
𝑚∗

 Passo 5 – Determinação da relação idealizada força/deslocamento elasto-perfeitamente


plástica

Como definido no Anexo B do EC8, a obtenção da relação idealizada bi-linear segue o princípio que a
energia dissipada é idêntica na curva de capacidade e na curva bi-linear num sistema de 1 GDL
equivalente representado na Figura 5.33. Como tal, a rigidez inicial da curva idealizada é determinada
de tal forma que sejam iguais as áreas sob as curvas real e idealizada como ilustrado na Figura 5.34.
A rigidez pós-cedência é nula (devido ao fator de redução, 𝑞𝜇 , já definido, ser nulo).

83
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Figura 5.33: Sistema de 1 GDL equivalente para a curva de capacidade (Nogueiro et al. 2006)

Figura 5.34: Determinação curva idealizada elasto-perfeitamente plástica (CEN 2004)

Como tal, o deslocamento de cedência da curva bi-linear no sistema 1GDL equivalente é dado pela
equação (5.15).


𝐸𝑚
𝑑𝑦∗ = 2 (𝑑𝑚

− ) (5.15)
𝐹𝑦∗

em que 𝐹𝑦∗ é a força de cedência que representa, também, a resistência última do sistema idealizado,

é igual à força de corte basal na formação do mecanismo plástico A. 𝑑𝑚 é o deslocamento último do

sistema idealizado e 𝐸𝑚 a energia dissipada até à formação do mecanismo plástico A.

A curva bi-linear determinada permite obter o valor do período elástico do sistema equivalente (𝑇 ∗ )
segundo a equação (5.16).

𝑚∗ 𝑑𝑦∗
𝑇 ∗ = 2𝜋√ ∗ (5.16)
𝐹𝑦

84
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

 Passo 6 – Determinação do deslocamento sísmico para o sistema 1 GDL equivalente

O deslocamento-alvo da estrutura, 𝑑𝑡∗ é determinado através do procedimento gráfico ilustrado na


Figura 5.35, para estruturas com períodos baixos e na Figura 5.36 para períodos médios ou longos.

Figura 5.35: Determinação do deslocamento objetivo do sistema de 1GL equivalente para períodos baixos (Nogueiro et
al. 2006)

Figura 5.36: Determinação do deslocamento objetivo do sistema de 1GL equivalente para períodos médios ou longos
(Nogueiro et al. 2006)

Como ilustrado, ambas as curvas do espectros de resposta de deslocamentos e a curva de


capacidade idealizada são representados no mesmo gráfico. A interseção entre a recta de
comportamento elástico ilimitado, correspondente ao período elástico do sistema equivalente, com o
espectro de resposta elástico de deslocamentos, 𝑆𝑎𝑒 (𝑇 ∗ ), resulta na obtenção um deslocamento-alvo
para estruturas com um período 𝑇 ∗ médio ou longo, correspondente ao deslocamento elástico, 𝑑𝑒∗ ,
obtido através da equação (5.17).

𝑇∗ 2
𝑑𝑒∗ = 𝑆𝑎𝑒 (𝑇 ∗ ) [ ] (5.17)
2𝜋

Como indicado na equação (5.20) para estruturas com períodos médios ou longos. A determinação
do deslocamento-alvo do sistema equivalente, 𝑑𝑡∗ , para as estruturas de baixo período é calculado
segundo o conjunto de equações (5.18). O período de transição entre o período curto e médio, já
definido no subcapítulo 4.2, é 𝑇𝐶 = 0,5 𝑠.

85
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

a) 𝑇 ∗ < 𝑇𝐶 (𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜𝑠)

𝐹𝑦∗
> 𝑆𝑎𝑒 (𝑇 ∗ ) ⇒ 𝑑𝑡∗ = 𝑑𝑒∗ , 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎
𝑚∗
𝐹𝑦∗ ∗
𝑑𝑒 𝑇𝐶 (5.18)
< 𝑆𝑎𝑒 (𝑇 ∗ ) ⇒ 𝑑𝑡∗ = (1 + (𝑞𝑢 − 1) ∗ ) ≥ 𝑑𝑒∗ , 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑛ã𝑜 − 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟
{𝑚 ∗ 𝑞𝑢 𝑇

Em que 𝑞𝑢 , dado pela equação (5.19), é o quociente entre as acelerações em regime elástico e
acelerações em regime inelástico.

𝑆𝑎𝑒 (𝑇 ∗ )
𝑞𝑢 =
𝐹𝑦∗ (5.19)
⁄𝑚∗

b) 𝑇 ∗ > 𝑇𝐶 (𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑚é𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜𝑠)

𝑑𝑡∗ = 𝑑𝑒∗ (5.20)

Passo 7 – Determinação do deslocamento sísmico para o sistema com múltiplos graus de


liberdade

O deslocamento-alvo do sistema de múltiplos graus de liberdade é determinado segundo a equação


(5.21).

𝑑𝑡 = Γ𝑑𝑡∗ (5.21)

Para o valor de deslocamento-alvo obtido é feita a avaliação sísmica da estrutura, a partir, por
exemplo, da análise do deslocamento relativo entre pisos, da resposta dos contraventamentos e dos
valores deslocamentos máximos horizontais ao nível de cada piso. Esta avaliação sísmica permite
quantificar o nível de danos a que ambas as estruturas estão sujeitas para a ação sísmica
regulamentar, definida no subcapítulo 4.2.

5.4 Análise Dinâmica não-linear

As hipóteses admitidas na modelação da estrutura para as análises estáticas não lineares mantêm-se
agora para as análises dinâmicas não lineares. A maior diferença, enquanto utilizador, para preparar
as análises dinâmicas não lineares está na definição da ação sísmica; deixa de ser definida por
espectros de resposta (análises pushover) e passa a ser por um conjunto de registo de acelerações
do solo (acelerogramas).

Listam-se de seguida os resultados relevantes das análises dinâmicas não lineares, e que são
normalmente usados para avaliar o desempenho sísmico das estruturas. Alguns deles seriam os
analisados e comparados com os resultados correspondentes das análises estáticas não lineares
para este tipo de estruturas (ponto 1 e 4).

86
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

1. Deslocamentos relativos entre pisos (média dos valores máximos determinados para cada
acelerograma), a serem comparados com os resultados da análise pushover;
2. A aceleração ao nível dos pisos (Importante para a verificação de segurança dos
equipamentos);
3. Resposta à ação cíclica dos contraventamentos em altura no formato força-deslocamento,
por forma a avaliar capacidade de dissipação de energia histerética local e global;
4. Média do deslocamento máximo e mínimo ocorrido para um ponto de controlo da estrutura e
para o conjunto dos acelerogramas considerados, a serem comparados com os
deslocamento-alvo obtido da análise pushover.

Como referido anteriormente, no subcapítulo 5.2.9, só o Modelo 2 permitiu realizar as análises


dinâmicas não-lineares na íntegra (todos os registos de acelerogramas selecionados correram com
sucesso). Porém este modelo não representa as estruturas dimensionadas (com este modelo as
diagonais não são articuladas na extremidade) e, consequentemente os resultados correspondentes
não são admissíveis. Assim, decidiu-se: (i) não apresentar os resultados obtidos com as análises
dinâmicas não lineares para o Modelo 2, por não representarem as estruturas dimensionadas, mas
(ii) manter todos os passos essenciais para desenvolver este tipo de análises no OpenSees, por se
considerar informação importante para quem pretender usar, no futuro, este programa de cálculo e as
análises dinâmicas não-lineares.

5.4.1 Definição da Ação Sísmica - Acelerogramas

O conjunto de registos das acelerações reais de solo (ocorridas a nível mundial) a que as estruturas
são sujeitas são disponibilizadas pelo PEER(Pacific Earthquake Engineering Research Centre) sob a
forma de uma base de dados intitulada PEER Ground Motion Database.

Existem duas abordagens na escolha dos acelerogramas. Uma escolha baseada nas características
geofísicas do local (scenario-based selection) e a segunda escolha é baseada nos parâmetros que
definem o movimento do sismo, ou seja, de forma a corresponder ao espectro de resposta elástico
(selection according to spectrum matching and duration). De acordo com a scenario-based selection a
escolha é feita segundo a magnitude do sismo, distância entre origem do sismo e localização da
estrutura, e tipo de solo. A segunda abordagem consiste na seleção do conjunto de registos, que
sujeitos a um fator de escala, a média do conjunto seja compatível com a ação sísmica atuante na
estrutura sísmica prevista em determinado local e definida nos regulamentos, em termos de
aceleração à superfície do terreno e duração. Como neste trabalho a ação sísmica é definida pelo
EC8 a segunda abordagem é de mais fácil aplicação por o espectro de resposta objetivo estar
devidamente estabelecido. Porém as equações que geram a duração dos acelerogramas estão
dependentes da magnitude e distância origem-estrutura e como tal se esta informação não estiver
disponível, esta segunda abordagem torna-se tão inviável como a primeira. Neste trabalho a escolha
de acelerogramas baseou-se na junção das duas abordagens descritas: Primeiro uma pré-seleção
baseada nas características geofísicas do local seguido da seleção de acelerogramas cujos registos
são manipulados de forma a serem compatíveis com o espectro de resposta elástico definido
anteriormente (subcapítulo 4.2).

87
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

De acordo EC8 devem ser corridos pelo menos 7 conjuntos de acelerogramas para que a média dos
resultados seja fidedigna. Neste trabalho ambas as componentes horizontais de um conjunto de 15
acelerogramas (listados na Tabela 5.6), i.e. 30 registos, foram utilizados nesta análise. A
correspondência com o espectro de resposta elástico é feito da seguinte forma: cada uma das
componentes horizontais dos 15 acelerogramas é sujeita ao respetivo factor de escala definido na
Tabela 5.6 tal que a média dos 30 registos para cada direção seja correspondente com o espectro de
resposta elástico previsto no regulamento, como ilustrado na Figura 5.37, ou seja, existem 30
resultados diferentes a serem processados para cada direção de cada estrutura avaliada.

Tabela 5.6: Conjunto dos Acelerogramas adotados

Fator Escala
Nome do Evento ID Sismo Nome da Estação
(a g = 0,3𝑔)
Tabas, Iran 0046 Dayhook 1,28
Imperial Valley-06 0050 Superstition Mtn Camera 6,17
Victoria, Mexico 0064 SAHOP Casa Flores 5,79
Irpinia, Italy-01 0068 Torre Del Greco 7,86
Coalinga-01 0076 Parkfield - Stone Corral 3E 4,33
N. Palm Springs 0101 Anza Fire Station 7,00
Chalfant Valley-02 0103 Tinemaha Res. Free Field 9,00
Whittier Narrows-01 0113 La Habra - Briarcliff 8,00
Loma Prieta 0118 Woodside 4.00
Northridge-01 0127 LA - N Westmoreland 2,83
Kocaeli, Turkey 0136 Mecidiyekoy 8,58
Chi-Chi, Taiwain 0137 HWA038 7,69
Chi-Chi, Taiwain-03 0172 TCU053 10,0
Chi-Chi, Taiwain-05 0174 CHY087 5,63
Chi-Chi, Taiwain-06 0175 TCU068 6,00

Figura 5.37: Correspondência dos registos com o espectro resposta elástico ag=0.3g, Sismo Tipo 1 Solo B

88
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.5 Resultados - Método N2

Como referido anteriormente, só os resultados das análises estáticas não lineares serão
apresentados e serão os únicos, consequentemente, que vão permitir avaliar o desempenho sísmico
das estruturas dimensionadas, REG e IRREG.

5.5.1 Estrutura REG

5.5.1.1 Curvas de Capacidade

Ambas as análises pushover segundo a direção X e Z (Dir. X e Dir. Z) foram efetuadas até a um
deslocamento de topo igual a 5% da altura total.

 DIREÇÃO X

Na curva de capacidade da Dir. X (representada para uma distribuição de forças laterais uniforme e
modal, Figura 5.38) é notório a rigidez elástica elevada associada aos pórticos CBF. Salienta-se a
maior capacidade resistente associada ao padrão de forças laterais uniforme, cujo comportamento
também se verifica na Dir. Z e para a estrutura IRREG. Como tal na obtenção do deslocamento
objetivo pelo método N2 foi selecionada a curva de capacidade associada ao padrão modal de forças
laterais normalizadas.

STR7 POCurve XX MDOF Uniform vs Modal Load Total Shear Disp = 0.05H
2000

1800

1600

1400
Uniforme
Corte Basal Dir. X (kN)

Modal
1200

1000

800

600

400

200

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.38: Estrutura REG, Curva capacidade Direção X

Na Figura 5.39 está representado o comportamento das diagonais comprimidas e traccionadas, (para
os pisos 1, 2 e 3) função do deslocamento relativo entre pisos e para a distribuição de forças modal.
Nas diagonais comprimidas atingido o valor máximo segue-se uma gradual perda de resistência axial.
As diagonais traccionadas atingem a resistência plástica seguindo-se posteriormente a fase de
endurecimento.

89
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str7 3St Frame 3 Modal XX BRACES N vs Desloc.RelativoPisos DispTopo=0.05H


1000

800

600
Esforco Axial (kN)

400
Piso 1
Piso 2
Piso 3

200

−200
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Deslocamento Relativo entre Pisos (m)

Figura 5.39: Estrutura REG, Padrão Modal Dir. X, Contraventamentos Pórticos 3, Esforço axial vs Deslocamento
relativo entre pisos

A Figura 5.40 ilustra o andamento do esforço axial dos contraventamentos em relação ao


deslocamento de topo para a distribuição de forças modal. Destaca-se na Figura 5.40 que a
plastificação da última diagonal do pórtico (que ocorre no Piso 3) corresponde a ser atingida a
máxima resistência no andamento de corte basal total nesta direção (Figura 5.38) seguindo-se um
decréscimo gradual de resistência. É evidente também na Figura 5.40 que a plastificação da diagonal
traccionada do Piso 1 resulta na mudança de rigidez das diagonais traccionadas do Piso 2 e 3.
Str7 3St Frame 3 Modal XX BRACES N vs Desloc. Topo DispTopo=0.05H
1000

800

600
Esforco Axial (kN)

400

Piso 1
Piso 2
Piso 3

200

−200
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.40: Estrutura REG, Padrão Modal Dir. X, Contraventamentos Pórtico 3, Esforço axial vs Deslocamento de
Topo

90
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Como a análise pushover foi desenvolvida num modelo tridimensional, a contribuição para o corte
basal total na Dir. X advém de todas as reações na Dir. X dos pórticos de ambas as direções (curva
azul da Figura 5.41). Na Figura 5.41 está também representado apenas a contribuição das diagonais
dos pórticos resistentes na Dir. X (curva a preto) para a capacidade resistente na Dir. X. Nesta figura
é visível que após entrada em regime não-linear de todas as diagonais da Dir. X, o endurecimento
dos contraventamentos em regime não-linear, não tem qualquer contribuição para a capacidade
resistente total nesta direção.
STR7 POCurve XX MDOF Modal Load Total Shear vs Braces Shear Disp = 0.05H
1800

1600

1400
Contrav Porticos Dir.X
Porticos Dir.X e Dir.Z
1200
Corte Basal Dir. X (kN)

1000

800

600

400

200

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.41: Estrutura REG, Padrão Modal Dir. X, Comparação entre curva de capacidade da contribuição de
contraventamentos dos pórticos na Dir. X e curva de capacidade do corte basal total

A Figura 5.42, esforço axial compressão normalizado em função deslocamento relativo normalizado,
mostra que o esforço axial normalizado máximo é semelhante em todos os pisos. O facto de a carga
crítica não ser atingida na mesma proporção em altura deve-se à consideração do mesmo valor de
imperfeição inicial de 0,1%, comportamento referido no subcapítulo 5.2.3. Também na Figura 5.42
verifica-se que a maior dissipação de energia ocorre para a diagonal comprimida do Piso 1 associado
ao maior esforço que o Piso 1 está sujeito e igualmente à maior esbelteza normalizada deste piso
(Tabela 5.7) em comparação com o Piso 2 e Piso 3. É notório a decrescente dissipação de energia do
Piso 1 para o Piso 3 o que revela a distribuição do gradual do esforço em altura demonstrada na
Figura 5.40.

Tabela 5.7: Configuração Pórticos Dir. X Estrutura REG

2
Pórtico Dir. X A (m )  PCrit (kN)
Piso 3 139,7x3,2 13,7 1,88 137,5
Piso 2 139,7x4,0 17,1 1,89 168,8
Piso 1 139,7x5,0 21,2 2,06 177,2

91
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str7 3St PO Modal XX Ned− vs Interstorey Brace ratios N/Pcr vs D/Dcrit


0
Piso 1
Piso 2
−0.1 Piso 3

−0.2

−0.3

−0.4
N/Pcrit (kN)

−0.5

−0.6

−0.7

−0.8

−0.9

−1
−140 −120 −100 −80 −60 −40 −20 0
dr/drcrit (m)

Figura 5.42: Estrutura REG Pórtico 3, Padrão Modal Dir. X, Esforço axial compressão normalizado vs deslocamento
relativo normalizado

92
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A Figura 5.43 representa a variação dos deslocamentos relativos entre pisos com o deslocamento de
topo e mostra que, após plastificação da diagonal do Piso 1, os drifts nesse piso têm um crescimento
mais acentuado. Quando todo o pórtico resistente se encontra em regime não-linear (para o
deslocamento de topo em que ocorre a plastificação da diagonal traccionada do Piso 3) os drifts do
pórtico crescem exatamente na mesma proporção, resultado do mesmo endurecimento linear das
diagonais traccionadas dos três pisos. A Figura 5.44 representa a mesma variação para o padrão
uniforme de cargas laterais; os resultados obtidos diferem dos representados na Figura 5.43 porque a
plastificação da última diagonal do pórtico é atingida, para o padrão uniforme, para um maior valor de
deslocamento de topo.

STR7_ Modal XX __ FRAME 3 __ InterStory Drifts vs Top Displacement


6
Piso 3
Piso 2
Piso 1

4
Drift entre Pisos (%)

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.43: Estrutura REG, Pórtico 1, Padrão Modal Dir. X, Drifts entre pisos vs Deslocamento topo

STR7_ Uniform XX __ FRAME 3 __ InterStory Drifts vs Top Displacement


6

Piso 3
Piso 2
Piso 1
5

4
Drift entre Pisos (%)

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.44: Estrutura REG, Pórtico 1, Padrão Uniforme Dir. X, Drifts entre pisos vs Deslocamento topo

93
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

 DIREÇÃO Z

A curva de capacidade nesta direção (Figura 5.45) difere da Dir. X pelo comportamento que
apresenta quando todas as diagonais do pórtico atingem o regime não-linear. Comportamento
caracterizado por uma variação repentina do valor do corte basal até ser atingido novamente o
equilíbrio. Este comportamento é devidamente explicitado de seguida.

STR7 POCurve ZZ MDOF Uniform vs Modal Load Total Shear Disp = 0.05H
2500

2000

Uniforme
Modal
Corte Basal Dir.Z (kN)

1500

1000

500

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.45: Estrutura REG, Curva de capacidade Dir.Z

Como sucedido na Dir. X, após plastificação da diagonal do Piso 1 na Dir. Z o crescimento dos
valores de drift representado na Figura 5.46, difere de piso para piso. Também nesta figura é evidente
que, quando todas a s diagonais do pórtico atingem o regime não-linear, os valores dos drifts no Piso
3 sofrem um crescimento mais acentuado em comparação com o ténue crescimento dos valores de
drifts do Piso 1 e Piso 2 até todo o pórtico em regime não-linear atingir uma nova posição de
equilíbrio. Atingida a nova posição de equilíbrio, o crescimento dos drifts ocorre na mesma proporção
em altura devido ao facto de o endurecimento linear das diagonais traccionadas dos três pisos ser
idêntico.

Antes de atingida a nova posição de equilíbrio, para a zona em que ocorre esta instabilidade
(variação repentina do valor de corte basal) é representado na Figura 5.47, os valores dos drifts para
valor de deslocamento de topo 0,16m (azul cyan) e 0,18m (magenta), identificados na Figura 5.46,
em que é evidente o aumento mais acentuado de valores de drift no Piso 3 por comparação com os
valores de drift do Piso 2 e Piso 1.

