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MOSSORÓ
2015
JÚLIA DANTAS BASÍLIO
MOSSORÓ
2015
A Deus, aos meus pais, Aírton Basílio e
Rozenilce Dantas, e ao meu irmão, Diego
Dantas, os quais me auxiliam sempre.
AGRADECIMENTOS
A Deus por todos os instantes da minha vida, pelas conquistas alcançadas no momento certo,
por me proporcionar força de vontade de sempre seguir em frente e ter permitido que eu
convivesse com uma família e amigos maravilhosos.
Aos meus avós, tios e primos, que torcem pelo meu sucesso profissional e os quais eu tenho
um enorme carinho, respeito e admiração.
Ao meus pais, Aírton Basílio e Rozenilce Dantas, por todos os esforços investidos em minha
educação tanto profissional como pessoal, ao serem meu porto seguro nas angústias e aflições.
Ao fornecerem atenção, conselhos, palavras encorajadoras e me propiciarem inúmeros
momentos de superação, alegria e um amor imensurável.
Ao meu irmão, Diego Dantas, pelo carinho, apoio, paciência, auxílio e por também ser um
grande companheiro no meu trajeto para obtenção dos meus sonhos.
Também fica registrada minha gratidão aos amigos e amigas do período escolar, como:
Jordana Holanda, Gracielle Costa, Yasmin Gurgel, Yasmim Rocha e Mônica Larissa as quais
fizeram e fazem parte de bons momentos da minha vida. E para os que se distanciaram dela
por algum motivo ou aos que me desestimularam, agradeço por terem contribuído para
minhas tomadas de decisões e terem estimulado a minha perseverança, influenciando meu
destino.
Ao orientador Eric Amaral sou grata pela paciência, dedicação e por ter despertado novos
modos de observar a realidade ao transmitir seus conhecimentos, sem o qual a elaboração da
presente pesquisa não seria a mesma. A Leonardo Andrade pela compreensão e assistência,
bem como aos demais professores que fizeram parte da graduação e dessa etapa da minha
vida.
À todas as pessoas que me deram coragem para a realização desse trabalho, meu muito
obrigada.
RESUMO
Driving a vehicle for involving a set of characteristics that require a high level of attention, as:
the routes settings, the psychological profile of the driver, perception, auditory and
kinaesthetic stimuli; results in a high risk factor for the safety of non-motorized users and
smaller vehicles. This paper deals with the study of 5 arterial roads of the city of Mossoró-
RN. The research had the objective of analyze the relationship of the width of the roads and
the speed of automotives vehicles, as well as the factors that influenced through observations
of the elements around and on the roads with the use of tape for measurements of different
widths and manual radar for speed adopted by drivers. With the result that the width of the
roads and their configurations influenced the behavior of the driver in regions that had: a great
number of cars parked on the sides, corners, flow of pedestrian and hazard to passengers; the
speed suffered a reduction. Whereas in larger cross sections it was observed that there was a
relationship with increased speed. But those who had a greater width of the roadway was not,
necessarily, the sequentially presented a higher speed. But is preferable to say that, those had
a greater visual range of the environment that led to the adoption of higher values for speed.
Thus, contacts that would require a higher level of surveillance and traffic calming measures
so that drivers slow down on these types of roads. Instead of only installation of electronic
surveillance systems, since after these points the speed increased.
1 INTRODUÇÃO
Dirigir é uma atividade complexa por envolver uma variedade de fatores, tais como: o
perfil físico e psicológico do condutor, as características geométricas da via, o desempenho do
veículo e a sua proximidade com os demais. A junção desses fatores fazem com que essa
atividade exija um controle dinâmico, na qual o motorista tem que selecionar quais
informações fornecidas pelo ambiente são relevantes, tomar decisões e controlar de forma
segura o veículo. Nesse processo de controlar os riscos e adaptação às circunstâncias de
dirigir, a informação transmitida pela via é essencial para o condutor controlar os parâmetros
que o influenciam e evitar comportamentos arriscados (BELLA, 2012).
Por estarmos na “Década de Ação pela Segurança no Trânsito" que tem por objetivo
reduzir o número de vítimas de acidentes em no mínimo 50% até 2020, definida pela
Assembleia Geral das Nações Unidas em 2010 com base nos dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS). Torna-se clara a necessidade de implementação de medidas nacionais para a
segurança no trânsito, já que o Brasil ocupava a quinta posição mundial em mortes no trânsito
e cerca de 1,3 milhão de pessoas faleceram em decorrência dos acidentes em 178 países no
ano de 2009, necessitando a implementação de ações, senão esse número poderá chegar,
segundos os estudos, a 1,9 milhão de mortes até 2020 (DENATRAN, 2011).
Pelo fato do custo social com acidentes de trânsito ser muito alto no Brasil e o número
de veículos (85.766.231 para o ano de 2014) em relação ao número da população residente no
país (202.768.562 com data de referência em 1º de julho de 2014) ser bastante considerável,
de acordo com os dados fornecidos pelo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN)
e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), respectivamente. O presente trabalho
a ser apresentado justifica-se pelo fato de que as ruas compreendem mais de 80% do espaço
público nas cidades. Mas, na maioria das vezes, elas não conseguem fornecer à comunidade
um espaço onde todos possam: dirigir, caminhar, andar de bicicleta, socializar e fazer uso do
transporte público de forma segura (NATIONAL ASSOCIATION OF CITY
TRANSPORTATION OFFICIALS, 2014). Logo, ao analisar a largura das vias arteriais e
suas configurações em relação à velocidade dos veículos no trânsito, a seguinte pesquisa visa
melhorar a compreensão dos fatores que influenciam o comportamento dos condutores
contribuindo, consequentemente, para a segurança no tráfego. Assim, esse trabalho objetiva
responder os seguintes problemas: A variação na largura das vias afeta a velocidade dos
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1.1 OBJETIVOS
Verificar a relação entre a largura das vias e a velocidade dos veículos automotivos na cidade
de Mossoró.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (2009), considera-se como via qualquer
superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo não só a pista,
como também, a calçada, o acostamento, a ilha e o canteiro central.
I – Vias urbanas - são constituídas pelos principais acessos viários localizados dentro do
perímetro urbano do município, e subdividem-se em:
a) vias de trânsito rápido: ligam o sistema rodoviário interurbano e o sistema viário urbano,
apresentando altos níveis de fluidez de tráfego, baixa acessibilidade, são próprias para a
operação de sistemas de transporte de alta capacidade e de cargas;
b) vias arteriais: permitem ligações intraurbanas, com média ou alta fluidez de tráfego, baixa
acessibilidade e são próprias para a operação de sistemas de transporte de alta capacidade de
transporte coletivo, separado do tráfego geral e de cargas;
c) vias coletoras: recebem e distribuem o tráfego entre as vias locais e arteriais, apresentando
equilíbrio entre fluidez de tráfego e acessibilidade, também são próprias para a operação de
sistemas de transportes coletivo, compartilhado com o tráfego geral e de transporte seletivo;
d) via local: promovem a distribuição do tráfego local, apresentando baixa fluidez de tráfego,
alta acessibilidade;
II - Vias Rurais – são constituídas pelas rodovias federais, estaduais e municipais, que
dão acesso a outras cidades ou localidades da zona rural.
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a) Via Coletora I (Distribuição) - difunde os fluxos de veículos entre as vias arteriais e locais,
com largura mínima de 15 m, sendo a faixa de rolamento de 10 m;
b) Via Coletora II (Apoio) - apoia a circulação da via arterial, com largura mínima de 14 m,
faixa de rolamento de 9 m.
III - Via Local caracteriza-se por conter pequeno volume de veículos e baixas
velocidades (30 km/h):
a) Via Local I - usada como percurso do transporte coletivo, com largura mínima de 12 m,
faixa de rolamento de 8 m;
b) Via Local II - utilizada como acesso direto a áreas residenciais, comerciais e industriais,
com largura mínima de 8 m exceto na zona especial industrial, faixa de rolamento de 5 m.
20
Um problema de mobilidade, comum nas grandes metrópoles ou até mesmo nas cidades
de médio porte, são os congestionamentos. Duas medidas bastante utilizadas para reduzi-los é
alargando as vias ou utilizando viadutos, porém essas só são eficazes para um pequeno
período de tempo. A realidade é que ao alargar o espaço viário disponível inicialmente,
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A solução mais adequada para a melhoria do tráfego nas cidades de forma permanente
é a construção de instalações de ótima qualidade para o transporte público e de transportes
não motorizados. Para cidades grandes ou médias, a opção mais viável seria o Bus Rapid
Transit (BRT), pois este sistema consegue transportar uma quantidade considerável de
pessoas sem a necessidade de se estender de forma exponencial o espaço viário. Uma pista de
BRT com ônibus articulado consegue carregar 10.000 passageiros por hora por sentido. Ao
contrário da via de tráfego normal que suporta pouco mais de 1.000 carros por hora – 1.200 a
1.500 pessoas com taxa de ocupação característica - levando em consideração que a faixa
recebe metade do tempo de sinal nos cruzamentos (ITDP, 2010).
