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Dicionário

do Pacto
Educativo
Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Organizadores:
Humberto Silvano Herrera Contreras
Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ
Ir. Cláudia Chesini, ACSC

Núcleo de
Escolas
Católicas
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Os direitos desta obra são de todas as pessoas de boa vontade que desejam tornar o
Pacto Educativo Global uma opção de vida para uma sociedade do bem comum.
Los derechos de esta obra son de todas las personas de buena voluntad que desean hacer del Pacto
Educativo Global una opción de vida para una sociedad del bien común.

Capa e ilustrações
Capa e ilustraciones
Lila Chargista

Editoração e diagramação
Editoración y diagramación
SM Educação

Revisão ortográfica
Revisión ortográfica
Edilaine Vieira Lopes
Elizabeth Herrera Contreras
Emerita Mayer

Revisão Técnica
Revisión Técnica
Elisangela Dias Barbosa

Revisão de conteúdo
Revisión del contenido
Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ
Ir. Cláudia Chesini, ACSC
Humberto Silvano Herrera Contreras

D546 Dicionário do pacto educativo global = Diccionario del pacto


educativo global [E-book] / Organizadores: Humberto Silvano
Herrera Contreras, Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ, Ir. Cláudia Chesini,
ACSC. -- Curitiba: ANEC, 2021.
171 p. : il. : 29,5 x 21 cm

ISBN: 978-65-991727-4-8
Vários Autores

1. Pacto Educativo Global. 2. Igreja Católica. 3. Solidariedade.


4. Educação Humanista e Solidária. 5. Dicionários, manuais, etc.
I. Contreras, Humberto Silvano Herrera. II. Paula, Ir. Jorge Luiz de.
III. Chesini, Ir. Cláudia. IV. Título.
CDD 370.11

Catalogação na fonte: Bibliotecária - Silvia D. Marcon – CRB-9/1000.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Lista de siglas

CIC................ Catecismo da Igreja Católica

CV................. Exortação Apostólica Pós-sinodal Christus Vivit, aos jovens e a todo o


povo de Deus

DOCAT....... Doutrina Social da Igreja Católica

EG................. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evange-


lho no mundo atual

FT..................Carta Encíclica Fratelli Tutti, sobre a fraternidade e a amizade social

IL................... Instrumentum laboris, Pacto Educativo Global

LS.................. Carta Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da Casa Comum

PC................. Carta Apostólica Patris Corde, por ocasião do 150o aniversário da de-
claração de São José como Padroeiro Universal da Igreja

QA................ Exortação Apostólica Pós-sinodal Querida Amazônia, ao povo de


Deus e a todas as pessoas de boa vontade

DFSA...........Documento final do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Convido-vos a promover em conjunto e ativar, através dum


pacto educativo comum, as dinâmicas que conferem um
sentido à história e a transformam de maneira positiva.
Convido a cada um para ser protagonista desta aliança,
assumindo o compromisso pessoal e comunitário de cultivar,
juntos, o sonho dum humanismo solidário, que corresponde
às expectativas do homem e ao desígnio de Deus.

Os invito a promover juntos y a impulsar, a través de un pacto


educativo común, aquellas dinámicas que dan sentido a la historia y la
transforman de modo positivo.
Invito a cada uno a ser protagonista de esta alianza, asumiendo un
compromiso personal y comunitario para cultivar juntos el sueño de un
humanismo solidario, que responda a las esperanzas
del hombre y al diseño de Dios.

Papa Francisco (12/09/2019)

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Mensagem da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura


e Educação da CNBB
Queridas crianças, amados/as jovens, caros/as educadores/as, prezadas fa-
mílias, homens e mulheres de boa vontade.
O Papa Francisco propôs a todos os povos e nações o convite para aderirem
ao Pacto Educativo Global. Trata-se de recuperar aquele compromisso fundamen-
tal entre família – escola/universidade – sociedade em favor da educação humanis-
ta e solidária. É um apelo ao compromisso de agir no presente, com esperança de
um futuro em que a humanidade colha os resultados de uma educação inclusiva e
promotora da fraternidade: somos todos irmãos.
Para compreender bem o Pacto Educativo Global você tem em suas mãos
este Dicionário preparado por quase uma centena de autores/as, todos apaixona-
dos pela educação. Ao ler os verbetes você vai se inteirar, ainda mais, a respeito des-
sa proposta corajosa, ousada e factível. Sim, é possível um mundo em que nenhuma
criança fique sem escola, em que nenhuma família se esquive da responsabilidade
de educar, em que o Estado e a iniciativa privada tudo façam pela educação de
qualidade. Educar é uma tarefa que envolve inúmeros atores. E será difícil encontrar
algum adulto que não possa ter algum grau de responsabilidade com a educação.
Nosso agradecimento aos autores e autoras pela iniciativa e a todos/as que,
abraçando a causa do Pacto Educativo Global, oferecem para você o presente Di-
cionário. Faça dele uma ferramenta de seu trabalho pela educação. Ajude a divulgar
a proposta do Pacto. Seja protagonista nesse sonho de renovar a educação.

Mensaje de la Comisión Episcopal Pastoral para la Cultura y Educación de la


CNBB
Queridos niños, amados/as jóvenes, estimados/as educadores/as, familias, hombres y
mujeres de buena voluntad.
El Papa Francisco propuso a todos los pueblos y naciones la invitación para adherir al
Pacto Educativo Global. Se trata de recuperar aquel compromiso fundamental entre familia – es-
cuela/universidad – sociedad en favor de la educación humanista y solidaria. Es una apelación al
compromiso de actuar en el presente, con esperanza de un futuro en que la humanidad coseche
los resultados de una educación inclusiva y promotora de la fraternidad: somos todos hermanos.
Para comprender bien el Pacto Educativo Global tienes en tus manos este Diccionario

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

preparado por casi una centena de autores/as, todos apasionados por la educación. Al leer las
palabras te irás enterando, aún más, respecto de esta propuesta valerosa, osada y factible. Sí,
es posible un mundo en que ningún niño quede sin escuela, en que ninguna familia esquive su
responsabilidad de educar, en que el Estado y la iniciativa privada hagan todo por brindar una
educación de calidad. Educar es una tarea que envuelve innumerables actores. Y será difícil en-
contrar algún adulto que no pueda tener algún grado de responsabilidad con la educación.
Nuestro agradecimiento a los autores y autoras por la iniciativa y a todos/as que, abra-
zando la causa del Pacto Educativo Global, te ofrecen el presente Diccionario. Haz de él una he-
rramienta para tu trabajo por la educación. Ayuda a divulgar la propuesta del Pacto. Sé protago-
nista en ese sueño de renovar la educación.

Dom João Justino de Medeiros Silva


Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Mensagem da Conferência dos Religiosos do Brasil


A educação católica valoriza o encontro e se constrói numa relação de sujei-
tos, isto quer dizer, que somos todos e todas convocados ao compromisso do saber
educar, tirar de dentro de nós mesmos as habilidades e inteligências com as quais o
Criador nos favoreceu, pois, somos sua imagem e semelhança (Gn 1,26). Cremos que
a comunidade educativa é uma família que aposta no desenvolvimento integral.
Você pai e mãe, filho e filha, educador, educadora, direção da escola, pedagogos e
pedagogas, pessoal de manutenção e serviços gerais e administrativos, todos são
parte importante do grande projeto educativo. Por isso, faz-se urgente um Pacto
pela educação católica de qualidade que não nos paralise, mas abra horizontes do
conhecimento.
O Dicionário elaborado pela ANEC traz os conceitos mais significativos sobre
o Pacto Educativo. Um serviço que nos alerta e compromete a sermos protago-
nistas de uma educação católica que toque em profundidade a vida das pessoas
e transforme as formas de ver, julgar e agir, neste mundo em profundas e rápidas
transformações, cujo cerne é a cultura. E, quando falamos de cultura, estamos di-
zendo que os horizontes de compreensão, de juízo e de humanidade estão em mu-
tação, exigindo de nós maior atenção e escuta dos questionamentos que surgem
da nossa realidade.
A Vida Religiosa Consagrada sempre esteve comprometida com a Educação
de qualidade. Nossos ambientes educativos, desde as remotas escolas para co-
munidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas, nos centros urbanos, até as Facul-
dades e Universidades, têm o compromisso com a criatividade educativa, com o
protagonismo dos sujeitos envolvidos e com relações humanizadas e humanizado-
ras. O centro do nosso agir educativo global é o anúncio da pessoa de Jesus Cristo,
cuja ação libertadora, desde a cruz à ressurreição, marca decisivamente o nosso
agir educativo-evangelizador. Oxalá este Dicionário ajude a ampliar os horizontes
de compreensão da proposta do Papa Francisco por um Pacto Educativo Global.

Mensaje de la Conferencia de los Religiosos de Brasil


La educación católica valora el encuentro y se construye en una relación de sujetos, esto
quiere decir, que somos todos y todas convocados al compromiso del saber educar, tirar de dentro
de nosotros mismos las habilidades e inteligencias con las cuales el Creador nos favoreció, pues,
somos su imagen y semejanza (Gn 1,26). Creemos que la comunidad educativa es una familia que
apuesta en el desarrollo integral. Tú, padre y madre, hijo e hija, educador, educadora, dirección de la

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

escuela, pedagogos y pedagogas, personal de manutención y servicios generales y administrativos,


todos son parte importante del gran proyecto educativo. Por eso, se hace urgente un Pacto por la
educación católica de calidad que no nos paralice, mas que abra horizontes de conocimiento.
El Diccionario elaborado por la ANEC trae los conceptos más significativos sobre el Pacto
Educativo. Un servicio que nos alerta y compromete a ser protagonistas de una educación ca-
tólica que toque en profundidad la vida de las personas y transforme las formas de ver, juzgar
y actuar, en este mundo en profundas y rápidas transformaciones, cuyo cerne es la cultura. Y,
cuando hablamos de cultura, estamos diciendo que los horizontes de comprensión, de juicio y de
humanidad están en mutación, exigiendo de nosotros mayor atención y escucha de los cuestio-
namientos que surgen de nuestra realidad.
La Vida Religiosa Consagrada siempre estuvo comprometida con la Educación de cali-
dad. Nuestros ambientes educativos, desde las remotas escuelas para comunidades ribereñas,
indígenas, quilombolas, en los centros urbanos, hasta las Facultades y Universidades, tienen el
compromiso con la creatividad educativa, con el protagonismo de los sujetos involucrados y con
relaciones humanizadas y humanizadoras. El centro de nuestro actuar educativo global es el
anuncio de la persona de Jesucristo, cuya acción liberadora, desde la cruz a la resurrección, marca
decisivamente nuestro actuar educativo-evangelizador. Ojalá este Diccionario ayude a ampliar
los horizontes de comprensión de la propuesta del Papa Francisco por un Pacto Educativo Global.

Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro, mad


Presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Mensagem da Confederação Interamericana de Educação Católica


Por um Pacto Educativo Global desde a Escola Católica de América e Brasil.
O convite do Papa Francisco a construir um Pacto Educativo Global é um convite
para a Escola Católica,

1. Seremos seres de cuidado, de solidariedade, de ternura, de cooperação


e de compaixão: quando não pretendemos ser “o pequeno deus” na Terra, posto
de joelhos pelo covid 19, senão simplesmente humanos, que olham e tratam aos
outros como iguais, membros da comunidade de vida, entre os seres humanos, as
plantas, as aves, os animais, a lua, o sol, as estrelas... simplesmente como irmãos e
irmãs. Como diz o Papa Francisco tão poeticamente em sua encíclica de ecologia
integral Laudato Si’, sobre o cuidado da Casa Comum: “Tudo está relacionado, e
todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa pere-
grinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas
criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao
irmão rio e à mãe terra” (LS, 92).
2. Corresponde a nós como pessoas e como Escola Católica de América
pensar, refletir e atuar que não é um puro sonho e uma utopia inviável buscar um
espírito de fraternidade universal entre os humanos e com todos os seres da na-
tureza. Esta será a grande saída que nos poderá salvar. O Papa Francisco acredita
e espera que este seja o caminho. Pode ser tumultuoso, conhecer obstáculos e
sofrer desvios, mas segue o rumo correto. Nos urge responder, pois o tempo do
relógio corre em contra nossa.
3. Como Escolas Católicas de América, reconhecemos que o grande desafio
da Educação em todas suas formas, na escola e mais que tudo na vida, é ser uma
das energias maias eficazes para criar uma consciência e umas práticas que apon-
tem para outro tipo de mundo. Este tipo de mundo pode e deve gerar-se desde
a escola, é nosso sonho, é esperança. A esperança nasce deste compromisso de
transformação. A esperança aqui deve ser pensada na linha que nos ensinou o
grande filósofo alemão Ernst Bloch, que formulou “o princípio esperança”, que
quer dizer: a esperança não é uma virtude entre outras tantas. Ela é muito mais: é
o motor de todas elas, é a capacidade de pensar o novo, todavia não ensaiado; é

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

a coragem de sonhar outro mundo possível e necessário; é a ousadia de projetar


utopias que nos fazem caminhar e que nunca nos deixam parados nas conquistas
alcançadas, o que quando nos sentimos derrotados, nos fazem levantar-nos para
retomar o caminho. A esperança se mostra no fazer, no compromisso de transfor-
mação, na ousadia de superar obstáculos e enfrentar aos grupos opressores. Essa
esperança não pode morrer nunca.

Mensaje de la Confederación Interamericana de Educación Católica


Por un Pacto Educativo Global desde la Escuela Católica de América y Brasil.
La invitación del Papa Francisco a construir un Pacto Educativo Global es una invita-
ción a la Escuela Católica,
1. Seremos seres de cuidado, de solidaridad, de ternura, de cooperación y de com-
pasión: cuando no pretendemos ser “el pequeño dios” en la Tierra, puesto de rodillas por el
covid 19, sino sencillamente humanos, que ven y tratan a los otros como iguales, miembros
de la comunidad de vida, entre los seres humanos, las plantas, las aves, los animales, la luna,
el sol, las estrellas… simplemente como hermanos y hermanas. Como dice el Papa Francisco
tan poéticamente en su encíclica de ecología integral Laudato Si’, sobre el cuidado de la Casa
Común: “todo está relacionado, y todos los seres humanos estamos juntos como hermanos y
hermanas en una maravillosa peregrinación, entrelazados por el amor que Dios tiene a cada
una de sus criaturas y que nos une también, con tierno cariño, al hermano sol, a la hermana
luna, al hermano río y a la madre tierra” (LS, 92).
2. Nos corresponde a nosotros como personas y como Escuela Católica de América
pensar, reflexionar y actuar que no es un puro sueño y una utopía inviable buscar un espíritu
de fraternidad universal entre los humanos y con todos los seres de la naturaleza. Esta será
la gran salida que nos podrá salvar. El Papa Francisco cree y espera que este sea el camino.
Puede ser tortuoso conocer obstáculos y sufrir desvíos, pero sigue el rumbo correcto. Nos urge
responder, pues el tiempo del reloj corre en contra nuestra.
3. Como Escuela Católica de América reconocemos que el gran reto de la educación
en todas sus formas, en la escuela y más que todo en la vida, es ser una de las energías más
eficaces para crear una conciencia y unas prácticas que apunten hacia otro tipo de mundo.
Este tipo de mundo puede y debe forjarse desde la escuela, es nuestro sueño, es esperanza.
La esperanza nace de este compromiso de transformación. La esperanza aquí debe ser pen-
sada en la línea que nos enseñó el gran filósofo alemán Ernst Bloch, que formuló “el principio
esperanza”, que quiere decir: la esperanza no es una virtud entre otras tantas. Ella es mucho
más: es el motor de todas ellas, es la capacidad de pensar lo nuevo, todavía no ensayado; es

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

el coraje de soñar otro mundo posible y necesario; es la osadía de proyectar utopías que nos
hacen caminar y que nunca nos dejan parados en las conquistas alcanzadas, o que cuando
nos sentimos derrotados, nos hacen levantarnos para retomar el camino. La esperanza se
muestra en el hacer, en el compromiso de transformación, en la osadía de superar obstáculos
y enfrentar a los grupos opresores. Esa esperanza no puede morir nunca.

Oscar A. Pérez Sayago


Secretario General
Confederación Interamericana de Educación Católica

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Mensagem da Organização de Universidades Católicas de


América Latina e do Caribe
O Pacto Global é processo, é vivência, é experiência.
Ele se expressa nas multiformes manifestações educativas que se expan-
dem em toda a aldeia global.
Da mesma forma, ele exige a geração de “im-pacto” em nossas vidas pes-
soais e institucionais, transformando pessoas, grupos e comunidades em novas
formas de existir conforme o Evangelho.
O Dicionário bilíngue, contendo 72 verbetes sobre o Pacto Global de Educa-
ção, proposto pelo Papa Francisco, deseja ser uma ferramenta que auxilie a com-
preensão e a vivência do chamado ao envolvimento da Aldeia Global no projeto da
Nova Educação.
Tais verbetes resultam da compreensão, da vivência e da escrita de, ao me-
nos, uma centena de de educadores/as, religiosos/as e estudantes.
Já em resposta ao desafio de trabalharmos juntos, ele é resultado do traba-
lho colaborativo: ANEC, CNBB, CRB, CIEC e SM Educação.
Sua distribuição, digital e gratuita, torna-se estratégia facilitadora para o
acesso à informação no intuito de que este dicionário chegue a um grande núme-
ro de pessoas, extrapolando os muros institucionais.
Desejamos que o mundo todo, especialmente o mundo da Educação, possa
otimizar este recurso por uma Educação cada vez mais integral e integradora de
nossas ações, afetos, inteligência e espiritualidade.
Fazemos votos de que cada verbete provoque ressonância em nossas vidas,
promotoras de um mundo melhor, e com espaço de acolhida para todos, no cui-
dado da Casa Comum, na condição de que todos somos irmãos.

Mensaje de la Organización de Universidades Católicas de América Latina y El


Caribe
El Pacto Educativo Global es un proceso, es vivencia, es experiencia.
Se expresa en las diversas manifestaciones educativas que se expanden en toda la al-
dea global.
De la misma forma, exige la generación de “im-pacto” en nuestras vidas personales e

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

institucionales, transformando personas, grupos y comunidades en nuevas formas de existir


conforme al Evangelio.
El Diccionario bilingüe, contiene 72 palabras sobre el Pacto Educativo Global, propuesto
por el Papa Francisco y desea ser una herramienta que apoye la comprensión y la vivencia del
llamado al involucramiento de la Aldea Global en el proyecto de la Nueva Educación.
Tales palabras resultan de la comprensión, de la vivencia y de la escritura, de al menos,
una centena de educadores/as, religiosos/as y estudiantes.
Ya en respuesta al desafío de trabajar juntos, es resultado del trabajo colaborativo:
ANEC, CNBB, CRB, CIEC y SM Educación.
Su distribución, digital y gratuita, se torna una estrategia facilitadora para el acceso
a la información en la intención de que este diccionario llegue a un gran número de personas,
extrapolando los muros institucionales.
Deseamos que todo el mundo, especialmente el mundo de la Educación, pueda optimi-
zar este recurso por una Educación cada vez más integral e integradora de nuestras acciones,
afectos, inteligencia y espiritualidad.
Deseamos que cada palabra provoque resonancia en nuestras vidas, que sean promo-
toras de un mundo mejor, el cual tenga un espacio de acogida para todos, en el cuidado de la
Casa Común, en la condición de que todos somos hermanos.

Ir. Paulo Fossatti


Vice-Presidente do Conselho Diretivo da Organización de Universidades
Católicas de América Latina y El Caribe – ODUCAL
Membro Titular do Conselho Superior da ANEC
Reitor da Universidade La Salle – UNILASALLE - RS

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Mensagem da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil


O convite do Papa Francisco para fazermos um Pacto Educativo Global exige
que educadores/as, gestores/as e lideranças se apropriem de um vocabulário que
traduza os valores de uma educação integral, humanizadora, solidária e sustentável.
Essas palavras não são apenas verbetes listados, mas um verdadeiro arsenal con-
ceitual em que todas as pessoas empenhadas numa educação libertadora podem
se ancorar. Elas sintetizam as muitas atitudes, posturas, condutas e princípios que
estão na base de um fazer educativo em que a pessoa é colocada no centro e as
melhores forças são mobilizadas para se educar na solidariedade e na abertura aos
outros - tudo isso, sob forte influxo de uma pedagogia do cuidado.
Em muitos sentidos, este dicionário ressoa a proposta do pacto, desde a sua
concepção, passando pela sua construção colaborativa com o envolvimento de
muitos/as educadores/as - o que expressa o desejo de que a educação seja um
instrumento transformador das realidades sociais e emancipador. Aliás, a emanci-
pação que almejamos não é a do indivíduo isolado, mas de sujeitos abertos, dispo-
níveis, afinal, o verdadeiro poder é o da solidariedade.
Que consigamos assumir o Pacto Educativo Global de forma real em nosso
trabalho e em nossas comunidades, para que todas as crianças e jovens tenham
vida e vida em abundância!

Mensaje de la Asociación Nacional de Educación Católica de Brasil


La invitación del Papa Francisco para que hagamos un Pacto Educativo Global exige que
educadores/as, gestores/as y liderazgos se apropien de un vocabulario que traduzca los valores
de una educación integral, humanizadora, solidaria y sostenible. Esas palabras no son apenas
palabras listadas, sino que un verdadero arsenal conceptual en que todas las personas empe-
ñadas en una educación liberadora pueden anclarse. Ellas sintetizan la multitud de actitudes,
posturas, conductas y principios que están en la base de un hacer educativo en que la persona es
colocada en el centro y las mejores fuerzas son movilizadas para educar en la solidaridad y en la
apertura a los otros – todo eso, sobre una fuerte influencia de una pedagogía del cuidado.
En muchos sentidos, este Diccionario resuena la propuesta del Pacto, desde su concepción,
pasando por su construcción colaborativa con el involucramiento de muchos/as educadores/as –
lo que expresa el deseo de que la educación sea un instrumento transformador de las realidades
sociales y emancipador. Por cierto, la emancipación que anhelamos no es la del individuo aislado,

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

sino la de sujetos abiertos, disponibles, al final, el verdadero poder es el de la solidaridad.


Que consigamos asumir el Pacto Educativo Global de forma real en nuestro trabajo y en
nuestras comunidades, para que todos los niños y jóvenes tengan vida y vida en abundancia.

Frei Mário Knapik


Diretor responsável pelo Setor de Animação Pastoral da ANEC

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Apresentação
“Terei, minhas mãos sem cansaço
Tua história em meus lábios
E força na oração”.
Canção do/a missionário/a.

Dentre as muitas e significativas palavras do Papa Francisco, em setembro de


2019, ao convidar todas as pessoas de bem para se engajarem em um Pacto Edu-
cativo Global, essas ressoaram com mais intensidade. Naqueles dias estavam reuni-
dos, em Brasília, Diretoria e Conselho Superior da ANEC. O assunto entrou em pauta
e por unanimidade foi aprovado, em parceria com a CNBB e CRB. Encaminhadas as
articulações, foi definido como lema: A Igreja do Brasil, com Papa Francisco, no Pac-
to Educativo Global; e a logo do Pacto dentro do mapa do Brasil (proposta apresen-
tada pela Escola Santo Afonso Rodriguez, da Rede Jesuíta de Educação).
Por solicitação do Setor de Educação da CNBB, foi escrito e lançado o docu-
mento Orientações Gerais sobre o Pacto Educativo Global, em janeiro de 2020, com
previsão para a ANEC realizá-lo em abril. Também foram articulados Seminários Re-
gionais com envolvimento das universidades e escolas católicas. Com o andamento
do processo, foi sendo constituído o GT Pacto ANEC Brasil. Dele participam o coor-
denador do GT Pastoral ANEC e/ou o membro do Conselho dos Estados e Distrito
Federal e os/as gerentes do escritório nacional, sob a coordenação do Serviço de
Animação Pastoral.
Com a pandemia, fez-se necessário uma nova organização no planejamento
das atividades. Foi escrito e publicado o Projeto Executivo do Pacto Educativo Glo-
bal. Nele se encontram explicitados os fundamentos que norteiam as ações previs-
tas e os desdobramentos a partir deste planejamento. Não é um trabalho isolado,
mas com várias parcerias, dentre as quais trazemos presente a elaboração deste Di-
cionário junto à Confederação Interamericana de Educação Católica - CIEC, à Rede
Jesuíta de Educação e à Faculdade Bagozzi, com o apoio da SM Educação.
O pontificado do Papa Francisco, é marcado pela ousadia do Evangelho. Ele
em seus discursos convoca toda a Igreja para um estado permanente de saída. Sair
para abraçar as grandes causas da vida. Nesse sentido, nosso dicionário mergulha
na fonte de suas mensagens, para criar uma comunhão fraterna com a Igreja. Quan-
do foi convocado este projeto, no ano de 2019, jamais se imaginou que o mundo

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

estaria vivendo momentos delicados, por conta da pandemia e dos seus desdobra-
mentos. O dicionário traz uma chama de vida e esperança. É preciso investir nossas
melhores energias com coragem e ousadia.
Nossa inspiração parte da narrativa de Lucas 10,1 que se refere ao envio do
grupo dos 72 discípulos por Jesus. A missão não é tarefa só de alguns. Assim, a
nossa escrita é feita de forma coletiva para expressar uma união de desejos. Somos
72 autorias enviadas para transformar o mundo. Que a nossa escrita-ação, seja um
compromisso gerador de vida em abundância.
Destacamos a participação de Lila Chargista que traduziu a motivação do
Pacto por meio da sua arte. Após ter criado a capa do Dicionário, expressou: “Eu
vejo no Pacto Educativo, o reflexo dos sonhos dos meus filhos, dos filhos de todo
mundo”. Somam-se às artes de Lila duas nuvens de palavras. A primeira formada
pelas 72 palavras em português e em espanhol, e com o formato de América do Sul,
revela uma das intenções do Dicionário: Aproximar-nos! Foi por isso que convida-
mos autores/as dos outros países, e decidimos traduzir ao espanhol esta iniciativa
que nasceu no Brasil. A segunda, com formato de uma árvore, revela os quase 100
nomes de todas as pessoas que participaram deste projeto editorial, e que nos fa-
zem acreditar que é possível unir as nossas melhores energias no convite que o Pac-
to nos fez. São educadores/as, agentes de pastoral, gestores/as, pesquisadores/
as, religiosos/as, sacerdotes, que atuam em diferentes ambientes e que desejaram
participar da construção coletiva deste Dicionário. Na diversidade dos/as autores/
as, dos seus países e regiões, conseguimos tecer uma experiência fraternal, que nos
fez considerar, que o Pacto é possível, e que este Dicionário, já é uma semente desse
canteiro que estamos lavrando.
O Dicionário, no genuíno espírito pastoral que revela, reúne as gramáticas de
vida das autorias, registrando nas breves linhas dos verbetes, as suas vozes, os seus
pensamentos e as suas experiências de vida.
Que as 72 palavras, inspirem alegria missionária, ampliem letramentos e gra-
máticas de reciprocidade, e multipliquem as sementes do humanismo solidário, na
nossa Casa Comum.
Fraternalmente,
Os organizadores

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Presentación
“Tendré mis manos sin cansancio
tu historia entre mis labios
tu fuerza en la oración”
Canción del (de la) misionero/a.

Entre las muchas y significativas palabras del Papa Francisco, en septiembre de 2019, al
invitar todas las personas de bien para comprometerse en un Pacto Educativo Global, estas re-
sonaron con más intensidad. En aquellos días estaban reunidos, en Brasilia, la Dirección y Consejo
Superior de la ANEC. El asunto entró en pauta y por unanimidad fue aprobado en conjunto con
la CNBB y la CRB. Avanzadas las reuniones, fue definido un lema: La Iglesia de Brasil, con Papa
Francisco, en el Pacto Educativo Global y el logo del Pacto adentro del mapa de Brasil (propuesta
presentada por la Escuela Santo Afonso Rodriguez, de la Red Jesuita de Educación).
Por solicitud del Sector de Educación de la CNBB fue escrito y lanzado el documento
Orientaciones Generales sobre el Pacto Educativo Global, en enero de 2020, con indicación para
la ANEC realizar lo mismo en abril. También fueron coordinados Seminarios Regionales con la par-
ticipación de las universidades y escuelas católicas. Con el avance del proceso se fue constituyen-
do el Grupo de Trabajo (GT) del Pacto ANEC Brasil. En él participa el coordinador del GT Pastoral
de la ANEC y/o el miembro del Consejo de los Estados y del Distrito Federal y los/as gerentes de la
oficina nacional, bajo la coordinación del Servicio de Animación Pastoral.
Con la pandemia, se hizo necesaria una nueva planificación de las actividades. Fue escrito
y publicado el Proyecto Ejecutivo del Pacto Educativo Global. En él, se encuentran descritos los
fundamentos que orientan las acciones previstas y los desarrollos a partir de esta planificación.
No es un trabajo aislado, sino con varias colaboraciones. Entre éstas, tenemos la participación en
la elaboración de este Diccionario de la Confederación Interamericana de Educación Católica -
CIEC, de la Red Jesuita de Educación y de la Facultad Padre João Bagozzi, con apoyo de la SM
Educación.
El pontificado del Papa Francisco, es marcado por el coraje del Evangelio. Él en sus dis-
cursos convoca a toda la Iglesia a permanecer en un estado de salida, salir a abrazar las gran-
des causas de la vida. En ese sentido, nuestro Diccionario se sumerge en la fuente de sus men-
sajes, para crear una comunión fraterna con la Iglesia. Cuando fue convocado este proyecto en
el año de 2019, jamás se imaginó que el mundo estaría viviendo momentos delicados, debido a
la pandemia y sus consecuencias. El Diccionario trae una llama de vida y esperanza. Es necesa-
rio invertir nuestras mejores energías con coraje y audacia.
Nuestra inspiración, parte de la narrativa de Lucas 10,1 que se refiere al envío del grupo de
los 72 discípulos por Jesús. La misión, no es tarea de unos pocos, por eso nuestra escritura es hecha
en forma colectiva para expresar una unión de deseos. Somos 72 autorías enviadas para transfor-
mar el mundo. Que nuestra escritura-acción, sea un compromiso generador de vida en abundancia.
Destacamos la participación de Lila Caricaturista que tradujo la motivación del Pacto
por medio de su arte. Después de haber creado la capa del Diccionario, nos expresó: “Yo veo en

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

el Pacto Educativo, el reflejo de los sueños de mis hijos, de nuestros hijos, de los hijos de todo el
mundo”. Se unen a las artes de Lila dos nubes de palabras. La primera formada por las 72 pa-
labras en portugués y en español, y con el formato de América del Sur, revelando así, una de las
intenciones del Diccionario: ¡Aproximarnos! Fue por eso que invitamos autores/as de otros paí-
ses, y decidimos traducir al español esta iniciativa que nació en Brasil. La segunda, con formato
de un árbol, revela los casi 100 nombres de todas las personas que participaron de este proyec-
to editorial, y que nos hacen creer que es posible unir nuestras mejores energías a la invitación
que el Pacto nos hizo. Son educadores/as, agentes de pastoral, gestores/as, investigadores/as,
religiosos/as, sacerdotes, que actúan en diferentes ambientes y que desearon participar de la
construcción colectiva de este Diccionario. En la diversidad de los/as autores/as, de sus países y
regiones, conseguimos tejer una experiencia fraternal, que nos hizo considerar, que el Pacto es
posible, y que este Diccionario, ya es una semilla de ese cantero que estamos labrando.
El Diccionario, revela el genuino espíritu pastoral, reuniendo las gramáticas de vida de
los/as autores/as, registrando en sus breves líneas, sus voces, sus pensamientos y sus experien-
cias de vida.
Deseamos que las 72 palabras, inspiren alegría misionera, amplíen vocabularios y gramá-
ticas de reciprocidad y multipliquen las semillas del humanismo solidario, en nuestra Casa Común.
Fraternalmente,

Los organizadores

Ir. Cláudia Chesini, ACSC


Associação Congregação Santa Catarina
Membro Titular do Conselho Superior da ANEC

Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ


Rede Jesuíta de Educação

Humberto Silvano Herrera Contreras


SM Educação
Faculdade Padre João Bagozzi

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Diccionario del Pacto Educativo Global

As palavras...
Las palavras...

