2.
1 INTRODUÇÃO
ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
1 Prof. Lucio Borges de Araújo
Aula 2 – Estatística Descritiva – Parte I
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS DADOS
 Os dados podem ser classificados em:
 Qualitativos: São aqueles dados cujos
resultados não podem ser expressos em forma
numérica. Esses tipos de dados classificam-se em:
 Qualitativo ordinal: Para esses tipos de dados
é possível estabelecer uma relação de ordem
entre as possíveis categorias.
3
 Objetivo da estatística descritiva: representar de
uma forma compreensível a informação contida
nos dados.
 A forma de representar a informação contida
numa amostra ou numa população depende antes
de tudo, da escala na qual são expressos os dados.
 Por essa razão, antes de analisar as técnicas de
estatística descritiva mais frequentemente
utilizadas, é apresentado uma classificação dos
2
dados (ou variáveis).
 Exemplo
a) Grau de instrução de funcionários de uma
empresa (1º grau, 2º grau, superior);
b) Opinião de um grupo de pessoas sobre um
programa de TV( ruim, regular, bom, muito
bom).
Qualitativo nominal: Nesses tipos de dados não
há uma relação de ordem entre as possíveis
categorias.
Exemplo:
a) cor de preferência;
b) lugar de procedência dos estudantes de uma
universidade. 4
Dados quantitativos: São aqueles cujos
resultados são expressos em forma numérica e são
de dois tipos:
Quantitativos discretos: São dados que tem um
número finito ou infinito enumerável de possíveis
valores. Usualmente são associados a processos de
contagem, onde o resultado é representado
mediante um número inteiro.
Exemplo
a) número de alunos por sala de aula;
b) número de filhos por família na cidade de
Uberlândia.
Quantitativos contínuos: São dados que têm um
número infinito não enumerável de possíveis
valores e são representados por números de um
intervalo real.
Exemplo
a) Altura do aluno da turma 21;
b) peso de crianças recém nascidas num hospital
universitário etc.
5 6

2.3 ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE

RESUMO
DADOS
 Considere a tabela a seguir: uma amostra de 18
o Qualitativo: estudantes de psicologia, no ano de 2012.
a) Ordinal
Individuo Altura (m) Sexo Idade (anos) Ênfase Tempo de estudo por Dia
b) Nominal Aluno 1 1.72 M 20 Escolar Médio
Aluno 2 1.6 F 22 Cognição Médio
Aluno 3 1.74 M 22 Cognição Muito
Aluno 4 1.88 F 22 Social Pouco
o Quantitativo: Aluno 5 1.82 M 23 Social Médio
Aluno 6 1.75 M 20 Psico. e saúde Muito
a) Discreto Aluno 7 1.82 M 21 Social Pouco
Aluno 8 1.75 F 19 Cognição Muito
b) Contínuo Aluno 9 1.73 M 18 Escolar Pouco
Aluno 10 1.75 M 21 Escolar Médio
Aluno 11 1.8 M 21 Social Muito
Aluno 12 1.75 F 18 Cognição Muito
Aluno 13 1.73 M 20 Psico. e saúde Médio
Aluno 14 1.84 F 21 Social Médio
Aluno 15 1.76 M 22 Psico. e saúde Muito
7 Aluno 16 1.78 M 25 Psico. e saúde Médio 8
Aluno 17 1.75 M 22 Psico. e saúde Médio
Aluno 18 1.69 F 38 Psico. e saúde Muito
  Exemplo : representação tabular para a variável
ORGANIZAÇÃO DE DADOS QUALITATIVOS Sexo, Ênfase, tempo de estudo por dia

 Se os dados são qualitativos são simplesmente,  Podemos construir uma tabela de dupla entrada:
agrupados segundo a frequência absoluta e a Sexo x Ênfase;
proporção ou porcentagem de cada categoria
Psico e
Sexo \ Ênfase Social Escolar Cognição Total
Saúde
 A frequência absoluta é o resultado de um
processo de contagem das respostas obtidas F 2 1 0 3 6
M 3 5 3 1 12

 E podem ser representados graficamente Total 5 6 3 4 18

mediante barras horizontais ou verticais ou

 Observa-se: que a soma das frequências absolutas é igual
diagramas circulares (ou Gráfico de pizza). ao número total de estudantes consultados ou também
9
chamada de tamanho da amostra a qual será denotado por 10
n.