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A Figura 2 mostra um grupo de 54 pessoas e o espaço que elas ocupariam se cada uma
estivesse utilizando um carro. Mostra também o espaço que um ônibus ocuparia se estas 54
pessoas estivessem dentro, assim como o espaço ocupado por elas se cada uma estivesse em
uma bicicleta.
Segundo Balbim em entrevista ao AU (2008), deve-se entender que o problema do
trânsito está articulado à gestão da mobilidade. Enquanto o foco for exclusivo de medidas
ligadas à melhoria das condições de trânsito dos automóveis particulares, continuaremos a ter
mais automóveis nas ruas, o rodízio, por exemplo, abriu de uma só vez 20% de espaços para
novos carros.
Para Meyer em entrevista ao site citado anteriormente, no mesmo ano, como a
concentração do congestionamento coincide com a cidade grande e melhor servida pelo
transporte público, a solução evidente e emergencial, mirando a modificar o uso do automóvel
particular, é o pedágio urbano dentro de um alcance bem delimitado. Portanto, a ferramenta
para diminuir o congestionamento é diminuir o número de veículos nas vias, em vez de
aumentar as larguras destas.
Já para o transporte individual não motorizado, uma solução bastante simples e barata
seria o incentivo do uso das bicicletas, elas possuem diversas vantagens como a redução: do
tempo de viagem para curtas distâncias, do tempo de acesso e saída, dos custos para o usuário,
congestionamento do tráfego motorizado, da poluição do ar e da manutenção dos custos
viários. Além de proporcionar atividade física aos usuários deste modal (SHACKEL,
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PARKIN, 2014). De acordo com o City of Copenhagen (2013) quanto maior número de
ciclovias e maior a larguras delas, mais os moradores de Copenhague utilizam suas bicicletas.
E a cada vez que a cidade constrói uma, 20% mais ciclistas (e 10% menos carros) usam
aquele trecho.
Porém, segundo Relatório PROEXT (2013), há muita polêmica com relação ao efeito
dos ciclistas sobre a capacidade da via, argumenta-se comumente que um aumento de ciclistas
no tráfego misto diminuiria a capacidade de tráfego. Portanto, para que isso não ocorra,
haveria de serem implantadas as chamadas pistas compartilhadas, que de acordo com o
parágrafo III, artigo 4º da lei complementar Nº 078/2001 que dispõe sobre o uso da bicicleta e
o sistema cicloviário: faixa-compartilhada ou via de tráfego compartilhado é toda via aberta
ao uso público caracterizada como pista compartilhada com o trânsito de veículos
motorizados, bicicletas e pedestres, sendo via preferencial ao pedestre quando demarcada na
calçada e preferencial a bicicleta quando demarcada na pista de rolamento.
(FLORIANÓPOLIS, Lei Complementar Nº 078, de 12 de março de 2001, 2010).
Em condições de pistas compartilhadas, os ciclistas não diminuem a capacidade da
via. É bem comum que a taxa máxima de fluxo de uma via, sem interrupção, ocorre quando
os veículos estão circulando por volta dos 35 km/h. Com 35 km/h quase todas as vias podem
ser pistas compartilhadas entre ciclistas e motoristas. Como exemplo, o acrescimento de uma
linha de ciclistas ao lado de três ou quatro faixas de carros que andam e param, abaixo de
35km/h no tráfego de pico nas vias de Los Angeles, não reduziria de modo algum a taxa de
fluxo de motoristas (FORESTER, 1994 apud PROEXT, 2013). Dados retirados de um estudo
titulado de Shared Space mostram que na cidade holandesa de Drachten, em um espaço
compartilhado apesar da velocidade menor, a lentidão no tráfego diminuiu em até 50% no
cruzamento de Laweiplein, por onde passam 22 mil veículos por dia (JAMES TULLOCH,
2012).
Portanto, para o Escola de Bicicletas (2015), é imprescindível equilibrar o sistema
buscando racionalidade das mobilidades e o uso sensato de cada estilo de transporte,
motorizados e não motorizados. Torna-se impossível manter a "sociedade do automóvel"
como ela se encontra hoje. É utópico, praticamente irrealista, pensar numa sociedade sem
veículos motorizados. Não se trata de lutar para abolir os motorizados, mas redimensionar sua
forma, seu uso, a dependência insana que temos deles. Temos que recuperar espaços urbanos
para uso e desfrute da vida.
24
"Traffic Calming: State of the Practice", por Reid Ewing (ZHOU; MARTIN; ZLATKOVIC,
2014).
Embora ainda não existam práticas aplicadas para o tratamento ambiental de áreas
urbanas no Brasil, nem esforços sistemáticos para o desenvolvimento de uma cultura de
trânsito que possa pautar um comportamento mais adequado dos diversos atores envolvidos
no trânsito, medidas ligadas às técnicas de traffic calming já são conhecidas no país desde a
primeira metade da década de 90 ou mesmo um pouco antes (ESTEVES, 2003).
Ainda com base no BHTRANS (2013), há outros métodos e técnicas restritivas contra
os veículos motorizados, que são adotadas de acordo com as necessidades das áreas
edificadas, tais como: tarifação de vias; restrições de estacionamento; fiscalização eletrônica,
controle e determinação de rotas para veículos de carga; taxação de automóveis; taxas para
permissão de veículos comerciais; e políticas de uso do solo para redução da necessidade de
viagens.
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a) deflexões verticais
- ondulações: É uma porção elevada da via, conforme a figura 4 com contorno circular
colocada em ângulo reto em relação à direção do tráfego. São instaladas de meio-fio a meio-
fio ou afilada nas pontas, junto ao meio-fio, por questões de drenagem. Seu uso apresenta
vantagens pela facilidade de instalação, bastante eficaz para a redução da velocidade e pode
ser aplicável na maioria dos locais, contudo há algumas desvantagens quando se diz respeito
ao seu desenho geométrico, reconstrução da via, não contribuir para a mudança do caráter ou
melhoria do meio ambiente, além de dificultar a passagem de veículos de emergência.
- plataformas: É uma porção elevada da via, conforme a figura 5, posta em ângulo reto
em relação à direção do tráfego. As plataformas são um tipo de ondulação construída com
perfil plano e rampas, que são seções inclinadas das plataformas, almofadas e platôs. Sua
utilização apresenta vantagens para a redução da velocidade e seu perfil plano uma segurança
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maior para a travessia dos pedestres. Porém estabelece cuidado no projeto para deficientes
visuais além de dificultar a passagem de veículos emergenciais.
- platô: É uma porção elevada da via da mesma altura da calçada, compreendendo toda
a interseção, construída com perfil plano e rampas. O platô pode ser implantado em trechos de
vias, neste caso sobre uma expansão maior que a de uma ondulação. É recomentado colocar
elementos verticais nos locais onde a via é elevada ao nível da calçada, tais como árvores e
balizadores, conforme a figura 7, para manter os veículos fora das áreas de pedestres.
Apresentam vantagens como dispositivo eficaz na redução de velocidade, mais adequado para
o tráfego de transporte coletivo do que as ondulações, além de criar melhores condições de
segurança para a travessia de pedestres. Contudo, há um cuidado maior no projeto para
deficientes visuais além de exigir reconstrução parcial da via.
- largura ótica: É o estreitamento visual da via por meio de árvores e outros elementos
verticais que geram, pelo aumento da dimensão vertical, a “ilusão” de redução da dimensão
horizontal (estreitamento de via). São adequadas para vias que apresentam uma aparência
larga ou mais ampla, com uma visibilidade distante. O uso da vegetação melhora a aparência
da via, além de produzir um efeito significante na redução da velocidade se seus elementos
verticais (h) excederem a largura da via (L),como mostra a figura , porém algumas espécies de
árvores podem reduzir efeito ótico alcançado, com a queda da sua folhagem.
(calçada, pista de rolamento, baias de estacionamento, etc.). Seus objetivos são reduzir a
largura da via, mantendo o acesso de ônibus e caminhões, melhorar o efeito óptico para
reduzir a velocidade e propiciar uma melhor segurança para ciclistas, pedestre. A distinção de
faixas e pista é feita por meio de textura e cor diferencias. Porém superfícies texturizadas
podem desestimular o tráfego de ciclistas.
- redução do raio de giro: São alterações na geometria das intersecções que reduzem o
raio de giro das esquinas, segundo a figura 12. Seu objetivo é diminuir a velocidade durante
as conversões para ajudar a travessia de pedestres e ciclistas, proporcionando uma maior
segurança, como mostra o Anexo C.
