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09/12/2020

TEORIA ELETROMAGNÉTICA 2

Prof. Dr. Nadson Welkson Pereira de Souza

Principal Bibliografia para produção dos slides:


1. SADIKU, M. N. O. Elementos de Eletromagnetismo. 3 ed, Bookman, 2012.
Bibliografia Básica:
2. HAYT, W. H. A. Eletromagnetismo. 8 ed, Rio de Janeiro: LTC, 2013.
3. CLEYTON R. P. Eletromagnetismo Para Engenheiros: Com Aplicações, LTC,
2006.
Bibliografia Complementar:
4. COSTA, E. M. M. Eletromagnetismo Teoria, Exercícios Resolvidos e
Experimentos Práticos, 1. ed., Ciência Moderna, 2009.
5. WENTWORTH, S. M. Eletromagnetismo Aplicado - Abordagem Antecipada das
Linhas de Transmissão, 1. ed., Bookman, 2008.
6. WENTWORTH, S. M. Fundamentos de Eletromagnetismo com Aplicações em
Engenharia, 1. ed., LTC, 2006.
7. GRIFFITHS, D. J. Eletrodinâmica. 3. ed. São Paulo: Pearson Education, 2011.
8. REITZ, J. R.; MILFORD, F. J.; CHRISTY, R. Fundamentos da teoria
eletromagnética. Rio de Janeiro: Campus, 1982.
9. JACKSON, J. D. Classical Eletrodynamics. 3th. Califórnia: Wiley, 1999.

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Programa
PARTE 4: ONDAS E APLICAÇÕES
Cap. 09: Equações de Maxwell
Cap. 10: Propagação de Ondas Eletromagnéticas
Cap. 11: Linhas de Transmissão
Cap. 12: Guias de Onda

Capítulo 10: Propagação de


Ondas Eletromagnéticas
10.1 - Introdução
10.2 - Ondas em Geral
10.3 - Propagação de Onda em Dielétrico com Perdas
10.4 - Ondas Planas em Dielétricos sem Perdas
10.5 - Ondas Planas no Espaço Livre
10.6 - Ondas Planas em Bons Condutores
10.7 - Potência e Vetor de Poynting
10.8 - Reflexão de uma Onda Plana com Incidência Normal
10.9 - Reflexão de uma Onda Plana com Incidência Oblíqua
Resumo

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10.1 - INTRODUÇÃO

Em geral, ondas são um meio de transportar energia ou informação.

Ondas Eletromagnéticas (EM) primeiramente descritas por Maxwell


e comprovadas por Hertz transportam energia ou informação na
forma de campos eletromagnéticos (ondas eletromagnéticas),
exemplos típicos:

 Ondas de rádio;
 Sinais de TV;
 Feixes de Radar;
 Raio Luminoso (Laser);

Ondas Eletromagnéticas (OEM) compartilham as seguintes


características:

 Viajam em altas velocidades (geralmente)


 Apresentam propriedades ondulatórias;
 São irradiadas a partir de uma fonte (Antena, Laser, Osciladores...);

Algumas características importantes dos materiais:

1) Espaço livre (σ=0, ε=ε0, μ=μ0)


2) Dielétrico sem perdas (σ=0, ε=ε0εr , μ=μ0μr ou σ<<ωε )
3) Dielétrico com perdas (σ≠0, ε=ε0εr , μ=μ0μr)
4) Bons condutores (σ≈∞, ε=ε0, μ=μ0μr ou σ>>ωε ).

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10.2 - ONDAS EM GERAL


Ondas são definidas como uma função do espaço e do tempo.

Um movimento ondulatório está associado a um distúrbio em um


ponto A, em um instante t0, relacionado com o que ocorre em um
ponto B, em um instante t> t0.

Uma equação de onda, unidimensional, é uma equação a derivada


parciais de segunda ordem:

2E 2  E
2
u 0 (10.1)
t 2 z 2
u é a velocidade da onda. Suas soluções tem forma:

E   f ( z  ut ) (10.2a)
E   g ( z  ut ) (10.2b)

E  f ( z  ut )  g ( z  ut ) (10.2c)

f e g são quaisquer funções na forma: (z±ut), sen k(z±ut), cos k(z±ut),


ek(z±ut) com k uma constante, todas satisfazem (10.1).

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Assumindo dependência harmônica do tipo ejωt :

d 2 Es
2
  2 Es  0 (10.3)
dz

onde β=ω/u. Es representa um fasor. (10.3) possui soluções na forma:

E   Ae j (t   z ) (10.4a )

E  Be j(t z) (10.4b)
ou

E  Ae j (t   z )  Be j (t   z ) (10.4c )


Com A e B constantes reais.

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Tomando a parte imaginária de (10.4a):

E  A s en(t   z ) (10.5)

Identificamos que

 São harmônicas no tempo (possuem ambas ejωt)


 A é a amplitude da onda e tem a mesma unidade de E;
 (ωt-βz) é a fase em radianos e depende do tempo t e do espaço z;
 ω é a frequência angular (radianos/segundo);
 β é a constante de fase ou número de onda (radianos/metro).

As seguintes equações para a equação de onda são válidas:


1
f 
T
1
T
  2 f f
1 2
 T
 f 
2 f 2
  
u f 
u
uf   uT
f

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E em termos do comprimento de onda λ e do tempo t:

Para encontrar a velocidade da onda u na direção +z, fixe um ponto


P na onda:

Onda em t = 0; E  A s en(t   z )

P move-se ao longo de +z;


P possui sempre a mesma fase;
Onda em t = T/4;
P é um ponto de fase constante;

(ωt-βz) representa fase;


Onda em t = T/2;
(ωt-βz) é constante;
(ωt-βz) = C

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dz 
 u (10.9)
dt 

Identificamos que

 Uma onda é função tanto do espaço quanto do tempo;


 O tempo t foi selecionado de forma arbitrária pois não há como
identificar o início ou final da onda;
 (ωt-βz) representa uma onda se propagando no sentido +z;
 (ωt+βz) representa uma onda se propagando no sentido –z;
 sen(-ψ)=- sen(ψ)= sen(ψ±π) e cos(-ψ)= cos(ψ). ψ=(ωt+βz).

sen(-ψ)=-sen(ψ) sen(ψ±π) cos(-ψ)= cos(ψ)

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sen(   2)   cos (10.10a )


sen(   )   sen (10.10b)
cos(   2)   sen (10.10c)
cos(   )   cos (10.10d )

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Exemplo 10.1

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10.3 - PROPAGAÇÃO DE ONDA EM DIELÉTRICO COM


PERDAS
Um dielétrico com perdas é um meio no qual ondas EM peredem
energia, a medida que se propagam devido a condutividade dessse
meio.