94
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico
STR7_ MOdal ZZ __ FRAME 1 __ InterStory Drifts vs Top Displacement
6
Piso 3
Piso 2
Piso 1
5

Drift entre Pisos (%)


3

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.46: Estrutura REG, Padrão Modal, Pórtico 1, Drifts entre pisos vs Deslocamento de Topo
Str7 Modal ZZ Drifts entre pisos entre Desloc. Topo = 0,16m e 0,18m
12

Drift para dTOPO=0,16m


Drift para dTOPO=0,18m

10

8
Altura (m)

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Drift entre Pisos (%)

Figura 5.47: Padrão Modal, Drifts entre pisos para um valor de Deslocamento de Topo 0,16m e 0,18 m

Verifica-se um comportamento semelhante para a distribuição uniforme de forças lateral (Figura


5.48), mas correspondendo a um maior valor de deslocamento de topo.
STR7_ Uniform ZZ __ FRAME 1 __ InterStory Drifts vs Top Displacement
6

Piso 3
Piso 2
Piso 1
5

4
Drift entre Pisos (%)

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.48: Estrutura REG, Padrão Uniforme Dir. Z, Pórtico 1 Drifts entre pisos vs Deslocamento de Topo

95
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Tal como acontece na Dir. X, é evidente na Figura 5.49 que após entrada em regime não-linear de
todas as diagonais presentes nos pórticos da Dir. Z (curva a preto), o endurecimento dos
contraventamentos traccionados em regime não-linear não tem qualquer contribuição para o corte
basal total na Dir. Z (curva a azul).
STR7 POCurve ZZ MDOF Modal Load Total Shear vs Braces Shear Disp = 0.05H
2500
Contrav Porticos Dir.Z
Todos Porticos Dir.Z e Dir.X

2000
Corte Basal Dir.Z (kN)

1500

1000

500

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.49: Estrutura REG, Comparação entre curva de capacidade da contribuição para o corte basal dos
contraventamentos dos pórticos na Dir. Z e curva de capacidade de todos os pórticos da estrutura (corte basal total)

A Figura 5.50, que representa a evolução do esforço normal com o valor de deslocamento de topo
para todos os contraventamentos traccionados e comprimidos, demonstra que a entrada em regime
não-linear da diagonal do Piso 3 (todas as diagonais em regime não-linear) conduz a um aumento
repentino de endurecimento da diagonal traccionada do Piso 1 (Figura 5.51), o que explica a variação
repentina de corte basal total na curva de capacidade analisada na Figura 5.49. Tal como acontece
na Dir. X, nota-se na Figura 5.50 que a plastificação é gradual em altura.

Str7 3St Frame 1 Modal ZZ BRACES N vs Top Displacement DispTopo=0.05H


1600
Piso 1
Piso 2
1400 Piso 3

1200

1000

800
Esforco Axial (kN)

600

400

200

−200

−400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

96
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Figura 5.50: Padrão Modal Dir.Z, Contraventamentos Pórtico 1, Esforço axial vs Deslocamento de Topo
Str7 3St Frame 1 Modal ZZ BRACES N vs Desloc.RelativoPisos DispTopo=0.05H
1600
Piso 1
Piso 2
1400
Piso 3

1200

1000

800
Esforco Axial (kN)

600

400

200

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Deslocamento Relativo entre Pisos (m)

Figura 5.51: Padrão Modal Dir. Z, Contraventamentos Pórtico 1, Esforço axial vs Deslocamento relativo entre pisos

O comportamento das diagonais comprimidas em altura está representado na Figura 5.52. Também
nesta direção a maior dissipação de energia ocorre para a diagonal comprimida do Piso 1 associado
ao maior esforço que o Piso 1 está sujeito e igualmente à maior esbelteza normalizada deste piso
(Tabela 5.8) em comparação com o Piso 2 e Piso 3.
Str7 3St PO Modal ZZ Ned− vs Interstorey Brace ratios N/Pcr vs dr/drcrit
0
Piso 1
Piso 2
−0.1
Piso 3

−0.2

−0.3

−0.4
N/Pcrit (kN)

−0.5

−0.6

−0.7

−0.8

−0.9

−1
−140 −120 −100 −80 −60 −40 −20 0
dr/drcrit (m)

Figura 5.52: Estrutura REG, Pórtico 1, Padrão Modal, Esforço de compressão normalizado vs Desloc. relativo
normalizado

Tabela 5.8: Estrutura REG, Configuração Pórticos Dir. Z

2 PCrit
Pórtico Dir. Z A (m )  (kN)
Piso 3 139,7x3,2 13,7 1,44 234,8
Piso 2 139,7x6,3 26,4 1,47 432,1
Piso 1 139,7x8,0 33,1 1,69 411,7

97
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.5.1.2 Método N2

A Figura 5.53 e Figura 5.55 representam o procedimento para a determinação gráfica do


deslocamento-alvo da estrutura REG para a direção X e direção Z, respetivamente. Nestas figuras a
curva bi-linear está representada até ao deslocamento-alvo no sistema de um GDL. As curvas de
capacidade no sistema MGDL até ao deslocamento-alvo são apresentadas para a Dir. X na Figura
5.54 e para a Dir. Z na Figura 5.56. Para cada curva identifica-se o ponto que corresponde à
plastificação da primeira diagonal, V1Y. Na Tabela 5.9 encontram-se resumidos os valores de factor
de transformação.

Str7 Modal XX MDOF POCurve Last Target Displacement vs V1y


Str7 ModalX SDOF Target Displacement 1600
10
T* = 0,59s
Espectro EC8 ag = 0,3g
9 1400
Bilinear
dT = 0.0664m V1Y
8
1200

1000
6 Corte Basal Dir.X (kN)
Sa [m/s2]

800
5

4
600

3
400

200
1

0 0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Sd [m] Deslocamento Topo (m)

Figura 5.53: Estrutura REG, Determinação gráfica do Figura 5.54: Estrutura REG, Curva de capacidade Dir. X
deslocamento-alvo Dir. X, sistema 1GDL até ao deslocamento-alvo, sistema MGDL

Str7 ModalZ SDOF Target Displacement


10 Str7 Modal ZZ MDOF POCurve Last Target Displacement vs V1y
T* = 0,46s 2500
Espectro EC8 ag = 0,3g V1Y
9
Bilinear
dT = 0.0507m
8
2000

6
Corte Basal Dir.Z (kN)

1500
Sa [m/s2]

4
1000

2
500

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
0
Sd [m] 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.55: Estrutura REG, Determinação gráfica do Figura 5.56: Estrutura REG, Curva de capacidade Dir. Z
deslocamento-alvo Dir. Z, sistema 1GDL até ao deslocamento-alvo, sistema MGDL

98
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Tabela 5.9: Estrutura REG, Valores do factor de transformação em cada direção

𝚪
Dir. X 2,88
Dir. Z 2,86
Na Tabela 5.10 são apresentados os valores de deslocamento-alvo para o sistema de MGDL por
aplicação do método N2. Os valores obtidos encontram-se dentro do limite estipulado (última coluna
da tabela), valor de deslocamento horizontal de topo correspondente a 2,5% de drift entre pisos
(valor indicado por Nogueiro et al. (2006) para o qual se admite chegar à resistência última do pórtico
metálico). Foi realizado um processo iterativo na obtenção do deslocamento-alvo, sendo a primeira
iteração considerada neste processo o limite estipulado (2,5%H).

Tabela 5.10: Estrutura REG, Deslocamentos-alvo

Deslocamento-alvo (m) Deslocamento limite (m) [0,025*H]


Dir. X 0,191
Estrutura REG 0,288
Dir. Z 0,145
Para os correspondentes valores de deslocamento-alvo, os deslocamentos horizontais dos pisos (no
centro de massa de cada piso) e os drifts entre pisos estão representados na Figura 5.57 para a Dir.
X e na Figura 5.58 para a Dir. Z, respetivamente.
Str7 Modal XX Storey Total Disp CM para Target Disp = 0.191m
12

10

8
Altura (m)

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Deslocamento Horizontal (m)
Str7 Modal XX Drifts entre pisos no CM para Target Disp = 0.191m
12

10

8
Altura (m)

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Drift entre Pisos (%)

Figura 5.57: Estrutura REG, Pórtico 3 ,Deslocamentos horizontais máximos no deslocamento-alvo, em cima, e Drifts
entre pisos no deslocamento-alvo, em baixo.

99
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Relativamente à Dir. X, apesar do deslocamento-alvo estar abaixo do limite estipulado (Tabela 5.10),
o drift entre pisos é superior a 2,5% no Piso 1. A solução encontrada para garantir que o nível de
exigência sísmica esteja abaixo da capacidade da estrutura nesta direção, é discutida no subcapítulo
6.1 Conclusões Finais. De notar que o valor dos drifts descem gradualmente em altura em ambas as
direções significando que na estrutura REG o Piso 1 é o mais condicionante na verificação dos drifts
entre pisos.

Em relação à Dir. Z, o deslocamento-alvo encontram-se dentro do limite estipulado. Inclusivamente, o


nível de exigência sísmica está abaixo da capacidade da estrutura como demonstrado na Figura 5.58.
Str7 Modal ZZ Storey total Disp para Target Disp = 0.1451m
12

10

8
Altura (m)

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Deslocamento Horizontal (m)

Figura 5.58: Estrutura REG Pórtico 1, Deslocamentos horizontais máximos no deslocamento-alvo, em cima, e Drifts
entre pisos no deslocamento-alvo, em baixo

100
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A resposta dos contraventamentos nos pórticos da Dir. X e Dir. Z para os correspondentes


deslocamento-alvo (Performance Point, PP) encontra-se na Figura 5.59 e Figura 5.60,
respetivamente. Nota-se que para os respetivos deslocamento-alvo em ambas as direções, todas as
diagonais encontram-se em regime não-linear, excepto a diagonal traccionada do Piso 3 (que se
encontra perto de atingir a resistência plástica), o que demonstra uma boa exploração da ductilidade
dos contraventamentos.

Str7 3St Frame 3 Modal X BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H


1000

800

600
Esforco Axial (kN)

400

Piso 1
Piso 2
200 Piso 3
PP = 0.191m

−200
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.59: Estrutura REG, Resposta Contraventamentos do Pórtico 3 para o deslocamento-alvo

Str7 3St Frame 1 Modal Z BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H


1400

1200

1000

800
Esforco Axial (kN)

600

400
Piso 1
Piso 2
200
Piso 3
PP = 0.145m

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.60: Estrutura REG, Resposta Contraventamentos do Pórtico 1 para o deslocamento-alvo

101
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.5.2 Estrutura IRREG

5.5.2.1 Curvas de Capacidade

Nesta seção apenas se apresentam os resultados correspondente à distribuição modal das cargas
laterais, por ser a que conduz a uma menor capacidade resistente da estrutura. Ambas as análises
pushover, na Dir. X e na Dir. Z foram efetuadas até a um deslocamento de topo igual a 5% da altura
total.

Apresenta-se para a estrutura IRREG os mesmos resultados que se apresentaram para a estrutura
REG, e ainda o andamento de esforço axial nas colunas. O comportamento das colunas nesta
estrutura é semelhante à estrutura REG.

 DIREÇÃO X

A curva de capacidade da estrutura IRREG está representada na Figura 5.61. Relativamente ao


comportamento dos perfis em altura, as diagonais traccionadas do Piso 1 e Piso 2 plastificam para o
mesmo nível de deslocamento de topo e a diagonal comprimida do Piso 2 plastifica antes da diagonal
do Piso 1, como se verifica na Figura 5.62. Este comportamento deve-se ao facto de as secções
tubulares terem maior esbelteza no Piso 2 e 3 por comparação com o Piso 1 (Tabela 5.11), o que
conduz também num maior drift entre pisos no Piso 2 até à plastificação simultânea das diagonais
traccionadas do Piso 1 e 2, como demonstrado na Figura 5.63.

STR8 POCurve XX MDOF UNIFORM vs MODAL Load Total Shear Disp = 0.05H
2000

1800

1600
Uniforme
Modal
1400
Corte Basal Dir.X (kN)

1200

1000

800

600

400

200

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.61: Estrutura IRREG, Curva capacidade Dir. X

102
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Tabela 5.11: Configuração pórticos Dir. X Estrutura REG e Estrutura IRREG

Estrutura REG Estrutura IRREG


2 2
Pórtico Dir. X A (m )  PCrit (kN) Pórtico Dir. X A (m )  PCrit (kN)
Piso 3 139,7x3,2 13,7 1,88 137,5 139,7x3,2 13,7 1,88 137,5
Piso 2 139,7x4,0 17,1 1,89 168,8 139,7x4,0 17,1 1,89 168,8
Piso 1 139,7x5,0 21,2 2,06 177,2 168,3x5,0 25,7 1,70 315,4
Str8 3St Frame 3 Modal XX BRACES N vs Top Displacement DispTopo=0.05H
1200
Piso 1
Piso 2
Piso 3
1000

800

600
Esforco Axial (kN)

400

200

−200

−400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.62: Estrutura IRREG Pórtico 4, Esforço axial Contraventamentos vs Deslocamento de Topo

STR8_ MOdal XX __ FRAME 3 __ InterStory Drifts vs Top Displacement


2.5

Piso 3
Piso 2
Piso 1

1.5
Drift entre Pisos (%)

0.5

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.63: Estrutura IRREG Pórtico 4, Drifts entre pisos vs Deslocamento topo

Da Figura 5.62 é possível concluir que a plastificação de todas as diagonais do pórtico conduz à
perda gradual de resistência da curva de capacidade resistente representada na Figura 5.61

O comportamento das diagonais comprimidas em altura está apresentado na Figura 5.64. De realçar
que a menor esbelteza associada à diagonal do Piso 1, em relação ao Piso 2 e 3, traduz-se numa
menor dissipação de energia da diagonal do Piso 1.

103
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str7 3St PO Modal XX Ned− vs Interstorey Brace ratios N/Pcr vs dr/drcrit


0

Piso 1
Piso 2
−0.1 Piso 3

−0.2

−0.3

−0.4

N/Pcrit (kN) −0.5

−0.6

−0.7

−0.8

−0.9

−1
−100 −90 −80 −70 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0
dr/drcrit (m)

Figura 5.64: Estrutura IRREG Pórtico 4, Esforço axial compressão da diagonal normalizado vs
Deslocamento relativo entre pisos normalizado

 DIREÇÃO Z

Nesta direção, cuja curva de capacidade está representada na Figura 5.65, como a estrutura é
irregular em planta e como o nó de controlo da análise pushover está localizado no CM do Piso 3,
foram analisados em maior detalhe os pórticos mais condicionantes, i.e. o pórtico 1 e 2.

STR8 POCurve ZZ MDOF UNIFORM vs MODAL Load Total Shear Disp = 0.05H
3500

3000

Uniforme
2500
Modal
Corte Basal Dir.Z (kN)

2000

1500

1000

500

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.65: Estrutura IRREG, Curva de capacidade Dir. Z

104
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A Figura 5.66 e Figura 5.67 mostra que as diagonais dos piso 1 e 3 plastificam para um nível
semelhante de deslocamento de topo, antes das diagonais do piso 2.
Str8 3St Frame 1 Modal ZZ BRACES N vs Top Displacement DispTopo=0.05H
1400

1200

1000
Piso 1
Piso 2
Esforco Axial (kN) 800 Piso 3

600

400

200

−200

−400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo Portico 1 (m)

Figura 5.66: Estrutura IRREG, Pórtico 1 (Contraventamentos), Esforço axial vs Deslocamento topo do Pórtico 1
Str8 3St Frame 2 Modal ZZ BRACES N vs Top Displacement DispTopo=0.05H
1400

Piso 1
1200 Piso 2
Piso 3

1000

800
Esforco Axial (kN)

600

400

200

−200

−400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Deslocamento Topo Portico 2 (m)

Figura 5.67: Estrutura IRREG, Pórtico 2 (Contraventamentos), Esforço axial vs Deslocamento topo do Pórtico 2

O pórtico 1 (Figura 5.68) atinge regime não-linear para um maior deslocamento de topo do pórtico,
por comparação com o pórtico 2 (Figura 5.69), devendo-se tal facto ao efeito de torção que origina
deslocamentos de topo do pórtico 1 superiores aos deslocamento do nó de controlo como
demonstrado na Figura 5.70. Nesta figura o deslocamento do topo de cada pórtico está normalizado
ao deslocamento do nó de controlo nesta direção.

105
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

STR8_ MOdal ZZ __ FRAME 1 __ InterStory Drifts vs Top Displacement Frame 1


2.5
Piso 3
Piso 2
Piso 1

Drift entre Pisos (%)

1.5

0.5

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 1 (m)

Figura 5.68: Estrutura IRREG, Padrão Modal, Drifts entre pisos vs Deslocamento topo do Pórtico 1
STR8_ MOdal ZZ __ FRAME 2 __ InterStory Drifts vs Top Displacement
2.5
Piso 3
Piso 2
Piso 1

1.5
Drift entre Pisos (%)

0.5

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 2 (m)

Figura 5.69: Estrutura IRREG, Padrão Modal, Difts entre pisos vs Deslocamento topo do Pórtico 2

A entrada em regime não-linear está associada ao crescimento acentuado da distância entre o


deslocamento de topo do CM e deslocamento de topo dos pórticos (Figura 5.70). No instante que
todas as diagonais atingem o regime não-linear essa distância tende a diminuir.

106
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

STR8_ MOdal ZZ __ Top Displacement in relation to CM Disp


1.4
Portico 1
Portico 3
Portico 2
1.3

Deslocamento topo Portico i / Deslocamento No de Controlo


1.2

1.1

0.9

0.8

0.7

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7


Deslocamento No de Controlo (m)

Figura 5.70: Estrutura IRREG, Padrão Modal, Deslocamento de topo Pórtico i normalizado vs Deslocamento Nó de
Controlo

Tanto a Figura 5.68 como a Figura 5.69 mostram que o drift entre pisos no Piso 3 é superior ao drift
entre pisos no Piso 2 em toda a análise e que o drift entre pisos no Piso 3 é superior aos drift entre
pisos do Piso 1 até à entrada em regime não-linear do pórtico. Tal comportamento advém da adoção
de um perfil menos robusto e dotado da maior esbelteza do pórtico, no Piso 3, como demonstrado na
Tabela 5.12.

Tabela 5.12: Configuração Pórticos Dir. Z para Estrutura REG e Estrutura IRREG

Estrutura REG Estrutura IRREG


Pórtico Dir. PCrit
 
2 2
Pórtico Dir. Z A (m ) PCrit (kN) A (m )
Z (kN)
Piso 3 139,7x3,2 13,7 1,44 234,8 114,3x3,2 11,2 1,77 126,2
Piso 2 139,7x6,3 26,4 1,47 432,1 139,7x6,3 26,4 1,47 432,1
Piso 1 139,7x8,0 33,1 1,69 411,7 139,7x8,0 33,1 1,69 411,7

A Figura 5.71 e Figura 5.72 representam a variação do esforço axial de compressão normalizado em
função do deslocamento relativo entre pisos normalizado, para os pórticos 1 e 2, respetivamente. A
partir dos resultados obtidos na Figura 5.71 e Figura 5.72 conclui-se que a dissipação de energia em
ambos os pórticos de extremidade é idêntica. A diagonal do Piso 3 tem dissipação de energia
aproximada à diagonal do Piso 1, consequência de a diagonal do Piso 3 possuir a maior esbelteza do
pórtico. Por conseguinte a diagonal comprimida do Piso 2 tem a menor dissipação de energia do
pórtico, que também resulta de a diagonal traccionada do Piso 2 ser a última diagonal a plastificar de
todo o pórtico, como visto na Figura 5.67. Este comportamento revela uma distribuição de esforços
não uniforme em altura.