Figura 12 - Proteção nas intersecções através da redução do raio de giro das esqeuinas
d) deflexões Horizontais
Figura 14 - Melhor utilização dos espaços públicos: Estacionamento, Pocket Park, Jardim
Permeável, Calçadão, Para
Figura 16 - Chicanas
A Figura 17 mostra a nova orla da Praia da Barra na cidade de Salvador- Bahia foi
inaugurada em agosto de 2014. As alterações implantadas pela Transalvador visam garantir a
segurança dos pedestres e ciclistas que circulam no local. Para isto, foram instalados
fotossensores em locais estratégicos das vias que permitem que os veículos trafeguem com
velocidade máxima de 30 km/ em alguns pontos da Barra.
Os estacionamentos dos veículos são garantidos em duas modalidades: a zona mista
(que inclui as zonas verde e azul) e a zona verde a depender da via. A Zona Azul é aberta ao
público em geral e funciona todos os dias, das 7h às 18h, com tarifa de R$3 para curta
duração de no máximo duas horas e de R$6 para o período noturno. Já a Zona Verde é
destinada a pessoas que residem na via, mas cujo imóvel não possui garagem.
Os segregadores (pequenos blocos de concreto em formato triangular) foram
instalados para evitar que os veículos estacionem em cima do passeio nas demais ruas. Além
das sinalizações que também foram alocadas, elas indicam a nova velocidade das vias,
fiscalização eletrônica e as áreas de Zonas Azul e Verde.
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Figura 17 - Praia da Barra com trânsito alterado e novos limites de velocidade – Cidade de
Salvador, Bahia - Brasil
A Figura 17 trás o mapa das regiões na cidade de São Paulo onde está sendo
implantada outra medida do traffic calming, a chamada área 40. A velocidade permitida nas
vias é de 40 km/h. A medida busca melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do
sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a redução de acidentes
e atropelamentos na área.
A Rótula Central, de vermelho, representa o anel viário que circunda o centro velho da
cidade, com área interna de cercam de 1,6 km² e extensão aproximada de 5,0 km. A
ampliação do perímetro da rótula central, de cinza mostram as demais ruas que também
tiveram suas ruas com velocidade reduzida.
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A cidade de Paris, na França reduziu seu limite de velocidade padrão nas ruas, de 50
km/h até 30 km/h sobre toda a cidade. Além disso, será implementado ruas especiais mistas,
onde o pedestre pode caminhar e relaxar em qualquer lugar e os carros são limitados a 20
km/h (Figura 19).
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O limite de velocidade na Broadway, Figura 20, foi rebaixado de 30 km/h para 25 km/h.
A área afetada, chamada de zona lenta arterial pelo Departamento de Transporte, faz parte da
campanha Visão Zero do Prefeito Bill de Blasio, um esforço em todas as agências da cidade
para limitar mortes no trânsito. A Visão Zero é uma política de segurança de tráfego de
origem sueca, a qual diz que: Nenhuma perda de vida é aceitável. Essa é baseada no fato que
todos os humanos cometem erros e que os sistemas viários devem ser projetados para mantê-
los em movimento e protegidos à todo instante (VISION ZERO INITIATIVE, 2015). Este
trecho da Broadway tem sido o local de 22 mortes desde 2008, com quatro ocorrendo em um
raio de dois quarteirões deste ano, de acordo com o Conselho da Cidade (The New York
Times, 2014).
Figura 20 - Joel Hernandez, 19, a partir de Manhattan, cruzou pela Broadway na segunda-
feira à tarde – Broadway, Nova York
Figura 23 - A via calma Avenida Sete de Setembro, onde carros e bicicletas compartilham o
mesmo espaço – Curitiba, Paraná - Brasil
Figura 24- Praça rotatória de Laweiplein antes e após reforma – Drachten, Holanda
Pode-se notar que em 100% dos casos ocorreram reduções nas velocidades. Com
relação aos volumes dos fluxos de tráfego, observa-se que em quase 60% dos casos foram
averiguadas reduções e em apenas um caso, o volume cresceu. Vale lembrar que a redução no
volume não é uma meta diretamente planejada quando da adoção de projetos envolvendo
técnicas de traffic calming. Nota-se também que no que se refere à quantidade de acidentes
ocorridos, verificou-se redução em quase 90% dos casos (ESTEVES, 2003).
A seguir, serão explanados alguns conceitos para melhor entendimento dos diferentes
aspectos da via, segundo Martens, Comte e Kaptein (1997), são esses: a largura da faixa, a
largura do pavimento, folga lateral e largura efetiva da via. A largura da faixa contribui para a
velocidade do condutor, visto que faixas menores geram mais influências sobre outros
tráfegos, devido a união desses vários tipos e as ultrapassagens que ocorrem entre eles, além
de objetos ao longo da via. Assim, quanto menor a via, mais esforços devem ser colocados
para se manter dentro da faixa, o que resulta em uma redução da velocidade.
Quanto à largura do pavimento Martens, Comte e Kaptein (1997) explica que tanto a
pista de rolamento como os pavimentos extras do lado esquerdo ou direito da via, como
exemplo uma faixa de emergência, contribuem para a largura total do pavimento fornecendo
um espaço extra para deslocamento lateral ou para recuperar a faixa, essa podendo ser feita do
mesmo material da via ou de um material inferior, como tijolos.
Já segundo Van de Kerkhof (1987 apud MARTENS; COMTE E KAPTEIN, 1997), a
folga lateral é o espaço entre os obstáculos do lado esquerdo ao direito da via ou o espaço que
está visualmente disponível entre os obstáculos em ambos os lados de passeio. Esses
obstáculos podem ser: valas ao longo da estrada, jardins, postes de iluminação pública ou
carros estacionados. Já para Martens, Comte e Kaptein (1997) embora os obstáculos ocupem
43
mais da metade da pista,em algumas condições, como para os casos onde há barreiras na beira
da estrada, a largura do pavimento e a folga lateral se referem ao mesmo espaço. Um estudo
feito por Van der Heijden (1978 apud MARTENS, COMTE E KAPTEIN, 1997) percebeu
que a redução da folga lateral de 30 metros para 15 metros diminui a velocidade somente 3%,
enquanto se diminuir para 7,5 metros, há uma redução de velocidade de 16%.
Enquanto, a largura efetiva da pista é a quantidade de pavimento que está
verdadeiramente disponível para os usuários dirigirem, as vezes ela pode ser a mesma largura
do pavimento e em outros ocorrências, como carros estacionados, a largura efetiva da via é
bem menor que a largura do pavimento.
estudo, que os carros se moviam com uma velocidade mais uniforme, e os que passavam a
determinar a velocidade eram os motoristas prudentes, o que passou a ser ideal para os
ciclistas que consideravam algumas vias com quatro faixas estreitas demais para se
deslocarem confortavelmente, e também para os demais usuários de trânsito os quais não
conseguiam atravessar a rua na maioria dos locais. Dessa forma foi sugerido que as mesmas
fossem transformadas em duas faixas com ciclo faixas, medianas e uma faixa para conversões
nas interseções, para melhorar a segurança e, consequentemente, reduzir a velocidade.
Assim, como a dieta humana, a "dieta" das ruas sem análises e prescrições dos médicos
(engenheiros e planejadores de transportes) pode causar temores (BURDEN e LAGERWAY,
1999). Logo, é sugerido pela NACTO (2015) que uma largura de faixa ideal que pode ser
utilizada para as áreas urbanas é de 10 pés (aproximadamente 3,05m) por terem um impacto
positivo na segurança das vias sem fornecer transtornos às operações de tráfego.
A VELOCIDADE DO VEÍCULO
Bella (2012), entretanto, fez uma análise estatística a qual mostrou que, das três medidas
independentes (secções transversais, configurações ao redor da pista e elementos
geométricos), o comportamento do motorista somente foi afetado pelas secções transversais
(secção com acostamento com 1,5 m ou sem acostamento, e cada faixa da secção transversal
tinham uma largura de 3,50 m) e pelos elementos geométricos (curvas à esquerda e à direita,
tangente), não sendo influenciado pelas configurações ao redor da pista (sem defensa
metálica, defensa metálica padrão, defensa metálica vermelha e branca), como mostra a figura
27. Para ele, o comportamento do motorista não muda quando existem árvores nas laterais da
pista com ausência de defensas metálicas (ou barreiras), o que pode ser preocupante, pelo
fato das árvores desprotegidas aumentarem a severidade dos acidentes quando o veículo
escapa da pista.
Em um estudo realizado por Tay e Churchill (2007 apud BELLA, 2012) sobre os efeitos
das diferentes barreiras centrais na velocidade, verificou-se que os motoristas consideravam as
barreiras com um meio de proteção em vez de perigo e, consequentemente, aumentavam a
velocidade ao considerarem que os riscos eram menores.