Assumindo que o meio possui perdas e está livre de cargas (ρv=0),


vale as seguintes equações de Maxwell:

  Es  0 (10.11)
  Hs  0 (10.12)
  E s   j H s (10.13)

  H s  (  j )E s (10.14)
Note que σ≠0;

Aplicando o rotacional em (10.13)

    E s   j  H s (10.15)

Utilizando-se da identidade vetorial

    E s  (  E s )   2 E s (10.16)
Obtemos
(  E s )   2E s   j  H s

De acordo com (10.11) e (10.14)

(  E s )  0
  H s  (  j )Es

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(  E s )   2E s   j  H s

0   2E s   j (  j )E s

 2E s  j (  j )E s  0

 2E s   2 E s  0 (10.17)

 2  j (  j ) (10.18)


Conhecida como Equação vetorial de onda ou homogênea de
Helmholtz!!
De modo similar para o campo magnético

2H s   2H s  0 (10.19)

γ é a constante de propagação do meio por metro (m-1);

γ pertence ao complexos, logo pode ser escrito como:

    j (10.20)
Onde:
  
2

   1     1 (10.23)
2 
    

é a constante de atenuação do meio e

  
2

   1     1 (10.24)
2 
    

é a constante fase.

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Que foi obtido notando-se que

 Re  2   2   2   2  (10.21)

 2   2   2    2   2 2 (10.22)

Só para mostrar:
 2  j (  j )  2  (  j  ) 2
 2  ( j   2  )  2  (  j  )(  j  )
 2  ( 2   j )  2   2  j   j    2
  (  2   j )  2  ( 2   2 )  2 j 

Re  2    2  Re  2   ( 2   2 )
 Re  2    2   Re  2   (  2   2 )

 2  ( 2   2 )2  (2  ) 2
  (  )  ( )
2 2 2 2

 2  ( 4  2 2  2   4  4 2  2
       
2 4 2 2 2 2 2

 2  ( 4  2 2  2   4
    (    )
2 2 2 2 2 2

 2  ( 2   2 )2
     ( )
2 2 2

 2  ( 2   2 )

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SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE HEMHOLTZ DO CAMPO


ELÉTRICO

Considerando que tenhamos apenas uma onda dependente de z

 2 Es   2E s  0

E s  Exs ( z )a x (10.25)

( 2   2 ) Exs ( z ) (20.26)

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 d2 2
 2    Exs ( z )  0 (10.27)
 dz 

A solução de (10.27) é na forma E s  Exs ( z )a x


Exs ( z )  Eo e  z  Eo' e z (10.28)
Para ser finita no infinito 𝐸 =0 (Exponencial crescente). Logo

Exs ( z )  Eo e   z

E( z, t )  Re Exs ( z )e jt a x 

E( z , t )  Eo e z cos(t   z )a x (10.29)

𝐄 em t = 0 e t=∆t

A amplitude do campo eletromagnético de uma


onda decresce de acordo coma relação E0e-αz

    j  k z  k zr  jk zi

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De modo semelhante

2H s   2H s  0

H ( z , t )  Re  H o e z e j (t   z )a y 

H( z , t )  H o e  z cos(t   z )a y (10.30)
Onde

Eo
Ho  (10.31)

𝜂 é conhecido como impedância intrínseca em ohms do meio.

Através das equações de Maxwell pode-se provar que:

j i
      e  (10.32)
  j
Com módulo e fase:

  
  , tg 2  (10.33)
    2 14 
1    
    
Em que 0 ≤ 𝜃 ≤ 45°.

Note que a tangente possui assíntota em π/2

1  
  tg 1   Implica máximo de π/4.
2   

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Substituindo-se (10.32) em (10.30)

 E 
H  Re  oj e  z e j (t   z ) a y 
  e 

Eo
H e  z cos(t   z   )a y (10.34)

E( z, t )  Eo e  z cos(t   z )a x

Eo
H( z, t )  e  z cos(t   z   )a y

Note que a atenuação ocorre através do fator e-αz.

• α é a constante de atenuação do meio (Np/m) ou (dB/m).


(Neper por unidade de comprimento em metro)

• β é a constante de fase do meio (Rad/m).


(Radianos por unidade de comprimento em metro)

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O Neper (símbolo Np) é utilizado para expressar uma razão entre


valores de grandezas como o nível do campo, tensão, corrente ou a
pressão acústica.

Atribui-se a John Napier a descoberta do número de Neper e =2,7183.

A razão entre dois valores E e E0(Referência) de uma mesma


grandeza pode ser expresso em nepers através da equação:

 E   E
X Np  log e    ln  
 E0   E0 
que é adimensional e coerente com o SI, representando a relação
entre dois valores de amplitude de campo elétrico ou magnético.

 1 Neper de aumento equivale a um aumento de e= 2,7183 vezes


em relação a referência E0.
Façamos E=e = 2,7183 e E0=1 de uma mesma grandeza V/m

e
X Np  ln    1Np
1
 1 Neper de atenuação significa que o valor da amplitude de campo
E0 reduziu-se a 1/e do valor tomado como referência (No caso E0).
Façamos E =1/e = 0,3679 e E0=1 de uma mesma grandeza V/m
 (1/ e) 
X Np  ln    1Np
 1 
 0 Neper de atenuação significa que a amplitude é constante;
Façamos E =1 e E0=1 de uma mesma grandeza V/m
1
X Np  ln    0
1

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Outra forma de expressar a razões é através da escala em decibels


(símbolo dB), comumente usada para expressar relações entre
potências, definida como

P
X dB  10 log10  
 P0 
com P0 como referência;

Quando a relação em decibels é calculada a partir de tensões ou


correntes, a expressão fica

P V 
X dB  10 log10    20 log10  L 
 P0   V0 
com V0 como referência em relação a medida da tensão na carga VL ;

No caso de amplitude de campo, tensão ou corrente, pode-se provar


que

1Np  20 log10 e  8, 686dB (10.35)

Para transformar Np em dB, basta multiplicar o valor Np/(unidade


de comprimento) por 8,686;

Para transformar de dB para Np, basta dividir o valor Np/(unidade


de comprimento) por 8,686;

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E( z, t )  Eo e  z cos(t   z )a x
Eo
H( z, t )  e z cos(t   z   )a y

 2
u ,  (10.36)
 

Nota-se que existe uma diferença de fase entre E e H de θη (advindo da


impedância intrínseca) em todos os instantes de tempo t.

E está adiantado em relação ao campo H ou H atrasado em relação a E.

TANGENTE DE PERDAS

O que define se um meio é dielétrico ideal, dielétrico real ou condutor


em propagação é a relação entre corrente de condução e corrente de
deslocamento. Essa relação é chamada tangente de perdas do meio.

  H s  J s  J ds

c. op. J s  Es 
tg    
c. adj J ds j Es 

Nota-se que quando σ=0, implica que θ=0.


Nota-se que quando σ≠0, implica que θ ≠ 0.

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A tangente de perdas do meio é


tg  (10.37)

onde o ângulo θ é chamado ângulo de perdas do meio;

 
  tg 1  
  

Do ponto de vista de propagação da onda, o comportamento


característico de um meio depende não apenas dos seus parâmetros
constitutivos ε, μ e σ mas também da frequência ω de operação.

Se σ<<ωε bom dielétrico ou sem perdas;


tg muito pequena!

Não há uma fronteira bem definida entre condutores e dielétricos;


Um meio condutor em baixas frequências pode ser um bom dielétrico
em altas frequências.

Se σ>>ωε bom condutor;

tg muito grande!

