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Durante a Ditadura, mesmo com a censura, a cultura brasileira não deixou de criar e se espalhar pelo
país e a arte se tornou um instrumento de denúncia da situação do país. Dos festivais de música
despontam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré,
Chico Buarque de Holanda e Elis Regina. No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e Glauber
Rocha levam para as telas a história de um povo que perde seus direitos mínimos. No teatro, grupos
como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores nacionais e denunciar a situação do país
naquele período.
Vários momentos da Ditadura podem ser vistos em filmes feitos pelo cinema brasileiro retratando a
época.
Livros
O regime militar além das músicas, filmes e outras manifestações artísticas, também deu origem a
vários livros sobre o tema mostrando o que aconteceu, bastidores, depoimentos, o fato histórico em
si, informações importantíssimas para a nossa cultura e história do Brasil.
Música
Um outro grande exemplo dessa criação cultural foi o movimento Tropicália, um movimento cultural
brasileiro
Um outro grande exemplo dessa criação cultural foi o movimento Tropicália, um movimento cultural
brasileiro que teve influências musicais de artistas de vanguardas e cultura pop nacional e
internacional. As manifestações do movimento não se restringiram a música, conhecidas pelos
cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto, mas
também influenciaram o cinema, teatro e nas artes plásticas.
Durante a ditadura militar, o teatro brasileiro teve grande participação na resistência cultural. Em
encenações de peças estrangeiras de questionamento e que despertavam o senso crítico, de autores
como Sartre e Brecht, além de peças autorais, atrizes se uniram com muita coragem contra a pesada
censura.
Em tempos de “ escola sem partido”, a posição destemida dessas artistas pela liberdade de
expressão dá o sentido da importância desse direito de questionamento político que temos apenas
graças à sua ferrenha luta, luta a qual devemos continuar.
Durante a década de 1960, grupos como o Arena, de Augusto Boal, em São Paulo, encenavam
peças ligadas à realidade brasileira. Com o AI-5, a produção de peças como essas foi ameaçada.
Também como forma de resistência, surgiram grupos como o Opinião, criado pelo Centro Popular de
Cultura, da UNE. No shopping center Copacabana, em dezembro de 1964, artistas como Nara Leão
contracenaram “Opinião “, de direção de Boal, show-manifesto de resistência com referências
disfarçadas em músicas de protesto, de forma a driblar a censura. Assim, “Opinião “ se tornou
emblemático na história brasileira.
Outros espetáculos continuam a desafiar o governo militar, como ‘Liberdade, Liberdade De Millôr
Fernandes e Flávio Rangel e Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’, de Vianinha e Gullar.
Em 1968, a peça “roda viva”, de Chico Buarque, foi brutalmente censurada. O Comando de Caça aos
Comunistas invadiu o teatro onde a peça era encenada, em São Paulo, espancaram atores,
destruíram o cenário e obrigaram os atores Marília Pêra e Rodrigo Santiago a passarem por uma
espécie de corredor polonês na rua, nus.
Resumo
A canção foi escrita por Renato Russo em 1978, embora só tenha sido gravada 9 anos depois, dando
título ao terceiro disco da banda Legião Urbana.
O cantor confessou que adiou o lançamento porque tinha esperança que as coisas melhorassem e a
música deixasse de fazer sentido. No entanto, quase uma década depois, tudo se mantinha igual.
O tema lançar fortes críticas sociais, mostrando o Brasil como um país atravessado pela impunidade,
a falta de regras e a corrupção generalizada.
Em 1987, o país vivia um período complexo: apesar de já não estar na mão dos militares, não
existiam ainda eleições diretas. Tancredo Neves, eleito por um colégio eleitoral em 1985, morreu
antes de assumir o poder.
Seu vice, José Sarney, ficou à frente da nação e instaurou o Plano Cruzado, um conjunto de
medidas econômicas que traziam uma nova moeda e acabaram fracassando.
Renato Russo demonstra todo o seu espanto, o seu choque e a sua tristeza, questionando as
motivações de uma nação que ignora o sofrimento do próprio povo e apenas se preocupa com
dinheiro.