De acordo com o Driving Test Success (2013) "the thinking distance", traduzida
literalmente como a distância do pensamento, ou como é denominada em português DTR é a
distância que ele viajou antes do acionamento dos freios começar a afetar a velocidade do
carro. Assim, a DTR considerada como adequada é 0,3048 m para cada 1,61 km/h, se uma
pessoa estiver dirigindo a 48,28 km/h a sua DTR deve ser de 9,14 m.
Figura 29 - Chance que uma pessoa tem de sobreviver se for atropelada por um carro viajando
nessas velocidades
Na figura 29, fazendo a conversão de milhas por hora para quilômetros por hora e de
pés para metros, a chance de uma pessoa sobreviver ao ser atingida por um automóvel
viajando a aproximadamente 32,19 km/h é de 95% e a distância de frenagem do carro é de
13,72 m. Agora, se o veículo estiver sendo conduzido à 48,28 km/h esse valor cai para 60% e
a distância percorrida até ele parar, aumenta para 25,91 m. Entretanto, se for aplicada uma
velocidade de 64,37 km/h a distância de frenagem passa a ser de 44,20 m, permitindo
observar que houve um aumento superior ao triplo da distância do carro a 32,19 km/h (13,72
m), fazendo com que a chance de um pedestre sobreviver se for atropelado seja reduzida para
20%.
A figura 30 mostra as regiões do corpo que podem ser lesionadas ao coliderem com um
veículo grande ou pequeno em movimento, bem como as trajetórias realizadas pela cabeça do
pedestre e a WAD (wrap-around distance) que é a linha de contorno com a distância do solo à
estrutura dianteira do veículo. Durante uma colisão frontal com o carro, o corpo do pedestre é
moldado em torno da frente do veículo. O início do impacto frontal ocorre quando uma
pessoa adulta em pé é atingida pelo carro, o para-choque e a perna e/ou a área de articulação
53
do joelho, seguido pelo contato da coxa e a borda do capô. A extremidade inferior do corpo
sofre uma aceleração para a frente, e a superior é submetida a uma rotação e aceleração em
relação ao carro, a pélvis e o tórax são atingidos, respectivamente, pela borda e parte superior
do capô. Enquanto que, a cabeça pode bater no capô ou para-brisas com a mesma ou
velocidade aproximada do carro. Essas lesões geradas pelo impactos diretos do corpo humano
com o veículo, as vezes são consideradas mais graves do que quando o mesmo é lançado ao
solo. As lesões mais graves geralmente são causadas por impactos diretos com um carro em
movimento do que quando o pedestre é lançado na rua. A gravidade das lesões que ocorrem
na cabeça, no cérebro, no tórax, na pélvis e nas extremidades é influenciada pela: velocidade
de impacto do carro,tipo, rigidez, formato e natureza da frente do automóvel(como exemplo,
temos: a altura do para-choques já que automóveis com frente mais alta pode atingir a cabeça
de uma criança, pelo fato da mesma possuir uma baixa estatura; o comprimento e altura do
capô; o quadro do para-brisas); além da idade, altura e a posição do pedestre em pé com
relação a frente do veículo (Yang, 2002 apud OPAS, 2013).
De acordo com o Viver Seguro no Trânsito (2014), o Jornal Valor Econômico destacou
que grande parte do problema da economia brasileira gastar R$ 60 bilhões anualmente por
causa de acidentes, é consequência do aumento da frota de veículos particulares nas cidades,
que cresceu 46% entre os anos de 2003 e 2013, prejudicando a mobilidade. Segundo o Viver
Seguro no Trânsito (2014), para o diretor científico da Associação Brasileira de Medicina no
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Trânsito, Flávio Adura, outro problema da economia brasileira gastar tanto com acidentes,
seria a fiscalização. Enquanto para o coordenador do Programa Acadêmico de Álcool e
Drogas do Instituto de Neurociência Deolindo Couto, da UFRJ, Bráz de Lima, os acidentes
estariam associados às falhas humanas. Para ele, mudar o comportamento e a percepção dos
motoristas e pedestres seria algo que ajudaria a reduzir o número de acidentes no nosso país,
ao considerar que, no fundo, 100% dos acidentes envolvem algum erro humano.
O Seguro DPVAT que oferece coberturas para três naturezas de danos: morte, invalidez
permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares (DAMS), as quais tenham
ocorrido nos últimos 3 anos envolvendo veículo automotor terrestre (podendo ser: carro de
passeio, motocicleta ônibus, caminhão, micro-ônibus ou trator, os quais bicicletas, trens e
barcos não se enquadram) (SEGURADORA LÍDER DPVAT, 2015).
Conforme a revista Veja (2013), tomando como base os dados do DPVAT o seguro
obrigatório pago por acidentes de trânsito, revelam que até o ano de 2012 as principais
vítimas de mortes no trânsito eram jovens que tinham entre 18 e 24 anos de idade, como
mostra a Figura 31.
Figura 31 - Dados do DPVAT, o seguro obrigatório pago por acidentes, até 2012
permanente e DAMS. Quanto aos indenizados do sexo masculino (75%) o número foi maior
que o do sexo feminino (25%) (SEGURADORA LÍDER DPVAT, 2015).
Outro dado que impressiona é que do total de indenizações pagas por tipo de vítima
(motorista, pedestre, passageiro), conforme mostra a figura 2, os motoristas foram os que
apresentaram o maior percentual (63%), os quais a maioria desses eram motociclistas (89%),
vindo em segundo lugar os pedestres com 108.441 vítimas (19%) (SEGURADORA LÍDER
DPVAT, 2015).
Figura 32 - Total de Indenizações Pagas por Tipo de Vítima - Jan a Set 2014
Em relação ao número de indenizações por morte pagas por região, a Nordeste (28%) só
fica atrás da Sudeste (38%). Além disso, a Região Nordeste foi a que teve o maior número de
indenizações pagas (34%), apesar da frota dos veículos não ter sido a maior do país, mas sim,
a terceira (com 16%, sendo que a sua frota de motocicletas representa 27% da frota de
motocicletas do país), ficando atrás da Região Sudeste a qual concentra a metade da frota
veicular coberta pelo Seguro DPVAT e da Sul, a qual possui 20% (SEGURADORA LÍDER
DPVAT, 2015).
57
Gráfico 3 - Indenizações Pagas por Morte na Região Nordeste - Jan a Set 2014
Como pode ser visto na gráfico 3, as motocicletas foram as que apresentaram o maior
percentual nas indenizações pagas por morte no Nordeste, 59%, quando foram comparadas
com micro-ônibus ou ônibus e vans, automóveis, caminhões e pick-ups. (SEGURADORA
LÍDER DPVAT, 2015).
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa classifica-se como um estudo de caso das vias arteriais mossoroenses, de
acordo com os métodos empregados, por ter permitido um detalhado conhecimento ao
descrever a situação do contexto em que estava sendo feita a investigação e ter proporcionado
a formulação de hipóteses. Admitindo explicar variáveis causais em situações complexas em
que não seria possível a utilização de outros tipos de delineamento. Sendo assim classificada,
quanto sua finalidade, como sendo uma pesquisa aplicada (GIL, 2010). Apresentando uma
abordagem quantitativa por ter tido coletado e interpretado os dados com os recursos da
Estatística (MOREIRA, 2002), por meio da Análise de Variância (ANOVA) de fator único
procedimento utilizado para testar a hipótese nula de que as médias aritméticas de várias
populações são iguais contra a hipótese alternativa de que as médias aritméticas de todas as
populações não são iguais (MANN, 2012), o que possibilitou posteriores inferências.
Por ter ido além da simples identificação da existência de relações entre as variáveis
estudadas, a largura das vias e a velocidade em que os veículos trafegavam, ao determinar os
fatores os quais as influenciavam, a pesquisa foi definida como sendo descritiva que se
aproxima da explicativa, segundo seus objetivos mais gerais. Segundo Gil (2010), descritiva
pelo fato de descrever as características e atitudes da população, além de identificar relações
entre as variáveis. E explicativa por determinar a natureza dessa relação, ou seja, os fatores
que determinam ou contribuem para a ocorrência do fenômeno. Aprofundando assim, o
conhecimento da realidade, explicando a razão e o porquê dos acontecimentos.