107
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str8 3St PO Modal ZZ Ned− vs Interstorey Brace ratios N/Pcr vs dr/drcrit


0

Piso 1
Piso 2
−0.1
Piso 3

−0.2

−0.3

−0.4

N/Pcrit (kN)
−0.5

−0.6

−0.7

−0.8

−0.9

−1
−100 −90 −80 −70 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0
dr/drcrit (m)

Figura 5.71: Estrutura IRREG , Pórtico 1, Esforço axial compressão normalizado vs Desloc. relativo entre pisos
normalizado

Str8 3St PO Modal ZZ FRAME 2 Ned− vs Interstorey Brace ratios N/Pcr vs dr/drcrit
0
Piso 1

−0.1 Piso 2
Piso 3

−0.2

−0.3

−0.4
N/Pcrit (kN)

−0.5

−0.6

−0.7

−0.8

−0.9

−1
−100 −90 −80 −70 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0
dr/drcrit (m)

Figura 5.72: Estrutura IRREG, Pórtico 2, Esforço axial compressão normalizado vs Desloc. relativo entre pisos
normalizado

5.5.2.2 Método N2

A Figura 5.73 e Figura 5.75 ilustram a determinação gráfica do deslocamento-alvo para a direção X e
direção Z, respetivamente. Nestas figuras a curva bi-linear está representada até ao deslocamento-
alvo no sistema de um GDL

As curvas de capacidade no sistema MGDL até ao deslocamento-alvo são apresentadas para a Dir. X
(Figura 5.74) e para a Dir. Z (Figura 5.76). Para cada curva identifica-se o ponto que corresponde à
plastificação da primeira diagonal, V1Y.

108
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str8 ModalX SDOF Target Displacement Str8 Modal XX MDOF POCurve Last Target Displacement vs V1y
10
T* = 0,49s 1800
Espectro EC8 ag = 0,3g
9
Bilinear
dT = 0.0542m 1600
8

1400
7
V1Y

1200

Corte Basal Dir.X (kN)


6
Sa [m/s2]

1000
5

800
4

3 600

2 400

1 200

0 0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Sd [m] Deslocamento Topo (m)

Figura 5.73: Estrutura IRREG, Determinação gráfica do Figura 5.74: Estrutura IRREG, Curva de capacidade Dir. X
deslocamento-alvo Dir. X, sistema 1GDL até ao deslocamento alvo, sistema MGDL

Str8 ModalZ SDOF Target Displacement Str8 Modal ZZ MDOF POCurve Last Target Displacement vs V1y
10 3000
T* = 0,41s
Espectro EC8 ag = 0,3g
9
Bilinear
dT = 0.0427m 2500
8
V1Y

7
2000
Corte Basal Dir.Z (kN)

6
Sa [m/s2]

1500
5

4
1000

2 500

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14
0 Deslocamento Topo (m)
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Sd [m]

Figura 5.75: Estrutura IRREG, Determinação gráfica do Figura 5.76: Estrutura IRREG, Curva de capacidade Dir.
deslocamento-alvo Dir. Z, sistema 1GDL Z até ao deslocamento-alvo no CM, sistema MGDL

Tabela 5.13: Estrutura IRREG, Valores dos factor de transformação em cada direção

𝚪
Dir. X 2,88
Dir. Z 2,86

109
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Na Tabela 5.14 estão representados os valores de deslocamento-alvo para o sistema de MGDL por
aplicação do método N2. Os valores obtidos encontram-se dentro do limite estipulado (última coluna
da tabela), valor de deslocamento horizontal de topo correspondente a 2,5% de drift entre pisos (valor
indicado por Nogueiro et al. (2006) para o qual se admite chegar à resistência última do pórtico
metálico). Foi realizado um processo iterativo na obtenção do deslocamento-alvo, sendo a primeira
iteração deste processo, o limite estipulado.

Tabela 5.14: Estrutura IRREG, Deslocamentos-alvo

Deslocamento limite
Deslocamento-alvo (m)
(m) [0,025*h]
Dir. X 0,156
Pórtico 1 0,157
Estrutura IRREG 0,288
Dir. Z 0,122 [CM] Pórtico 3 0,103
Pórtico 2 0,089

Para o deslocamento-alvo obtido, apresenta-se na Figura 5.77 para o pórtico condicionante da Dir. X,
os resultados em termos de deslocamentos horizontais e drift entre pisos onde se verifica que a
maior deformação ocorre no Piso 1 e que o drift neste piso se encontra dentro do limite.
Str8 Modal XX Storey Total Disp CM para Target Disp = 0.156m
12

10

8
Altura (m)

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Deslocamento Horizontal (m)
Str8 Modal XX Drifts entre pisos no CM para Target Disp = 0.156m
12

10

8
Altura (m)

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Drift entre Pisos (%)

Figura 5.77: Estrutura IRREG Pórtico 4, Deslocamentos horizontais no deslocamento-alvo, em cima, e Drifts entre
pisos no deslocamento-alvo, em baixo

110
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Pela análise dos resultados da Figura 5.78, onde se representa a evolução em altura dos
deslocamentos dos pisos e dos valores de drift, correspondentes ao deslocamento-alvo dos pórticos
na Dir. Z, conclui-se que a exigência sísmica está abaixo da capacidade resistente dos pórticos e que
o Pórtico 1 é o pórtico mais solicitado, sendo portanto o mais condicionante.

Os drifts entre pisos estão abaixo do limite estipulado. Nota-se que o drift é superior no Piso 3 por
comparação com o Piso 2, que como já referido no subcapítulo 5.5.2.1, se deve às diagonais do Piso
3 terem a maior esbelteza normalizada do pórtico.

Str8 Modal ZZ Storey Total Disp CM vs Frame 1 vs Frame 2 vs Frame 3 para Target Disp = 0.122m
12

Portico 1
Portico 2
Portico 3
10 CM

8
Altura (m)

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16
Deslocamento Horizontal (m)

Str8 Modal ZZ InterStorey Drifts Frame 1 vs Frame 2 vs Frame X para Target Disp = 0.122m
12
Portico 1
Portico 2
Portico 3
10

8
Altura (m)

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Drift entre Pisos (%)

Figura 5.78: Estrutura IRREG, Todos Pórticos Dir. Z, Deslocamentos horizontais no deslocamento-alvo, em cima, e
Drifts entre pisos no deslocamento-alvo, em baixo

111
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A Figura 5.79 representa o valor do deslocamento de topo por pórtico, normalizado ao deslocamento
do nó de controlo, para o correspondente valor de deslocamento-alvo obtido com o método N2.
Realça-se a diferença dos deslocamentos dos pórticos de extremidade, pórtico 1 e 2, relativamente
ao centro de massa é igual.
Str8 Modal ZZ Top Disp Comparison Between Frames para Target Disp = 0.122m
1.3

CM
Portico 1
Portico 3
1.2 Portico 2

1.1
Desloc. Topo Normalizado

0.9

0.8

0.7
0 5 10 15 20 25 30
Posicao Portico (m)

Figura 5.79: Estrutura IRREG, Dir. Z, Deslocamento de topo normalizado

A resposta dos contraventamentos, em termos de esforço axial, nos pórticos da Dir. X e Dir. Z para os
correspondentes valores do deslocamento-alvo encontra-se representada na Figura 5.80 e Figura
5.81 respetivamente. Nos pórticos da Dir. X apenas a diagonal traccionada do piso 3 não se encontra
em regime não-linear. Na Dir. Z, apenas a diagonal do piso 2 do pórtico 2 não atingiu o regime não-
linear. Também nesta estrutura se verifica que a capacidade de ductilidade foi bem explorada para a
exigência da ação sísmica.
Str8 3St Frame 3 Modal X BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H
1200

1000

800

600
Esforco Axial (kN)

400
Piso 1
Piso 2
200 Piso 3
PP = 0.156m

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo (m)

Figura 5.80: Estrutura IRREG, Resposta Contraventamentos Pórtico 4 para o deslocamento-alvo

112
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico
Str8 3St Frame 1 Modal Z BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H
1400

1200

1000

800 Piso 1
Piso 2
Piso 3

Esforco Axial (kN)


600 PP = 0.157m

400

200

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 1 (m)

Str8 3St Frame EXTRA Modal Z BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H


1400

1200

1000

800
Esforco Axial (kN)

600

400

Piso 1
200 Piso 2
Piso 3
PP = 0.103m
0

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 3 (m)

Str8 3St Frame 2 Modal Z BRACES N vs Desloc. Topo vs PP DispTopo=0.05H


1400

1200

1000

Piso 1
800
Piso 2
Piso 3
Esforco Axial (kN)

600 PP = 0.089m

400

200

−200

−400
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 2 (m)

Figura 5.81: Estrutura IRREG, Resposta Contraventamentos para o respetivo deslocamento-alvo no Pórtico 1 (em
cima) , Pórtico 3 (no meio) e Pórtico 2 (em baixo)

113
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

O esforço axial normalizado relativamente à resistência última das colunas traccionadas e


relativamente ao esforço axial resistente reduzido nas colunas comprimidas está representado na
Figura 5.82 e na Figura 5.83 para o pórtico 1 e pórtico 2, respetivamente.

Ambas as figuras demonstram que a partir da altura em que todas as diagonais do pórtico se
encontram plastificadas, o esforço axial atuante em todas colunas tende para um valor constante, ou
seja, o encaminhamento de cargas está concentrado nas diagonais, que se encontram todas em
regime não-linear. Como se demonstra pela análise das mesmas figuras, como a resistência não foi
atingida em todas as colunas, significa que estas mantêm-se em regime elástico durante toda a
análise, e como tal não é atingido o mecanismo global de soft-storey descrito no subcapítulo 2.4,
sucedendo o mesmo nas colunas dos pórticos da Dir. Z e na estrutura REG.
Str8 3St PO Dir ZZ Columns Naxial vs Desloc Topo
0.3

0.2

0.1

0
Esforco axial Normalizado

−0.1

−0.2

−0.3

−0.4 Piso 1
Piso 2
Piso 3
−0.5 PP = 0.156m

−0.6

−0.7
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 1 (m)

Figura 5.82: Estrutura IRREG, Pórtico 1, Esforço axial normalizado colunas vs Deslocamento Topo do Pórtico

Str8 3St PO Dir ZZ Columns Portico 2 Naxial vs Desloc Topo


0.3

0.2

0.1

0
Esforco axial Normalizado

−0.1

−0.2

−0.3

−0.4 Piso 1
Piso 2
Piso 3
−0.5 PP = 0.089m

−0.6

−0.7
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento Topo Portico 2 (m)

Figura 5.83: Estrutura IRREG, Pórtico 2, Esforço axial normalizado Colunas vs Deslocamento de Topo do Pórtico

114
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

A Figura 5.84 representa a variação do deslocamento de topo de cada pórtico, normalizado, com o
valor do deslocamento de topo. Verifica-se que a distância máxima entre o valor do deslocamento de
topo de cada pórtico e o CM não ocorre para o deslocamento-alvo. O desvio é máximo para os
seguintes deslocamentos de topo: dTopoNódeControlo = 0,08m ; dTopoPórtico1 = 0,1m ; dTopoPórtico3 = 0,06m ;
dTopoPórtico2 = 0,05m).

Str8 3St PO Dir ZZ Deslocamento de Topo Normalizado


1.4
Portico 1
Portico 3
1.3 Portico 2
Deslocamento Topo Portico normalizado dTopo/dNo de Controlo

0.08m
PP = 0.122m
1.2

1.1

0.9

0.8

0.7

0.6
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento No de Controlo

Figura 5.84: Estrutura IRREG, Comparação entre Deslocamento-alvo e Deslocamento de topo normalizado vs
Deslocamento Nó de controlo

115
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.6 Resultados - Análise Dinâmica não-linear

Foi possível obter os resultados finais desta análise, correspondente à duração total do
acelerograma, apenas para o par de acelerogramas manipulados Coalinga-01 – Figura 5.85 (Tabela
5.6, subcapítulo 5.4.1). Como já referido, apenas a média dos resultados provenientes de cada um
dos 15 pares de acelerogramas escalados seria possível comparar com os resultados do método N2
presentes no subcapítulo 5.5. Como tal os resultados aqui apresentados, referentes à resposta
histerética dos contraventamentos para o par de acelerogramas ilustrado na Figura 5.85, não são
representativos do desempenho sísmico dos contraventamentos, dimensionados para a ação sísmica
regulamentar.

Acelerograma EQ5
2.5
Dir. Z
Dir. X
2

1.5
Aceleracao Superficie Terreno, aG (m.s−2)

0.5

−0.5

−1

−1.5

−2

−2.5
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (s)

Figura 5.85: Par de acelerogramas Coalinga-01

Na Figura 5.86 (direção Z) e Figura 5.87 (direção X) da estrutura REG está representado o valor de
esforço axial atuante normalizado ao esforço axial resistente de tração no respetivo piso em função
da deformação axial normalizada à deformação axial resistente de tração no respetivo piso. É notório
a maior dissipação de energia presente no Piso 1 em relação aos pisos superiores, em ambas as
direções.

116
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str7 3St TH EQ5A Frame 1 Brace 3105 N vs DefAxial Str7 3St TH EQ5A Frame 3 Brace 3505 N vs DefAxial
1.2 1.2

1
1

0.8
0.8

0.6
0.6

0.4
N/Npl,Rd

N/Npl,Rd
0.4

0.2

0.2
0

0
−0.2

−0.4 −0.2

−0.6 −0.4
−1 0 1 2 3 4 5 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
D/DY D/DY

Str7 3St TH EQ5A Frame 1 Brace 2105 N vs DefAxial Str7 3St TH EQ5A Frame 3 Brace 2505 N vs DefAxial
1.2 1.2

1 1

0.8
0.8

0.6
0.6

0.4
N/Npl,Rd
N/Npl,Rd

0.4

0.2

0.2

0
−0.2

−0.2
−0.4

−0.4
−0.6 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
−1 0 1 2 3 4 5 D/DY
D/DY

Str7 3St TH EQ5A Frame 1 Brace 1105 N vs DefAxial Str7 3St TH EQ5A Frame 3 Brace 1505 N vs DefAxial
1.2 1.2

1
1

0.8
0.8

0.6
0.6

0.4
N/Npl,Rd
N/Npl,Rd

0.4

0.2

0.2

0
−0.2

−0.2
−0.4

−0.4
−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
−1 0 1 2 3 4 5
D/DY
D/DY

Figura 5.86: Estrutura REG Direção Z, Resposta Figura 5.87: Estrutura REG Direção X, Resposta
histerética dos contraventamentos. Piso 3 (em cima, a histerética dos contraventamentos. Piso 3 (em cima, a
vermelho), Piso 2 (no meio, a preto) e Piso 1 (em baixo, a vermelho), Piso 2 (no meio, a preto) e Piso 1 (em baixo, a
azul). azul).

117
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.7 Comparação entre análises

Neste subcapítulo faz-se a comparação entre resultados obtidos a partir das análises dinâmicas
lineares por espectro de resposta e as análises estáticas não lineares para ambas as estruturas: REG
e IRREG. Para este efeito foi realizada uma análise pushover, em ambas as estruturas, considerando
o modelo de diagonais só à tração (modelo T/O).

5.7.1 Estrutura REG

Para o modelo de diagonais só à tração (modelo T/O) apresenta-se na Tabela 5.15 a comparação de
alguns valores globais obtidos a partir do método de dimensionamento (análise dinâmica linear por
espectro de resposta) e método usado para a avaliação sísmica (método N2) para a estrutura REG.
O valor de corte basal da resistência última, V Y, é correspondente a um deslocamento de topo de
2,5% da altura total.

Tabela 5.15: Estrutura REG, Comparação entre métodos de análises

Análise linear Análise estática não-linear


(Modelo ‘Diagonais só à Tração’) (Modelo ‘Diagonais só à Tração’)

q2D q3DAdopt T [s] VEL [kN] VD [kN] T [s] V1Y [kN] q qμ Ω VY [kN]

Dir. X 3,15 0,88 3767,7 1186,1 0,86 1204,5 3,13 2,65 1,18 1421,0
REG 3,5
Dir. Z 2,36 0,84 3652,8 1176,0 0,82 1569,2 2,33 2,17 1,07 1683,9

Os valores de Ω e qμ e por conseguinte o valor de q da análise pushover são avaliados através da


equação (4.18), presente no subcapítulo 4.3.4.1., com q a ser comparado com o valor estimado de
coeficiente de comportamento (q2D) da análise linear na correspondente direção. Verifica-se que os
valores de q2D estimados pela abordagem IFBD e os valores de q provenientes da avaliação sísmica
são semelhantes. Nota-se o valor de sobre-resistência, Ω, pouco superior à unidade em ambas as
direções.

Note-se que o coeficiente de comportamento global adotado (q 3DAdopt), sendo mais próximo do
coeficiente de comportamento estimado (q 2D) na direção X, o valor de VD e V1Y são mais próximos
nessa direção do que na direção Z.

A comparação direta das curvas pushover do modelo T/O e do modelo com diagonais à tração e
compressão (T+C) estão ilustradas para a direção X (Figura 5.88) e para a direção Z (Figura 5.89) até
a um deslocamento de topo de 2,0% da altura total do edifício. Para cada curva representa-se o
ponto correspondente à plastificação da primeira diagonal (V1Y) e o corte basal de dimensionamento
(VD).

118
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

Str7 POCurve Modal XX vs Vd _ MDOF _ Sem EA T+C vs T/O Model __ Vd _ MASSA CORRETA
1800

1600

1400

1200
Corte Basal Dir. X (kN)

1000

800

VD Modelo T/O
600 C.Capacidade Modelo T+C
C.Capacidade Modelo T/O
V1Y Modelo T+C
400
V1Y Modelo T/O

200

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Deslocamento Horizontal No de Controlo (m)

Figura 5.88: Estrutura REG, Curvas de capacidade Dir. X

Str7 POCurve Modal ZZ vs Vd _ MDOF _ Sem EA T+C vs T/O Model __ Vd _ MASSA Correta
2500

2000

1500
Corte Basal Dir. Z (kN)

1000

VD Modelo T/O
C.Capacidade Modelo T+C
500 C.Capacidade Modelo T/O
V1Y Modelo T+C
V1Y Modelo T/O

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Deslocamento Horizontal No de Controlo (m)

Figura 5.89: Estrutura REG, Curvas de capacidade Dir. Z

Para o modelo T+C, o início da análise pushover tem um incremento de resistência proveniente das
diagonais comprimidas. Após V1Y ser atingido para deslocamentos reduzidos do pórtico, em ambas
as estruturas, as curvas do modelo T+C e T/O apresentam a mesma inclinação em regime elástico.

119
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

5.7.2 Estrutura IRREG

Para o modelo de diagonais só à tração (T/O) apresenta-se na Tabela 5.16 a comparação entre os
valores globais obtidos com os métodos de dimensionamento e de avaliação sísmica para a estrutura
IRREG. O valor de corte basal da resistência última, V Y, é correspondente a um deslocamento de
topo de 2,5% da altura total.

Tabela 5.16: Estrutura IRREG, Comparação entre métodos de análise

Análise linear Análise estática não-linear


(Modelo ‘Diagonais só à Tração’) (Modelo Diagonais só à Tração)

q2D q3DAdopt T [s] VEL [kN] VD [kN] T [s] V1Y [kN] q qμ Ω VY [kN]

Dir. X 3 0,83 4040,0 1472,1 0,82 1424,2 2,84 2,62 1,08 1544,8
IRREG 3
Dir. Z 2,4 0,72 4261,6 1575,7 0,70 1937,8 2,20 1,74 1,26 2450,8

Os valores de Ω e qμ e por conseguinte o valor de q da análise pushover são avaliados através da


equação (4.18), presente no subcapítulo 4.3.4.1., com q a ser comparado com o valor de q2D da
análise linear na correspondente direção.

Apesar de não serem coincidentes, os valores de q2D estimados pela abordagem IFBD e os valores
de q oriundos da avaliação sísmica apenas diferem em 5%, em ambas as direções, fruto da
irregularidade em planta. Note-se o valor de sobre-resistência, Ω, é pouco superior à unidade em
ambas as direções.
Note-se que o coeficiente de comportamento global adotado (q3DAdopt), sendo coincidente com o
coeficiente de comportamento estimado (q2D) na direção X, temos que VD ≈ V1Y nessa direção.

