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Caso Clínico

Case Report

Teresa Mourato1 Tuberculose musculoesquelética – A propósito


João Costeira2 de um caso clínico
Jaime Pina3

Musculoskeletal tuberculosis – a clinical case report

Recebido para publicação/received for publication: 09.04.26


Aceite para publicação/accepted for publication: 09.06.09

Resumo Abstract
A tuberculose da parede torácica constitui 1 % a 5 % Tuberculosis of the chest wall constitutes 1% to 5%
de todos os casos de tuberculose musculoesquelética. of all cases of musculoskeletal TB.
Os abcessos da parede torácica constituem localiza- Abscesses of the chest wall are rare tuberculous loca-
ções raras da tuberculose. Porém, com o recrudesci- tions. Because of the resurgence of the tuberculosis
mento da tuberculose associada à síndroma de imu- associated to AIDS, that diagnosis must be consi-
nodeficiência adquirida (SIDA), aquele diagnóstico dered more frequently1.
deve ser considerado mais frequentemente1. The authors present a case of osseous tuberculosis
Os autores apresentam um caso de tuberculose óssea with an abscess rib in a patient with HIV. The com-
com abcesso da costela em doente infectado pelo bination of indolent onset of symptoms and compa-
VIH. A combinação da apresentação insidiosa de sin- tible radiographic findings, strongly suggests the dia-
tomas e de imagens radiológicas compatíveis sugerem gnosis. However, the confirmation with positive
fortemente o diagnóstico. No entanto, a confirmação culture or histopathologic are essential for definitive
cultural ou histopatológica são essenciais para o diag- diagnosis.
nóstico definitivo.
Rev Port Pneumol 2010; XVI (1): 171-176
Rev Port Pneumol 2010; XVI (1): 171-176
Key-words: Musculoskeletal tuberculosis, abscess, rib.
Palavras-chave: Tuberculose musculoesquelética, ab-
cesso, costela.

1 Interna do Internato Complementar de Pneumologia/Resident, Pulmonology


2 Assistente Hospitalar Graduado de Pneumologia/Consultant, Pulmonology specialist
3 Chefe de Serviço Hospitalar de Pneumologia e Director do Serviço de Pneumologia III/Head, Pulmonology Unit, director Pulmonology III Service

Hospital de Pulido Valente, Lisboa

Serviço de Pneumologia III


Director: Jaime Pina
Hospital de Pulido Valente, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Alameda das Linhas de Torres, 117
1769-001 Lisboa
e-mail: joaocosteira@sapo.pt

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Tuberculose musculoesquelética – A propósito de um caso clínico
Teresa Mourato, Jaime Pina, João Costeira