A coleta de dados foi feita por meio de observações sistemáticas, pois foram analisados
quais aspectos seriam significativos para o alcance dos objetivos pretendidos, possibilitando
assim, criar um plano de observação para orientar a coleta, análise e interpretação dos dados
(GIL, 2010). Logo, o conhecimento prévio sobre o fluxo do trânsito nas vias investigadas foi
o que orientou essa observação, para que em seguida fosse inicializada a obtenção dos dados
nas cinco vias arteriais do município de Mossoró-RN, as quais foram: Av. Presidente Dutra,
Av. João da Escóssia, Rua Coelho Neto, Rua Felipe Camarão e Av. Rio Branco. Onde nessas
três últimas foram realizadas observações em duas secções distintas de cada uma, com a
finalidade de se fazerem análises com o auxílio de tabelas que demonstrassem o número e a
porcentagem dos veículos com velocidades superiores, inferiores ou iguais a velocidade
59
permitida pela via arterial (60 km/h). E por meio do procedimento ANOVA de fator único, o
qual quando o P-valor era menor ou igual ao nível de significância de 0,05 podíamos dizer
que a média dos grupos eram diferentes fazendo com que rejeitássemos a hipótese nula, ou se
ocorresse o contrário, significaria que eram estatisticamente iguais (PORTAL ACTION,
2015). Essas análises também foram aplicadas nas Av. Presidente Dutra e João da Escóssia,
entretanto, para essas os dados geridos foram apenas para um único trecho da via.
Todas as observações foram realizadas durante o dia com a anotação dos horários de
início e término da obtenção das velocidades instantâneas dos automóveis, motocicletas,
caminhões e ônibus por meio do radar manual em cada seção de via analisada, bem como das
larguras das vias e dos acostamentos por meio da fita métrica. Como pode ser observado nos
Apêndices de A a J. É importante que fique claro, que a definição de motocicletas utilizada no
tópico dos Resultados e Discussão desse trabalho, não segue igualmente a do CTB, pelo fato
de ter incluído motonetas e ciclomotores a essa categoria. E da mesma forma, a de
automóveis, ao inserir camionetas, caminhonetes e utilitários.
Quanto aos efeitos do pesquisador sobre o estudo, foi algo que procurou ser
minimizado, planejando os locais onde iriam ser realizada a coleta dos dados aproveitando-se
do paisagismo, do estacionamento dos veículos ou do formato da via, evitando que o
comportamento dos condutores fosse alterado e não condissesse ao adotado habitualmente.
Outra técnica de pesquisa também utilizada foi a consulta a fontes documentais, como:
o Sistema Viário Principal disponibilizado pela Secretaria de Mobilidade Urbana do
município de Mossoró-RN (ANEXO A), documentos disponibilizados pela Internet e
materiais publicados em revistas, os quais auxiliaram na observação.
60
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo teve como base analisar a largura das vias e suas configurações em relação a
velocidade dos veículos no trânsito. A observação foi realizada em cinco vias arteriais,
classificadas com base no PDM (2006), foram essas: a Avenida Presidente Dutra, Avenida
João da Escóssia, Rua Coelho Neto, Rua Felipe Camarão e a Avenida Rio Branco (Apêndice
A).
Assim, na Rua Coelho Neto (Apêndices D e E) foi também observada as velocidade dos
diferentes tipos de veículos (automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus), sendo que das
duas secções escolhidas, uma se localizava no Bairro Lagoa do Mato e a outra na ponte sobre
o Rio Mossoró. Como pode ser visto nas Figuras 36 e 37.
A Avenida Presidente Dutra é considerada pelo PDM (2006) como uma via arterial de
articulação I (penetração) por abranger acessos aos principais municípios por meio da BR-304
61
e possuir largura superior a 20 metros juntando todas as secções separadas pelos canteiros.
Entretanto, apenas uma única via de mão dupla foi examinada com 3,2 m de largura em cada
faixa de rolamento, totalizando 6,4 m de largura da via, sem contar com os 2,6 m de
acostamento. Fazendo assim 9 m de largura de pavimento.
Como se pode perceber na Figura 33 existe uma região que permite a entrada de
veículos da pista ao lado, os quais não foram avaliados, para as suas velocidades não
interferirem no processo do estudo. Quanto as configurações ao redor da mesma identificou-
se a presença de árvores pequenas e canteiros.
A mensuração das velocidades instantâneas dos veículos nessa avenida ocorreu no dia
22 de Dezembro, como pode ser visto no Apêndice A, onde foram realizadas para a mesma a
gestão dos dados de 416 veículos, dos quais a maioria eram automóveis (242), vindo em
seguida as motocicletas (137) e os caminhões (40). Vale ressaltar que, a definição de
motocicletas utilizada nesse tópico do trabalho, não segue igualmente a do CTB, pelo fato de
ter incluído também, motonetas e ciclomotores a essa categoria. E da mesma forma, a de
automóveis, ao inserir camionetas, caminhonetes e utilitários.
Quanto a quantidade de ônibus (2) foi considerada como desprezível para o tempo
examinado de 45 minutos, por não ter uma representatividade estatística.
Além disso, foi constatado que na avenida citada ocorreu um alto fluxo de veículos,
podendo ser explicado pela época de férias e ter tido uma boa aproximação com o feriado
natalino. Ao utilizar a ANOVA de fator único para os três grupos verificou-se que o valor de
p foi muito baixo, dessa forma a análise de variância indicou que há diferença entre os grupos
dos carros, motos e caminhões (Tabela 3).
62
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 242 14871 61,45 136,21
MOTOCICLETA 137 7703 56,23 162,28
CAMINHÃO 35 1976 56,46 133,84
ANOVA
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 2696,28 2 1348,14 9,320744161 0,00 3,02
Dentro dos grupos 59446,58 411 144,64
Tabela 4 - ANOVA de fator único para a Av. Presidente Dutra apenas para automóveis e
motocicletas
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 242 14871 61,45 136,21
MOTOCICLETA 137 7703 56,23 162,28
ANOVA
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 2387,40 1 2387,40 16,40 0,00 3,87
Dentro dos grupos 54895,89 377 145,61
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
127 40
Abaixo ou igual a Abaixo ou igual a
60 km/h 60 km/h
115 97
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
52% 29%
Abaixo ou igual a Abaixo ou igual a
60 km/h 60 km/h
48% 71%
Fonte: Autoria Própria (2015).
Por ser uma região localizada a uma ampla distância de semáforos, faixas de pedestres e
sistemas de fiscalização eletrônica os condutores não sofriam tanta interferência na
velocidade. A Figura 34, mostra o local onde foi realizada a observação sendo denominado
como A, onde como podemos ver, é uma via com uma configuração geométrica bastante reta,
sem curvas e com um canteiro central com elevação bastante considerável, como pode ser
visto na Figura 33 .
64
A via do lado esquerdo (Figura 35) por estar adjunta a praça do Estádio Nogueirão que
possui um recuo para estacionamento com pavimento diferente (calçamento feito de
paralelepípedo) da via asfaltada, por não ter sido observado nenhum carro parado no intervalo
de tempo em que foram feitas as medições, isso fez com que alguns motoristas sentissem um
maior conforto, diminuindo mais a atenção ao perceberem uma maior extensão da largura da
via.
65
Outros aspectos observados foram que os semáforos localizados num cruzamento após
duas quadras do ponto analisado controlavam o fluxo da via da direita. E que os motoristas
do lado direito dessa via sofriam influência de tampas de esgoto já que essas apresentavam
um desnível em relação ao asfalto, além das rampas de entrada de veículos para residências as
quais estavam sobrepostas ao asfalto da via, o que fazia com que alguns carros preferissem a
faixa da esquerda.
Na Tabela 7, foi verificado que somente dois automóveis ficaram acima da velocidade
permitida. Enquanto que, nenhuma moto apresentou velocidade instantânea superior a
adotada como parâmetro.
66
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
2 0
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
92 42
Fonte: Autoria Própria (2015).
Apesar das vias terem uma configuração reta o número de veículos que ultrapassaram o
limite de velocidade foi bastante reduzido (se comparado com a Av. Presidente Dutra), apenas
2% dos automóveis estavam acima de 60 km/h e todas as motos estavam abaixo disso (Tabela
7 e 8).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
2% 0%
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
98% 100%
Fonte: Autoria Própria (2015).
Aplicando a ANOVA para fator único verificou-se que o valor-P foi bastante alto
(0,54), sendo maior que o nível de significância de 0,05, dessa forma a análise de variância
indicou que não há diferença estatística entre o grupo dos carros e motos, apresentando
valores para a média muito próximos (Tabela 9).
67
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 94 3904 41,53 74,64
MOTOCICLETA 42 1704 40,57 61,57
ANOVA
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 26,78 1 26,78 0,38 0,54 3,91
Dentro dos grupos 9465,69 134 70,64
Onde a média da velocidade instantânea registrada para os automóveis foi de 41,53 para
os carros e 40,57 para as motos. Sendo notável, portanto, que a velocidade dos carros foi um
pouco maior que a das motos.
