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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS PARNAÍBA
LICENCIATURA EM FÍSICA

PRÁTICA EXPERIMENTAL: INTERFERÊNCIA , DIFRAÇÃO E A


ESPECTROMETRIA

PARNAÍBA-PI
2019
ISRAEL COSTA FARIAS
JOSÉ ORLANDO DOS SANTOS MIRANDA
PAULO EUDES SALVINO ALVES

PRÁTICA EXPERIMENTAL: INTERFERÊNCIA , DIFRAÇÃO E A


ESPECTROMETRIA

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ÓPTICA


E FÍSICA MODERNA
PROF: ME. LUCAS IZÍDIO DE SOUSA SAMPAIO
CURSO: LICENCIATURA EM FÍSICA
TURMA: MÓDULO VII - TARDE

PARNAÍBA-PI
2019
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 Montagem da atividade experimental 1. Fonte: Autoria própria. . . . . . . . . . 13


2 Posição da lente cilíndrica na frente do laser. Fonte: Cidepe - 1062.003M . . . 14
3 Franjas de interferência após ligar o laser. Fonte: Autoria própria. . . . . . . . 14
4 Dispersão da luz policromática em um espectro. Fonte: Autoria própria. . . . . 15
5 Montagem do procedimento experimental 3. Fonte: Autoria própria. . . . . . . 16
6 Linhas espectrais do hidrogênio, mercúrio e hélio. Fonte: Autoria Própria. . . . 17
7 Montagem do procedimento experimental 4. Fonte: Autoria própria. . . . . . . 18
8 Faixa espectral emitida por um corpo aquecido. Fonte: Autoria Própria. . . . . 18
9 Reprodução ilustrativa do experimento de Young. Fonte: Andrade (2016) . . . 24
LISTAS DE TABELAS

1 Materiais utilizados no procedimento experimental 1. . . . . . . . . . . . . . . 13


2 Materiais utilizados no procedimento experimental 2. . . . . . . . . . . . . . . 15
3 Materiais utilizados no procedimento experimental 3. . . . . . . . . . . . . . . 16
4 Materiais utilizados no procedimento experimental 4. . . . . . . . . . . . . . . 17
5 Comprimento de onda medido para cada cor do espectro da luz branca. . . . . . 20
6 Comprimento de onda medido para cada raia espectral do hidrogênio. . . . . . 20
7 Comprimento de onda medido para cada raia espectral do mercúrio. . . . . . . 20
8 Comprimento de onda medido para cada raia espectral do oxigênio. . . . . . . 21
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IFPI: Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Piauí.

Cidepe: Centro Industrial de Equipamentos de Ensino e Pesquisa.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 9
2 OBJETIVOS ............................................................................... 11
2.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DE UM LASER............................................................... 11
2.1.1 Objetivo Geral ............................................................................. 11
2.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 11
2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ ................................... 11
2.2.1 Objetivo Geral ............................................................................. 11
2.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 11
2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO
E DO OXIGÊNIO. ......................................................................... 11
2.3.1 Objetivo Geral ............................................................................. 11
2.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 11
2.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂM-
PADA INCANDESCENTE ............................................................... 12
2.4.1 Objetivo Geral ............................................................................. 12
2.4.2 Objetivo Específico........................................................................ 12
3 METODOLOGIA ......................................................................... 13
3.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DE UM LASER............................................................... 13
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ ................................... 15
3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO
E DO OXIGÊNIO .......................................................................... 16
3.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂM-
PADA INCANDESCENTE ............................................................... 17
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................... 19
4.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DE UM LASER............................................................... 19
4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ ................................... 19
4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO
DE ONDA DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO
E DO OXIGÊNIO .......................................................................... 20
4.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂM-
PADA INCANDESCENTE ............................................................... 21
5 CONCLUSÃO ............................................................................. 22
REFERÊNCIAS ............................................................................. 23

6 APÊNDICES E ANEXOS ............................................................... 24


6.1 APÊNDICE A - A FORMAÇÃO DAS FRANJAS DE INTERFERÊNCIA ....... 24
RESUMO

Este trabalho traz um conjunto de práticas experimentais onde é possível observar o


comportamento ondulatório da luz. No primeira prática experimental é trazido uma forma de
medição do comprimento de onda da luz de um laser por meio das franjas de interferência e de
uma rede de difração. Na segunda prática experimental é mostrado que a luz branca é composta
por todas as cores do espectro visível e ainda é calculado o comprimento de onda para cada
cor dispersa. Na terceira prática experimental é feita uma análise do espectro de cores emitidos
por lâmpadas de hidrogênio, mercúrio e oxigênio. É feita a medição do comprimento de onda
ao qual pertence cada raia espectral dessas substâncias. Na quarta prática experimental é feita
uma análise de como se comporta o espectro da luz emitido por uma lâmpada incandescente
ao diminuir sua temperatura tendo como base a lei de Wien.Por fim, pôde-se verificar o acordo
entre a teoria e os dados experimentais obtidos.
Palavras-chave: Espectro. Radiação. Comprimento de onda.
9

