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LABORATÓRIO DE FÍSICA II
Prática 3: Pêndulo
Aline Reis
André Luis R. Alves
Anna Julia G. Macedo
Enzo Corvello
Larissa A. de Toledo Sousa
ARARAQUARA
2019
Resumo
O experimento realizado visa a análise do comportamento de um pêndulo
simples e físico, tal como sua relação com o tempo de oscilações e determinação da
aceleração da gravidade local. No pêndulo simples, foi necessário fazer tais
determinações utilizando um suporte, colocando o corpo de prova em diferentes
valores de ângulos e distâncias. No caso do pêndulo físico, a barra de acrílico
utilizada também foi colocada em diferentes ângulos. Deste modo, foi aferido,
também, o momento de inércia da barra quando esta se encontra girando fora de
seu centro de massa.
1. Introdução
O movimento harmônico simples (MHS) é o movimento oscilatório ocorrido
quando a aceleração e a força resultante são proporcionais e opostas ao
deslocamento ou seja há a inversão do movimento periodicamente. Esse
movimento pode ser observado no dia a dia como por exemplo em colchões,
gangorras, balanços, pêndulos e molas (WALKER,2011).
Qualquer corpo suspenso por um eixo que seja capaz de oscilar é chamado
de pêndulo, dentre os pêndulos temos o simples que consiste numa massa
puntiforme presa a um fio inextensível que oscila em torno de um ponto fixo e o
pêndulo físico que também pode ser chamado de pêndulo real, pois não tem uma
distribuição uniforme de massa logo consiste em um objeto que oscila em torno de
um eixo de rotação perpendicular ao plano em que se movimenta. (WALKER,2011).
Para pequenos ângulos, o movimento de um pêndulo é considerado um MHS
(movimento harmônico simples) cujo período é dado por:
√
L
T = 2π g
3. Materiais e Métodos
3.1 Metodologia
O movimento de pêndulo simples é um movimento periódico e ocorre devido
a ação da força peso e da tração. Como o corpo no pêndulo simples pode ser
considerado uma partícula temos o seguinte esquema de forças, constituído por
Tração (T), Força gravitacional (Fg) e queremos determinar qual é a gravidade em
função do período(T’) :
F ry = 0 , Logo temos que :
T = F gy = mgcosϴ ,constantes temos que
F gx = F rx
mgsenϴ = ma
a = g senϴ , para ângulos pequenos podemos assumir que senϴ ϴ
a = g ϴ multiplicando por (L÷L)
d2s/dt2 = (gϴL)/L , como ϴL=x, temos
d2x/dt2 = ⍵x
⍵ = √g÷L
⍵ = 2π÷T ’ , então o período é :
T ′ = 2π√L ÷ g
Com essa equação, faz-se a regressão linear T(l)=l 4π2÷g
Pêndulo físico
Para o pêndulo físico é necessário considerar sua forma geométrica, bem como a
distância entre o eixo e o centro de massa do pêndulo. Para o equacionamento
devemos considerar os ângulos pequenos o suficiente para a aproximação senϴ ϴ,
então obtemos as seguintes equações:
τ = dxF
τ = I d2ϴ/dt2 = mgHsen(ϴ)
Sendo I = M (a2 + b2 ) ÷ 12
d2ϴ/dt2 = mgHϴ , logo, temos:
d2ϴ/dt2 = (mgHϴ)÷I, , desse modo obtemos
T ′ = 2π√I ÷ (mgH)
Para tornar o processo de plotagem linear elevados os dois lados ao quadrado e
obtemos
T ′2 (1 ÷ h) = [4π2 I ÷ (mg)] × (1 ÷ h) , correspondendo a fórmula y=ax, .
Materiais e métodos
4. Resultados e Discussão
Logo:
(2Π) 2
g= 3,9503
→ g = 9, 994 m/s 2
Como o valor de g na literatura é de, aproximadamente, 9,807 m/s2, podemos
calcular o erro relativo entre os valores teórico e experimental:
|9,994−9,807|
9,994
· 100 = 1, 87%
Assim:
(2Π) 2
g= 3,965
→ g = 9, 957 m/s 2
E o erro relativo é:
|9,957−9,807|
9,957
· 100 = 1, 51%
Portanto:
(2Π) 2
g= 3,9815
→ g = 9, 915 m/s 2
E o erro relativo é:
|9,915−9,807|
9,915
· 100 = 1, 09%
5. Conclusão
Após a realização do experimento, foi possível obter, em relação a cada
ângulo, um gráfico que relacionasse o período (T²) com os cinco comprimentos em
que a atividade foi feita. Além disso, ao analisar os dados da tabela, é aceitável
aferir que o período de oscilação varia de acordo com o comprimento do fio, e não
com o ângulo em questão, relação essa que já é passada pela fórmula utilizada
para os cálculos, em que não há menção alguma sobre o ângulo em que o
movimento é iniciado. Agora, abordando a obtenção da aceleração da gravidade
através dos dados práticos, para todos eles, foi possível ver como a fórmula,
realmente, traz bons resultados, pois com bons dados e o menor erro possível, é
capaz de se atingir uma aceleração próxima do valor encontrado na literatura,
porém, dificilmente, ao exato, já que é inevitável a existência de erros
experimentais. Para os três ângulos, a aceleração obtida foi algo em torno de 9,9
m/s², ocasionando um erro em torno de 1% para cada medida. Em relação a
segunda parte do experimento, que envolvia o pêndulo físico, foi feita uma
aproximação em que o seno do ângulo seria, aproximadamente, o próprio ângulo,
isso para pequenas variações. Essa aproximação se demonstrou válida
experimentalmente pois, como pode ser visto nas tabelas que relacionam o período
de oscilação com os ângulos, independente de qual seja a distância para o centro
de massa, os períodos são semelhantes e o momento de inércia experimental
acaba tendo valores próximos. É importante ressaltar que os cálculos baseados em
dados experimentais possuem uma certa discrepância em relação ao esperado
teoricamente, isso pode ocorrer por diversas fontes de erros distintas, tais como na
medida dos dados da barra; na contagem do tempo para ocorrência de 10 períodos;
por conta da perda de energia devido ao atrito que a barra sofre por estar em
contato com um suporte na qual ela executa o movimento, entre outros, gerando um
erro de até 20% em relação ao calculado.
6. Referências
YOUNG e FREEDMAN. Física II: Termodinâmica e ondas, 12ed. São Paulo: 2008.