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MÓDULO 4

AULA 03: Propostas Metodológicas na


Construção de Eletivas
As propostas metodológicas devem possibilitar ao aluno participar da construção do
currículo escolar especialmente dos componentes eletivos. As metodologias empregadas nas
eletivas devem favorecer a ampliação, diversificação e/ou aprofundamento de conceitos,
procedimentos ou temáticas de uma disciplina ou área de conhecimento que não são garantidas
no espaço cotidiano disciplinar.
Se bem escolhida, a metodologia incrementa o desenvolvimento de projetos conforme
o interesse dos estudantes relacionados aos seus Projetos de Vida e/ou da comunidade a que
pertencem. Fundamental também é a correspondência entre metodologias e opções curriculares
e necessidades dos alunos. Por fim, viabilizam na prática a aquisição de competências
imperativas na preparação para a futura obtenção de capacidades específicas e de gestão para
o mundo do trabalho, dentre outras.
Algumas situações metodológicas são indispensáveis no trabalho com as eletivas. O
primeiro passo é garantir a liberdade metodológica do professor. Quanto aos estudantes deve-
se ter clareza do que é e de como é a dinâmica de funcionamento das disciplinas eletivas.
Uma metodologia não pode ser o centro da eletiva, mas o meio para se chegar ao objetivo
final, a saber, as competências do/as áreas de conhecimento da temática e as dez competências
gerais da BNCC. Na matriz curricular é indispensável uma organização temática de modo
a contemplar todas as áreas do conhecimento definidas no currículo escolar, todas as
disciplinas. Por fim, propor metodologias e práticas educativas ativas e diversificadas.
Ressalta-se que a escolha metodológica deve coadunar com a realidade financeira e
física da unidade escolar, orçamento e recursos didáticos. Cabe à equipe pedagógica
juntamente com o docente e estudantes analisarem, avaliarem com afinco todas as fases do
planejamento pois caso determinada metodologia ou recurso didático não seja plausível de
proporcionar ocasionará sentimento de frustração, desencantamento com o projeto, tornando-
se necessário refazer todo o programa. Certamente, refazer a programação durante a execução
provocará um gasto extra de empenho e energia que poderia ter sido evitado caso houvesse um
plano mais detalhado, participativo e dialogado. Vejamos a seguir alguns exemplos críveis de
metodologias ativas:
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional.

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• Aprendizagem Baseada em Problemas – PBL: forma de aprendizado que instiga a pró-
atividade e o aperfeiçoamento pessoal em um grupo acadêmico por meio de altercações
profundas de casos interdisciplinares. Se o projeto é interdisciplinar, ofertado com a
colaboração de professores de áreas/componentes curriculares diferentes, forma-se um
panorama mais enriquecedor. O docente modulado na eletiva poderá compor parcerias
esporádicas com os colegas cujos componentes curriculares estejam sendo trabalhados no
projeto.
• Aprendizagem baseada em projetos (ABP): metodologia em que os alunos se envolvem
com tarefas e provocações para desenvolver um projeto ou um produto. A aprendizagem
baseada em projetos associa diferentes conhecimentos e estimula o desenvolvimento de
competências, como trabalho em equipe, protagonismo e pensamento crítico. É considerável
notar que os títulos precisam ser sedutores para despertar o interesse inicial.
• Gamificação: empregar elementos dos jogos de modo a engajar pessoas para alcançar
um objetivo. Opera para despertar interesse, aumentar a participação, desenvolver criatividade
e autonomia, causar diálogo e resolver situações-problema.
• Cultura Maker: fomenta o intercâmbio construtivo entre alunos e professores; aprimora
o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Apoia-se na ideia de que as pessoas
devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e
funções com as próprias mãos.
• Sala de aula invertida: primeiro o aluno faz a assimilação dos conceitos essenciais antes
da aula e depois, junto à turma, discute os conhecimentos obtidos e sana possíveis dúvidas de
conteúdo com a ajuda e orientação do professor.
• Aprendizagem entre pares: coopera tanto no desenvolvimento do pensamento crítico,
quanto na capacidade dos alunos de respeitarem opiniões divergentes.

Foram citados, brevemente, exemplos de algumas metodologias que podem ser


aplicadas nos componentes eletivos. Compreendemos que existem inestimáveis outras
possibilidades, porém o mais relevante é ponderar uma metodologia a partir da proposta. Ela é
apenas um passagem, um caminho, para se chegar ao objetivo final, ou seja, ao
desenvolvimento de competências da BNCC gerais e específicas das áreas de conhecimento e
parte flexibilizada. Crie, invente, você conhece seu potencial e, aliado com o dos estudantes e
o da equipe pedagógica sem dúvidas descobrirá metodologias apropriadas para projetos
inovadores e criativos.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Documento


homologado pela Portaria n° 1.570, publicada no D.O.U. de 21/12/2017, Seção 1, Pág.
146. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em:
https://richardabreu.com.br/wp-content/uploads/2019/02/BNCC-Documento-
Completo.pdf. Acesso em: 10 out. 2020.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional.

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