Na Rua Coelho Neto as duas secções foram consideradas, com base no PDM (2006),
como via Arterial II de articulação, por permitir a ligação entre regiões extremas. Foi adotada
uma seção no Bairro Lagoa do Mato, representada na Figura 36 pela letra C. Essa apresentava
como características configuracionais a presença de mão-dupla, de acostamento apenas do
lado direito da Figura, calçadas pequenas, um alto índice de serventia do asfalto e
proximidade de uma quadra do cruzamento com semáforos. A largura dessa secção da Rua
Coelho Neto foi de 6,40 m, entretanto apenas a faixa do lado esquerdo da via da Figura 36
(3,20m) foi considerada para obtenção dos valores das velocidades instantâneas.
O total de dados coletados nessa secção conforme mostra o Apêndice A e D foi de 131
veículos, sendo que desses a maioria (73) foram de motos. Como pode ser visto na Tabela 10,
dos 54 automóveis analisados apenas um estava acima dos 60 km/h. Algo satisfatório pelo
fato da região apresentar lojas comerciais próximas e trânsito de usuários não-motorizados
como: pedestres, ciclistas e carroças.
68
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
1 0
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
53 73
Fonte: Autoria Própria (2015).
Na Tabela 11, foi atestado que nenhuma das motocicletas que passaram pela secção
estiveram acima de 60 km/h, e que 98 % de todos os automóveis estavam abaixo desse limite,
um dado bastante interessante, já que as mesmas porcentagens para os mesmos tipos de
veículos e limites de velocidades foram obtidos para a via de 5,6 m da Av. João da Escóssia,
diferente dessa por ser mais larga 2,4 m. Isso é explicado, pelas configurações ao redor da via,
secções transversais e o comportamento do condutor. Na João da Escóssia onde não há
acostamentos o condutor sofreu influência dos semáforos e dos demais condutores que
ficavam muito próximos antes de passarem no local de observação. O tráfego era, entretanto,
mais intenso quando esses estavam mais próximos do sinais. Além disso, a presença de
árvores com maior quantidade de folhagens na região adjacente a esses últimos influenciaram
também a velocidade do veículo ao proporcionar uma sensação de tranquilidade. Entretanto,
ao chegarem no local analisado, como a via possuía construções nas laterais com uma maior
distância frontal da mesma e o fluxo do trânsito se dividia pelas demais ruas, os veículos
tendiam a acelerar, porém não muito devido os obstáculos da pista, o índice de serventia do
asfalto e os cruzamentos. Enquanto na Coelho Neto, por ser muito estreita, os veículos eram
mais cautelosos devido a proximidade de um grande número de construções comerciais,
residenciais e presença de pedestres.
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
2% 0%
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
98% 100%
Fonte: Autoria Própria (2015).
69
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 54 1659 30,72 56,58
MOTOCICLETA 73 2474 33,89 49,79
ANOVA
F
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P crítico
Entre grupos 311,56 1 311,56 5,92 0,02 3,92
Dentro dos grupos 6583,96 125 52,67
Como pode ser visto no Apêndice A e E, foram examinados 439 veículos. Dos quais a
maioria eram de automóveis (227), seguido pelas motocicletas (177), a quantidade de ônibus
(nenhuma) e caminhões (35), como é de se esperar, foram pequenas.
Foram notadas alguns características da via nessa região, como: o alto fluxo de
automóveis, se opondo a secção C (no bairro Lagoa do Mato) onde a maioria era para motos,
bem como os valores de velocidades os quais chamaram bastante atenção pelo fato da Ponte
sobre o Rio Mossoró ter nas proximidades radares.
Na Figura 37 pode-se perceber também, a presença de uma curva para a esquerda, o que
fez com que muitos condutores não percebessem de imediato a presença de um aparelho
manual de medição de velocidade.
Figura 37 - Vista aérea da Rua Coelho Neto (Sobre a ponte do Rio Mossoró)
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
47 34
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
180 143
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
21% 19%
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
79% 81%
Fonte: Autoria Própria (2015).
Fazendo a ANOVA de fator único para essa secção da Avenida Coelho Neto sobre a
ponte do Rio Mossoró, temos:
72
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 227 12159 53,56 94,37
MOTOCICLETA 177 9410 53,16 125,02
ANOVA
F
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P crítico
Entre grupos 15,92 1 15,92 0,15 0,70 3,86
Dentro dos grupos 43332,07 402 107,79
Como pode ser observado, o valor-P é alto, logo, podemos dizer que as médias são
estatisticamente iguais.
Na rua Felipe Camarão não havia presença de acostamentos na secção E (Em frente ao
Aeroporto de Mossoró - Governador Dix-Sept Rosado) examinada, apenas um recuo nos
pontos de ônibus, e um canteiro central com árvores e postes de iluminação pública. A
velocidade não foi influenciada pelos radares dessa rua pelo fato dos mesmos serem distantes
da secção analisada, no qual um permanece mantido à duas quadras para a direita da Figura
38 (em um semáforo) a partir do trecho estabelecido.
Apesar da Rua Felipe Camarão ter duas vias de sentidos opostos, ambas consideradas
de acordo com PDM (2006) como sendo Arteriais II de articulação onde cada uma era
duplicada, apenas a inferior mostrada na Figura 38 que foi realmente estudada. A qual sua
largura, apresentada no Apêndice F, foi de 5,60 m para as faixas duplicadas de uma única via
que possuíam o mesmo sentido.
73
Figura 38 - Vista aérea dos dois trechos analisados da Rua Felipe Camarão
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
42 30
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
161 180
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
21% 14%
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
79% 86%
Fonte: Autoria Própria (2015).
74
Aplicando a ANOVA de fator único para a secção E (Tabela 18) vemos que o valor-P
foi baixo, indicando as médias são estatisticamente diferentes entre os dois grupos analisados,
fazendo com que descartemos a hipótese nula de igualdade dessas médias.
Tabela 18 - ANOVA de fator único para a Secção E (Em frente ao Aeroporto de Mossoró -
Governador Dix-Sept Rosado) na Rua Felipe Camarão
ANOVA: fator único
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 203 10735 52,88 104,85
MOTOCICLETA 210 10594 50,45 119,11
ANOVA
F
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P crítico
Entre grupos 611,59 1 611,59 5,46 0,02 3,86
Dentro dos grupos 46073,09 411 112,10
A "ilusão" de estreitamento da via, percebida pelo condutor, pode ser explicada pelas
configurações ao redor dessa região, já que foi observado que as quadras eram mais próximas
da pista dando essa percepção juntamente com as árvores e os estacionamentos nas laterais.
Outro aspecto observado, foi que esse local possuía um alto fluxo de carros e uma presença
considerável de pedestres e ciclistas, por ser uma área comercial (com oficinas, posto de
gasolina e supermercado), além de uma área residencial.
Onde como podemos ver, na Tabela 19, que uma grande parcela dos condutores andaram
abaixo dos 60 km/h.
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
1 1
Abaixo ou igual a Abaixo ou igual a
60 km/h 60 km/h
124 112
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
1% 1%
Abaixo ou igual a Abaixo ou igual a 60
60 km/h km/h
99% 99%
Fonte: Autoria Própria (2015).
Tabela 21- ANOVA de fator único para a Secção F (próxima à um supermercado) da Rua
Felipe Camarão
ANOVA: fator único
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 125 4601 36,81 53,33
MOTOCICLETA 113 4449 39,37 68,38
ANOVA
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 390,07 1 390,07 6,45 0,01 3,88
Dentro dos grupos 14271,78 236 60,47
Como podemos ver na Figura 39, o local G foi onde ocorreu a anotação dos dados dos
veículos que seguiam em direção ao Conjunto Santa Delmira e o H para os que iam na direção
do Bairro Santo Antônio. Ao ser observado que a via do lado G possuía um maior fluxo de
carros, sendo melhor para a posterior análise, foi feita a troca do local H de aferição da
velocidade instantânea. Juntado os dados dos apêndices H e I, podemos ver que passaram 204
veículos, dos quais a maioria eram motos (104), vindo em segundo lugar os automóveis (89).
A largura dessa avenida foi de 5,6 m para as duas faixas analisadas de uma única via,
com ausência de acostamento e sem contar com a ciclovia, a qual também possuía duas
faixas, que só tem como principal função diminuir a largura usada para o tráfego de veículos
motorizados, o que é considerada uma boa medida de traffic calming. Porém, a utilização
dessa ciclovia não é tão preferível por: não estar nas laterais, gerar altos custos com
manutenção se for comparada com a ciclofaixa; e pelo fato do fluxo de bicicletas que
passavam por ela ser praticamente inexistente. Pois, a maioria que trafegava na avenida
preferia ir pela lateral do que usar a ciclovia central, exigindo atenção do condutor.
A ausência das faixas pintadas no pavimento, também pode ter sido um fator que tenha
contribuído para um grande número de veículos estarem abaixo da velocidade. Já que as
mesmas definem a área de circulação dos veículos motorizados, delimitando bem o espaço
que cada um deve ocupar para não interferir na passagem do outro veículo que vem na lateral.