Considerando o número total de observações as Para uma análise mais simples da informação é
frequências relativas são obtidos dividindo cada conveniente a representação dos dados mediante
frequência absoluta por n: gráficos.

Existe uma grande diversidade de representações

gráficas, sendo as mais simples e frequentes os
gráficos colunas, gráficos barras e os gráficos
setores (ou "pizza").
As frequências percentuais são obtidas
multiplicando cada frequência relativa por 100:
Para a elaboração dos gráficos de colunas e barras
é construído um sistema de eixos cartesianos XY.

11 12
Exemplo: Gráfico de colunas para a variável tempo Exemplo: Gráfico de barras para a variável tempo
de estudo por dia. de estudo por dia.

13 14

Exemplo: Gráfico de setores para a variável tempo ORGANIZAÇÃO DE DADOS QUANTITATIVOS

de estudo por dia. DISCRETOS
 Para dados quantitativos discretos, cujo número
de resultados possíveis não é grande (não é maior
que 15), a informação pode ser classificada e
representada diretamente sem perda de
informação da mesma (de forma similar à
descrita para as variáveis qualitativas.)

 Para representar, graficamente um conjunto de

dados quantitativos discretos é construído um
sistema de eixos cartesianos XY

15 16
 Exemplo: Considere a variável idade dos  A representação gráfica é:
estudantes:

17 18

ORGANIZAÇÃO DE DADOS QUANTITATIVOS  Observações:

CONTÍNUOS
 Para exibir dados quantitativos contínuos, na
forma de distribuição de frequência, precisamos
dividir o intervalo de variação das observações,
em uma serie de intervalos não sobrepostos.
1. Se houver muitos intervalos, o resumo não
constituirá grande melhoria com relação aos
dados brutos.
2. Se houver muito poucos intervalos, um grande
volume de informações se perderá.

3. Embora não seja necessário, mas geralmente os

intervalos tem larguras iguais, o que irá
facilitar as comparações entre as classes

4. Uma vez determinado o limite superior e o

inferior, o número de observações cujos os
valores estejam dentro de cada par de limites é
19 20
contado
COMO CONSTRUIR UM DISTRIBUIÇÃO DE  Calcular a Amplitude do Intervalo de Classe
FREQUÊNCIA?
 Calcular os Limites de classe
 Dado um conjunto de dados de uma variável X; 1. O limite inferior da 1ª classe deve ser o menor
valor
2. Os demais limites são obtidos por:
 Dados ordenados:

 Calcula-se a Amplitude Total:

 Calcular a Ponto Médio:
 Calcula-se o Nº de classes:
 Obter as frequências acumuladas;
21 22

 Polígono de frequências
REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
No eixo vertical, é usado um tipo
frequência(relativas ou percentuais). No eixo
 Histograma: No eixo vertical, é usado um tipo horizontal é usado para representar os Pontos
frequência(relativas ou percentuais). No eixo Médios das classes. É considerado, também, dois
horizontal é usado para representar as classe. intervalos adicionais: um anterior ao primeiro e
outro posterior ao último intervalo de classe.

23 24
 Polígono de frequências acumuladas (ogiva)
No eixo vertical, é usado um tipo frequência
acumulada (absoluta, relativa ou percentual). No
eixo horizontal é usado para representar os limites
superiores das classes.
25
 Na investigação sobre a forma da distribuição,
várias características devem ser observadas:
 A posição central
27
2.3.3 CARACTERÍSTICA DE UMA
DISTRIBUIÇÃO
 Na análise exploratória de um conjunto de dados
quantitativos, umas das informações usualmente
procuradas é posição central e a forma da
distribuição da distribuição de frequências.
 Ao confrontarmos a distribuição observado com
vários modelos teóricos existentes, temos uma
ideia de qual o modelo seria o mais adequado
para explicar o comportamento da variável
estudada.
26
 A dispersão
 Observação: Estas curvas são exemplos de
curvas simétricas
28
 A assimetria
2.3.4 OUTROS TIPOS DE GRÁFICOS

 BOX PLOT (Gráfico de caixas)

 Gráfico de dispersão

 A curva vermelho: assimentria negativa (a esquerda)

 A curva preta: assimetria positiva (a direita) 29 30