1 INTRODUÇÃO

As equações de Maxwell previam que campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo


propagam-se no meio como um movimento ondulatório com a velocidade da luz. Logo, Maxwell
previu a existência do que é denominado de ondas ou radiações eletromagnéticas. Em 1887,
Heinrich Hertz produziu e detectou pela primeira vez ondas eletromagnéticas.
As radiações eletromagnéticas diferenciam entre si pelo comprimento de onda λ e pela
frequência ν. A luz visível possui um comprimento de onda indo de 400nm (violeta) a 700nm
(vermelho) que correspondem respectivamente as frequências de 6, 7x1014 a 4, 8x1014 (LOPES,
2013). A essa faixa de frequências é dado o nome de espectro eletromagnético da luz visível. O
espectro eletromagnético completo inclui as radiações das mais altas e mais baixas frequências
como as Ondas de rádio e os raios Gama.
Neste trabalho será dado ênfase a dois comportamentos tipicamente ondulatório da luz:
difração e interferência. A esses fenômenos das ondas eletromagnéticas ocorre de forma seme-
lhante às ondas planas na água: uma onda produzida por uma fonte encontra um obstáculo com
duas fendas, essas duas fendas se comportarão como duas outras fontes, ocorreu a difração. As
ondas provenientes das duas fendas se encontraram em algum momento ocorrendo o fenômeno
da interferência.
Thomas Young realizou, em 1807, um experimento cujo objetivo era observar o com-
portamento ondulatório da luz. Young utilizou uma fonte puntiforme de luz para iluminar um
anteparo opaco onde havia dois buraquinhos de alfinete muito próximos. Após esse anteparo
havia outro, onde ele observou a formação de pontos claros e escuros (Franjas de interferência)
alternando-se em sequência. As franjas claras são resultado de interferência construtiva e as
escuras de destrutiva (NUSSENZVEIG, 2018).
Para as franjas claras, do experimento de Young decorre a seguinte expressão:

m λ = d sin θ (1)

Onde m = 0, ±1, ±2, ±3, ... representa a ordem da franja em relação a uma franja central
para qual m = 0, θ é o ângulo de difração e d é a distância entre as franjas. As franjas claras
são chamadas de máximos e as escuras de mínimos. Consulte o apêndice A (Seção 6.1) para
ver como se dá a distribuição das franjas.
Pode - se colocar a equação (1) como uma função do ângulo θ da seguinte forma:


sin θ = (2)
d

Para uma luz monocromática o comprimento de onda é fixo e o ângulo θ na equação (2)
vai depender do valor de m, ou seja, a posição dos máximos é determinada pelo valor de m.
Uma luz policromática é composta por mais de um comprimento de onda de modo que
para m fixo o valor do ângulo θ vai depender do valor de λ. Em outras palavras, as franjas
ocuparão posições diferentes para comprimentos de onda diferentes. Então, se a luz for branca,
que é composta por todos os λ da luz visível, ocorrerá uma dispersão dessa luz em todo o
espectro visível pois cada valor de λ ocupará uma posição diferente após atravessar as fendas.
Mas existe luz policromática que não são compostas por todos os comprimento de ondas
da luz visível. Existem substâncias que emitem uma luz composta por mais de um comprimento
de onda quando seus átomos pulam de níveis de energia. Para fazer isso, por exemplo, pode-se
passar uma corrente elétrica por átomos dessa substância no estado gasoso. A luz emitida possui
um espectro que só aquela substância emite. Esse tipo de espectro é chamado de espectro de
emissão.
A partir de observações astronômicas pode-se estudar o espectro emitido por corpos
celestes e identificar as substâncias que os compõe. A essa área, que estuda os espectros carac-
terísticos da radiação emitida por substâncias, é dado o nome de Espectrometria.
Todos os corpos com temperatura acima do zero absoluto emitem radiação térmica. A
relação entre o comprimento de onda máximo da luz emitida por um corpo aquecido e a sua
temperatura é dada pela lei do deslocamento de Wien:

λ T = 2, 899x10−3 mK (3)

Isso significa que no espectro emitido por um corpo aquecido o maior valor de λ presente
será aquele dado pela equação (3).
Neste trabalho será apresentado um conjunto de práticas experimentais sobre espectro-
metria e Lei do deslocamento de Wien utilizando o conjunto experimental EQ045G produzido
e vendido pelo Centro Industrial de Equipamentos de Ensino e Pesquisa (Cidepe).