Introdução isoniazida e rifampicina, bem como a remo-


A tuberculose musculoesquelética ocorre em ção cirúrgica do abcesso, embora a terapêu-
1% a 3% dos doentes com diagnóstico de tu- tica mais adequada seja ainda controversa.
berculose pulmonar. A parede torácica está A propósito desta entidade clínica, os auto-
envolvida em 1% a 5% de todos os casos de res descrevem o caso de um homem imuno-
tuberculose musculoesquelética, representan- comprometido, com diagnóstico de tuber-
do 1% a 2% da totalidade dos casos de tuber- culose miliar e uma forma de apresentação
culose1. A seguir às metástases, constitui a se- rara de tuberculose musculoesquelética, um
gunda causa de destruição de costela e a mais abcesso da costela com destruição óssea.
frequente lesão inflamatória das costelas. A
forma de apresentação multifocal é rara2, mes-
mo nos países em que a tuberculose é endémi- Caso clínico
ca, e em apenas um terço dos doentes existe Doente do sexo masculino, 36 anos, raça cau-
concomitantemente doença pulmonar3,4. casiana, natural da ilha do Faial, Açores, e re-
A apresentação clínica inclui tumefacção sub- sidente em Lisboa, fumador de 20 UMA, to-
cutânea da parede torácica, dor local, febre e xicofilia inalada e endovenosa durante 15
emagrecimento. Se existe envolvimento da anos, em programa de substituição de opiáce-
coluna vertebral, pode existir rigidez do tron- os deste Setembro de 2007 e infecção VIH-1
co, espasmo muscular e sinais neurológicos. conhecida desde há cerca de 12 meses, sem
A radiografia torácica pode complementar o profilaxia ou terapêutica antirretroviral. Re-
estudo diagnóstico e evidenciar envolvimento corre ao serviço de urgência do Hospital de
concomitante do parênquima pulmonar, mas Santa Maria (HSM), Centro Hospitalar Lis-
não existem achados patognómicos neste tipo boa Norte (CHLN-EPE), por quadro com
de tuberculose. A tomografia axial computa- um mês de evolução de tosse com expectora-
dorizada (TAC) mostra habitualmente um ção mucosa, por vezes mucopurulenta, febre
processo de osteólise da costela, envolvimento não quantificada, dispneia de esforço, toracal-
das partes moles endo ou extratorácicas, com gia incaracterística no terço médio do hemi-
uma densidade quística ou líquida, reacção tórax direito, acompanhados de astenia, adi-
do periósteo e/ou sequestro5,6. Este exame é namia e perda ponderal de cerca de 10 kg.
fundamental para uma adequada investigação Como antecedentes pessoais, referência a
das lesões das costelas, mostrando os tecidos e pneumonia bilateral em 1997 e infecção
estruturas envolvidas e permitindo orientar crónica ao vírus da hepatite C. Sem antece-
biópsias dirigidas7. As confirmações bacterio- dentes familiares relevantes.
lógica e histológica são fundamentais para o Ao exame objectivo, o doente apresentava-
diagnóstico definitivo, sendo por isso a pun- -se consciente, orientado, colaborante, ema-
ção aspirativa (PA) da massa a técnica utiliza- grecido, polipneico, acianótico, subfebril,
da na aquisição de material8,9. com saturação periférica normal, subfebril
O tratamento deve incluir a terapêutica anti- (TT – 38,2ºC), descorado mas hidratado e
bacilar de primeira linha com isoniazida, ri- hemodinamicamente estável.
fampicina, pirazinamida e etambutol duran- À auscultação pulmonar tinha diminuição
te dois meses seguida de sete a dez meses de do murmúrio vesicular nas bases, alguns si-

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bilos bilaterais e a auscultação cardíaca era pia que não evidenciou alterações endobrôn-
rítmica e sem sopros audíveis. A nível abdo- quicas. O líquido da lavagem broncoalveolar
minal apresentava uma hérnia umbilical, re- (LLBA) foi negativo, quer para pesquisa de
dutível e indolor, e hepatomegalia dolorosa. bacilo de Koch (BK) em exame directo, quer
Analiticamente tinha anemia microcítica para pesquisa de Pneumocystis jiroveci, quer
(Hb – 9,2 g/dl, VGM – 69,1 fl), PCR de ainda no exame bacteriológico, directo e cul-
8,2 mg/dl, sem leucocitose, LDH de 1112 tural. A biópsia brônquica revelou um proces-
U/l e hiponatremia de 127 mEq/l. so inflamatório crónico inespecífico.
A gasometria arterial (FiO2 – 21 %) eviden- Dos exames solicitados durante o interna-
ciava uma alcalose respiratória ligeira, com mento, destaca-se o seguinte:
hipoxemia (pH – 7,47; pCO2 – 33,2 mmHg;
pO2 – 64,9 mmHg; sat O2 – 94%). – Antigenúrias para o Streptococcus pneu-
A radiografia do tórax (PA) mostrava um pa- moniae e para a Legionella serotipo 1 ne-
drão micronodular/miliar difuso em ambos gativas;
os campos pulmonares e imagem de hipo- – Hemoculturas em aerobiose e anaerobio-
transparência no terço médio à direita, com se negativas;
extensão à pleura e parede torácica (Fig. 1). – Uroculturas negativas;
A pesquisa de bacilos ácido-alcool resisten- – TAC torácica, que revelou padrão de dis-
tes (BAAR) em exame directo da expectora- seminação miliar, em provável relação
ção foi negativa. com processo específico e imagem de
O doente é admitido e transferido para a unida- densidade de partes moles (líquida), com
de de imunodeficiência do Hospital de Pulido aparente destruição óssea da costela no
Valente, CHLN, EPE, com a hipótese de infec- hemitórax direito, que na janela óssea
ção respiratória no contexto de infecção VIH. apresentava corticalização (Fig. 2);
Foi medicado empiricamente com levofloxa-
cina e cotrimoxazol e pedida broncofibrosco-