77
Outro aspecto que pode ter afetado a velocidade é a presença de uma curva próximo aos
locais G e H, além dos radares fixos de velocidade localizados nas adjacências.
Figura 39 - Vista aérea da Av. Rio Branco (Sentido Conjunto Santa Delmira e Bairro Santo
Antônio)
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
11 14
Abaixo ou igual a Abaixo ou igual a
60 km/h 60 km/h
78 90
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
12% 13%
Abaixo ou igual a 60 Abaixo ou igual a 60
km/h km/h
88% 87%
Fonte: Autoria Própria (2015).
Foi observado que o valor-P foi maior que o nível de significância(0,05), indicando que
não havia diferença estatística entre as médias dos dois grupos analisados.
Tabela 24 - ANOVA de fator único para a Av. Rio Branco (Sentido Conjunto Santa Delmira e
Bairro Santo Antônio)
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 89 4433 49,81 97,13
MOTOCICLETA 104 5191 49,91 84,14
ANOVA
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 0,52 1 0,52 0,01 0,94 3,89
Dentro dos grupos 17213,97 191 90,13
A avenida Rio Branco em frente a Praça dos Esportes também apresentou grande parte
das velocidades inferiores aos 60 km/h para sua largura de 6,6 m sem acostamento. Fatores
como ciclovia na lateral e presença de vários cruzamentos próximos a região I (Figura 40),
onde ocorreu o registro dos dados apresentados no Apêndice J, foram determinantes na
redução da velocidade.
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
0 3
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
112 102
Fonte: Autoria Própria (2015).
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 60 km/h Acima de 60 km/h
0% 3%
Abaixo ou igual a 60 km/h Abaixo ou igual a 60 km/h
100% 97%
Fonte: Autoria Própria (2015).
É válido lembrar que, apesar de boa parte dos veículos estarem abaixo ou igual a
velocidade da via arterial (60km/h), essa pode ser considerada uma velocidade muito
arriscada para trechos como esse, onde há muitos cruzamentos e um demasiado fluxo de
tráfego não só motorizado, como também, não motorizado na região central da cidade de
Mossoró. Com os mesmos dados do Apêndice J, ao reduzirmos o intervalo padrão analisado
(60 km/h) verificamos como é preocupante a situação, principalmente para os pedestres, já
que segundo Complete Streets Chicago (2013) as chances deles sobreviverem a cerca de 50 km/h cai
em 60%.
AUTOMÓVEIS MOTOCICLETAS
Acima de 50 km/h Acima de 50 km/h
8 21
Abaixo ou igual a 50 km/h Abaixo ou igual a 50 km/h
104 84
Fonte: Autoria Própria (2015).
80
Sendo verificado que as motoqueiros foram os que mais ultrapassaram esse limite,
apesar de terem menor proteção do que um condutor num automóvel.
Foi observado que o valor-P foi menor que o nível de significância(0,05), indicando que
havia diferença entre as médias entre os dois grupos analisados.
Tabela 28 - ANOVA de Fator Único para a Av.Rio Branco (Em frente a praça dos
esportes)
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
AUTOMÓVEL 112 4487 40,06 55,91
MOTOCICLETA 105 4570 43,52 59,62
ANOVA
F
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P crítico
Entre grupos 649,27 1 649,27 11,25 0,00 3,89
Dentro dos
grupos 12406,75 215 57,71
Figura 40 - Vista aérea da Av. Rio Branco (em Frente à Praça dos Esportes)
Tendo em vista as médias obtidas nas diferentes vias, a Avenida Presidente Dutra foi a
que apresentou o maior valor para a velocidade instantânea, seguida da seção da Rua Coelho
Neto sobre a ponte do Rio Mossoró, vindo em terceiro a seção da Rua Felipe Camarão
próxima ao Aeroporto Governador Dix-Sept Rosado e em quarto as vias da seção da Avenida
Rio Branco sentido Conjunto Santa Delmira e Bairro Santo Antônio. Ou seja, aquelas que
apresentaram uma maior amplitude visual.
Dessa forma, verificou-se que na seção da Rua Felipe Camarão próxima ao aeroporto, a
velocidade dos automóveis e das motocicletas ficavam em terceiro lugar em relação as demais
vias e a outra seção da Felipe Camarão próxima a um supermercado ficou em penúltima.
Sendo que a menor média da velocidade instantânea foi a da seção do Bairro Lagoa do Mato
da Rua Coelho Neto, o qual teve um valor bastante inferior em relação a outra seção da
mesma rua que apresentou a segunda maior velocidade.
82
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo principal desse trabalho foi verificar se haveria relação entre a largura das
vias e a velocidade dos veículos automotivos na cidade de Mossoró. Ao comparar e identificar
as velocidades dos automóveis, motos e caminhões, de acordo com a largura das diferentes
seções das vias; além de, analisar o comportamento dos condutores, no que concerne a cada
uma delas, por meio da velocidade e seus fatores de influência. Pode-se afirmar, em suma,
que todos os objetivos propostos, inicialmente, foram atingidos.
Dessa forma, foi visto que a largura das vias influencia na velocidade, porém, não
necessariamente, as que apresentaram maiores dimensões, tinham uma relação direta com a
ordem de classificação decrescente das velocidades. Já que os fatores configuracionais ao
redor da pista, tipos das seções transversais, elementos geométricos, implantações de medidas
de traffic calming e a percepção, também influenciam na velocidade adotada pelo condutores.
Existem mais tipos de vias a serem analisadas, além das arteriais, como: a de trânsito
rápido, local e coletora. Porém, o presente trabalho teve como foco apenas as vias arteriais.
Outra limitação, foi a insuficiência da quantidade de equipamentos para medição das
velocidades, cuja aquisição iria contribuir para o cálculo da velocidade média a ser analisada.
definidas de acordo com o CTB, as quais poderiam ser examinadas num mesmo período do
dia ou distintos.
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91
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DATA DA
COLETA RUA/ MOTO-
AUTOMÓVEL CAMINHÃO ÔNIBUS TOTAL
DOS AVENIDA CICLETA
DADOS
Av.
22/12/2014 Presidente 242 137 35 2 416
Dutra
Av. João da
22/12/2014 94 42 5 0 141
Escóssia
Rua Coelho
Neto (Bairro
22/12/2014 54 73 4 0 131
Lagoa do
Mato)
Rua Coelho
Neto (Sobre a
29/12/2014 227 177 35 0 439
Ponte do Rio
Mossoró)
Rua Felipe
Camarão (Em
frente ao
Aeroporto de
29/12/2014 203 210 17 0 430
Mossoró -
Governador
Dix-Sept
Rosado)
Rua Felipe
Camarão
(Próximo à
30/12/2014 125 113 5 1 244
um
supermerca-
do)
Av. Rio
Branco
30/12/2014 (Sentido: 33 56 3 1 93
Bairro Santo
Antônio)
93
Av. Rio
Branco
(Sentido:
30/12/2014 56 48 7 0 111
Conjunto
Santa
Delmira)
Av.Rio
Branco (Em
30/12/2014 112 105 8 1 226
frente à Praça
dos Esportes)
35 62 38 44
36 59 68
37 46 46
38 72 60
39 54 56
40 70 62
41 68 48
42 78 66
43 72 71
44 48 52
45 50 41
46 54 88
47 76 56
48 73 68
49 53 41
50 60 56
51 71 57
52 70 43
53 61 46
54 82 38
55 50 42
56 42 56
57 52 47
58 76 87
59 58 72
60 54 58
61 62 51
62 59 59
63 48 40
64 65 61
65 65 56
66 56 47
67 67 52
68 76 49
69 55 53
70 61 40
71 60 46
72 57 36
73 60 38
74 57 44
75 56 60
76 63 50
77 62 48
96
78 59 50
79 59 45
80 50 62
81 67 59
82 57 50
83 68 72
84 74 60
85 61 62
86 69 56
87 47 53
88 36 44
89 44 44
90 67 46
91 59 43
92 46 50
93 55 49
94 58 70
95 50 46
96 63 59
97 58 57
98 58 46
99 52 74
100 62 63
101 51 57
102 66 64
103 62 54
104 42 95
105 44 51
106 61 64
107 40 47
108 63 86
109 54 66
110 47 48
111 50 59
112 46 53
113 65 40
114 93 53
115 39 75
116 58 54
117 50 44
118 54 57
119 49 52
120 43 62
97
121 50 64
122 51 62
123 56 77
124 50 65
125 62 62
126 59 60
127 57 54
128 55 44
129 77 73
130 72 52
