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1. Competência internacional

Determinam, de acordo com o direito interno, a extensão da jurisdição nacional frente àquela de outros
Estados.

I Competência concorrente: Arts. 21 e 22, CPC/2015

Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:

I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;


II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.

Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:

I - de alimentos, quando:

a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;


b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou
obtenção de benefícios econômicos;

II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;


III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.

II Competência Exclusiva: Art. 23, CPC/2015

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;


II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no
Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

2. Regras de conexão ou lei aplicável

Regras de conexão

Direito aplicável as diversas situações jurídicas conectadas a mais de um sistema legal.

I. Classificar a situação ou relação jurídica dentre um rol de qualificações.


II. Localizar a sede jurídica desta situação ou relação.
III. Determinar a aplicação do direito vigente nesta sede.

I. Classificação

Estado ou a capacidade da pessoa, a situação de um bem, um ato ou fato jurídico.

- Estatuto pessoal e a capacidade do sujeito, art. 7 da LINDB.


- Estatuto real, art. 8 da LINDB.
- Atos jurídicos, art. 9 da LINDB (locus regit actum – local da Constituição).

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II. Localização

O segundo momento, é a localização da sede jurídica da relação, uma vez que cada categoria dessa tem
uma sede diferente.

III. Aplicação direito vigente

O terceiro momento, uma vez localizada a sede jurídica, encontrado está o elemento de conexão, indica-se
em seguida a aplicação do direito vigente neste local, o que constitui a regra de conexão do DIPr.

LINDB
Elemento pessoal

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da persona-
lidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

Elemento real

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que
estiverem situados.

Elemento formal

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.

3. Lei de Migração 13.445/2017 e Decreto 9.199/2017


Lei de Migração 13.445/2017
Decreto 9.199/2017

1. Aspectos gerais

Trata dos direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece
princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante.
Aplicação subsidiaria – Art. 2. Esta Lei não prejudica a aplicação de normas internas e internacionais espe-
cíficas sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou consular, funcionários de organização
internacional e seus familiares.

2. Conceitos (Art. 1, § 1).

Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou
definitivamente no Brasil;

Emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior;

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Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual
em município fronteiriço de país vizinho;

Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem
pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;

Apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação,
nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de
22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.

3. Princípios e diretrizes da Política migratória brasileira (Art. 3)

I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;


III - não criminalização da migração;
IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida em
território nacional;
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;
XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educa-
ção, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social;
XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante;
XIX - proteção ao brasileiro no exterior;
4 Alguns Direitos do migrante (Art. 4).
III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e de-
pendentes;
V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a
legislação aplicável;
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei,
sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de
proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XIV - direito a abertura de conta bancária;
XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pe-
dido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização
de residência; e

5. Tipos de vistos (Art. 12)

I - de visita (curta duração): turismo; negócios; trânsito; atividades artísticas ou desportivas; e outras hipó-
teses definidas em regulamento.
II – temporário (residência por tempo determinado): a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;

b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou
cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;

II - o imigrante seja beneficiário de tratado em matéria de vistos;


III - outras hipóteses definidas em regulamento.
III - diplomático;
IV - oficial;
V - de cortesia.

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4. Convenção Internacional de Viena
Imunidades de jurisdição do agente diplomático

1. Marco jurídico

Convenção de Viena sobre relações diplomáticas de 1961.


Decreto 56.435/65

2. Conceitos

a) Agente Diplomático: é o Chefe da Missão ou um membro do pessoal diplomático da Missão.


b) Estado acreditante: aquele que envia o seu agente.
c) Estado acreditado: aquele que recebe o agente.

3. Imunidades de jurisdição no estado acreditado – Art. 31 da Convenção: Penal, Civil e administrativa, salvo
nos casos:

a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplo-
mático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão.
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a título privado e não em nome do Estado,
como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático
no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.

4. Imunidade quanto ao depoimento como testemunha

O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.

5. Renúncia a imunidade de jurisdição e execução – Art. 32

a) Capacidade: Estado acreditante.


b) Formalidade: ser sempre expressa.
c) Proibição do agente invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconvenção.
d) Necessidade de uma nova renúncia para a execução.

