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24 de Agosto 2010 – N.

384
o
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Po u p a n ç a P R O T E S T E

Consulte o comentário diário de Bolsa em www.protestepoupanca.pt


Independente
Credível
Perto de Si

1300
BOLSAS MUNDIAIS
(Índice MSCI WORLD)
Marasmo económico
1200 Após a crise financeira, iniciada em meados de 2007 com os pro-
1100 blemas do mercado de crédito imobiliário americano ("crise do
1000 subprime") deu-se a crise económica, com a generalidade das eco-
900 nomias desenvolvidas em recessão no ano de 2009.
800

700
Uma crise que se chegou a temer ser de maior amplitude do que o
600
famoso crash de 1929, mas que foi prontamente combatida pela
500
acção vigorosa dos governos, com diversos planos de incentivo às
DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira, n.º 13, 1.º B, Olaias – 1900-221 Lisboa – € 6,20

2005 2006 2007 2008 2009 2010 economias. O papel intervencionista do Estado, que uns tanto ad-
A expectativa de uma retoma sólida impulsionou as Bolsas vogam e outros tanto criticam, teve o mérito de limitar a recessão
em 2009. Mas os problemas orçamentais e a incerteza quan- mas trouxe uma factura que, para alguns países, é muito elevada.
to ao vigor das economias penalizam os mercados.
Em especial, em alguns países da zona euro (ver pág. 2), foram im-
plementadas fortes medidas de austeridade para combater os
excessos de endividamento.
Medidas que "roubam" poder de compra aos consumidores e que,
• Em foco p. 2
inclusive, já suscitaram problemas de índole social, como os mo-
Duas zonas euro? tins verificados na Grécia. E, então, podemos perguntar: haverá si-
nais para uma retoma sustentada?

• Economia e mercados p. 3 De facto, os dados macroeconómicos divulgados até agora não


revelam uma retoma duradoira, concretamente nos países desen-
volvidos. Os indicadores de confiança continuam muito baixos e
• Rendimento Garantido p. 4-5 as taxas de desemprego estão em máximos históricos. Ainda as-
sim, as economias estão a crescer, mas a um ritmo lento,
Millennium Rendimento Extra Setembro
2010/2015 – 1.ª e 2.ª série Os mercados bolsistas, que procuram antecipar a evolução econó-
mica, andam a navegar ao sabor das notícias, com os investidores
Eurovalor Setembro 2011
a manterem-se reticentes dada a incerteza no mercado.
É nestas alturas que muitas vezes surgem algumas boas oportuni-
• Análise p. 6-7 dades de investimento. Mas não deixe de ser ponderado e selecti-
Os produtos adequados a cada prazo vo. Se aceita o risco inerente ao investimento em acções, consulte
PROTESTE POUPANÇA – Boletim Quinzenal – Ano 16 – Director e Editor : Pedro Moreira

os nossos conselhos para as principais empresas cotadas na Bolsa


nacional nas páginas 8 a 10.
• Acções p. 8-10
Portugal Telecom vende Vivo e investe na Oi
Resultados: BCP, BES, Brisa, Cimpor, Jerónimo
Martins e REN Acções nacionais em Agosto

• Entre nós p. 11-12


• Maiores subidas
Portugal Telecom +8,0%
Saber mais: receios fazem subir taxas Euribor Jerónimo Martins +5,0%
Galp Energia +3,0%
Inquérito: testes de resistência
China: sobe a segunda economia mundial
• Maiores
BES
descidas
-7,5%
BCP -6,0%
EDP -4,9%
Em foco

Duas zonas euro?


O crescimento anual do PIB da zona euro atingiu os 1,7%, no segundo trimestre de 2010, porém, este período
revelou ser o mais turbulento desde que o euro foi lançado, em Janeiro de 1999.
O endividamento excessivo A imposição da austeridade
Em consequência da crise económica e financeira, os países Os governos europeus procuram pôr as finanças em ordem,
mais industrializados do mundo permitiram que suas prometendo reduzir ou até anular os fortes deficits, através
posições financeiras se deteriorassem bastante entre 2008 e de uma redução dos custos do sector público. Mas o corte
2009. E o mercado foi comprando a dívida soberana dos na Despesa é apenas uma parte do problema, para o qual o
países industriais, cada vez mais abundante. Mas, no final de aumento da carga fiscal terá de ocorrer. Com efeito, serão
2009, surgiram as preocupações do mercado sobre as exigidos sacrifícios aos consumidores e às empresas,
capacidades de um país-membro se refinanciar e de taxando-os a fim de aumentar a receita dos impostos, que
cumprir com as suas obrigações. Colocou-se a possibilidade por sua vez vão reduzir o rendimento líquido disponível dos
de um descalabro da Grécia e de outros países da agentes económicos, implicando uma redução do consumo
periferia europeia, uma problemática que levou alguns e um incentivo à poupança.
comentadores a proclamarem que o fim da experiência da O objectivo dos orçamentos e défices equilibrados
zona euro estaria para breve. Então, a zona euro dividiu-se começaram a envolver sacrifícios no sector privado, cujo
em dois grupos, enfatizado por dinâmicas concorrência efeito perverso pode conduzir a um período de retracção da
distintas: procura e retardar o crescimento económico.
-O grupo dos países do "Norte e do Centro": Alemanha, Daqui pode deduzir-se que a recuperação no grupo de
Benelux, Áustria e Finlândia. São países com economias países da zona euro se processe em duas velocidades. De um
fortes que apresentam baixos défices e uma dívida pública lado, os países mais competitivos, liderados pela Alemanha,
relativamente baixa que durante uma década haviam cuja produtividade dependerá mais da procura externa do
combinado ganhos de produtividade e moderação salarial. que do mercado interno e de outro lado, os países com
-O grupo dos países do "Sul": Grécia, Portugal, Espanha e a parcas condições de concorrência, com uma baixa
própria Itália, que apresentam as maiores dívidas públicas, produtividade e um lento ritmo de reformas, cujo
em termos de % do PIB, cujas economias se tornaram ajustamento poderá levar décadas.
dependentes das economias de outros países europeus a fim
financiar seus grandes dívida pública e/ou deficits. Uma
A reter
realidade que se reflectiu na rápida progressão do risco
associado a estas economias e na subida dos juros de Em geral, os anos vindouros prometem um rude despertar
financiamento das economias. Ao contrário dos países do das taxas de juro, restringindo o recurso ao crédito e
"Norte", nos do "Sul", procedera-se a um acerto salarial, no forçando os agregados familiares a cortar nas despesas.
sentido de os aproximar aos do "Norte" e que o longo • Ao nível do mercado accionista, as empresas cuja
período de crédito barato e disponível, permitiu aos actividade se desenvolve exclusivamente dentro da Europa
consumidores um aumento dos salários reais (antes do Euro vão provavelmente encontrar um sério desafio nos
a inflação atenuava os crescimentos salariais) que próximos anos.
desencadeou um endividamento dos consumidores na Os lucros concentrar-se-ão nos sectores mais expostos aos
aquisição de bens duráveis (carros e habitações), mas os mercados estrangeiros. Ao nível interno algumas
ganhos da produtividade dos países do "Sul" permaneceram companhias poderão crescer ao suprir os cortes nos serviços
baixos e muito aquém dos níveis da Alemanha. prestados pelos Governos, que procuram controlar custos e
reduzir sua presença em sectores tais como os cuidados
TAXAS DE JURO DE LONGO PRAZO (7-10 ANOS) médicos, a segurança e a educação.
DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA E ALEMÃ
6.50 • No mercado obrigacionista, as perspectivas não são
6.00 melhores. De momento os rendimentos estão perto dos níveis
5.50
mais baixos de sempre e mais cedo ou mais tarde as taxas de
5.00
juro devem elevar-se, para manter a procura e as ligações com
os rendimentos actualmente deprimidos e particularmente
4.50
desinteressantes. Quando as taxas de juro sobem, as
4.00
obrigações existentes no mercado passam a ser
3.50 transaccionadas no mercado por um valor inferior. A perda
3.00 de valor dos títulos penaliza o valor do património dos seus
2.50 detentores. Por este motivo, e apesar de comportarem o risco
2.00 cambial inerente às moedas em que são denominadas as
2005 2006 2007 2008 2009 2010
obrigações, continuamos a preferir os títulos de dívida dos
Tem aumentado a diferença entre os juros da divida pública portuguesa (a
carregado) e a alemã, devido ao aumento do endividamento e maior risco de países com endividamento relativamente baixo, tal como a
crédito da dívida nacional. Suécia, a Suíça, a Austrália e o Canadá.