1. Abertura ao outro Apertura al otro


2. Aldeia educativa Aldea educativa
3. Alegria do Evangelho Alegría del Evangelio
4. Aliança educativa Alianza educativa
5. Alteridade Alteridad
6. Bem comum Bien común
7. Bom Pastor Buen Pastor
8. Busca do transcendente Búsqueda de lo trascendente
9. Casa Comum Casa Común
10. Centralidade da pessoa Centralidad de la persona
11. Cidadania Ciudadanía
12. Cidadania ecológica Ciudadanía ecológica
13. Circularidade Circularidad
14. Compromisso ético Compromiso ético
15. Comunidade Comunidad
16. Coragem Coraje
17. Criatividade Creatividad
18. Cuidado Cuidado
19. Cultura do encontro Cultura del encuentro
20. Cultura do descartável Cultura del descarte
21. Demandas das juventudes Demandas de las juventudes
22. Diálogo Diálogo
23. Diálogo inter-religioso Diálogo inter-religioso
24. Discernimento Discernimiento
25. Disponibilidade Disponibilidad
26. Economia de Francisco e Clara Economía de Francisco y Clara
27. Ecumenismo Ecumenismo
28. Educação integral Educación integral
20
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Diccionario del Pacto Educativo Global

29. Educação para o silêncio Educación para el silencio


30. Egolatria Egolatría
31. Emergência educativa Emergencia educativa
32. Em saída En salida
33. Escuta fraterna Escucha fraterna
34. Esperança Esperanza
35. Fratelli Tutti Fratelli Tutti
36. Fraternidade Fraternidad
37. Generosidade Generosidad
38. Humanizar Humanizar
39. Indignação Indignación
40. Inquietação pela realidade Inquietud por la realidad
41. Interioridade Interioridad
42. Jovens Jóvenes
43. Justiça socioambiental Justicia socioambiental
44. Laudato Si’ Laudato Si’
45. Liberdade Libertad
46. Misericórdia Misericordia
47. Mística de viver juntos Mística de vivir juntos
48. Novo estilo de vida Nuevo estilo de vida
49. Novo estilo educacional Nuevo estilo educacional
50. Novo humanismo Nuevo humanismo
51. O mundo pode mudar El mundo puede cambiar
52. Pacto Educativo Global Pacto Educativo Global
53. Papa Francisco Papa Francisco
54. Paz social Paz social
55. Pobreza Pobreza
56. Querida Amazônia Querida Amazonia
57. Reciprocidade Reciprocidad
58. Reconstruir a identidade Reconstruir la identidad
59. Reconstruir laços Reconstruir lazos
60. Relação educacional Relación educacional 21
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Diccionario del Pacto Educativo Global

61. Respeitar a diversidade Respetar la diversidad


62. Responsabilidade Responsabilidad
63. Revolução da ternura Revolución de la ternura
64. Serviço Servicio
65. Sinodalidade Sinodalidad
66. Solidariedade Solidaridad
67. Solidariedade intergeracional Solidaridad intergeneracional
68. Tempos tecnológicos Tiempos tecnológicos
69. Teologia do povo Teología del pueblo
70. Tudo está interligado Todo está conectado
71. Unidade na diferença Unidad en la diferencia
72. Vida Vida

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Diccionario del Pacto Educativo Global

Tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo ambiente, unida ao
amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os proble-
mas da sociedade.
Todo está conectado. Por eso se requiere una preocupación por el ambiente unida al amor sin-
cero hacia los seres humanos y a un constante compromiso ante los problemas de la sociedad.
LS, 91

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1. Abertura ao outro
Ir. Auclecia Maria Conceição
Congregação das Filhas do Amor Divino. Colégio Nossa Senhora das Neves, Natal - RN

Abertura ao outro é a atitude e/ou disposição que torna possível reconhecer


o outro. Abertura remete às mudanças, à ousadia e aos desafios. Abertura ao
outro, sobretudo no contexto educacional, talvez seja a fresta pela qual o futuro
entra no mundo. O futuro sonhado, mas não apenas sonhado, como também
querido e traçado pelo Cristo em Seu evangelho, pela Igreja, que vê na Educação
o terreno fértil ou o palco onde se reconhece a dignidade humana, no ritmo da
igualdade para desconstruir a globalização da indiferença. A abertura ao outro
pressupõe o reconhecimento de si mesmo como um ser de relações. Só aquele
que compreende a dimensão relacional da existência é capaz de acolher o outro
em sua completude, dar-lhe espaço para ser quem é, manifestar suas crenças,
suas ideias, seus princípios, sem ser coagido, reprimido.

Abertura é a mola mestra da Educação, consequentemente da transformação. “Se


na educação habita a semente da esperança” (Papa Francisco), o anseio é que a
pessoa e a escola sejam, não apenas habitadas pela esperança, elas mesmas a
esperança. Esperança que o coração da Educação deseja educar na perspectiva do
afeto. Foi assim que Cristo educou os seus, sempre revelando, por meio de gestos
e palavras, o lado mais terno de Deus Pai. Abertura ao outro é o que permite
aproximação com o estranho, o diálogo entre as culturas, religiões e gerações.
Não há encontro sem abertura ao outro. Se podemos plantar a esperança no solo
fecundo do ambiente escolar, estaremos acolhendo e amando o outro em sua
singularidade e vivendo experiências fraternas autênticas.

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1. Apertura al otro
Hna. Auclecia Maria Conceição
Congregação das Filhas do Amor Divino. Colégio Nossa Senhora das Neves, Natal - RN

Apertura al otro es la actitud y/o disposición que torna posible reconocer el otro.
Apertura remite a cambios, coraje y desafíos. Apertura al otro, sobretodo en el
contexto educacional, tal vez sea el espacio por el cual el futuro entra en el mun-
do. El futuro soñado, pero no solo soñado, sino que también querido y por qué no
afirmar, trazado por Cristo en Su Evangelio, por la Iglesia, que ve en la Educación
el terreno fértil o el palco donde se reconoce la dignidad humana, en el ritmo de
la igualdad para deconstruir la globalización de la indiferencia. La apertura al
otro presupone el reconocimiento de sí mismo como un ser de relaciones. Sólo
aquel que comprende la dimensión relacional de la existencia es capaz de acoger
al otro en su completitud, darle espacio para ser quién es, manifestar sus creen-
cias, sus ideas, sus principios, sin ser presionado, reprimido.

Apertura es la clave maestra de la educación, consecuentemente de la transfor-


mación. “Si en la educación habita la semilla de la esperanza” (Papa Francisco),
el anhelo es que la persona, la escuela no sólo estén habitadas por la esperanza,
sino que sean ellas mismas la esperanza. Esperanza que el corazón de la educa-
ción sea educar en la perspectiva del afecto. Fue así que Cristo educó a los suyos,
siempre revelando por medio de gestos y palabras el lado más tierno de Dios Pa-
dre. Apertura al otro es lo que permite la aproximación con el extraño, el diálogo
entre las culturas, religiones y generaciones. No hay encuentro sin apertura al
otro. Si podemos plantar la esperanza en el suelo fecundo del ambiente escolar,
estaremos acogiendo y amando al otro en su singularidad y viviendo experien-
cias fraternas auténticas.

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2. Aldeia educativa
CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

O Papa Francisco sublinha que a aldeia educativa é aquela que coloca a pessoa no
centro, de modo que o seu processo de aprendizagem, pessoal e coletivo, permita
aos jovens desenvolverem a sua personalidade. Para isso, investe as melhores
energias com criatividade e responsabilidade, e compromete-se em formar
pessoas disponíveis para se colocarem ao serviço da comunidade. Esta aldeia gera
uma rede de relações humanas e abertas, que transcendem os ambientes formais
de educação. Pressupõe um compromisso pessoal e comunitário, garantido pelo
respeito à participação da família, das Igrejas, da sociedade em geral, que precisam
ser consideradas como colaboradoras no processo educativo comum.

A construção da aldeia educativa requer uma aliança entre os/as protagonistas


na missão educativa, um caminho cooperativo e colaborativo, que envolva
todos, motivando-os a reconhecerem papéis e responsabilidades específicas e/
ou compartilhadas. Esse compromisso educativo define iniciativas que efetivem
uma educação integral e inclusiva, de modo que, pautada em relações fraternas,
solidárias e dialógicas, sinalize um novo modelo de convivência com o outro e com
a Casa Comum.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

2. Aldea educativa
CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

El Papa Francisco subraya que la aldea educativa es aquella que coloca en el


centro a la persona, de modo que su proceso de aprendizaje, personal y colecti-
vo, que permita a los jóvenes desarrollar su personalidad. Para eso, invierte las
mejores energías con creatividad y responsabilidad, y se compromete a formar
personas disponibles para colocarse al servicio de la comunidad. Esta aldea ge-
nera una red de relaciones humanas y abiertas, que transcienden los ambientes
formales de educación. Supone un compromiso personal y comunitario, garanti-
zado por el respeto a la participación de la familia, de las Iglesias, de la sociedad
en general, que necesitan ser consideradas como colaboradoras en el proceso
educativo común.

La construcción de la aldea educativa requiere una alianza entre los protago-


nistas de la misión educativa, un camino cooperativo y colaborativo, que involu-
cre a todos, motivándolos a reconocer roles y responsabilidades específicas y/o
compartidas. Este compromiso educativo define iniciativas que desarrollan una
educación integral e inclusiva, que basada en relaciones fraternas, solidarias y
dialógicas, señalizan un nuevo modelo de convivencia con el otro y con la Casa
Común.

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3. Alegria do Evangelho
Diác. Sandro Roberto de Santana Gomes
Mestre em Ciências da Religião (UNICAP), supervisor pedagógico Colégio Damas Recife - PE
e professor da Faculdade Damas Recife

Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), a primeira exortação do Papa


Francisco é um anúncio da alegre esperança que brota do Evangelho. Essa alegria
não é um simples sentimento, senão uma atitude diante da vida, um movimento
que nos leva ao encontro das mais diferentes realidades. A alegria é a fonte onde
o/a discípulo/a missionário/a é convidado/a a beber e se entusiasmar, levando
a todos o anúncio de vida, esperança e amor. Nessa missão, o Mestre Jesus nos
acompanha no itinerário de fraternidade e paz. Dessa forma, somos convidados/
as a sermos construtores/as de pontes de diálogo, capazes de aproximar as
diferentes realidades.

Educar é abrir os olhos para a realidade. A exortação nos convida a sermos


uma Igreja em saída, lembrando-nos que é próprio da Palavra de Deus esse
dinamismo. A educação é uma porta aberta. Ela nos projeta para a constante busca
do conhecimento e da verdade. Cada um de nós deve discernir qual é o caminho
que o Senhor nos pede, e, assim, somos motivados a aceitar esse chamado: sair da
própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam
da luz do Evangelho (EG, 20). O/A educador/a, mais do que alguém a apontar
caminhos, é o/a companheiro/a que encoraja, anima, predispõe o/a educando/a a
encontrar seu próprio caminho, chama a responsabilidade, a uma postura decidida
e assumida em relação ao projeto de vida, assim, não impõe ou condiciona o outro,
mas o auxilia na busca do conhecimento.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

3. Alegría del Evangelio


Diác. Sandro Roberto de Santana Gomes
Mestre em Ciências da Religião (UNICAP), supervisor pedagógico Colégio Damas Recife - PE
e professor da Faculdade Damas Recife

Evangelii Gaudium (La alegría del Evangelio), la primera exhortación del Papa
Francisco es un anuncio de la alegre esperanza que brota del Evangelio. Esa ale-
gría no es un simple sentimiento, es, sobre todo una actitud ante la vida, un mo-
vimiento que nos lleva al encuentro con las realidades más diferentes. La alegría
es la fuente donde el/la discípulo/a misionero/a es invitado/a a beber y a entu-
siasmarse llevando a todos el anuncio de vida, esperanza y amor. En esta misión,
el Maestro Jesús nos acompaña en este itinerario de fraternidad y paz. De esta
forma, somos invitados/as a ser constructores/as de puentes de diálogo, capa-
ces de aproximar las diferentes realidades.

Educar es abrir los ojos para la realidad. La exhortación nos invita a ser una Igle-
sia en salida, recordándonos que es propio de la Palabra de Dios ese dinamismo.
La educación es una puerta abierta. Nos proyecta hacia la constante búsqueda
del conocimiento y de la verdad. Cada uno de nosotros debe discernir cual es el
camino que el Señor nos pide, y así, somos motivados a aceptar ese llamado:
salir de la propia comodidad y tener el coraje de alcanzar todas las periferias
que precisan de la luz del Evangelio (EG, 20). El/la educador/a, más que alguien
que señala caminos, es el/la compañero/a que alienta, anima, predispone al (o
la) educando/a a encontrar su propio camino, llama a la responsabilidad, a una
postura decidida y asumida en relación con el proyecto de vida. De esta forma no
impone o condiciona el otro, sino que lo ayuda en la búsqueda del conocimiento.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

4. Aliança educativa
Diác. Ricardo Marques
Coord. da Pastoral da Educação – Arquidiocese de Florianópolis - SC
Coord. da Pastoral Escolar do Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima – Florianópolis - SC

É o compromisso assumido por estudantes, educadores/as, familiares, governos,


igrejas e entidades da sociedade civil organizada que, ao modo de protagonistas,
empenham “suas melhores energias” para concretizar com a atual e as futuras
gerações uma educação que tenha como centro o desenvolvimento integral da
pessoa e o cuidado com a Casa Comum, visando à formação de homens e mulheres
mais maduros e com responsabilidade na construção do bem comum, capazes de
superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a
uma humanidade mais fraterna.

A aliança educativa deve se consolidar no cotidiano da educação escolar e não escolar,


envolvendo as forças vivas da sociedade e comprometendo-as nos processos de
reflexão, decisão, planejamento, encaminhamento e realização de todas as ações
pedagógicas, a fim de garantir e efetivar uma sólida formação educacional, capaz
de gerar transformações sociais e pessoais em todos os envolvidos, levando-os a
assumir e vivenciar de forma consciente o humanismo solidário.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

4. Alianza educativa
Diác. Ricardo Marques
Coord. da Pastoral da Educação – Arquidiocese de Florianópolis - SC
Coord. da Pastoral Escolar do Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima – Florianópolis - SC

Es el compromiso asumido por estudiantes, educadores/as, familiares, gobiernos,


iglesias y entidades de la sociedad civil organizada que, al modo de protagonis-
tas, empeñan “sus mejores energías” para concretar con la actual y las futuras
generaciones una educación que tenga como centro el desarrollo integral de la
persona y el cuidado con la Casa Común, apuntando a la formación de hombres
y mujeres más maduros y con responsabilidad en la construcción del bien común,
capaces de superar fragmentaciones y contrastes y reconstruir el tejido de las
relaciones para una humanidad más fraterna.

La alianza educativa debe consolidarse en la cotidianeidad de la educación es-


colar y no escolar, involucrando a todas las fuerzas vivas de la sociedad y com-
prometiéndolas en los procesos de reflexión, decisión, planificación, avance y rea-
lización de todas las acciones pedagógicas, a fin de garantizar y hacer efectiva
una sólida formación educacional, capaz de generar transformaciones sociales
y personales en todos los involucrados, llevándolos a asumir y vivenciar de forma
consciente el humanismo solidario.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

5. Alteridade
Frei Nilo Agostini, ofm
Religioso franciscano (OFM), sacerdote, pós-doutor em Educação pela Universidade Federal de
São Carlos SP, com estágio na Escola de Altos Estudos de Paris, doutor em Teologia pela
Universidade de Ciências Humanas de Strasbourg, França

Do latim alteritas, alteritatis, esta palavra nos reenvia à compreensão que


o ser humano tem de si mesmo. Explicita a estrutura fundamental na vivência
face ao outro, na experiência da interação social e interdependência com os
outros indivíduos e com a natureza. Fora do casulo fechado do individualismo,
o ser humano constitui-se pessoa, pois sua existência é constituída pela relação,
forjando seu modo próprio de ser e de viver, tal qual Ethos. Traduz a capacidade de
compartilhar o mundo com o outro, que é distinto, diferente, diverso, sem perder
a unidade. Supõe diálogo, escuta, encontro e serviço.

Viver juntos, apoiar e cuidar do bem comum, construindo a paz e crescendo com
nossas diferenças é o que nos aponta a experiência da alteridade. Supõe relações
humanas abertas, no respeito do outro e no cuidado da natureza, como encontro
vivido no amor e como disponibilidade para servir. É vivermos juntos na família, na
escola, na comunidade, na sociedade e com toda a natureza. É saber cuidar de si,
respeitar os outros, cultivar Deus e habitar a Terra. É viver a unidade na diferença,
como chance para crescermos. Nós e o mundo nos transformamos quando a
pessoa é respeitada e a natureza valorizada.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

5. Alteridad
Frei Nilo Agostini, ofm
Religioso franciscano (OFM), sacerdote, pós-doutor em Educação pela Universidade Federal de
São Carlos SP, com estágio na Escola de Altos Estudos de Paris, doutor em Teologia pela
Universidade de Ciências Humanas de Strasbourg, França

Del latín alteritas, alteritatis, esta palabra nos reenvía a la comprensión que el
ser humano tiene de sí mismo. Explica la estructura fundamental en la vivencia
frente al otro, en la experiencia de interacción social e interdependencia con los
otros individuos y con la naturaleza. Fuera del capullo cerrado del individualis-
mo, el ser humano se constituye persona, pues su existencia es constituida por
la relación, forjando su modo propio de ser y de vivir, tal cual Ethos. Se traduce
como la capacidad de compartir el mundo con el otro, que es distinto, diferente,
diverso, sin perder la unidad. Supone diálogo, escucha, encuentro y servicio.

Vivir juntos, apoyarnos, cuidar del bien común, construyendo la paz, creciendo
con nuestras diferencias es lo que nos enseña la experiencia de la alteridad. Su-
pone relaciones humanas abiertas, en el respeto del otro y en el cuidado de la
naturaleza, como encuentro vivido en el amor y como disponibilidad para servir.
Es vivir juntos en la familia, en la escuela, en la comunidad, en la sociedad y con
toda la naturaleza. Es saber cuidar de sí, respetar los otros, cultivar Dios y ha-
bitar la tierra. Es vivir la unidad en la diferencia, como oportunidad para crecer.
Nosotros y el mundo nos transformamos cuando la persona es respetada y la
naturaleza valorizada.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

6. Bem comum
Ir. Laudete Zambonin, SND
Vice-diretora do Colégio Maria Auxiliadora, Canoas – RS
Rede Notre Dame de Educação

O bem comum é precisamente a disponibilidade de se colocar a serviço da


fraternidade e da corresponsabilidade. Sendo a educação o caminho privilegiado
para o bem comum, ela precisa ser integral, inclusiva e dialógica. Enquanto
educadores/as, ajudamos na construção do bem comum, formando a partir dos
valores da compaixão, da solidariedade, da generosidade e da reciprocidade. Para
renovar a consciência do bem comum, se faz necessário um novo modelo cultural,
uma reviravolta no modelo de desenvolvimento. Trata-se de uma nova lógica
capaz de acolher nossa pertença comum, fundante de uma nova cultura.

O bem comum precisa ser integrado à realidade educativa como um objetivo


fundamental. No currículo, deve ser um princípio norteador dos objetivos de
aprendizagem, pautado nos princípios e valores de uma ética ecológica integral.
Nos encontros formativos, educadores/as e educandos/as são chamados/as a
assumir uma liderança, que, com vistas ao bem comum, à justiça e à paz social,
discuta a realidade mundial, suas fragilidades e possibilidades; promova encontros
entre diferentes gerações; incentive o voluntariado e o trabalho em rede com as
escolas do município; envolva a comunidade local na reflexão e ação; promova
espaço-tempos de escuta e orientação humano-espiritual; e direcione os esforços
das pesquisas em prol da sustentabilidade e do bem comum planetários.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

6. Bien común
Hna. Laudete Zambonin, SND
Vice-diretora do Colégio Maria Auxiliadora, Canoas – RS
Rede Notre Dame de Educação

El bien común es precisamente la disposición de ponerse al servicio de la fra-


ternidad y de la corresponsabilidad. Siendo la educación un camino privilegia-
do para el bien común, ella precisa ser integral, inclusiva y dialógica. Mientras
educadores/as, ayudamos en la construcción del bien común formando a partir
de los valores de la comprensión, de la solidaridad, de la generosidad y de la
reciprocidad. Para renovar la conciencia del bien común, se hace necesario un
nuevo modelo cultural, un cambio de rumbo en el modelo de desarrollo. Se trata
de una nueva lógica capaz de acoger nuestra pertenencia común, fundante de
una nueva cultura.

El bien común precisa ser integrado a la realidad educativa como un objeti-


vo fundamental. En el currículo debe ser un principio que guíe los objetivos de
aprendizaje, basado en los principios y valores de una ética ecológica integral.
En los encuentros formativos, educadores/as y educandos/as son llamados/as
a asumir un liderazgo, que en vistas al bien común, a la justicia y a la paz social,
discuta la realidad mundial, sus fragilidades y posibilidades; promueva encuen-
tros entre diferentes generaciones; incentive el voluntariado y el trabajo en red
con las escuelas del municipio; involucre a la comunidad local en la reflexión y
acción; promueva espacio-tiempos de escucha y orientación humano-espiritual;
y direccione los esfuerzos de las investigaciones a favor de la sostenibilidad y del
bien común planetarios.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

7. Bom Pastor
Wellington Minoru Kihara
Colaborador da Pastoral da FAE Centro Universitário Curitiba - PR
Especialista em Gestão de Processos Pastorais

O Bom Pastor é a Palavra que Se fez Carne. É o amor de Deus que Se fez Homem.
É a manifestação do Pai que se aproximou de nós. O Bom Pastor é Jesus Cristo
que resplandece o amor do Pai e oferece a sua vida. É a própria misericórdia. Com
Ele, temos a certeza de sermos amados/as. No Bom Pastor, podemos confiar, é
a nossa porta de entrada para a Salvação, para a vida em abundância. Ele nos
permite ver e ouvir a partir da fé. O Bom Pastor nos conhece profundamente, nos
vê, nos chama, fala conosco, nos ouve, toca em nós, nos protege, nos cura e nos
guia.

O Bom Pastor é a porta de entrada para uma Educação integral, humanizada,


inclusiva e fraterna. Nos ensina pela fé. Com Ele, há qualidade no diálogo, na
compreensão, na escuta e no respeito com cada personalidade. Mostra como
a diversidade no contexto educacional é bela e enriquecedora, pois cada um/a
também é amado/a por Deus. O Bom Pastor nos conduz para a cultura do encontro
e do diálogo entre as religiões. Nos incentiva a colocar sempre a pessoa no centro
e valorizar as relações humanas e o aprendizado mútuo. Com Ele, enxergamos o
caminho para a construção de uma aldeia educativa que valoriza o papel de cada
pessoa. O Bom Pastor cuida e evangeliza, guiando-nos para que a educação seja
a vivência do amor de Deus, a serviço da comunidade.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

7. Buen Pastor
Wellington Minoru Kihara
Colaborador da Pastoral da FAE Centro Universitário Curitiba - PR
Especialista em Gestão de Processos Pastorais.

El Buen Pastor es la Palabra que Se hizo Carne. Es el amor de Dios que Se hizo
Hombre. Es la manifestación del Padre que se aproximó a nosotros. El Buen Pas-
tor es Jesucristo que resplandece el amor del Padre y ofrece su vida. Es la propia
misericordia. Con Él, tenemos la certeza de ser amados/as. En el Buen Pastor
podemos confiar, es nuestra puerta de entrada para la Salvación, para la vida
en abundancia. Él nos permite ver y oír a partir de la fe. El Buen Pastor nos cono-
ce profundamente, nos ve, nos llama, habla con nosotros, nos oye, nos toca, nos
protege, nos cura y nos guía.

El Buen Pastor es la puerta de entrada para una Educación integral, humaniza-


da, inclusiva y fraterna. Nos enseña por la fe. Con Él hay calidad en el diálogo,
en la comprensión, escucha y respeto por cada personalidad. Muestra como la
diversidad en el contexto educacional es bella y enriquecedora, pues cada uno/a
también es amado/a por Dios. El Buen Pastor nos conduce a la cultura del en-
cuentro y del diálogo entre las religiones. Nos incentiva a colocar siempre la per-
sona en el centro y valorizar las relaciones humanas y el aprendizaje mutuo. Con
Él miramos el camino para la construcción de una aldea educativa que valoriza el
papel de cada persona. El Buen Pastor cuida y evangeliza, guiándonos para que
la educación sea la vivencia del amor de Dios y esté al servicio de la comunidad.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

8. Busca do transcendente
Pe. Francys Silvestrini Adão, SJ
Filósofo. Mestre e Doutor em Teologia

A palavra transcendência traz consigo a ideia de ultrapassar, ir além. Ela está


intimamente ligada a outra noção: alteridade. Tudo o que é “outro” nos transcende,
vai além de nós. A busca do transcendente remete, assim, a uma busca do diferente,
do novo, que provoca no mundo uma experiência de superação dos limites, uma
elevação do estado atual das coisas e uma expansão dos níveis do conhecimento e
das relações. Sendo assim, a transcendência se manifesta em quatro níveis distintos
e articulados entre si: a autotranscendência; a transcendência inter-humana; a
transcendência da Criação; e a Transcendência fundante e absoluta de Deus. 

Nas realidades educativas, a busca pelo transcendente dever-se-ia apresentar


de modo transversal. Ela se encontra no serviço ao desenvolvimento de todas
as potencialidades e talentos humanos dos/as estudantes, no estímulo ao
aprofundamento amoroso do conhecimento das realidades do mundo, nas
práticas relacionais e colaborativas com outras pessoas, na sensibilização diante
do sofrimento dos descartados e injustiçados, assim como no despertar do desejo
de colaborar com a construção de um mundo onde a justiça e a fraternidade sejam
uma realidade encarnada. Além disso, com uma inspiração cristã hospitaleira, as
atividades pastorais oferecem aos membros da comunidade educativa um contato
com sua interioridade e com o Mistério de Deus, para que, transcendendo-se,
queiram ser “homens e mulheres para os demais”. 

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8. Búsqueda de lo trascendente
Pe. Francys Silvestrini Adão, SJ
Filósofo. Mestre e Doutor em Teologia

La palabra transcendencia trae consigo la idea de sobrepasar, de ir más allá.


Ella está íntimamente ligada a otra noción: alteridad. Todo lo que es “otro” nos
transciende, va más allá de nosotros. La búsqueda de lo transcendente remite,
así, a una búsqueda del diferente, del nuevo, que provoca en el mundo una expe-
riencia de superación de los límites, una elevación del estado actual de las cosas
y una expansión de los niveles del conocimiento y de las relaciones. Siendo así, la
transcendencia se manifiesta en cuatro niveles distintos y articulados entre sí: la
autotrascendencia; la trascendencia inter-humana; la trascendencia de la Crea-
ción; y la Trascendencia fundante y absoluta de Dios.

En las realidades educativas, la búsqueda por lo trascendente debería presen-


tarse de modo transversal. Ella se encuentra al servicio del desarrollo de todas
las potencialidades y talentos humanos de los/as estudiantes, en el estímulo a
la profundización amorosa del conocimiento de las realidades del mundo, en las
prácticas relacionales y colaborativas con otras personas, en la sensibilización
ante el sufrimiento de los descartados y tratados injustamente, así como en el
despertar del deseo de colaborar con la construcción de un mundo donde la jus-
ticia y fraternidad sean una realidad encarnada. Más allá de eso, con una inspi-
ración cristiana hospitalaria, las actividades pastorales ofrecen a los miembros
de la comunidad educativa un contacto con su interioridad y con el Misterio de
Dios, para que, trascendiéndose, quieran ser “hombres y mujeres para los demás”.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

9. Casa Comum
Ir. João Gutemberg
Secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica – Repam

Casa, de forma objetiva é o lugar onde se vive. Comum, traz o toque da


subjetividade, pois acena para o sujeito que habita a casa, nesse caso, sujeitos.
Sendo a casa habitada por sujeitos-pessoas, convém lembrar que cada pessoa
também tem sua casa individual, seu corpo, seus ecossistemas pessoais, onde se
conectam seus valores transcendentes. Quanto mais a pessoa souber cuidar de
sua casa pessoal, melhor ela vai interagir com os/as outros/as habitantes e com
os ecossistemas da Casa Comum. Esta possui ambientes plurais, que vão desde
as realidades próximas como a residência, o bairro, a cidade, o país, para chegar à
realidade maior do Planeta e do Cosmos.