6. Agrément

O Estado acreditante deverá certificar-se de que a pessoa que pretende nomear como Chefe da Missão
perante o Estado acreditado obteve o Agrément do referido Estado (Art. 4, 1).

O Estado acreditado não está obrigado a dar ao Estado acreditante as razões da negação do " agrément ".
(Art. 4. 2)

Em caso de falecimento de um membro da Missão os membros de sua família continuarão no gôzo dos
privilégios e imunidades a que tem direito até a expiração de um prazo razoável que lhes permita deixar o
território do Estado acreditado (Art. 39. 3).

A residência particular do agente diplomático goza da mesma inviolabilidade e proteção que os locais da
missão (Art. 30)

5. Nacionalidade

1 Definição

É um vínculo jurídico-político entre o Estado soberano e o indivíduo.

Brasileiro Nato

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Art. 12, I, a - ius solis.

Também admite o critério ius sanguinis para os seguintes casos:

- Art. 12, I, b), serviço do país.


- Art. 12, I, c), 1º Parte, registro.
- Art. 12, I, c), 2º Parte, opção confirmativa.

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repar-
tição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Brasileiro Naturalizado
a) Ordinária (Art. 12, II, a), CF/88)
b) Extraordinária (Art. 12, II, b), CF/88)
Portugueses e a reciprocidade (Art. 12, § 1º, CF/88)

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Perda da Nacionalidade (Art. 12, § 4º, I e II, CF/88)

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse na-
cional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;


b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

Caso Cláudia Cristina Hoerig. STF. 1ª Turma. MS 33.864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016
(Info 822).
Extradição 1.462 Distrito Federal. Relator : Min. Roberto Barroso.

6. Saída do Estrangeiro

Saída do Estrangeiro

Repatriação (Art. 49).


A repatriação consiste em medida administrativa de devolução de pessoa em situação de impedimento ao
país de procedência ou de nacionalidade.

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§ 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa transportadora e à
autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o
representa.

§ 2º A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via eletrônica.


Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de apatridia, de fato ou de
direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou separado de sua família, exceto nos casos em
que se demonstrar favorável para a garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem,
ou a quem necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de devolução para país
ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade pessoal ou à liberdade da pessoa.

Deportação (Arts. 50 a 53)

Procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação
migratória irregular em território nacional.
A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as
irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser pror-
rogado, por igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atua-
lizadas suas informações domiciliares.

A notificação prevista não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar
seu domicílio e suas atividades.

Os procedimentos conducentes à deportação devem respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia


de recurso com efeito suspensivo.

A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação
de assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação.

Expulsão (Arts. 54 a 60)


A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território
nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado.
Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática de:

I - Crimes de competência do Tribunal Penal Internacional


II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as possibilida-
des de ressocialização em território nacional.

Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a


suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei.

O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao
prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo.

Art. 55. Não se procederá à expulsão quando:

II - o expulsando:

a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa
brasileira sob sua tutela;
b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou
legalmente;
c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País;
d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados a
gravidade e o fundamento da expulsão; ou

No processo de expulsão serão garantidos o contraditório e a ampla defesa.

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A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de expulsão, se não houver de-
fensor constituído.

Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notifi-
cação pessoal do expulsando.

A existência de processo de expulsão não impede a saída voluntária do expulsando do País.

Avaliação da decisão de expulsão por parte do Judiciário poderá avaliar a decisão de expulsão?

Ato de expulsão é considerado discricionário

Cabe ao Poder Judiciário analisar se ele foi praticado em conformidade ou não com a legislação em vigor
(controle de legalidade), não podendo examinar a sua conveniência e oportunidade., ou seja, não poderá
realizar o controle sobre o mérito da decisão. STJ. 1ª Seção. HC 239.329/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima,
julgado em 28/05/2014. STJ. 1ª Seção. HC 333.902-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 14/10/2015
(Info 571)

Extradição (Arts. 81 a 99)


A extradição é a medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se
concede ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de
instrução de processo penal em curso.