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2 OBJETIVOS

2.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DE UM LASER

2.1.1 Objetivo Geral

Determinar o comprimento de onda de laser com luz monocromática.

2.1.2 Objetivos Específicos

• Entender a diferença entre luz policromática e monocromática.

• Aprender a utilizar uma rede de difração de emissão.

2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ

2.2.1 Objetivo Geral

Determinar o comprimento de onda médio das radiações componentes da luz branca.

2.2.2 Objetivos Específicos

• Determinar o que ocorre quando uma luz policromática atravessa uma rede de difração.

• Associar cada cor a um comprimento de onda da luz.

2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO E DO OXIGÊNIO.

2.3.1 Objetivo Geral

Determinar o comprimento de onda médio das rais espectrais do H, Hg e O.

2.3.2 Objetivos Específicos

• Utilizar lâmpadas de de H, Hg e O.

• Diferenciar experimentalmente os espectros do H, Hg e O.


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2.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂMPADA IN-


CANDESCENTE

2.4.1 Objetivo Geral

Entender como se aplica a lei do deslocamento de Wien em uma lâmpada incandescente.

2.4.2 Objetivo Específico

• Analisar o espectro emitido por uma lâmpada incandescente por meio de uma rede de
difração.
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3 METODOLOGIA

3.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DE UM LASER

MATERIAIS

01 barramento com escalas milimetradas (A)


e sapatas niveladoras
01 fonte laser com lente cilíndrica para espalhamento (B)
vertical ou horizontal com fixador
01 rede de difração com constante 1,00x10−6 m (C)
01 régua de adesão magnética com escala 355-0-355 mm
e orifícios para acoplamento
02 cavaleiros universais com aba
01 mesa suporte acoplável aos cavaleiros com entrada
auxiliar para redes e filtros ópticos

Tabela 1: Materiais utilizados no procedimento experimental 1.

A rede de difração faz o papel do anteparo com as duas fendas no experimento de Young.
No entanto, a rede possui um total de 1000 fendas por milímetro.
A montagem do experimento é feita colocando a rede de difração entre a fonte laser e
um cavaleiro onde foi fixado a régua conforme a figura 1:

Figura 1. Montagem da atividade experimental 1. Fonte: Autoria própria.

Deve-se utilizar uma das escalas milimetradas do barramento para determinar distâncias
dos componentes que estão sobre ele.
É necessário colocar a lente cilíndrica na frente do laser conforme a figura 2:
Figura 2. Posição da lente cilíndrica na frente do laser. Fonte: Cidepe - 1062.003M

Dessa forma, a incidência do laser sobre a rede de difração não será pontual, será como
uma lista vertical facilitando a visualização.

Figura 3. Franjas de interferência após ligar o laser. Fonte: Autoria própria.

Após ligar o laser deve-se observar dois máximos laterais e um máximo central como
mostra a figura 3.

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3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA
DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ

MATERIAIS

01 barramento com escalas milimetradas


e sapatas niveladoras
01 lanterna de luz policromática
vertical ou horizontal com fixador
01 rede de difração com constante 1,00x10−6 m
01 régua de adesão magnética com escala 355-0-355 mm
e orifícios para acoplamento
02 cavaleiros universais com aba
01 mesa suporte acoplável aos cavaleiros com entrada
auxiliar para redes e filtros ópticos

Tabela 2: Materiais utilizados no procedimento experimental 2.

A montagem do experimento é feito da mesma forma que na figura 1. A diferença é que


no lugar da fonte laser deve ser colocada uma lanterna de luz policromática.

Figura 4. Dispersão da luz policromática em um espectro. Fonte: Autoria própria.

Deve-se obter na régua a formação do espectro da luz visível. Com a figura 4 é fácil ver
que o ângulo θ da equação (2) pode ser determinado experimentalmente.

