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Doença mental na política


16-22 minutos

[Eduardo
Bolsonaro, do Partido Social Cristão, discursa em manifestação
anti-dilma no dia 1/11/2014 em São Paulo. O Deputado Federal,
eleito com 82.224 votos, foi armado ao protesto.]

Por Christian Ingo Lenz Dunker.

As eleições de 2014 foram palco de um acirramento discursivo


sem precedentes no país. A disponibilidade de meios e a facilidade

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dos fins desencadeou uma espécie de loucura coletiva que dividiu


famílias, amigos e comunidades. Nunca se falou tanto em política
nos divãs e os conflitos se alastram catalisando o tencionamento
de relações entre professores e alunos, médicos e pacientes,
empregados e funcionários. Transfigurações e epifanias se
sucediam quando se descobria um novo colega “aecista” ou
quando um pequeno gesto deixava farejar um “dilmista” nas
redondezas.

A coisa já vinha se anunciando desde que as manifestações de


junho de 2013 anunciavam, ao lado da renovação da esquerda, a
emergência de um novo discurso conservador, cujo traço mais
significativo é a suspensão do seu tradicional universalismo.
Lembremos aqui que o apóstolo Paulo é conhecido como inventor
do universalismo ao interpretar que a chegada do cristianismo
significa uma suspensão da antiga lei, que dividia as pessoas entre
“gregos e judeus, entre mulheres e homens, entre escravos e
livres”.* Diante da nova lei, com a qual podemos nos medir e
comparar, somos todos iguais e dissolvemos nossas
particularidades de nascimento, de origem cultural, de gênero ou
de condição social.

Discordo dos que pensam que a política deveria ser o espaço do


debate neutro de ideias, sem a degradação representada pelo “Fla-
Flu” eleitoral. O “Fla-Flu” está aí desde que há política e o
antagonismo que ele representa constitui a política como ocupação
do espaço público, não sem violência. Há interesses e há diferença
de interesses. Ocorre que a nomeação dos “times” já é um ato
político. Dividir as coisas entre direita e esquerda, entre
progressistas e conservadores, ou entre liberais e revolucionários,
exprime não só o lugar de quem propõe a geografia do problema,

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quanto a teoria da transformação que este pressupõe. Mas então o


que teria mudado nesta última eleição de tal maneira que o ódio e
o ressentimento parecem ter assumindo o controle discursivo da
situação?

Paulo Arantes argumentou que esse fenômeno corresponde ao


surgimento de uma polarização assimétrica, na qual há um lado
que não está interessado em governar, mas em impedir que haja
governo. O outro lado, o da esquerda moderada, está um tanto
esgotado quanto a definir que Brasil interessa ao conjunto paulíneo
dos brasileiros. Teríamos assim um agrupamento que não quer
mais esperar, que alterou a relação da política com o tempo, e que
não está interessado nas próximas eleições como ponto de
mudança. Do outro lado, uma esquerda incomodada por ter que
apostar em uma plataforma de continuidade. Para quem conhece a
expressão vergonha alheia, adapte-se ao contexto definido por
uma espécie de inveja alheia. Situação e oposição vivendo um
drama de sinais de identidade trocados.

É o caso da madame que despede sua empregada servindo-se do


discurso de que virão tempos de crise, nos quais ela não poderá
arcar com os custos fixos de uma funcionária. Sabendo que a tal
havia votado em Dilma, a demissão transforma-se em uma
descompostura moral contra o voto mal feito. Como se a
empregada, ao eleger Dilma, tivesse levado a patroa ao ato de
demissão. O medo do declínio social, a incerteza identitária que
caracteriza a classe média, transforma-se cinicamente em um ato
de bravura vingativa e afirmação de força política feita por outras
vias.

A chamada “elite branca” jamais havia sido confrontada tão


abertamente quanto nessa combinação de cinismo, auto-

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complacência e complexo de adequação, que veio a carregar


semanticamente a palavra “coxinha”. O nosso rico típico deixou de
ser o ostentador consumista cuja autoridade depende da
capacidade de impor humilhação e inveja ao outro, assim como
petista não é mais o pobre engajado na aliança operário-
camponesa-estudantil. O novo discurso do ódio generalizado
começa pela interpretação de que até mesmo nossos inimigos são
farsantes, dissimulados, pessoas que escondem o que “realmente
são”. Os petistas viraram “esquerda caviar” e os ricos viraram
“coxinhas”. Neste novo mundo, não se pode confiar nem mesmo
em nossos inimigos, estes corruptos e dissimulados, black ou
yellow blocs, mascarados.