Fig. 1 – Radiografia tórax (PA) – Padrão miliar difuso, hipo- Fig. 2 – TAC tórax – Padrão de disseminação miliar, ima-
transparência do terço médio à direita, com extensão à gem de densidade de partes moles com aparente destrui-
pleura e parede torácica ção óssea da costela no hemitórax direito

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– Punção lumbar, com saída de líquido ce- 5.º arco costal, para além de um ligeiro agra-
falorraquidiano cristal-de-rocha, com vamento da disseminação miliar da tuber-
ADA normal (7UI/l), bioquímica com culose a nível do parênquima pulmonar
aumento das proteínas (0,74 g/l) e dimi- (Fig. 3).
nuição da glicose (55 mg/dl). Os exames Estabelecido assim o diagnóstico de abcesso
bacteriológico, directo e cultural, bem costal com destruição óssea, o doente foi
como o micológico, foram negativos. O submetido a empiemectomia com ressecção
exame micobacteriológico directo e a pes- parcial do 4.º e 5.º arcos costais à direita,
quisa de Mycobacterium tuberculosis por ressecção atípica do LSD e da massa quística
técnica de PCR foram negativos. (abcesso). O resultado anatomopatológico
da peça operatória foi de empiema crónico.
Verificou-se melhoria clínica e laboratorial O pós-operatório decorreu sem complica-
progressiva, mas cerca de 15 dias após o iní- ções, tendo o doente alta, melhorado e man-
cio do internamento o doente inicia febre. tendo terapêutica antibacilar durante um
Entretanto, o exame cultural para pesquisa ano, com evolução favorável (Fig. 4).
de BK no LLBA e na expectoração vêem po-
sitivos, pelo que o doente é transferido para
o serviço de pneumologia III (unidade de Discussão
tuberculose) do mesmo hospital e inicia te- A tuberculose da parede torácica é uma en-
rapêutica antibacilar de primeira linha com tidade rara e constitui um desafio diagnósti-
isoniazida, rifampicina, pirazinamida e co e terapêutico, representando entre 1% a
etambutol, tal como demonstrou o perfil de 2% da totalidade dos casos de tuberculose.
sensibilidade daqueles produtos biológicos. A tuberculose óssea resulta da extensão di-
Mais tarde estes exames são complementa- recta da doença pleuropulmonar subjacen-
dos pela positividade dos exames culturais te10, disseminação hematogénea dos bacilos
em meio de Lowenstein-Jensen, quer da ex- a partir de um foco de primoinfecção nos
pectoração, quer do LLBA.
Por persistência da toracalgia à direita e au-
mento discreto da imagem radiológica de
hipotransparência direita (Fig. 2), o doente
é submetido a punção aspirativa (PA) da co-
lecção de partes moles, com saída de pus,
cuja pesquisa de BAAR foi positiva no exa-
me directo, deduzindo tratar-se de um ab-
cesso de etiologia tuberculosa.
A TAC torácica de controlo, realizada cerca
de um mês depois da primeira, revelou au-
mento volumétrico da lesão (7×6 cm axiais),
bem delimitada, localizada na parede toráci-
ca direita, com crescimento para dentro do Fig. 3 – TAC tórax – Aumento do volume da lesão com
crescimento para dentro do hemitórax direito, lise óssea do
hemitórax direito, associada a lise óssea do 5.º arco costal. Agravamento da disseminação miliar

