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TERAPIAS BREVES
Baseiam-se na experiência clínica, na concepção teórica e na sistematização técnica da
psicanálise;
Incluem contribuições de outras disciplinas sociais e de diferentes modalidades
terapêuticas,
Possuem um esquema referencial próprio.
REFERENCIAL TEÓRICO EM PB
a. Modelo etiológico: compreensão psicodinâmica dos determinantes atuais da situação de
enfermidade, crise ou descompensação.
Fatores disposicionais históricos: apreender a estrutura da situação transversal
em que se atualizam os determinantes patogênicos;
Realce do papel desempenhado pelas condições de vida do paciente: dirigir-se
à experiência atual da "realidade" do paciente.
Considerar os múltiplos fatores que exercem durante toda a vida uma
interação entre as influências do mundo externo e as forças internas do
indivíduo, e que atuam conjuntamente para elaborar uma relação adulta.
Hartmann chamou a atenção para o papel seletivo que determinadas estruturas
sociais exercem no aparecimento de distúrbios psíquicos, favorecendo ou inibindo a
emergência de atitudes adaptativas.
A investigação sociológica em psiquiatria confirma este ponto de vista:
"A personalidade não se pode adaptar, por um lado, porque está enferma e,
por outro, porque a situação social é demasiadamente traumatizante; a distância entre ambas
(que é um fato social) decorre da implicação mútua em um conjunto dinâmico que se orienta
para a ruptura ao invés de se dirigir à acumulação“.
Escreveu Freud:
PB EM INSTITUIÇÕES
c. Encorajar o paciente a assumir papéis que fortaleçam, pelo exercício, sua capacidade de
discriminação e ajustamento realista.
d. Ajudá-lo na elaboração de um projeto pessoal, com metas que impliquem aquisição de certo
bem-estar e auto-estima. (Isto significa dirigir o esforço não apenas para o incremento da
consciência de enfermidade, mas também para uma consciência mais clara de perspectivas
pessoais.)
INSTRUMENTOS TÉCNICOS
3. Ação terapêutica sobre o grupo familiar: modalidades variáveis que vão desde a
informação, ao esclarecimento, à orientação, à assistência social, até à psicoterapia familiar.
EFICÁCIA DA PB EM INSTITUIÇÃO
Depende da elaboração, por uma equipe assistencial, de um PTI que coordene as
diversas técnicas em uma ação total, baseada numa linha psicodinâmica coerente.
Instituição & Paciente: é uma realidade nova em sua vida, diferente de suas
experiências habituais. Este aspecto merece ser destacado sobretudo no caso do
paciente que é internado, ingressando assim em um novo campo de experiências,
normas, vínculos, cuidados, recreações, que rompem as limitações e as estereotipias
de seu mundo cotidiano.
Exige-se dele uma ampla gama de intervenções: não se limita ao material fornecido
pelo paciente; explora, interroga - biografia e história clínica;
PARÂMETROS ESPECÍFICOS DA PB
Individualização.
Planificação.
Focalização.
Flexibilidade.
Outro conceito que pode tornar recomendável, pelo menos com a devida
cautela, é o de que as dificuldades do paciente para elaborar saídas pessoais
não correspondem apenas a fatores dinâmicos, mas também a limitações
culturais, educacionais e de informação.
CONTROVÉRSIAS
Entende-se que a interpretação transferencial é eficaz quando fica evidente a sua ligação
com o problema nuclear atual do paciente. Ela é utilizada em tais casos para favorecer a
compreensão de uma situação global a partir do que está sendo vivido no presente, mais
do que para dissecar em profundidade esse aqui-e-agora.
Listas de sintomas,
Testes,
A base para este ponto de vista está na observação clínica e na avaliação por
meio de outros instrumentos.
RESULTADOS DO TRATAMENTO EM PB
Existem considerações teóricas que apóiam a hipótese de que esta técnica pode
produzir modificações mais significativas que a mera alteração nos sintomas.
LIMITAÇÕES DA PB
São riscos que tornam aconselháveis o exercício desta técnica por terapeutas
com formação dinâmica e experiência clínica já consolidada.
Embora seja importante ter clara consciência de tais riscos e de tais limitações,
as considerações formuladas na discussão de resultados questionam o direito
a uma generalização destas insuficiências que chegue ao ponto de justificar
que se recuse ou que se negue eficácia a outros alcances da PB.
INDICAÇÕES
quadros paranóides,
obsessivo-compulsivos,
psicossomáticos crônicos,
perversões sexuais,
Só o esforço de uma terapia intensiva a longo prazo pode eventualmente produzir algumas
mudanças estáveis em tais quadros.
Quadros agudos:
Uma vez concluída, a terapia breve de "final aberto" admite qualquer tratamento
intensivo ulterior, se assim o exigir a evolução do paciente.
"É possível que esse grau de otimismo terapêutico precise sofrer uma revisão,
levando-se a psicanálise a suas indicações originais, de modo a deixar que grupos de
pacientes venham a ser mais bem tratados pela 'terapia breve', pela 'psiquiatria
psicanalítica' ou pela 'psicanálise modificada' . . .”
Destaquemos que esta perspectiva pode ser válida não apenas no âmbito institucional,
mas, também no da assistência privada.