A comparação direta das curvas pushover do modelo T/O e do modelo com diagonais à tração e
compressão (T+C) estão ilustradas para a direção X (Figura 5.90) e para a direção Z (Figura 5.91) até
a um deslocamento de topo de 2,0% da altura total. Para cada curva representa-se o ponto
correspondente à plastificação da primeira diagonal (V1Y) e o corte basal de dimensionamento (VD).
Como acontece na estrutura REG, nota-se na estrutura IRREG que o coeficiente de comportamento
global adotado (q3DAdopt), é mais próximo do coeficiente de comportamento estimado (q2D) na direção
X e o VD é mais próximo de V1Y nessa direção.

120
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico
Str8 POCurve Modal XX vs Vd _ MDOF _ Sem EA T+C vs T/O Model __ Vd _ MASSA CORRETA
1800

1600

1400

Corte Basal Dir. X (kN) 1200

1000

800

VD Modelo T/O
600
C.Capacidade Modelo T+C
C.Capacidade Modelo T/O
V1Y Modelo T+C
400
V1Y Modelo T/O

200

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Deslocamento Horizontal No de Controlo (m)

Figura 5.90: Estrutura IRREG, Curvas de capacidade Dir. X

Str8 POCurve Modal ZZ vs Vd _ MDOF _ Sem EA T+C vs T/O Model __ Vd _ MASSA Correta
3000

2500

2000
Corte Basal Dir. Z (kN)

1500

1000 VD Modelo T/O


C.Capacidade Modelo T+C
C.Capacidade Modelo T/O
V1Y Modelo T+C
500 V1Y Modelo T/O

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
Deslocamento Horizontal No de Controlo (m)

Figura 5.91: Estrutura IRREG, Curvas de capacidade Dir. Z

Na Tabela 5.17 representam-se a distribuição, em percentagem, do valor do corte basal pelos 3


pórticos da Dir. Z, para a análise estática não linear e a análise dinâmica linear por espectro de
resposta. Pela análise da Tabela 5.17 conclui-se que, para a estrutura IRREG, a distribuição do corte
basal em planta que se obtém a partir da análise dinâmica linear por espectro de resposta e da
análise estática não linear é idêntica para a situação em que todos os pórticos se encontram em
regime linear (dTopo = 0,01m) variando pouco até à entrada em regime não-linear (dTopo=0,04m). De
realçar na Tabela 5.17 que quando o pórtico entra em regime não-linear (dTopo=0,04m) a distribuição
do corte basal pelos pórticos tende progressivamente para uma distribuição igualmente repartida

121
Capítulo 5. Avaliação do Desempenho Sísmico

pelos diferentes pórticos, como representado na Figura 5.92. Apensar da estrutura IRREG ser
irregular em planta a aplicação do método N2 simplificado é válida nesta estrutura como explicitado
no subcapítulo 2.3.2.1.

Tabela 5.17: Estrutura IRREG, distribuição corte basal (%) dos pórticos da Dir. Z em planta

Método de análise Comportamento Pórtico 1 Pórtico 3 Pórtico 2


Análise dinâmica linear Linear 41,2 30,7 28,1
Linear (dtopo = 0,01m) 41,3 30,7 28,0
Análise estática não linear Não-linear (dtopo = 0,04m) 39,7 31,3 29,5
Não-linear (dtopo = 0,1m) 33,0 33,4 33,6

STR8 POCurve ZZ MDOF Frames Force Distribution MODAL Load Disp = 0.05H
42
Portico 1
Portico 3
40 Portico 2

38
% Corte basal p/ Portico

36

34

32

30

28

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11
Deslocamento No de Controlo (m)

Figura 5.92: Estrutura IRREG, Padrão Modal Dir. Z, Distribuição do corte basal em planta entre dTopoNódeControlo = 0,01m e
0,1m

122
Capítulo 6. Considerações Finais

6 Considerações Finais

6.1 Conclusões Finais

Neste trabalho, duas estruturas metálicas tridimensionais, uma regular e outra irregular, restringidas
lateralmente por pórticos contraventados concêntricos no seu perímetro, são dimensionadas segundo
a metodologia IFBD, complementada com as prescrições regulamentares presentes no EC8. A
aplicação do procedimento IFBD permitiu dimensionar ambas as estruturas para um valor de
coeficiente de comportamento inferior a 4 (valor estipulado pelo EC8 para estruturas de
contraventamentos concêntrico), conduzindo assim a estruturas mais económicas do que se obteria
se se tivesse recorrido ao procedimento proposto no EC8. O coeficiente de comportamento inferior a
4 significa que as estruturas dimensionadas têm um comportamento dissipativo inferior ao sugerido
pelo EC8.

Os resultados da avaliação sísmica das duas estruturas dimensionadas segundo a metodologia IFBD
permitem concluir que apenas na direção X da estrutura REG se obteve um drift no Piso 1, superior
ao limite de estipulado de 2,5%. Verificou-se que a razão de se ter atingido um valor de drift acima do
limite definido, neste piso, deve-se ao valor da esbelteza normalizada das diagonais se encontrar no
limite superior estipulado pelo EC8 no âmbito dos critérios de dimensionamento por capacidade
resistente (capacity design) relativos aos contraventamentos. De forma a mitigar os danos neste piso
sugere-se uma cuidada pormenorização da ligação gusset plate das diagonais deste piso, no sentido
de diminuir ligeiramente o seu comprimento efetivo, levando à diminuição da esbelteza. Podemos tirar
diversas conclusões desta avaliação, relativamente à estrutura REG:

 A avaliação sísmica permite a análise cuidada da distribuição de danos e o posterior controle


de danos na estrutura através de uma atempada intervenção no dimensionamento, o que
prova a vantagem inerente no uso de métodos de análise não linear;
 Ao adotar o limite superior de esbelteza normalizada estipulado pelo EC8 resultou nos danos
apresentados na direção X da estrutura REG, ou seja, a avaliação sísmica revela-se
fundamental para a verificação do dimensionamento desenvolvido e, consequentemente, na
prevenção de danos. Verifica-se que especial atenção é necessária se se adotar o limite
superior da esbelteza normalizada estipulada pelo regulamento;
 Não adotar, ao nível do dimensionamento, o limite superior de esbelteza estipulada pelo
regulamento. Esta é a recomendação sugerida, com base nos resultados obtidos neste
estudo.

O nível de danos é admissível nos pórticos da direção Z da estrutura REG e na estrutura IRREG.
Para o nível de deformação a que a estrutura está sujeita em ambas as estruturas, a capacidade
resistente foi bem explorada nos pórticos, uma vez que esteve associada a uma boa exploração da
capacidade de dissipação da energia histerética dos contraventamentos.

Para o passo da análise pushover em que a primeira diagonal, de todos os pórticos na direção Z da
estrutura IRREG, entra em regime não-linear, destacam-se duas situações:

123
Capítulo 6. Considerações Finais

 A distribuição de corte basal pelos pórticos tende para uma % igualmente repartida pelos
pórticos a partir deste passo. No passo da análise incremental estática não linear perto do
limite da resistência global, o pórtico 2 exibe uma distribuição maior, fruto de ser o único dos
três ainda não atingiu a resistência plástica, e o pórtico 1 a menor distribuição (apesar de
serem valores aproximados);
 A partir deste passo da análise, acentua-se a distância entre deslocamentos de topo de cada
pórtico e o deslocamento do nó de controlo. A deformação do pórtico 1 chega a um máximo
de 137% do deslocamento do nó de controlo e a deformação do pórtico 2 chega a um mínimo
de 63% da deformação do nó de controlo.

Note-se que a distribuição da esbelteza em altura dos pórticos da direção Z da estrutura IRREG
(menor esbelteza do pórtico no Piso 2, Tabela 5.12) resulta na deformação não uniforme em altura do
pórtico demonstrado pelos drifts entre pisos da Figura 5.78. Para prevenir tal situação, sugere-se que
os valores de esbelteza das diagonais adotados ao nível do dimensionamento serem decrescentes
em altura e não adjudicar a maior esbelteza do pórtico ao último piso (dentro dos limites estipulados
pelo EC8 mas sem igualar o limite superior). Esta é, portanto, outra recomendação de hipótese de
projeto a ser seguida, e que resultou dos resultados obtidos nesta dissertação.

6.2 Recomendações para Desenvolvimentos Futuros

Realizar uma avaliação sísmica com recurso a análises dinâmicas não lineares para as estruturas
dimensionadas. Com um período de tempo mais alargado, teria sido criado um modelo tridimensional
que permitisse correr uma análise dinâmica não linear na íntegra (para todos os acelerogramas
selecionados). Nesse sentido, e fruto da investigação realizada, merece destaque em investigações
futuras adotar a hipótese de modelação descrita de seguida. Esta modelação é possível ser incluída
no modelo tridimensional criado nesta dissertação.

Hsiao et al. (2012) recomenda que se empregue uma rigidez incremental localizada na zona da
ligação gusset plate. Esta recomendação, em complemento aos offsets e rótulas existentes no
modelo desta dissertação, implica modelar a rotação fora do plano da rótula do contraventamento
como uma mola dotada de um material não linear cuja rigidez rotacional seja dependente das
características da gusset plate e offset (Figura 6.1). A relação momento-rotação para rotação
restringida fora do plano apresenta-se na Figura 6.2 .

Como a adoção deste modelo significa que as ligações articuladas não estão totalmente libertas,
ocorre plastificação nas extremidades e meio vão do contraventamento. Esta hipótese difere de uma
das hipóteses tida em conta na modelação desta dissertação de que a plastificação apenas se
desenvolve a meio-vão. Adotar esta modelação proposta por Hsiao et al. (2012) exige o
dimensionamento prévio e detalhado de todas as ligações gusset plate e offsets, que se fosse levado

124
Capítulo 6. Considerações Finais

a cabo, o prazo disponível para realização da presente dissertação seria ultrapassado em larga
medida.

Figura 6.1: Detalhe das características geométricas dos


Figura 6.2: Relação momento-rotação da mola não-linear
Offsets e Gusset Plate incluindo a localização da rótula
com rigidez rotacional (Hsiao et al. 2012)
com rigidez rotacional (Hsiao et al. 2012)

O código de natureza OpenSees concebido foi pioneiro na modelação não linear de estruturas
metálicas contraventadas num ambiente tridimensional e como tal, foi gerada uma base para
avaliações sísmicas futuras serem realizadas noutras configurações estruturais em estruturas CBF
e/ou em estruturas tridimensionais de diferentes tipologias.

125
Capítulo 6. Considerações Finais

126
Capítulo 7. Bibliografia

7 Bibliografia

ArcelorMittal, 2009. Earthquake Resistant Steel Structures.

Brandonisio, G. et al., 2012. Seismic design of concentric braced frames. Journal of Constructional Steel
Research, 78, pp.22–37.

CEN, 2002. EN1990. Eurocode 0: Basis of structural design.

CEN, 2005. EN 1993-1-1, Eurocode 3: Design of steel structures - Part 1: general rules, seismic actions and
rules for buildings.

CEN, 2004. EN1998-1-3, Eurocode 8 : Design of structures for earthquake resistance - Part 1 : General rules,
seismic actions and rules for buildings.

Chopra, A.K., 2012. Dynamics Of Structures - Theory And Applications To Earthquake Engineering.

Chopra, A.K. & Goel, R.K., 2002. A modal pushover analysis procedure for estimating seismic demands for
buildings. Earthquake Engineering and Structural Dynamics, 31(3), pp.561–582.

Fajfar, P., Marušić, D. & Peruš, I., 2005. The Extension Of The N2 Method To Asymmetric Buildings.
Proceedings of the 4th European workshop on the seismic behaviour of irregular and complex structures,
(August 2005).

Hsiao, P.-C., Lehman, D.E. & Roeder, C.W., 2012. Improved analytical model for special concentrically braced
frames. Journal of Constructional Steel Research, 73, pp.80–94.

Humar, J.L. & Rahgozar, M.A., 1996. Concept of Overstrenght in Seismic Design. In Proceedings of the 11th
World Conference on Earthquake Engineering.

Inc., C. and S., 2014. SAP2000 v17

Krawinkler, H. & Seneviratna, G.D.P.K., 1998. Pros and cons of a pushover analysis of seismic performance
evaluation. Engineering Structures, 20(4-6), pp.452–464.

Lopes, M., 2008. Sismos e Edifícios Julho 2008. Edições Orion, ed., Lisboa.

Mahmoudi, M. & Zaree, M., 2010. Evaluating response modification factors of concentrically braced steel
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Mazzoni, S. et al., 2007. OpenSees Command Language Manual. University of California, Berkeley

Nogueiro, P., Bento, R. & Silva, L.S. da, 2006. Evaluation of the ductility demand in partial strength steel
structures in seismic areas using non-linear static analysis. In Proceedings of the XI International
Conference Metal Structures.

Pacific Earthquake Engineering Research Center, 2006. OpenSees: Open System for Earthquake Engineering
Simulation. University of California, Berkeley.

Popov, E.P. & Engelhardt, M.D., 1988. Seismic Eccentrically Braced Frames. Journal of Constructional Steel
Research, 10, pp.321–354.

Sabelli, R., Roeder, C.W. & Hajjar, J.F., 2013. Seismic Design of Steel Special Concentrically Braced Frame
Systems (A Guide for Practicing Engineers). NIST.

127
Capítulo 7. Bibliografia

Tremblay, R., 2000. Seismic Design and Behaviour of Concentrically Braced Steel Frames. In 2000 North
American Steel Construction Conference - AISC.

Tremblay, R., Archambault, M. & Filiatrault, A., 2003. Seismic Response of Concentrically Braced Steel
Frames Made with Rectangular Hollow Bracing Members. , (December), pp.1626–1636.

Tremblay, R., 2007. Innovative braced frame steel structures for seismic resistance. ANIDIS conference. Pisa,
Italy.

Wood, S., 2006. Design of Seismic - Resistant Steel Building Structures (Concentrically Braced Frames)
[Lecture Notes]. University of Texas. Disponível em:
http://www.caee.utexas.edu/prof/wood/ce384r/HTMLfiles/Reading.html

Uriz, P., Filippou, F.C. & Mahin, S. a., 2008. Model for Cyclic Inelastic Buckling of Steel Braces. Journal of
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Uriz, P. & Park, M., 2008. Toward Earthquake-Resistant Design of Concentrically Braced Steel-Frame
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Villani, A., 2009. Critical Assessment Of Seismic Design Procedures for Steel MRF.” Istituto Universitario di
Studi Superiori di Pavia.

Villani, A., Castro, J.M. & Elghazouli, A.Y., 2009. Improved Seismic Design Procedure for Steel Moment
Frames. STESSA 2009: Behaviour of Steel Structures in Seismic Areas, 2009, 673-678.

128
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.1 Estrutura REG c/ Excentricidade Acidental

Para a configuração estrutural final, a rigidez de cada pórtico resistente encontra-se na Tabela A.1:

Tabela A.1: Estrutura REG, Rigidez p/ Pórtico

Pórtico 1 e 2 Pórtico 4 e 5
dY [m] 0,0969 dX [m] 0,09727
FY [kN] 1000,0 FX [kN] 1000,0
KYi [kN/m] 10319,9 KX [kN/m] 10280,7

Sendo uma estrutura regular, a distribuição da rigidez é igualmente distribuída em planta como
demonstra a Tabela A.2:

Tabela A.2: Estrutura REG, Distribuição da rigidez em planta

Pórtico 1 Pórtico 2 Pórtico 3 Pórtico 4


𝑲𝒀𝒊
⁄𝑲 0,5 0,5 - -
𝒀
𝑲𝑿𝒊
⁄𝑲 - - 0,5 0,5
𝑿

A distribuição de forças sísmicas horizontais normalizada em altura para os pórticos na Dir. Y e para
os pórticos na Dir. X, encontram-se na Tabela A.3 e Tabela A.4 respectivamente.

Tabela A.3: Estrutura REG, Distribuição forças horizontais em altura, Pórticos na direção Y

Piso zi [m] mi [ton] zi*mi Σzjmj 𝑭̅𝒊


1 4,5 148,86 670 0,52
2 8,0 148,86 1191 3139 0,93
3 11,5 111,14 1278 1,00
Total 2,46

Tabela A.4: Estrutura REG, Distribuição forças horizontais em altura, Pórticos na direção X

Piso zi [m] mi [ton] zi*mi Σzjmj 𝑭̅𝒊


1 4,5 167,84 755 0,56
2 8,0 167,84 1343 3376 1,00
3 11,5 111,14 1278 0,95
Total 2,51

129
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.1.1 Corte Basal Elástico e Verificação ELD


Tabela A.5: Estrutura REG, Corte basal elástico

Direção Y Direção X
𝑇 [𝑠] 0,84 0,88
𝑆𝐸 [𝑚. 𝑠 −2 ] 5,26 4,96
M [ton] 817,72 893,64
𝑉𝑒 [𝑘𝑁] 3652,81 3767,69

Tabela A.6: Estrutura REG, Verificação deslocamento relativo entre pisos para o ELD (q=1,0)

Piso h [m] 𝑑𝑟 [𝑚] 𝑑𝑟 ∗ 𝜐 Limite


3 3,5 0,048 0,024 0,035
Direção Y 2 3,5 0,044 0,022 0,035
1 4,5 0,047 0,023 0,045
3 3,5 0,032 0,016 0,035
Direção X 2 3,5 0,044 0,022 0,035
1 4,5 0,056 0,028 0,045

A.1.2 Estimativa do Coeficiente de Comportamento e Corte Basal de


Cálculo

Tabela A.7: Estrutura REG, Cálculo fator de carga pórticos direção Y

Pórtico 1 e 2
Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q Npl,Rd λ Secção

3 1,34 1,08 486,35 363,50 139,7x3,2

2 2,54 4,05 937,20 367,38 139,7x6,3

1 3,70 9,47 1175,05 314,68 139,7x8,0

Tabela A.8: Estrutura REG, Cálculo fator de carga pórticos direção X

Pórtico 3 e 4

Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q Npl,Rd λ Secção

3 1,11 1,63 486,35 436,69 139,7x3,2

2 2,24 6,12 607,05 268,03 139,7x4,0

1 3,11 12,84 752,60 237,64 139,7x5,0

130
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

Tabela A.9: Estrutura REG, Estimativa coeficiente de comportamento p/ pórtico e corte basal de cálculo

Direção Y Direção X
Pórtico 1 Pórtico 2 Pórtico 3 Pórtico 4
𝑇1 [𝑠] 0,84 0,88
𝑆𝐸 [𝑚. 𝑠 −2 ] 5,26 4,96
𝑉𝑒𝑙 [𝑘𝑁] 3652,8 3767,7
𝑉𝑒𝑙,𝑖 [𝑘𝑁] 1826,4 1826,4 1883,8 1883,8
λ 314,7 314,7 237,6 237,6
𝑉1𝑌,𝑖 [𝑘𝑁] 772,8 772,8 597,5 597,5
q2D 2,36 2,36 3,15 3,15
q3D_Adopt 3,5
𝑉𝐷 [𝑘𝑁] 1176,0 1186,1

O máximos de ambos os valores estimados por pórtico (Tabela A.9) é o valor mínimo de coeficiente
de comportamento a adotar (3,15) na escolha do coeficiente de comportamento global, i.e., para o
modelo tridimensional.