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Lembrem que

  
  , tg 2 
    2 14 
1    
       2 (2.38)

tg 


onde o ângulo de perdas θ é duas vezes o ângulo da impedância


intrínseca do meio;

1  
  tg 1  
2   

PERMISSIVIDADE COMPLEXA

Com corrente alternada ou onda eletromagnética, a polarização não


muda instantaneamente na presença de um campo elétrico, produzindo
uma diferença de fase entre E e P.

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Por isso, esta diferença de fase entre E e P poderá ser dada através dos
complexos. Desta forma a constante dielétrica terá partes real e imaginária.

D   0E  P
D   0E   s 0E
D   0 (1   s )E   0 [ real  j imag ]E
D   0 r E,  r   real  j imag
D  E

 r   real  j imag
• A parte real de ε(εreal) representa uma contribuição dielétrica sobre
condições estáticas ou quasi-estática.
• A parte imaginária de ε(-εimag), é responsável pelas perdas térmicas
no meio devido ao amortecimento dos momentos dipolares de
vibração (é chamado amortecimento dielétrico). Deve ser negativo
devido à conservação de energia (jwt positivo). Materiais dielétricos
sem perdas, como o espaço livre, têm parte imaginária zero
(Clássico).
• A perda dielétrica é utilizada para aquecer alimentos em um forno
de micro-ondas: a frequência das micro-ondas utilizadas é próxima à
frequência de ressonância do mecanismo de polarização
orientacional na água, o que significa que qualquer água presente
absorve muita energia que é então dissipada em calor.

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Procura-se uma forma conveniente de embutir σ e ε no formalismo:

  H s  (  j )Ε s  j c Ε s
   0 r ,  r   real  j imag

εc representa uma permissividade complexa que deve ser encontrada.


Note que (εc≠ε ), e que εc incorporará os efeitos da condutividade
elétrica σ e da permissividade ε do material;
• Define-se tangente de perdas dielétricas δd
 imag
tan  d 
 real
Que está associada a mecanismos de perda no dielétrico, excetuando-se
condutividade;

Para o vetor deslocamento elétrico D, da definição anterior

  H s  (  j )Ε s
  
  H s  j  1  j Ε
   s
  H s  j c Ε s (10.39)
    
 c   1  j 
    j (10.40a )
     
 c   ' j ''  '' 
tg    
  ' 
 '     0 r  '' 
 Tangente de Perdas!!!

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Lembrando que
 r   real  j imag
A permissividade complexa εc (10.40a), fica:

     
 c  0 real  j 0imag  j   0 real  j  0imag  
     
  0imag       * 
 c   0 real  j     0 real  j  
       
Note que substituição nos revela equação semelhante a (10.40a). Onde

 *   0 imag   
Representa a condutividade efetiva total.

• Quando o meio é não condutivo, diz-se que não há um fluxo de


cargas através do material causando dissipação de energia, σ=0.

• Quando o meio é não dispersivo, diz-se que não existe dissipação de


energia através do movimento de cargas em um campo
eletromagnético, assim não se altera a polarização conforme muda-se
a direção da incidência do campo sobre o meio, ou seja, o meio não
possui perdas associadas ao amortecimento dielétrico εimag =0 (perdas
em forma de calor).

• Em meios não dispersivos volta-se para a representação sem qualquer


perdas, ou seja, εc = ε0εreal é real puro;

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10.4 - ONDAS PLANAS EM DIELÉTRICOS SEM PERDAS

Em dielétricos sem perdas condutivas (σ=0) ou dielétricas (εimag =0):

  0,    o r ,   o  r (10.42)

  0,     (10.43a)

Note aqui que


 imag  0 e   0
 *   0 imag     0
   * 
c  0 real  j     0 real  0 r
   

No material sem perdas são válidas as seguintes equações:

 1 2
u  ,  (10.43)
  

 
 0 (10.44)

E os campos E e H estarão em fase no tempo.

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10.5 - ONDAS PLANAS NO ESPAÇO LIVRE

  o ,  r  1,   o r (10.45)


  0,    o o  (10.46a)
c
1 2
u  c,  (10.46b)
 o o 
o
o   120  377 (10.47)
o
Note aqui que  imag  0 e   0
 *   0 imag     0
   * 
c  0 real  j     0 real   0   real   r  1
   

E( z , t )  Eo cos(t   z )a x (10.48a )
Eo
H( z, t )  cos(t   z )a y (10.48b)
0

ax  a E
a y  aH

a z  ak

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O campo elétrico e magnético estão em fase, significa dizer que ambos


assumem os seus respectivos valores máximos no mesmo local e ao
mesmo instante de tempo.

É simples notar que

ak  aE  aH

a k  a H  a E

a E  a H  ak (10.49)

Uma onda eletromagnética que não possui componentes de campo


elétrico ou magnético na direção de propagação (todos os
componentes de E e H são perpendiculares à direção de
propagação) é chamada de onda eletromagnética transversal (TEM).

A orintação que o campo elétrico aponta determian a polarização


da onda TEM.

30
09/12/2020

Uma onda eletromagnética uniforme plana é uma representação


matemática simples que resolve muitos problemas práticos. No
entanto, no sentido real, não existe fisicamente pois a onda se
estenderia até o infinito, correspondendo a uma energia infinita.

10.6 - ONDAS PLANAS EM BONS CONDUTORES


Para um condutor perfeito ou bom condutor temos
 
      
  
  o,   o  r (10.50)


     f  (10.51a )
2

 2 2
u  ,  (10.51b)
       (   )1/ 2
  14
 14
 14
   2   ( ) 2   2   ( ) 2   2 
1        ( ) 2 
 ( )
2
       

   (   )1/ 2
[( ) 2 ]1/ 4
 (   )1/ 2
[( )]1/ 2
 45º (10.52) [( ) 2   2 ]1/ 4 [( ) 2   2 ]1/ 4
 [(   )( )]1/2 [  ]1/ 2
  
[( ) 2   2 ]1/4 [( )2   2 ]1/4

[  ]1/2 [  ]1/ 2 
       
[ 2 ]1/4 [ ]1/2 

31
09/12/2020

Note aqui que

 *   0 imag     0,   
* 
   *     
c   0 real  j     0 real  j  
       
A permissividade relativa de um condutor não é facilmente medida,
uma vez que os efeitos de polarização são geralmente ofuscados pela
condução (como se nota na fórmula acima). No entanto, para fins de
estimativa, podemos definir a permissividade relativa εreal ~ 1 e a
condutividade ~ 10^7 mhos/metro para um bom condutor
(P. Lorrain and D. Corson, "Maxwell's equations" in Electromagnetic fields and waves, 1970,
pp.439)
Isso trata-se apenas de uma simplificação, pois, íons metálicos são
polarizados, e em altas frequência é comum metais possuirem valores
de permissividade relativa εreal maiores que 1 (Modelos de Lorentz-
Drude e outros) que não cabem no escopo do que vemos agora;

Então, os campos eletromagnéticos em bons condutores ficam:

E  E0 e  z cos(t   z )a x (10.53a)

E0
H e  z cos(t   z  45º )a y (10.53b)


Note que a atenuação ocorre a partir da entrada no meio condutor
através do fator e-α em que a constante de atenuação α depende da
frequência de operação:    f  , ou seja, maior frequência maior
atenuação no meio, assim como a condutividade e a permeabilidade.