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Economia e mercados

Portugal Japão
Segundo o INE, em Julho, a variação homóloga mensal do O país decaiu no segundo trimestre, cujo crescimento foi de
Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 1,8%, superior 0,4%. Encontra-se numa situação particularmente difícil: se,
em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à do mês anterior. Excluindo por um lado, os consumidores continuam cautelosos
a energia e os bens alimentares não transformados, a sua restringindo as despesas, por outro, as exportações
variação homóloga foi de 0,6% (0,2% em Junho). Em Julho, enfrentam um iene mais caro, que penaliza a sua capacidade
os preços das componentes de bens e de serviços concorrencial nos mercados estrangeiros. Recordemos que
apresentaram crescimentos de 2,4% e 1,2% (1,5% e 0,7%, em na ausência de um mercado interno dinâmico, é do lado das
Junho, respectivamente). A variação homóloga do Índice exportações que o país procura, tradicionalmente, escoar a
Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) foi superior sua produção. Porém, as dúvidas sobre a retoma mundial
em Portugal comparativamente com a média da zona euro, acentuaram-se nas últimas semanas, incentivaram os
pela primeira vez desde Agosto de 2007, situando-se o investidores a procurar um refúgio no Japão, o que
diferencial em 0,2 p.p.. provocou uma procura do iene, face ao euro esta apreciação
A taxa de desemprego estimada para o 2º trimestre de 2010 remete para níveis anteriormente ocorridos em 2001, mas
foi de 10,6%, um valor superior ao observado no período face ao dólar americano, o iene temos de recuar um pouco
homólogo de 2009, em 1,5 p.p. e igual ao observado mais, até 1995. Uma moeda forte implica novos desafios de
no trimestre anterior. dimensão para os exportadores nipónicos, que perdem
quota de mercado em proveito de países como a China e a
Europa Alemanha. A aposta dos investidores numa segurança e
Se os rendimentos muito reduzidos sobre as obrigações reserva em ienes, num momento em que a dívida pública
de Estado indicam que os mercados apostam na deflação, a nipónica bate todos os recordes, pode parecer
inflação persiste ainda na Europa. Confirmada nos 1,7% surpreendente, tanto mais que os rendimentos oferecidos
atingidos em Julho, valor que se aproxima dos objectivos do nesta divisa são ínfimos. Porém, os investidores apostam
Banco Central Europeu. No Reino Unido, permanece um numa divisa forte que ajude o Japão a permanecer numa
pouco além de 3% (3,1% em Julho), um nível que obriga o durável deflação. Desta forma, os magros rendimentos
Banco da Inglaterra a explicar-se junto do ministro das nominais oferecidos deverão ser ligeiramente mais elevados
finanças. As autoridades monetárias londrinas que os reais. Uma aposta ousada que desaconselhamos
apresentam-se prontas a injectar nova liquidez no sistema, perante a sobrevalorização do iene face ao euro e a
alargando o recurso à impressão de dinheiro e acreditamos fragilidade das finanças públicas nipónicas. Quanto ao
que os mercados estão prontos para continuar a financiar o mercado bolsista japonês, está caro. Não invista.
Tesouro de sua majestade, com taxa de juro muito baixas.
A inflação neste país não desceu abaixo dos 3% em 2010.

A INFLAÇÃO NA ZONA EURO


OS MERCADOS E OS SEUS INVESTIMENTOS
(em %) O Japão não é o único país a oferecer parcos rendimen-
4.50
tos sobre a dívida de Estado. Os mercados estão a apos-
4.00
3.50
tar na deflação e taxas de juro "manietadas" para muito
3.00 tempo. Pela primeira vez na sua história, a Alemanha
2.50 teve condições de se financiar a menos de 3% para o pe-
2.00 ríodo de 30 anos. Sintomático é que tal não corresponde
1.50 a um caso isolado. A dívida americana ou britânica já se
1.00 negociam a taxas extremamente baixas, sinal que os
0.50 mercados esperam uma inflação inexistente nos próxi-
0
mos anos. Ora, a deflação é uma má notícia para os de-
-0.50
vedores porque torna o reembolso da dívida mais difícil.
-1.00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 Em contrapartida, a inflação, é uma má notícia para o
Se as autoridades monetárias europeias e os mercados se preocupam pouco, a investidor porque corrói os seus lucros. Portanto, é ex-
inflação permanece próxima dos seus objectivos na zona euro e superior a estes pectável que os países muito endividados farão tudo
objectivos no Reino Unido.
para evitar a deflação, mas inevitavelmente não irão
impedir a ascensão da inflação, o que seria muito mau
Estados Unidos
para os investidores que se comprometeram por longos
O mercado de trabalho nos Estados Unidos permanece períodos às taxas actuais. Por conseguinte procuramos
instável. Os números semanais das inscrições no um refúgio nos países que oferecem finanças públicas
desemprego são muito voláteis, pelo que devem ser mais sãs. Mais concretamente a Suíça, a Suécia, o Cana-
relativizadas e após várias semanas a crescer, registaram o dá e a Austrália. Tendo em conta a parca procura das
número de 50 mil por semana, até meados de Julho (13 de obrigações indexadas à inflação, estas podem igual-
Julho). É a primeira vez, desde Novembro 2009, que esta mente constituir uma alternativa interessante às
cifra é atingida, demonstrando que os empresários temem obrigações clássicas.
uma sufocação da retoma e hesitam a comprometer-se.

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Rendimento garantido

As taxas de curto prazo estão a subir e, em Agosto, os Certificados de Aforro sobem a remuneração em 0,1%.
Já a remuneração dos Certificados do Tesouro desceu 0,1% nos prazos superiores a 5 anos. Mantém-se uma
boa aplicação para investir sem risco por períodos de 5 a 10 anos.

