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UNIVERSIDADE PAULISTA

SERVIÇO SOCIAL

DAYANE DE FREITAS VERA – RA: 1872867

O TRABALHO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO SOB A


PERSPECTIVA DA INTERDISCIPLINARIDADE

Professora Orientadora:  Luciana Helena Mariano Lopes

SWIFT - CAMPINAS
2021
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
NOME DO PROJETO (TÍTULO):
O trabalho de assistentes sociais na educação sob a perspectiva da
interdisciplinaridade
PROBLEMA:
Como o trabalho de assistentes sociais nas redes públicas de ensino, poderá ser
aperfeiçoado?
HIPÓTESE(S):
Haverá grandes melhorias na prestação de serviços dos assistentes sociais nas
redes públicas de educação básica, com a prática interdisciplinar.
A Desigualdade social está diretamente ligada às barreiras dos alunos no acesso à
educação.
INTRODUÇÃO
REVISÃO DA LITERATURA
A Lei 13.935/2019, de 11 de dezembro de 2019, que “Dispõe sobre a prestação de
serviços de psicologia e de serviço social nas redes na educação básica”. (BRASIL,
2019) é fruto de intensas lutas, mobilizações e articulação política de diversas
entidades de representação dessas duas categorias, já que foram necessárias
quase duas décadas de tramitação no Congresso Nacional para a sua aprovação.
É evidente que, quanto maior o tempo em que uma lei se encontra vigente, maiores
são as oportunidades de vislumbre e avaliações acerca do seu impacto de uma
forma abrangente, buscando caminhos e margens de discussões que visam
contribuir para a construção da sua efetivação de maneira mais aprimorada, é o que
se tem feito para a regularização dessa lei, além de contribuir com o reconhecimento
desses profissionais na educação.
Com isso posto, surge a necessidade de se pensar e buscar, no ponto de vista ético-
político e teórico-metodológico, a origem de fatores reais, propondo o levantamento
de ramificações, que poderiam contribuir para as falhas no sistema educacional,
mesmo que independentemente das suas existências, a exigência de novas leis é
de fundamental importância para a evolução de políticas sociais no Estado, o que
leva à investigação de um ramo central que pode ser interligado com essa realidade;
a desigualdade social.
Trazendo essa reflexão para o momento atual, com o enfrentamento de um período
turbulento e de extrema fragilidade com a pandemia, denominada COVID-19, não
seria surpresa, a constatação de uma grande discrepância no aprendizado do aluno
em condições socioeconômicas inferiores, ao se fazer uma comparação. Segundo a
Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação (International Commission on
the Futures of Education):
Mesmo quando as escolas reabrirem, a emergente recessão econômica
ameaça exacerbar as desigualdades e pode reverter o progresso obtido na
expansão do acesso educacional e na melhoria da qualidade da
aprendizagem em todo o mundo. (UNESCO, 2020)

Sendo assim, haveria de se notar a desvantagem enfrentada, principalmente por


aqueles que não possuem meios, como o acesso à tecnologia adequada para a
realização de seus estudos, além das imperfeições no atendimento para a garantia
de mínimos sociais, para aqueles de famílias que se encontram prostradas pelo
desemprego ou desempenham trabalhos informais e, devido ao isolamento social,
estarão se concentrando na garantia de suas necessidades básicas, e tendo que
lidar com dificuldades, como o processo de esgotamento e segurança sanitária nas
comunidades que não estão sendo atendidas, o que, por consequência, colocaria
não só educação mas também a saúde, em segundo plano.
As vulnerabilidades sociais sempre existiram, mas foram escancaradas diante dessa
problemática tornando as expressões da questão social ainda mais complexas, o
que não deixa de fora a desigualdade nos processos de aprendizagem. Portanto,
falar de educação, significa levar em consideração o asseguramento de outras
políticas sociais, que juntas formam um elo, incapaz de se separar, pois pertence a
uma teia de ações que tem como critério, o bem-estar social.
É importante salientar que nada do que é discutido, deve desconsiderar o período
importante de enfrentamento dessa doença de abrangência geográfica, colocando
como prioridade, a saúde de todos, e consequentemente, a imprevisibilidade do
retorno às aulas presenciais, que faz parte de uma série de medidas preventivas.
Ainda assim, foram levantadas essas reflexões como subsídios, já que é um estudo
que visa contribuir para o processo de implementação da lei, aqui discutida e o
alcance de metas educacionais.
Foi com essas considerações, que surgiu a problematização para a pesquisa, e é
através dela que será tomado como ponto de partida a investigação, visando a
contribuição na luta pela consciência do real significado da profissão, e a certeza
daquilo que lhe é atribuído nesse espaço de atuação. Segundo Amaro (2017, p. 19):
O Serviço Social conquistou – e segue ampliando – sua inserção em
espaços educacionais públicos e privados de todos os níveis de ensino,
mas precisa fortalecer sua qualidade e competência profissional para saber-
identificar e poder-responder às especificidades de seu trabalho nesse
lócus; condição fundamental à sua ressonância, legitimação e expressão
profissional no âmbito educacional.