O termo Casa Comum, portanto, evoca a consciência e a responsabilidade de cada


pessoa que habita o Planeta Terra. Consciência de suas possibilidades existenciais
e a responsabilidade pelo seu cuidado pessoal e coletivo, pois a casa é de todos e
todas. E todos/as dela dependem para viver, sejam as atuais ou as futuras gerações.
A ciência e todo o processo formativo geram o conhecimento dessas realidades
fomentando a consciência e o compromisso no cuidado do ambiente vital. Missão
essa que é de suma importância em todo processo educativo. Podemos considerar
a escola, também, como casa comum, com sistemas integrados que colaboram
eficazmente com o bem-estar social com o cuidado de todos os aspectos da casa
que é de todos.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

9. Casa Común
Hno. João Gutemberg
Secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica – Repam

Casa, de forma objetiva es el lugar donde se vive. Común, trae el toque de la


subjetividad, pues señala para el sujeto que habita la casa, en este caso, suje-
tos. Siendo la casa habitada por sujetos-personas conviene recordar que cada
persona también tiene su casa individual, su cuerpo, sus ecosistemas personales,
donde se conectan sus valores trascendentes. Cuanto más la persona sepa cui-
dar su casa personal, mejor interactuará con los/as otros/as habitantes y con los
ecosistemas de la Casa Común. Ésta posee ambientes plurales, que van desde
las realidades próximas como la residencia, el barrio, la ciudad, el país, para lle-
gar a la realidad mayor del Planeta y del Cosmos.

El término Casa Común, por lo tanto, evoca la conciencia y la responsabilidad de


cada persona que habita el Planeta Tierra. Conciencia de sus posibilidades exis-
tenciales y la responsabilidad por su cuidado personal y colectivo, pues la casa
es de todos y todas. Y todos/as de ella dependen para vivir, sean las actuales o
las futuras generaciones. La ciencia y todo el proceso formativo generan el co-
nocimiento de esas realidades fomentando la conciencia y el compromiso con el
cuidado del ambiente vital. Esta misión es de suma importancia en todo proce-
so educativo. También, podemos considerar como casa común a la escuela, con
sistemas integrados que colaboran eficazmente con el bienestar social, con el
cuidado de todos los aspectos de la casa que es de todos.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

10. Centralidade da pessoa


Marcelo Bezerra de Oliveira
Pastoral CPPS

Alice Nascimento Melo


Diretora CPPS. Associação das Adoradoras do Sangue de Cristo, em Manaus - AM
Colégio Preciosíssimo Sangue

As reflexões do Pacto apontam para um processo de ressignificação do amor pela


educação em seu diálogo contínuo na busca pela paz. Isto posto, a transformação
da realidade em que vivemos só poderá ser alcançada com a união de todos os
partícipes deste arcabouço formativo. E para que isso se torne uma realidade é
preciso levar em conta o tripé: humano-vida-sociedade, onde a defesa da vida
em todos os seus seguimentos, tendo o ser humano no centro na construção de
uma sociedade justa e igualitária é o que fundamentará uma verdadeira educação
libertadora.

O grande desafio da atualidade é vivenciar a educação sob o olhar do encontro


de diferentes culturas, gerações e seguimentos religiosos. O/a educando/a é um
ser dotado/a de saberes que adentra nosso espaço, para assim construirmos de
fato uma verdadeira comunidade fazendo o bem com muita ordem, respeitando
e promovendo a dignidade de cada pessoa, a exemplo de Jesus Educador. Em
suma, a aplicabilidade do conceito acontece à medida que se olha o/a educando/a
como multiplicador/a do que defendemos e acreditamos.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

10. Centralidad de la persona


Marcelo Bezerra de Oliveira
Pastoral CPPS

Alice Nascimento Melo


Diretora CPPS. Associação das Adoradoras do Sangue de Cristo, em Manaus - AM
Colégio Preciosíssimo Sangue

Las reflexiones del Pacto apuntan a un proceso de resignificación del amor por la
educación en su diálogo continuo en la búsqueda por la paz. Esto, debido a que
la transformación de la realidad en que vivimos solo podrá ser alcanzada con la
unión de todos los partícipes de este marco de referencia formativo. Y para que
esto se convierta en realidad, es fundamental tener en cuenta la siguiente triada:
humano-vida-sociedad, donde la defensa de la vida en todos sus segmentos,
teniendo al ser humano en el centro de la construcción de una sociedad justa e
igualitaria que es lo que fundamentará una verdadera educación liberadora.

El gran desafío de la actualidad es vivenciar la educación bajo la mirada del en-


cuentro de diferentes culturas, generaciones y segmentos religiosos. El/La edu-
cando/a es un ser dotado/a de saberes que ingresa a nuestro espacio, para así
construir realmente una verdadera comunidad haciendo el bien con mucho orden,
respetando y promoviendo la dignidad de cada persona siguiendo el ejemplo de
Jesús Educador. En suma, la aplicabilidad del concepto acontece a medida que
se mira el/la educando/a como multiplicador/a de lo que defendemos y creemos.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

11. Cidadania
Eduardo Brasileiro
Educador e sociólogo. Diretor do Instituto Cultiva.
Membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC)

Para bem habitar a cidade, é preciso bem distribuir o acesso às possibilidades da


cidade, como se vê “(...) numa aldeia que educa é fácil encontrar a convergência
para uma educação que saiba fazer-se portadora duma aliança entre todos” (Papa
Francisco). A cidadania começa a se forjar no exercício de cativarmos as comunidades
a reconhecerem seus desafios coletivos. No Brasil sempre foi algo frágil, considerando
quase 400 anos de escravidão oficializada e, até hoje, uma estrutura racista. Até 1887,
o negro não era gente. Até 1932, mulheres não votavam. Na ditadura civil-militar, de
1964 a 1985, ser cidadão era ter carteira de trabalho assinada.

Desenvolver práticas educativas atentas à cidadania está em reconhecer na história


as profundas desigualdades que cindem nosso povo e geram profundas dores.
É construir parâmetros para entender em qual estágio da luta pela conquista da
cidadania o povo brasileiro está posicionado. A Constituição Cidadã, como é chamada
a constituição de 1988, trouxe no seio da elaboração de seu texto, negros, mulheres,
indígenas, movimentos sociais, camponeses, operários, empresários, todos tiveram
a possibilidade de dizer como deveria ser habitar um lugar comum para todos. É
participação política, pelo voto, pela presença ativa nos conselhos de direitos, a
exigência de cumprimento de estatutos e orçamentos e a retomada dos direitos
básicos engolidos pela máquina das elites financeiras. Há que se reconhecer que a
cidadania pressupõe equidade e justiça e haverá quem não aceite isso. Portanto,
cidadania é um ato político em prol do bem comum. Convite ao reencontro do povo
com sua identidade: a luta a partir da participação política, econômica e social. Junto
com o povo, sofrem também a Terra e os animais. Portanto, nossa tarefa educativa
é integral: reúne os gritos de reivindicações das florestas, do campo, das periferias
urbanas, para construirmos de mãos dadas a Cidadania Planetária.

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11. Ciudadanía
Eduardo Brasileiro
Educador e sociólogo. Diretor do Instituto Cultiva.
Membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC)

Para habitar bien la ciudad, es necesario distribuir bien el acceso a las posibilidades
de la ciudad, como se percibe “en una aldea así es más fácil encontrar la convergen-
cia global para una educación que sea portadora de una alianza entre todos” (Papa
Francisco). La ciudadanía comienza a forjarse en el ejercicio de cautivar a las co-
munidades para reconocer sus desafíos colectivos. En Brasil siempre fue algo frágil,
considerando casi 400 años de esclavitud oficializada y, hasta hoy, una estructura
racista. Hasta el año 1887, el negro no era gente. Hasta el año 1932, las mujeres no
votaban. En la dictadura civil-militar, de 1964 a 1985, ser ciudadano era tener carné
de trabajo firmado.

Desarrollar prácticas educativas enfocadas en la ciudadanía implica reconocer en la


historia las profundas desigualdades que separan nuestro pueblo y generan profun-
dos dolores. Es construir parámetros para entender en qué momento de la lucha por
la conquista de la ciudadanía el pueblo brasileño está posicionado. La Constitución
Ciudadana, como es llamada la constitución de 1988, trajo en el seno de la elabora-
ción de su texto, negros, mujeres, indígenas, movimientos sociales, campesinos, ope-
rarios, empresarios, todos los cuales tuvieron la posibilidad de decir como debería ser
habitar un lugar común para todos. Es la participación política por el voto, por la pre-
sencia activa en los consejos de derechos, la exigencia del cumplimiento de estatutos
y presupuestos y la recuperación de los derechos básicos tragados por la máquina
de las élites financieras. Hay que reconocer que la ciudadanía presupone equidad y
justicia y habrá quien no acepte eso. Por lo tanto, ciudadanía es un acto político en
pro del bien común. Es una invitación al reencuentro del pueblo con su identidad: la
lucha a partir de la participación política, económica y social. Junto con el pueblo,
sufren también la Tierra y los animales. Por lo tanto, nuestra tarea educativa es inte-
gral: reúne los gritos de reivindicaciones de los bosques, del campo, de las periferias
urbanas, para construir de la mano la Ciudadanía Planetaria.
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12. Cidadania ecológica


Aleluia Heringer Lisboa Teixeira
Doutora em Educação (UFMG). Diretora de Ecologia Integral, Responsabilidade Corporativa e Re-
lações Institucionais da Sociedade Inteligência e Coração ​(SIC), mantenedora dos Colégios Santo
Agostinho e Centro ​Agostiniano em Ecologia Integral ​ilAli - MG

Cidadania ecológica é um modo de viver comprometido com o ambiente,


entendido como um bem coletivo, comum a toda humanidade e, portanto,
responsabilidade de todos. Advém da consciência de que habitamos uma Casa
Comum e compartilhamos de uma mesma origem e um mesmo destino. Leva em
consideração que impactamos os ecossistemas terrestres, aquáticos e os sistemas
sociais com as nossas escolhas, modos de produção, consumo, valores e estilo de
vida. Em decorrência, demanda uma nova mentalidade em relação aos direitos e
deveres para com a nossa Casa Comum.

A educação de forma ampla, mas especialmente a educação formal, tem um papel


central na formação da cidadania ecológica. O caminho é ensinar pelo exemplo,
na cidadania e não discursar sobre a temática ou isolá-la em uma disciplina ou
projeto pontual. As discussões e reflexões devem relacionar teoria e prática,
problematizando os hábitos individuais e coletivos. A escola como lócus das
práticas, dos processos e das relações condizentes, tem a cidadania ecológica
como paradigma, de modo a realizá-la de forma orgânica e sistemática.

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12. Ciudadanía ecológica


Aleluia Heringer Lisboa Teixeira
Doutora em Educação (UFMG). Diretora de Ecologia Integral, Responsabilidade Corporativa e Re-
lações Institucionais da Sociedade Inteligência e Coração ​(SIC), mantenedora dos Colégios Santo
Agostinho e Centro ​Agostiniano em Ecologia Integral ​ilAli - MG

Ciudadanía ecológica es un modo de vivir comprometido con el ambiente, en-


tendido como un bien colectivo, común a toda humanidad y, por lo tanto, res-
ponsabilidad de todos. Proviene de la conciencia de que habitamos una Casa
Común y compartimos un mismo origen y destino. Lleva en consideración que
impactamos los ecosistemas terrestres, acuáticos y los sistemas sociales con
nuestras elecciones, modos de producción, consumo, valores y estilo de vida. En
consecuencia, demanda una nueva mentalidad en relación a los derechos y de-
beres con nuestra Casa Común.

La educación general, más especialmente la educación formal tiene un papel


central en la formación de la ciudadanía ecológica. El camino es enseñar con el
ejemplo, en la ciudadanía y no solo en el discurso sobre la temática o aislarla en
una asignatura o proyecto puntual. Las discusiones y reflexiones deben relacio-
nar teoría y práctica, problematizando los hábitos individuales y colectivos. La
escuela como locus de las prácticas, procesos y relaciones coherentes, tiene la
ciudadanía ecológica como paradigma, de modo a llevarla a cabo en forma or-
gánica y sistemática.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

13. Circularidade
Carla Jeane Helfemsteller Coelho
Graduada em Filosofia (FAFIMC/RS). Doutora em Educação (UFBA).
Doutoranda em Filosofia (UFS). Universidade Tiradentes - Aracaju-Sergipe

Circularidade, no contexto do Pacto, adquire um sentido radical de comunhão,


como cirandas, em que de mãos dadas, em um círculo, dialogam diferenças sem
hierarquias ou desigualdades. Circularidade global em nome de uma educação
que coloque a vida como centralidade ética e educativa, cuja práxis promova
a dignidade humana e cuide da vida; superação da linearidade dicotômica e
reconhecimento da humanização. “Sentimos o desafio de descobrir e transmitir a
‘mística’ de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço, apoiar-nos, [...]
numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária” (EG, 87).

A Circularidade promove aprendizagens coletivas por meio da democratização da


palavra, da diversidade de saberes e da acolhida à alteridade, na hospitalidade. O
Papa Francisco, reportando-se ao provérbio africano “para educar uma criança,
é necessária uma aldeia”, convoca-nos ao compromisso com a educação das
gerações futuras e com a reeducação da geração presente, visando à reconexão
com a sacralidade da vida e a superação do niilismo atual que, banalizando a vida,
avilta a dignidade humana. Processos educativos circulares nos quais, ensinar e
aprender fundam-se na horizontalidade do diálogo, ensina-se pelo testemunho,
com a presença da alegria nas escolas que são espaços de enriquecimento humano.

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13. Circularidad
Carla Jeane Helfemsteller Coelho
Graduada em Filosofia (FAFIMC/RS). Doutora em Educação (UFBA).
Doutoranda em Filosofia (UFS). Universidade Tiradentes - Aracaju-Sergipe

Circularidad en el contexto del Pacto adquiere un sentido radical de comunión,


como rondas, en que, de las manos, en un círculo, dialogan diferencias sin je-
rarquías o desigualdades. Circularidad global en nombre de una educación que
coloque la vida como centralidad ética y educativa, cuya praxis promueva la dig-
nidad humana y cuide de la vida; superación de la linealidad dicotómica y reco-
nocimiento de la humanización. “Sentimos el desafío de descubrir y transmitir
la mística de vivir juntos, de mezclarnos, de encontrarnos, de tomarnos de los
brazos, de apoyarnos, […] en una verdadera experiencia de fraternidad, en una
caravana solidaria, en una santa peregrinación” (EG, 87).

La Circularidad promueve aprendizajes colectivos a través de la democratización


de la palabra, de la diversidad de saberes y de la acogida a la alteridad, en la
hospitalidad. El Papa Francisco, refiriéndose al proverbio africano: “para educar
a un niño se necesita una aldea” nos convoca a un compromiso con la educación
de las generaciones futuras y con la reeducación de la generación presente, con
el objetivo de reconectar con la sacralidad de la vida y la superación del nihilis-
mo actual que, banalizando la vida, menosprecia la dignidad humana. Procesos
educativos circulares en los cuales, enseñar y aprender se funda en la horizonta-
lidad del diálogo, se enseña por el testimonio, con la presencia de la alegría en las
escuelas que son espacios de enriquecimiento humano.

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14. Compromisso ético


Anderson de Alencar Menezes
Professor e Pesquisador da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Professor Colaborador do
Mestrado e Doutorado em Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco

O Ethos significa, de forma muito peculiar, a nossa Casa Comum. Na ótica do


Pacto, o compromisso ético se traduz na aliança educativa que cria vínculos
na reconstrução de identidades a partir da própria interioridade e integridade,
implicando no profundo respeito à diversidade, como o primeiro pressuposto
do Pacto. A fraternidade passa a ser a categoria cultural mais importante do
compromisso ético na aldeia global na construção de “gramáticas” da relação que
evocam a solidariedade, a generosidade e o diálogo.

No âmbito da Educação Escolar, o compromisso Ético passa pelo reconhecimento


e respeito à diversidade étnica, cultural, linguística e religiosa. Assim, a construção
de Itinerários Educativos na ótica escolar deve priorizar a Fraternidade como um
Saber fundamental a ser discutido e aprendido. Significa pensar que os percursos
educativos devem ser permeados pelas novas “gramáticas da relação” que realcem
o encontro, o diálogo, e a solidariedade como Saberes fundamentais e como
componentes pedagógicos e didáticos que implicam em novas aprendizagens e
novos saberes curriculares.

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14. Compromiso ético


Anderson de Alencar Menezes
Professor e Pesquisador da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Professor Colaborador do
Mestrado e Doutorado em Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco

El Ethos significa de forma muy peculiar, nuestra Casa Común. En la óptica del
Pacto, el compromiso ético se traduce en la alianza educativa que crea vínculos
en la reconstrucción de identidades a partir de la propia interioridad e integri-
dad, implicando un profundo respeto a la diversidad, como la primera premisa
del Pacto. La fraternidad pasa a ser la categoría cultural más importante del
compromiso ético en la aldea global en la construcción de “gramáticas” de la
relación que evocan la solidaridad, la generosidad y el diálogo.

En el ámbito de la Educación Escolar, el compromiso Ético pasa por el recono-


cimiento y respeto a la diversidad étnica, cultural, lingüística y religiosa. Así, la
construcción de Itinerarios Educativos en la óptica escolar debe priorizar la Fra-
ternidad como un Saber fundamental a ser discutido y aprendido. Significa pen-
sar que las rutas educativas deben ser permeadas por las nuevas “gramáticas
de la relación” que realcen el encuentro, el diálogo, y la solidaridad como Sabe-
res fundamentales y como componentes pedagógicos y didácticos que implican
nuevos aprendizajes y nuevos saberes curriculares.

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15. Comunidade
Alcione Müller
Universidade La Salle. Mestre em Educação. Licenciado em Filosofia. Atua na coordenação da
pastoral universitária. Professor de Filosofia e Ensino Religioso na Rede pública municipal de São
Leopoldo-RS

No provérbio da sabedoria africana, afirmando que “para educar uma criança é


necessária uma aldeia inteira”, está intrínseca a construção da comunidade com
todos os atores sociais se envolvendo para educar as novas gerações e construir
o bem comum. Remete às experiências das primeiras comunidades cristãs, em
que o toque do Espírito Santo anima todos os crentes a estarem juntos e terem
tudo em comum (At 2, 44). Apelo renovado de Francisco para que mais pessoas
estejam disponíveis à comunidade.

As boas práticas de vida comunitária são inspirações para cuidar da Casa Comum.
Vamos oportunizar a criança fazer a experiência da comunhão, fazer e partilhar o
pão. Em família, na escola e na sociedade, saber repartir e comungar os alimentos,
as ideias, as orações e as canções. Na luta contra o individualismo, propomos
bens comuns. O diálogo familiar é princípio para que os ambientes da escola
sejam oportunidades de encontro e socialização, construtores de uma sociedade
respeitosa e colaborativa.

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15. Comunidad
Alcione Müller
Universidade La Salle. Mestre em Educação. Licenciado em Filosofia. Atua na coordenação da
pastoral universitária. Professor de Filosofia e Ensino Religioso na Rede pública municipal de São
Leopoldo-RS

En el proverbio de la sabiduría africana, que afirma que “para educar un niño se


necesita una aldea entera”, está intrínseca la construcción de la comunidad con
todos los actores sociales involucrándose para educar las nuevas generaciones y
construir el bien común. Remite a las experiencias de las primeras comunidades
cristianas, en que el toque del Espíritu Santo anima todos los creyentes a estar
juntos y tener todo en común (At 2,44). El llamado renovado de Francisco para que
más personas estén disponibles a la comunidad.

Las buenas prácticas de la vida comunitaria son inspiraciones para cuidar de la


Casa Común. Vamos a dar oportunidad a los/as niños/as de tener la experiencia
de la comunión, de hacer y compartir el pan. En familia, en la escuela y en la socie-
dad saber compartir los alimentos, las ideas, las oraciones y las canciones. En la
lucha contra el individualismo, proponemos bienes comunes. El diálogo familiar es
un principio para que los ambientes de la escuela sean oportunidades de encuen-
tro y socialización, constructores de una sociedad respetuosa y colaborativa.

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16. Coragem
Charlene Bitencourt Soster Luz
Universidade La Salle – Canoas - RS

A palavra coragem vem do latim, derivado de cor, ou seja, “coração”. Dessa forma,
ter coragem implica agir conforme o que faz o nosso coração pulsar, o que tem
sentido e alimenta nosso espírito a ponto de nos atrevermos a ultrapassar limites
que parecem impossíveis. Ser corajoso/a é acreditar, ter fé e esperança, mesmo
com medo, confiar na força de si mesmo e na providência divina. Por isso, o
Pacto Educativo Global apresenta-se como um ato de coragem que impulsiona a
pedagogia do encontro com diálogos entre diferentes culturas e nações.

A educação proporciona a corajosa transformação por meio da aldeia educativa:


família, escola e sociedade. Por isso, ser estudante e ser docente é um compromisso
de coragem para se aventurar no mundo do conhecimento e no desenvolvimento
de valores com ações efetivas que promovam a vida para todos. Há de ter coragem
de buscar novas formas de ensinar e aprender, apesar dos desafios e educar com
amor, perseverando na esperança de construir uma nova economia baseada
no bem comum. Essa coragem requer humildade para reconhecer a pequenez
humana e ter a mente aberta para aprender sempre e com amor o suficiente para
fazer a diferença e tornar a Mãe Terra, a Casa Comum, um espaço de dignidade
para todos os seres vivos.

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16. Coraje
Charlene Bitencourt Soster Luz
Universidade La Salle – Canoas - RS

La palabra coraje proviene del latín, derivado de cor, o sea, “corazón”. De esa for-
ma, tener coraje implica actuar conforme con lo que hace latir a nuestro corazón, lo
que tiene sentido y alimenta nuestro espíritu al punto de atrevernos a sobrepasar
límites que parecen imposibles. Tener coraje es creer, tener fe y esperanza, incluso
con miedo, confiar en la fuerza de uno mismo y en la providencia divina. Por eso, el
Pacto Educativo Global se presenta como un acto de coraje que impulsa la peda-
gogía del encuentro con diálogos entre diferentes culturas y naciones.

La educación proporciona la valiente transformación por medio de la aldea edu-


cativa: familia, escuela y sociedad. Por eso, ser estudiante y ser docente es un com-
promiso de coraje para aventurarse en el mundo del conocimiento y en el desa-
rrollo de valores con acciones efectivas que promuevan la vida para todos. Hay
que tener coraje para buscar nuevas formas de enseñar y aprender, a pesar de
los desafíos y educar con amor, siendo perseverante en la esperanza de construir
una nueva economía basada en el bien común. Ese coraje requiere humildad para
reconocer la pequeñez humana y tener la mente abierta para aprender siempre
y con el amor suficiente para hacer la diferencia y hacer la Madre Tierra, la Casa
Común, un espacio de dignidad para todos los seres vivos.

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17. Criatividade
Isolde Terezinha Müller
Coordenadora da Pastoral Escolar
Colégio Santa Catarina – Irmãs de Santa Catarina, Novo Hamburgo, RS

Criatividade, do latim creatus, significa criar. Ser criativo/a é ser inovador/a, ser
diferente, ter ideias revolucionárias e então mudar o mundo. É se apegar ao novo,
a coisas que não se pensaram anteriormente. É trazer a pessoa humana na sua
ludicidade, para o centro das relações sociais, econômicas, políticas, religiosas
e planetárias. A criatividade humana provoca a coragem por novas formas de
pensamento, geradoras de novos comportamentos, de novos estilos de vida. A
criatividade no Pacto é uma capacidade que precisa ser cuidada, colocada ao
serviço da comunidade e nos levar à integração acolhedora nas fronteiras que a
fraternidade nos provoca.

No âmbito educacional, a criatividade deve valorizar e promover a pessoa humana


como centro da vida e capacitá-la a realizar uma ação de cuidado e proteção do
mundo, nossa Casa Comum. Ela deve ser protagonista de sonhos proféticos e
saber dialogar com o diferente numa perspectiva de unidade, de totalidade e de
integração. A criatividade deve ser um compromisso de amor com uma educação
solidária, cidadã, na qual os desafios e as competências éticas são construções
coletivas para uma educação humanizadora.

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17. Creatividad
Isolde Terezinha Müller
Coordenadora da Pastoral Escolar
Colégio Santa Catarina – Irmãs de Santa Catarina, Novo Hamburgo, RS

Creatividad del latín creatus, significa crear. Ser creativo/a es ser innovador/a, ser
diferente, tener ideas revolucionarias y entonces cambiar el mundo. Es apegarse a
lo nuevo, a cosas que no se pensaron anteriormente. Es llevar a la persona humana
a su dimensión lúdica, al centro de las relaciones, económicas, políticas, religiosas y
planetarias. La creatividad humana provoca el coraje por nuevas formas de pen-
samientos, generadores de nuevos comportamientos, de nuevos estilos de vida.
La creatividad en el Pacto es una capacidad que necesita ser cuidada, colocada al
servicio de la comunidad y nos conducir a la integración acogedora en las fronte-
ras que la fraternidad nos provoca.

En el ámbito educacional, la creatividad debe valorizar y promover a la persona


humana como centro de la vida y capacitarla a realizar una acción de cuidado y
protección del mundo, nuestra Casa Común. Ella debe ser protagonista de sueños
proféticos y saber dialogar con lo diferente en una perspectiva de unidad, de to-
talidad y de integración. La creatividad debe ser un compromiso de amor con una
educación solidaria, ciudadana, en la cual los desafíos y las competencias éticas
son construcciones colectivas para una educación humanizadora.

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18. Cuidado
Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ
Pedagogo. Diretor Acadêmico da Escola Santo Afonso Rodriguez em Teresina - PI,
da Rede Jesuíta de Educação. Doutorando em Educação pela Unisinos

A palavra cuidado engloba o conceito de cuidar, pertinente à condição humana.


Cuidar e ser cuidado compõe as características do ser humano, levando em conta
que o cuidado é o suporte para a manutenção humana, onde é possível identificar
valores e atitudes que valorizam a vida humana. Deste modo, o cuidado abarca
diversas áreas do conhecimento humano, englobando a teoria, a investigação,
a prática e o ensino do ato de cuidar. A prática do cuidado, na experiência de
compartilhar, é uma oportunidade de vivência fraterna, de genuína relação social
que desejamos e precisamos construir.

O cuidado envolve questões intrínsecas e extrínsecas em torno do ser humano.


Somos convidados/as a estimular o cuidado no contexto da escola, a fim de
desenvolver a cidadania e autonomia dos/as estudantes, o ato de cuidar emana
a necessidade de comprometimento e confiança, para assim desenvolver um
vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. O cuidado deve ser um princípio
indissociável nas ações pedagógicas, que nos leva a contemplar a realidade dos/
as alunos, compreender seus tempos e espaços, e suas demandas de vida.

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18. Cuidado
Hno. Jorge Luiz de Paula, SJ
Pedagogo. Diretor Acadêmico da Escola Santo Afonso Rodriguez em Teresina - PI,
da Rede Jesuíta de Educação. Doutorando em Educação pela Unisinos

La palabra cuidado engloba el concepto de cuidar, pertinente a la condición hu-


mana. Cuidar y ser cuidado componen las características del ser humano, teniendo
en cuenta que el cuidado es el soporte para la manutención humana, donde es
posible identificar valores y actitudes que valorizan la vida humana. De este modo
el cuidado abarca diversas áreas del conocimiento humano, englobando la teoría,
la investigación, la práctica y la enseñanza del acto del cuidar. La práctica del cui-
dado, en la experiencia de compartir, es una oportunidad de vivencia fraterna, de
genuina relación social que deseamos y precisamos construir.

El cuidado envuelve cuestiones intrínsecas y extrínsecas en torno del ser humano.


Somos invitados/as a estimular el cuidado en el contexto de la escuela, a fin de
desarrollar la ciudadanía y autonomía de los/as estudiantes, del acto de cuidar
emana la necesidad de compromiso y confianza, para así desarrollar un vínculo
entre quien cuida y quien es cuidado. El cuidado debe ser un principio indisociable
en las acciones pedagógicas, que nos lleva a contemplar la realidad de los/as es-
tudiantes, comprender sus tiempos y espacios, y sus demandas de vida.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

19. Cultura do descartável


Edgley Cassiano Delgado
Colégio Imaculada Conceição – CIC Damas
Colégio Virgem de Lourdes – Lourdinas, Campina Grande - PB

A atual cultura do descartável, tem suas raízes, na postura reiterada de negação


e, por conseguinte, de negligência frente à fraternidade, enquanto elemento
constitutivo e fundante da humanidade. Tal atitude evidencia a ausência de
uma consciência quanto à origem comum dos seres humanos, impossibilitando,
desse modo, um sentimento de pertença capaz de gerar reciprocidade e
comprometimento com um futuro onde todos se sintam envolvidos e valorizados.

À luz do provérbio africano, dizendo que é preciso uma aldeia inteira para educar
uma criança, viabilizemos uma educação escolar capaz de superar a cultura do
descarte, promovendo ações educativas, onde todos possam se comprometer com
a formação integral dos/as nossos/as educandos/as, inclusive oportunizando para
cada um/a deles/as, um fazer pedagógico, de modo que se sintam protagonistas
do seu processo formativo. Desse modo, não apenas nos perceberemos como
pessoas que convivem com os outros, mas também enquanto seres humanos que
precisam viver a serviço dos outros.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

19. Cultura del descarte


Edgley Cassiano Delgado
Colégio Imaculada Conceição – CIC Damas
Colégio Virgem de Lourdes – Lourdinas, Campina Grande - PB

La actual cultura del descarte, tiene sus raíces, en la reiterada postura de nega-
ción y, por consiguiente, de negligencia frente a la fraternidad en cuanto elemento
constitutivo y fundante de la humanidad. Tal actitud evidencia la ausencia de una
consciencia en cuanto al origen común de los seres humanos, imposibilitando, de
este modo, un sentimiento de pertenencia capaz de generar reciprocidad y com-
promiso con un futuro donde todos se sientan involucrados y valorizados.