TAXAS DE CURTO PRAZO SOBEM Mas, de momento, as taxas dos CA estão muito baixas,
variando entre 0,8 e 2,1%. Assim, apenas vale a pena
• Alguns bancos subiram já a remuneração dos seus
transferir dos CA para os CT, se tiver a certeza de que não
depósitos a prazo, contudo foram subidas muito discretas.
vai movimentar a aplicação durante, pelo menos, 5 anos.
A taxa média de um depósito de 5000 euros a 12 meses é
actualmente de 1%. Poderá consultar as taxas praticadas em
todas as instituições financeiras no nosso portal. CONDIÇÕES MANTÊM-SE EM 10 ANOS
• Em Agosto, a taxa base para as novas subscrições de
Existe ainda cepticismo em relação aos produtos finan-
Certificados de Aforro subiu para 0,8% líquida.
Para quem já tem as séries antigas (A e B), a taxa base subiu ceiros da dívida pública, após o sucedido em Janeiro de
para 0,5%. Assim, quem tenha há mais de quatro anos, está 2008, com os Certificados de Aforro. No entanto, está es-
a usufruir de um rendimento de 2,1%. tabelecido que o Estado não pode alterar as regras dos
Certificados do Tesouro de forma desfavorável para o
CERTIFICADOS DO TESOURO: aforrador, num prazo de 10 anos após a subscrição.
EM AGOSTO RENDEM MENOS 0,1%
• As taxas da emissão de Agosto foram divulgadas no sítio CERTIFICADOS DO TESOURO:
do IGCP (www.igcp.pt) no final de Julho: 1,1% líquida para RENDIMENTO LÍQUIDO DA EMISSÃO DE AGOSTO (em %)
quem investir por prazos até 4 anos, 3,4% para quem investir 5%

entre 5 e 9 anos (em Julho era 3,5%) e 4,2% para o prazo de 4,20%

10 anos (era 4,3% no mês passado). 4%


3,40%

• A emissão e o resgate dos Certificados do Tesouro podem


ser efectuados directamente nos balcões das entidades para o 3%

efeito contratadas pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do


Crédito Público (IGCP), os CTT. Está também disponível a 2%

subscrição de Certificados e outras funcionalidades na 1,10%

Internet através do AforroNet (em http://aforronet.igcp.pt). 1%

0%
Vale a pena transferir dos CA para os CT? Até 4 anos Entre 5 e 9 anos 10 anos

Esta é uma das questões que muitos dos nossos leitores. Os subscritores desta nova aplicação de dívida pública do Estado vão receber
1,1% líquido ao ano se investirem por prazos até 4 anos, 3,4% ao ano se investi-
Depende do prazo pelo qual pretende manter a aplicação. rem por prazos entre 5 e 9 anos, e 4,2% líquidos ao ano se investirem pelo prazo
São ambas aplicações com prazo máximo de 10 anos. máximo de 10 anos.

1. AS MELHORES TAXAS PARA DEPÓSITOS


BANCA TRADICIONAL BANCA ONLINE
Instituição Montante TANB TANL Instituição Montante TANB TANL
mínimo (%) (%) mínimo (euros) (%) (%)
(euros)
1 mês
CajaDuero 2500 0,6 0,5 Santander (DP NetB@nco) 250 1,3 1,0
Banco Popular (Depósito Ouro) 1000 0,6 0,5 Banco Big 500 1,2 0,9
Banif 500 0,6 0,4 Barclays Bank (Dep. Net) 1000 1,1 0,9
3 meses
Santander (DP 5) (1) 250 5,0 4,0 Best (Dep. Promocional 4%) (1) 2500 4,0 3,2
Popular (Dep. Aniversário) (2) (4) 1000 3,5 2,7 Best (Dep. a Prazo Blue) (1) (2) 2500 4,0 3,2
Popular (Depósito Ouro 3 M.) (1) 300 3,0 2,3 Finibanco (DP Net Crescente) (3) 500 2,3 1,8
6 meses
Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,1 1,6 CaixaGalicia (DP Especial On) (2) 3000 2,5 2,0
Popular (Ouro Crescente) (2) (3) 300 2,0 1,6 Banco Big (DP Top II) 60 000 2,3 1,8
Banif (Poupança Banif) 250 1,6 1,2 Banco Big (DP Top) 20 000 2,1 1,6
12 meses
Popular (Dep. Ouro Plus) (2) (3) 300 3,0 2,4 Banif (Super Depósito Banif@st) 2500 2,9 2,2
Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,3 1,8 Santander Totta (Novo Depós.) 500 2,3 1,8
Banif (Poupança Banif) 250 1,8 1,4 ActivoBank (Net Activo) 500 2,1 1,7
TANB: taxa anual nominal bruta. TANL: taxa anual nominal líquida. Taxas actualizadas à data de 20 de Agosto de 2010. (1) Só para os novos clientes. (2) Só
para novos capitais. (3) Taxa média. (4) Apenas para aniversariantes neste mês. (5) As taxas variam entre 1 e 2,2%, consoante o montante. A taxa máxima
destina-se a montantes superiores a 100 mil euros. Mas lembre-se que este é também o limite do Fundo de Garantia dos Depósitos.

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Rendimento garantido

MILLENNIUM RENDIMENTO EXTRA - líquidos ao ano, num período de ano (ver quadro 1).
SETEMBRO 2010/2015 – 1.ª E 2.ª SÉRIE Por outro lado, nestas obrigações do Millennium, o capital
só está garantido se mantiver a aplicação até ao final, pois, se
(5 ANOS) resgatar antes do vencimento, ainda que receba os juros
São duas séries de obrigações com pagamento de juros semestrais, poderá perder parte do montante que investiu se
semestrais durante cinco anos. A primeira rende 2% o preço de compra dos títulos estiver abaixo do valor
líquidos ao ano e a segunda 2,4%. Pouco interessantes. nominal. Tenha atenção a este pormenor.
E, caso as taxas comecem a subir, não poderá transferir para
Montantes mínimos diferentes outra aplicação sem correr o risco de perder parte do
· Obrigação em duas séries emitidas pelo prazo de montante.
cinco anos, com capital garantido no vencimento, mas o Assim, é preferível optar pelos melhores depósitos a prazo
rendimento é pago semestralmente a 21 de Março e e fazer uma gestão activa da poupança, escolhendo sempre
Setembro de cada ano. as melhores taxas. Em alternativa, caso tenha a certeza de
que não vai necessitar do capital nos próximos cinco anos,
• Se necessitar do capital, o banco assegura a compra dos
os Certificados do Tesouro são uma opção mais
títulos a preço de mercado, podendo este situar-se acima ou
interessante (3,5% a cinco anos).
abaixo do valor nominal das obrigações (1000 euros).
• O montante mínimo exigido para investir é de 2000 euros,
o que equivale a 2 títulos, na 1.ª série e de 25 000 euros se
optar pela 2.ª série. Em ambos os casos, a subscrição decorre EUROVALOR SETEMBRO 2011 (1 ANO)
até 10 de Setembro junto de qualquer balcão do Millennium Depende da depreciação do euro face ao dólar
bcp. australiano. Pouco interessante!