A.1.3 Coeficiente de sensibilidade


Tabela A.10: Estrutura REG, Cálculo coeficiente de sensibilidade

Piso 𝑑𝑟,𝑌 ∗ 𝑞3𝐷𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡 𝜽𝒀 𝑑𝑟,𝑋 ∗ 𝑞3𝐷𝑎𝑑𝑜𝑝𝑡 𝜽𝑿


3 0,0558 0,0156 0,0322 0,0174
2 0,0514 0,0255 0,0445 0,0451
1 0,0548 0,0273 0,0562 0,0545

A.1.4 Verificação ELU

A.1.4.1 Vigas

Tabela A.11: Estrutura REG, verificação vigas ao ELU

Pórticos 1e2 3e4


Perfis IPE 330 IPE 360
𝜒𝐿𝑇 1 1
Mc,Rd 221,2 280,2
MEd 112,2 125,8

131
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.1.4.2 Contraventamentos

Tabela A.12: Estrutura REG, Verificação contraventamentos aos ELU nos pórticos da direção Y

̅ Limite
Piso 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒑𝒍,𝑹𝒅 Ω 𝝀 Secção 𝜴𝒎𝒊𝒏 𝜴𝒎𝒂𝒙
𝜴𝒎𝒂𝒙
3 371,3 486,4 1,31 1,30 139,7x3,2
Pórtico 1 2 701,2 937,2 1,34 1,47 139,7x6,3 1,14 1,34 1,42
1 1032,7 1175,1 1,14 1,69 139,7x8,0
3 310,3 486,4 1,57 1,30 139,7x3,2
Pórtico 2 2 575,8 937,2 1,63 1,47 139,7x6,3 1,38 1,63 1,73
1 848,6 1175,1 1,38 1,69 139,7x8,0

Tabela A.13: Estrutura REG, Verificação contraventamentos aos ELU nos pórticos da direção X

̅ Limite
Piso 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒑𝒍,𝑹𝒅 Ω 𝝀 Secção 𝜴𝒎𝒊𝒏 𝜴𝒎𝒂𝒙
𝜴𝒎𝒂𝒙
3 281,1 486,4 1,73 1,88 139,7x3,2
Pórtico 3 2 464,7 607,1 1,31 1,89 139,7x4,0 1,11 1,73 1,39
1 679,0 752,6 1,11 2,06 139,7x5,0
3 302,1 486,4 1,61 1,88 139,7x3,2
Pórtico 4 2 491,9 607,1 1,23 1,89 139,7x4,0 1,05 1,61 1,31
1 718,5 752,6 1,05 2,06 139,7x5,0

A.1.4.3 Colunas

Tabela A.14: Estrutura REG, Verificação colunas do pórtico 1 aos ELU

Piso1 Piso 2 PISO 3


Perfil HEB 300 HEB 300 HEB 300
Eixo de Inércia yy’ zz’ yy’ zz’ yy’ zz’
𝜒 0,93 0,73 0,96 0,82 0,96 0,82
𝑁𝑏,𝑅𝑑 [kN] 3798,2 3011,9 3936,9 3382,3 3936,9 3382,3
𝑁𝐸𝑑 [kN] 2641,5 1316,5 454,5

Tabela A. 15: Estrutura REG, Verificação colunas pórtico 4 aos ELU

Piso 1 Piso 2 Piso 3


Perfil HEB 300 HEB 300 HEB 300
Eixo de Inércia yy zz yy zz yy zz
𝜒 0,93 0,73 0,96 0,82 0,96 0,82
𝑁𝑏,𝑅𝑑 [kN] 3798,2 3011,9 3936,9 3382,3 3936,9 3382,3
𝑁𝐸𝑑 [kN] 1704,8 879,5 324,3

132
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.2 Estrutura IRREG

Para a configuração estrutural final, a rigidez de cada pórtico resistente encontra-se na Tabela A.16:

Tabela A.16: Estrutura IRREG, Rigidez p/ pórtico

Pórtico 1, 2 e 3 Pórtico 4 e 5
dY [m] 0,1034 dX [m] 0,0925
FY [kN] 1000,0 FX [kN] 1000,0
KYi [kN/m] 9671,2 KXi [kN/m] 10813,2
A rigidez de cada pórtico tem a distribuição em planta representada na Tabela A.17:

Tabela A.17: Estrutura IRREG, Distribuição da rigidez em planta

Pórtico 1 Pórtico 3 Pórtico 2 Pórtico 5 Pórtico 4


𝑲𝒀𝒊
⁄𝑲 0,41 0,31 0,28 - -
𝒀
𝑲𝑿𝒊
⁄𝑲 - - - 0,5 0,5
𝑿

A irregularidade da distribuição dos pórticos resulta na excentricidade em relação ao CM de


coordenadas presentes na Tabela A.18.

Tabela A.18: Estrutura IRREG, Coordenadas da excentricidade

𝐶𝑅𝑋 [m] 3,0


𝐶𝑅𝑌 [m] 0,0

A distribuição de forças sísmicas horizontais normalizada em altura para os pórticos na Dir. Y e para
os pórticos na Dir. X, encontram-se na Tabela A.19 e Tabela A.20, respectivamente.

Tabela A.19: Estrutura IRREG, Distribuição forças horizontais em altura, Pórticos na direção Y

Piso 𝒛𝒊 [𝒎] 𝒎𝒊 [𝒕𝒐𝒏] zi*mi Σzjmj 𝑭̅𝒊


1 4,5 122,70 552 0,52
2 8,0 122,70 982 2587 0,93
3 11,5 91,61 1054 1,00
Total 2,46

Tabela A.20: Estrutura IRREG, Distribuição forças horizontais em altura, Pórticos na direção X

Piso 𝒛𝒊 [𝒎] 𝒎𝒊 [𝒕𝒐𝒏] zi*mi Σzjmj 𝑭̅𝒊


1 4,5 167,84 755 0,56
2 8,0 167,84 1343 3376 1,00
3 11,5 111,14 1278 0,95
Total 2,51

133
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.2.1 Corte Basal Elástico e Verificação ELD


Tabela A.21: Estrutura IRREG, Corte basal elástico

Direção Y Direção X
𝑇 [𝑠] 0,72 0,83
𝑆𝐸 [𝑚. 𝑠 −2 ] 6,13 5,32
M [ton] 817,7 893,6
𝑉𝑒 [𝑘𝑁] 4261,6 4040,1

Tabela A.22: Estrutura IRREG, Verificação deslocamento relativo entre pisos para o ELD (q=1,0)

Piso h [m] 𝑑𝑟 [𝑚] 𝑑𝑟 ∗ 𝜐 Limite


3 3,5 0,027 0,013 0,035
Direção Y (Pórtico 1) 2 3,5 0,035 0,018 0,035
1 4,5 0,047 0,024 0,045
3 3,5 0,035 0,017 0,035
Direção X 2 3,5 0,046 0,023 0,035
1 4,5 0,048 0,024 0,045

A.2.2 Estimativa do Coeficiente de Comportamento e Corte Basal de


Cálculo

Tabela A.23: Estrutura IRREG, Cálculo fator de carga pórticos direção Y

Pórtico 1
Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 λ Secção
3 1,33 1,14 397,60 298,09 114,3x3,2
2 2,56 3,78 937,20 364,33 139,7x6,3
1 3,69 9,69 1175,05 315,90 139,7x8,0

Pórtico 3
Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 λ Secção
3 1,34 1,87 397,60 294,88 114,3x3,2
2 2,54 5,18 937,20 367,37 139,7x6,3
1 3,70 11,39 1175,05 314,42 139,7x8,0

Pórtico 2
Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 λ Secção
3 1,35 1,14 397,60 294,77 114,3x3,2
2 2,53 3,88 937,20 368,90 139,7x6,3
1 3,70 9,45 1175,05 314,69 139,7x8,0
+

134
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

Tabela A.24: Estrutura IRREG, Cálculo fator de carga pórticos direção X

Pórtico 4 e 5
Piso 𝑁𝐸𝑑,𝐸 𝑁𝐸𝑑,G+0,3Q 𝑁𝑝𝑙,𝑅𝑑 λ Secção
3 1,11 1,7 486,35 435,48 139,7x3,2
2 2,24 6,0 607,05 268,58 139,7x4,0
1 3,12 13,1 912,35 288,70 168,3x5,0

Tabela A.25: Estrutura IRREG, Estimativa coeficiente de comportamento p/ pórtico e corte basal de cálculo

Direção Y Direção X
Pórtico 1 Pórtico 3 Pórtico 2 Pórtico 4 Pórtico 5
𝑇 [𝑠] 0,72 0,83
𝑆𝐸 [𝑚. 𝑠 −2 ] 6,13 5,32
𝑉𝑒𝑙 [𝑘𝑁] 4261,6 4040,1
𝑉𝑒𝑙,𝑖 [𝑘𝑁] 1756,4 1308,6 1196,6 2020,0 2020,0
λmin [kN] 298,1 294,9 294,77 268,6 268,6
V1Y,i [kN] 732,1 724,2 723,9 675,3 675,3
q2D 2,4 1,81 1,65 3,0 3,0
q Adopt. 3D 3,0
𝐾𝑖
⁄𝐾 0,412 0,307 0,281 0,5 0,5
𝑉𝐷 [𝑘𝑁] 1575,7 1472,1

O máximos de ambos os valores estimados por pórtico (Tabela A.25) é o valor mínimo de coeficiente
de comportamento a adotar (3,0) na escolha do coeficiente de comportamento global, i.e., para o
modelo tridimensional.

A.2.3 Coeficiente de sensibilidade


Tabela A.26: Estrutura IRREG, Cálculo coeficiente de sensibilidade

Piso 𝑑𝑟,𝑌 ∗ 𝑞3𝐷 𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡 𝜽𝒀 𝑑𝑟,𝑋 ∗ 𝑞3𝐷 𝐴𝑑𝑜𝑝𝑡 𝜽𝑿


3 0,0229 0,007 0,0347 0,015
2 0,0302 0,013 0,0460 0,039
1 0,0405 0,017 0,0479 0,038

135
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.2.4 Verificação ELU

A.2.4.1 Vigas
Na estrutura IRREG a verificação para as vigas é em tudo semelhante ao feito para a estrutura REG

A.2.4.2 Contraventamentos

Tabela A.27: Estrutura IRREG, Verificação dos contraventamentos aos ELU nos pórticos da direção Y

̅ Limite
Piso 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒑𝒍,𝑹𝒅 Ω 𝝀 Secção 𝜴𝒎𝒊𝒏 𝜴𝒎𝒂𝒙
𝜴𝒎𝒂𝒙
3 389,5 397,6 1,02 1,770 114,3x3,2
Pórtico 1 2 793,3 937,2 1,18 1,474 139,7x6,3 1,02 1,18 1,276
1 1131,5 1175,1 1,04 1,691 139,7x8,0
3 263,9 397,6 1,51 1,770 114,3x3,2
Pórtico 3 2 509,4 937,2 1,84 1,474 139,7x6,3 1,51 1,84 1,88
1 734,6 1175,1 1,60 1,691 139,7x8,0
3 235,9 397,6 1,69 1,474 114,3x3,2
Pórtico 2 2 447,7 937,2 2,09 1,474 139,7x6,3 1,69 2,09 2,11
1 651,3 1175,1 1,80 1,691 139,7x8,0

Tabela A.28: Estrutura IRREG, Verificação dos contraventamentos aos ELU nos pórticos da direção X

̅ Limite
Piso 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒑𝒍,𝑹𝒅 Ω 𝝀 Secção 𝜴𝒎𝒊𝒏 𝜴𝒎𝒂𝒙
𝜴𝒎𝒂𝒙
3 368,0 486,4 1,32 1,894 139,7x3,2
Pórtico
2 573,8 607,1 1,06 1,894 139,7x4,0 1,05 1,32 1,32
4
1 865,4 912,4 1,05 1,698 168,3x5,0
3 368,1 486,4 1,32 1,894 139,7x3,2
Pórtico 2 574,1 607,1 1,06 1,894 139,7x4,0 1,05 1,32 1,32
5
1 866,2 912,4 1,05 1,698 168,3x5,0

136
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

A.2.4.3 Colunas

Tabela A. 29: Estrutura IRREG, Verificação colunas do pórtico 3 (mais condicionante da direção Y) aos ELU

Piso 1 Piso 2 Piso 3


Perfil HEB 300 HEB 300 HEB 300
Eixo de Inércia yy' zz' yy' zz' yy' zz'
𝜒 0,93 0,73 0,96 0,82 0,96 0,82
𝑁𝑏,𝑅𝑑 [kN] 3798,2 3011,9 3936,9 3382,3 3936,9 3382,3
𝑁𝐸𝑑 [kN] 2623,8 1348,7 506,5

Tabela A. 30: Estrutura IRREG, Verificação colunas pórticos na direção X aos ELU

Piso 1 Piso 2 Piso 3


Perfil HEB 300 HEB 300 HEB 300
Eixo de Inércia yy' zz' yy' zz' yy' zz'
𝜒 0,93 0,73 0,96 0,82 0,96 0,82
𝑁𝑏,𝑅𝑑 [kN] 3798,2 3011,9 3936,9 3382,3 3936,9 3382,3
𝑁𝐸𝑑 [kN] 1872,9 960,5 365,2

137
Anexo A Cálculos Dimensionamento Sísmico

138
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

Anexo B Código OpenSees da estrutura IRREG para a análise Pushover e Time-History


Dado o vasto número de linhas do código, decidiu-se apresentar aqui uma versão sucinta do código, i.e. com nós e elementos apenas respeitantes ao
Pórtico 1.

# --------------------------------------------------------------------------------------------------
# 3D model of 3-Story Concentric Braced Frame - Estrutura IRREG – Static, Pushover and Time-History analysis
#---------------------------------------------------------------------------------------------------
# Braces are defined with 10 force-based beam-column elements (with 10 IPs)
# Geometric imperfection of braces is parabolic in shape, out-of-plane, with the inital imperfection in the middle of the brace
of Leff/1000.
# Beams and columns are modeled with force-based beam-column elements

wipe; # clear memory of past model definitions


model BasicBuilder -ndm 3 -ndf 6; # Define the model builder, ndm = #dimension, ndf = #dofs
source WSection3D.tcl; # procedure for creating standard steel W section
source CHS3D.tcl; # procedure for creating CHS section --- Braces Section
source RotSpring3D.tcl; # procedure for creating Pins at Braces
source Enodes_FrX.tcl; # procedure for creating nodes to simulate initial imperfection of Braces at
Frames in Direction X
source Enodes_FrZ.tcl; # procedure for creating nodes to simulate initial imperfection of Braces at
Frames in Direction Z

###################################################################################################
# Define Building Geometry, Nodes, and Constraints
###################################################################################################

# #define structure-geometry parameters


set H_Piso1 4.5;
set H_Piso23 3.5;
set X_6m 6.;
set Z_7m 7.;
set Z_4m 4.;

# brace effective length, number of elements per brace, and initial imperfection
#puts pi
set pi [expr 2.0*asin(1.0)];
#Frame1&2 angles of braces----> Alpha for Floor 1 _ Beta for Floor 2&3
set alpha_FR12 [expr {48.37*$pi/180}]; set beta_FR12 [ expr {41.19*$pi/180}];

139
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

#Frame3&4 angles of braces----> Alpha for Floor 1 _ Beta for Floor 2&3
set alpha_FR34 [expr {36.87*$pi/180}]; set beta_FR34 [ expr {30.26*$pi/180}];
set noEle 10; # number of elements per brace
set p_ratio 1000.; #corresponds to 0.1% of the effective length

# ## Frame 1 & Frame 2


# Storey 1
#effective length of brace in Z direction at Floor 1
set Leff1_FrameZ [expr {sqrt( pow($Z_4m,2) + pow($H_Piso1,2))} ];
puts "Length of Storey 1 Braces in Z Direction is $Leff1_FrameZ"
set p1_Z [expr 1./$p_ratio]; #imperfection of the brace

# Storey 2 & Storey 3


#effective length of brace in Z direction at Storey 2 & Storey 3
set Leff23_FrameZ [expr {sqrt( pow($Z_4m,2) + pow($H_Piso23,2))} ];
puts "Length at Storey 2 & 3 Braces in Z Direction is $Leff23_FrameZ\n"
set p23_Z [expr 1./$p_ratio]; #imperfection of the brace

#Frame 4 & Frame 5


# Storey 1
#effective length of brace in X direction at Floor 1
set Leff1_FrameX [expr {sqrt( pow($X_6m,2) + pow($H_Piso1,2))} ];
puts "Length of Storey 1 Braces in X Direction is $Leff1_FrameX"
set p1_X [expr {1./$p_ratio} ]; #imperfection of the brace

# Storey 2 & Storey 3


#effective length of brace in X direction at Storey 2 & Storey 3
set Leff23_FrameX [expr {sqrt( pow($X_6m,2) + pow($H_Piso23,2))} ];
puts "Length at Storeys 2 & 3 Braces in X Direction is $Leff23_FrameX\n"
set p23_X [expr {1./$p_ratio} ]; #imperfection of the brace

# floor masses ( to be considered in the CM)


set g 9.81; # acceleration due to gravity

# ----------------------------------------------------------------------------------------

# Define nodes and assign masses to beam-column intersections of frame


# command: node nodeID X_Coord Y_Coord Z_Coord

# ### FRAME 1 ###


# ###GroundFloor
# LEFT
node 1 0.0 0.0 $Z_7m;

140
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

node 9 0.0 0.0747 $Z_7m;


node 9000 0.0 0.0747 $Z_7m;
node 10 0.0 0.0747 [ expr {$Z_7m + 0.0664} ];
node 10000 0.0 0.0747 [ expr {$Z_7m + 0.0664} ]

# RIGHT
node 2 0.0 0.0 [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 12 0.0 0.0747 [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 12000 0.0 0.0747 [expr {$Z_7m + $Z_4m}]
node 11 0.0 0.0747 [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0664}];
node 11000 0.0 0.0747 [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0664}];

# ### Storey 1
#LEFT
node 25 0.0 $H_Piso1 $Z_7m;
node 27 0.0 $H_Piso1 [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 27000 0.0 $H_Piso1 [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 53 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ] ;
node 53000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ]
node 26 0.0 [ expr {$H_Piso1 - 0.0747}] [ expr {$Z_7m + 0.0664} ];
node 26000 0.0 [ expr {$H_Piso1 - 0.0747}] [ expr {$Z_7m + 0.0664} ];

#RIGHT
node 30 0.0 $H_Piso1 [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 28 0.0 $H_Piso1 [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 28000 0.0 $H_Piso1 [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 29 0.0 [ expr {$H_Piso1 - 0.0747}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0664}];
node 29000 0.0 [ expr {$H_Piso1 - 0.0747}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0664}];
node 54 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ] ;
node 54000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ]

# ### Storey 2
#LEFT
node 55 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] $Z_7m;
node 57 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 57000 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 56 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ] ;
node 56000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ]
node 58 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ];
node 58000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ];

#RIGHT

141
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

node 59 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];


node 261 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 261000 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 260 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ] ;
node 260000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ]
node 262 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753}];
node 262000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753}];

# ### Storey 3
#Left
node 93 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] $Z_7m;
node 94 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 94000 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [ expr {$Z_7m + 0.1}];
node 95 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23 - 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ];
node 95000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23 - 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ];

#RIGHT
node 98 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 96 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 96000 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.1}];
node 97 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753}];
node 97000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753}];

# --------------------------

# (...) Other Frames' Nodes

# ---------------------------------------------------------------------

# ############## Nodes to Build Offsets at Columns ###############


# Frame 1
node 25001 0.0 [expr {$H_Piso1 - 0.0747}] $Z_7m;
node 25002 0.0 [expr {$H_Piso1 + 0.0747}] $Z_7m;
node 30001 0.0 [ expr {$H_Piso1 - 0.0747}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 30002 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0747}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];

node 55001 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] $Z_7m;


node 55002 0.0 [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] $Z_7m;

node 59001 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];
node 59002 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}];

142
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

node 93001 0.0 [expr {$H_Piso1 + 2.*$H_Piso23 - 0.0659}] $Z_7m;


node 98001 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 2.*$H_Piso23 - 0.0659}] [expr {$Z_7m + $Z_4m}]

# ----------

# (...) Other Frames' Nodes

# ---------------------------------------------------------------------

puts "General Nodes defined";

# CM's Node : Master Node for Rigid Diaphragm


node 100000 [expr {$X_6m*2 + $X_6m/2}] $H_Piso1 [expr {$Z_7m + $Z_4m/2}]
node 200000 [expr {$X_6m*2 + $X_6m/2}] [expr {$H_Piso1 + $H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m/2}]
node 300000 [expr {$X_6m*2 + $X_6m/2}] [expr {$H_Piso1 + 2*$H_Piso23}] [expr {$Z_7m + $Z_4m/2}]

puts "CM Nodes defined";

# ---------------------------------------------------------------------

# ###### Define EXTRA Nodes along the braces to simulate initial imperfection

# ### Extra Nodes Procedure Convention ###


# proc Enodes_FrZZ { orient shift Xi Yi Zi Leff p noEle alpha}

# ####################################################################
# ############################ FRAME 1 ##############################
# ####################################################################

# ### Storey 1
# LEFT
set Node1000 1000
#Coordinates of the initial node ! Node 10
Enodes_FrZZ "Left" $Node1000 0.0 0.0747 [ expr {$Z_7m + 0.0664} ] [ expr {$Leff1_FrameZ - 0.2}] $p1_Z $noEle $alpha_FR12

# RIGHT
set Node1100 1100
#Coordinates of the initial node ! Node 11
Enodes_FrZZ "Right" $Node1100 0.0 0.0747 [expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0664}] [ expr {$Leff1_FrameZ - 0.2}] $p1_Z $noEle $alpha_FR12

# -------------------------

# #### Storey 2
# LEFT

143
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set Node2000 2000


#Coordinates of the initial node ! Node 53
Enodes_FrZZ "Left" $Node2000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ] [ expr {$Leff23_FrameZ - 0.2}] $p23_Z
$noEle $beta_FR12

# RIGHT
set Node2100 2100
#Coordinates of the initial node ! Node 54

Enodes_FrZZ "Right" $Node2100 0.0 [ expr {$H_Piso1 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ] [ expr {$Leff23_FrameZ - 0.2}]
$p23_Z $noEle $beta_FR12

# ------------------------

# #### Storey 3
# LEFT
set Node3000 3000
#Coordinates of the initial node ! Node 56
Enodes_FrZZ "Left" $Node3000 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + 0.0753} ] [ expr {$Leff23_FrameZ - 0.2}]
$p23_Z $noEle $beta_FR12

# RIGHT
set Node3100 3100
#Coordinates of the initial node ! Node 260
Enodes_FrZZ "Right" $Node3100 0.0 [ expr {$H_Piso1 + $H_Piso23 + 0.0659}] [ expr {$Z_7m + $Z_4m - 0.0753} ] [ expr
{$Leff23_FrameZ - 0.2}] $p23_Z $noEle $beta_FR12

# -------------------------------

# (...) Other Frames' Nodes at Braces

# ------------------ DONE !!! ------------------

puts "Extra NODES along all the Braces Defined ..."