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3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA
DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO E DO OXIGÊNIO

MATERIAIS

01 barramento com escalas milimetradas


e sapatas niveladoras
01 tubo espectral com hidrogênio
01 rede de difração com constante 1,00x10−6 m
01 régua de adesão magnética com escala 355-0-355 mm
e orifícios para acoplamento
02 cavaleiros universais com aba
01 mesa suporte acoplável aos cavaleiros com entrada
auxiliar para redes e filtros ópticos
01 fonte de alimentação de alta tensão

Tabela 3: Materiais utilizados no procedimento experimental 3.

O tubo espectral de hidrogênio é a lâmpada de hidrogênio.


A montagem é feita conforme a figura 5:

Figura 5. Montagem do procedimento experimental 3. Fonte: Autoria própria.

A lâmpada de hidrogênio é colocada no centro da régua e ligada por meio da fonte de


alta tensão. Em seguida, olha-se através da rede de difração e observa-se a formação das linhas
espectrais do hidrogênio. O procedimento é refeito para o mercúrio e para o oxigênio.

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Ao olhar através da rede de difração deve-se observar os seguintes espectros para o
hidrogênio, para o mercúrio e para o oxigênio, respectivamente:

(a) Linhas espectrais do hidrogênio. (b) Linhas espectrais do mercúrio.

(c) Linhas espectrais do oxigênio.

Figura 6. Linhas espectrais do hidrogênio, mercúrio e hélio. Fonte: Autoria Própria.

As medições são feitas a partir da observação da posição das linhas espectrais de cada
elemento na régua.

3.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂMPADA IN-


CANDESCENTE

MATERIAIS

01 soquete com lâmpada de filamento de 3,5V


01 chave liga-desliga
01 rede de difração com constante 1,00x10−6 m
03 cabos flexíveis com pinos de pressão
01 fonte de alimentação cc regulável

Tabela 4: Materiais utilizados no procedimento experimental 4.

Foi escolhida uma lâmpada incandescente de pequena voltagem para que seja possível
olhar para a mesma sem colocar a visão em risco.
A montagem do experimento é feita conforme a figura 7:

17
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Figura 7. Montagem do procedimento experimental 4. Fonte: Autoria própria.

Para evitar que a lâmpada queime, é importante que a chave esteja desligada antes de
ligar a fonte. Após ligar a fonte, a mesma deve ser regulada para 3,5 V.
Após ligar a fonte de alimentação e a chave, foi aproximada a rede de difração da lâm-
pada e observado através dela.

(a) Rede de difração próxima à lâmpada. (b) Visão através da rede de difração.

Figura 8. Faixa espectral emitida por um corpo aquecido. Fonte: Autoria Própria.

A figura 8b traz a vista da lâmpada através da rede de difração. Após feito esse processo,
diminuiu-se a voltagem da lâmpada aos poucos até a mesma apagar e observado o ocorrido.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DE UM LASER

Para medir o comprimento de onda da luz emitida pelo laser usado no experimento
utilizou-se a equação (1). Note que na figura 3 é possível visualizar os primeiros máximos
laterais, para os quais m = ±1. Mas usou-se o sinal positivo.
Ainda na equação (1), o valor de d é dado pela rede de difração: com 1000 fendas por
milímetro temos d = 1x10−6 m.
O seno do ângulo θ é determinado a partir do triângulo retângulo que foi colocado na
figura 4 mas que também está na figura 2: Medindo a distância OP da franja central até a
primeira franja brilhante lateral e a distância L da rede de difração até a franja central é possível
calcular o valor da hipotenusa. Com a hipotenusa e o cateto oposto OP pode-se encontrar o
seno de θ:

OP 168, 5mm
sin θ = =⇒ sin θ = =⇒ sin θ = 0, 644
Hip 261, 5mm

Substituindo m=1, d = 1x10−6 m e sin θ = 0, 644 na equação (1) o valor para o compri-
mento de onda obtido é de λ = 644nm. Esse valor corresponde ao comprimento de onda médio
do vermelho, como já era esperado pois o laser usado é da cor vermelha.

4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DAS FAIXAS ESPECTRAIS DA LUZ

Como já foi comentado para cada valor de comprimento de onda m=1 pois a posição de
cada cor na régua é devida ao valor de λ e não de m. Logo, utilizando a equação (1) e de forma
análoga ao procedimento experimental anterior pode-se calcular o comprimento de onda para
cada uma das cores componentes do espectro da luz branca.
A tabela abaixo traz um resumo dos cálculos feitos para obter cada valor do compri-
mento de onda variando a posição da franja brilhante.
RADIAÇÃO OP HIPOTENUSA λ = d sin θ
Vermelha 165 mm 269,2 mm 636 nm
Laranja 150 mm 250 mm 600 nm
Amarela 137,5 mm 242,7 mm 566 nm
Verde 125 mm 235,8 mm 530 nm
Azul 105 mm 225,8 mm 465 nm
Anil 100 mm 223,6 mm 447 nm
Violeta 90 mm 219,3 mm 410 nm
Tabela 5: Comprimento de onda medido para cada cor do espectro da luz branca.