A 2.ª série rende mais Características


No quadro a seguir constam as taxas de rendimento em • Instrumento de Captação de Aforro Estruturado (ICAE)
cada semestre de ambas as aplicações. sob a forma de depósito a 12 meses.
Na 1.ª série a taxa vai crescendo entre os 1,5% e os 2,7% • O depósito não é mobilizável. O mínimo para investir é de
líquidos. Em termos anuais efectivos líquidos, a aplicação 1000 euros. Disponível na Caixa Geral de Depósitos até 1 de
rende 2%. Na 2.ª série, as taxas semestrais vaiam entre 1,7 e Setembro.
3,4%. Em termos anuais efectivos líquidos, rende 2,4%.
Rendimento
2. MILLENNIUM RENDIMENTO EXTRA A remuneração é variável e paga no vencimento (2 de
Semestre TANL (%) Setembro de 2011). Corresponde à desvalorização do euro
1.ª série 2.ª série face ao dólar australiano até ao máximo de 3,25% bruto e
1.º 1,5 1,7 com um mínimo de 0% (ou seja, no vencimento, o capital
2.º 1,6 1,8 está garantido). Assim, no máximo terá uma TAEL de 2,6%.
3.º 1,7 1,9
A variação da taxa de câmbio é calculada com base nos
4.º 1,8 2,0
valores de 2 de Setembro de 2010 e 26 de Agosto de 2011.
5.º 1,9 2,2
6.º 2,0 2,4
7.º 2,2 2,6 O nosso conselho
8.º 2,3 2,8 O Eurovalor Setembro 2011 será tanto mais rentável quanto
9.º 2,4 3,0 mais o euro perder face ao dólar australiano. Mas, as nossas
10.º 2,7 3,4 expectativas apontam para uma desvalorização do dólar
TAEL (%) 2,0 2,4 australiano a longo prazo (ou seja, a valorização do euro,
TANL: taxa anual nominal líquida. TAEL: taxa anual efectiva líquida.
precisamente o inverso da fórmula usada na determinação
do rendimento desta aplicação). De facto, nos últimos
O nosso conselho doze meses, o dólar australiano ganhou cerca de 20% face
A 2.ª série da obrigação Millennium Rendimento Extra rende ao euro, estando portanto sobrevalorizado.
2,4%, caso a mantenha até à data de vencimento, e a 1.ª série No curto prazo é extremamente difícil prever a evolução
rende 2%. Não é um rendimento interessante para um prazo exacta das moedas. Por isso, o rendimento deste depósito é
de 5 anos e sem liquidez. Aliás, como pode ver no nosso difícil de estimar. No entanto, o rendimento potencial
portal financeiro (www.protestepoupanca.pt), uma máximo deste depósito não justifica o risco. É apenas de
Obrigação do Tesouro para um prazo idêntico, com a 2,6% líquido, no máximo.
garantida do Estado, rende 3,2%. Já os Certificados de Além disso, é uma aplicação com pouca liquidez. Caso
Tesouro rendem 3,5% ao ano no prazo de 5 anos, como necessite do capital investido antes do vencimento, terá que
vimos na página anterior. recorrer ao crédito.
Além disso, há também depósitos com rendimento O melhor depósito a um ano rende quase o máximo
semelhante ao desta obrigação e por um prazo bastante permitido por este depósito, como pode ver no quadro 1
inferior: é o caso do DP Ouro 12 Meses, que rende 2,4% (2,4% no Banco Popular). Por isso, não arrisque!

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Análise

A melhor opção para cada investidor


Todos os investidores são confrontados com a questão de saber como poderá aplicar o seu dinheiro da forma
mais eficaz possível. Nesta análise, apresentamos as principais opções que existem no mercado.

ONDE INVESTIR? • Fundos de tesouraria em euros


A favor:
Existem inúmeras aplicações, com características muito
– levantamento em qualquer altura sem perda do
distintas. Uma informação errada ou insuficiente pode
rendimento acumulado.
originar perdas significativas, sobretudo para quem apenas
Contra:
dá ouvidos à publicidade das instituições financeiras.
– sem garantia de rendimento nem de capital;
Antes de investir convém conhecer os produtos financeiros
– comissão de gestão elevada em alguns fundos;
e, pelo menos, as suas características básicas. Para ajudá-lo,
– taxas de rentabilidade têm decepcionado devido às más
enumeramos os principais produtos financeiros, os seus
opções de algumas sociedades gestoras.
principais prós e contras e quais os prazos mais adequados.

Médio prazo (entre 1 e 5 anos)


Curto prazo (até 12 meses) Aquele dinheiro que não precisa de imediato pode ser
Recorra a estes produtos para manter um pé-de-meia e aplicado em produtos com prazos superiores a 12 meses.
fintar os imprevistos. Junte um mínimo de três a seis vezes o A rentabilidade é teoricamente mais interessante. Contudo, o
orçamento mensal familiar. O restante deve aplicar por actual panorama dos mercados é pouco favorável, pelo que,
prazos mais longos, para obter um rendimento superior. na maioria dos casos, não são recomendados.

• Depósitos a prazo • Certificados de Aforro


A favor: A favor:
– taxas de juro atractivas em alguns bancos; – remuneração indexada à taxa Euribor;
– depósitos promocionais, para novos clientes ou novos – garantia do Estado;
montantes, com taxas superiores à média; – facilidade de subscrição nas estações dos CTT;
– capital garantido; – sem custos;
– possibilidade de obter rendimentos periódicos (mensais, – prémio de permanência líquido até 2%.
trimestrais, etc.) na conta à ordem; Contra:
– disponíveis em todos os bancos. – há produtos bancários (depósitos e obrigações de caixa)
Contra: com rentabilidades superiores.
– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado;
– eventuais custos na conta à ordem associada. • Obrigações do Tesouro (OT)
A favor:
– capital e rendimento garantidos se a OT for mantida até
• Contas poupança-reformado
ao vencimento;
A favor:
– isenção de imposto sobre os juros para montantes até – rendimentos anuais provenientes dos cupões;
10 500 euros; acima desse valor aplica-se a taxa normal de – há OT que permitem aplicar por períodos muito longos.
imposto de 21,5%; Contra:
– capital garantido; – custos de transacção em Bolsa;
Contra: – mínimo recomendado de 2500 euros;
– só acessíveis para reformados ou pensionistas cuja pensão – reduzida rentabilidade;
bruta mensal não exceda, no momento da subscrição, o – funcionamento das OT é pouco intuitivo.
equivalente a três meses do salário mínimo nacional;
– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado; • Fundos de obrigações euro (curto prazo)
– eventuais custos na conta à ordem associada à conta. Apesar da designação, estes fundos são adequados para
aplicar entre seis meses e três anos.
• Certificados de Aforro A favor:
A favor: – levantamento com um pré-aviso de poucos dias e sem
– remuneração indexada à taxa Euribor; perda do rendimento acumulado;
– garantia do Estado; – disponíveis em quase todos os bancos;
– facilidade de subscrição nas estações dos CTT; – há fundos que distribuem os rendimentos
– sem custos. periodicamente.
Contra: Contra:
– nos primeiros 3 meses, o dinheiro está indisponível; – sem garantia de rendimento nem de capital;
– há depósitos a prazo com taxas superiores. – podem existir comissões de resgate;