# assign boundary conditions


# ---------------------------------------------------------------
# GroundFloor Nodes All Fixed
fix 1 1 1 1 1 1 1
fix 2 1 1 1 1 1 1
fix 3 1 1 1 1 1 1

144
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

fix 4 1 1 1 1 1 1
fix 5 1 1 1 1 1 1
fix 6 1 1 1 1 1 1
fix 7 1 1 1 1 1 1
fix 8 1 1 1 1 1 1
fix 121 1 1 1 1 1 1
fix 126 1 1 1 1 1 1

# define Rigid Floor Diaphragm


set RigidDiaphragm ON ;

#Constraints for rigid diaphragm master nodes


# tag Dx Dy Dz Rx Ry Rz
fix 100000 0 1 0 1 0 1
fix 200000 0 1 0 1 0 1
fix 300000 0 1 0 1 0 1

#Define rigid diaphragm multi-point constrains


# NormalDir master slaves
rigidDiaphragm 2 100000 25 30 31 36 37 44 45 52 127 134 ;
rigidDiaphragm 2 200000 55 59 62 69 72 80 83 92 135 142 ;
rigidDiaphragm 2 300000 93 98 99 104 105 112 113 120 143 148 ;

# Definition of constraints for pinned beam-to-column connection & brace-to-column connection

# ### Columns _ Pins @ GroundFloor


equalDOF 9 9000 1 2 3 5; # Frame 1
equalDOF 12 12000 1 2 3 5
equalDOF 13 13000 1 2 3 5; # Frame 2
equalDOF 16 16000 1 2 3 5
equalDOF 122 122000 1 2 3 5; # Frame 3
equalDOF 124 124000 1 2 3 5

equalDOF 17 17000 1 2 3 5; # Frame 4


equalDOF 20 20000 1 2 3 5
equalDOF 21 21000 1 2 3 5; # Frame 5
equalDOF 24 24000 1 2 3 5

# -----------------------------------------------------------------------------------
# -----------------------------------------------------------------------------------

# ### Braces _ Pins @ GroundFloor Level


equalDOF 10 10000 1 2 3 4 ; # Frame 1
equalDOF 11 11000 1 2 3 4

145
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

equalDOF 14 14000 1 2 3 4; # Frame 2


equalDOF 15 15000 1 2 3 4
equalDOF 123 123000 1 2 3 4; # Frame 3
equalDOF 125 125000 1 2 3 4

equalDOF 18 18000 1 2 3 6; # Frame 4


equalDOF 19 19000 1 2 3 6
equalDOF 22 22000 1 2 3 6; # Frame 5
equalDOF 23 23000 1 2 3 6

# ### Braces _ Pins @ Each Floor LEVEL

equalDOF 26 26000 1 2 4;3 # Storey 1 # Frame 1


equalDOF 29 29000 1 2 4 3
equalDOF 53 53000 1 2 4 3
equalDOF 54 54000 1 2 4 3
equalDOF 58 58000 1 2 4;3 # Storey 2
equalDOF 262 262000 1 2 3 4
equalDOF 56 56000 1 2 3 4
equalDOF 260 260000 1 2 3 4
equalDOF 95 95000 1 2 3 4; # Storey 3
equalDOF 97 97000 1 2 3 4

# ----

equalDOF 32 32000 1 2 3 4; # Storey 1 # Frame 2


equalDOF 35 35000 1 2 3 4
equalDOF 60 60000 1 2 3 4
equalDOF 61 61000 1 2 3 4
equalDOF 65 65000 1 2 3 4; # Storey 2
equalDOF 68 68000 1 2 3 4
equalDOF 63 63000 1 2 3 4
equalDOF 66 66000 1 2 3 4
equalDOF 101 101000 1 2 3 4; # Storey 3
equalDOF 103 103000 1 2 3 4

# ----

equalDOF 130 130000 1 2 3 4; # Storey 1 # Frame 3


equalDOF 133 133000 1 2 3 4
equalDOF 128 128000 1 2 3 4
equalDOF 131 131000 1 2 3 4
equalDOF 138 138000 1 2 3 4; # Storey 2
equalDOF 141 141000 1 2 3 4

146
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

equalDOF 136 136000 1 2 3 4


equalDOF 139 139000 1 2 3 4
equalDOF 145 145000 1 2 3 4; # Storey 3
equalDOF 147 147000 1 2 3 4

# -------------------

equalDOF 38 38000 1 2 3 6; # Storey 1 # Frame 4


equalDOF 43 43000 1 2 3 6
equalDOF 70 70000 1 2 3 6
equalDOF 71 71000 1 2 3 6
equalDOF 75 75000 1 2 3 6; # Storey 2
equalDOF 79 79000 1 2 3 6
equalDOF 73 73000 1 2 3 6
equalDOF 77 77000 1 2 3 6
equalDOF 107 107000 1 2 3 6; # Storey 3
equalDOF 111 111000 1 2 3 6

# ----

equalDOF 46 46000 1 2 3 6; # Storey 1 # Frame 5


equalDOF 51 51000 1 2 3 6
equalDOF 81 81000 1 2 3 6
equalDOF 82 82000 1 2 3 6
equalDOF 86 86000 1 2 3 6; # Storey 2
equalDOF 91 91000 1 2 3 6
equalDOF 84 84000 1 2 3 6
equalDOF 89 89000 1 2 3 6
equalDOF 115 115000 1 2 3 6; # Storey 3
equalDOF 119 119000 1 2 3 6

# -----------------------------------------------------------------------------------
# -----------------------------------------------------------------------------------

# ### Beams _ Pins @ First Floor


equalDOF 27 27000 1 2 3 5 6; # Storey 1 # Frame 1
equalDOF 28 28000 1 2 3 5 6
equalDOF 57 57000 1 2 3 5 6; # Storey 2
equalDOF 261 261000 1 2 3 5 6
equalDOF 94 94000 1 2 3 5 6; # Storey 3
equalDOF 96 96000 1 2 3 5 6

equalDOF 33 33000 1 2 3 5 6; # Storey 1 # Frame 2


equalDOF 34 34000 1 2 3 5 6

147
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

equalDOF 64 64000 1 2 3 5 6; # Storey 2


equalDOF 67 67000 1 2 3 5 6
equalDOF 100 1000000 1 2 3 5 6; # Storey 3
equalDOF 102 102000 1 2 3 5 6

equalDOF 129 129000 1 2 3 5 6; # Storey 1 # Frame 3


equalDOF 132 132000 1 2 3 5 6
equalDOF 137 137000 1 2 3 5 6; # Storey 2
equalDOF 140 140000 1 2 3 5 6
equalDOF 144 144000 1 2 3 5 6; # Storey 3
equalDOF 146 146000 1 2 3 5 6

# ---------------------------

equalDOF 39 39000 1 2 3 4 5; # Storey 1 # Frame 4


equalDOF 42 42000 1 2 3 4 5
equalDOF 74 74000 1 2 3 4 5; # Storey 2
equalDOF 78 78000 1 2 3 4 5
equalDOF 106 106000 1 2 3 4 5; # Storey 3
equalDOF 110 110000 1 2 3 4 5

equalDOF 47 47000 1 2 3 4 5; # Storey 1 # Frame 5


equalDOF 50 50000 1 2 3 4 5
equalDOF 85 85000 1 2 3 4 5; # Storey 2
equalDOF 90 90000 1 2 3 4 5
equalDOF 114 114000 1 2 3 4 5; # Storey 3
equalDOF 118 118000 1 2 3 4 5

# -----------------------------------------------------------------------------------
# -----------------------------------------------------------------------------------

puts "Constraints( equalDOF's ) Defined!\n"

# ##################################################################################################
# Define Materials & Sections
# ##################################################################################################

# Define Material for BEAMS and COLUMNS ------> I'm trying here Steel02 also instead of Hardening
set matID_BC 1
set Fy 275000.; # Yield Stress
set Es_nonlinear 210000000. ; # Steel Young's Modulus for element nonlinearBeamColumn
set Es 210000000. ; # Steel Young's Modulus for element LinearBeamColumn
set nu 0.3; # Poisson's ratio
set Gs_nonlinear [expr {$Es_nonlinear/2./( 1.+$nu )} ]]; # Torsional stiffness Modulus for

148
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

NonLinearBeamColumn
set Gs [expr $Es/2./[expr 1.+$nu]]; # Torsional stiffness Modulus for
LinearBeamColumn
set Hiso 0; # Isotropic hardening Modulus
set niuh 0.01; # Strain Hardning Parameter
set Hkin [expr ($Es*$niuh)/(1-$niuh)]; # Kinematic hardening Modulus

# tag
uniaxialMaterial Hardening $matID_BC $Es_nonlinear $Fy $Hiso $Hkin;

# Define Material for BRACES


set matID_Brace 3
set matID_fatBrace 4
set Fy_b 355000.; # Yield Stress
set nu_b 0.3; # Poisson's ratio
set Gs_b [expr $Es_nonlinear/2./[expr 1.+$nu_b]]; # Torsional stiffness Modulus

# R0 cR1 cR2 a1
a2 a3 a4
uniaxialMaterial Steel02 $matID_Brace $Fy_b $Es_nonlinear $niuh 20 0.925 0.15 -0.0005 0.01 0.0005 0.01;
uniaxialMaterial Fatigue $matID_fatBrace $matID_Brace -E0 0.095 -m -0.5 -min -1.0 -max 0.04

# --------------------------------------------------------

# Offsets Multiplication in relation to the nonLinear elements characteristics


set mult [ expr {10.}];

# ---------- BRACES ------------------

set E_Torsion_Brace [ expr { 7.e11 } ]


set E_PinY_Brace [ expr { 7.e-3 } ] ; # Rotation Around LOCAL y axis _ Out of plan Rotation

# Define Material for simulating torsion restricted @ dir 4 (local axis) ___ @ FRAMES Direction ZZ
set matID_Rot_ZZ 5
set E_ROT_ZZ [expr {$E_Torsion_Brace}];
uniaxialMaterial Elastic $matID_Rot_ZZ $E_ROT_ZZ

# Define Material for simulating torsion restricted @ dir 4 (local axis) ___ @ FRAMES Direction XX
set matID_Rot_XX 6
set E_ROT_XX [expr {$E_Torsion_Brace}];
uniaxialMaterial Elastic $matID_Rot_XX $E_ROT_XX

# ----

149
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# Define Material for simulating pins in direction 5 (local axis) ___ @ FRAMES Direction ZZ
set matID_HINGEY_ZZ 7
set E_HINGEY_ZZ [expr {$E_PinY_Brace}];
uniaxialMaterial Elastic $matID_HINGEY_ZZ $E_HINGEY_ZZ

# Define Material for simulating pins in direction 5 (local axis) ___ @ FRAMES Direction XX
set matID_HINGEY_XX 8
set E_HINGEY_XX [expr {$E_PinY_Brace}];
uniaxialMaterial Elastic $matID_HINGEY_XX $E_HINGEY_XX

# ----

puts "Braces' Hinges have been defined\n"

# --------------------------------------

# ######### BRACES ###########

# ######### All Hinges of Frame 1

# Storey 1
rotspring3D_azul_ZZ 420 10 10000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Left Brace
rotspring3D_azul_ZZ 421 29000 29 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;
rotspring3D_mola_ZZ 422 11 11000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Right Brace
rotspring3D_mola_ZZ 423 26000 26 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;

# Storey 2
rotspring3D_red_ZZ 424 53 53000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Left Brace
rotspring3D_red_ZZ 425 262000 262 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;
rotspring3D_black_ZZ 426 54 54000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Right Brace
rotspring3D_black_ZZ 427 58000 58 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;

# Storey 3
rotspring3D_red_ZZ 428 56 56000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Left Brace
rotspring3D_red_ZZ 429 97000 97 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;
rotspring3D_black_ZZ 430 260 260000 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ; # Right Brace
rotspring3D_black_ZZ 431 95000 95 $matID_HINGEY_ZZ $matID_Rot_ZZ ;

# ---

# (...) All Hinges of the other Frames

150
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

puts "Pins on Braces have been defined\n"

# ----------------------------------------------------------------------------------------------------

# #######################################################
# ########## DEFINE ELEMENTS AND SECTIONS #########
# #######################################################
# Definition of the brace parameters

set gamma 77.; # [kN/m3] Steel's Unit Weight

#Brace CHS139.7x3.2
set BraceSecTag1 10
set ri_1 0.06665; # inner radius of the section, only for hollow sections
set ro_1 0.06985; # overall (outer) radius of the section
set A_Brace1 13.7e-4
set W_Brace1 [ expr {$gamma*$A_Brace1} ]; # Weight per unit length

#Brace CHS139.7x4.0
set BraceSecTag2 20
set ri_2 0.06585
set ro_2 0.06985
set A_Brace2 17.1e-4
set W_Brace2 [ expr {$gamma*$A_Brace2} ]; # Weight per unit length

#Brace CHS139.7x5.0
set BraceSecTag3 30
set ri_3 0.06485
set ro_3 0.06985
set A_Brace3 21.2e-4
set W_Brace3 [ expr {$gamma*$A_Brace2} ]

#Brace CHS139.7x6.3
set BraceSecTag4 40
set ri_4 0.06355
set ro_4 0.06985
set A_Brace4 26.4e-4
set W_Brace4 [ expr {$gamma*$A_Brace4} ]; # Weight per unit length

#Brace CHS139.7x8.0
set BraceSecTag5 50
set ri_5 0.06185
set ro_5 0.06985
set A_Brace5 33.1e-4

151
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set W_Brace5 [ expr {$gamma*$A_Brace5} ]; # Weight per unit length

#Brace CHS114.3x3.2
set BraceSecTag6 60
set ri_6 0.05395
set ro_6 0.05715
set A_Brace6 11.2e-4
set W_Brace6 [ expr {$gamma*$A_Brace6} ]; # Weight per unit length

#Brace CHS168.3x5.0
set BraceSecTag7 51
set ri_7 0.07915
set ro_7 0.08415
set A_Brace7 25.7e-04
set W_Brace7 [ expr {$gamma*$A_Brace7} ]; # Weight per unit length

set jbrace1 6.40E-06 ; # braces' section torsional factor


set jbrace2 7.86E-06
set jbrace3 9.61E-06
set jbrace4 1.177E-05
set jbrace5 1.441E-05
set jbrace6 3.45E-06
set jbrace7 1.712E-05

set nfR 4; # number of radial divisions (number of "rings")


set nfT 8; # number of theta divisions in the core (number of "wedges")

# Defining CHS139.7x3.2
CHS3D $BraceSecTag1 $matID_fatBrace $BraceSecTag1 $ri_1 $ro_1 $jbrace1 $nfR $nfT
# Defining CHS139.7x4.0
CHS3D $BraceSecTag2 $matID_fatBrace $BraceSecTag2 $ri_2 $ro_2 $jbrace2 $nfR $nfT
# Defining CHS139.7x5.0
CHS3D $BraceSecTag3 $matID_fatBrace $BraceSecTag3 $ri_3 $ro_3 $jbrace3 $nfR $nfT
# Defining CHS139.7x6.3
CHS3D $BraceSecTag4 $matID_fatBrace $BraceSecTag4 $ri_4 $ro_4 $jbrace4 $nfR $nfT
# Defining CHS139.7x8.0
CHS3D $BraceSecTag5 $matID_fatBrace $BraceSecTag5 $ri_5 $ro_5 $jbrace5 $nfR $nfT
# Defining CHS114.3x3.2
CHS3D $BraceSecTag6 $matID_fatBrace $BraceSecTag6 $ri_6 $ro_6 $jbrace6 $nfR $nfT
# Defining CHS168.3x5.0
CHS3D $BraceSecTag7 $matID_fatBrace $BraceSecTag7 $ri_7 $ro_7 $jbrace7 $nfR $nfT
puts "Braces are defined\n"

152
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# ### WSection3D { secID matID matTorsion d bf tf tw nfdw nftw nfbf nftf J}

set nfdw 50; # number of fibers along dw


set nftw 3; # number of fibers along tw
set nfbf 50; # number of fibers along bf
set nftf 9; # number of fibers along tf

# Definition of the column parameters


set ColSecTagHEB200 61
set dc200 0.20
set bfc200 0.20
set tfc200 0.015
set twc200 0.009
set A_HEB200 78.08e-4
set W_HEB200 [ expr {$gamma*$A_HEB200} ]; # Weight per lenght

set ColSecTagHEB300 70
set dc300 0.30
set bfc300 0.30
set tfc300 0.019
set twc300 0.011
set A_HEB300 149.08e-4
set W_HEB300 [ expr {$gamma*$A_HEB300} ]; # Weight per lenght

# Definition of the beams parameters _ Assign a tag number to the beam section tag

set BeamSecTagIPE270 75
set db270 0.270
set bfb270 0.135
set tfb270 0.0102
set twb270 0.0066
set A_IPE270 45.95e-4
set W_IPE270 [ expr {$gamma*$A_IPE270} ]; # Weight per lenght

set BeamSecTagIPE300 80
set db300 0.300
set bfb300 0.150
set tfb300 0.0107
set twb300 0.0071
set A_IPE300 53.81e-4
set W_IPE300 [ expr {$gamma*$A_IPE300} ]; # Weight per lenght

153
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set BeamSecTagIPE330 90
set db330 0.330
set bfb330 0.160
set tfb330 0.0115
set twb330 0.0075
set A_IPE330 62.61e-4
set W_IPE330 [ expr {$gamma*$A_IPE330} ]; # Weight per lenght

set BeamSecTagIPE360 100


set db360 0.360
set bfb360 0.170
set tfb360 0.0127
set twb360 0.008
set A_IPE360 72.73e-4
set W_IPE360 [ expr {$gamma*$A_IPE360} ]; # Weight per lenght

set jHEB200 5.928E-07 ; # column section torsional factor


set jHEB300 1.85E-06
set jIPE270 1.343E-07; # beam section torsional factor
set jIPE300 2.012E-07;
set jIPE330 2.815E-07
set jIPE360 3.732E-07;