32
09/12/2020

Desta forma, a onda adentra o material a uma certa profundidade. A


profundidade que a onda eletromagnética decai a e-1 (≈37%) é
conhecida como profundidade de penetração pelicular δ da onda
Eletromagnética.
E0 e  z , z  
E0 e   E0 e 1 
1
 (10.54a)

1
  
 Para bons condutores!

Para bons condutores:


1
 (10.54b)
 f 

2


1 1 j
 2e j /4  (10.55)
 
De tal forma que:
z
E  E0e  z cos(t   z )  E0e  z / cos(t  )a x

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09/12/2020

O fenômeno ao qual a intensidade de campo eletromagnético decresce


rapidamente é conhecido como efeito pelicular. Onde os campos e as
correntes associadas são confinadas a uma fina película. Em altas
frequências pode-se assumir que toda a corrente flui em δ.

A resistência corrente contínua é (comprimento l):


l
Rcc 
S
A resistência superficial é definida como a parte real de η:

1 1 1  f
 j  Rs   (10.56)
   

A resistência para uma unidade de largula δ, uma unidade de perímetro


w e uma unidade de comprimento l (S= wxδ=1xδ=δ):
l 1  f
Rs     Rcc
 S  
l l l
Rca    Rs
 S  w w

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09/12/2020

A resistência para uma unidade de largula δ, uma unidade de perímetro


w=2πa e uma unidade de comprimento l (S= wxδ=2πaxδ=δ):

l l l
Rca   
 S  w  2 a
l l
Rcc  
 S  a 2
l
Rca  2 a a
 
Rcc l 2
 a 2

Para altas frequências:   a  Rca  Rcc

No nível DC: Rca  Rcc

Exemplo 10.2

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36
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Exemplo 10.3

Método 01:

37
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Método 02:

38
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Exemplo 10.4

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40
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Exemplo 10.5

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42
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Exemplo 10.6

a t
b

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w=2πb
w=2πa

δ δ

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10.7 - POTÊNCIA E VETOR DE POYNTING

A taxa de transferência de energia que pode ser transferida entre um


ponto e outro pode ser obtida a partir das equações de Maxwell:
H
  E   (10.58a )
t
E
H  E  (10.58b)
t
Realizando o produto escalar de E por (10.58b):
E
E  (  H)   E 2  E   (10.59)
t
A partir da identidade:
  (H  E)  E  ( H)  H  ( E)
Obtemos:
E  ( H)  H  ( E)    (H  E)

Mas
H
  E   e   (H  E)    (E  H)
t
Então
 H 
E  ( H)  H        (E  H )
 t 
Note que
     
(H  H)  (H 2 )  ( HH )
2 t 2 t 2 t

    H  H    H  H  H
( HH )   H  H H  H   H
2 t 2 t 2 t   2 t 2 t  t
Conclui-se que
 H     
H     (H  H )   (H 2 )
 t  2 t 2 t

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09/12/2020

Finalmente
 
E  ( H)   ( H 2 )    (E  H )
2 t
Pode ser substituindo em (10.59), resultando em

  E
 ( H 2 )    (E  H )   E 2  E   (10.60)
2 t t
Que de modo semelhante fica

  1  2
 ( H 2 )    (E  H )   E 2   (E )
2 t 2 t

1  1  2
  (E  H )    (H 2 )   (E )   E2
2 t 2 t

Tomando a integral de volume do termo anterior

 1 1
   (E  H)dv   t  [ 2 E   H 2 ]dv    E 2 dv
2
(10.62)
v v 2 v

Aplicando o teorema da divergência do lado esquerdo

 1 1
 (E  H)  dS   t  [ 2 E   H 2 ]dv    E 2 dv
2
(10.63)
s v 2 v

I II III
A equação (10.63) é conhecida como teorema de Poynting:

I – Potência total que deixa o volume;


II – Taxa de decrescimento da energia armazenada nos campos elétrico
e magnético;
III – Potência ôhmica dissipada.

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09/12/2020

O teorema de Poynting estabelece que a potência liquida que flui para


fora de um volume v é igual a taxa temporal de decréscimo da energia
armazenada em v menos as perdas por condução.

Em uma onda eletromagnética plana no espaço livre (σ=0), a


cada instante de tempo, metade da energia está armazenada na
forma de energia elétrica e metade na forma de energia
magnética!

 1 1
 (E  H)  dS   t  [ 2 E   H 2 ]dv
2
s v 2

O vetor resultado do produto vetorial


E H
é conhecido como vetor de Poynting

P  E H
E representa a densidade direcional do fluxo de energia (a quantidade de
energia transferida por unidade de área, em Watts por metro quadrado
(W/m2) de um campo eletromagnético.

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As perdas ôhmicas podem ser vistas como um sumidouro de potência,


pois a energia é transformada em calor.
Pentrada  Psaída  Pelétrica  Pmagnética  Presistiva
A equação acima deve ser interpretada no sentido que todas as
potências envolvidas devem partir da que entrou no sistema,
considerando-se não existir internamente qualquer potência
inicialmente armazenada.
Psaída  Pentrada  Pelétrica  Pmagnética  Presistiva

Considerando que a fonte de potência esteja dentro da superfície:


Pentrada  0
Logo
Psaída   Pelétrica  Pmagnética  Presistiva
 1 2 1

s
(E  H)  dS   
t 2
v
[  E   H 2 ]dv    E 2 dv
2 v

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O vetor de P está na mesma direção da propagação (TEM):

P  E H

a E  a H  ak (10.49)

E( z, t )  Eo e z cos(t   z )a x

Eo
H( z, t )  e  z cos( t   z   )a y

O vetor de P é um vetor “apontador” da transferência de potência.

Eo2
P ( z, t )  e2 z cos(t   z ) cos( t   z   )a z (10.66)

Eo2 2 z
 e [cos   cos(2t  2  z   )a z
2

Que utilizou-se de cos(A)cos(B)=(1/2)[cos(A-B)+cos(A+B)].

Note que P representa a potência instantânea.

50
09/12/2020

A média temporal Pméd possui maior interesse prático:


1 T
T 0
P méd ( z )  P ( z, t )dt (10.67)

1
P méd ( z )  Re(Es  H*s ) (10.68)
2

Eo2 2 z
P méd ( z )  e cos  a z (10.69)
2
A potência média total Pméd que atravessa uma dada superfície S é dada
por:
Pméd   P méd  dS (10.70)
s

P representa o vetor de Poynting instantâneo (W/m2);


Pméd representa a média temporal do vetor de Poynting (W/m2);
Pméd representa a potência média total que atravessa uma superfície S (W).

Exemplo 10.7

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52
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53
09/12/2020

10.8 - REFLEXÃO DE UMA ONDA PLANA COM INCIDÊNCIA NORMAL

Meio 1 (Onda incidente e refletida)


Meio 2 (Onda transmitida)

Note que a E  a H  a k se mantém em relação ao onda refletida.