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Análise

– comissão de gestão elevada em alguns fundos; • Fundos mistos


– taxas de rentabilidade têm decepcionado devido às más A favor:
opções de muitas sociedades gestoras. – montante mínimo reduzido (desde 500 euros);
– carteira diversificada;
• Fundos imobiliários – potencial de valorização dos mercados.
A favor: Contra:
– rendimento potencial superior às taxas de curto prazo; – risco muito baixo a médio baixo;
– possibilidade de investir em imóveis com pequenos – sem garantia de rendimento nem de capital;
montantes (desde 500 euros). – gestão feita totalmente pela sociedade gestora.
Contra:
– sem garantia de rendimento nem de capital;
– custos superiores a outro tipo de fundos.
• Seguros com capital garantido
A favor:
– montante mínimo reduzido (desde 250 euros);
Longo prazo (mais 5 anos) – garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo;
Todas as poupanças que não irá precisar nos próximos cinco – menos impostos sobre os rendimentos (17,2 e 8,6% para
ou mais anos devem ser aplicadas a longo prazo, abdicando prazos superiores a 5 e 8 anos, respectivamente, em vez da
de alguma liquidez e/ou correndo algum risco, de forma a habitual taxa de imposto de 21,5%).
conseguir um rendimento superior. Contra:
– comissões de subscrição e gestão elevadas;
• Certificados do Tesouro – penalizações por levantamento antecipado;
Em comercialização desde 1 de Julho de 2010, os – baixo potencial de valorização.
Certificados do Tesouro são a mais recente aplicação de
dívida pública emitida pelo Estado. Este produto pretende
aliar a liquidez dos Certificados de Aforro (embora menor)
• Acções (investimento directo)
A favor:
ao rendimento das Obrigações do Tesouro.
– elevado potencial de valorização;
A favor:
– gestão directa por parte do investidor.
– é uma aplicação com interesse para quem investir por
Contra:
prazos iguais ou superiores a 5 anos, em que usufrui de um
– risco elevado;
rendimento igual ao das OT a 5 e 10 anos, consoante o
– sem garantia de rendimento nem de capital;
prazo aplicado; o capital está garantido;
– permite resgate antecipado, total ou parcial, nas datas – mínimo recomendado de 20 mil euros;
anuais de pagamento de juros. – acompanhamento permanente dos mercados.
Contra:
– para períodos inferiores a 5 anos, encontra na banca • Planos Poupança Reforma (PPR)
depósitos ou outras aplicações mais rentáveis. Este produto financeiro não se destina a todos os
investidores. Invista só a partir dos 40 anos e até ao
• Fundos de obrigações (médio/longo prazo) montante que, em cada ano, permite a dedução fiscal
A favor: máxima. Se tem menos de 50 anos, opte por um PPR sob a
– montante mínimo reduzido (desde 500 euros); forma de fundo e com algum investimento em acções, pois
– carteira com alguma diversificação; o potencial de valorização é superior no longo prazo.
– potencial de valorização dos mercados de obrigações Se tem mais de 50 anos, deve privilegiar a segurança e optar
(descida das taxas de longo prazo e/ou ganhos cambiais). por um PPR com garantia de capital.
Contra: A favor:
– risco (baixo a médio baixo); – pode deduzir ao IRS uma percentagem dos montantes
– sem garantia de rendimento nem de capital; investidos (entre 300 e 400 euros);
– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias; – carga fiscal mais reduzida no resgate.
– risco de desvalorização dos mercados de obrigações. Contra:
– comissões superiores a produtos financeiros semelhantes,
• Fundos de acções nomeadamente na subscrição e entregas;
A favor: – resgate sem penalização fiscal a partir dos 60 anos,
– montante mínimo reduzido (desde 500 euros); entrada na reforma ou outras situações definidas na lei;
– carteira com alguma diversificação; – nos últimos cinco anos antes do vencimento, as entregas
– elevado potencial de valorização das Bolsas. não têm benefício fiscal.
Contra:
– risco (médio a muito elevado);
– sem garantia de rendimento nem de capital;
No nosso sítio
– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias. Pode obter informação sobre cada categoria de produ-
Combine o investimento em fundos de acções e obrigações. tos no nosso portal, em www.protestepoupanca.pt.
É aconselhável aplicar, pelo menos, 10 mil euros.

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Acções

Agosto a marear
O período estival continuou a ser marcado pela incerteza sobre a recuperação económica. Os dados não são
esclarecedores e os investidores continuam a denotar algum nervosismo. Face ao início do mês, o índice
PSI-20 apresenta uma valorização praticamente nula.

COMENTÁRIO BOLSISTA dos custos com pessoal em 4,5%. Assim, o grupo BCP
conseguiu uma melhoria da sua rentabilidade, o que num
Portugal Telecom marca a agenda clima de conjuntura adversa para a economia nacional, e
Na última quinzena, a Bolsa nacional recuou 0,60%, um para a banca em particular, é um óptimo indicador.
valor que ficou abaixo das descidas verificadas nas Por nossa parte, mantivemos praticamente inalteradas as
principais Bolsas: Frankfurt (-4,1%), Nova Iorque (-4,5%), estimativas de lucros. Assim, prevemos 0,05 euros por acção
Paris (-5,1%). No entanto, o mês de Agosto tem sido para 2010 e 0,06 euros para 2011.
marcado pela indefinição de tendência e o PSI-20 ficou À margem dos resultados, o BCP foi um dos bancos
praticamente inalterado. A época de resultados tem nacionais que foi alvo dos testes de resistência financeira
mostrado algumas boas surpresas, mas também outras (test-stress), efectuados no âmbito da banca europeia.
notícias não tão agradáveis. Além disso, os indicadores O rácio de solvabilidade Tier 1 atinge, num cenário adverso,
macroeconómicos não mostram sinais inequívocos de uma os 8,4% e, num cenário de referência, os 9,4%.
retoma. O que gera incerteza e receios.
Em destaque na quinzena, esteve a Portugal Telecom BES: um pouco acima do esperado
(+8,3%) e a Galp Energia (+4,3%). No caso da operadora de
No primeiro semestre, os resultados totais do BES
telecomunicações, foi devido ao culminar do dossiê Vivo.
cresceram 14,6% mas devido ao aumento de capital
Com efeito, a PT vendeu a participação que detinha na
realizado em Abril do ano passado, os lucros vêm diluídos
Vivo, mas irá manter-se no mercado brasileiro, devido à
por um maior número médio de acções. Assim, o lucro por
aquisição de uma participação minoritária na Oi (ver texto
acção recuou 4,5% face ao período homólogo de 2009 para
ao lado). Já a Galp Energia beneficiou de rumores que
os 0,24 euros. Ainda assim, um pouco acima do esperado.
apontam para que possa estar prestes a alienar activos
Já o estreitamento da diferença entre as taxas de juro activas
ligados à área do gás natural, que poderiam vir a gerar um
e passivas provocou uma queda de 16% na margem
encaixe de cerca de 500 milhões de euros. Além disso, foi
financeira. Ao invés, as comissões líquidas cresceram 11,8%
divulgada que a nova fase de privatização da Galp Energia
e os ganhos com operações financeiras mais do que
(restantes 7%) irá ser feita através de obrigações convertíveis
triplicaram (forte ganhos com a negociação de acções).
emitidas pela CGD.
Com isto, o produto bancário recuou 1,5% mas os custos
Pela negativa, destaque para a banca: BES (-8,7%), BCP (-8,6%)
operativos aumentaram 10%, sobretudo devido ao
e BPI (-6,4%). Apesar destes bancos terem passado com
programa de expansão de actividade nos mercados
distinção nos testes à sua resistência financeira, o que provocou
externos. Mas a redução das imparidades para
uma subida das suas cotações no final do mês passado, os
incumprimento de créditos e do nível de impostos
receios sobre a economia nacional continuam presentes. Já os
beneficiou os lucros no semestre. Deste modo, revimos em
resultados semestrais da banca, não desiludiram.
alta as estimativas de lucros por acção para 0,37 euros em
Em baixo, consulte a nossa análise aos principais resultados 2010 (antes, 0,35 euros) e, para 2011, prevemos 0,37 euros.
divulgados pelas empresas nacionais durante o período No entanto, a acção permanece correctamente avaliada.
estival. Pode manter em carteira.