WSection3D $ColSecTagHEB200 $matID_BC $ColSecTagHEB200 $dc200 $bfc200 $tfc200 $twc200 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jHEB200; #
HEB200
WSection3D $ColSecTagHEB300 $matID_BC $ColSecTagHEB300 $dc300 $bfc300 $tfc300 $twc300 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jHEB300; #
HEB300
WSection3D $BeamSecTagIPE270 $matID_BC $BeamSecTagIPE270 $db270 $bfb270 $tfb270 $twb270 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jIPE270; #
IPE270
WSection3D $BeamSecTagIPE300 $matID_BC $BeamSecTagIPE300 $db300 $bfb300 $tfb300 $twb300 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jIPE300; #
IPE300
WSection3D $BeamSecTagIPE330 $matID_BC $BeamSecTagIPE330 $db330 $bfb330 $tfb330 $twb330 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jIPE330; #
IPE330
WSection3D $BeamSecTagIPE360 $matID_BC $BeamSecTagIPE360 $db360 $bfb360 $tfb360 $twb360 $nfdw $nftw $nfbf $nftf $jIPE360; #
IPE360

puts "All SECTIONS have been DEFINED"

# ##########################################################

154
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# ################# Transformation ################


# ##########################################################
# set up geometric transformations of element
# associate a tag to column
transformation _ We´ve got columns positioned differently in the structure
set ColTransfTagXX 1; # XX is the GLOBAL AXIS parallel to the weak axis
set ColTransfTagZZ 2; # ZZ is the GLOBAL AXIS parallel to the weak axis
set BeamXXTransfTag 3; # associate a tag to Beams at Frames in X
Direction
set BeamZZTransfTag 4; # associate a tag to Beams at Frames in Z
Direction
set LEFTBraceBXXTransfTag 5; # associate a tag to LEFT braces at Frames in X
Direction
set LEFTBraceBZZTransfTag 6; # associate a tag to LEFT braces at Frames in Z
Direction - equal do Right side braces

# #################### Transf options, Linear or PDelta or Corotational


set ColTransfType PDelta ; ## Considers second-order P-Delta Effects.
set BraceTransfType Corotational; ## Corotational can be used in large displacement - small
strain __ BRACES ONLY

geomTransf $ColTransfType $ColTransfTagXX 0 0 1 ; # only columns can have PDelta effects (gravity effects)
geomTransf $ColTransfType $ColTransfTagZZ -1 0 0 ;

geomTransf Linear $BeamXXTransfTag 0 0 1;


geomTransf Linear $BeamZZTransfTag 1 0 0;

# ###### LEFT Braces of the X-Bracing diagonals have the same geometric transformation as the RIGHT Braces ######
geomTransf $BraceTransfType $LEFTBraceBXXTransfTag 0 0 -1; ### Braces in FRAME X Direction
geomTransf $BraceTransfType $LEFTBraceBZZTransfTag 1 0 0; ### Braces in FRAME Z Direction

puts "Transformations have been defined"

# ############################################
# ########## Connectivity ##############
# ############################################

set np 10;

# #####################
# ###### COLUMNS ######
# #####################
# eleID convention: "1ij", 1 = COLUMN, i=floor, j=left or right side

155
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# eleTag iNode jNode np secTag transfTag

element nonlinearBeamColumn 110 9000 25001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # LEFT column Frame 1 ;
Storey 1
element nonlinearBeamColumn 111 12000 30001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # RIGHT column Frame 1
element nonlinearBeamColumn 120 25002 55001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # LEFT column Frame 1 ;
Storey 2
element nonlinearBeamColumn 121 30002 59001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # RIGHT column Frame 1
element nonlinearBeamColumn 130 55002 93001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # LEFT column Frame 1 ;
Storey 3
element nonlinearBeamColumn 131 59002 98001 $np $ColSecTagHEB300 $ColTransfTagZZ; # RIGHT column Frame 1

# ---

# (...)
puts "Columns Defined"

# ###################
# ###### BEAMS ######
# ###################

# eleID convention: "5ij", 5 = BEAM, i=floor, j=left or right

# eleTag iNode jNode np secTag transfTag


element nonlinearBeamColumn 510 27 28 $np $BeamSecTagIPE330 $BeamZZTransfTag; # Beam Frame 1 _ Floor 1
element nonlinearBeamColumn 520 57 261 $np $BeamSecTagIPE330 $BeamZZTransfTag; # Beam Frame 1 _ Floor 2
element nonlinearBeamColumn 530 94 96 $np $BeamSecTagIPE300 $BeamZZTransfTag; # Beam Frame 1 _ Floor 3

# (...)

puts "Beams Defined"

# ####################
# ###### BRACES ######
# ####################

set np 10
set tol 1.e-05
set maxIter 10

# ##################
# ### FRAME 1 ###
# ##################

156
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# ### Storey 1 ###


# ## LEFT Brace ###
set shift_1 1000

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 1}] 10000 [expr {$shift_1 + 1}] $np $BraceSecTag5 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # First Element
for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + $i}] [expr {$shift_1 + $i - 1}] [expr {$shift_1 + $i}] $np $BraceSecTag5
$LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1
}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 10}] [expr {$shift_1 + 9}] 29000 $np $BraceSecTag5 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ## RIGHT Brace ###


set shift_2 1100

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 1}] 11000 [expr {$shift_2 + 1}] $np $BraceSecTag5 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # First Element
for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + $i}] [expr {$shift_2 + $i - 1}] [expr {$shift_2 + $i}] $np $BraceSecTag5
$LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1
}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 10}] [expr {$shift_2 + 9}] 26000 $np $BraceSecTag5 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ------------------------------------------------------

# ### Storey 2 ###


# ## LEFT Brace ###
set shift_1 2000

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 1}] 53000 [expr {$shift_1 + 1}] $np $BraceSecTag4 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # First Element
for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + $i}] [expr {$shift_1 + $i - 1}] [expr {$shift_1 + $i}] $np $BraceSecTag4
$LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1

157
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 10}] [expr {$shift_1 + 9}] 262000 $np $BraceSecTag4 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ## RIGHT Brace ###


set shift_2 2100

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 1}] 54000 [expr {$shift_2 + 1}] $np $BraceSecTag4 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # First Element
for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + $i}] [expr {$shift_2 + $i - 1}] [expr {$shift_2 + $i}] $np $BraceSecTag4
$LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1
}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 10}] [expr {$shift_2 + 9}] 58000 $np $BraceSecTag4 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ------------------------------------------------------

# ### Storey 3 ###


# ## LEFT Brace ###
set shift_1 3000

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 1}] 56000 [expr {$shift_1 + 1}] $np $BraceSecTag6 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # First Element
for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + $i}] [expr {$shift_1 + $i - 1}] [expr {$shift_1 + $i}] $np
$BraceSecTag6 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1
}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_1 + 10}] [expr {$shift_1 + 9}] 97000 $np $BraceSecTag6 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ## RIGHT Brace ###


set shift_2 3100

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 1}] 260000 [expr {$shift_2 + 1}] $np $BraceSecTag6 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter

158
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

$maxIter $tol; # First Element


for { set i 2 } {$i <= 9 } { incr i } {

element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + $i}] [expr {$shift_2 + $i - 1}] [expr {$shift_2 + $i}] $np $BraceSecTag6
$LEFTBraceBZZTransfTag -iter $maxIter $tol; # LEFT BRACE _ Floor 1
}
element nonlinearBeamColumn [expr {$shift_2 + 10}] [expr {$shift_2 + 9}] 95000 $np $BraceSecTag6 $LEFTBraceBZZTransfTag -iter
$maxIter $tol; # Last Element

# ------------------------------------------------------

# (...)

# Offsets' Properties

# ###### Braces
# ### Dir ZZ
# Storey 3
set Arigid_Brace6 [ expr {$A_Brace6 * $mult}];
set Irigid_Brace6 [ expr {1.72e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace6 [ expr {$jbrace6 * $mult}]

# Storey 2
set Arigid_Brace4 [ expr {$A_Brace4 * $mult}];
set Irigid_Brace4 [ expr {5.89e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace4 [ expr {$jbrace4 * $mult}]

# Storey 1
set Arigid_Brace5 [ expr {$A_Brace5 * $mult}];
set Irigid_Brace5 [ expr {7.2e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace5 [ expr {$jbrace5 * $mult}]

# ### Dir XX
# Storey 3
set Arigid_Brace1 [ expr {$A_Brace1 * $mult}];
set Irigid_Brace1 [ expr {3.2e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace1 [ expr {$jbrace1 * $mult}]

# Storey 2
set Arigid_Brace2 [ expr {$A_Brace2 * $mult}];
set Irigid_Brace2 [ expr {3.93e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace2 [ expr {$jbrace2 * $mult}]

# Storey 1

159
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set Arigid_Brace7 [ expr {$A_Brace7 * $mult}];


set Irigid_Brace7 [ expr {8.56e-06 * $mult}]
set Jrigid_Brace7 [ expr {$jbrace7 * $mult}]

# -------

# For Beams and Columns, local Z axis is the axis of major moment of Inertia

# ## Beams
set Arigid_IPE270 [ expr {$A_IPE270 * $mult}];
set IrigidZ_IPE270 [ expr {5.790e-05 * $mult}];
set IrigidY_IPE270 [ expr {4.199e-06 * $mult}]
set Jrigid_IPE270 [ expr {$jIPE270 * $mult}];

set IZ_IPE300 8.36e-05


set IY_IPE300 6.04e-06
set Arigid_IPE300 [ expr {$A_IPE330 * $mult}];
set IrigidZ_IPE300 [ expr {8.36e-05 * $mult}]; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IrigidY_IPE300 [ expr {6.04e-06 * $mult}];
set Jrigid_IPE300 [ expr {$jIPE300 * $mult}];

set IZ_IPE330 1.177e-04 ; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IY_IPE330 7.881e-06 ;
set Arigid_IPE330 [ expr {$A_IPE330 * $mult}];
set IrigidZ_IPE330 [ expr {1.177e-04 * $mult}]; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IrigidY_IPE330 [ expr {7.881e-06 * $mult}];
set Jrigid_IPE330 [ expr {$jIPE330 * $mult}];

set IZ_IPE360 1.627e-04 ; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IY_IPE360 1.04e-05
set Arigid_IPE360 [ expr {$A_IPE360 * $mult}];
set IrigidZ_IPE360 [ expr {1.627e-04 * $mult}]; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IrigidY_IPE360 [ expr {1.04e-05 * $mult}];
set Jrigid_IPE360 [ expr {$jIPE360 * $mult}];

# -------

# ## Columns
set Arigid_HEB300 [ expr {$A_HEB300 * $mult}];
set IrigidZ_HEB300 [ expr {2.517e-04 * $mult}]; # Local Z axis is the axis of major moment of Inertia
set IrigidY_HEB300 [ expr {8.563e-05 * $mult}]
set Jrigid_HEB300 [ expr {$jHEB300 * $mult}];

# --------------------------------------------------------

160
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# --------------------------------------------------------

# ########################### RIGID BRACES #####################################


# #### Frame 1
# Storey 1
# command arguments: $eleTag $iNode $jNode $A $E $G $J $Iy $Iz
$transfTag
element elasticBeamColumn 1 1 10 $Arigid_Brace5 $Es $Gs $Jrigid_Brace5 $Irigid_Brace5
$Irigid_Brace5 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 2 29 30 $Arigid_Brace5 $Es $Gs $Jrigid_Brace5 $Irigid_Brace5
$Irigid_Brace5 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 3 2 11 $Arigid_Brace5 $Es $Gs $Jrigid_Brace5 $Irigid_Brace5
$Irigid_Brace5 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 4 26 25 $Arigid_Brace5 $Es $Gs $Jrigid_Brace5 $Irigid_Brace5
$Irigid_Brace5 $LEFTBraceBZZTransfTag

# Storey 2
element elasticBeamColumn 5 25 53 $Arigid_Brace4 $Es $Gs $Jrigid_Brace4 $Irigid_Brace4
$Irigid_Brace4 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 6 262 59 $Arigid_Brace4 $Es $Gs $Jrigid_Brace4 $Irigid_Brace4
$Irigid_Brace4 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 7 30 54 $Arigid_Brace4 $Es $Gs $Jrigid_Brace4 $Irigid_Brace4
$Irigid_Brace4 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 8 58 55 $Arigid_Brace4 $Es $Gs $Jrigid_Brace4 $Irigid_Brace4
$Irigid_Brace4 $LEFTBraceBZZTransfTag

# Storey 3
element elasticBeamColumn 9 55 56 $Arigid_Brace6 $Es $Gs $Jrigid_Brace6 $Irigid_Brace6
$Irigid_Brace6 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 10 97 98 $Arigid_Brace6 $Es $Gs $Jrigid_Brace6 $Irigid_Brace6
$Irigid_Brace6 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 11 59 260 $Arigid_Brace6 $Es $Gs $Jrigid_Brace6 $Irigid_Brace6
$Irigid_Brace6 $LEFTBraceBZZTransfTag
element elasticBeamColumn 12 95 93 $Arigid_Brace6 $Es $Gs $Jrigid_Brace6 $Irigid_Brace6
$Irigid_Brace6 $LEFTBraceBZZTransfTag

# --------

# (...)

# ########################### RIGID BEAMS #####################################

161
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# #### Frame 1
# Storey 1
# command arguments: $eleTag $iNode $jNode $A $E $G $J $Iy $Iz
$transfTag
element elasticBeamColumn 800 25 27000 $Arigid_IPE330 $Es $Gs $Jrigid_IPE330 $IrigidY_IPE330
$IrigidZ_IPE330 $BeamZZTransfTag
element elasticBeamColumn 801 28000 30 $Arigid_IPE330 $Es $Gs $Jrigid_IPE330 $IrigidY_IPE330
$IrigidZ_IPE330 $BeamZZTransfTag

# Storey 2
element elasticBeamColumn 802 55 57000 $Arigid_IPE330 $Es $Gs $Jrigid_IPE330 $IrigidY_IPE330
$IrigidZ_IPE330 $BeamZZTransfTag
element elasticBeamColumn 803 261000 59 $Arigid_IPE330 $Es $Gs $Jrigid_IPE330 $IrigidY_IPE330
$IrigidZ_IPE330 $BeamZZTransfTag

# Storey 3
element elasticBeamColumn 804 93 94000 $Arigid_IPE300 $Es $Gs $Jrigid_IPE300 $IrigidY_IPE300
$IrigidZ_IPE300 $BeamZZTransfTag
element elasticBeamColumn 805 96000 98 $Arigid_IPE300 $Es $Gs $Jrigid_IPE300 $IrigidY_IPE300
$IrigidZ_IPE300 $BeamZZTransfTag

# --------
# (...)

# ########################### RIGID COLUMNS #####################################

# Frame 1
# comand arguments: $eleTag $iNode $jNode $A $E $G $J $Iy
$Iz $transfTag
element elasticBeamColumn 864 1 9 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 865 2 12 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

element elasticBeamColumn 824 25001 25 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300


$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 825 30001 30 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

element elasticBeamColumn 826 25 25002 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300


$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 827 30 30002 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

162
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

element elasticBeamColumn 828 55001 55 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300


$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 829 59001 59 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

element elasticBeamColumn 830 55 55002 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300


$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 831 59 59002 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

element elasticBeamColumn 832 93001 93 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300


$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ
element elasticBeamColumn 833 98001 98 $Arigid_HEB300 $Es $Gs $Jrigid_HEB300 $IrigidY_HEB300
$IrigidZ_HEB300 $ColTransfTagZZ

# (...)

# #######################################################################################################
# ######################################## Slab mass #########################################
# #######################################################################################################

# ### SLAB Mass ---> At THE MASTER ode (From Rigid Diaphragm) _ CM of the Structure!

# @ Floor Level 3
set mX3 222.3
set mZ3 222.3
set mIy3 14300.3

# @ Floor Level 1 & 2


set mX12 335.7
set mZ12 297.7
set mIy12 25433.1

# ### @ All Slave Nodes (From Rigid Diaphragm) @ Each Storey


# ### Storey 3
set mF12XS3 [ expr { ( $W_Brace6*$Leff23_FrameZ/2 + $W_HEB300*($H_Piso23/2) + $W_IPE300*$Z_4m/2)/$g } ]
set mF34S3 [ expr { ( $W_Brace1*$Leff23_FrameX/2 + $W_HEB300*($H_Piso23/2) + $W_IPE330*$X_6m/2)/$g } ]
puts "Each Nodal Mass @Storey3 @Frame12X is $mF12XS3 ton"
puts "Each Nodal Mass @Storey3 @Frame34 is $mF34S3 ton\n"

# ### Storey 2

163
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set mF12XS2 [ expr { ($W_Brace4*$Leff23_FrameZ/2 + $W_Brace6*$Leff23_FrameZ/2 + $W_HEB300*($H_Piso23/2 + $H_Piso23/2) +


$W_IPE330*$Z_4m/2)/$g } ]
set mF34S2 [ expr { ($W_Brace2*$Leff23_FrameX/2 + $W_Brace1*$Leff23_FrameX/2 + $W_HEB300*($H_Piso23/2 + $H_Piso23/2) +
$W_IPE360*$X_6m/2)/$g } ]
puts "Each Nodal Mass @Storey2 @Frame12X is $mF12XS2 ton"
puts "Each Nodal Mass @Storey2 @Frame34 is $mF34S2 ton\n"

# ### Storey 1
set mF12XS1 [ expr { ($W_Brace5*$Leff1_FrameZ/2 + $W_Brace4*$Leff23_FrameZ/2 + $W_HEB300*($H_Piso1/2 + $H_Piso23/2) +
$W_IPE330*$Z_4m/2)/$g } ]
set mF34S1 [ expr { ($W_Brace7*$Leff1_FrameX/2 + $W_Brace2*$Leff23_FrameX/2 + $W_HEB300*($H_Piso1/2 + $H_Piso23/2) +
$W_IPE360*$X_6m/2)/$g } ]
puts "Each Nodal Mass @Storey1 @Frame12X is $mF12XS1 ton"
puts "Each Nodal Mass @Storey1 @Frame34 is $mF34S1 ton\n"

#masses node tx ty tz mIx mIy mIz


mass 300000 $mX3 0 $mZ3 0 $mIy3 0
mass 200000 $mX12 0 $mZ12 0 $mIy12 0
mass 100000 $mX12 0 $mZ12 0 $mIy12 0

# Frame 1
mass 93 $mF12XS3 0 $mF12XS3 0 0 0
mass 98 $mF12XS3 0 $mF12XS3 0 0 0
mass 55 $mF12XS2 0 $mF12XS2 0 0 0
mass 59 $mF12XS2 0 $mF12XS2 0 0 0
mass 25 $mF12XS1 0 $mF12XS1 0 0 0
mass 30 $mF12XS1 0 $mF12XS1 0 0 0

# -------

# (...)

# -------

# Frame 5
mass 120 $mF34S3 0 $mF34S3 0 0 0
mass 113 $mF34S3 0 $mF34S3 0 0 0
mass 92 $mF34S2 0 $mF34S2 0 0 0
mass 83 $mF34S2 0 $mF34S2 0 0 0
mass 52 $mF34S1 0 $mF34S1 0 0 0
mass 45 $mF34S1 0 $mF34S1 0 0 0

puts "Mass Has been applied\n"

164
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# #######################################################################################################
# ############################### Gravity Loads & Gravity Analysis #########################
# #######################################################################################################

puts "Load Definition Started"

# #### Frame 1 & 2 -> Point Loads @ Columns


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_int12 -43.23
set Q_Floor12_int12 -22.0
set ED_Floor12_int12 [expr {$G_Floor12_int12*1.0+$Q_Floor12_int12*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_int12 -43.23
set Q_Floor3_int12 -11.0
set ED_Floor3_int12 [expr {$G_Floor3_int12*1.0+$Q_Floor3_int12*0.3} ]