Onda Incidente:
Eis ( z )  Eio e1z a x (10.71)
Eio
H is ( z )  H io e 1z a y  e1z a y (10.72) Onda Transmitida:
1

Onda Refletida: Ets ( z )  Eto e 2 z a x (10.75)


Eto
1z Hts ( z )  H to e 2 z a y  e  2 z a y (10.76)
Ers ( z )  Ero e a x (10.73) 2

Ero
H rs ( z )  H ro e1z ( a y )   e1 z a y (10.74)
1

E1  Ei  E r , H1  H i  H r E 2  Et , H 2  Ht

O campo elétrico mantém a mesma


polarização.

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09/12/2020

Na interface
os campos são tangenciais (Normal).
E1t  E 2t
H1t  H 2t

Ei (0)  E r (0)  Et (0)


Eio  Ero  Eto (10.77)

H i (0)  H r (0)  H t (0)


1 Eto
( Eio  Ero )  (10.78)
1 2

1 Eto 2  
( Eio  Ero )   Eto  ( Eio  Ero )  2 Eio  2 Ero
1 2 1 1 1
2 
Eio  Ero  Eto  Eio  Ero  Eio  2 Ero
1 1
 
Ero  2 Ero  2 Eio  Eio
1 1
1 Ero  2 Ero  2 Eio  1 Eio

1 1
        Ero 2  1
Ero  1 2   Eio  2 1   
 1    1  E io 2  1
 
Ero  2 1 Eio (10.79)
2  1

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09/12/2020

1 Eto Eio Ero Eto


( Eio  Ero )    
1 2 1 1 2

Ero Eio Eto 1


   Ero  Eio  E
1 1 2 2 to
1
Eio  Ero  Eto  Eio  Eio  E  Eto
 2 to
       
2 Eio  1 Eto  Eto  2 Eio  Eto 1  1   Eto  2 1 
2  2   2 
Eto 22

Eio  2  1
2 2
Eto  E (10.80)
 2  1 io

• Note que o que refletiu deve ser uma parte do que incidiu, ou até
mesmo pode haver uma reflexão total.
 2  1
Ero  E  Ero  Eio (10.81)
 2  1 io
onde Г é definido como coeficiente de reflexão.

• Note também que o que se transmitiu deve ser uma parte do que
incidiu, ou até mesmo pode haver uma transmissão total.

2 2
Eto  E  Eto   Eio 10.82 
 2  1 io
onde τ é definido como coeficiente de transmissão.

Tanto Г como τ não possuem unidades e podem vir a serem


complexos, tendo em vista que as impedâncias dos meios podem vir
a ser complexas.

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09/12/2020

Podemos notar que


Ero Eto
 
Eio Eio

Ero Eto E  Ero Eto E E


1   io   to  to
Eio Eio Eio Eio Eio Eio

Implica que
1    (10.83)
Note também que a onda refletida não pode ter amplitude maior que
a incidente se o meio é passivo. De modo que

0   1

REFLEXÃO DE UMA ONDA PLANA COM INCIDÊNCIA NORMAL


EM MEIO PERFEITAMENTE CONDUTOR

No espaço livre σ=0 Em um meio perfeitamente


condutor σ=∞

 
1   0 2  45  0;
 

2  1 1   1    1  (1)  0;
   1;
2  1 1

Toda a onda é refletida para o Não há onda transmitida para


meio 1. o meio 2.

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09/12/2020

• Características do meio 1: • Características do meio 2:


 1  1  j 1  2   2  j2

 1  0, 1  0  1  j 1  2  ,  2  0

• A onda total genérica: • A onda total genérica:


E2 s  Ets  Eto e 2 z a x
E1s  Eis  Ers  ( Eio e1z  Ero e1z )a x (10.84)
Transmitida!
Incide! Reflete!

• Características na interface: • Características na interface:


Eto
E  0 Eto  0
  ro  1 Ero  1Eio Eio
Eio
• Resulta em: • Resulta em:

E1s  ( Eio e j1z  Eio e j1z )a x E2 s  0


E1s   Eio (e j1z  e  j1z )a x

• Desta forma o campo elétrico no meio 1 para incidência normal em


condutor perfeito:

E1s   Eio (e j1z  e  j1z )a x

E1s   Eio  cos( 1 z )  jsen( 1 z )   cos( 1 z )  jsen( 1 z )  a x

E1s   Eio  cos( 1 z )  cos( 1 z )  jsen( 1 z )  jsen( 1 z ) a x

E1s  2 jEio sen( 1 z )a x (10.85)

• Note a natureza complexa de (10.85), para o domínio do


tempo:
E1  Re{E1s e jt }  Re{2 jEio sen( 1 z )e jt a x }
E1  Re{E1s e jt }  Re{2 jEio sen( 1 z )  cos(t )  jsen(t )  a x }
E1  Re{E1s e jt }  Re{2 jEio sen( 1 z ) cos(t )  2 Eio sen( 1 z ) sen(t )}a x
E1  Re{E1s e jt }  2 Eio sen( 1 z ) sen(t )a x

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09/12/2020

Finalmente, para o campo elétrico no meio 1


E1  2 Eio sen( 1 z ) sen(t )a x (10.86)
De modo semelhante, para o campo magnético no meio 1
Note que não trata- E E 
se de uma onda H1s   io e  z  ro e j z  a y
1 1
Note a onda
 1 1 
progressiva (ωt-βz). refletida tem
 Eio  j  z Eio j  z  sentido contrário.
H1s   e  e ay
1 1

 1 1 
Eio
H1s 
1
e  j 1 z
 e j1z  a y

Eio
H1s  2 cos( 1 z )a y H1  Re{H1s e jt }
1

2 Eio
H1  cos( 1 z ) cos(t )a y (10.87)
1

59
09/12/2020

clc
clear
f = 1*10^7;
T=1/f;
E0 = 1;
c = 3*10^8;
lambda = c/f; % 30 metros
beta1 = 2*pi/lambda;
Nt=30;
T=linspace(0,3*T,Nt);
w = 2*pi*f;
pontos = 500;
z1 =linspace(-10*lambda,0,pontos);

for i=1:pontos;
A(i) = E0;
end

for n=1:Nt
n
E(i,:) = 2*A.*sin(beta1.*z1).*sin(w.*T(n));
plot(z1,E(i,:)), axis([min(z1)/2 max(z1) -3*A(1) 3*A(1)])
M(n)=getframe;
end
movie(M,18)

60
09/12/2020

Note que os zeros de (10.86)

E1  2 Eio sen( 1 z ) sen(t )a x

2 
1 z   (0 )  0  sen(0)  0 Nulo na origem!
 2
2 
1 z   (1 )    sen( )  0
 2
2 
1 z   (2 )  2  sen(2 )  0
 2
2 
1 z   (3 )  3  sen(3 )  0
 2
n1
Ex1  0 em z   , n  0,1, 2,...
2
A amplitude da onda é zero em pontos chamados nós.