Iluminados por el proverbio africano que dice que es necesario una aldea entera
para educar un niño; hagamos factible una educación escolar, capaz de superar la
cultura de lo desechable, promoviendo acciones educativas, donde todos puedan
comprometerse con la formación integral de nuestros/as educandos/as, inclusive
dando oportunidades para cada uno/a de ellos/as, un hacer pedagógico, donde
los/as mismos/as se sientan protagonistas de su proceso formativo. De ese modo,
no solo nos percibiremos como personas que conviven con los otros, sino que tam-
bién como seres humanos que precisan vivir al servicio de los demás.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

20. Cultura do encontro


Elton Santana
Teólogo. Procurador Educacional Institucional da Universidade Católica do Salvador - UCSAL 

O tema da cultura do encontro é caro ao Papa Francisco que, ao longo do seu


pontificado, o vem apresentando como um dos antídotos para a cultura da
“indiferença”. Em 2016, refletindo sobre o encontro entre Jesus e a viúva da cidade
de Naim (Lc 7,11-17), Francisco explicou que encontros verdadeiros humanizam
os relacionamentos, despertam no coração a solidariedade e a compaixão. O
encontro é capaz de libertar a pessoa do egocentrismo, ajudando-a a sair de si
mesma para acolher o outro como seu/sua irmão/ã. 

O Pacto, ao propor as premissas do humanismo solidário como inspiração para


a formação de pessoas, aptas à vida em sociedade, visa promover lugares de
encontros onde se valorizam as experiências oriundas da convivência intercultural.
Neste sentido, os ambientes de aprendizagem, onde convivem diretamente
cidadãos/ãs de tradições, culturas, religiões e concepções de mundo diferentes
torna-se um ambiente propício para o desenvolvimento da cultura do diálogo
e do encontro. Trata-se de viver uma experiência educativa capaz de gerar
solidariedade, partilha e comunhão.

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20. Cultura del encuentro


Elton Santana
Teólogo. Procurador Educacional Institucional da Universidade Católica do Salvador - UCSAL 

El tema de la cultura del encuentro es apreciado por el Papa Francisco que, a lo


largo de su pontificado, lo viene presentando como uno de los antídotos para la
cultura de la indiferencia. En 2016, reflexionando sobre el encuentro entre Jesús
y la viuda de la ciudad de Naín (Lc 7,11-17), Francisco explicó que los encuentros
verdaderos humanizan las relaciones, despiertan en el corazón la solidaridad y la
compasión. El encuentro es capaz de liberar a la persona del egocentrismo, ayu-
dándola a salir de sí misma para acoger al otro como su hermano/a.

El Pacto, al proponer las premisas del humanismo solidario como inspiración para
la formación de personas, capaces para la vida en sociedad, pretende promover
lugares de encuentros donde se valoricen las experiencias oriundas de la convi-
vencia intercultural. En este sentido, los ambientes de aprendizaje, donde conviven
directamente ciudadanos/as de tradiciones, culturas, religiones y concepciones de
mundo diferentes se tornan ambientes propicios para el desarrollo de la cultura
del diálogo y del encuentro. Se trata de vivir una experiencia educativa capaz de
generar solidaridad, capacidad de compartir y comunión.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

O Senhor diz:
“Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas,
a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim” (Mc 1, 38).
Ele, depois de lançar a semente num lugar, não se demora lá a
explicar melhor ou a cumprir novos sinais, mas o Espírito leva-O
a partir para outras aldeias.
El Señor dice:
“Vayamos a otra parte, a predicar también en las poblaciones
vecinas, porque para eso he salido” (Mc 1,38).
Cuando está sembrada la semilla en un lugar, ya no se detiene para
explicar mejor o para hacer más signos allí, sino que el Espíritu lo
mueve a salir hacia otros pueblos.

EG, 21 64
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21. Demandas das juventudes


Rodrigo Fadul Andrade
Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (PPGAS/UFAM).
Secretário Adjunto da Rede Eclesial Pan-Amazônica - Repam

As demandas das juventudes contemporâneas devem ser observadas diante das


recorrentes transformações socioeconômicas, políticas e culturais. A cobrança por
resultados rápidos, materializados em conquistas pessoais, confere a vida dos/as
jovens um peso da busca por bens materiais e relações, muitas vezes superficiais.
A falsa necessidade por estas demandas é, muitas vezes, acompanhada pelo
sentimento de frustração, fracasso e culpa, por não conseguirem os resultados
que almejam, afetando diretamente suas relações familiares e sociais.

É essencial que a escola, como “um lugar privilegiado de promoção da pessoa”


(CV, 221), esteja atenta para as diferentes variáveis que constituem o processo
de formação integral dos/as jovens. Isto se aplica também às demais instituições
educadoras, como as universidades, a família e a sociedade, pois todos nós
somos corresponsáveis pela formação de uma grande aliança pela educação,
que favoreça a busca de sentido de vida e a construção de relações sólidas e
duradouras na vida das juventudes. É importante que as metodologias utilizadas
para a construção deste itinerário, considerem e valorizem as especificidades da
vida juvenil, compreendendo a importância do cuidado interior e a promoção da
dignidade da pessoa humana.

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21. Demandas de las juventudes


Rodrigo Fadul Andrade
Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (PPGAS/UFAM).
Secretário Adjunto da Rede Eclesial Pan-Amazônica - Repam

Las demandas de las juventudes contemporáneas deben ser observadas ante las
recurrentes transformaciones socioeconómicas, políticas y culturales. La exigen-
cia por resultados rápidos, materializados en conquistas personales, confiere a la
vida de los/as jóvenes un peso de búsqueda por bienes materiales y relaciones,
muchas veces superficiales. La falsa necesidad por estas demandas es, muchas
veces, acompañada por el sentimiento de frustración, fracaso y culpa, por no po-
der conseguir los resultados que anhelan, afectando directamente sus relaciones
familiares y sociales.

Es esencial que la escuela, como “un lugar privilegiado de promoción de la persona”


(CV, 221), esté atenta a las diferentes variables que constituyen el proceso de for-
mación integral de los/as jóvenes. Esto se aplica también a las demás instituciones
educadoras, como las universidades, la familia y la sociedad, pues todos nosotros
somos corresponsables por la formación de una gran alianza por la educación,
que favorezca la búsqueda de sentido de vida y la construcción de relaciones só-
lidas y durables en la vida de las juventudes. Es importante que las metodologías
utilizadas para la construcción de este itinerario consideren y valoricen las especi-
ficidades de la vida juvenil, comprendiendo la importancia del cuidado interior y la
promoción de la dignidad de la persona humana.

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22. Diálogo
Eliane Silva dos Santos
Agente em Missão. Marista Patamares - BA

Edna Rodrigues dos Santos


Professora de Ensino Religioso. Agente de Pastoral. Colégio Bom Pastor - BA

A etimologia da palavra diálogo, se traduz de maneira simples, como encontro,


relação. O Pacto nos convida a viver o diálogo como caminho de aprendizado para
acolher o outro na sua totalidade, por meio de uma escuta generosa que favoreça
uma comunicação mútua, que desperte para o compromisso com o bem comum,
a defesa de direitos fundamentais, a superação da intolerância e do isolamento
em relação ao outro.

No contexto da educação escolar, o diálogo pode acontecer em projetos que


possibilitem experiências cotidianas de partilha formativa entre estudantes,
professores/as e coordenadores/as, a partir de uma escuta atenta dos/as jovens,
a fim de favorecer seu protagonismo na construção de relações mais humanas e
abertas a serviço do outro, com ações voltadas à comunidade local. Desta maneira,
contribui assim para a promoção da cultura de solidariedade e para a construção
de outro mundo possível.

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22. Diálogo
Eliane Silva dos Santos
Agente em Missão. Marista Patamares - BA

Edna Rodrigues dos Santos


Professora de Ensino Religioso. Agente de Pastoral. Colégio Bom Pastor - BA

La etimología de la palabra diálogo, se traduce de manera simple, como encuen-


tro, relación. El Pacto nos invita a vivir el diálogo como un camino de aprendizaje
para acoger al otro en su totalidad, por medio de una escucha generosa que fa-
vorezca una comunicación mutua, que despierte el compromiso con el bien común,
la defensa de los derechos fundamentales, la superación de la intolerancia y del
aislamiento en relación al otro.

En el contexto de la educación escolar, el diálogo puede acontecer en proyectos


que posibiliten experiencias cotidianas de intercambio formativo entre estudian-
tes, profesores/as y coordinadores/as, a partir de una escucha atenta de los/as
jóvenes, con el fin de favorecer su protagonismo en la construcción de relaciones
más humanas y abiertas a servicio de los otros con acciones dirigidas a la comuni-
dad local. De esta manera, contribuye a la promoción de la cultura de la solidari-
dad y en la construcción de otro mundo posible.

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23. Diálogo inter-religoso


Rogério Cristiano Franzini, OFS
Província São Francisco de Assis - OFMconv.
Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, Colégio Santa Marcelina e Colégio São Carlos - SP

O diálogo, como regra de vida, é um dos maiores desafios da Igreja e da


comunidade global contemporânea. O Concílio Ecumênico Vaticano II promoveu a
liberdade civil e religiosa, a comunhão entre as diferenças. No documento histórico
sobre a fraternidade humana, assinado em Abu Dhabi por Papa Francisco e o
Grão Imame Ahmad Al-Tayyeb, temos a janela contemporânea para o diálogo
inter-religioso. Oitocentos anos depois do encontro de São Francisco de Assis
com o Sultão Camil, destacou-se que os dois não buscaram a conversão do outro,
mas estabeleceram amizade, reafirmando o diálogo, a alteridade, a justiça, a
liberdade religiosa, a não violência em nome de Deus, rechaçando a intolerância e
convidando à reconciliação.

O ponto de partida da Doutrina Social da Igreja, da Declaração Universal dos Direitos


Humanos e de nossa Constituição Federal é o mesmo: a Dignidade da Pessoa
Humana. Em prol dela, toda a educação deve colaborar com o desenvolvimento
do diálogo, da alteridade e da fraternidade. O Ensino Religioso nos currículos
escolares aprofunda o direito à liberdade de consciência e de crença ou de não
crença, no constante propósito de promoção dos direitos humanos e promove o
diálogo entre perspectivas religiosas e seculares de vida, no respeito à liberdade
de concepções e ao pluralismo de ideias. A “coragem da alteridade”, diz Papa
Francisco (04/02/2019), é a alma do diálogo para uma cultura do encontro e para
a busca da paz no mundo.

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23. Diálogo inter-religoso


Rogério Cristiano Franzini, OFS
Província São Francisco de Assis - OFMconv.
Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, Colégio Santa Marcelina e Colégio São Carlos - SP

El diálogo como regla de vida es uno de los mayores desafíos de la Iglesia y de la


comunidad global contemporánea. El Concilio Ecuménico Vaticano II promovió la
libertad civil y religiosa, la comunión entre las diferencias. En el documento his-
tórico sobre la fraternidad humana, firmado en Abu Dhabi por Papa Francisco
y el Gran Imame Ahmad Al-Tayyeb, tenemos la ventana contemporánea para el
diálogo inter-religioso. Ochocientos años después del encuentro de San Francisco
de Asís con el Sultán Camil, se destacó que los dos no buscaron la conversión del
otro, sin embargo, sí establecieron una amistad reafirmando el diálogo, la alteri-
dad, la justicia, la libertad religiosa, la no violencia en nombre de Dios, rechazando
la intolerancia e invitando a la reconciliación.

El punto de partida de la Doctrina Social de la Iglesia, de la Declaración Universal


de los Derechos Humanos y de nuestra Constitución Federal es el mismo: la dig-
nidad de la persona humana. En favor de ella, toda la educación debe colaborar
con el desarrollo del diálogo, de la alteridad y de la fraternidad. La Enseñanza Re-
ligiosa en los currículos escolares profundiza el derecho a la libertad de consciencia
y de creencia o de no creencia, en el constante propósito de la promoción de los
derechos humanos y del diálogo entre perspectivas religiosas y seculares de vida,
en el respeto a la libertad de concepciones y al pluralismo de ideas. El “coraje de la
alteridad”, dice el Papa Francisco (04/02/2019), es el alma del diálogo para una
cultura del encuentro y para la búsqueda de la paz en el mundo.

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24. Discernimento
Ir. Patrícia Ferreira de Morais
Religiosa do Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina. Mestra em Educação:
Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Discernimento - uma simples palavra carregada de muito significado e sentido


que nos ajuda a tomar decisões sábias em todas as dimensões de nossa vida,
profissional, sentimental e espiritual. Papa Francisco, por meio do Pacto, convida-
nos a pensar e viver a educação de um modo diferente. Faz-se necessário
romper com o imediatismo, a superficialidade, a globalização da indiferença e
o individualismo. Mas como viver no meio de tudo isso sem se deixar levar pela
aparente ilusão de bem-estar, alegria e satisfação que são apresentadas de
forma subliminar por meio de falsas ideologias? O Pontífice nos diz que “não é
suficiente uma atitude de constante denúncia, nem de total absolvição [...], é
preciso discernimento.”

Nessa perspectiva, para que a pedagogia do discernimento possa acontecer,


faz-se necessário encontrar espaços, tempos, reflexões e diálogos. Mais do que
ensinar a discernir é preciso fomentar constantemente por meio de vivências essa
forma de se colocar diante das situações cotidianas da vida. O discernimento
pode fazer parte de todas as escolhas individuais e coletivas dos/as educandos/
as, transformando-se em uma atitude de vida.

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24. Discernimiento
Hna. Patrícia Ferreira de Morais
Religiosa do Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina. Mestra em Educação:
Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Discernimiento – una simple palabra cargada de mucho significado y sentido


que nos ayuda a tomar decisiones sabias en todas las dimensiones de nuestra
vida, profesional, sentimental y espiritual. El Papa Francisco por medio del Pacto
nos invita a pensar y vivir la educación de un modo diferente. Se hace necesario
romper con el inmediatismo, la superficialidad, la globalización de la indiferencia
y el individualismo. Pero, ¿Cómo vivir en medio de todo eso sin dejarse llevar por
la aparente ilusión de bienestar, alegría y satisfacción que son presentadas en
forma subliminar mediante falsas ideologías? El Pontífice nos dice que “no es su-
ficiente una actitud de denuncia constante ni de total absolución […] es necesario
el discernimiento”.

Desde esta perspectiva, para que la pedagogía del discernimiento pueda acon-
tecer, se hace necesario encontrar espacios, tiempos, reflexiones y diálogos. Más
que enseñar a discernir, es necesario fomentar constantemente mediante viven-
cias, esta forma de enfrentar las situaciones cotidianas de la vida. El discerni-
miento puede hacer parte de todas las elecciones personales y colectivas de los/
as educandos/as transformándose en una actitud de vida.

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25. Disponibilidade
Sérgio Eduardo Mariucci, SJ
Secretário para Educação da Província Jesuíta do Brasil, membro do Conselho Superior da ANEC,
diretor de graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e professor pesquisador no PPG
Design da Unisinos

Disponibilidade diz respeito ao fluxo voluntário de acolhida e de serviço. Evoca


o sentido de proatividade no serviço, como por exemplo, a disponibilidade de
transformar as aprendizagens em benefícios ao bem comum. Na história bíblica
da salvação, os patriarcas e profetas tiveram que “sair de sua terra”, deixar sua
comodidade, para assumir um êxodo, uma peregrinação, seja ela geográfica ou
existencial, saindo de si mesmos, em direção ao Mistério de Deus. O próprio Cristo
desafia o discípulo à disponibilidade: “quem quiser seguir os meus passos tome
a sua cruz a cada dia, renuncie a si mesmo e siga-me” (Lc 9,23). Ele, por amor, foi
obediente até o fim e com morte de cruz (Fl 2). Papa Francisco destaca que a
educação deve suscitar nos/as jovens uma atitude de disponibilidade, saindo ao
encontro dos que mais precisam, em atitude de serviço.

Todos/as os/as educadores/as são desafiados a pôr em prática a “coragem de


formar para a disponibilidade”. A educação é um ambiente privilegiado para
estabelecer as bases para novas formas de economia e relações com a Casa Comum.
A disponibilidade pode ser um conceito transversal, na linha das competências
socioemocionais. A disponibilidade mobiliza a empatia, a organização do tempo
com responsabilidade e generosidade, a percepção de oportunidade em servir,
a capacidade de exercer liderança em atividades de voluntariado, a percepção
crítica do serviço como prática da fé, a compreensão da complexa relação entre a
espiritualidade e a disponibilidade.

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25. Disponibilidad
Sérgio Eduardo Mariucci, SJ
Secretário para Educação da Província Jesuíta do Brasil, membro do Conselho Superior da ANEC,
diretor de graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e professor pesquisador no PPG
Design da Unisinos

Disponibilidad hace referencia al flujo voluntario de acogida y servicio. Evoca


el sentido de proactividad en el servicio, como, por ejemplo, la disponibilidad de
transformar los aprendizajes en beneficios del bien común. En la historia bíblica
de la salvación, los patriarcas y profetas tuvieron que “salir de su tierra”, dejar
su comodidad, para asumir un éxodo, una peregrinación sea ella geográfica o
existencial, saliendo de sí mismos, en dirección al Misterio de Dios. El propio Cris-
to desafía al discípulo a la disponibilidad: “quien quiere seguir mis pasos tome
su cruz a cada día, renuncie a sí mismo y sígame” (Lc 9,23). Él, por amor, fue
obediente hasta el fin y murió en la cruz (Fl 2). El Papa Francisco destaca que la
educación debe suscitar en los jóvenes una actitud de disponibilidad, saliendo al
encuentro de los que más necesitan, en actitud de servicio.

Todos/as los/as educadores/as son desafiados a poner en práctica el “coraje de


formar para la disponibilidad”. La educación es un ambiente privilegiado para
establecer las bases para nuevas formas de economía y relaciones con la Casa
Común. La disponibilidad puede ser un concepto transversal, en la línea de las
competencias socioemocionales. La disponibilidad moviliza la empatía, la orga-
nización del tiempo con responsabilidad y generosidad, la percepción de oportu-
nidad de servir, la capacidad de ejercer liderazgo en actividades de voluntariado,
la percepción crítica del servicio como práctica de fe, la comprensión de la com-
pleja relación entre la espiritualidad y la disponibilidad.

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26. Economia de Francisco e Clara


Emmanuele Silveira
Economista. Membro do corpo técnico-administrativo da PUC Minas.
Conselheira do CORECON MG e articuladora para a Economia de Francisco e Clara

Reconhecendo que os modelos econômicos atuais são pautados em uma lógica


completamente insustentável para a vida humana e da natureza, o Papa Francisco
provoca os/as jovens a pensarem em uma “outra economia” – que se apresenta
como mais justa, inclusiva, democrática, participativa e solidária. Neste propósito,
o Pacto Educativo Global traduz a mensagem de respeito e cuidado com a Casa
Comum, formando crianças e jovens com perspectivas de vivência e aplicação de
uma economia onde o lucro não estará à frente da vida, e sim o contrário.

O contato das crianças e dos jovens com os princípios humanistas da Economia


de Francisco e Clara tem a possibilidade de realmar a economia. Novas práticas
nas escolas, como o estudo sobre o empreendedorismo colaborativo, práticas de
economia solidária e cooperativismo, podem conduzir ao aprendizado de maneiras
diferentes de organização das comunidades, tanto no nível laboral, quanto
educacional e, sobretudo, na essência e nas prioridades da vida – colocando o
humanismo solidário em destaque. Destacam-se aqui as “Casas de Francisco e
Clara” como ponto de convergência das diversas iniciativas a partir da proposta de
uma Economia Solidária.

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26. Economía de Francisco y Clara


Emmanuele Silveira
Economista. Membro do corpo técnico-administrativo da PUC Minas.
Conselheira do CORECON MG e articuladora para a Economia de Francisco e Clara

Reconociendo que los modelos económicos actuales son basados en una lógica
completamente insostenible para la vida humana y la naturaleza, el Papa Fran-
cisco invita a los jóvenes a pensar en “otra economía” – que se presenta como
más justa, inclusiva, democrática, participativa y solidaria. En este propósito, el
Pacto Educativo Global traduce el mensaje de respeto y cuidado con la Casa
Común, formando niños/as y jóvenes con perspectivas de vivir y desarrollar una
economía donde el lucro no esté al frente de la vida, y sino que al contrario.

El contacto de los/as niños/as y de los/as jóvenes con los principios humanistas


de la Economía de Francisco y Clara tiene la posibilidad de realmar la econo-
mía. Nuevas prácticas en las escuelas, como el estudio sobre el emprendimiento
colaborativo, prácticas de economía solidaria y cooperativismo, pueden a nivel
laboral como educacional y, sobre todo, en la esencia y en las prioridades de la
vida – colocar al humanismo solidario en el centro. Se destacan aquí las “Casas
de Francisco y Clara” como punto de convergencia de las diversas iniciativas a
partir de la propuesta de una Economía Solidaria.

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27. Ecumenismo
Pe. Gabriele Cipriani
Presidente do Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais - CAIS

Nascido nas comunidades cristãs não católicas por obra do Espírito Santo, o
ecumenismo cristão é assumido de modo irreversível pela Igreja Católica no
Concílio Vaticano II, como caminho para a unidade e comunhão entre os seguidores
de Jesus Cristo. Trata-se de um movimento que reúne no amor fraterno e na
profissão da mesma fé os que invocam Deus Trino e confessam a Cristo como
Senhor e Salvador. O ecumenismo é, portanto, um compromisso que leva os
crentes a superar as divergências antigas e atuais pela oração, o encontro fraterno,
o diálogo e a cooperação, tornando-os sinal de unidade para todo ser humano.

O ecumenismo é, por isso, também um movimento educacional. Numa perspectiva


sem limites do mandamento de Cristo “amai-vos uns aos outros”, o Papa Francisco
nos exorta a “reconstruir o pacto educativo global” sobre o reconhecimento e o
respeito pela comum dignidade humana. As comunidades escolares, plurais e
abertas à sociedade, são desafiadas a transformar a competição em colaboração,
o conflito em encontro e cooperação, num processo contínuo de construção de
identidades de pessoas capazes de estabelecer uma cultura de cuidado com a
natureza e de convivência fraterna entre humanos.

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27. Ecumenismo
Pe. Gabriele Cipriani
Presidente do Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais - CAIS

Nacido en las comunidades cristianas no católicas por obras del Espíritu Santo,
el ecumenismo cristiano es asumido de modo irreversible por la Iglesia Católica
en el Concilio Vaticano II, como camino para la unidad y comunión entre los se-
guidores de Jesucristo. Se trata de un movimiento que reúne en el amor fraterno
y en la profesión de la misma fe a los que invocan a Dios Trino y confiesan a Cristo
como Señor y Salvador. El ecumenismo es, por lo tanto, un compromiso que lle-
va a los creyentes a superar las divergencias antiguas y actuales por la oración,
el encuentro fraterno, el diálogo y la cooperación, tornándolos señal de unidad
para todo ser humano.

El ecumenismo es, por eso, también un movimiento educacional. Desde una


perspectiva ilimitada del mandamiento de Cristo “ámense unos a otros”, el Papa
Francisco exhórtanos a ‘reconstruir el pacto educativo global’ sobre el reconoci-
miento y el respeto por la dignidad común humana. Las comunidades escolares,
plurales y abiertas a la sociedad, son desafiadas a transformar la competencia
en colaboración, el conflicto en encuentro y cooperación, en un proceso continuo
de construcción de identidades de personas capaces de establecer una cultura
de cuidado con la naturaleza y de convivencia fraterna entre humanos.

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28. Educação integral


Fernando Guidini
Licenciado em Filosofia pela FAJE - BH. Doutor em Educação pela PUC - PR. Educador Inaciano e
Professor da Educação Básica. Atualmente atua como Diretor Acadêmico
do Colégio N. S. Medianeira em Curitiba, PR

O Pacto compreende a educação integral como o pleno desenvolvimento da pessoa.


Na presença de Deus, pressupõe a centralidade sobre a dignidade humana, em uma
civilização do encontro, com base em valores cristãos, superando fragmentações e
criando situações de busca pelo verdadeiro humanismo integral. Propondo alianças
entre escola, família e sociedade, reforça como meios o conhecimento, a abertura,
o protagonismo e a cooperação, motivando a uma cultura que coloque a pessoa
no centro, capaz de gerar compromisso comunitário e comprometimento com o
diálogo, a paz, a economia solidária e a ecologia integral.

Se para educar uma pessoa de forma integral é necessária uma aldeia inteira,
a escola é o espaço frente ao qual as dimensões ética, espiritual, cognitiva,
afetiva, comunicativa, estética, corporal e sociopolítica são trabalhadas, a fim de
alcançar o seu pleno desenvolvimento e realização na sociedade. De forma crítica
e significativa, e mediatizada pelo/a educador/a-pedagogo/a na diversidade
de práticas, tempos e espaços da organização escolar, a educação integral é
materializada por meio de aprendizagens curriculares de aspecto científico,
socioemocional e espiritual-religioso.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

28. Educación integral


Fernando Guidini
Licenciado em Filosofia pela FAJE - BH. Doutor em Educação pela PUC - PR. Educador Inaciano e
Professor da Educação Básica. Atualmente atua como Diretor Acadêmico
do Colégio N. S. Medianeira em Curitiba, PR

El Pacto comprende la educación integral como el pleno desarrollo de la perso-


na. En la presencia de Dios, presupone la centralidad sobre la dignidad huma-
na, en una civilización del encuentro, con base en valores cristianos, superando
fragmentaciones y creando situaciones de búsqueda del verdadero humanismo
integral. Proponiendo alianzas entre escuela, familia y sociedad, refuerza como
medios el conocimiento, la apertura, el protagonismo y la cooperación, motivan-
do a una cultura que coloque a la persona en el centro, capaz de generar com-
promiso comunitario y compromiso con el diálogo, la paz, la economía solidaria
y la ecología integral.

Si para educar a una persona de forma integral es necesaria una aldea entera,
la escuela es el espacio frente al cual las dimensiones ética, espiritual, cognitiva,
afectiva, comunicativa, estética, corporal y sociopolítica son trabajadas, con el
fin de alcanzar su pleno desarrollo y realización en la sociedad. De forma crítica
y significativa, y mediada por el/la educador/a-pedagogo/a en la diversidad de
prácticas, tiempos y espacios de la organización escolar, la educación integral es
materializada por medio de aprendizajes curriculares de aspecto científico, so-
cioemocional y espiritual-religioso.

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29. Educação para o silêncio


Humberto Silvano Herrera Contreras
Professor na Faculdade Padre João Bagozzi, Curitiba-PR
Assessor na área de Ensino Religioso e Pastoral, na SM Educação.

Pe. José Alves de Melo Neto, OSJ


Diretor Geral da Faculdade Padre João Bagozzi. Vice-Diretor de Educação Básica da Rede OSJ de
Educação. Coordenador do Conselho Consultivo da ANEC - PR

O Pacto convida a sermos atenciosos às demandas das crianças e dos/as jovens.


Nesse sentido, o silêncio significa escuta vigilante e responsiva. Responder significa
atender às perguntas, já que o “ruído” dos estímulos dos tempos tecnológicos da
globalização “torna difícil aprender a habitar o silêncio”. O Pacto recomenda que
dediquemos tempo e espaço para “o desenvolvimento das grandes questões e
desejos que habitam o coração das novas gerações”, espaço esse que é lugar propício
de tomada das grandes decisões. A experiência do “silêncio eloquente” (PC) de José
de Nazaré, revela um exemplo educativo para a nossa vida e missão educativa.

A escola como lugar de encontro, como foi a Casa de Nazaré, é motivada a criar


tempos e espaços autênticos para que as crianças e jovens se familiarizem com
seus desejos e medos, que possam indagar-se e responder-se sobre o sentido das
coisas e da vida. A busca do sentido da vida abre os sentidos para a transcendência,
para escutar e escutar-se, para sentir-se e compreender-se de modo interligado/a.
As práticas educativas precisam estimular essa inquietude, em ambientes diversos
e de formas criativas, de proximidade com o outro e de interação com a natureza,
nossa Casa Comum.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

29. Educación para el silencio


Humberto Silvano Herrera Contreras
Professor na Faculdade Padre João Bagozzi, Curitiba-PR
Assessor na área de Ensino Religioso e Pastoral, na SM Educação.

Pe. José Alves de Melo Neto, OSJ


Diretor Geral da Faculdade Padre João Bagozzi. Vice-Diretor de Educação Básica da Rede OSJ de
Educação. Coordenador do Conselho Consultivo da ANEC - PR

El Pacto invita a estar atentos a las demandas de los/as niños/as y de los/as


jóvenes. En ese sentido, el silencio significa escucha vigilante y responsiva. Res-
ponder significa atender a las preguntas, que en el “ruido” de los estímulos de los
tiempos tecnológicos de la globalización, “hacen difícil aprender a vivir el silen-
cio”. El Pacto recomienda que dediquemos tiempo y espacio para el “desarrollo
de las grandes cuestiones y de los grandes deseos que habitan en el corazón de
las nuevas generaciones”, espacio que es el lugar propicio para la toma de gran-
des decisiones. La experiencia del “silencio elocuente” (PC) de José de Nazaret,
revela un ejemplo educativo para nuestra vida y misión educativa.