Isso é muito evidente nos epígonos desta nova era de


ressentimento na política, que já vinha sendo anunciada pela nova
direita conservadora. Figuras visionárias que perceberam com
clareza que, diante dos perigos representados pela diminuição da
exclusão social e da desigualdade, seria preciso construir uma
reação representada pela exclusão discursiva e por novas retóricas
da diferença. Como quem diria: “os que pensam diferente de nós
não representam apenas outro ponto de vista, mas são pessoas
doentes que precisam ser corrigidas como indivíduos desviantes”.
E o ponto comum nesta exclusão é a redução de seus adversários
a uma figura de irracionalidade.

Não há que se argumentar com os “petralhas” porque eles “são”


pessoas moralmente indignas. E por petralhas inicia-se uma
associação englobante que vai do governo a todos os que votam
no partido e termina em todos aqueles que se recusam a “ver o
óbvio” – inclusive a pobre empregada doméstica demitida. Estes
estão possuídos por um estado de excepcionalidade na qual foram

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destituídos de sua razão, do uso livre da vontade, revelando assim


seu verdadeiro caráter.

Ora, como psicanalista, interessado na psicopatologia, salta aos


olhos o uso sistemático e recorrente que este discurso faz da
noção de doença mental. Isso me faz retomar o debate
interrompido com Rodrigo Constantino sobre o uso da destituição
da racionalidade do outro, pelo seu rebaixamento ao estado de
loucura. Para tanto remeto o leitor a afirmações como:

“A verdadeira desordem psiquiátrica é justamente esse


esquerdismo doente, que relativiza tudo e não encontra mais
parâmetro algum de comportamento decente.”
(Rodrigo Constantino. “Pedofilia: uma orientação sexual?”. Veja,
31.10.2013. Página visitada em 20.11.2013.)

Questionado, nesta coluna, sobre o fato de que nenhuma


orientação política ou religiosa pode ser considerada
imediatamente um transtorno mental, percebe-se, na resposta do
autor, que o uso de expressões como “esquerdopatia” não é
alegórico, metafórico ou um exagero retórico, mas representa uma
crença real de que as pessoas que pensam e votam à esquerda
são “portadoras de um problema mental”. Elas estão realmente
sancionando os milhões de mortes ocasionados pelos ditadores
cubanos, chineses ou cambodjanos. Os eleitores de Dilma são
psicopatas, como eles. Em escala reduzida, elas são tão corruptas
quanto a turma do Lava a Jato da Petrobrás. Confrontado com o
fato de que a associação entre orientação política e diagnóstico de
transtorno mental é repudiada explicita e veementemente, até
mesmo pelos manuais mais conservadores em psicopatologia,
como o DSM-V e o CID-X, Constantino responde que:

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“O psiquiatra Lyle Rossitter, por exemplo, sustenta que esse


esquerdismo é sim um desvio de personalidade. Você não diria
que os nazistas sofrem de certa patologia? Então orientação
política não pode jamais ser patologia? Não tem nada a ver com
comportamento decente? Nem mesmo no caso dos nazistas? Ou
será que você, agora, vai adotar um critério seletivo para conviver
com esse discurso relativista e hipócrita?”
(Rodrigo Constantino, “A esquerda dissimulada“, Veja, 08/07/2013)

Uma determinada orientação de personalidade, circunstanciada


em um contexto social, mediada por alternativas politicamente
definidas, pode favorecer a adesão a certas ideologias, mas aí – e
este é o ponto – há personalidades autoritárias de direita e
personalidade autoritárias de esquerda. O erro aqui é pensar que a
personalidade autoritária, a psicopatia, ou a personalidade anti-
social, liga-se necessariamente a um tipo de partido, religião,
gênero ou raça. Todavia o erro segundo, e mais importante, é
inverter esta relação imaginando então que pessoas de tal partido
ou orientação política ou religiosa – que coincidentemente não é a
sua própria – têm uma determinada compleição patológica
específica. É assim que se engendra, discursivamente, um
processo como a homofobia. É assim que se desdobram os
fenômenos de preconceito contra grupos e classes.