AVALIAÇÕES E CONSELHOS BCP (a carregado) vs. BES (a fino)


vs. DJ STOXX BANKS (base 100)
BCP: resultados não decepcionam 160
Os resultados do BCP no primeiro semestre não 140
desapontaram, com os lucros a subirem 10,7% para os
120
0,03 euros por acção. Apesar do estreitamento entre a
diferença das taxas de juro activas (que o banco cobra ao 100
cliente) e as taxas de juro passivas (que o banco oferece ao 80
cliente) continuarem a estreitar em Portugal, a margem 60
financeira progrediu 4,4% quando comparada com o
40
verificado há um ano. Também em alta, as comissões
líquidas (+16,8%). Neste particular, realce para os seguros e 20

para os produtos ligados aos mercados financeiros. Com 0


2007 2008 2009 2010
isto, o produto bancário, indicador que mede a actividade
Se, em 2007, a banca nacional apresentou uma evolução mais favorável face
bancária, aumentou 12,6%. Já os custos operativos ao sector bancário, este ano, quer o BCP, quer o BES, estão aquém da mé-
mantiveram-se estáveis (+0,2%), em parte devido à redução dia europeia do sector devido aos problemas que afectam a nossa economia.

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Acções

Brisa: reitera as metas estimativas operacionais em alta, mas também o nível de


No primeiro semestre, os lucros da Brisa recuaram 12,7% impostos. Assim, prevemos agora lucros de 0,31 euros por
face ao período homólogo de 2009 para os 0,08 euros por acção de 0,31 euros neste ano e 0,33 em 2011. Antes,
acção. Um valor que ficou um pouco aquém do esperado prevíamos 0,32 euros por acção para 2010 e 2011. Face às
devido à queda de receitas de portagens (-4,2%) e ao menor expectativas algo modestas, principalmente no mercado
contributo da brasileira CCR, dado que esta participação ibérico, e à cotação actual, a acção está cara. Venda.
passou a ser contabilizada como um activo detido para
venda (era considerada nas contas via método de Jerónimo Martins: Polónia impulsiona resultados
equivalência patrimonial). A Brisa, que detém 16,35% da Com um lucro de 0,16 euros por acção (+39,4% face há um
CCR, já acordou a venda de 6% aos accionistas maioritários ano) e um volume de negócios a crescer 19,6%, a Jerónimo
da empresa brasileira e a restante participação será alienada Martins apresentou resultados bastante favoráveis no
a investidores institucionais. Uma operação que, no total, primeiro semestre. Em destaque, a polaca Biedronka (55%
deverá superar os 1200 milhões de euros, o que terá um da facturação consolidada) cujas vendas subiram 32% face
forte impacto nas contas da concessionária nacional. há um ano (18,1%, se excluirmos o efeito de cambio).
De resto, e apesar do volume de negócios da Brisa ter subido Além disso, a rentabilidade também melhorou neste
apenas 0,3% no semestre, a administração reiterou as suas mercado.
metas operacionais para 2010. Reajustámos as nossas Em Portugal, a marca Pingo Doce (+12%) suportou o
estimativas e prevemos para 2010 um lucro por acção de crescimento de 9,3% do volume de negócios. De resto, o
1,51 (inclui a mais-valia estimada com a venda da CCR) e grupo continua a apostar forte nesta insígnia, cuja
0,28 euros para 2011. A acção está barata, compre. rentabilidade operacional foi penalizada pelos custos de
promoção. Esperam-se melhorias até final do ano.
Cimpor: bom primeiro semestre Revimos em alta as nossas estimativas e prevemos agora
No primeiro semestre de 2010, a Cimpor apresentou bons lucros por acção de 0,42 euros em 2010 e 0,51 euros em 2011
resultados semestrais, suportados num crescimento do volume (antes, estimávamos 0,38 e 0,45 euros). Mas, a acção em Bolsa
de negócios (VN) de 8%. Penalizado pelas dificuldades do mais do que incorpora estas perspectivas e está cara. Venda.
mercado ibérico, o grupo beneficiou do dinamismo verificado JERÓNIMO MARTINS (a carrregado)
no Brasil (potenciado pela apreciação da moeda brasileira face vs. DJ STOXX RETAIL (base 100)
ao euro) e na Turquia. De resto, o Brasil tornou-se no primeiro 130
mercado do grupo (25,2% do VN face a 20,6% gerados em 125
Portugal). Ainda assim, o resultado operacional recuou 6,1%
120
face ao apresentado o ano passado. O aumento do nível das
amortizações em conjunto com alguns custos não recorrentes 115

(saída de administradores e encargos associados à oferta 110


pública de aquisição que o grupo foi alvo) explica a queda da 105
rentabilidade operacional. No entanto, face ao que
100
esperávamos, estes dados foram claramente positivos.
95
Em contraposição, o aumento da tributação imposta pelo
governo às empresas no âmbito da crise orçamental 90
JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL AUG
provocou um aumento no nível dos encargos fiscais.
Impulsionada pelo bom desempenho na Polónia, a cotação da Jerónimo Mar-
tins evolui claramente acima do sector de retalho em 2010.
Cimpor
(em euros)
7.00 Portugal Telecom: vende Vivo, entra na Oi
6.50 A PT acordou, finalmente, a venda da sua posição na Vivo à
6.00 espanhola Telefónica por 7,5 mil milhões de euros (ME).
5.50 Em contrapartida, a Portugal Telecom adquiriu 22,4% na
5.00 concorrente Oi por 3,7 mil ME. Assim, a Portugal Telecom
4.50
irá continuar presente no próspero mercado brasileiro.
Esta operação, que deverá estar concluída em Março de 2011,
4.00
prevê a constituição de uma parceria estratégica operacional
3.50
entre a PT e o grupo Oi, que inclusive poderá vir a adquirir
3.00
10% da empresa de telecomunicações nacional.
2.50
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A
Negócio positivo
Como esperávamos, a cotação da Cimpor recuou bastante após o insucesso a
OPA lançada pela CSN. A conjuntura não ajuda e a acção está cara. Venda. Em nossa opinião, este negócio satisfaz todas as partes
envolvidas, inclusive o governo, que tinha vetado a venda da
Nomeadamente, o ajuste do montante de impostos Vivo contra a vontade dos accionistas. Antes de mais, o
diferidos. Face a isto, o lucro líquido da Cimpor recuou preço de venda é bom (+31,6% face à primeira oferta da
7,9% para os 0,15 euros por acção. Reajustámos as nossas Telefónica). Depois, com a entrada na Oi, a PT garante a sua