La escuela como lugar de encuentro, como fue la Casa de Nazaret, es motivada a


crear tiempos y espacios auténticos para que los/as niños y jóvenes se familiari-
cen con sus deseos y miedos, que puedan indagar y responderse sobre el sentido
de las cosas y de la vida. La búsqueda del sentido de la vida, abre los sentidos
para la trascendencia, para escuchar y escucharse, para sentirse y comprender-
se conectado/a. Las prácticas educativas necesitan estimular esa inquietud, en
ambientes diversos y de formas creativas, de proximidad con el otro y de interac-
ción con la naturaleza, nuestra Casa Común.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

30. Egolatria
Celuy Araujo da Silva
Colégio Imaculada Conceição- DAMAS, Campina Grande - PB

Aprendemos a ser pessoa e nos percebemos incompletos, precisando de um projeto


que dê sentido à própria existência e que oportunize desenvolver potencialidades.
Tornamo-nos conscientes de nossa responsabilidade com a vida comum a todos os
seres do planeta, o que nos desperta para a máxima comunitária: “eu sou porque
nós somos” (Ubuntu). Essa percepção, motiva a cooperação e a solidariedade, na
perspectiva de reencantar e ressignificar a nossa existência na Casa Comum. A
carência de abertura para o encontro do Eu com o Outro compreende a egolatria.

Práticas educativas pautadas na e para a fraternidade, disponíveis ao encontro do


outro, enfraquecem a idolatria do eu, e reconstituem perspectivas de bem comum.
Para isso, a coragem para sair de si mesmo e colocar a pessoa no centro (relação)
torna-se essencial para uma educação para o serviço, para servir e viver melhor. Essa
visão motiva por metodologias cooperativas entre os/as educandos/as, por trabalho
colaborativo entre os/as educadores/as, e por iniciativas fraternas de aprendizagem
com o outro, tanto nas instâncias relativas ao ensino, quanto ao comportamento
(rodas de conversa, assembleias escolares, conselhos, entre outros).

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Diccionario del Pacto Educativo Global

30. Egolatría
Celuy Araujo da Silva
Colégio Imaculada Conceição- DAMAS, Campina Grande - PB

Aprendemos a ser personas y nos percibimos incompletos, necesitando de un


proyecto que dé sentido a la propia existencia y que posibilite desarrollar poten-
cialidades. Nos hacemos conscientes de nuestra responsabilidad con la vida co-
mún a todos los seres del planeta, lo que nos despierta a la máxima comunitaria:
“yo soy porque nosotros somos” (Ubuntu). Esa percepción motiva la cooperación
y la solidaridad, en la perspectiva de reencantar y resignificar nuestra existencia
en la Casa Común. La carencia de apertura para el encuentro del Yo con el Otro,
comprende la egolatría.

Prácticas educativas basadas en y para la fraternidad, disponibles al encuentro


del otro, debilitan la idolatría del yo, y reconstituyen perspectivas de bien común.
Para eso, el coraje para salir de sí mismo y colocar la persona en el centro (rela-
ción), se hace esencial para una educación centrada en el servicio, para servir y
vivir mejor. Esta visión, está motivada por metodologías cooperativas entre los/
as educandos/as, por trabajo colaborativo entre los/as educadores/as, y por ini-
ciativas fraternas de aprendizaje con el otro, tanto en las instancias relativas a
la enseñanza como al comportamiento (rondas de conversación, asambleas es-
colares, consejos, entre otros).

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Diccionario del Pacto Educativo Global

31. Em saída
Elisangela Dias Barbosa
Educadora Popular, Núcleo de Mudanças Climáticas da Diocese de
Roraima, Pastoral Indigenista/CIMI

Educar significa conduzir a pessoa para fora de si, sermos ao mesmo tempo
aprendizes e mestres em saída de nossos pequenos mundos individuais. Temos
uma vocação para custódia fraterna, precisamos “correr o risco do encontro com
o rosto do outro” (EG, 88). Assim, o Pacto Educativo é um exercício recíproco de
relação, superando a cultura pós-moderna da soberania do indivíduo, entre poucos
ricos e muitos excluídos. O antropocentrismo desordenado consolidou uma relação
de consumo com o resto da Criação.

Educar em saída é sonhar com uma transformação. É cultivar a proposta da


fraternidade universal, pela qual todas as criaturas são interdependentes. O
desafio é interligar a escola com todos os outros espaços educativos (família, igreja,
sociedade), no modelo de uma aldeia que educa. Sair dos espaços convencionais e
fazer do serviço à vida o método unificador da educação. Sair da absolutização do
presente, para cultivar o passado e ter visões sobre o futuro. Sair de nossa cultura
para beber do poço da cultura dos outros. Sair do princípio da centralidade da pessoa
como pura teoria, para realmente alcançar e incluir todas as pessoas e criaturas que
ficaram “fora da aldeia”.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

31. En salida
Elisangela Dias Barbosa
Educadora Popular, Núcleo de Mudanças Climáticas da Diocese de
Roraima, Pastoral Indigenista/CIMI

Educar significa conducir a la persona fuera de sí, ser al mismo tiempo aprendi-
ces y maestros en salida de nuestros pequeños mundos individuales. Tenemos
una vocación para custodia fraterna, necesitamos “correr el riesgo del encuentro
con el rostro del otro” (EG, 88). Así, el Pacto Educativo es un ejercicio recíproco de
relación, superando la cultura postmoderna de la soberanía del individuo, entre
pocos ricos y muchos excluidos. El antropocentrismo desordenado consolidó una
relación de consumo con el resto de la Creación.

Educar en salida es soñar con una transformación. Es cultivar la propuesta de la


fraternidad universal, por la cual todas las creaturas son interdependientes. El
desafío es conectar la escuela con todos los espacios educativos (familia, iglesia,
sociedad), en el modelo de una aldea que educa. Salir de los espacios conven-
cionales y hacer del servicio a la vida el método unificador de la educación. Salir
de la absolutización del presente, para cultivar el pasado y tener visiones sobre
el futuro. Salir de nuestra cultura para beber del pozo de la cultura de los otros.
Salir del principio de la centralidad de la persona como pura teoría, para real-
mente alcanzar e incluir a todas las personas y creaturas que quedaron “fuera
de la aldea”.

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32. Emergência educativa


Jean Marcos Gregol Gwiazdecki
Bacharel em Teologia pela PUC/PR
Atua como Coordenador de Pastoral no Colégio Nossa Senhora do Rosário – Curitiba - PR

Neste tempo de rápidas e complexas mudanças e de crise generalizada, faz-


se necessário um olhar de responsabilidade e cuidado com o presente e futuro
da humanidade. As atuais situações são frutos, antes de tudo, de uma crise
antropológica, que em grande parte é consequência da fragmentação do pacto
educativo. A educação, se concebida de modo elitista, excludente, tecnicista e
intelectualista, cria uma cultura egoísta da indiferença, que ignora a humanidade
e o desejo de civilização do amor. Entende-se, portanto que, assim como há uma
emergência ecológica, econômica e política, há também uma emergência educativa,
que seja capaz de gerar esperança e construir um humanismo autêntico e solidário.

A resposta a essa emergência educativa não se limita a uma atividade ou uma nova
disciplina. Tão pouco é resposta exclusiva da escola, mas sim responsabilidade de
toda a “aldeia global”. Nessa perspectiva, é importante lembrar a necessidade de
colocar a pessoa no centro da tarefa educativa, criando relações com as outras
pessoas e com a sociedade. Para que ela seja capaz de compreender, por meio
da educação formal ou informal, outros modos de ver a economia, a política e a
vida. Que os modelos educativos também possibilitem as experiências da arte, do
esporte e das três linguagens fundamentais: da mente, do coração e das mãos.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

32. Emergencia educativa


Jean Marcos Gregol Gwiazdecki
Bacharel em Teologia pela PUC/PR
Atua como Coordenador de Pastoral no Colégio Nossa Senhora do Rosário – Curitiba - PR

En este tiempo de rápidos y complejos cambios y de crisis generalizada, se hace


necesario una mirada de responsabilidad y cuidado con el presente y futuro de
la humanidad. Las actuales situaciones son fruto, antes de todo, de una crisis
antropológica, que en gran parte es consecuencia de la fragmentación del pacto
educativo. La educación, si concebida de modo elitista, excluyente, tecnicista e
intelectualista, crea una cultura egoísta de la indiferencia, que ignora la humani-
dad y el deseo de civilización del amor. Se entiende, por lo tanto, que, así como hay
una emergencia ecológica, económica y política, hay también una emergencia
educativa, que sea capaz de generar esperanza y construir un humanismo autén-
tico y solidario.

La respuesta a esa emergencia educativa no se limita a una actividad o una


nueva asignatura. Tampoco es respuesta exclusiva de la escuela, pero sí respon-
sabilidad de toda la “aldea global”. En esa perspectiva es importante recordar
la necesidad de colocar a la persona en el centro de la tarea educativa, creando
relaciones con las otras personas y con la sociedad. Para que ella sea capaz de
comprender, por medio de la educación formal o informal, otros modos de ver la
economía, la política y la vida. Que los modelos educativos posibiliten las expe-
riencias del arte, del deporte y de los tres lenguajes fundamentales: de la mente,
del corazón y de las manos.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

33. Escuta fraterna


Patrizia Bergamaschi
Rede Azul de Educação, Colégio Emilie de Villeneuve - SP

Escuta fraterna é a atitude consciente, permanente e oferente de ouvir - com


respeito, ética, atenção e real interesse - o outro, que busca compreendê-lo, a
partir do lugar dele, o que deseja e precisa transmitir, que capta a totalidade de
sua expressão verbal, corporal e gestual, e que o acolhe em sua complexidade
identitária, possibilitando o diálogo promotor de relações saudáveis e desconstrutor
de conflitos, bem como a reflexão geradora de interações e de mudanças sociais.

A escola é o lugar por excelência do encontro em que se constituem as identidades


e, portanto, da escuta fraterna que acontece na presença aberta e disponível que se
dá ao outro e permite a quebra dos silêncios das histórias pessoais e comunitárias,
a partilha das fragilidades e angústias, a construção de significados e valores, por
meio de ações que acolham cada indivíduo e todas as culturas no dinamismo de sua
diversidade. A comunidade educativa deve formar-se para ser escutadora de seus
membros, capacitando-os à colaboração ampla, empática e ativa em seu tempo e
nos espaços indiferentes e surdos às vozes humanas.

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33. Escucha fraterna


Patrizia Bergamaschi
Rede Azul de Educação, Colégio Emilie de Villeneuve - SP

Escucha fraterna es la actitud consciente, permanente y oferente de oír – con


respeto, ética, atención y real interés – al otro, que busca comprenderlo, a partir
del lugar de él, lo que desea y necesita transmitir, que capta la totalidad de su
expresión verbal, corporal y gestual, y que lo acoge en su complejidad identita-
ria, posibilitando el diálogo promotor de relaciones saludables y deconstructi-
vo de conflictos, como también, la reflexión generadora de interacciones y de
cambios sociales.

La escuela es el lugar por excelencia del encuentro en que se constituyen las


identidades y, por lo tanto, de la escucha fraterna que acontece en la presencia
abierta y disponible que se da al otro y permite la quiebra de los silencios de las
historias personales y comunitarias, el compartir las fragilidades y angustias,
la construcción de significados y valores, por medio de acciones que acojan
a cada individuo y a todas las culturas en el dinamismo de su diversidad. La
comunidad educativa debe formarse para escuchar a sus miembros, capaci-
tándolos en la colaboración amplia, empática y activa en su tiempo y en los
espacios indiferentes y sordos a las voces humanas.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

34. Esperança
Ir. Raimundo Barros, SJ
Pedagogo. Diretor-Presidente da Rede Jesuíta de Educação Básica – RJE.
Presidente da Federação Latinoamericana dos Colégios da Companhia de Jesus – FLACSI

Virtude das pessoas que esperam e buscam o porvir, ou seja, é a força mobilizadora
que sustenta a experiência de caminhar dos que acreditam. Ter esperança é
o mesmo que abrir portas e janelas para o encontro e ter disposição interior
para mobilizar os sentidos em favor de algo futuro; é um estilo de vida dos que
acreditam. É um ato do presente em função de uma ação futura. Eu acredito
(hoje) que o amanhã (futuro) será melhor (esperança).

Para aplicar o Pacto, é preciso fazer perguntas como ato de esperança por
respostas que mobilizem e impulsionem para o encontro. É preciso perguntar: O
que já foi feito? O que está sendo feito? O que deve ser feito para que o Pacto
se concretize na vida das pessoas, das instituições e das comunidades? Como
construir essa aliança a partir do concreto da realidade? Que ações e projetos
colocar em prática? Fazer boas perguntas traz a capacidade de gerar frutos bons
(respostas concretas), regados pela esperança de um coletivo mais consciente,
competente, compassivo, comprometido e criativo.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

34. Esperanza
Hno. Raimundo Barros, SJ
Pedagogo. Diretor-Presidente da Rede Jesuíta de Educação Básica – RJE.
Presidente da Federação Latinoamericana dos Colégios da Companhia de Jesus – FLACSI

Virtud de las personas que esperan y buscan el porvenir, o sea, es la fuerza


movilizadora que sostiene la experiencia de caminar de los que creen. Tener
esperanza es lo mismo que abrir puertas y ventanas para el encuentro y tener
disposición interior para movilizar los sentidos en favor de algo futuro; es un
estilo de vida de los que creen. Es un acto del presente en función de una acción
futura. Yo creo (hoy) que el mañana (futuro) será mejor (esperanza).

Para aplicar el Pacto es necesario hacer preguntas como acto de esperanza


por respuestas que movilicen e impulsen el encuentro. Es necesario preguntar:
¿Qué es lo que se hizo? ¿Qué es lo que se está haciendo? ¿Qué es lo que debe
ser hecho para que el Pacto se concrete en la vida de las personas, de las ins-
tituciones y de las comunidades? ¿Cómo construir esa alianza a partir de lo
concreto de la realidad? ¿Qué acciones y proyectos colocar en práctica? Hacer
buenas preguntas implica la capacidad de generar frutos buenos (respuestas
concretas), regados por la esperanza de un colectivo más consciente, compe-
tente, compasivo, comprometido y creativo.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

35. Fratelli Tutti


Daniel Peter Beniamino
Movimento dos Focolares Brasil, Manaus - AM

Fratelli Tutti (do italiano, em tradução literal, significa Irmãos Todos). Esta expressão
foi utilizada como título para a Carta Encíclica de Papa Francisco, publicada no ano
de 2020. Dimensão da transformação da relação com cada próximo com que se
entra em contato, independentemente de sua “proveniência, nacionalidade, cor
ou religião” (FT, 3), à luz do Evangelho, superando todas as divisões e egoísmos
por meio de “uma mudança nos corações humanos, nos hábitos e estilo de vida”
(FT, 166), deixando para trás o “nosso velho homem” (Rom 6,6).

Tal transformação, permeada de caridade e de verdade, permite que a prática


educativa conduza a uma autonomia do indivíduo e comprometimento com
a humanidade e a Casa Comum, em vista de uma aliança planetária pelo Bem
Comum, na construção da Aldeia Global. Neste sentido, “a caridade deve estar no
centro de toda a vida social sadia e aberta” (FT, 184), encorajando a um sempre
maior engajamento das pessoas e povos na transposição de tudo aquilo que
divide em nossa sociedade e renovando a esperança de um mundo melhor, mais
unido e de paz. Como dizia Chiara Lubich: “Mantém o teu coração aberto a toda
humanidade e ensina também os teus filhos a agirem assim. Que para ti Jesus não
tenha passado em vão pela terra, pregando a família universal”.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

35. Fratelli Tutti


Daniel Peter Beniamino
Movimento dos Focolares Brasil, Manaus - AM

Fratelli Tutti (del italiano, en traducción literal, significa Hermanos Todos). Esta
expresión fue utilizada como título para la Carta Encíclica del Papa Francisco,
publicada en el año de 2020. Es la dimensión de la transformación de la re-
lación con cada prójimo que se entra en contacto, independientemente de su
“proveniencia, nacionalidad, color o religión” (FT, 3), a luz del Evangelio, supe-
rando todas las divisiones y egoísmos a través de “un cambio en los corazones
humanos, en los hábitos y en los estilos de vida” (FT, 166), dejando atrás el
“nuestro viejo hombre” (Rom 6,6).

Tal transformación, permeada de caridad y de verdad, permite que la prácti-


ca educativa conduzca a una autonomía del individuo y un compromiso con
la humanidad y la Casa Común, en vista de una alianza planetaria por el Bien
Común, en la construcción de la Aldea Global. En este sentido, “la caridad está
en el corazón de toda vida social sana y abierta” (FT, 184), fomentando siempre
un mayor compromiso de las personas y pueblos en la transposición de todo
aquello que divide en nuestra sociedad y renovando la esperanza de un mundo
mejor, unido y pacífico. Como decía Chiara Lubich: “Mantiene tu corazón abier-
to a toda humanidad y enseña también tus hijos a actuar así. Que para ti Jesús
no haya pasado en vano por la tierra, predicando la familia universal”.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

36. Fraternidade
Ir. Marcos Epifanio Barbosa Lima, SJ
Pedagogo, Especialista em Temas Inacianos. Mestre em Gestão Educacional. Doutorando em
Educação. Escritor. Assessor e orientador de Retiros Espirituais. Membro da Rede Jesuíta de
Educação e Membro da Rede SERVIR

A fraternidade, no contexto do Pacto, “é a categoria cultural que funda e guia


paradigmaticamente o pontificado de Francisco” (IL, p.3). Ao ser descrita como
categoria cultural, ocorre a expansão do termo fraternidade para além do
entendimento teológico, bíblico ou espiritual – lugar comum de referência para
essa expressão. Tal assertiva, antes de acarretar o enfraquecimento da expressão,
provoca reflexões de universalidade real quanto aos laços relacionais fraternos
que têm a potência de ultrapassar credos, fronteiras, visões de mundo.

Em referência à prática educacional, “inserir a Fraternidade nos processos


educativos, como Jesus sugere em sua Mensagem, significa reconhecê-la como
dado antropológico fundamental, a partir do qual enxertar todas as principais
e positivas “gramáticas” da relação: o encontro, a solidariedade, a misericórdia,
a generosidade, mas também o diálogo, o confronto e, de modo mais geral, as
variegadas formas da reciprocidade” (IL, p.3).

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Diccionario del Pacto Educativo Global

36. Fraternidad
Hno. Marcos Epifanio Barbosa Lima, SJ
Pedagogo, Especialista em Temas Inacianos. Mestre em Gestão Educacional. Doutorando em
Educação. Escritor. Assessor e orientador de Retiros Espirituais. Membro da Rede Jesuíta de
Educação e Membro da Rede SERVIR

La fraternidad, en el contexto del Pacto, “es la categoría cultural que funda y


guía paradigmáticamente el pontificado de Francisco” (IL, p.3) al ser descrita
como categoría cultural, genera una expansión del término fraternidad más
allá del entendimiento teológico, bíblico o espiritual – lugar común de referen-
cia para esa expresión. Tal afirmación, antes de provocar el debilitamiento de la
expresión, provoca reflexiones de universalidad real como en torno a los lazos
relacionales fraternos que tienen la potencia de sobrepasar credos, fronteras,
visiones de mundo.

En referencia a la práctica educacional, “introducir la Fraternidad en los proce-


sos educativos, como Jesús sugiere en su Mensaje, significa reconocerla como
un dato antropológico de base, a partir del cual injertar todas las “gramáticas”
principales y positivas de la relación: el encuentro, la solidaridad, la misericor-
dia, la generosidad, pero también el diálogo, la confrontación y, más en gene-
ral, las diversas formas de reciprocidad” (IL, p.3).

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Diccionario del Pacto Educativo Global

37. Generosidade
Hildegard Susana Jung
Doutora em Educação. Docente do curso de Pedagogia e pesquisadora do Programa de
Pós-graduação em Educação da Universidade La Salle, Canoas - RS

O termo generosidade, derivado da palavra latina generositas.atis, traz um prefixo


indo-europeu gen- ou gnê-, que remete a gerar, fazer nascer, e implica em uma
atitude de prodigalidade, de dadivosidade em relação a outra pessoa. No contexto
do Pacto Educativo Global, o termo generosidade ganha um significado que se
relaciona com o próprio fundamento do Pacto: a abertura ao outro, em uma cultura
do encontro, do diálogo, da acolhida, da compreensão e da escuta paciente.

No contexto da educação escolar, a palavra generosidade motiva à construção


de um espaço-tempo educativo no qual toda a aldeia global é responsável pela
formação de nossos/as estudantes, em um movimento sinérgico de inclusão e
de aprendizagem de qualidade para todos. Na escola, a generosidade convida
à solidariedade, a uma educação que leva em conta a realidade do/a estudante,
conferindo-lhe sentido e significantes capazes de fortalecê-lo/a, de mostrar-lhe
que todos temos um grande valor para a construção de uma sociedade mais justa
e mais humana, que cresce e se desenvolve em harmonia com o universo.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

37. Generosidad
Hildegard Susana Jung
Doutora em Educação. Docente do curso de Pedagogia e pesquisadora do Programa de
Pós-graduação em Educação da Universidade La Salle, Canoas - RS

El término generosidad, derivado de la palabra latina generositas.atis, trae un


prefijo indo-europeo gen- o gnê-, que remite a generar, hacer nacer e implica
una actitud de prodigalidad, de dadivosidad en relación a otra persona. En el
contexto del Pacto Educativo Global convocado por el Papa Francisco, el término
generosidad gana un significado que se relaciona con el propio fundamento del
Pacto: la apertura al otro, en una cultura del encuentro, del diálogo, de acogida,
de comprensión y de escucha paciente.

En el contexto de la educación escolar, la palabra generosidad motiva a la


construcción de un tiempo-espacio educativo en el cual toda la aldea global
es responsable por la formación de nuestros/as estudiantes, en un movimien-
to sinérgico de inclusión y de aprendizaje de calidad para todos. En la escuela,
la generosidad invita a la solidaridad, a una educación que toma en cuenta la
realidad particular del (de la) estudiante, confiriéndole sentido y significados ca-
paces de fortalecerlo/la, de mostrarle que todos tenemos un gran valor para la
construcción de una sociedad más justa y más humana, que crece y se desarrolla
en armonía con el universo.

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38. Humanizar
Pe. Charles Lamartine de Sousa Freitas
Diocese Santa Luzia de Mossoró/RN. Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e Faculdade
Católica do Rio Grande do Norte. Presidente da Associação dos Colégios Diocesanos do Nordeste
(ACODINE)

Cesar Aparecido Nunes


Professor Titular da Faculdade de Educação da UNICAMP.
É Presidente Nacional da ABRADES

Humanizar significa constituir a identidade humana, criar a própria natureza do ser


humano. A Humanização é o processo ontológico-social de fazer-se pessoa humana,
e envolve duas dimensões: a primeira voltada para si, o ser humano se constitui como
tal, caminho que se define como “hominização”; e a segunda dinâmica consiste em
projetar no mundo as características humanas, definindo propriamente a ação de
“humanizar” a sociedade. Esse processo histórico e cultural deve repassar, a cada
geração, os valores que contribuem no respeito as singularidades sociais para uma
sociedade mais justa e fraterna.

Neste sentido, educar significa promover a dignidade humana para a vida em


sociedade e comunidade. A família é a primeira instituição humanizadora e a escola
continua esse singular processo humanizante. Assim, a educação escolar materializa
a formação humana e projeta no mundo o compromisso com o outro, cultivando
o sonho de um humanismo solidário, que potencializa a obra criada por Deus e o
cuidado com a Casa Comum. Para isto, torna-se necessário a implementação de
práticas pedagógicas pautadas no diálogo para a promoção da paz, uma economia
solidária e uma ecologia integral.

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38. Humanizar
Pe. Charles Lamartine de Sousa Freitas
Diocese Santa Luzia de Mossoró/RN. Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e Faculdade
Católica do Rio Grande do Norte. Presidente da Associação dos Colégios Diocesanos do Nordeste
(ACODINE)

Cesar Aparecido Nunes


Professor Titular da Faculdade de Educação da UNICAMP.
É Presidente Nacional da ABRADES

Humanizar significa constituir la identidad humana, crear la propia naturaleza del


ser humano. La Humanización es el proceso ontológico-social de hacerse persona
humana, y envuelve dos dimensiones: la primera dirigida para sí, el ser humano se
constituye como tal, camino que se define como “hominización”; y la segunda di-
námica consiste en proyectar en el mundo las características humanas, definiendo
propiamente la acción de “humanizar” la sociedad. Este proceso histórico y cultural
debe repasar, a cada generación, los valores que contribuyen en el respeto a las
singularidades sociales para una sociedad más justa y fraterna.

En este sentido, educar significa promover la dignidad humana para la vida en


sociedad y comunidad. La familia es la primera institución humanizadora y la es-
cuela continúa este singular proceso humanizante. Así, la educación escolar ma-
terializa la formación humana y proyecta en el mundo el compromiso con el otro,
cultivando el sueño de un humanismo solidario, que potencia la obra creada por
Dios y el cuidado de la Casa Común. Para esto, se hace necesario la implementa-
ción de prácticas pedagógicas basadas en el diálogo para promoción de la paz,
una economía solidaria y una ecología integral.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

39. Indignação
Gregory Rial
Colégio Nossa Senhora das Dores, Belo Horizonte - MG
Coordenador do Setor de Animação Pastoral da ANEC

Encher-se de uma vontade extrema de mudar a realidade quando se vê a injustiça, a


maldade e a pobreza, assim como fez Jesus com os vendilhões do templo. É atitude
pedagógica imprescindível para uma educação que se queira libertadora – porque
a liberdade é uma conquista e exige luta. A indignação, no Pacto, está presente
como um gesto de fé. Uma vez que cremos que a educação é direito de todos, que
deve nos levar à fraternidade e ao cuidado com a Casa Comum, que ela deve ser
respeitadora das diferenças e inclusiva, a indignação torna-se necessária quando
muitos ainda não gozam dessa educação.

A coragem da indignação foi expressa por Paulo Freire pelo termo “justa raiva”:
um posicionamento crítico de protesto e questionamento contra as injustiças,
a deslealdade, o desamor, a exploração e a violência. Para ele, a indignação tem
um proeminente papel na formação das crianças, dos adolescentes e dos jovens,
porque lhes ensina a não se submeterem àquilo que lhes quer negar o direito à vida.
Logo, educar para a indignação é ensinar na sala de aula e em outros ambientes o
que é justiça, direito, verdade e solidariedade. Sem esse aprendizado, o mundo tem
grandes chances de continuar como está.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

39. Indignación
Gregory Rial
Colégio Nossa Senhora das Dores, Belo Horizonte - MG
Coordenador do Setor de Animação Pastoral da ANEC

Imbuirse de una voluntad extrema de cambiar la realidad cuando se ve la injusticia,


la maldad y la pobreza, así como hizo Jesús con los mercaderes del templo. Es una
actitud pedagógica imprescindible para una educación que quiere ser liberadora –
porque la libertad es una conquista que exige lucha. La indignación manifiesta en
el Pacto está presente como un gesto de fe. Una vez que creemos que la educación
es derecho de todos, que debe llevarnos a la fraternidad y al cuidado con la Casa
Común, que ella debe ser respetuosa de las diferencias e inclusiva, la indignación
se hace necesaria cuando muchos aún no gozan de esta educación.

El coraje de la indignación fue expresado por Paulo Freire mediante el término


“justa rabia”: un posicionamiento crítico de protesta y cuestionamiento contra las
injusticias, la deslealtad, el desamor, la exploración y la violencia. Para él, la indig-
nación tiene un papel preeminente en la formación de los/as niños/as, adolescen-
tes y jóvenes porque les enseña a no someterse a aquello que les quiere negar el
derecho a la vida. Luego, educar para la indignación es enseñar en la sala de clases
y en otros ambientes lo que es la justicia, el derecho, la verdad y la solidaridad. Sin
ese aprendizaje, el mundo tiene grandes oportunidades de continuar como está.

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40. Inquietação pela realidade


Silvana Bragatto
Engenheira. Professora universitária. Presidente do Instituto Casa Comum.
Integra a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara

Célio Turino
Historiador, escritor e consultor em políticas públicas.
Integra a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara

Um corpo em movimento, que se agita frente a “tudo que existe”, que mergulha
desenvolto na realidade, sem medo, com coragem. Característica de quem
questiona os próprios conhecimentos e quer saber mais. O desassossego de quem
não tem receio de ter dúvidas ou hesitações. A capacidade de olhar, escutar e sentir
a realidade, de ultrapassar o próprio entorno, de ir além, pular muros e não ter receio
de conviver em diversidade, que aprende com o diferente, que se reconhece no
diferente, que encontra a própria identidade na prática da alteridade.

A aplicabilidade no contexto escolar começa pela concepção de uma Escola


sem paredes, que estimule vivências, questionamentos, contatos com o diverso,
exercitando a cultura do encontro. O verdadeiro amadurecimento e crescimento
educativo advém da sabedoria em produzir sínteses, unidades em meio à diversidade.
Por meio da inquietação pela realidade as pessoas percebem a própria existência,
descobrem-se e descobrem o mundo à sua volta. A realidade é conhecida por meio
do pleno exercício dos sentidos, da ética e da fé, da ciência e da arte. Não esquecer
da arte que, entre todas as habilidades humanas é a que melhor nos permite “sentir-
pensar” realidades que, muitas vezes, nem conseguiríamos experimentar em vida.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

40. Inquietud por la realidad


Silvana Bragatto
Engenheira. Professora universitária. Presidente do Instituto Casa Comum.
Integra a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara

Célio Turino
Historiador, escritor e consultor em políticas públicas.
Integra a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara

Un cuerpo en movimiento, que se agita frente a “todo que existe”, que se sumerge
desenvuelto en la realidad, sin miedo, con coraje. Característica de quien cuestio-
na los propios conocimientos y quiere saber más. El desasosiego de quien no tiene
recelo de tener dudas o vacilaciones. La capacidad de mirar, escuchar y sentir la
realidad, de sobrepasar el propio entorno, de ir más allá, saltar muros y no tener
recelo de convivir en diversidad, que aprende con lo diferente, que se reconoce en
el diferente, que encuentra la propia identidad en la práctica de la alteridad.