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A dimensão destes abcessos varia habitual-


mente entre os 4 e os 10 cm, no seu maior
diâmetro13, e frequentemente pode surgir
um ponto de drenagem espontânea, nomea-
damente nos doentes em que o início da te-
rapêutica antibacilar é protelado.
A forma de apresentação mais característica
é a de um abcesso frio, que se traduz por
uma massa sem inflamação, habitualmente
única, tal como sucede neste doente. Tam-
bém pode ser dolorosa, palpável, de consis-
tência mole a elástica ou sólida, e pode ter
Fig. 4 – Radiografia tórax – Resolução do abcesso após
tratamento cirúrgico e sob terapêutica antibacilar flutuação14. A dor e o eritema local tradu-
zem sobreinfecção.
Na série de Faure, em 83% dos casos existe
pulmões11 ou da extensão directa de uma história de tuberculose pulmonar, estando
linfadenite da parede torácica12. A erosão ós- activa em 33% dos doentes11. O doente
sea resulta do tecido de granulação que ao apresentado tinha uma tuberculose miliar
crescer leva a necrose do osso, mas também activa que motivou o seu internamento, na
pela acção directa e invasiva dos microrga- sequência do qual foi investigada a toracal-
nismos. As colecções extraparenquimatosas gia que conduziria ao diagnóstico de abces-
(subpleurais) são compostas de material ca- so costal.
seoso resultantes de gânglios linfáticos ne- O diagnóstico definitivo assenta na confir-
crosados e designam-se “abcessos frios”. Es- mação micobacteriológica ou histológica de
tes podem crescer e fazer procidência na material colhido por PA8,9, embora nem
parede torácica, formando tumefações visí- sempre os doentes reúnam condições clíni-
veis no exterior, sem causarem eritema ou cas para o fazer. Por vezes só o exame histo-
dor, o que explica a contiguidade destas le- patológico da peça cirúrgica fornece o diag-
sões aos gânglios linfáticos afectados, em nóstico.
cerca de metade dos doentes. Os gânglios da A abordagem terapêutica continua a ser con-
cadeia mamária interna são os mais frequen- troversa. Estudos têm demonstrado que o
temente envolvidos. tratamento médico é insuficiente, pelo que se
Os abcessos tuberculosos da parede torácica recomenda o desbridamento cirúrgico asso-
podem envolver, por ordem decrescente de fre- ciado aos fármacos antituberculosos8. A téc-
quência, o esterno, as costelas, as articulações nica cirúrgica mais adequada inclui a ressec-
costocondrais e costovertebrais e as vértebras. ção alargada e completa da massa e costelas
Em mais de metade dos casos não existe que eventualmente possam estar envolvidas15,
destruição óssea. A associação de uma massa sendo o procedimento mais efectivo com
de partes moles, lesão osteolítca e sequestro baixo risco cirúrgico e mandatório, a fim de
na TAC torácica sugere tuberculose da pare- evitar recidivas8,16. A duração aceitável da an-
de torácica6. tibioterapia é de 9 a 12 meses17,18,19.

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Conclusões
Com base neste caso, tecem-se algumas con-
siderações no que diz respeito ao diagnósti-
co de tuberculose musculoesquelética, valo-
rizando a importância do elevado grau de
suspeição clínica, particularmente em áreas
de alta prevalência de tuberculose e SIDA.
Reforça-se a abordagem terapêutica mais
adequada e a necessidade de tratamento ci-
rúrgico, complementados pela medicação
antibacilar para a completa resolução do ab-
cesso costal e redução da taxa de recidivas.

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