Quem leu o excelente estudo de Daniel Goldhagen, Os Carrascos


Voluntários de Hitler, (Cia. das Letras), ou passou por Eichmann
em Jerusalém de Hanna Arendt (Perspectiva) sabe que as
atrocidades nazistas não foram causadas pelo repentino
nascimento de milhões de alemães acometidos subitamente pela
psicopatia. Os carrascos voluntários que trabalharam em
Auschwitz e Treblinka eram, no geral, banais funcionários de

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Estado, interessados em valores como conformidade, adequação e


obediência. Pessoas que se sentiam irrelevantes, mas que podiam
substituir esta irrelevância por um grandioso projeto coletivo se
obedecessem ao discurso correto.

Ou seja, eles não se distinguiriam de todos nós por sofrerem de


patologias específicas, simplesmente teriam sido “mobilizados” por
um discurso. Um discurso que, como o do bom burocrata, os fazia
adivinhar a vontade do mestre, produzindo uma escalada de
violência institucionalizada. Um discurso que suspendia o universal
pela divisão entre espécies: loucos e normais, homens e mulheres,
bons e maus, judeus e arianos. Em outras palavras, os carrascos
voluntários não eram pessoas indecentes, mas personalidades
excessivamente orientadas para o que eles julgavam ser a
decência do momento. Passar de categorias clínicas e disciplinas
psicológicas ou psiquiátricas para categorias morais como
decência e indecência não é um acidente. Isso remonta a uma
antiga e errônea convicção de que transtornos mentais implicam
rebaixamento cognitivo (expressões como idiota e imbecil
nasceram no alienismo psiquiátrico), ou desvios de caráter que
pactuam de uma moral duvidosa. Nada mais errado e nada mais
preconceituoso. Aliás, vejamos como o psiquiatra supracitado, Lyle
Rossiter, caracteriza a esquerda antes de patologizá-la:

“Para salvar-nos de nossas vidas turbulentas, a agenda


esquerdista recomenda a negação da responsabilidade pessoal,
incentiva a autopiedade e autoconsideração, promove a
dependência do governo, assim como a indulgência sexual,
racionaliza a violência, pede desculpas pela obrigação financeira,
justifica o roubo, ignora a grosseria, prescreve reclamação e
imputação de culpa, denigre o matrimônio e a família, legaliza

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todos os abortos, desafia a tradição social e religiosa, declara a


injustiça da desigualdade, e se rebela contra os deveres da
cidadania.”
(Lyle Rossiter. The Liberal Mind: The Psychological Causes of
Political Madness. Free World Books, U.S.A, 2011)

O curioso neste retrato, no qual nenhum esquerdista real consegue


se reconhecer, é que ele não contém nenhum elemento clínico,
apenas ilações morais, semelhantes às que são mobilizadas na
onda de ódio que precedeu e sucedeu as eleições. O segundo
elemento estranho é que o livro em questão chama-se The Liberal
Mind, ou seja, a mente liberal e não a mente esquerdista (Leftist
Mind). Devemos tomar isso como uma confissão de que a mente
liberal tem agendas esquerdistas? O terceiro acaso, absolutamente
irônico, é que o grande caso de uso político da doença mental,
historicamente denunciado, ocorreu na União Soviética dos anos
1950, onde se diagnosticava massivamente a “esquizofrenia
progressiva” nos que discordavam de Stalin, antes de enviá-los
aos Gulags. Ou seja, esta história de achar que esquerdista é
doente mental, é uma invenção de… esquerdista, mascarado de
liberal, que não consegue separar clínica de moralidade
preconceituosa. Diria mesmo, que dentro de cada “aecista”
sanguinário, mora uma pequena Dilma, que à noite, quando ele
deita a cabeça no travesseiro, lhe sussurra obscenidades
indecorosas, mas ainda assim irresistíveis.

Contudo, o verdadeiro problema do discurso da nova direita


conservadora e injustificadamente intitulada “liberal” não é o
clamoroso erro de uso de categorias indevidas, em contexto de
desqualificação do adversário. No caso da “esquerdopatia” isso é
simplesmente ignorância. O problema é que este discurso possui

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efeitos de incitação, desencadeamento e estimulação sobre


nossas formas habituais de sofrimento e seus sintomas
associados. O que este discurso faz é nomear nosso mal-estar,
atribuindo-lhe uma causa precisa e localizável: “os esquerdistas e
suas mentes doentias”. Ele nos faz pensar nosso sofrimento como
sendo causado por um determinado objeto intrusivo que veio, não
se sabe de onde, perturbar nossa paz e harmonia.