La aplicabilidad en el contexto escolar comienza por la concepción de una escuela


sin paredes, que estimule vivencias, cuestionamientos, contactos con lo diverso,
ejercitando la cultura del encuentro. La verdadera madurez y crecimiento educati-
vo adviene de la sabiduría de producir síntesis, unidades en medio de la diversidad.
A través de la inquietud por la realidad las personas perciben la propia existencia,
se descubren y descubren el mundo que las rodea. La realidad es conocida por me-
dio del pleno ejercicio de los sentidos, de la ética y de la fe, de la ciencia y del arte.
No olvidar del arte, que entre todas las habilidades humanas es la que mejor nos
permite ‘sentir- pensar’ realidades que, muchas veces, no conseguiríamos experi-
mentar en vida.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Obrigado a todos por ter apostado na fraternidade, porque hoje


a fraternidade é a nova fronteira da humanidade.
Gracias a todos por apostar por la fraternidad, porque hoy la frater-
nidad es la nueva frontera de la humanidad.

Papa Francisco (04/02/2021)

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

41. Interioridade
Ir. Carolina Mureb Santos, FC
Rede Vicentina de Educação
Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo

A interioridade pode ser compreendida como o espaço/tempo do encontro


consigo mesmo em suas diversas dimensões: 1. Espiritual: enquanto capacidade
dada ao ser humano de uma relação pessoal e dialogal com Deus; 2. Intelectual:
capacidade de refletir, considerar, emitir juízos; 3. Afetiva: vínculos e relações que
nos afetam e suscitam a riqueza de sentimentos e emoções que nos mobilizam. O
mundo interior de cada pessoa deve ser habitado, conhecido e cultivado para que
ela se conheça, entrando em contato com seus desejos e medos. Da riqueza da
interioridade depende a qualidade do olhar que lançamos sobre o mundo criado
e nossos irmãos e irmãs.

A tecnologia, a cultura maker e a aprendizagem colaborativa não podem eliminar


a descoberta e o cultivo da interioridade de cada estudante. Eis um desafio para
a Educação Católica! As capelas das instituições precisam ser lugares orantes,
agradáveis e belos, promovendo a experiência do silêncio, da escuta, do encontro
consigo na presença do Transcendente. As bibliotecas como espaço do pensar, do
contato com novas ideias, do silêncio reflexivo para ir além; recuperar a riqueza do
ensinamento cristão para relações saudáveis e construtivas, a partir da compreensão
dos afetos, medos e desejos sem depender de sistemas e programas terceirizados.

106
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

41. Interioridad
Hna. Carolina Mureb Santos, FC
Rede Vicentina de Educação
Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo

La interioridad puede ser comprendida como espacio/tiempo del encuentro con-


sigo mismo en sus diversas dimensiones: 1. espiritual: en cuanto capacidad dada
al ser humano de una relación personal y dialógica con Dios; 2. Intelectual: capa-
cidad de reflexionar, considerar, emitir juicios; 3. Afectiva: vínculos y relaciones que
nos afectan y suscitan la riqueza de sentimientos y emociones que nos movilizan.
El mundo interior de cada persona debe ser habitado, conocido y cultivado para
que ella se conozca, entrando en contacto con sus deseos y miedos. De la riqueza
del interior depende la calidad de la mirada que lanzamos sobre el mundo creado
y nuestros hermanos y hermanas.

La tecnología, la cultura maker y el aprendizaje colaborativo no pueden eliminar


el descubrimiento y el cultivo de la interioridad de cada estudiante. ¡He aquí un
desafío para la Educación Católica! Las capillas de las instituciones necesitan ser
lugares orantes, agradables y bellos, promoviendo la experiencia del silencio, de la
escucha, del encuentro consigo en la presencia de lo Trascendente. Las bibliote-
cas como espacios del pensar, del contacto con nuevas ideas, del silencio reflexivo
para ir más allá; recuperar la riqueza de la enseñanza cristiana para relaciones
saludables y constructivas, a partir de la comprensión de los afectos, miedos y de-
seos sin depender de sistemas y programas subcontratados.

107
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

42. Jovens
Ir. Davidson Braga, SJ
Diretor Centro MAGIS Amazônia

Vanessa Araújo Correia


Programa MAGIS Brasil

Jovens são sujeitos sociais em uma fase específica de seu desenvolvimento, marcada
por intensas experiências e descobertas que os ajudam a construir identidade e
autonomia. Apesar de estigmatizados/as como inexperientes e em preparação,
ajudam-nos a ler os sinais dos tempos, sendo o ponto de emergência de uma nova
cultura. Em um cenário de crescentes incertezas e riscos globais, amiúde exigem
mudanças e rupturas com compromissos e valores que sentem ameaçar seu futuro.
Mais flexíveis e sensíveis aos dilemas ambientais, às desigualdades e às injustiças,
as novas gerações clamam por novos pactos sociais.

Ao realizar as primeiras escolhas, que guiarão seus projetos de vida, os/as jovens
não encontram respostas adequadas para suas preocupações, necessidades e
feridas nas estruturas ordinárias, esvaziadas de sentido, e rejeitam as instituições
como mediadoras na relação com o conhecimento, o sagrado e a política. Portanto,
respondem melhor a propostas educativas em que o diálogo e a solidariedade
intergeracionais produzem cenários onde possam ser sujeitos de seus próprios
processos formativos. Esperando o testemunho dos adultos e crendo com ânimo
na mudança, tornam o trabalho educativo um constante exercício de renovação.

108
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

42. Jóvenes
Hno. Davidson Braga, SJ
Diretor Centro MAGIS Amazônia

Vanessa Araújo Correia


Programa MAGIS Brasil

Jóvenes son sujetos sociales en una fase específica de su desarrollo, marcada por
intensas experiencias y descubrimientos que los/as ayudan a construir identidad
y autonomía. A pesar de ser estigmatizados/as como inexpertos/as y en prepara-
ción, nos ayudan a leer las señales de los tiempos, siendo el punto de emergencia
de una nueva cultura. En un escenario de crecientes incertidumbres y riesgos glo-
bales, a menudo exigen cambios y rupturas con compromisos y valores que sienten
amenazantes para su futuro. Más flexibles y sensibles a los dilemas ambientales,
a las desigualdades y a las injusticias, las nuevas generaciones claman por nuevos
pactos sociales.

Al tomar sus primeras decisiones, que guiarán sus proyectos de vida, los/as jóvenes
no encuentran respuestas adecuadas para sus preocupaciones, necesidades y he-
ridas en las estructuras ordinarias, vacías de sentido, y rechazan las instituciones
como mediadoras en la relación con el conocimiento, lo sagrado y la política. Por lo
tanto, responden mejor a propuestas educativas en que el diálogo y la solidaridad
intergeneracionales producen escenarios donde puedan ser sujetos de sus proce-
sos formativos. Esperando el testimonio de los adultos y creyendo con ánimo en el
cambio, hacen del trabajo educativo un constante ejercicio de renovación.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

43. Justiça socioambiental


Luiz Felipe Barboza Lacerda
Cátedra Laudato Si’ - Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Observatório Nacional de
Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA)

Pode ser entendida como todas as ações que têm como objetivo superar as
injustiças presentes em nossa herança histórica e reproduzidas pelo atual modelo
de desenvolvimento, gerador de desigualdades sociais e de agressões ambientais.
A rigor, dentro da perspectiva da concepção de ecologia integral, que nos foi
apresentada pelo Papa Francisco, existe uma sinalização implícita do conceito de
(in)justiça envolvendo o nosso convívio na Casa Comum, em todas as esferas de
relações, com o convite para um processo urgente e necessário de reconciliação e
construção de relações justas. Trata-se basicamente de todas as relações que o ser
humano empreende com a natureza, com os outros e consigo mesmo.

Sob a luz do Pacto Educativo Global, animado pelo conceito de Ecologia Integral,
é que a Justiça Socioambiental justifica sua adesão ao universo educacional. Ao
propor uma educação contextualizada com as demandas emergentes do mundo
atual, percebendo que tudo está interligado e refundando o caminho relacional
entre o ser humano e a vida, uma educação socioambiental com senso de justiça
é libertadora, em atos e ideias, de todas as amarras e vendas que nos impõem,
historicamente, as injustiças estruturantes de nossa sociedade.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

43. Justicia socioambiental


Luiz Felipe Barboza Lacerda
Cátedra Laudato Si’ - Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Observatório Nacional de
Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA)

Puede ser entendida como todas las acciones que tienen como objetivo supe-
rar las injusticias presentes en nuestra herencia histórica y reproducidas por el
actual modelo de desarrollo, generador de desigualdades sociales y de agresio-
nes ambientales. En rigor, dentro de la perspectiva de la concepción de ecología
integral, que nos fue presentada por el Papa Francisco, existe una señalización
implícita del concepto de (in)justicia que involucra nuestra convivencia en la Casa
Común, en todas las esferas de relaciones, con la invitación a un proceso urgente
y necesario de reconciliación y construcción de relaciones justas. Se trata bási-
camente de todas las relaciones que el ser humano emprende con la naturaleza,
con los otros y consigo mismo.

Bajo la luz del Pacto Educativo Global animado por el concepto de Ecología In-
tegral es que la Justicia Socioambiental justifica su adhesión en el universo edu-
cacional. Al proponer una educación contextualizada con las demandas emer-
gentes del mundo actual, percibiendo que todo está conectado y refundando el
camino relacional entre el ser humano y la vida, una educación socioambiental
con sentido de justicia es liberadora, en actos e ideas, de todas las amarras y
ventas que nos imponen, históricamente, las injusticias estructurantes de nues-
tra sociedad.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

44. Laudato si’


Pe. Alexis Rodríguez Vargas
Director de Relaciones Internacionales y Desarrollo Institucional
Universidad Católica de Costa Rica

Laudato si’ significa louvado sejas. São palavras do Cântico das Criaturas de
Francisco de Assis (1181-1226). O Papa Francisco tem utilizado essa expressão como
título de sua Carta Encíclica, publicada em 2015, para buscar enfrentar o desafio
urgente de proteger nossa Casa Comum e unir toda a família humana para um
desenvolvimento sustentável e integral. No lançamento do Pacto, o Papa sublinha,
com força, a urgência de construir uma aldeia da educação, onde haja uma rede
de relações humanas e abertas. Promover novas formas de viver no lar comum,
investindo o melhor de cada pessoa e instituição para mudanças individuais e
soluções integrais à crise humana e ambiental é também um louvor ao Criador.

Laudato si’ se agrega ao Magistério social da Igreja. Francisco, em sua introdução


ao DOCAT, recorda que Jesus é a doutrina social de Deus e que se deve formar uma
geração de jovens cristãos que se convertam em doutrina social com pés. Há que
evitar a tentação de uma educação elitista e nominalista (centrada em conteúdos)
e propor uma educação integral, que abranja todo o humano, com a linguagem
da mente, do coração, das mãos. A educação, em nossos espaços educativos, é
chamada a criar uma cidadania ecológica (LS, 211), gerar itinerários pedagógicos
de uma ética ecológica, promover o cuidado pautado na compaixão (LS, 210), bem
como a transformação pessoal (LS, 211).

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

44. Laudato si’


Pe. Alexis Rodríguez Vargas
Director de Relaciones Internacionales y Desarrollo Institucional
Universidad Católica de Costa Rica

Laudato si’ significa alabado seas. Son palabras del Cántico de las Criaturas de
Francisco de Asís (1181-1226). El Papa Francisco ha utilizado esa expresión como
título en su Carta Encíclica de 2015, en la que busca enfrentar el desafío urgen-
te de proteger nuestra Casa Común y de unir a toda la familia humana para un
desarrollo sostenible e integral. En el lanzamiento del Pacto Educativo Global, el
Papa subraya con fuerza la urgencia de construir una “aldea de la educación”, en
donde haya una red de relaciones humanas abiertas. Promover nuevas formas
de vivir en el hogar común, invirtiendo lo mejor de cada persona e institución
para cambios individuales y soluciones integrales a la crisis humana y ambiental
es también una alabanza al Creador.

Laudato si’ se agrega al Magisterio social de la Iglesia. Francisco, en su intro-


ducción al DOCAT, recuerda que Jesús es la doctrina social de Dios y que se debe
formar una generación de jóvenes cristianos que se conviertan en doctrina so-
cial con pies. Hay que evitar la tentación de una educación elitista y nominalista
(centrada en contenidos) y proponer una educación integral, que abarque todo
lo humano, con el lenguaje de la mente, del corazón, de las manos. La educación
en nuestros salones de clase está llamada a crear una ciudadanía ecológica (LS,
211), generar itinerarios pedagógicos de una ética ecológica, promover el cuida-
do basado en la compasión (LS, 210) y una transformación personal (LS, 211).

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

45. Liberdade
Glauco Félix Teixeira Landim
Colégio São Francisco Xavier (SANFRA) - SP
Rede Jesuíta de Educação Básica - Companhia de Jesus

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, “a liberdade é o poder, baseado na


razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto de praticar
atos deliberados” (CIC, 1731). Trata-se da capacidade de poder fazer escolhas de
maneira autônoma, vencendo as barreiras de condicionamentos internos e externos.
Não se trata do direito de simplesmente fazer e dizer tudo o que se deseja. Mas, sim,
de se ter condições de escolher entre o bem e o mal, de modo a se optar sempre
pelo crescimento de si próprio, do outro e do mundo em que se vive.

Formar pessoas livres é uma das principais tarefas de um projeto educativo


humanista, que busca inspirar uma nova forma de pensar e de ver o mundo. Faz-se
importante a chamada “coragem da alteridade” que implica reconhecer o valor do
outro e a sua liberdade, além de lutar pela garantia dos seus direitos fundamentais.
A liberdade é um princípio essencial para o crescimento pessoal e comunitário.
Implica a responsabilidade de cada pessoa pelas suas escolhas, de modo a realizá-
las a partir do compromisso pelo bem pessoal e comum, atento/a igualmente às
consequências diretas deste ato.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

45. Libertad
Glauco Félix Teixeira Landim
Colégio São Francisco Xavier (SANFRA) - SP
Rede Jesuíta de Educação Básica - Companhia de Jesus

De acuerdo con el Catecismo de la Iglesia Católica, “la libertad es el poder, radi-


cado en la razón y en la voluntad, de obrar o de no obrar, de hacer esto o aquello,
de ejecutar así por sí mismo acciones deliberadas” (CIC, 1731). Se trata de la ca-
pacidad de poder tomar decisiones de manera autónoma, venciendo las barre-
ras de condicionamientos internos y externos. No se trata del derecho de simple-
mente poder hacer y decir todo lo que se desea. Pero sí, de tener condiciones de
poder escoger entre el bien y el mal, de modo de optar siempre por el crecimiento
de si mismo, del otro y del mundo en que se vive.

Formar personas libres es una de las principales tareas de un proyecto educativo


humanista, que pretenda inspirar una nueva forma de pensar y de ver el mundo.
Se hace importante el llamado “coraje de la alteridad” que implica reconocer el
valor del otro y su libertad, más allá de luchar por la garantía de sus derechos
fundamentales. La libertad es un principio fundamental para el crecimiento per-
sonal y comunitario. Implica la responsabilidad de cada persona por sus decisio-
nes, de modo a realizarlas a partir del compromiso por el bien personal y común,
atento/a igualmente a las consecuencias directas de esta acción.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

46. Misericórdia
CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

O Papa Francisco recorda que na vida avançamos por meio de tentativas, como
uma criança que, ao começar a caminhar, cai uma, e outra vez, mas sempre está
pronto, sendo que o pai e a mãe o levantam de novo. Essa mão que “sempre nos
levanta é a misericórdia”, falou o Papa. Deus sabe que sem misericórdia ficamos
jogados no chão e, para caminharmos, necessitamos que voltem a nos colocar em
pé. Nas quedas da humanidade, o Senhor nos acompanha e sempre está disposto a
nos levantar, afirma o Papa Francisco.

Nenhum educador alcança o pleno êxito de sua ação educativa sem se comprometer
em formar e configurar, naqueles que lhe foram confiados, uma plena e verdadeira
responsabilidade ao serviço dos demais, de todos os demais, de toda a comunidade
humana, começando pelos que apresentam uma maior situação de fadiga e de
desafio. O verdadeiro serviço da educação é a educação ao serviço. Por outra parte,
a pesquisa educativa também reconhece sempre com maior claridade a dimensão
central do serviço aos demais e à comunidade como instrumento e como fim da
própria educação.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

46. Misericordia
CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

El Papa Francisco recuerda que en la vida avanzamos a través de intentos, como


un niño que empieza a caminar, pero se cae, y se cae una y otra vez, pero siempre
está listo el papá, que lo levanta de nuevo. Esa mano que “siempre nos levanta
es la misericordia”, dijo el Papa. Dios sabe que sin misericordia nos quedamos ti-
rados en el suelo, que para caminar necesitamos que vuelvan a ponernos en pie.
Pero la humanidad cae continuamente, y el Señor lo sabe, nos confirma Francis-
co, y siempre está dispuesto a levantarnos.

Ningún educador logra el pleno éxito de su acción educativa si no se compro-


mete a formar y a configurar, en aquellos que le han sido confiados, una plena y
verdadera responsabilidad al servicio de los demás, de todos los demás, de toda
la comunidad humana, comenzando por los que presentan una mayor situación
de fatiga y de desafío. El verdadero servicio de la educación es la educación al
servicio. Por otra parte, la investigación educativa también reconoce siempre con
mayor claridad la dimensión central del servicio a los demás y a la comunidad
como instrumento y como fin de la propia educación.

117
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

47. Mística de viver juntos


David Bastida Santos
Pedagogo e Mestre em Desing. Professor de Ensino Religioso e Educação
Socioemocional nas Escolas Imaculada Conceição CIC DAMAS e Nossa Senhora Virgem
de Lourdes, Campina Grande - PB

O Pacto Educativo Global resgata, promove e fortalece o bem comum. Em


conglomerados sociais cada vez mais individualistas, pensar no coletivo ascende
às complexidades do mundo conectado e plural de insistir em apresentar apenas
movimentos que pensem em si próprios. É preciso orientar, estimular e dar sentido
a novos e antigos olhares, de maneira simples e eficiente, compreendendo a
interdependência entre as pessoas. Se a mística de viver juntos se manteve como
elemento misterioso e sagrado nos ritos religiosos, sendo interpretada a cada
cerimônia, no cotidiano dos processos educacionais, esta característica é relevante
e preciosa, uma vez que os vetores ensinar e aprender nos conferem a certeza de
que quando vivemos juntos os resultados são significativos.

Os/As educadores/as e educandos/as são capazes de estabelecer comunicação


e promover aprendizagens mobilizadoras de saberes, comprometidos com o
bem comum e a paz. “Juntos” afirmam um novo estilo educativo, que acredita na
prática do diálogo, na cultura do encontro, no enriquecimento recíproco e na escuta
fraterna. A mística de viver juntos, na fraternidade como identidade, revela que
nos educamos juntos, que aprendemos juntos. Esse compromisso ético, na relação
educativa, desperta inquietação pela realidade, por relações abertas e criativas,
integradoras e construtoras de comunhão social.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

47. Mística de vivir juntos


David Bastida Santos
Pedagogo e Mestre em Desing. Professor de Ensino Religioso e Educação
Socioemocional nas Escolas Imaculada Conceição CIC DAMAS e Nossa Senhora Virgem
de Lourdes, Campina Grande - PB

El Pacto Educativo Global rescata, promueve y fortalece el bien común. En con-


glomerados sociales cada vez más individualistas, pensar en el colectivo plantea
las complejidades del mundo conectado y plural, insistiendo en presentar solo
movimientos que piensen en sí mismos. Orientar, estimular y dar sentido a nuevas
y antiguas miradas de manera simple y eficiente, comprendiendo la interdepen-
dencia entre las personas. Si la mística de vivir juntos se mantuvo como elemento
misterioso y sagrado en los ritos religiosos y es interpretada en cada ceremonia,
en lo cotidiano de los procesos educacionales como característica relevante y
preciosa una vez que los vectores enseñar y aprender nos dan la certeza de que
cuando vivimos juntos los resultados son significativos.

Los/as educadores/as y educandos/as son capaces de establecer comunicación


y promover aprendizajes movilizadores de saberes comprometidos con el bien
común y la paz. “Juntos” afirman un nuevo estilo educativo, que cree en la prác-
tica del diálogo, en la cultura del encuentro, en el enriquecimiento recíproco y en
la escucha fraterna. La mística de vivir juntos, en la fraternidad como identidad,
revela que nos educamos juntos, que aprendemos juntos. Ese compromiso ético
en la relación educativa despierta inquietud por la realidad, por relaciones abier-
tas y creativas, integradoras y constructoras de comunión social.

119
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

48. Novo estilo educacional


Eder D’Artagnan Ferreira Guimarães
Filósofo. Mestre em Gerontologia. Província Marista

Considerando os fundamentos do atual sistema educacional, o “novo estilo” indica


uma necessária mudança de rumos: padronização escolar  relação dialógica com
a diversidade; escolarização fragmentada em áreas do conhecimento  processos
de educação integral; fragmentação das identidades  educação da interioridade
e da intersubjetividade; professor detentor do conhecimento a ser transmitido 
professor mediador do conhecimento a ser construído; currículo desintegrado das
realidades contemporâneas  novo humanismo que une diversidade e unidade,
igualdade e liberdade, identidade e alteridade.

Indicativos para chegar aos lugares “onde são concebidas as novas histórias e
paradigmas” (EG, 74): educação fundamentada na visão antropológica holística, na
interdependência entre ser humano e natureza e na cultura do encontro consigo,
com o outro, com o ambiente, com o Transcendente; contextualização crítica dos
conteúdos estudados; formação docente em temas como fenômeno juvenil, ecologia
integral, mundo digital e metodologias ativas; integração entre presencial e virtual
nos processos de ensino e aprendizagem; educação para habitar a complexidade
do real e humanizar o mundo globalizado contemporâneo.

120
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

48. Nuevo estilo educacional


Eder D’Artagnan Ferreira Guimarães
Filósofo. Mestre em Gerontologia. Província Marista

Considerando los fundamentos del actual sistema educacional, el “nuevo estilo”


indica un necesario cambio de rumbos: estandarización escolar  relación dialó-
gica con la diversidad; escolarización fragmentada en área del conocimiento 
procesos de educación integral; fragmentación de la identidad  educación de
la interioridad y de la intersubjetividad; profesor/a detentor/a del conocimiento a
ser transmitido  profesor mediador del conocimiento a ser construido; currículo
desintegrado de las realidades contemporáneas  nuevo humanismo que une
diversidad y unidad, igualdad y libertad, identidad y alteridad.

Indicadores para llegar a los lugares “donde se gestan los nuevos relatos y para-
digmas” (EG, 74): educación fundamentada en la visión antropológica holística,
en la interdependencia entre ser humano y la naturaleza y en la cultura del en-
cuentro consigo, con el otro, con el ambiente, con lo Trascendente; contextuali-
zación crítica de los contenidos estudiados; formación docente en temas como
fenómeno juvenil, ecología integral, mundo digital y metodologías activas; in-
tegración entre presencial y virtual en los procesos de enseñanza y aprendizaje;
educación para habitar la complejidad de lo real y humanizar el mundo globali-
zado contemporáneo.

121
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

49. Novo estilo de vida


Ir. Afonso Tadeu Murad
Irmão marista. Teólogo, escritor e ambientalista. Professor na Faculdade Jesuíta de
Filosofia e Teologia – FAJE e no Instituto Santo Tomás de Aquino - ISTA

“Estilo de vida” compreende vários elementos que compõem um “jeito de existir”,


tais como: hábitos de consumo, vestimenta, alimentação e cuidado com o corpo;
ritmo de trabalho e descanso, e formas de relacionamento com os outros. Inclui
aspectos corporais, mentais, espirituais e sociais. Na Carta Encíclica Laudato Si’,
Francisco nos convoca à conversão ecológica, que implica mudanças no estilo de
vida: (1) da cultura do descarte para a cultura do cuidado; (2) da compulsão ao
consumo ao cultivo da simplicidade e da “sobriedade feliz” (LS); (3) da “idolatria do
eu” para a sensibilidade à dor dos outros e a construção da fraternidade; (4) do
antropocentrismo extremo para o respeito à criação; e (5) um ritmo de vida sereno,
(6) hábitos alimentares saudáveis.

A escola, quando adere à ecologia integral, estimula um novo estilo de vida


para gestores/as, educadores/as e estudantes. Tal “caminhada educativa” inclui:
considerar a educação não como “produto do mercado” e sim um processo
humanizador; ser uma presença profética frente ao consumismo; introduzir hábitos
alimentares sustentáveis; estimular a relação entre professores/as e alunos/as;
adotar a simplicidade contra o luxo e a ostentação; promover o contato real com os
pobres e a natureza e implementar uma política ambiental.

122
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

49. Nuevo estilo de vida


Hno. Afonso Tadeu Murad
Irmão marista. Teólogo, escritor e ambientalista. Professor na Faculdade Jesuíta de
Filosofia e Teologia – FAJE e no Instituto Santo Tomás de Aquino - ISTA

“Estilo de vida” comprende varios elementos que componen un “estilo de exis-


tir”, tales como: hábitos de consumo, vestimenta, alimentación y cuidado con el
cuerpo; ritmo de trabajo y descanso, y formas de relacionamiento con los otros.
Incluye aspectos corporales, mentales, espirituales y sociales. En la Encíclica Lau-
dato Si’ Francisco nos llama a la conversión ecológica, que implica cambios en el
estilo de vida: 1. de la cultura de lo desechable a la cultura del cuidado; 2. de la
compulsión al consumo al cultivo de la simplicidad y de la “sobriedad feliz” (LS); 3.
de la “idolatría del yo” a la sensibilidad por el dolor de los otros y a la construcción
de la fraternidad; 4. del antropocentrismo extremo al respeto por la creación; 5.
un ritmo de vida sereno y 6. hábitos de alimentación saludables.

La escuela, cuando adhiere a la ecología integral estimula un nuevo estilo de vida


para gestores/as, educadores/as y estudiantes. Tal “caminata educativa” incluye:
considerar la educación no como “producto del mercado”, sino que como un proce-
so humanizador; ser una presencia profética frente al consumismo; introducir há-
bitos alimenticios sostenibles; estimular la relación entre profesores/as y alumnos/
as; adoptar la simplicidad contra el lujo y la ostentación; promover el contacto real
con los pobres y la naturaleza e implementar una política ambiental.

123
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

50. Novo humanismo


Luis Hernandes Matos Leite,
Coordenador da Área de Ciências Humanas e Sociais do Colégio Santa Maria Minas.
Belo Horizonte – MG

Maria das Graças Ferreira de Araújo,


Assistente da Diretoria-Geral Religiosa do Colégio Santa Maria Minas.
Belo Horizonte – MG

Um novo humanismo deve primar pela valorização do ser humano e sua dignidade,
entendo-o não mais como um “mestre e dominador da natureza”, mas como um
habitante da Casa Comum e responsável por ela. As instituições religiosas, educativas
e civis precisam não apenas discutir ideias e concepções sobre a humanidade, mas,
sobretudo, promover o ideal de uma “cidadania ecológica”, conforme a proposta da
ecologia integral (ambiental, econômica, social, cultural e do cotidiano). Jesus é o
exemplo do “novo humano” (a carta aos Romanos define o “novo Adão”), que está
integrado ao seu meio ambiente natural em sadio equilíbrio e ressalta a dignidade
de todos, o respeito às diferenças e uma cultura de fraternidade.

Para abordar o tema do novo humanismo na Educação Básica, não basta falar dos
problemas ecológicos ou das injustiças sociais que assombram o mundo. É preciso
ser protagonista da transformação. Sugere-se atividades educativas que envolvam
educandos/as, educadores/as, famílias e toda a comunidade: do voluntariado ao
intercâmbio, por exemplo. Uma possibilidade é a inclusão de Unidades Curriculares
como “Projeto de Vida” no currículo escolar, em virtude da reflexão constante
sobre a forma como desejamos ser e estar no mundo e o planejamento estratégico
das dimensões laborais, acadêmicas e pessoais que vislumbrem uma ecologia e
solidariedade integrais.

124
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

50. Nuevo humanismo


Luis Hernandes Matos Leite,
Coordenador da Área de Ciências Humanas e Sociais do Colégio Santa Maria Minas.
Belo Horizonte – MG

Maria das Graças Ferreira de Araújo,


Assistente da Diretoria-Geral Religiosa do Colégio Santa Maria Minas.
Belo Horizonte – MG

Un nuevo humanismo debe luchar por la valorización del ser humano y su digni-
dad, dejando de entenderlo como un “maestro y dominador de la naturaleza”, y
pasar a verlo como un habitante de la Casa Común y responsable por ella. Las
instituciones religiosas, educativas y civiles no necesitan solo discutir ideas y con-
cepciones sobre la humanidad, sino que, sobre todo, promover el ideal de una
“ciudadanía ecológica”, conforme a la propuesta de la ecología integral (ambien-
tal, económica, social, cultural y de lo cotidiano). Jesús es el ejemplo del “nuevo
humano” (la carta a los Romanos lo define como el “nuevo Adán”), que está inte-
grado a su medio ambiente natural en saludable equilibrio, que resalta la digni-
dad de todos, el respeto por las diferencias y una cultura de fraternidad.

Para abordar el tema de del nuevo humanismo en la educación básica, no basta


hablar de los problemas ecológicos o de las injusticias sociales que asombran al
mundo: es necesario ser protagonistas de la transformación. Sugerimos activi-
dades concretas, que envuelvan educandos/as, educadores/as, familias y toda
la comunidad, por ejemplo, de voluntariado e intercambio, en la promoción de
valores como la corresponsabilidad y la esperanza. Una posibilidad es la inclu-
sión de unidades curriculares como “Proyecto de Vida” en el currículo escolar, en
virtud de la reflexión constantes sobre la forma de como deseamos ser y estar en
el mundo y la planificación estratégica de las dimensiones laborales, académicas
y personales que vislumbren una ecología y solidaridad integrales.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

51. O mundo pode mudar


Juan Antonio Ojeda Ortiz, fsc.
Director de Proyectos de la OIEC (Oficina Internacional de la Educación Católica)
Consultor de la Congregación para la Educación Católica del Vaticano

O Papa Francisco, em seus convites ao Pacto, insiste que o mundo pode mudar
e que, de fato, já tem mudado, visto que se tem produzido uma grande lacuna
educativa. A educação não responde aos desafios atuais. Ademais, com a pandemia,
tudo tem se agravado, passando da emergência educativa, a qual já nos indicava o
Papa Bento XVI, à catástrofe educativa atualmente. Urge tomar decisões e afrontar
a mudança com coragem.