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Acções

continuidade no Brasil, que é um mercado com elevado 8,6%. Um valor um pouco acima do esperado, graças ao bom
potencial de crescimento. Por fim, esta "troca" permite à PT desempenho operacional. O crescimento da base de activos
ficar ainda com 3,8 mil ME, que poderá utilizar para reduzir regulados, em especial no segmento da electricidade e a
a dívida, remunerar os accionistas, investir nos negócios redução dos custos com pessoal e serviços externos permitiu
e/ou reduzir o défice do fundo de pensões. uma melhoria da rentabilidade. Para o futuro, a ligação à rede
das novas barragens e centrais de produção de energia e o
O grupo Oi
aumento da interligação com Espanha nos mercados do gás
A Oi é uma operadora integrada de telecomunicações,
natural e electricidade deverão ser factores de estímulo para o
sendo líder no fixo e quarta empresa no segmento móvel (a
crescimento da REN. Além disso, o risco desta empresa é
Vivo está apenas presente na rede móvel, onde é líder).
mais baixo devido a ser uma actividade regulada. Mas, o
Fornece ainda serviços de TV por subscrição e Internet de
aumento da dívida do grupo e do risco de crédito de Portugal
banda larga (onde é líder). Tem cerca de 62 milhões de
deverão penalizar os custos financeiros. Revimos em ligeira
clientes (contra os 55 milhões da Vivo) e é uma empresa que
alta os lucros por acção para 2010 de 0,23 para 0,24 euros mas
já gera lucros. A operação, efectuada através de diversos
uma estimativa de 0,25 euros para 2011.
aumentos de capital, permitirá a entrada de dinheiro no
Por fim, a nova fase de privatização (detida em 51% pelo
grupo, o que permitirá reforçar a sua estrutura financeira e
Estado) da empresa já está prevista mas não tem ainda data
promover a internacionalização na América latina.
marcada nem sequer a forma como será efectuada. Mas é
Preço pago não é barato um factor que poderá dar cor à cotação. Além disso, com o
O preço que a PT pagou por uma posição minoritária de menor risco da actividade e a actual valorização da REN em
22,4% na Oi não foi barato, até porque este grupo é detido Bolsa, avaliamos a acção como barata. Pode comprar.
por accionistas brasileiros e não é previsível que a PT
consiga controlar a empresa, a curto ou médio prazo. Já na REN (a carregado) vs.
PSI-20 (base 100)
Vivo, a PT detinha o controlo, embora repartido. A PT irá
150
ser o maior accionista da Oi, mas o controlo da gestão do
grupo, factor muito importante para a administração da PT, 140
é algo incerta, dada a variedade de accionistas. 130
Conselho para manter 120
Em termos gerais, esta é uma solução positiva para a PT, que
110
vendeu a Vivo por um preço elevado e não sai do mercado
brasileiro, muito importante para a administração da 100
empresa de telecomunicações nacional. O título está
90
correcto, pode manter em carteira.
80
PORTUGAL TELECOM (a carregado) vs. J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A
WORLD DS TELECOM (base 100) Em Bolsa, a REN demonstra o seu cariz defensivo. Em 2010, a acção recua
160 12,3%, um valor similar ao PSI-20 (-12,9%), mas em 2009 subiu menos.
150
ACÇÕES PORTUGUESAS
140 Nome Cot. Máx. Mín. Risco Conselho
(1) (2) (2) (3)
130
BCP 0.62 1.07 0.60 x manter
120
BES 3.40 5.30 3.01 x manter
110 BPI 1.62 2.54 1.46 x comprar
100 Brisa 4.93 7.56 4.51 v comprar
90 Cimpor 4.71 6.50 4.01 w vender
80
EDP 2.40 3.20 2.40 v comprar
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A EDP Renováveis 4.53 7.75 4.36 w comprar
O preço pelo qual a PT alienou a participação detida na Vivo supera a capita-
lização bolsista na véspera da primeira oferta da Telefónica. Com isto, a cota-
Galp Energia 12.92 13.66 9.86 w manter
ção da PT disparou e supera claramente o índice mundial do sector. Jerónimo Martins 8.81 9.00 5.32 w vender
Portucel 2.20 2.24 1.82 w vender

REN: lucros recuam 25,6%


Portugal Telecom 9.12 9.13 6.48 w manter
REN 2.63 3.15 2.53 u comprar
No primeiro semestre, a REN obteve um lucro de 0,11 euros Semapa 7.73 8.50 6.60 w manter
por acção, um recuou de 25,6% face ao período homólogo de Sonae 0.82 0.98 0.72 w comprar
2009. Ainda assim, um valor acima do que esperávamos, pois Sonae Indústria 2.24 2.82 2.00 x manter
no ano transacto os resultados estavam inflacionados por Sonaecom 1.47 2.08 1.20 x manter
uma anulação de provisão. Já este ano, os encargos financeiros
subiram devido ao aumento da dívida (+14%) e à subida da
ZON Multimédia 3.21 4.95 2.93 w manter
(1) Cotação de fecho de 20/08/2010 , em euros.
taxa de imposto. Deste modo, se excluíssemos os efeitos não (2) Cotação de fecho máxima e mínima nos últimos 365 dias, em euros.
recorrentes e o aumento da tributação, o lucro teria subido (3) Quanto maior o valor (varia entre u e y), maior é o risco associado à acção.

10 | PROTESTE POUPANÇA · 24 de Agosto 2010 www.protestepoupanca.pt


Entre nós

SABER MAIS conservar liquidez, porque prevêem um eventual


agravamento da situação.