61
09/12/2020

Taxa de Onda Estacionária

  Ex1  Ex10e  j 1z Avalie na


Ex1  E  E x1 x1   j 1 z superfície!
E  E
x1 x10 e

 2  1 Meio com perdas pode


 implicar coeficientes    e j
 2  1 complexos.

   e j   e j /2 e j /2
Ex1  Ex1  Ex1  Ex10 e  j 1z  Ex10 e j 1z
Ex1  Ex10 e  j 1z   e j / 2 e j /2 Ex10 e j 1z
Soma e subtrai (  Ex10 e j / 2 e j /2 e  j 1z )
Ex1  Ex10 e  j 1z   e j / 2 e j /2 Ex10 e j 1 z
  Ex10e  j / 2 e j /2 e  j1z   Ex10 e j /2 e j /2 e  j1z

Ex1  Ex10 e  j 1z   Ex10 e j /2 e j / 2 e  j 1z


  Ex10 e j /2 e j / 2e j 1z   Ex10 e j /2e j /2e  j1z

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09/12/2020

Ex1  Ex10 e  j 1z   Ex10e  j / 2e j /2 e  j 1z


  Ex10 e j / 2 e j /2 e j1z   Ex10 e  j / 2 e j /2 e j1z
Ex1  Ex10 e  j 1z 1   
  Ex10  e j / 2e j / 2 e j 1z  e  j / 2 e j /2 e  j 1z 
Ex1  Ex10e  j1z 1   
  Ex10 e j / 2  e j / 2 e j 1z  e  j / 2 e j1z 
Ex1  Ex10 e  j 1z 1   
  Ex10 e j / 2  e j ( 1z  /2)  e  j ( 1z  / 2) 

e j ( 1z  /2)  e j ( 1z  /2)


cos( 1 z   / 2) 
2
Ex1  Ex10 e j1z 1   
 2  Ex10 e j /2 cos( 1 z   / 2)

Exs1 ( z , t )  Re{Ex1e jt }

Exs1 ( z , t )  Ex10 (1   ) cos(t  1 z )


 2  Ex10 cos( 1 z   / 2) cos(t   / 2)

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09/12/2020

• Para Г=1 real, ø=π, β=2π/λ:


  30

1
(  3 )    30
    7,5
2 4 4 2
1  30 1 5
 (   )      15  (  4 )     37,5
2 2 2 2 4
1 3 1 6
 (  2 )     22,5  (  5 )     45
2 4 2 4

64
09/12/2020

clc
clear
f = 1*10^7;
T=1/f;
E0 = 1;
c = 3*10^8;
lambda = c/f;
beta1 = 2*pi/lambda;
Nt=30;
T=linspace(0,3*T,Nt);
w = 2*pi*f;
pontos = 500;
z1 =linspace(-3*lambda,0,pontos);
gama = 1;
fi = degtorad(180);

for i=1:pontos;
A(i) = E0;
end

for n=1:Nt
n
E(i,:) = A.*(1-abs(gama)).*cos(w.*T(n)-
beta1.*z1)+2*abs(gama).*A.*cos(beta1.*z1+fi/2).*cos(w.*T(n)+
fi/2);
hold on
plot(z1,E(i,:)), axis([min(z1) max(z1) -3*A(1) 3*A(1)]);
M(n)=getframe;
end
movie(M,2)

Clc; clear
f = 1*10^7; for i=1:pontos;
T=1/f; A(i) = E0;
E0 = 1; end
c = 3*10^8; for n=1:Nt
lambda = c/f; n
beta1 = 2*pi/lambda; E(i,:) = A.*(1-abs(gama)).*cos(w.*T(n)-
Nt=30; beta1.*z1)+2*abs(gama).*A.*cos(beta1.*z1+fi/2).*cos(w.*
T=linspace(0,3*T,Nt); T(n)+fi/2);
w = 2*pi*f; plot(z1,E(i,:)), axis([min(z1) max(z1) -3*A(1) 3*A(1)])
pontos = 500; M(n)=getframe;
z1 =linspace(-5*lambda,0,pontos); end
gama = 0.5; movie(M,18)
fi = 0;

65
09/12/2020

A razão entre o campo Elétrico máximo e mínimo no meio 1 é chamado


taxa de onda estacionária s:
Ex1,máx 1 
s 
Ex1,mín 1 
s 1
 
s 1
Como -1≤ Г≤1:
Se Г=0 implica s = 1.
Se Г=1 implica s = ∞.
1≤ s≤ ∞
s = 1 sem reflexão e admissional;
s = ∞ reflexão total e admissional;
sdB  20 log10 s

Medidor de onda estacionária.

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CASO A
Existe uma onda estacionária no meio 1;
Existe uma onda puramente propagante no meio 2;
Ondas incidente e refletida possuem amplitudes diferentes
(Diferente do caso com incidência em condutor perfeito);

2  1
0

Máximos
Ex1  Ex1  Ex1  Ex10 e  j1z  Ex10 e  j1z
Ex1  (1  ) Ex10 e  j1z  (1   ) Ex10 e  j 1z e j

Exs1, máx  (1   ) Ex10

 1 z  1 z    2n (n  0,  1,  2,...)
 1 z  1 z    2n
2 1 z    2n

1 n
zmáx   (  2n ), Se 𝜙 = 0 zmáx   (10.88)
21 1

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09/12/2020

Mínimos
Ex1  Ex1  Ex1  Ex10 e  j1z  Ex10 e  j1z
Ex1  (1   ) Ex10 e  j1z  (1   ) Ex10e  j1z e j e j
e j  1
Exs1, mín  (1   ) E x10

 1 z  1 z      2n (n  0,  1,  2,...)

1 (2n  1)
zmín   (  (2n  1) ), Se 𝜙 = 0 zmín  
2 1 2 1
(10.89)

Caso B
Existe uma onda estacionária no meio 1;
Existe uma onda puramente propagante no meio 2;
Ondas incidente e refletida possuem amplitudes diferentes
(Diferente do caso com incidência em condutor perfeito);

2  1
0

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Máximos

1 (2n  1)
zmáx   (  (2n  1) ), Se 𝜙 = 0 zmáx  
2 1 2 1

Mínimos

1 n
zmín   (  2n ), Se 𝜙 = 0 zmín  
2 1 1

Exemplo 10.8

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70
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71
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Exemplo 10.9

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10.9 - REFLEXÃO DE UMA ONDA PLANA COM INCIDÊNCIA OBLÍQUA

E(r, t )  Eo cos(k  r  t )  Re[ Eo e j (k r t ) ] (10.93)

Sendo o vetor posição:


r  xax  ya y  zaz
Sendo o vetor número de onda ou vetor propagação:

k  k xax  k ya y  k z az k 2  k x2  k y2  k z2   2 

k  r  k x x  k y x  k z x  cons tan te

Pode-se mostrar que as equações de Maxwell podem ser reescritas:


k  E   H (10.95a)
k  H   E (10.95b)
k H  0 (10.95c)
k E  0 (10.95d )

E, H e k são mutuamente ortogonais.