Se o mundo muda, a educação também deve mudar para responder às necessidades


e desafios das pessoas e da realidade ecossocial em que vivem. As escolas devem
reimaginar suas metas e propiciar uma educação mais humana, fraterna, solidária e
sustentável; transformar e enriquecer o currículo, impulsionando o ser e os valores,
educando para o serviço à comunidade; mudar o papel dos/as docentes, mais
competentes e carinhosos/as e o papel das crianças, dos/as adolescentes e jovens,
mais protagonistas e colaborativos/as; que o espaço escolar não seja somente um
lugar de aprendizagem, senão, também, um lugar de relação.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

51. El mundo puede cambiar


Juan Antonio Ojeda Ortiz, fsc.
Director de Proyectos de la OIEC (Oficina Internacional de la Educación Católica)
Consultor de la Congregación para la Educación Católica del Vaticano

El Papa Francisco, en sus invitaciones al Pacto Educativo Global nos insiste en


que el mundo puede cambiar, que de hecho ya ha cambiado y que se ha produ-
cido una gran brecha educativa. La educación no responde a los desafíos actua-
les. Además, que actualmente, con la pandemia, se ha visto agravada, pasando
de la emergencia educativa que ya nos indicaba el Papa Benedicto XVI, a una
catástrofe educativa. Urge tomar decisiones y afrontar el cambio con coraje.

Si el mundo cambia, la educación también debe cambiar para responder a las


necesidades y desafíos de las personas y de la realidad eco-social en que viven.
Las escuelas deben re-imaginar sus metas y propiciar una educación más hu-
mana, fraterna, solidaria y sostenible; transformar y enriquecer el currículo, im-
pulsando el ser y los valores, educando para el servicio a la comunidad; cambiar
el papel de los/as docentes, más competentes y cariñosos/as y el papel de los/
as niños/as, adolescentes y jóvenes, más protagonistas y colaborativos/as; que
el espacio escolar no sea solo un lugar de aprendizaje, sino también, un lugar de
relación.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

52. Pacto educativo global


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

Proposta do Papa Francisco para estabelecer uma aliança educativa. A escolha das
palavras revela muito o estilo com o qual o Papa nos convida a afrontar esta tarefa:
para fazer um pacto, de fato, são necessárias duas ou mais pessoas/instituições
diferentes que decidam comprometer-se em uma causa comum. Existe um pacto
quando, mantendo as diferenças recíprocas, decide-se utilizar as próprias forças ao
serviço do mesmo projeto. Existe um pacto quando reconhecemos o outro, diferente
de nós, não como uma ameaça a nossa identidade, senão como um companheiro de
viagem, para “descobrir nele o esplendor da imagem de Deus”.

O Papa convida a buscar companheiros de viagem no caminho da Educação, para


propor programas a implementar. Convida a estabelecer uma aliança entre todos, de
modo que dê valor à unicidade de cada um por meio de um compromisso contínuo
de formação. Poderíamos dizer que respeitar a diversidade é, portanto, a primeira
condição prévia do pacto educativo. Um pacto global para a educação só pode
traduzir-se, principalmente, no reconhecimento da indispensabilidade de cada
contribuição para afrontar a emergência educativa que vivemos há alguns decênios.

128
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

52. Pacto educativo global


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

Propuesta del Papa Francisco para establecer una alianza educativa. La elección
de las palabras revela mucho el estilo con el cual el Papa nos invita a afrontar
esta tarea: para hacer un pacto, de hecho, se necesitan dos o más personas dife-
rentes que decidan comprometerse en una causa común. Existe un pacto cuan-
do, manteniendo las diferencias recíprocas, se decide utilizar las propias fuerzas
al servicio del mismo proyecto. Existe un pacto cuando reconocemos al otro, di-
ferente de nosotros, no como una amenaza a nuestra identidad, sino como un
compañero de viaje, para «descubrir en él el esplendor de la imagen de Dios».

El Papa invita a buscar compañeros de viaje en el camino de la educación para


proponer programas para implementar; invita a establecer una alianza entre to-
dos, de modo que otorgue valor a la singularidad de cada uno a través de un
compromiso continuo de formación. Podríamos decir que respetar la diversidad,
es por lo tanto la primera condición previa del pacto educativo. Un pacto global
para la educación solo puede traducirse, principalmente, en el reconocimiento de
la indispensabilidad de cada contribución para afrontar la emergencia educati-
va que vivimos desde hace algunos decenios.

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Diccionario del Pacto Educativo Global

53. Papa Francisco


Ir. Valéria Leal, ASCJ
Assessora Nacional da Pastoral Juvenil da CNBB

Nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, Argentina, 17 de dezembro de


1936. Jesuíta. Foi mestre de noviços, provincial e professor, antes de receber a
ordem episcopal e atuar como bispo auxiliar, arcebispo e ser criado Cardeal. Como
mestre e professor, ocupou-se da formação integral das novas gerações de jesuítas,
formando-os, sobretudo, para estarem enraizados na realidade do povo. Durante
seu ministério episcopal, encontrava-se com os/as educadores/as para o início de
cada ano letivo, dirigindo-lhes uma mensagem. Seu pontificado revela, igualmente,
o apreço pelo tema da educação entendida de forma ampla, mas sem deixar de
tocar no tema da educação formal que lhe é bastante cara.

A proposta do Pacto confirma o apreço do Papa Francisco com a educação que é


entendida como um processo de longo prazo, eficaz e comprometedor. Na lógica
assumida de iniciar processos, pois “o tempo é superior ao espaço”, o processo
educativo se agiganta em seu pontificado, buscando um compromisso conjunto de
toda a Igreja e sociedade na busca por mais solidariedade entre pessoas e povos e
com a natureza. Sua compreensão de educação é integral e integradora, buscando
conciliar “cabeça, coração e mãos” e despertando para os transcendentais da
verdade, beleza e bondade.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

53. Papa Francisco


Hna. Valéria Leal, ASCJ
Assessora Nacional da Pastoral Juvenil da CNBB

Nacido Jorge Mario Bergoglio, en Buenos Aires, Argentina, 17 de diciembre de


1936. Jesuita. Fue maestro de novicios, provincial y profesor, antes de recibir el
orden episcopal y actuar como obispo auxiliar, arzobispo y ser nombrado Carde-
nal. Como maestro y profesor, se ocupó de la formación integral de las nuevas
generaciones de jesuitas, formándolos, sobre todo, para estar enraizados en la
realidad del pueblo. Durante su ministerio episcopal, se encontraba con los/as
educadores/as para el inicio de cada año lectivo dirigiéndoles un mensaje. Su
pontificado revela, igualmente, el aprecio por el tema de la educación entendida
de forma amplia, pero sin dejar de tocar en el tema de la educación formal que
le es bastante apreciada.

La propuesta del Pacto confirma el aprecio del Papa Francisco con la educación
que es entendida como un proceso de largo plazo, eficaz y comprometedor. En la
lógica asumida de iniciar procesos, pues “el tiempo es superior al espacio”, el pro-
ceso educativo cobra protagonismo en su pontificado, buscando un compromiso
conjunto de toda la Iglesia y sociedad en la búsqueda por más solidaridad entre
personas, pueblos y con la naturaleza. Su comprensión de educación es integral
e integradora, buscando conciliar “cabeza, corazón y manos” y despertando para
los trascendentales de la verdad, belleza y bondad.

131
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

54. Paz social


Adriano Perek
Professor de Filosofia e Ensino Religioso do Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa - PR

O conceito de paz é um dos mais caros para as tradições religiosas e para a


humanidade como um todo. Essa não é somente uma condição de ausência de
guerras e conflitos ou simplesmente um bem-estar interior sem crises. Ao contrário,
a paz é uma atitude positiva com relação à vida, pois surge do empenho humano
pela justiça. A paz social é o mais belo fruto da justiça social. Em sua raiz está o
desejo por um mundo mais justo e fraterno, onde a dignidade da pessoa humana
esteja no centro. Paz social, portanto, é a experiência de uma convivência fraterna e
harmoniosa, solidificada sobre a base da justiça.

Cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, pode se tornar protagonista


na construção da verdadeira paz, assumindo o compromisso pessoal e comunitário
de cultivar o sonho de um humanismo solidário que corresponda às expectativas
do homem e o desejo de Deus. Por isso, a família, “berço da paz”, é o ambiente
natural onde se experimentam laços de segurança e confiança para a formação do
“coração”. A escola, “sala do conhecimento”, é o momento especial para formar as
razões da paz. Por fim, a sociedade, “aldeia da paz”, é o espaço do cultivo das boas
virtudes, em especial a justiça e o amor.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

54. Paz social


Adriano Perek
Professor de Filosofia e Ensino Religioso do Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa - PR

El concepto de paz es uno de los más apreciados por las tradiciones religiosas y
por la humanidad como un todo. Ésta no es solamente una condición de ausen-
cia de guerras y conflictos o simplemente un bienestar interior sin crisis. Al con-
trario, la paz es una actitud positiva con relación a la vida, pues surge del empe-
ño humano por la justicia. La paz social es el más bello fruto de la justicia social.
En su raíz está el deseo por un mundo más justo y fraterno, donde la dignidad de
la persona humana esté en el centro. Paz social, por lo tanto, es la experiencia
de una convivencia fraterna y armoniosa, solidificada sobre la base de la justicia.

Cada persona, creada a imagen y semejanza de Dios, puede hacerse protago-


nista en la construcción de la verdadera paz, asumiendo el compromiso personal
y comunitario de cultivar el sueño de un humanismo solidario que corresponda
a las expectativas del hombre y el deseo de Dios. Por eso, la familia, “cuna de la
paz”, es el ambiente natural donde se experimentan lazos de seguridad y con-
fianza para la formación del “corazón”. La escuela, “sala del conocimiento”, es
el momento especial para formar las razones de la paz. Y por fin, la sociedad,
“aldea de la paz”, es el espacio del cultivo de las buenas virtudes, en especial, la
justicia y el amor.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

55. Pobreza
Ir. Maria Claudete Benicio
Diretora do Centro de Educação Infantil Giacominos na Natureza, da Congregação Serva
dos Pobres, Curitiba - PR

Humberto Silvano Herrera Contreras


Professor na Faculdade Padre João Bagozzi, Curitiba-PR.
Assessor na área de Ensino Religioso e Pastoral, na SM Educação

A pobreza é multifacetada e multidimensional. Constitui um desafio teórico-prático


na busca da compreensão dos seus efeitos e das suas causas, em vistas do seu
enfrentamento. No contexto do Pacto, o convite é olhar a pobreza na dimensão
da interioridade, que está ligada à crise relacional resultante, principalmente, da
globalização tecnológica e do desequilíbrio ambiental. Decorrente dessa crise, gera-
se um sentimento de pobreza de autoestima e de interioridade que, contraditória
aos estímulos da globalização, gera a dificuldade de parar, refletir, escutar e escutar-
se. Esse sentimento, implica uma “pobreza de esperança, de visão de futuro”, de
negação de possibilidades, principalmente, das crianças e dos/as jovens.

A educação, integrando cabeça, coração e mãos, é chamada a escutar e acolher


a “situação real da pobreza, do sofrimento, da exploração, da negação de
possibilidades” que as crianças e os/as jovens vivem. Os processos educativos
precisam estar comprometidos com a ruptura entre as gerações, entre os povos e as
culturas, entre o enriquecimento e o empobrecimento, entre masculino e feminino,
entre Economia e Ética, entre humanidade e Planeta Terra. Processos pedagógicos
recíprocos, interculturais e ecológicos integrais são necessários para garantir aos/
às empobrecidos/as condições justas para seu desenvolvimento e formação, e, de
alguma forma, para os/as ricos/as, a oportunidade de conversão ética e de cidadania
ecológica.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

55. Pobreza
Hna. Maria Claudete Benicio
Diretora do Centro de Educação Infantil Giacominos na Natureza, da Congregação Serva
dos Pobres, Curitiba - PR

Humberto Silvano Herrera Contreras


Professor na Faculdade Padre João Bagozzi, Curitiba-PR.
Assessor na área de Ensino Religioso e Pastoral, na SM Educação

La pobreza es multifacética y multidimensional. Constituye un desafío teóri-


co-práctico en la búsqueda de la comprensión de sus efectos y de sus causas,
en vistas de su enfrentamiento. En el contexto del Pacto, la invitación es mirar
la pobreza en la dimensión de la interioridad, que está ligada a la crisis relacio-
nal resultante, principalmente, de la globalización tecnológica y del desequilibrio
ambiental. Como resultado de esta crisis, se genera un sentimiento de pobreza
de autoestima y de conciencia de sí mismo, que contradiciendo los estímulos de
la globalización, genera la dificultades de parar, reflexionar, escuchar y escuchar-
se. Ese sentimiento, implica una “pobreza de esperanza, de visión y de futuro”, de
negación de posibilidades, principalmente, de los/as niños/as y de los/as jóvenes.

La educación, integrando cabeza, corazón y manos, es llamada a escuchar y


acoger “la situación real de pobreza, sufrimiento, explotación, negación de po-
sibilidades” que los/as niños/as y los/as jóvenes viven. Los procesos educativos
necesitan estar comprometidos con la ruptura entre las generaciones, entre los
pueblos y las culturas, entre el enriquecimiento y el empobrecimiento, entre lo
masculino y lo femenino, entre Economía y Ética, entre humanidad y planeta Tie-
rra. Procesos pedagógicos recíprocos, interculturales y ecológicos integrales, son
necesarios para garantizar a los/as empobrecidos/as condiciones justas para su
desarrollo y formación, y, de alguna forma, para los/as ricos/as, la oportunidad
de conversión ética y de ciudadanía ecológica.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

56. Querida Amazônia


Pe. Adelson Araújo dos Santos SJ
Pontificia Università Gregoriana.
Professor de Teologia Espiritual e diretor do Centro San Pietro Favre, para Formadores à
vida sacerdotal e consagrada

O termo Querida Amazônia (QA) é o título da exortação apostólica do Papa


Francisco referente ao Sínodo especial sobre a Amazônia, cujo objetivo foi descobrir
novos caminhos de evangelização para a Igreja e para a construção de uma ecologia
integral. Em QA, o papa compartilha quatro sonhos conosco: o sonho social; o
sonho cultural; o sonho ecológico e o sonho eclesial. Neles, notamos a preocupação
de Francisco em fomentar um cuidado maior pela nossa Casa Comum, isto é, o
planeta em que vivemos, como condição de sobrevivência da própria humanidade
e, com ela, de todas as demais criaturas, hoje, sob constante ameaça de destruição
e extinção.

QA destaca a educação como forjadora de novos valores e posturas diante


da natureza. O Papa recorda que “a grande ecologia sempre inclui um aspeto
educativo, que provoca o desenvolvimento de novos hábitos nas pessoas e nos
grupos humanos” (QA, 58). Para Francisco, educar é “cultivar sem desenraizar, fazer
crescer sem enfraquecer a identidade, promover sem invadir” (QA, 28). Reafirmando
a preferência da Igreja pelas juventudes, o sínodo destaca que “a Igreja é chamada a
ser uma presença profética entre os jovens, oferecendo-lhes um acompanhamento
adequado e uma educação apropriada” (DFSA, 31). Que as escolas católicas sejam
espaços de formação para valorização das culturas dos povos originários.

136
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

56. Querida Amazonia


Pe. Adelson Araújo dos Santos SJ
Pontificia Università Gregoriana.
Professor de Teologia Espiritual e diretor do Centro San Pietro Favre, para Formadores à
vida sacerdotal e consagrada

El término Querida Amazonia (QA) es el título de la exhortación apostólica del


Papa Francisco sobre el Sínodo especial sobre la Amazonia, cuyo objetivo fue
descubrir nuevos caminos de evangelización para la Iglesia y para la construc-
ción de una ecología integral. En QA el Papa comparte cuatro sueños con noso-
tros: un sueño social; un sueño cultural; un sueño ecológico y un sueño eclesial.
En ellos notamos la preocupación de Francisco por fomentar un cuidado mayor
por nuestra Casa Común, esto es, el planeta en que vivimos, como condición de
supervivencia de la propia humanidad y, con ella, de todas las demás creaturas,
hoy bajo constante amenaza de destrucción y extinción.

QA destaca la educación como forjadora de nuevos valores y posturas delante


de la naturaleza. El Papa recuerda que “la gran ecología siempre incorpora un
aspecto educativo que provoca el desarrollo de nuevos hábitos en las personas y
en los grupos humanos” (QA, 58). Para Francisco educar es “cultivar sin desarrai-
gar, hacer crecer sin debilitar la identidad, promover sin invadir” (QA, 28). Reafir-
mando la preferencia de la Iglesia por las juventudes, el sínodo destaca que “la
Iglesia es llamada a ser una presencia profética entre los jóvenes, ofreciéndoles
un acompañamiento adecuado y una educación apropiada” (DFSA, 31). Que las
escuelas católicas sean espacios de formación para la valorización de los pue-
blos originarios.

137
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

57. Reciprocidade
Deise Elen Abreu do Bom Conselho
Pedagoga. Mestre em Educação e coordenadora estratégica de processos educativos da
Rede Sagrado - Colégios Sagrado Coração de Maria

Reciprocidade tem a ver com mutualidade, troca e interação cooperativa. A


reciprocidade torna possível o empenho em torno de algo comum. O conceito em
questão supõe consciência de si e da capacidade de colaborar a partir dos próprios
dons. A relação recíproca deve nascer de uma postura de liberdade, espontaneidade,
vontade própria e complementaridade. Significados profundamente relacionados
ao Pacto Educativo Global, que conclama indivíduos, instituições educativas
e sociedade a constituírem uma “aldeia global”, fortalecendo a circularidade e
interdependência de todos os membros de uma “aldeia”.

No processo educativo, a reciprocidade acontece quando educadores/as e


educandos/as se reconhecem como corresponsáveis e oferecem o melhor de si;
na intencionalidade de educar ‘mentes, mãos e corações’ para a sensibilidade, o
cuidado e o serviço aos outros e à Casa Comum; nas ocasiões em que se incentiva
a saída de si, o encontro e diálogo com as diferenças e a construção de pontes de
justiça e solidariedade no mundo; quando se promove a compreensão da própria
criaturalidade, insuficiência e potencialidades.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

57. Reciprocidad
Deise Elen Abreu do Bom Conselho
Pedagoga. Mestre em Educação e coordenadora estratégica de processos educativos da
Rede Sagrado - Colégios Sagrado Coração de Maria

Reciprocidad tiene a ver con mutualidad, intercambio e interacción cooperativa.


La reciprocidad hace posible el empeño en torno de algo común. El concepto
en cuestión supone conciencia de sí y de la capacidad de colaborar a partir de
los propios dones. La relación recíproca debe nacer de una postura de libertad,
espontaneidad, voluntad propia y complementariedad. Significados profunda-
mente relacionados con el Pacto Educativo Global, que llama a los individuos,
instituciones educativas y sociedad a constituir una aldea global, fortaleciendo
la circularidad e interdependencia de todos los miembros de una aldea.

En el proceso educativo, la reciprocidad acontece cuando educadores/as y edu-


candos/as se reconocen como corresponsables y ofrecen lo mejor de sí; en la
intencionalidad de educar mentes, manos y corazones para la sensibilidad, el
cuidado y el servicio a los otros y a la Casa Común; en las ocasiones en que se
incentiva la salida de sí, el encuentro y diálogo con las diferencias y la construc-
ción de puentes de justicia y solidaridad en el mundo; cuando se promueve la
comprensión de la propia creaturalidad, insuficiencia y potencialidades.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

58. Reconstruir a identidade


Diogo Marangon Pessotto
PUC-Rio (Doutorando em Teologia) e Instituto de Filosofia e Teologia Santo Alberto
Magno (Diocese de União da Vitória/PR – Docente)

A identidade pessoal é a visão unitária de si. Assim, o sofrimento causado nos


sujeitos pela fragmentação identitária exige a reconstrução das identidades. Causas
de tal fragmentação: a “cultura do descartável” (exclusão), a ausência de esperança,
sonhos e futuro, a absolutização da subjetividade (rechaço da alteridade), as
rápidas transformações culturais e sociais e a inexistência de memória histórica
e sapiencial. Reconstruir a identidade é reconciliar, na interioridade do sujeito, as
experiências do passado e as esperanças do futuro num presente com sentido,
sereno, responsável e com visão integral.

A educação escolar reconstrói identidades: ao superar as finalidades acadêmicas


pragmáticas na direção do aperfeiçoamento da personalidade dos sujeitos; ao
promover a convivência, o diálogo, as experiências coletivas, a atribuição crítica
de sentido ao mundo e a construção da paz via compromissos comunitários; ao
fomentar nos sujeitos o protagonismo de seus processos formativos, segundo a
consciência e comunicação de suas identidades; e projetar o/a educador/a como
mediador/a de experiências (não como transmissor de conteúdos), ofício que é, na
verdade, um ministério educativo.

140
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

58. Reconstruir la identidad


Diogo Marangon Pessotto
PUC-Rio (Doutorando em Teologia) e Instituto de Filosofia e Teologia Santo Alberto
Magno (Diocese de União da Vitória/PR – Docente)

La identidad personal es la visión unitaria de sí. Así, el sufrimiento causado en los


sujetos por la fragmentación identitaria exige la reconstrucción de las identida-
des. Causas de tal fragmentación: la “cultura del descarte” (exclusión), la ausen-
cia de esperanza, sueños y futuro, la absolutización de la subjetividad (rechazo
de la alteridad), las rápidas transformaciones culturales y sociales y la inexisten-
cia de memoria histórica y sapiencial. Reconstruir la identidad es reconciliar, en
la interioridad del sujeto, las experiencias del pasado y las esperanzas del futuro
en un presente con sentido, sereno, responsable y con visión integral.

La educación escolar reconstruye identidades al superar las finalidades acadé-


micas pragmáticas en dirección del perfeccionamiento de la personalidad de los
sujetos. Al promover la convivencia, el diálogo, las experiencias colectivas, la atri-
bución crítica de sentido al mundo y a la construcción de la paz vía compromisos
comunitarios. Al fomentar en los sujetos el protagonismo de sus procesos forma-
tivos según la conciencia y comunicación de sus identidades. Y al proyectar el/la
educador/a como mediador/a de experiencias (no como transmisor de conteni-
dos), oficio que es, en verdad, un ministerio educativo.

141
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

59. Reconstruir laços


Oswaldo Dalpiaz
Professor. Membro da Diretoria do SINEPE/RS e do Conselho Estadual de Educação - RS

Os avanços científicos e tecnológicos não beneficiam igualmente as pessoas.


Esta desigualdade cria um sistema social que mostra que os laços da fraternidade
foram quebrados. A aliança com Deus perde seu sentido se não passar pela aliança
com os/as irmãos/ãs. Por isso, o Papa Francisco convoca “aos homens de boa
vontade” para que anunciem a necessidade de uma nova perspectiva social onde
todos sejam chamados/as de irmãos/ãs e onde se viva a “mística de viver juntos”,
reconstituindo os laços partidos da fraternidade, criando, assim, uma sociedade
mais equitativa. Esse é o projeto de Deus para os homens.

A educação escolar é chamada a sensibilizar a consciência dos/as educandos/as


para que participem da construção de uma sociedade que não privilegie a cultura
do acúmulo e da indiferença. Mas, para obter os resultados que precisamos,
ela mesma deve mudar. Um “novo céu e uma nova terra” (Ap 21,1) surgirão se a
escola propiciar às suas crianças e jovens a experiência interna de uma vivência de
mútua colaboração, de amplo respeito pelas diferenças e da descoberta de um
protagonismo que os/as leve a sonhar e a construir, uma sociedade mais fraternal
também além dos muros.   

142
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Diccionario del Pacto Educativo Global

59. Reconstruir lazos


Oswaldo Dalpiaz
Professor. Membro da Diretoria do SINEPE/RS e do Conselho Estadual de Educação - RS

Los avances científicos y tecnológicos no benefician igualmente a las personas.


Esta desigualdad crea un sistema social que muestra que los lazos de la fra-
ternidad se han roto. La alianza con Dios pierde su sentido si no pasa por la
alianza con los/as hermanos/as. Por eso el Papa Francisco llama “a los hombres
de buena voluntad” para que anuncien la necesidad de una nueva perspectiva
social donde todos sean llamados/as de hermanos/as y donde se viva la “mística
de vivir juntos” reconstituyendo los lazos partidos de la fraternidad, creando, así,
una sociedad más equitativa. Ese es el proyecto de Dios para los hombres.

La educación escolar es llamada a sensibilizar la conciencia de los/as educan-


dos/as para que participen en la construcción de una sociedad que no privilegie
la cultura de la acumulación y de la indiferencia. Mas, para obtener los resultados
que necesitamos ella misma debe cambiar. Un “nuevo cielo y una nueva tierra”
(Ap 21,1) surgirán si la escuela propicia a sus niños/as y jóvenes la experiencia
interna de una vivencia de mutua colaboración, de amplio respeto por las di-
ferencias y del descubrimiento de un protagonismo que los/as lleve a soñar y a
construir, una sociedad más fraternal también más allá de los muros.

143
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

60. Relação educacional


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

É um dos valores indispensáveis para reconstruir um pacto educativo. Com as


palavras do Papa Francisco podemos, de fato, reiterar que “se bem por um lado
não devemos esquecer que os jovens esperam a palavra e o exemplo dos adultos,
ao mesmo tempo temos de ter presente que eles têm muito que oferecer com seu
entusiasmo, com seu compromisso e com sua sede de verdade, por meio da qual
nos recordam constantemente que a esperança não é uma utopia e a paz é um
bem sempre possível” (Papa Francisco, 09/01/2020).

Como confirma a experiência escolar, uma educação frutífera não depende


fundamentalmente nem da preparação do/a professor/a nem das competências
dos/as alunos/as; depende mais da qualidade da relação que se estabelece
entre eles. Muitos/as estudiosos/as da educação têm sublinhado que não é o/a
professor/a quem educa ao/à aluno/a em uma transmissão unidirecional, nem
tampouco é o/a aluno/a quem constrói por si mesmo/a seu conhecimento, é a
relação entre eles que educa a ambos em seu intercâmbio dialógico que os
pressupõe e, ao mesmo tempo, os supera.

144
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

60. Relación educacional


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

Es uno de los valores indispensables para reconstruir un pacto educativo. Con


las palabras del papa Francisco podemos, de hecho, reiterar que “si bien por un
lado no debemos olvidar que los jóvenes esperan la palabra y el ejemplo de los
adultos, al mismo tiempo hemos de tener presente que ellos tienen mucho que
ofrecer con su entusiasmo, con su compromiso y con su sed de verdad, a través
de la cual nos recuerdan constantemente que la esperanza no es una utopía y la
paz es un bien siempre posible” (Papa Francisco, 09/01/2020).

Como lo confirma la experiencia escolar, una educación fructífera no depende


fundamentalmente ni de la preparación del(de la) profesor/a ni de las competen-
cias de los/as alumnos/as; depende más bien de la calidad de la relación que se
establece entre ellos. Muchos/as estudiosos/as de la educación han subrayado
que no es el profesor/a quien educa al(a la) alumno/a en una transmisión unidi-
reccional, ni tampoco es el alumno/a quien construye por sí mismo/a su conoci-
miento, es más bien la relación entre ellos que educa a ambos en un intercambio
dialógico que los presupone y al mismo tiempo los supera.

145
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

A educação é sempre um ato de


esperança que, desde o presente, olha
para o futuro.
La educación es siempre un acto de
esperanza que, desde el presente,
mira al futuro.

Papa Francisco (16/12/2020)

146
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

61. Respeitar a diversidade


Paulo Pedrini
Professor de História. Conselheiro do Sindicato dos Professores do Ensino
Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e do Sindicato dos Profissionais
em Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem). Integra a
coordenação da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo

Papa Francisco se destaca por seu empenho para que nos reconheçamos e nos
respeitemos em nossas diversidades. Trata-se de um conceito de alteridade no
qual, por meio de diálogos, possamos enxergar o outro como outro, alguém que
deve ser amado e respeitado. Aceitar o outro não significa subordiná-lo ou absorvê-
lo, mas sim, reconhecer os seus valores e em conjunto celebrar a diversidade que
nos enriquece a todos. “Diálogo e amor pressupõem o reconhecimento do outro
como outro, a aceitação da diversidade [...] o futuro está na diversidade” (Papa
Francisco). Diferenças pessoais, culturais, étnicas, religiosas, todas enriquecem a
diversidade de nossa existência.

Nos processos educacionais, precisamos compreender a dinâmica de alteridade,


qual seja: respeitar e acolher o outro. Esse processo exige reciprocidade: na medida
em que acolho o outro com suas diferenças, também ele deve me acolher como
sou. Deste modo, teremos a unidade na diversidade, as pessoas são diferentes,
porém, iguais em dignidade humana e pertencentes à uma Casa Comum geradora
de vida, e vida em abundância para todos/as.

147
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

61. Respetar la diversidad


Paulo Pedrini
Professor de História. Conselheiro do Sindicato dos Professores do Ensino
Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e do Sindicato dos Profissionais
em Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem). Integra a
coordenação da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo

Papa Francisco se destaca por su empeño para que nos reconozcamos y respeté-
monos en nuestras diversidades. Se trata de un concepto de alteridad en el cual,
por medio de diálogos, podamos mirar al otro como otro, alguien que debe ser
amado y respetado. Aceptar al otro no significa subordinarlo o absorberlo, mas
sí, reconocer sus valores y en conjunto celebrar la diversidad que nos enriquece
a todos. “Diálogo y amor presuponen el reconocimiento del otro como otro, la
aceptación de la diversidad […] el futuro está en la diversidad” (Papa Francisco).
Diferencias personales, culturales, étnicas, religiosas… todas enriquecen la diver-
sidad de nuestra existencia.