Seguindo essa linha, a presente pesquisa procura algumas alternativas de muitas


outras, que irá favorecer a práxis do assistente social colocando-a em observação
com a equipe multidisciplinar e analisando a inserção desse trabalho dentro da
comunidade escolar.
Sobre o termo ‘Interdisciplinaridade’, é possível encontrar discordância na sua
colocação em determinadas situações e até uma certa instabilidade em relação ao
sentido da palavra (POMBO, 2004). Portanto, a ideia aqui, não seria a de entrar em
conflitos relacionados a sua condição epistemológica, mas trazê-la para o contexto
do Serviço Social, vislumbrando sua interação com outros saberes e objetivando a
articulação de alternativas que contribuirão para o desenvolvimento do aluno, como
um protagonista de sua própria história e o acompanhamento desse, no contexto
escolar, considerando sua adaptação na instituição de ensino e em sequência, a
averiguação de razões da sua conduta nesse ambiente, sempre respeitando a
complexidade individual e interligando com a vivência do lado externo, não deixando
de lado o âmbito familiar. Sobre a interdisciplinaridade, Trindade (2008, p. 65-73)
afirma que:
Mais importante do que defini-la, porque o próprio ato de definir estabelece
barreiras, é refletir sobre as atitudes que se constituem como
interdisciplinares: atitude de humildade diante dos limites do saber próprio e
do próprio saber, sem deixar que ela se torne um limite; a atitude de espera
diante do já estabelecido para que a dúvida apareça e o novo germine; a
atitude de deslumbramento ante a possibilidade de superar outros desafios;
a atitude de respeito ao olhar o velho como novo, ao olhar o outro e
reconhecê-lo, reconhecendo-se; a atitude de cooperação que conduz às
parcerias, às trocas, aos encontros, mais das pessoas que das disciplinas,
que propiciam as transformações, razão de ser da interdisciplinaridade.

Isso significa que o profissional deve interagir e propor um diálogo com outras áreas
de conhecimentos, pois, ao se trabalhar com uma determinada demanda deve-se
entender que existem diferentes camadas a serem exploradas que requerem um
diálogo com outros especialistas. Tomando atenção para o cuidado da fragmentação
de suas ações ao intervir em um caso, pensando no sujeito em sua totalidade social,
ou seja, pensar e encontrar respostas, além do seu cotidiano. “Respostas
solidamente elaboradas no campo teórico e das estratégias técnico-políticas,
capazes de reconhecer e atender àquelas demandas para transcendê-las,
reencontrando e recriando o Serviço Social no tempo histórico. “(IAMAMOTO, 2013,
p. 226).
Não significa que o assistente social, deve colocar de lado aquilo que lhe é atribuído
como profissional, pois são estratégicas que possuem o intuito de proporcionar
melhorias e desenvolver uma visão ampliada da realidade.
Cabe aqui, sinalizar que ao associar a palavra ‘‘interdisciplinaridade’’ com ‘‘escola’’,
o que pode vir à mente, seria uma organização curricular e não é uma colocação
inadequada, dada a sua amplitude. É totalmente correta essa utilização, e ela ocorre
com a prática pedagógica que pode estar interligada com a perspectiva da profissão
de assistente social, destinada às estratégias de intervenção (PAVIANI, 2008), que
seriam articuladas, propondo-se o sentido de somar e contribuir junto ao corpo
docente, que trabalham, acreditando na educação como um direito a ser
universalizado e com o intuito de transformação da realidade já que, deve-se pensar
a educação como um meio para a emancipação do cidadão, que convive em
sociedade.
JUSTIFICATIVA:
É notório os desafios que uma parte excessiva de alunos tendem a enfrentar para a
conclusão do ensino básico, visto que, pode ser deparado com alguns fatores de
desestímulos, e não ter um incentivo adequado para impulsioná-los até a conclusão
do ensino fundamental e ensino médio.
Portanto, esse trabalho visa analisar as causas desse problema de forma ampla,
considerando o contexto sócio-histórico da educação no Brasil, e ter uma
aproximação sobre o conceito de interdicisplinaridade com a intervenção do
assistente social, percorrida dentro do estabelecimento de ensino, tendo em mente o
trabalho multiprofissional junto ao corpo docente, visando a garantia de permanência
estudantil de jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade.
OBJETIVO PRIMÁRIO/GERAL:
Analisar o trabalho de assistentes sociais na educação sob a perspectiva da
interdisciplinaridade 
OBJETIVOS SECUNDÁRIO/ESPECÍFICOS:
 Realizar uma contextualização sócio-histórica sobre a educação no Brasil;
 Explorar a questão da interdisciplinaridade;
 Trazer aproximações acerca do assistente social na educação sob a ótica da
atuação interdisciplinar.