131 73 43
132 66 53
133 54 63
134 71 59
135 52 94
136 61 85
137 68 75
138 69
139 46
140 67
141 43
142 70
143 66
144 86
145 75
146 77
147 42
148 56
149 68
150 75
151 49
152 58
153 50
154 70
155 54
156 42
157 62
158 59
159 58
160 59
161 82
162 82
163 66
98
164 65
165 64
166 68
167 78
168 68
169 69
170 61
171 70
172 45
173 62
174 78
175 75
176 64
177 54
178 56
179 54
180 74
181 98
182 73
183 70
184 75
185 68
186 85
187 44
188 61
189 72
190 66
191 54
192 46
193 51
194 70
195 48
196 54
197 64
198 74
199 58
200 71
201 79
202 63
203 43
204 69
205 45
206 54
99
207 96
208 62
209 73
210 56
211 49
212 54
213 51
214 74
215 54
216 76
217 80
218 60
219 82
220 47
221 55
222 70
223 51
224 62
225 65
226 75
227 88
228 63
229 72
230 46
231 71
232 53
233 66
234 59
235 72
236 71
237 79
238 84
239 65
240 56
241 70
242 67
100
34 38 40
35 44 48
36 35 32
37 33 31
38 51 44
39 50 40
40 41 36
41 51 31
42 52 39
43 43
44 44
45 41
46 42
47 45
48 32
49 33
50 40
51 48
52 46
53 65
54 57
55 51
56 55
57 46
58 39
59 45
60 44
61 44
62 38
63 30
64 47
65 46
66 44
67 43
68 40
69 30
70 29
71 32
72 32
73 32
74 32
75 34
76 34
102
77 34
78 33
79 36
80 41
81 40
82 32
83 33
84 50
85 60
86 33
87 34
88 36
89 57
90 69
91 41
92 38
93 38
94 53
103
34 25 36
35 26 32
36 23 40
37 34 52
38 29 23
39 37 48
40 35 35
41 25 27
42 26 32
43 34 28
44 30 42
45 32 27
46 31 41
47 37 29
48 29 32
49 26 41
50 24 29
51 23 30
52 22 32
53 68 31
54 32 34
55 28
56 26
57 31
58 34
59 28
60 35
61 37
62 28
63 36
64 32
65 33
66 50
67 34
68 41
69 29
70 25
71 28
72 46
73 38
105
34 70 53 65
35 60 68 45
36 70 54
37 64 55
38 55 59
39 60 53
40 68 59
41 60 84
42 47 33
43 46 51
44 70 58
45 45 106
46 56 75
47 68 48
48 63 44
49 67 43
50 43 45
51 52 42
52 49 65
53 62 66
54 53 59
55 50 64
56 53 43
57 56 53
58 48 64
59 40 57
60 49 53
61 49 55
62 56 51
63 50 71
64 55 51
65 53 72
66 63 37
67 75 75
68 55 32
69 51 43
70 48 44
71 52 45
72 55 66
73 54 52
74 50 57
75 53 48
76 54 69
107
77 52 69
78 55 49
79 45 45
80 42 44
81 78 51
82 60 61
83 54 51
84 52 56
85 57 50
86 44 42
87 62 53
88 63 36
89 55 41
90 41 75
91 52 74
92 45 51
93 43 40
94 51 64
95 55 56
96 64 56
97 64 51
98 74 59
99 55 55
100 69 57
101 50 78
102 61 77
103 60 82
104 44 28
105 45 48
106 54 51
107 55 54
108 45 55
109 46 54
110 42 60
111 47 55
112 66 47
113 57 39
114 74 50
115 65 51
116 50 48
117 48 36
118 48 65
119 44 42
108
120 43 50
121 53 48
122 40 65
123 70 56
124 49 37
125 54 41
126 53 57
127 54 58
128 40 43
129 39 43
130 44 50
131 70 47
132 66 50
133 53 55
134 70 42
135 77 37
136 62 50
137 55 52
138 52 43
139 58 49
140 53 50
141 67 65
142 42 54
143 44 49
144 63 58
145 69 42
146 65 43
147 45 50
148 56 53
149 36 58
150 69 57
151 42 66
152 50 64
153 49 56
154 50 48
155 59 50
156 62 47
157 45 59
158 47 55
159 49 44
160 51 55
161 48 46
162 51 34
109
163 77 53
164 41 48
165 59 48
166 51 44
167 50 66
168 54 47
169 50 58
170 48 51
171 48 50
172 55 48
173 53 81
174 47 52
175 40 57
176 40 52
177 45 67
178 45
179 58
180 50
181 40
182 44
183 47
184 51
185 56
186 51
187 45
188 45
189 55
190 47
191 47
192 43
193 59
194 56
195 57
196 54
197 57
198 54
199 59
200 77
201 40
202 53
203 56
204 45
205 53
110
206 46
207 44
208 42
209 54
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111
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45 33 48
46 52 35
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51 50 67
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55 50 51
56 39 55
57 46 39
58 46 36
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60 55 42
61 43 73
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63 78 45
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66 60 56
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113
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86 45 51
87 52 42
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96 53 69
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108 48 52
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114
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152 52 72
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115
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162 54 46
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166 52 42
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168 55 42
169 51 53
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171 40 58
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176 50 54
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179 52 40
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187 47 56
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199 65 44
200 64 33
201 56 55
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116
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205 65
206 53
207 52
208 50
209 47
210 57
117
33 36 48
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35 35 27
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45 32 35
46 33 51
47 30 46
48 30 47
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50 61 31
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71 45 36
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119
76 40 28
77 22 40
78 28 39
79 29 49
80 41 47
81 36 43
82 32 47
83 32 18
84 28 39
85 49 40
86 45 50
87 35 32
88 35 40
89 31 47
90 33 34
91 49 39
92 38 30
93 48 45
94 49 35
95 40 29
96 47 33
97 39 39
98 48 31
99 51 36
100 38 17
101 35 49
102 47 54
103 32 37
104 44 53
105 45 50
106 41 49
107 38 37
108 33 42
109 29 36
110 43 50
111 34 51
112 38 38
113 52 34
114 36
115 30
116 36
117 43
118 49
120
119 34
120 38
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123 33
124 33
125 47
121
33 38 59
34 40
35 34
36 45
37 46
38 38
39 58
40 50
41 54
42 46
43 63
44 51
45 56
46 28
47 50
48 59
49 52
50 56
51 39
52 36
53 37
54 43
55 69
56 45
123
34 52 56
35 44 48
36 53 47
37 69 46
38 45 49
39 48 62
40 44 42
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42 72 51
43 54 39
44 41 39
45 59 47
46 69 48
47 67 52
48 40 56
49 50
50 58
51 35
52 36
53 38
54 36
55 38
56 39
125
APÊNDICE J - Tabela da Av. Rio Branco (Em frente à Praça dos Esportes)
Nome da Via: Av. Rio Branco (Em frente à Praça dos Esportes)
Classificação: Via Arterial II (Articulação)
Condição do clima Dia Hora Largura da via Acostamento
Ensolarado 30/12/2014 11h43 - 12h04 6,60m
VELOCIDADE INSTANTÂNEA DO VEÍCULO (km/h)
AMOSTRAS AUTOMÓVEL MOTOCICLETA CAMINHÃO ÔNIBUS
1 36 34 35 38
2 24 28 44
3 39 53 29
4 35 58 41
5 30 44 43
6 41 47 41
7 29 37 41
8 45 44 42
9 34 36
10 33 37
11 40 39
12 45 44
13 30 30
14 28 46
15 29 43
16 45 56
17 23 46
18 39 45
19 32 53
20 44 43
21 38 25
22 41 44
23 36 29
24 55 49
25 41 41
26 47 38
27 38 45
28 48 39
29 54 41
30 44 64
31 44 35
32 39 40
33 47 44
34 40 45
126
35 50 45
36 34 34
37 45 21
38 38 61
39 50 45
40 48 46
41 37 46
42 44 39
43 32 46
44 47 34
45 40 40
46 50 38
47 33 39
48 32 38
49 27 39
50 35 40
51 33 40
52 33 52
53 38 52
54 31 47
55 37 47
56 22 36
57 39 61
58 28 40
59 40 37
60 40 39
61 40 40
62 35 44
63 57 37
64 40 44
65 39 52
66 30 52
67 35 44
68 34 45
69 36 51
70 36 49
71 39 51
72 48 38
73 40 48
74 44 49
75 48 45
76 44 43
77 40 30
127
78 46 31
79 32 43
80 49 56
81 28 56
82 44 36
83 35 53
84 43 56
85 41 42
86 48 38
87 58 40
88 39 44
89 40 40
90 35 40
91 40 54
92 38 49
93 39 52
94 45 45
95 43 38
96 38 46
97 36 50
98 42 43
99 53 38
100 45 38
101 46 41
102 45 54
103 53 53
104 54 45
105 49 43
106 53
107 48
108 45
109 32
110 43
111 35
112 46
128
ANEXO C – Efeito da variação do raio de giro das interseções sobre pedestres e ciclistas