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INSTITUIÇÕES DE DIREITO
EMPRESAS E DIREITOS HUMANOS: UM DIÁLOGO POSSÍVEL?
São Paulo
2021
1. INTRODUÇÃO
1.2.1. “Eficácia vertical”: referente aos efeitos vinculantes das normas de direito
fundamental na relação Estado-cidadão.
1.3.1. Ganhou força, diante das dificuldades de cumprimento dos direitos humanos a
nível mundial.
1.3.3. “Eficácia horizontal”: referente aos efeitos vinculantes das normas de direito
fundamental nas relações entre particulares.
1.3.5. Há duas principais posições que divergem quanto a efetivação dos direitos
humanos por parte dessas grandes sociedades empresariais:
1.3.6. John Ruggie liderou um trabalho sobre Direitos Humanos e Negócios para as
Nações Unidas, superando a polarização que o tema anteriormente sofria:
2.1.1. Havia um vasto volume de artigos que mencionava e analisava alguns temas
sobre violações de direitos humanos e a relação destes com o ambiente
empresarial.
2.3. Como moral final, o autor evidencia que o resultado não poderia ser diferente, pois
“Como as sociedades empresariais refletem a sociedade nas quais estão localizadas,
seria razoável imaginar que as companhias abertas brasileiras também tenderiam a
ignorar a temática em suas estruturas de governança corporativa”.
3. O QUE A EMPRESA SE PROPUNHA
3.1. Fez-se uma lista com 127 empresas retiradas do site da BM&FBOVESPA
3.3. Além da busca literal das palavras, os termos foram analisados em seu contexto,
para ver se suas respectivas menções estavam ligadas à promoção de direitos pela
empresa.
3.3.1. Promoção de direitos foi entendida como “respeito a regras que conduziam a
empresa a garantir tais direitos, como também às iniciativas individuais de
respeitá-los e protegê-los”.
3.4.1. E ainda o autor destaca que das 14 empresas, poucas mencionaram o termo
com métodos efetivos e políticas de proteção dos direitos humanos. O autor
cita a Magazine Luiza e a Tim como exemplos de empresas que tinham bem
definido suas políticas de direitos humanos.
4.1. Nesse tópico, o autor ao invés de analisar o Formulário de Referência opta por
analisar os mesmos termos, porém dessa vez no site eletrônico das respectivas
Companhias.
4.1.1.1. Nos sites eletrônicos o termo foi citado por 34% das Companhias,
enquanto que nos Formulários de Referência por apenas 11% das
empresas.
5.1. Efetuou-se uma pesquisa de mídia para se constatar a relação entre as empresas e os
Direitos Humanos.
5.1.1. Como feito nos Formulários de Referência, foi utilizada uma metodologia de
subdivisão por grupos de expressões.
5.1.2.2. Optou-se por tal método pelo fato do acesso aos dados dos grandes
produtores de notícias do país serem acessíveis apenas mediante prévio
cadastro e pagamento.
5.1.2.3. O uso do site de buscas permite uma maior abrangência, já que mostra o
resultado de diversos sites, segundo ordem de relevância.
5.3.2. Por outro, a maior probabilidade de danos à imagem parecia vir de violações
de direitos humanos.
6. CONCLUSÃO - 2013
6.1. Em 2013, já era de conhecimento das empresas a importância da implementação de
diretrizes que assegurassem os direitos humanos nas estruturas de governança
corporativa.
6.2. No entanto, a vasta maioria não empregava esforços para efetivar tais políticas,
apesar de mencioná-las nos documentos públicos analisados, limitando-se a fazer
alusões a diretrizes abstratas e tratativas internacionais, sem dizer nada sobre a
existência ou desenvolvimento de ferramentas corporativas de efetivação concreta.
6.3. Assim, a análise dos dados coletados em 2017 será de suma importância para
verificar se a hipótese inicial foi concretizada, ou seja, se houve um aumento na
implementação de políticas que tratam de Direitos Humanos e como ela se deu.
7.1. Em 2017, realizaram uma revisão nos dados dos Formulários de Referência,
passando de 127 (cento e vinte e sete) empresas analisadas em 2013 para 128 (cento
e vinte e oito).
7.2.4.1. Essa diminuição pode ser explicada por uma variação no método de
análise, no qual em 2013 considerou-se tanto os resultados encontrados
para menções com a expressão “Bem-estar Social” quanto
“Responsabilidade Social”, enquanto em 2017 apenas considerou-se
apenas a expressão “Bem-estar Social”.
8. CONCLUSÃO
8.1. As empresas sabem dos benefícios que uma gestão aliada à proteção aos direitos
humanos podem trazer.
8.4. A atualização dos dados da pesquisa até 2017, todavia, frustrou a hipótese
desenvolvida.
8.6. Essas alterações induzem a pensar que os aprimoramentos das companhias em suas
políticas de resguardo de direitos ocorrem de forma circunstancial, marcados pelas
contingências políticas e econômicas.
8.6.1. Uma análise conjuntural do período em que era presente um amplo debate em
torno de questões ambientais.
8.6.2. A preocupação das companhias para com a promoção das políticas de direitos
humanos concerne mais a questões conjunturais e problemas momentâneos.
8.7.3. Já que o respeito aos direitos humanos é essencial para que uma empresa
consiga expandir seu mercado internacional sem enfrentar barreiras culturais.