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1. Competência internacional
Determinam, de acordo com o direito interno, a extensão da jurisdição nacional frente àquela de outros
Estados.
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
Regras de conexão
I. Classificação
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II. Localização
O segundo momento, é a localização da sede jurídica da relação, uma vez que cada categoria dessa tem
uma sede diferente.
O terceiro momento, uma vez localizada a sede jurídica, encontrado está o elemento de conexão, indica-se
em seguida a aplicação do direito vigente neste local, o que constitui a regra de conexão do DIPr.
LINDB
Elemento pessoal
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da persona-
lidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Elemento real
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que
estiverem situados.
Elemento formal
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
1. Aspectos gerais
Trata dos direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece
princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante.
Aplicação subsidiaria – Art. 2. Esta Lei não prejudica a aplicação de normas internas e internacionais espe-
cíficas sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou consular, funcionários de organização
internacional e seus familiares.
Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou
definitivamente no Brasil;
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Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual
em município fronteiriço de país vizinho;
Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem
pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;
Apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação,
nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de
22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.
I - de visita (curta duração): turismo; negócios; trânsito; atividades artísticas ou desportivas; e outras hipó-
teses definidas em regulamento.
II – temporário (residência por tempo determinado): a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou
cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;
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4. Convenção Internacional de Viena
Imunidades de jurisdição do agente diplomático
1. Marco jurídico
2. Conceitos
3. Imunidades de jurisdição no estado acreditado – Art. 31 da Convenção: Penal, Civil e administrativa, salvo
nos casos:
a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplo-
mático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão.
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a título privado e não em nome do Estado,
como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático
no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
6. Agrément
O Estado acreditante deverá certificar-se de que a pessoa que pretende nomear como Chefe da Missão
perante o Estado acreditado obteve o Agrément do referido Estado (Art. 4, 1).
O Estado acreditado não está obrigado a dar ao Estado acreditante as razões da negação do " agrément ".
(Art. 4. 2)
Em caso de falecimento de um membro da Missão os membros de sua família continuarão no gôzo dos
privilégios e imunidades a que tem direito até a expiração de um prazo razoável que lhes permita deixar o
território do Estado acreditado (Art. 39. 3).
A residência particular do agente diplomático goza da mesma inviolabilidade e proteção que os locais da
missão (Art. 30)
5. Nacionalidade
1 Definição
Brasileiro Nato
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Art. 12, I, a - ius solis.
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repar-
tição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Brasileiro Naturalizado
a) Ordinária (Art. 12, II, a), CF/88)
b) Extraordinária (Art. 12, II, b), CF/88)
Portugueses e a reciprocidade (Art. 12, § 1º, CF/88)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Perda da Nacionalidade (Art. 12, § 4º, I e II, CF/88)
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse na-
cional;
Caso Cláudia Cristina Hoerig. STF. 1ª Turma. MS 33.864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016
(Info 822).
Extradição 1.462 Distrito Federal. Relator : Min. Roberto Barroso.
6. Saída do Estrangeiro
Saída do Estrangeiro
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§ 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa transportadora e à
autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o
representa.
Procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação
migratória irregular em território nacional.
A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as
irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser pror-
rogado, por igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atua-
lizadas suas informações domiciliares.
A notificação prevista não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar
seu domicílio e suas atividades.
A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação
de assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação.
O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao
prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo.
II - o expulsando:
a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa
brasileira sob sua tutela;
b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou
legalmente;
c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País;
d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados a
gravidade e o fundamento da expulsão; ou
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A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de expulsão, se não houver de-
fensor constituído.
Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notifi-
cação pessoal do expulsando.
Avaliação da decisão de expulsão por parte do Judiciário poderá avaliar a decisão de expulsão?
Cabe ao Poder Judiciário analisar se ele foi praticado em conformidade ou não com a legislação em vigor
(controle de legalidade), não podendo examinar a sua conveniência e oportunidade., ou seja, não poderá
realizar o controle sobre o mérito da decisão. STJ. 1ª Seção. HC 239.329/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima,
julgado em 28/05/2014. STJ. 1ª Seção. HC 333.902-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 14/10/2015
(Info 571)
O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o atentado contra chefe de Estado
ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocídio e
terrorismo.
Efetivada a prisão do extraditando, o pedido de extradição será encaminhado à autoridade judiciária com-
petente.
O Supremo Tribunal Federal, ouvido o Ministério Público, poderá autorizar prisão albergue ou domiciliar ou
determinar que o extraditando responda ao processo de extradição em liberdade, com retenção do docu-
mento de viagem ou outras medidas cautelares necessárias, até o julgamento da extradição ou a entrega
do extraditando, se pertinente, considerando a situação administrativa migratória, os antecedentes do ex-
traditando e as circunstâncias do caso.
Jurisprudência do STF
É vedada a expulsão de estrangeiro casado com Brasileira, ou que tenha filho Brasileiro, dependente da
economia paterna (Súmula 1).
Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro
(Súmula 421).
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8. Organização das Nações Unidas – ONU
Órgãos
I Assembleia Geral
Principal órgão deliberativo da ONU. Cada Estado tem direito a um voto. Suas deliberações não têm caráter
obrigatório.
II Conselho de Segurança
15 Estados membros: 5 permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia - CEFRR) e 10
rotativos (2 anos).
IV Conselho de tutela
Utilizado para supervisionar os governos que administravam os territórios. O Conselho deixou de operar a
partir de 1994, com a independência do último território (Ilhas Palau no Pacífico).
Objetivo principal de resolver os litígios entre os Estados, funcionando também como órgão consultivo.
(Art. 35 ECIJ) A Corte estará aberta aos Estados que são partes do presente Estatuto. As condições pelas
quais a Corte estará aberta a outros Estados serão determinadas pelo Conselho de Segurança.
Competência consultiva: tarefa da emissão de parecer (art. 96 da Carta das Nações Unidas e do artigo 65 do
Estatuto da Corte Internacional de Justiça).
Capacidade para solicitar o parecer consultivo: Assembleia-Geral, Conselho de Segurança da ONU, bem
como por outros órgãos das Nações Unidas e entidades especializadas, que forem em qualquer época de-
vidamente autorizados pela Assembleia Geral da entidade. Tais pareceres, em princípio, não são vinculan-
tes, embora possam vir a sê-lo, caso as partes que o solicitem o convencionem (Art. 65 CIJ).
VI Secretariado
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9. Asilo
Tipos de Asilo
10 Divorcio Internacional
Art. 961.
Art. 964. Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade
judiciária brasileira.
Civil das Pessoas Naturais, sem a necessidade de homologação judicial do Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
ATENÇÃO! A nova regra vale apenas para divórcio consensual simples ou puro, que consiste exclusiva-
mente na dissolução do matrimônio. Havendo disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de
bens – o que configura divórcio consensual qualificado –, continua sendo necessária a prévia homologação
pelo STJ.
Bons estudos!
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