Libor e Euribor impulsionadas • Estes aspectos também afectaram a Euribor que, para o
mesmo prazo, atingiu 0,7%, nível máximo desde o fim de
por receios nos mercados 2009. O facto de políticos húngaros terem revelado receios do
seu país estar no mesmo caminho da Grécia veio avivar os
Nas últimas semanas, os receios regressaram aos
receios. No entanto, a Euribor continua abaixo da taxa
mercados. Ao mesmo tempo, as taxas Libor e Euribor directora do Banco Central Europeu (BCE), que se encontra
voltaram a subir, após um longo período de nos 1 por cento.
estabilidade. Porque é que estas taxas estão
associadas a momentos críticos? Subida das taxas não é grave
Retorno das incertezas • Alguns especialistas defendem que estas taxas
interbancárias não são muito importantes, devido ao papel
Recentemente, vários indicadores económicos ficaram no
desempenhado pelos bancos centrais, principais responsáveis
vermelho. O mais notado em situações de incerteza e
pelos empréstimos. Além disso, nas últimas semanas, os
tradicionalmente apelidado de índice de aversão ao risco, o
bancos europeus colocaram montantes recorde junto do BCE.
Vix (com V de volatilidade) saiu do estado de hibernação.
Mas o facto do volume de empréstimos interbancários ter
Por outro lado, a diferença de taxas entre as obrigações recuado continua a ser um sinal de que os bancos estão de
do Estado alemão e as dos outros países da zona euro novo mais avessos ao risco.
atingiu níveis recorde. Face à crise da dívida pública, são
muitos os investidores que procuram refúgio nas obrigações • De qualquer forma, a situação não é tão dramática como a
crise que se fez sentir após a falência do Lehman Brothers.
alemãs, consideradas seguras, o que reduz as respectivas
A confiança era quase nula. Os bancos não queriam
taxas.
emprestar aos colegas e a Libor atingiu os 4 por cento.
Mas existem outras duas subidas particularmente evidentes:
a da Libor e a da Euribor, tanto na Europa como nos • Assim que a confiança se restabeleça, a Libor e a Euribor
Estados Unidos. deverão regressar a níveis mais calmos. Será uma boa notícia
para o universo do crédito, porque ambas servem de
referência para milhões de créditos em todo o mundo.
Definições
• Libor é o acrónimo de London Interbank Offered Rate.
Trata-se de uma taxa média praticada pelos bancos quando
emprestam dinheiro entre si. A Libor é estabelecida PORTAL FINANCEIRO
diariamente às 11 horas pela British Bankers Association
(BBA), que se baseia na média das taxas praticadas por um
determinado número de bancos presentes em Londres.
Testes de resistência
A Libor é calculada para diversas divisas e períodos de Depois dos resultados dos 'stress tests 'aos
tempo (um dia, uma semana, duas semanas, um mês, bancos europeus terem revelado um elevado grau
dois meses, etc., até 12 meses). A mais utilizada é em dólares de resistência dos principais grupos nacionais,
a três meses. Assim, a Libor serve como referência para quisemos saber qual o grau de confiança dos
determinar as taxas praticadas nos créditos a vários níveis. visitantes do portal PROTESTE POUPANÇA.
• A Euribor é uma taxa interbancária aplicada em toda a
zona euro. Fixada diariamente para períodos entre uma Bancos portugueses sólidos
semana e um ano, determina a que taxa se praticam os Quatro grupos financeiros nacionais foram alvo de um
empréstimos em euros entre bancos comerciais. estudo do Comité das Autoridades Europeias de
Supervisão Bancária (CEBS): BPI, BCP, CGD e Grupo
Subida súbita Espírito Santo. Estes bancos representam cerca de 2/3 do
Recentemente, a Libor a três meses em dólares atingiu os total dos activos do sistema bancário nacional e todos
0,538%, nível mais alto desde 6 de Julho de 2009. No início superaram o teste. O Banco Totta, que pesa 8,8% no nosso
do ano, a taxa rondava os 0,25% em linha com as taxas mercado, não foi incluído, pois este estudo recaiu sobre os
directoras da Fed. Em causa está a crise da dívida pública e grupos consolidados. Assim, influenciou parte dos
o seu impacto no sector financeiro. resultados do espanhol Santander, que também registou
uma boa resistência perante cenários adversos.
Confiança abalada
Estudo tranquiliza clientes bancários
• A subida da Libor é, neste caso, sinal de que a confiança
entre os bancos se deteriorou. Os bancos continuam a A maioria dos cibernautas (48%) afirma estar mais
emprestar dinheiro a outros bancos, mas exigem uma confiante nos bancos portugueses após a divulgação dos
remuneração mais elevada, porque o risco é maior. Os bancos resultados dos testes de resistência. Só 12% revela estar
estão assim menos dispostos a emprestar dinheiro para menos confiante do que antes.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA · 24 de Agosto 2010 | 11


Entre nós

Ainda assim, 40% dos visitantes do portal PROTESTE


POUPANÇA ficaram quase indiferentes ao estudo europeu,
ACTUALIDADE ECONÓMICA
mantendo a confiança que tinham anteriormente.
Contribua com a sua opinião e participe na nossa próxima China: novo número dois mundial
sondagem em www.protestepoupanca.pt. No segundo trimestre de 2010, a China atingiu um
crescimento económico de 10,3% e ultrapassou pela
OS RESULTADOS DOS BANCOS PORTUGUESES
NOS "STRESS TESTS" DEIXARAM-NO…
primeira vez a produção do vizinho nipónico.
(percentagem do total de respostas) Número dois da economia mundial, a seguir aos
Menos Estados Unidos, a China ocupa agora o lugar que
confiante pertencia ao Japão desde 1968.
12%
Mais A chegada da China à segunda posição da economia
confiante mundial e, consequentemente, à liderança na Ásia não
48% constitui uma surpresa. Na última década, o país registou
um crescimento médio anual de 10 por cento. Após as
Igualmente reformas implementadas nos anos 70, a economia chinesa
confiante apresentou, entre 1973 e 1999, uma taxa de progressão
40%
média de 6,8%, contra pouco mais de 3% no caso do Japão.
Após os testes de resistência, a maior parte dos inquiridos reforçou ou manteve Ao atingir o segundo lugar da hierarquia económica a nível
a confiança nas instituições bancárias portuguesas.
planetário, a China recupera a glória do passado. No século XV, era
líder mundial, posição que ocupou até ao colapso económico de
1840, sendo substituída pelo actual número um, os Estados Unidos.
Hoje, após três décadas de elevado crescimento, existem
desequilíbrios importantes, mas o potencial do gigante
asiático continua a ser grande, sobretudo em comparação
Serviço telefónico com as economias ocidentais. Para investir neste mercado e
beneficiar deste elevado crescimento, recomendamos o
de informação financeira fundo de investimento UBS EF Greater China P.

PRODUTO INTERNO BRUTO CHINÊS VS. JAPONÊS


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Telefone: 808 200 148 (rede fixa) e 218 418 783 (para telemóveis).
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¢ Crédito 87 88 89 90 9192 93 94 95 96 97 98 99 00 0102 03 04 05 06 07 08 09 10

Depois de várias décadas de forte crescimento, o PIB chinês (a carregado) ul-


Telefone: 808 789 149 (rede fixa) e 210 321 949 (para telemóveis). trapassou o PIB japonês. Trata-se de uma evolução simbólica, que confirma a
ascensão da China ao segundo lugar da economia mundial.

Propriedade/Redacção: DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira,


n.º 13, 1.º B; 1900-221 Lisboa. Editora registada sob o número 215 705. NIPC: 502 611 529.
A nossa equipa de analistas financeiros para o mercado nacional – acções nacionais: João Sousa: Banca; Luís Pinto: Construção, Cimento, Bens de consumo, Papel; Pedro
Catarino: Distribuição, Media, Auto-estradas, Serviços informáticos; Rui Ribeiro: Telecomunicações, Papel, Energia; – outros valores mobiliários e instrumentos financeiros:
António Ribeiro, João Sousa, Jorge Duarte. Na análise do mercado externo a PROTESTE POUPANÇA colabora com um grupo de organizações de consumidores europeias com as
quais definiu metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteúdos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg.
Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina, 22 – 20159 Milano. Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/Albarracín, 21-28037 Madrid.
Editions scientifiques et techniques consommateurs France SA 44 Rue Lafayette – 75009 Paris.
As análises publicadas na PROTESTE POUPANÇA são independentes e elaboradas de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereço
http://www.poupanca.proteste.pt/map/show/123351.htm.
As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financeiros objecto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido destas. A DECO
PROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm interesses susceptíveis de prejudicar a objectividade da mesma. Os nossos conselhos baseiam-se em análises
internas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente exactas ou garantir o sucesso total dos conselhos apresentados. Todavia, esperamos que as
informações apresentadas neste boletim ajudem os leitores a realizar bons investimentos.
Conselho de Gerência: Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Regueira em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin, Armand de Wasch,
Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que detém 75% do capital.
Tiragem: 25.000 exemplares. Registo no I.C.S. nº. 117 990. Depósito legal n.º 86876/95.
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12 | PROTESTE POUPANÇA · 24 de Agosto 2010 www.protestepoupanca.pt

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