Podemos não acreditar nesta bobagem de que a esquerda é uma


patologia mental, mas mesmo assim somos expostos a (e
absorvemos) esta lógica discursiva. A lógica que suspende o
universal, a lógica anti-São Paulo, não se faz em nome de nossa
singularidade, mas em nome de nossas particularidades adesivas,
do grupo que garante e certificpaula minha identidade.

Contudo, a novidade nesta onda de ódio é que ela não age em


nome da identidade de cada qual, ela não fala sobre a certeza de
“quem somos nós”, mas da certeza de quem é o outro. Surge
assim a crença de que somos o que somos, não porque
pertencemos a este ou aquele clube, mas porque não somos do
clube do vizinho. Clube, aliás, que não deveria ter direito a
existência. Passamos a acreditar que a palavra não é mais um
meio de transformação – afinal, ‘quem vai discutir com loucos?’ –,
que a negociação de interesses não é mais possível – afinal, são
desonestos, e não podemos confiar neles –, e que como o Outro
está a jogar um “vale tudo fora das regras”, nós também seríamos
autorizados a fazer o mesmo… certo? Eis a atualização da lei de
Gérson versão 2014.

Ou seja, a nossa percepção da Política, ainda que parcial ou


equivocada, muda nossa relação com o mundo e a interpretação
de quem são estes outros com quem vivemos. Um discurso que

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pregue que só existem homens e mulheres, loucos e normais,


judeus e gregos, ricos e pobres, nordestinos e sulistas, para em
seguida perguntar “de que lado você está?” incidirá em todas as
psicopatologias, transversalmente extraindo de cada uma delas o
que há de pior. Este efeito soma de todos os males acontece
porque identificamos nossa própria divisão subjetiva com uma
divisão objetiva, no mundo, de tal forma que se torna tentador
eliminar um dos polos do conflito, que tanto nos assedia e nos faz
sofrer.

Silenciando o outro, tornando-o irracional, louco e desprezível, nós


nos “normalizamos”. Aderindo a um dos dois lados no qual o
mundo se simplificou, nos demitimos do trabalho e da incerteza de
ter que escolher, como meros indivíduos, dotados de almas
inconstantes, em meio a uma geografia indeterminada. E assim
esquecemos que o universal que nos constitui é exatamente esta
divisão, que nos torna pauliniamente seres capazes de loucura.

* Ver por exemplo Carta aos Colossenses 3:11: “Nessa nova ordem
de vida, não há mais diferença entre grego e judeu, circunciso e
incircunciso, bárbaro e cita, escravo ou pessoa livre, mas, sim,
Cristo é tudo e habita em todos vós.”

***

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Especial Eleições: Artigos, entrevistas, indicações de leitura e


vídeos para aprofundar as questões levantadas em torno do
debate eleitoral de 2014, no Blog da Boitempo. Colaborações de
Slavoj Žižek, Mauro Iasi, Emir Sader, Carlos Eduardo Martins,
Renato Janine Ribeiro, Edson Teles, Urariano Mota e Edson
Teles, entre outros. Confira aqui.

***

A Boitempo prepara para breve o novo livro de


Christian Dunker: Mal-estar, sofrimento e sintoma: a psicopatologia
do Brasil entre muros. A integrar a coleção Estado de Sítio,
coordenada por Paulo Arantes, o livro parte de uma psicanálise da
vida em condomínios para desenvolver uma aprofundada
reflexão interdisciplinar sobre a privatização do espaço público e a
inserção da psicanálise no Brasil. Confira a aula dele, no Café
filosófico do CPFL Cultura, sobre as transformações no sofrimento
psíquico:

***

Christian Ingo Lenz Dunker é psicanalista, professor Livre-


Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
(USP), Analista Membro de Escola (A.M.E.) do Fórum do Campo
Lacaniano e fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e
Psicanálise da USP. Autor de Estrutura e Constituição da Clínica
Psicanalítica (AnnaBlume, 2011) vencedor do prêmio Jabuti de

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melhor livro em Psicologia e Psicanálise em 2012, seu livro mais


recente é Mal-estar, sofrimento e sintoma: a psicopatologia do
Brasil entre muros (Boitempo, no prelo). Desde 2008 coordena,
junto com Vladimir Safatle e Nelson da Silva Junior, o projeto de
pesquisa Patologias do Social: crítica da razão diagnóstica em
psicanálise. Colabora com o Blog da Boitempo mensalmente, às
quartas.

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