METODOLOGIA PROPOSTA:
A metodologia será de natureza exploratória, e como se sabe, há um gama de
conteúdos expostos em diversas fontes sobre esse tema, cujo delineamento a ser
adotado, a de se tratar de uma pesquisa bibliográfica, tendo a vantagem de
investigar de forma mais ampla do que uma pesquisa direta, já que, precisará ser
feito uma investigação histórica do desenvolvimento da educação no Brasil, com o
cuidado para os possíveis equívocos, como utilizar uma fonte que pode possuir
fundamentos incoerentes. Portanto irá se constituir em uma abordagem qualitativa,
já que buscará analisar o objeto de pesquisa, com o levantamento de artigos
científicos, livros para a exploração do tema proposto.
Os sites visitados até o momento do projeto e que serão utilizados posteriormente,
são: Biblioteca Virtual disponibilizada pela UNIP, Google Acadêmico.
Outras fontes a serem utilizadas para o aprofundamento e expansão da busca para
a realização da monografia, será:
 Biblioteca da UNIP;
 Biblioteca Central Terezinha França de Mendonça Duarte;
 Scielo Brasil
ESTIMATIVA DE CUSTOS:
Como não envolverá elaboração de questionários, formulários ou entrevistas, e a
pesquisa será desenvolvida exclusivamente a partir de fontes bibliográficas, todo o
custo gerado pelo estudo será de responsabilidade da pesquisadora.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Atividade Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
Elaboração do
pré-projeto de X X
pesquisa
Qualificação do
pré-projeto de X
pesquisa
Revisão
bibliográfica X X X X X X X X
Aprofundamento X X X
e expansão da X X
busca
Organização do
roteiro/partes X X
Redação do
trabalho X X X
Revisão e
redação final X X
Entrega da
monografia X

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICAS:


AMARO, Sarita. Serviço social em escolas: Fundamentos, processos e desafios.
Biblioteca Virtual. Petrópolis: Editora Vozes, p. 1-19, 2017.
BRASIL. Lei nº 13.935 de 11 de dezembro de 2019.
Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas
redes públicas de educação básica. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, Disponível em: L13935 (planalto.gov.br). Acesso em: 27 de abr.
de 2021.

IAMAMOTO, M. V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: Ensaios


críticos. 12. Ed. São Paulo: Cortez, p. 226, 2013.

PAVIANI, Jayme. interdisciplinaridade: Conceito e distinções. 2. ed. Caxias do


Sul: Editora Educs, p. 14. 2008.
POMBO, Olga. Epistemologia da interdisciplinaridade. Revista Ideação do Centro
de Educação, Letras e Saúde da Unioeste. Paraná: Campus de Foz do Iguaçu.
p.1-10, 2008. DOI: https://doi.org/10.48075/ri.v10i1.4141. Disponível em: http://e-
revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/4141. Acesso em: 28 de abr. de
2021.
TRINDADE, Diamantino. Interdisciplinaridade: Um novo olhar sobre as ciências. In:
FAZENDA, IVANI, F. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, p.
65-73, 2008.
UNESCO – A Comissão Futuros da Educação da UNESCO apela ao
planejamento antecipado contra o aumento das desigualdades após a COVID-
19. Disponível em: https://pt.unesco.org/news/comissao-futuros-da-educacao-da-
unesco-apela-ao-planejamento-antecipado-o-aumento-das#:~:text=Mesmo
%20quando%20as%20escolas%20reabrirem,online%20em%209%20de%20abril.
Acesso em: 27 de abr. de 2021.
SUMÁRIO PROVISÓRIO DO TCC

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................

2 CAPÍTULO 1: A POLÍTICA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL ..................................

3 CAPÍTULO 2: A QUESTÃO DA INTERDISCIPLINARIDADE ..............................

4 CAPÍTULO 3: APROXIMAÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO


SOB A ÓTICA DA ATUAÇÃO
INTERDISCIPLINAR .......................................................

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