A partir de (10.95a)

1 ak  E
H k E  (10.96)
 

75
09/12/2020

Agora a onda incide obliquamente:


Et  Eto cos( ktx x  kty x  ktz x  t t )
Er  E ro cos(krx x  kry x  krz x  r t )
(10.97c )
(10.97b)
r t
i

Ei  E io cos(kix x  kiy x  kiz x  i t ) Note que convenientemente


(10.97a) alterou-se o fator ejωt para e-jωt !
Antes tínhamos:
E  Eo cos(t  k z z )a E
Para atender as seguintes condições de fronteira:

Ei ( z  0)  Er ( z  0)  Et ( z  0) (10.98)

Segue que
1. i  r  t  
2. kix  krx  ktx  k x
3. kiy  kry  kty  k y
• A condição 1 indica que a frequência entre os meios não se altera;
• A condição 2 requer que as componentes tangenciais dos vetores
de propagação sejam contínuas (condições de casamento de fase);
• A condição 3 requer que as componentes tangenciais dos vetores
de propagação sejam contínuas (condições de casamento de fase);

• Os vetores ki , kr e kt devem estar contidos no plano de incidência;

76
09/12/2020

Meio 1: (1 , 1 ) Meio 2 : ( 2 , 2 )


krz  kr cos  r
r kt   2
kr sen r kt sent
kr  1 t
ktz  kt cos t
kr

r t z
i   r
i an
ki

ki  1
ki seni
i
kiz  ki cos  i

Observando a figura anterior note que

ki sen i  kr sen  r (10.99)

ki sen i  kt sen t (10.100)

ki  kr  1   11 (10.101a )
k t   2    2 2 (10.101b)
 r  i (10.102)

77
09/12/2020

Note as seguintes formas de representar a constante de fase:


 Retirado diretamente da equação de onda;
u

    Condição obtida das equações de Maxwell (Cap. 08);

Condição obtida das equações de


k  k x2  k y2  k z2   
Maxwell;

A velocidade da onda :

  1
u  
k   

A partir da equação (10.100)

ki sen i  kt sen t
Chega-se na Lei de Snell que relaciona os ângulos transmitidos com
incidentes.

ki sen t  11 11 u2


    (10.103)
kt sen  i  2 2 2 2 u1
O ângulo incidente é igual ao refletido, não precisa ater-se a ele!

78
09/12/2020

Podemos reescrever a Lei de Snell, através de um índice, conhecido como


índice de refração n associado ao meio, definido por:

n
c

c
 c 
n1  c 11 Meio 1
u  1 
  n2  c 2 2 Meio 2
  
O índice de refração é uma grandeza escalar, adimensional, cujo módulo é
sempre maior ou igual a 1. Note que
n1
ki sen i  kt sen t 11  Meio 1
c
 11 sen i   2 2 sen t
n2
11 sen i  2 2 sen t  2 2  Meio 2
c
n1 n
sen i  2 sen t n1sen i  n2 sen t (10.104)
c c

Polarização da Onda Eletromagnética

A polarização é um fenômeno que ocorre com as ondas


eletromagnéticas, nas quais elas são selecionadas e divididas conforme
a orientação de sua vibração. Essa propriedade consiste na orientação
espacial dos vetores campo elétrico e campo magnético.

A polarização está relacionada diretamente com variação do campo


elétrico, ele é definido como a referência a se considerar na
classificação da polarização. Através da variação do campo elétrico
define-se dois tipos de polarização: paralela e perpendicular. Onde,
qualquer outra polarização pode ser considerada como uma
combinação linear desta duas.

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09/12/2020

Polarização Paralela (TM)

• Campo elétrico Ei , Er e Et são paralelos ao plano de incidência;


• Ou seja E está no plano de incidência.

Paralelos ao plano de
incidência (0°)!

Plano de
incidência!

O plano de incidência é definido como o plano que contém o vetor k da


onda incidente (e das demais ondas) e a normal à interface.

ki kr Região 1
i r
1 , 1
x
y
Região 2
t
z kt  2 , 2
Orientação relativa entre os vetores de onda incidente, refletido e
transmitido.
ki  kixa x  kiz a z
kr  krxa x  krz a z
kt  ktxa x  ktz a z

80
09/12/2020

ki kr
i r Região 1

1 , 1 ki  kixa x  kiz a z
x kr  krxa x  krz a z
y Região 2
kt  ktxa x  ktz a z
 2 , 2
z t
Desta forma as componentes podem ser escritas em função dos
ângulos incidente, refletido e transmitido: i  r t
kix  k1seni kiz  k1 cos i
krx  k1sen r krz  k1 cos r
ktx  k2 sent ktz  k2 cos t
Onde:
k1   11 k2   2 2

• Campo incidente. 1   11 • Campo transmitido.  2    2 2


Eis  r   Eioe j  k .r  i (10.105a )

Eis  Eio (cos i a x  sen  i a z )e  j 1 ( x seni  z cosi ) Ets  r   Eto e


 j  kt .r 
(10.107 a)
1 ak  E
H k E 
  Ets  Eto (cos t a x  sen  t a z )e  j2 ( x sent  z cost )
(10.105b)
His  r   H i 0e
 j  ki .r 
1 ak  E
H k E 
 
Eio
H is  e  j 1 ( x seni  z cosi )a y
Hts  r   Htoe
 j  kt .r 
1 (10.107b)
Eto
• Campo refletido. H ts  e j 2 ( x sent  z cost )a y
2
Ers  r   Eroe j kr .r  (10.106a )

Ers  Ero (cos  r a x  sen  r a z )e  j 1 ( x senr  z cosr )


1 ak  E
H k E 
 

H rs  r   H roe j  kr .r  (10.106b)
Ero
H rs   e  j 1 ( x sen r  z cos r )a y
1

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09/12/2020

Assumindo que θi =θr =θ e que as componentes tangenciais sejam iguais


em z=0.
   
 Ei x , y , 0   E r x , y , 0     Et x, y , 0  
  tan   tan  
z=0
Eis  Eio (cos i a x  sen  i a z )e  j 1 ( x seni  z cosi ) Eis  Eio (cos  a x  sen  a z )e j 1 ( x sen )

Ers  Ero (cos  r a x  sen  r a z )e  j 1 ( x senr  z cosr ) Ers  Ero (cos  a x  sen  a z )e  j 1 ( x sen )

E1  ( Eio  Ero ) cos  e  jx1sen a x


i sen i  t sen t
z=0
Ets  Eto (cos t a x  sen  t a z )e  j  2 ( x sent  z cost ) Ets  Eto (cos t a x  sen t a z )e  j 2 ( x sent )
Ets  Eto (cos  t a x  sen t a z )e  jx2 sent

tangencial.
Resulta que a partir da componente tangencial do campo elétrico:
( Eio  Ero ) cos  i  Eto cos t (10.108a)

Assumindo que θi =θr =θ e que as componentes tangenciais sejam iguais


em z=0.
   
 H i x, y , 0   H r x, y , 0     H t x, y , 0  
  tan   tan  
Eio z=0 Eio
H is  e  j 1 ( x seni  z cosi )a y H is  e  j 1 ( x sen )a y
1 1

Ero
Ero H rs   e j 1 ( x sen )a y
H rs   e  j 1 ( x senr  z cosr )a y 1
1
E E 
i sen i  t sen t H1   io  ro  e  j 1 ( x sen ) a y
 1 1 

Eto Eto
H ts   e  j  2 ( x sent  z cost )a y z=0 H ts   e  j 2 ( x sent )a y
2 2

tangencial.