Caberá à autoridade judiciária competente a apreciação do caráter da infração.

O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o atentado contra chefe de Estado
ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocídio e
terrorismo.

Efetivada a prisão do extraditando, o pedido de extradição será encaminhado à autoridade judiciária com-
petente.

O Supremo Tribunal Federal, ouvido o Ministério Público, poderá autorizar prisão albergue ou domiciliar ou
determinar que o extraditando responda ao processo de extradição em liberdade, com retenção do docu-
mento de viagem ou outras medidas cautelares necessárias, até o julgamento da extradição ou a entrega
do extraditando, se pertinente, considerando a situação administrativa migratória, os antecedentes do ex-
traditando e as circunstâncias do caso.

Jurisprudência do STF
É vedada a expulsão de estrangeiro casado com Brasileira, ou que tenha filho Brasileiro, dependente da
economia paterna (Súmula 1).

Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro
(Súmula 421).

7. Controvérsias entre Estados

Competência nacional para o julgamento de pessoa jurídica de Direito Internacional Público

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8. Organização das Nações Unidas – ONU

Organização de âmbito universal, de caráter permanente, intergovernamental e com personalidade jurídica


própria (antecedida pela Liga das Nações).

Objetivo principal: busca e manutenção da paz e segurança internacional.

Documento de constituição: Carta de São Francisco 1945.

Órgãos

I Assembleia Geral

Principal órgão deliberativo da ONU. Cada Estado tem direito a um voto. Suas deliberações não têm caráter
obrigatório.
II Conselho de Segurança

15 Estados membros: 5 permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia - CEFRR) e 10
rotativos (2 anos).

III Conselho Econômico e Social


Promover o estudo e desenvolvimento econômico e social por meio da cooperação.

IV Conselho de tutela

Utilizado para supervisionar os governos que administravam os territórios. O Conselho deixou de operar a
partir de 1994, com a independência do último território (Ilhas Palau no Pacífico).

V Corte Internacional de Justiça

Objetivo principal de resolver os litígios entre os Estados, funcionando também como órgão consultivo.
(Art. 35 ECIJ) A Corte estará aberta aos Estados que são partes do presente Estatuto. As condições pelas
quais a Corte estará aberta a outros Estados serão determinadas pelo Conselho de Segurança.

Competência consultiva: tarefa da emissão de parecer (art. 96 da Carta das Nações Unidas e do artigo 65 do
Estatuto da Corte Internacional de Justiça).

Capacidade para solicitar o parecer consultivo: Assembleia-Geral, Conselho de Segurança da ONU, bem
como por outros órgãos das Nações Unidas e entidades especializadas, que forem em qualquer época de-
vidamente autorizados pela Assembleia Geral da entidade. Tais pareceres, em princípio, não são vinculan-
tes, embora possam vir a sê-lo, caso as partes que o solicitem o convencionem (Art. 65 CIJ).

VI Secretariado

Órgão encarregado das funções administrativas e executivas da ONU.

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9. Asilo

Tipos de Asilo

I diplomático (extraterritorial, interno ou político): acolhe-se o beneficiário em missões diplomáticas, navios


de guerra, aeronaves e acampamentos militares. Trata-se de um costume dos países da América Latina.
II territorial (externo ou internacional): acolhe-se o beneficiário no território do Estado.

- Lei 13.445, Art. 27.

10 Divorcio Internacional

Art. 961.

§ 5 A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homo-


logação pelo Superior Tribunal de Justiça.

Art. 964. Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade
judiciária brasileira.

CNJ – Provimento n 53 de 16 de maio de 2016:


Sentença estrangeira de divórcio consensual já pode ser averbada diretamente em cartório de Registro

Civil das Pessoas Naturais, sem a necessidade de homologação judicial do Superior Tribunal de Justiça
(STJ).

ATENÇÃO! A nova regra vale apenas para divórcio consensual simples ou puro, que consiste exclusiva-
mente na dissolução do matrimônio. Havendo disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de
bens – o que configura divórcio consensual qualificado –, continua sendo necessária a prévia homologação
pelo STJ.

Bons estudos!

Professor Bruno Viana


@ProfBrunoViana
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