Em todos os casos a posição da rede de difração permaneceu fixa, ou seja, L = 200 mm.

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3: A MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA


DAS RAIS ESPECTRAIS DO HIDROGÊNIO, DO MERCÚRIO E DO OXIGÊNIO

Como pode-se observar na figura 6a, são três as linhas espectrais do Hidrogênio possí-
veis de observar. O cálculo do comprimento de onda é feito da mesma forma que nos casos
anteriores.
A tabela abaixo trás o resumo do cálculo do comprimento de onda das raias espectrais
do hidrogênio e a cor a qual corresponde esse comprimento de onda:

COR OP HIPOTENUSA λ = d sin θ


Vermelha 350 mm 541,3 mm 646 nm
Verde 230 mm 472,7 mm 486 nm
Anil 200 mm 458,8 mm 436 nm
Tabela 6: Comprimento de onda medido para cada raia espectral do hidrogênio.

Valor medido para L foi 413 mm.


De forma análoga calcula-se o comprimento de onda para o mercúrio e para o oxigênio,
respectivamente:

COR OP HIPOTENUSA λ = d sin θ


Violeta 200 mm 456,2 mm 438 nm
Verde 275 mm 493,7 mm 557 nm
Laranja 300 mm 508 mm 590 nm
Vermelho 345 mm 535,8 mm 643 nm
Tabela 7: Comprimento de onda medido para cada raia espectral do mercúrio.

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COR OP HIPOTENUSA λ = d sin θ


Anil 205 mm 458,3 mm 447 nm
Azul 237 mm 473,5 mm 500 nm
Verde 256 mm 483,3 mm 530 nm
Amarelo 285 mm 499,3 mm 570 nm
Vermelho 340 mm 532,6 mm 640 nm
Tabela 8: Comprimento de onda medido para cada raia espectral do oxigênio.

Vale lembrar que não existe um comprimento exato para determinada cor, existe uma
faixa de comprimento de ondas que aos nossos olhos correspondem a uma cor que definimos.
O vermelho, por exemplo, pode ir de 620 a 750 nm.

4.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4: A LEI DE WIEN EM UMA LÂMPADA IN-


CANDESCENTE

Ao diminuir o valor da voltagem na fonte, a medida que a lâmpada vai apagando, a


faixa espectral vai aumentando, ou seja, é emitido comprimento de onda maiores mostrando
conformidade com a equação (3). Também Observa-se, na faixa espectral da figura 8b, que há
uma maior intensidade das cores centrais.
22

5 CONCLUSÃO

Em relação a todos os comprimentos de ondas medidos nesse conjunto de práticas ex-


perimentais, pode-se concluir que os mesmos estão de acordo com os valores previstos na li-
teratura. Ao conhecer o experimento de Young pode-se achar difícil medir o valor do seno do
ângulo θ. Este trabalho mostrou como é possível fazer essa medição de forma bem simples.
Pôde-se notar que muitos roteiros experimentais erram ao considerar o valor de m ao anali-
sar o espectro de radiações policromáticas pois consideram um valor maior que um para cada
raia espectral. Com este trabalho pôde-se concluir que para cada raia o valor de m é um. Por
fim, pode-se verificar experimentalmente que a luz possui comportamento ondulatório como
previsto na literatura.
23

REFERÊNCIAS

ANDRADE, F. B. d. Laser: Princípios básicos e uma proposta de atividade experimental para


o ensino de física. 2016.

LOPES, J. M. B. Cor e luz. Texto elaborado para a disciplina de Computação Gráfica, p. 34,
2013.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: fluidos, oscilações e ondas, calor. [S.l.]:


Editora Blucher, 2018. v. 2.
6 APÊNDICES E ANEXOS

6.1 APÊNDICE A - A FORMAÇÃO DAS FRANJAS DE INTERFERÊNCIA

Figura 9. Reprodução ilustrativa do experimento de Young. Fonte: Andrade (2016)

Na figura acima é possível ter uma visualização de como são formadas as franjas de
interferência. Note que a franja central é brilhante. Para cada valor de m tem-se um máximo à
esquerda ou à direita do máximo central.

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