Resulta que a partir da componente tangencial do campo magnético:


1 1
( Eio  Ero )  Eto (10.108b)
1 2

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09/12/2020

Expressando Er0 e Et0 em termos de Ei0 obtemos para a polarização


paralela as Equações de Fresnel defendidas pelos coeficientes:

• De reflexão:
Ero  2 cos t  1 cos i
   (10.109a )
Eio 2 cos t  1 cos  i
ou
Ero   Eio (10.109b)
• De transmissão:
Eto 22 cos i
   (10.110a)
Eio  2 cos t  1 cos i
ou
Eto    Eio (10.110b)

Estes coeficientes poderiam ser colocados em função do ângulo de


incidência θi e da razão entre as velocidades dos meios através da equação:

cos t  1  sen 2t  1  (u2 u1 ) 2 sen 2i (10.111)

Também pode-se provar que

 cos t 
1        (10.112)
 cos i 

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09/12/2020

Ângulo de Brewster Polarização Paralela TM


Ângulo de Brewster ou ângulo de polarização é o ângulo de incidência
para o qual a reflexão anula completamente a componente paralela da
onda em relação ao plano de incidência. Com isso, a onda refletida só tem
uma componente, que é a perpendicular ao plano de incidência.
Componente
paralela eliminada.

Componente
paralela.

Note que Г pode resultar nulo por se tratar de uma diferença. De tal
forma que
E  cos t  1 cos  i
  ro  2
Eio  2 cos t  1 cos i

2 cos t  1 cos i  0  2 cos t  1 cos  B


Ou de mesmo modo cos t  1  sen t 2

 2 1  sen 2t  1 1  sen 2 B 

22 (1  sen 2t )  12 (1  sen 2 B )

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09/12/2020

Utilizando-se das equações (10.103) e (10.104)


1  21 1 2
sen2 B  (10.113)
1  (1  2 ) 2
Para meios não ferromagnéticos: μ1=μ2=μ0
(1  1 /  2 ) (1  1 /  2 ) 1  (1 /  2 ) 2
sen  B 
2

1   1 /  2 2  (1  1 /  2 ) 1   1 /  2 2  (1  1 /  2 )
   

1 2
sen 2 B   sen B|| 
1  1  2 1   2

 2 n2
tg B   (10.114)
1 n1

Mostrando que há um ângulo de Brewster para qualquer combinação


entre ε1 e ε2.

Polarização Perpendicular (TE)


• Campo elétrico Ei , Er e Et são perpendiculares ao plano de
incidência;
• Ou seja H está no plano de incidência;

Perpendicular ao plano
de incidência (90°)!

Plano de
incidência!

85
09/12/2020

• Campo incidente. 1   11 • Campo transmitido.

Eis  Eio e  j 1 ( x seni  z cosi )a y


(10.115a)

Eio
H is  ( cos i a x  sen i a z )e j1 ( x seni  z cosi )
1
(10.115b) Ets  Eto e j 2 ( x sent  z cost )a y
(10.117a )

• Campo refletido. Eto


H ts  ( cos t a x  sen t a z )e  j 2 ( x sent  z cost )
2
Ers  Ero e  j1 ( x senr  z cosr )a y (10.117b)

(10.116a )

Ero
H rs  (cos  r a x  sen  r a z )e  j1 ( x senr  z cosr )
1
(10.116b)

Assumindo que θi =θr =θ e que as componentes tangenciais sejam iguais


em z=0.
   
 Ei x , y , 0   E r x , y , 0     Et x, y , 0  
  tan   tan  
z=0
Eis  Eio e j 1 ( x seni  z cosi )a y Eis  Eio e j 1 ( x sen )a y

Ers  Ero e  j 1 ( x sen r  z cos r )
ay Ers  Ero e  j1 ( x sen )a y

E1  ( Eio  Ero )e  jx1sen a y


i sen i  t sen t

z=0
Ets  Eto e j 2 ( x sent  z cost )a y Ets  Eto e  jx2 sen a y

tangencial.

Resulta que a partir da componente tangencial do campo elétrico:

( Eio  Ero )  Eto (10.118a )

86
09/12/2020

Assumindo que θi =θr =θ e que as componentes tangenciais sejam iguais


em z=0.
  
 H i x, y , 0   H r x, y , 0     H t x, y , 0  
  tan   tan   
Eio z=0 Eio
H is  ( cos i a x  sen i a z )e j1 ( x seni  z cosi ) H is  ( cos i a x  sen i a z )e  j 1 ( x sen )
1 1

Ero Ero
H rs  (cos  r a x  sen  r a z )e  j 1 ( x sen r  z cosr )
H rs  (cos  r a x  sen  r a z )e  j 1 ( x sen )
1 1

 E E  E E 
H1    io cos  i e j 1 ( x sen )  ro cos  r e  j 1 ( x sen )  a x   io sen i e j 1 ( x sen )  io sen  r e j 1 ( x sen )  a z
 1 1   1 1 
 Eio Ero 
 H1 tan      cos  e
 j 1 ( x sen )
ax i sen i  t sen t
 1 1 

Eto z=0 H  Eto ( cos  a  sen  a )e  j 2 ( x sent )


H ts  ( cos t a x  sen t a z )e  j 2 ( x sent  z cost )
2
ts
2 t x t z

 Eio Ero   j 1 ( x sen  ) E


   cos  e a x   to cos t e j 1 ( x sen )a x
 1 1  2 tangencial.
1 1
( Eio  Ero ) cos t  Eto cos  t (10.108b)
1 2

Expressando Er0 e Et0 em termos de Ei0 obtemos para a polarização


perpendicular as Equações de Fresnel defendidas pelos coeficientes:

• De reflexão:
Ero  2 cos  i  1 cos t
   (10.119a )
Eio  2 cos i  1 cos  t
ou
Ero    Eio (10.109b)
• De transmissão:
Eto 2 2 cos i
   (10.120a )
Eio  2 cos i  1 cos t
ou
Eto    Eio (10.120b)
Para o caso perpendicular

1      (10.121)

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Ângulo de Brewster Polarização Perpendicular (TE)


Ângulo de Brewster ou ângulo de polarização é o ângulo de incidência
para o qual a reflexão anula completamente a componente perpendicular
da onda em relação ao plano de incidência. Com isso, a onda refletida só
tem uma componente, que é a paralela ao plano de incidência.

Componente
perpendicular ao
plano eliminada.

Componente
perpendicular ao
plano.

Note que 𝛤 pode resultar nulo por se tratar de uma diferença. De tal
forma que
Ero  2 cos  i  1 cos  t
  
Eio  2 cos i  1 cos  t

2 cos i  1 cos t  0 2 cos  B  1 cos  t


Ou de mesmo modo cos t  1  sen2t

 2 1  sen 2 B  1 1  sen 2t


22 (1  sen2 B )  12 (1  sen2t )


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Utilizando-se da equação (10.104)


1  1 2 21
sen2 B  (10.122)

1  ( 1 2 ) 2
Para meios ferromagnéticos: μ1 e μ2 ≠ μ0 e ε1 = ε2
(1  1 2 ) (1  1 / 2 ) 1  ( 1 / 2 ) 2
sen  B
2
 

1  ( 1  2 )2  (1  1 / 2 ) 1   1 /  2 2  (1  1 / 2 )
 

1 2
sen 2 B   sen B| 

1  1  2 
1  2

2
tg B  (10.123)
1

Mostrando que há um ângulo de Brewster para qualquer combinação


entre μ1 e μ2. Embora possível na prática é rara essa configuração.

Exemplo 10.10

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Exemplo 10.11

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RESUMO

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