# #### Frame 3 -> Point Loads @ Columns


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_intExtra -86.46
set Q_Floor12_intExtra -44.0
set ED_Floor12_intExtra [expr {$G_Floor12_intExtra*1.0+$Q_Floor12_intExtra*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_intExtra -86.46
set Q_Floor3_intExtra -22.0
set ED_Floor3_intExtra [expr {$G_Floor3_intExtra*1.0+$Q_Floor3_intExtra*0.3} ]

# #### Frame 4 & 5 -> Point Loads @ Columns


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_int34 -27.51
set Q_Floor12_int34 -14.0
set ED_Floor12_int34 [expr { $G_Floor12_int34*1.0+$Q_Floor12_int34*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_int34 -27.51
set Q_Floor3_int34 -7.0
set ED_Floor3_int34 [expr { $G_Floor3_int34*1.0+$Q_Floor3_int34*0.3} ]

# ------------------------------

# #### Frames 4 & 5 -> Point Loads ALONG Beam Span


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_span34 -27.51

165
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set Q_Floor12_span34 -14.0


set ED_Floor12_span34 [expr {$G_Floor12_span34*1.0+$Q_Floor12_span34*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_span34 -27.51
set Q_Floor3_span34 -7.0
set ED_Floor3_span34 [expr {$G_Floor3_span34*1.0+$Q_Floor3_span34*0.3} ]

# -----------------------------------

# #### Frame 1 & 2 -> Distributed Loads Along the BEAMS


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_dist12 -17.23
set Q_Floor12_dist12 -2.0
set ED_Floor12_dist12 [expr {$G_Floor12_dist12*1.0 + $Q_Floor12_dist12*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_dist12 -3.93
set Q_Floor3_dist12 -1.0
set ED_Floor3_dist12 [expr {$G_Floor3_dist12*1.0 + $Q_Floor3_dist12*0.3 } ]

# #### Frame 3 -> Distributed Loads along the BEAMS


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_distExtra -7.86
set Q_Floor12_distExtra -4.0
set ED_Floor12_distExtra [expr {$G_Floor12_distExtra*1.0 + $Q_Floor12_distExtra*0.3} ]
# Storey 3
set G_Floor3_distExtra -7.86
set Q_Floor3_distExtra -2.0
set ED_Floor3_distExtra [expr {$G_Floor3_distExtra*1.0 + $Q_Floor3_distExtra*0.3 } ]

# #### Frame 4 & 5 -> Distributed Loads along the BEAMS


# Storey 1 & 2
set G_Floor12_wall34 -13.3

# Storey 3 __ There ain't no Distributed Loads @ Storey 3 !!!


#set G_Floor3_dist34 -3.93
#set Q_Floor3_dist34 -1.0
#set ED_Floor3_dist34 [expr {$G_Floor3_dist34*1.0 + $Q_Floor3_dist34*0.3 }]

set PL_Gravity 1

166
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set F 1000.; #F=1000kN a ser aplicada no CM!!!

pattern Plain $PL_Gravity Linear { ;

# ###################################
# #### Point Loads @ Slave Nodes ####
# ###################################

# FRAME 1
load 93 0 $ED_Floor3_int12 0 0 0 0;
load 98 0 $ED_Floor3_int12 0 0 0 0;
load 55 0 $ED_Floor12_int12 0 0 0 0;
load 59 0 $ED_Floor12_int12 0 0 0 0;
load 25 0 $ED_Floor12_int12 0 0 0 0;
load 30 0 $ED_Floor12_int12 0 0 0 0;

# (...)

# Frame 5
load 120 0 $ED_Floor3_int34 0 0 0 0;
load 113 0 $ED_Floor3_int34 0 0 0 0;
load 92 0 $ED_Floor12_int34 0 0 0 0;
load 83 0 $ED_Floor12_int34 0 0 0 0;
load 52 0 $ED_Floor12_int34 0 0 0 0;
load 45 0 $ED_Floor12_int34 0 0 0 0;

# load 300000 $F 0 $F 0 0 0;

# ###############
# #### BEAMS ####
# ###############

# #### Frame 4 & 4 ####


# Point Loads
eleLoad -range 532 533 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor3_span34}] 0.0 [ expr {1./3.} ];
eleLoad -range 532 533 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor3_span34}] 0.0 [ expr {2./3.} ];
eleLoad -range 522 523 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor12_span34}] 0.0 [ expr {1./3.} ];
eleLoad -range 522 523 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor12_span34}] 0.0 [ expr {2./3.} ];
eleLoad -range 512 513 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor12_span34}] 0.0 [ expr {1./3.} ];
eleLoad -range 512 513 -type -beamPoint [ expr {$ED_Floor12_span34}] 0.0 [ expr {2./3.} ];

167
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# Walls Load
eleLoad -ele 522 -type -beamUniform [ expr {$G_Floor12_wall34}] 0.0;
eleLoad -ele 523 -type -beamUniform [ expr {$G_Floor12_wall34}] 0.0;
eleLoad -ele 512 -type -beamUniform [ expr {$G_Floor12_wall34}] 0.0;
eleLoad -ele 513 -type -beamUniform [ expr {$G_Floor12_wall34}] 0.0;

# #### FRAME 1 & 2 & Extra #####


eleLoad -ele 530 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor3_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 531 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor3_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 534 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor3_distExtra}] 0.0;
eleLoad -ele 520 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 521 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 524 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_distExtra}] 0.0;
eleLoad -ele 510 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 511 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_dist12}] 0.0;
eleLoad -ele 514 -type -beamUniform [ expr {-$ED_Floor12_distExtra}] 0.0;

# #########################
# ###### Self Weight ######
# #########################

# ### BEAMS _ kN/m


# Frame 1 & 2
for {set ielement 530} {$ielement<=531} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr $W_IPE300] 0.0 }
for {set ielement 520} {$ielement<=521} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr $W_IPE330] 0.0 }
for {set ielement 510} {$ielement<=511} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr $W_IPE330] 0.0 }

# Frame 3
eleLoad -ele 534 -type -beamUniform [expr $W_IPE270] 0.0
eleLoad -ele 524 -type -beamUniform [expr $W_IPE300] 0.0
eleLoad -ele 514 -type -beamUniform [expr $W_IPE300] 0.0

# ---

# Frame 4 & 4
for {set ielement 532} {$ielement<=533} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr -$W_IPE330] 0.0 }
for {set ielement 522} {$ielement<=523} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr -$W_IPE360] 0.0 }
for {set ielement 512} {$ielement<=513} {incr ielement 1} {

168
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform [expr -$W_IPE360] 0.0 }

# -------------

# #### COLUMNS _ kN/m


for {set ielement 130} {$ielement<=137} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -$W_HEB300] }
for {set ielement 120} {$ielement<=127} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -$W_HEB300] }
for {set ielement 110} {$ielement<=117} {incr ielement 1} {
eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -$W_HEB300] }

# -------

# #### BRACES _ kN/m


# FRAME 1
for {set ielement 3001} {$ielement<=3010} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace6] };
for {set ielement 3101} {$ielement<=3110} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace6] }
for {set ielement 2001} {$ielement<=2010} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace4] };
for {set ielement 2101} {$ielement<=2110} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace4] }
for {set ielement 1001} {$ielement<=1010} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace5] };
for {set ielement 1101} {$ielement<=1110} {incr ielement 1} {eleLoad -ele $ielement -type -beamUniform 0.0 0.0 [expr -
$W_Brace5] }

puts "Load Definition Success ! \n"

# -------------------------------------------------------------------------------------------

# #######################################################################################################
# ################################## Eigenvalue Analysis #################################
# #######################################################################################################

set pi [expr 2.0*asin(1.0)]

169
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set nModes 3;
set lambdaN [eigen -fullGenLapack 3]
set lambdaI [lindex $lambdaN [expr 0]]
set lambdaJ [lindex $lambdaN [expr $nModes - 2]]
set lambdaK [lindex $lambdaN [expr $nModes - 1]]
set sqroot1 [expr { pow( $lambdaI,0.5) }]
set sqroot2 [expr { pow( $lambdaJ,0.5) }]
set sqroot3 [expr { pow( $lambdaK,0.5) }]
set T1 [expr {2.0*$pi/$sqroot1} ];
set T2 [expr {2.0*$pi/$sqroot2} ];
set T3 [expr {2.0*$pi/$sqroot3} ];
puts "T1 = $T1 s\n"
puts "T2 = $T2 s\n"
puts "T3 = $T3 s\n"

set period "FINAL__modes_Periods_IRREG_3St.txt"


set Periods [ open $period "w" ]
puts $Periods "T1 is $T1 sec\n"
puts $Periods "T2 is $T2 sec\n"
puts $Periods "T3 is $T3 sec\n"
close $Periods

# #######################################################################################
# ############################### MODEL DISPLAY #########################
# #######################################################################################

recorder display "Str8 Model 3D View" 10 10 500 500 -wipe


prp 0 0 50; #prp [expr {2*$X_6m + $X_6m/2}] [expr {$H_Piso1}] [expr {$Z_7m + $Z_4m/2}]
vup 0 1 0
vpn 2 -1 1
viewWindow -13 13 -13 13
display 1 2 3 ;# display 1 2 10
puts "Model is displayed\n"

# Display Graphical 1st Mode Shape


recorder display "Mode Shape 1 " 510 10 500 500 -wipe
prp 0 0 50
vup 0 1 0
vpn 2 -1 1
viewWindow -13 13 -13 13
display -1 2 3
puts "1st mode Shape is displayed\n"

170
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# Display Graphical 2nd Mode Shape


recorder display "Mode Shape 2" 1010 10 500 500 -wipe
prp 0 0 50
vup 0 1 0
vpn 2 -1 1
viewWindow -13 13 -13 13
display -2 2 3
puts "2nd mode Shape is displayed\n"

# ----------------------------------------------------

set Tol 1.0e-05;

# STATIC analysis commands


constraints Penalty 1.0e15 1.0e15
numberer RCM; # renumber dof´s as to minimize band-width
system BandGeneral;
test NormDispIncr $Tol 10;
algorithm Newton;
set NstepGravity 10;
set DGravity [expr {1.0/$NstepGravity}];
integrator LoadControl $DGravity;
analysis Static; # Static or Transient analysis
analyze $NstepGravity;

loadConst -time 0.0

puts "Model Built\n"

# ---------------------------------------------------------------------------------------------------

# ####### HERE we decide whether it's a PushOver[PO] or TimeHistory[TH] analysis #######

#set analysisType "pushover"


set analysisType "dynamic"

# ---------------------------------

# ###########################################################################
# ############ Pushover Analysis ###############
# ###########################################################################

171
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

if {$analysisType == "pushover"} {

puts "Running Pushover...\n"

# assign lateral loads and create load pattern: use ASCE 7-10 distribution

set PL_LateralForces 2

# Distribution is the same in both directions. ### First we're testing ZZ direction

set LoadPattern ModalZZ ; # Here WE CHOOSE THE TYPE OF LOAD PATTERN !!!

if {$LoadPattern == "UniformXX"} {

pattern Plain $PL_LateralForces Linear {


# MODAL LOAD ZZ # UNIFORM LOAD ZZ # MODAL LOAD XX
# UNIFORM LOAD XX
load 300000 0.25 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.41 # 0.27 # 0.38
# 0.25
load 200000 0.38 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.38 # 0.36 # 0.40
# 0.38
load 100000 0.38 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.21 # 0.36 # 0.22
# 0.38

set DataDir1 IRREG_3Storey_PO_UniformXX ;


}
}

if {$LoadPattern == "ModalXX"} {

pattern Plain $PL_LateralForces Linear {


# MODAL LOAD ZZ # UNIFORM LOAD ZZ # MODAL LOAD XX
# UNIFORM LOAD XX
load 300000 0.38 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.41 # 0.27 # 0.38
# 0.25
load 200000 0.40 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.38 # 0.36 # 0.40
# 0.38
load 100000 0.22 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 ; # 0.21 # 0.36 # 0.22
# 0.38

172
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set DataDir1 IRREG_3Storey_PO_ModalXX ;


}
}

if {$LoadPattern == "UniformZZ"} {

pattern Plain $PL_LateralForces Linear {


# MODAL LOAD ZZ # UNIFORM LOAD ZZ # MODAL LOAD XX
# UNIFORM LOAD XX
load 300000 0.0 0.0 0.27 0.0 0.0 0.0 ; # 0.41 # 0.27 # 0.38
# 0.25
load 200000 0.0 0.0 0.36 0.0 0.0 0.0 ; # 0.38 # 0.36 # 0.40
# 0.38
load 100000 0.0 0.0 0.36 0.0 0.0 0.0 ; # 0.21 # 0.36 # 0.22
# 0.38

set DataDir1 IRREG_3Storey_PO_UniformZZ ;


}
}

if {$LoadPattern == "ModalZZ"} {

pattern Plain $PL_LateralForces Linear {


# MODAL LOAD ZZ # UNIFORM LOAD ZZ # MODAL LOAD XX
# UNIFORM LOAD XX
load 300000 0.0 0.0 0.41 0.0 0.0 0.0 ; # 0.41 # 0.27 # 0.38
# 0.25
load 200000 0.0 0.0 0.38 0.0 0.0 0.0 ; # 0.38 # 0.36 # 0.40
# 0.38
load 100000 0.0 0.0 0.21 0.0 0.0 0.0 ; # 0.21 # 0.36 # 0.22
# 0.38

set DataDir1 IRREG_3Storey_PO_ModalZZ ;


}
}

# displacement parameters
set IDctrlNode 300000; # node where disp is read for disp control

173
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set IDctrlDOF 3; # degree of freedom read for disp control ( 1 = x displacement


; 3 = z displacement )
set Drift 0.05; # 5% of structure's Total Height is EC8 limit ...
(Where's that written @ EC8 ?)
set Dmax1 [ expr { $Drift * ($H_Piso1 + 2*$H_Piso23) }]
# set Dmax2 0.5; # maximum displacement of pushover ;
About 0.6m is a reasonable
puts "Displacement at the top is $Dmax1 m \n"
# puts "Displacement at the top is $Dmax2 m\n"
set NstepPushover 1000
set DPushover [expr {$Dmax1/$NstepPushover} ]; # displacement increment
# set DPushover [ expr {$Dmax2/$NstepPushover} ]
puts "Dincr is $DPushover m\n";

# ###### Pushover analysis commands ##########


constraints Penalty 1.0e15 1.0e15
numberer RCM;
system ProfileSPD;
test NormDispIncr 1.0e-05 50 ;
algorithm Newton;
integrator DisplacementControl $IDctrlNode $IDctrlDOF $DPushover ;
analysis Static;
analyze $NstepPushover

puts "$LoadPattern just run\n"


puts "Top Displacement = [nodeDisp 300000 3] m \n"
puts "Target Displacement(0.05H) = $Dmax1\n"

puts "Pushover complete\n"; # display this message in the command window

# ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

# ###########################################################################
# ############## Time-History Analysis ###############
# ###########################################################################

if {$analysisType == "dynamic"} {

174
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

puts "Running Transient Analysis...\n"

# Define Damping -------------------- Damping assign only to elements ???

set pi [expr {2.0*asin(1.0)} ];


set xDamp 0.025; # damping ratio (0.02-0.05-typical) _ Specified for the First Mode only in this paper

set alphaM 0.0; # stiffness-prop. RAYLEIGH damping parameter; D = alphaM*M ;


M - Mass Matrix
set betaK [ expr {2.0*$xDamp*$T1/(2.*$pi)} ] ; # stiffness proportional damping; +beatK*KCurrent ; sqroot1 is w1, the
natural (1st Mode) frequency of the structure
set betaKinit [ expr {2.0*$xDamp*$T1/(2.*$pi)} ]; # initial-stiffness proportional
damping; +beatKinit*Kini ; Kinit - stiffness matrix at initial state
set betaKcomm [ expr {2.0*$xDamp*$T1/(2.*$pi)} ]; # mass-prop. RAYLEIGH damping
parameter; +betaKcomm*KlastCommitt ; KlastCommitt - stiffness matrix at last-committed state

# On this paper Damping Matrix is only proportional to Stiffness Matrix !!!

#assign Stiffness proportional damping to columns, beams, braces and gusset plate of a braced frame

# ###### Columns ######


region 1 -eleRange 110 119 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;
region 2 -eleRange 120 129 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;
region 3 -eleRange 130 139 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;

# ###### Beams ######


region 4 -eleRange 510 514 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;
region 5 -eleRange 520 524 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;
region 6 -eleRange 530 534 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm;

# ####### Braces ######

# #### Frame 1

# Storey 1
region 10 -eleRange 1001 1010 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #LEFT
region 11 -eleRange 1101 1110 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #RIGHT

# Storey 2
region 12 -eleRange 2001 2010 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #LEFT
region 13 -eleRange 2101 2110 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #RIGHT

175
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

# Storey 3
region 14 -eleRange 3001 3010 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #LEFT
region 15 -eleRange 3101 3110 -rayleigh $alphaM $betaK $betaKinit $betaKcomm; #RIGHT

# (...)

# EQ15 Parameters
set NumSteps 5001;
set dt 0.005;
set Scalefact 6.00;

set GMtime [ expr { $dt * $NumSteps} ]; # total time of ground motion

# TimeSeries
timeSeries Path 150 -dt $dt -filePath EQ15_TCU068_E.txt -factor [ expr { $Scalefact * $g}];
timeSeries Path 151 -dt $dt -filePath EQ15_TCU068_N.txt -factor [ expr { $Scalefact * $g}];

# Define load pattern


# --------------------
# Pattern_ID Direction of Excitation
pattern UniformExcitation 2 1 -accel 150; # Dir. XX
pattern UniformExcitation 3 3 -accel 151; # Dir. ZZ

# ##### Dynamic commands #####


set dt_analysis [ expr { $dt }]
set NumSteps_analysis [ expr { round($GMtime/$dt_analysis) }];

set Tol 1.0e-05

constraints Penalty 1.0e15 1.0e15;


numberer RCM
system BandGeneral
test NormDispIncr $Tol 50
algorithm Newton
integrator Newmark 0.5 0.25
analysis Transient;

176
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

set ok 0
set currentTime [getTime]

while {$ok == 0 && $currentTime < $GMtime} {

set ok [analyze 1 $dt_analysis]

set dt_analysis_2 [expr {$dt/5} ];


set Tol_2 [expr $Tol*10];

if {$ok != 0} {
puts " ---> trying with a smaller time-step\n";
algorithm Newton;
test NormDispIncr $Tol 100 0;
set ok [analyze 20 $dt_analysis_2];
}

if {$ok != 0} {
puts " ---> trying with a larger tolerance\n";
algorithm Newton;
test NormDispIncr $Tol_2 100 0;
set ok [analyze 1 $dt_analysis_2]
}

if {$ok != 0} {
puts " ---> Newton failed... Let's try Newton -initial\n"
algorithm Newton -initial
test NormDispIncr $Tol_2 100 0
set ok [analyze 1 $dt_analysis_2]
}

if {$ok != 0} {
puts " ---> Newton failed... Let's try NewtonLineSearch \n"
algorithm NewtonLineSearch
test NormDispIncr $Tol_2 100 0
set ok [analyze 1 $dt_analysis_2]
}
if {$ok != 0} {
puts " ---> Newton failed... Let's try Newton -initialThenCurrent \n"
algorithm Newton -initialThenCurrent
test NormDispIncr $Tol_2 100 0
set ok [analyze 1 $dt_analysis_2]

177
Anexo B Ficheiro OpenSees para a IRREG

}
if {$ok != 0} {
puts "Newton failed... Let's try ModifiedNewton \n"
algorithm ModifiedNewton
test NormDispIncr $Tol_2 200 0
set ok [analyze 1 $dt_analysis_2]
}

set currentTime [getTime]


puts " $ID_EQ --> Current Time is $currentTime\n"
}

# Print a message to indicate if analysis successful or not


if {$ok == 0} {
puts "Transient analysis completed SUCCESSFULLY. $ID_EQ Ended @ Time: [getTime] s. GMtime: $GMtime s ";
} else {
puts "Transient analysis completed FAILED. $ID_EQ Ended @ Time: [getTime] s. GMtime: $GMtime s ";
}

178

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