En los procesos educacionales necesitamos comprender la dinámica de la al-


teridad, cual sea: respetar y acoger el otro, y ese proceso exige reciprocidad: en
la medida en que acojo el otro con sus diferencias, también él me debe aco-
ger como soy. De este modo, tendremos la unidad en la diversidad, las personas
son diferentes, sin embargo, iguales en dignidad humana y pertenecientes a una
Casa Común generadora de vida y vida en abundancia para todos/as.

148
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

62. Responsabilidade
Andrés Barba Vargas
Secretario General de la Organización de Universidades Católicas de
América Latina y el Caribe (ODUCAL) Guadalajara, México

A responsabilidade é uma virtude. A palavra provém do verbo latino respondere,


que se divide em re- (reiterar) e spondere (estabelecer uma promessa ou
compromisso). A acepção sugere, assim, pessoas que, livre e reiteradamente,
assumem compromissos com um propósito. No contexto do Pacto, a
responsabilidade é um esforço generoso e voluntário que põe ao centro à pessoa,
para que possa consolidar-se como um ser consciente, livre, capaz de responder
com esperança aos desafios, considerando que o cuidado do entorno e do bem
comum implica a família, a escola, a instituições sociais, culturais e religiosas.

No processo educativo, é possível responsabilizar, ativa e solidariamente,


distintos agentes: a família, as instituições sociais, religiosas, culturais, a escola,
entre outros, já que não só se trata da transmissão de conceitos, senão que tem
de tornar-se uma experiência integral e integradora. Portanto, a formação dos/
as educadores/as deve considerar os mais altos padrões qualitativos, em todo
nível acadêmico, e contar com os recursos nacionais, internacionais e privados,
adequados de maneira que, em todo o mundo, possam cumprir sua tarefa efetiva.

149
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

62. Responsabilidad
Andrés Barba Vargas
Secretario General de la Organización de Universidades Católicas de
América Latina y el Caribe (ODUCAL) Guadalajara, México

La responsabilidad es una virtud. La palabra proviene del verbo latino respon-


dere, que se divide en re- (reiterar) y spondere (establecer una promesa o com-
promiso). La acepción sugiere así, a personas que libre y reiteradamente asumen
compromisos con un propósito. En el contexto del Pacto Educativo Global, la
responsabilidad es un esfuerzo generoso y voluntario que pone al centro a la
persona, para que pueda consolidarse como un ser consciente, libre, capaz de
responder con esperanza a los desafíos, considerando que el cuidado del en-
torno y del bien común implica a la familia, la escuela, las instituciones sociales,
culturales y religiosas.

En el proceso educativo han de responsabilizarse activa y solidariamente dis-


tintos agentes: la familia, las instituciones sociales, religiosas, culturales, la es-
cuela etc., ya que no sólo se trata de la transmisión de conceptos, sino que ha
de hacerse en una experiencia integral e integradora. Por lo tanto, la formación
de los/as educadores/as debe considerar los más altos estándares cualitativos,
en todo nivel académico, y contar con los recursos nacionales, internacionales y
privados adecuados de manera que, en todo el mundo, puedan cumplir su tarea
de manera efectiva.

150
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

63. Revolução da ternura


Pe. João Mendonça, sdb
Salesiano de Dom Bosco. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade
Salesiana de Roma/Itália. Bacharel em Teologia e graduado em Comunicação e
meios de comunicação pelo SEPAC/SP e Educação sexual pela UNISAL/SP
Escritor e orientador de retiros espirituais.

Ternura pode também ser compreendida como bondade, amabilidade. Papa


Francisco insiste num processo de educação que seja capaz de romper com a
cultura da indiferença e do descarte. Nesse contexto líquido, a educação de crianças,
adolescentes, jovens e adultos enfrenta o dilema do tecnicismo, do antropocentrismo
exacerbado e da autorreferência individualista. As relações humanas estão sendo
transformadas em meras adaptações aos meios de comunicação. A interação entre
os entre os/as educandos/as, professores/as e instituições sofrem as consequências
em três deficiências: a proximidade, a fraternidade e a solidariedade.

A escola não pode ser apenas um espaço de informação, mas de convivência,


ambiente de proximidade entre educadores/as e educandos/as, espaço de
acolhida fraterna, reconhecendo a diversidade dos agentes da educação, lugar
de vivência da fraternidade com gestos concretos de encontro, celebração,
experiências compartilhadas, envolvimento dos pais, integração da comunidade
educativa no projeto comum de ternura. Assim, será possível romper com o
esquema meramente técnico e ampliar as relações de encontro com as diferenças.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

63. Revolución de la ternura


Pe. João Mendonça, sdb
Salesiano de Dom Bosco. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade
Salesiana de Roma/Itália. Bacharel em Teologia e graduado em Comunicação
e meios de comunicação pelo SEPAC/SP e Educação sexual pela UNISAL/SP.
Escritor e orientador de retiros espirituais

Ternura puede también ser comprendida como bondad, amabilidad. Papa


Francisco insiste en un proceso de educación que sea capaz de romper con la
cultura de la indiferencia y del descarte. En este contexto la educación de ni-
ños/as, adolescentes, jóvenes y adultos, enfrenta el dilema del tecnicismo, del
antropocentrismo exacerbado y de la autorreferencia individualista. Las rela-
ciones humanas están siendo transformadas en meras adaptaciones a los me-
dios de comunicación. La interacción entre los/as educandos/as, profesores/as
e instituciones sufren las consecuencias en tres deficiencias: la proximidad, la
fraternidad y la solidaridad.

La escuela no puede ser solo un espacio de información, sino que de conviven-


cia, ambiente de proximidad entre educadores/as y educandos/as, espacio de
acogida fraterna reconociendo la diversidad de los agentes de la educación,
lugar de vivencia de la fraternidad con gestos concretos de encuentro, cele-
bración, experiencias compartidas, involucramiento de los padres, integración
de la comunidad educativa en el proyecto común de ternura. Así, será posible
romper con el esquema meramente técnico y ampliar las relaciones de encuen-
tro con las diferencias.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

64. Serviço
João Ramiro
Coordenador Geral do Serviço de Orientação Religiosa e Pastoral – SORPA, Salvador - BA
Equipe de Pastoral do Colégio Antônio Vieira

Serviço é um conjunto de práticas para o bem cuidar, com base em atitudes


interpessoais de boa vontade, comprometimento e disposição. Pressupõe
discernimento, sensibilidade e fé, conexão em rede, aprendizado pela experiência,
a escuta, relações dialógicas e atenção aos sinais da presença de Deus. Na
linguagem do Papa Francisco, “primerear” significa servir com disponibilidade e
coragem, promovendo experiências de fraternidade numa aldeia que educa todos
os que a ela pertencem. O Pacto assume um caráter missionário, envolvendo
família, sociedade e todas as culturas na perspectiva humanizadora do serviço.

A escola é considerada espaço de aprendizagens significativas, deslocamentos


teórico-metodológicos, paradigmáticos, lugar de experiências, convivência e
desenvolvimento das competências e habilidades, e, sobretudo, de formação
do sujeito com pessoalidade integral, com criticidade, conhecedor do seu lugar
de cidadão global. Nesse sentido, a escola transcende, ressignificando o seu
lugar de detentora de um saber apenas conteudista, de um fazer mecânico e de
uma proposta de educação linear, “bancária” e descontextualizada, para formar
pessoas conscientes do seu lugar. A educação precisa estar preparada para
destacar as dimensões do desenvolvimento das habilidades do ser humano,
despertando para a criatividade, aprendizagens e projetos para o bem comum.

153
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

64. Servicio
João Ramiro
Coordenador Geral do Serviço de Orientação Religiosa e Pastoral – SORPA, Salvador - BA
Equipe de Pastoral do Colégio Antônio Vieira

Servicio es un conjunto de prácticas para el bien cuidar, con base en actitudes


interpersonales de buena voluntad, compromiso y disposición. Presupone dis-
cernimiento, sensibilidad y fe, conexión en red, aprendizaje por la experiencia, la
escucha, relaciones dialógicas y atención a las señales de la presencia de Dios.
En el lenguaje del Papa Francisco, “primerear” significa vivir con disponibilidad
y coraje, promoviendo experiencias de fraternidad en una aldea que educa a
todos los que a ella pertenecen. El Pacto asume un carácter misionero, involu-
crando familia, sociedad y todas las culturas en la perspectiva humanizadora
del servicio.

La escuela es considerada espacio de aprendizajes significativas, dislocamien-


tos teórico-metodológicos, paradigmáticos, lugar de experiencias, convivencia
y desarrollo de las competencias y habilidades, y, sobre todo de formación del
sujeto con personalidad integral, con criticidad, conocedor de su lugar de ciu-
dadano global. En ese sentido, la escuela transciende, resignificando su lugar
de detentora de un saber apenas de contenido, de un hacer mecánico y de una
propuesta de educación lineal, “bancaria” y descontextualizada, para formar
personas conscientes de su lugar. La educación necesita estar preparada para
destacar las dimensiones del desarrollo de las habilidades del ser humano, des-
pertando para la creatividad, aprendizajes y proyectos para el bien común.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

65. Sinodalidade
Danilo Pinto dos Santos
Setor Universidades
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

A sinodalidade compreende a caminhada conjunta das expressões eclesiais


em vista da missão da Igreja, qual seja, anunciar Jesus Cristo (EG, 31–32). No
ambiente da educação escolar, as expressões eclesiais figuram como um dos
atores (família, escola e sociedade) que constituem a aldeia que educa. Essas
expressões devem refletir e promover a pessoa humana e, naturalmente, o
seu processo educativo, à luz da fé em Jesus Cristo. No contexto da aldeia que
educa, a sinodalidade é a forma pela qual as expressões eclesiais se articulam
para exercer o papel da Igreja no contexto educativo, somando forças com a
própria escola, a família e a sociedade.

A aplicabilidade da sinodalidade, no contexto educativo, pode ser realizada


por meio da identificação das expressões eclesiais presentes no cenário da
escola, do enriquecimento do processo educativo com os critérios hauridos do
humanismo cristão, da proposição de projetos educativos interinstitucionais que
considerem a integralidade da pessoa no processo educativo, que coloquem a
pessoa no centro do processo educativo, que gerem compromisso comunitário,
que sejam comprometidos com o diálogo e a paz, que sejam comprometidos
com a economia solidária e que sejam comprometidos com a ecologia integral.

155
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

65. Sinodalidad
Danilo Pinto dos Santos
Setor Universidades
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

La sinodalidad comprende el avance conjunto de las expresiones eclesiales en


vista de la misión de la Iglesia, cual sea, anunciar a Jesucristo (EG, 31-32). En el
ambiente de la educación escolar, las expresiones eclesiales figuran como uno
de los actores (familia, escuela y sociedad) que constituyen la aldea que educa.
Estas expresiones deben reflexionar y promover la persona humana y, natural-
mente, su proceso educativo, a la luz de la fe en Jesucristo. En el contexto de
la aldea que educa, la sinodalidad es la forma por la cual las expresiones ecle-
siales se articulan para ejercer el papel de la Iglesia en el contexto educativo,
sumando fuerzas con la propia escuela, la familia y la sociedad.

La aplicabilidad de la sinodalidad en el contexto educativo puede ser realizada


a través de la identificación de las expresiones eclesiales presentes en el esce-
nario de la escuela, del enriquecimiento del proceso educativo con los criterios
imbuidos del humanismo cristiano, de la proposición de proyectos educativos
interinstitucionales que consideren la integralidad de la persona en el centro
educativo, que coloquen a la persona en el centro del proceso educativo y la
paz, que sean comprometidos con la economía solidaria y que sean comprome-
tidos con la ecología integral.

156
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

66. Solidariedade
Everthon de Souza Oliveira
Presidente da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos

Gerlice Teixeira Rosa


SBCC - Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos

Trata-se do conceito secular de caridade cristã. Expressa tanto a


corresponsabilidade, na perspectiva comunitária, como a compaixão, na
dimensão pessoal. É a consciência da interdependência natural que aponta
para a corresponsabilidade moral. Porém, apenas a compaixão (codependência
voluntária) é suficiente para gerar o envolvimento ativo e generoso em vista do
bem de outrem. Solidarizar-se / tornar-se parte de um sólido, um corpo compacto
– denota, portanto, compactuar com o outro, comprometer-se voluntariamente
com suas necessidades e urgências.

A educação deve estar fundada na solidariedade de uma comunidade educadora


para com o/a educando/a. Desse modo, o princípio da solidariedade no ambiente
educacional pressupõe atenção sensível às necessidades do outro e vigorosa
disposição para oferecer de si todo o possível a fim de responder às legítimas
demandas do outro. Cada membro da comunidade deve corresponsabilizar-se
pela formação humana e integral do/a educando/a, de modo que este/a possa
também perceber-se interdependente de sua comunidade e responsável pelo
bem comum.

157
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

66. Solidaridad
Everthon de Souza Oliveira
Presidente da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos

Gerlice Teixeira Rosa


SBCC - Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos

Se trata del concepto secular de caridad cristiana. Expresa tanto la corres-


ponsabilidad, en la perspectiva comunitaria, como la compasión, en la dimen-
sión personal. Es la conciencia de la interdependencia natural que apunta para
la corresponsabilidad moral. Sin embargo, solo la compasión (codependencia
voluntaria) es suficiente para generar el involucramiento activo y generoso en
vista del bien de alguien más. Solidarizar / hacerse parte activa y generosa en
vista del bien de alguien más – denota, por lo tanto, acordar con el otro, com-
prometerse voluntariamente con sus necesidades y urgencias.

La educación debe estar fundada en la solidaridad de una comunidad edu-


cadora para con el/la educando/a. De ese modo, el principio de la solidaridad
en el ambiente educacional presupone atención sensible a las necesidades del
otro y vigorosa disposición para ofrecer de sí todo lo posible a fin de responder
a las legítimas demandas del otro. Cada miembro de la comunidad debe co-
rresponsabilizarse por la formación humano e integral del (de la) educando/a,
de modo que éste/a pueda también percibirse interdependiente de su comuni-
dad y responsable por el bien común.

158
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

67. Solidariedade intergeracional


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

Imperativo moral chave para responder aos problemas de nosso tempo. Quando se
põem as necessidades de nossos contemporâneos, especialmente dos/as jovens,
e também das gerações vindouras, no centro dos esforços para cuidar a criação,
se pode promover e proteger o bem comum de todos, “já que o mundo que temos
recebido também pertence a que nos seguirão” (LS, 159-162). Por isso, ademais de
uma solidariedade leal entre gerações, é necessário perceber a urgência ética de
“uma nova solidariedade intergeracional” (LS, 160-162).

A escola deve gerar a reflexão sobre que tipo de mundo desejamos transmitir aos
que virão depois de nós, às crianças e aos adolescentes que hoje estão crescendo
e amanhã herdarão nosso legado? Que orientação geral terá nosso mundo, que
sentido, que valores? Certamente, estas perguntas trazem consigo outras ainda
mais profundas e sérias: Com que fim transitamos por este mundo? Com que fim
temos vindo a esta vida? Por que trabalhamos e lutamos? Por que esta Terra nos
necessita? Não basta dizer que nos preocupamos pelas futuras gerações; há que
dar respostas plausíveis desde a escola que mostrem o respeito pela dignidade de
nós mesmos.

159
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

67. Solidaridad intergeneracional


CIEC – Confederación Interamericana de Educación Católica

Imperativo moral clave para responder a los problemas de nuestro tiempo. Cuan-
do se ponen las necesidades de nuestros contemporáneos, especialmente de los/
as jóvenes, y también de las generaciones venideras, en el centro de los esfuerzos
para cuidar la creación, se puede promover y proteger el bien común de todos,
“ya que el mundo que hemos recibido también pertenece a quienes nos seguirán
(LS, 159-162). Por eso, además de una solidaridad leal entre generaciones, es ne-
cesario percibir la urgencia ética de «una nueva solidaridad intergeneracional”
(LS, 160-162).

La escuela debe generar la reflexión sobre: ¿qué tipo de mundo deseamos trans-
mitir a los que vengan después de nosotros, a los/as niños/as y adolescentes
que hoy están creciendo y mañana heredarán nuestro legado? ¿Qué orienta-
ción general tendrá nuestro mundo, qué sentido, qué valores? Ciertamente, estas
preguntas acarrean otras aún más profundas y serias: ¿con qué fin transitamos
por este mundo? ¿Con qué fin hemos venido a esta vida? ¿Por qué trabajamos y
luchamos? ¿Por qué esta Tierra nos necesita? No basta con decir que nos preo-
cupamos por las futuras generaciones; hay que dar respuestas plausibles desde
la escuela que muestren el respeto por la dignidad de nosotros mismos.

160
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

68. Tempos tecnológicos


Josenir Lopes Dettoni
Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho - RO

Refere-se à ascensão contemporânea do paradigma tecnocrático, expresso


na tendência a se adotar os objetivos e as metodologias da tecnociência como
modelo compreensivo condicionante da vida. Fenômeno globalizado, a expansão
tecnológica ampliou extraordinariamente as capacidades humanas, fazendo com
que ações presentes possam atingir toda a humanidade, as gerações futuras e
a biodiversidade; tornando-se imperativo um renovado posicionamento ético
capaz de lhe impor limites responsáveis e guiar positivamente seus rumos.

No âmbito da Educação, a hibridização do ensino; o advento da inteligência


artificial; a aceleração do acesso às informações mediadas pela tecnologia em
descompasso com o necessário tempo natural de aprendizagem; bem como
as mudanças nas relações humanas, no processo de estruturação identitária e,
inclusive, no equilíbrio emocional e cognitivo dos/as alunos/as constituem grandes
desafios formativos e profissionais. Contudo, a expansão tecnológica também
traz oportunidades para o desenvolvimento da civilização do amanhã, sendo
necessário discernimento para uma oferta educacional que habilite a pessoa a
lidar com a tecnologia de forma ecointegral, caridosa, humanista e solidária.

161
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

68. Tiempos tecnológicos


Josenir Lopes Dettoni
Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho - RO

Se refiere a la ascensión contemporánea del paradigma tecnocrático, expresa-


do en la tendencia de adoptar los objetivos y metodologías de la tecnociencia
como modelo comprensivo condicionante de la vida. Fenómeno globalizado,
la expansión tecnológica amplió extraordinariamente las capacidades huma-
nas, haciendo que acciones presentes puedan alcanzar toda la humanidad, las
generaciones futuras y la biodiversidad; haciéndose imperativo un renovado
posicionamiento ético capaz de imponerle límites responsables y guiar positi-
vamente sus rumbos.

En el ámbito de la Educación, la hibridización de la enseñanza; el advenimiento


de la inteligencia artificial; la aceleración del acceso a informaciones media-
das por la tecnología en descompensación con el necesario tiempo natural de
aprendizaje; como también, los cambios en las relaciones humanas, en el pro-
ceso de estructuración identitaria e, inclusive, en el equilibrio emocional y cog-
nitivo de los/las alumnos/as, constituyen grandes desafíos formativos y profe-
sionales. Sin embargo, la expansión tecnológica también trae oportunidades
para el desarrollo de la civilización del mañana, siendo necesario el discerni-
miento para una oferta educacional que habilite a la persona a interactuar con
la tecnología de forma ecointegral, caritativa, humanista y solidaria.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

69. Teologia do povo


Vanderlei Barbosa
Universidade Federal de Lavras - MG

Teologia é “discurso sobre Deus”; evoca Fé, Religião, Salvação. Há um “discurso


teológico”, apreensão teórica de Deus, e um “discurso religioso”, apreensão prática
de Deus no e pelo sistema simbólico, mas não se pode separar a vivência subjetiva
da experiência histórica. A Teologia do povo nasceu na Argentina, na década de
1960, e pode ser considerada uma corrente da Teologia da libertação. A partir do
Concílio Vaticano II, a Igreja se abre ao diálogo com o mundo moderno e delineia
as diretrizes de sua doutrina social, com mudanças significativas na liturgia, na
formação do clero, na ação pastoral, superando o divórcio entre Igreja e sociedade.
As Conferências de Medellín e Puebla aplicaram, na realidade latina, as ideias do
Concílio. Enquanto a Teologia da libertação assume uma análise sócio-estrutural,
a análise da Teologia do povo é histórica-cultural.

Os postulados que explicitam a Teologia do povo são: a) “O tempo é superior ao


espaço”; b) “A unidade prevalece sobre o conflito”; c) “A realidade é mais importante
que a ideia”; d) “O todo é superior à parte”. A Teologia do povo centra-se na
esperança, entre memória histórica e horizonte utópico. Insiste na raiz trinitária
como princípio de unidade, para além da diversidade, no diálogo ecumênico e na
amizade social. Reconhece que muitas coisas escapam aos estreitos laços da razão
humana. Com visão de totalidade, cria possibilidade de abertura e acolhimento da
singularidade, envolvendo o local e o planetário numa ação de circularidade.

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Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

69. Teología del Pueblo


Vanderlei Barbosa
Universidade Federal de Lavras - MG

Teología es “discurso sobre Dios”; evoca Fe, Religión, Salvación. Hay un “discur-
so teológico”, aprehensión teórica de Dios, y un “discurso religioso”, aprehensión
práctica de Dios en el y por el sistema simbólico, pero no se puede separar la
vivencia subjetiva de la experiencia histórica. La Teología del pueblo nació en
Argentina en la década de 1960 y puede ser considerada una corriente de la
Teología de la liberación. A partir del Concilio Vaticano II, la Iglesia se abre al
diálogo con el mundo moderno y delinea las directrices de su doctrina social,
con cambios significativos en la liturgia, en la formación del clero, en la acción
pastoral, superando el divorcio entre Iglesia y sociedad. Las Conferencias de
Medellín y Puebla aplicaron en la realidad latina las ideas del Concilio. En cuan-
to la teología de la liberación asume un análisis socio-estructural, el análisis de
la Teología del pueblo es histórico-cultural.

Los postulados que explicitan la Teología del pueblo son: a) “El tiempo es su-
perior al espacio”; b) “La unidad prevalece sobre el conflicto”; c) “La realidad es
más importante que la idea”; d) “El todo es superior a la parte”. La Teología del
pueblo se centra en la esperanza, entre memoria histórica y horizonte utópico.
Insiste en la raíz trinitaria como principio de unidad, para más allá de la diversi-
dad, en el diálogo ecuménico y en la amistad social. Reconoce que muchas co-
sas escapan a los estrechos lazos de la razón humana. Con visión de totalidad,
crea posibilidad de apertura y acogida de singularidad, involucrando lo local y
lo planetario en una acción de circularidad.

164
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

70. Tudo está interligado


Joaquim Alberto Andrade Silva
União Brasileira de Educação Católica - Grupo UBEC

Tudo está interligado, conectado e entrelaçado também no universo educativo.


Cuidar da educação é também cuidar de nossa Casa Comum. Construir uma aldeia
educativa inspirada na sabedoria de povos originários e comunidades tradicionais,
também remete à necessidade de estabelecer alianças e interligar esforços de
educadores/as em prol de novas práticas educativas. Conectar humanidades para
colocar a pessoa na centralidade do processo educativo e interligar a educação com
a prática da ecologia integral, do bem-viver, da esperança de outro mundo possível.

A educação é elemento fundamental para a construção de uma sociedade mais


fraterna e justa. Interligar conhecimento e prática. Interligar humanidades. Interligar
todos os seres vivos com o todo que nos cerca. O mundo necessita de práticas
educativas proféticas, que promovam novas relações humanas, novos jeitos de
habitar o ecossistema, inovadores e simples jeitos de cuidar das pessoas e do mundo
em que vivemos. Uma aliança educativa capaz de fomentar a economia solidária e
o diálogo. Uma educação em saída, missionária e que esteja à serviço do próximo,
preferencialmente dos mais frágeis.

165
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

70. Todo está conectado


Joaquim Alberto Andrade Silva
União Brasileira de Educação Católica - Grupo UBEC

Todo está conectado, unido y entrelazado, también en el universo educativo.


Cuidar de la educación es también cuidar de nuestra Casa Común. Construir
una aldea educativa inspirada en la sabiduría de los pueblos tradicionales y
comunidades originarias, también remite a la necesidad de establecer alianzas
y conectar esfuerzos de educadores/as en pro de nuevas prácticas educativas.
Conectar a la humanidad para colocar a la persona en el centro del proceso
educativo. Conectar la educación con la práctica de la ecología integral, del
buen vivir, de la esperanza de otro mundo posible.

La educación es elemento fundamental para la construcción de una sociedad


más fraterna y justa. Conectar conocimiento y práctica. Conectar humanida-
des. Conectar todos los seres vivos con todo lo que nos rodea. El mundo ne-
cesita de prácticas educativas proféticas, que promuevan nuevas relaciones
humanas, nuevas maneras de habitar el ecosistema, innovadores y formas
sencillas de cuidar de las personas y del mundo en que vivimos. Una alianza
educativa capaz de fomentar la economía solidaria y el diálogo. Una educa-
ción en salida, misionera y que esté al servicio del prójimo, preferencialmente
de los más frágiles.

166
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

71.Unidade na diferença
Reinaldo Antonio Valentim
Escola Franciscana Imaculada Conceição, Dourados - MS

Ir. Selma Maria dos Santos – ISFPD


Irmãs de São Francisco da Providência de Deus - SP

A Unidade na Diferença, na perspectiva do Pacto, indica que Deus criou o uni-


verso e suas criaturas com originalidade; cada ser criado é único e diferente. A
pessoa tem potencial e liberdade para conservar e recriar. As diferenças geram
conflitos e o diálogo é necessário para que sejam construídos consensos e as
decisões sejam em benefício de todos os seres criados: fauna, flora e huma-
nos. O desejo de Deus é: “para que todos sejam um” (Jo 17,21-23). As Encíclicas:
Laudato Si’ e Fratelli Tutti apresentam a possibilidade de a humanidade viver
integrada com todos os seres criados.

A escola, na perspectiva de Papa Francisco, é definida a partir do provérbio afri-


cano: “para educar uma criança, faz-se necessário uma aldeia inteira”. Isso supõe
que a escola seja um elo que interliga a sociedade, famílias, alunos/as e edu-
cadores/as. Assim, o ensino será para além da escola, pautado em uma didáti-
ca multidimensional que, pautada na curiosidade, na cooperação e no diálogo,
relaciona os saberes com a vida, possibilita a formação integral da pessoa e a
construção fraterna da aldeia educativa, da cidadania local-global, de cidades
educadoras.

167
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

71. Unidad en la diferencia


Reinaldo Antonio Valentim
Escola Franciscana Imaculada Conceição, Dourados - MS

Hna. Selma Maria dos Santos – ISFPD


Irmãs de São Francisco da Providência de Deus - SP

La unidad en la diferencia en la perspectiva del Pacto, indica que Dios creó el


universo y sus creaturas con originalidad; cada ser creado es único y diferente. La
persona tiene potencial y libertad para conservar y recrear. Las diferencias generan
conflictos y el diálogo es necesario para que sean construidos consensos y las
decisiones sean en beneficio de todos los seres creados: fauna, flora y humanos. El
deseo de Dios es: “para que todos sean uno” (Jn 17, 21-23). Las Encíclicas: Laudato
Si’ y Fratelli Tutti presentan la posibilidad de una humanidad que viva integrada
con todos los seres creados.

La escuela en la perspectiva del Pacto, es definida a partir del proverbio africano:


“para educar un niño, se hace necesario una aldea entera”, supone que la escuela
sea un enlace que conecta la sociedad, familias, alumnos/as y educadores/as.
Así, la enseñanza será para más allá de la escuela, que, basada en una didáctica
multidimensional, afirma la curiosidad, la cooperación, el diálogo, la relación
de los saberes con la vida, como posibilitadores de la formación integral de la
persona y de la construcción de la aldea educativa, de la ciudadanía local-global,
de ciudades educadoras.

168
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

72. Vida
Pe. Roberto Duarte Rosalino CMF
Diretoria Nacional da ANEC. Missionário Claretiano, na missão
educativa do Colégio e Centro Universitário Claretiano - Unidade
em São Paulo (SP)

O Pacto coloca a pessoa no centro da educação. A pessoa encontra vida com


sentido quando se deixa “plasmar” em sua interioridade, descobrindo-se como
um ser aberto aos outros, parte de uma “comunidade humana”, a serviço dos
outros. Originariamente, a vida humana é um fato recebido, que não tem suas
origens nas pessoas. Ao contrário, a vida transcende cada indivíduo, não é au-
toproduzida, mas dada por outro, como “vínculo da fraternidade”, identifican-
do-nos como filhos de um único Pai. A “cultura do descartável”, porém, está
criando a “ideologia do consumismo”, favorecendo a um estilo de vida egoísta
e individualista, busca do bem-estar consigo mesmo e dos prazeres imediatos. 

Papa Francisco propõe um caminho educativo: a constituição de uma vila da


educação, que gere uma rede de relações humanas e abertas, desenvolvidas
com “diversas mãos” a partir das experiências vividas durante o seu processo
de sua aprendizagem.  “Juntos” é a palavra que tudo salva e tudo realiza. Os/As
educadores/as são chamados/as a plasmar uma plena e real disponibilidade de
serviço aos outros, a toda a comunidade humana – especialmente àqueles em
situação de fadiga e desafios. Essa é a revolução da ternura, que salvará nosso
mundo muito ferido. O Pacto quer despertar o/a jovem para que ouça um gri-
to de paz, de justiça, de fraternidade, de indignação, de responsabilidade e de
compromisso de mudança.

169
Dicionário do Pacto Educativo Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

72. Vida
Pe. Roberto Duarte Rosalino CMF
Diretoria Nacional da ANEC. Missionário Claretiano, na missão
educativa do Colégio e Centro Universitário Claretiano - Unidade
em São Paulo (SP)

El Pacto coloca a la persona en el centro de la educación. La persona encuentra


vida con sentido cuando se deja “plasmar” en su interioridad, descubriéndose como
un ser abierto a los otros, parte de una comunidad humana, al servicio de los otros.
Originariamente, la vida humana es un hecho recibido, que no tiene sus orígenes en
las personas. Al contrario, la vida transciende cada individuo, no es autoproducida,
por el contrario, es dada por otro, como “vínculo de la fraternidad”, identificándonos
como hijos de un único Padre. La “cultura del descarte”, sin embargo, está creando la
“ideología del consumismo”, favoreciendo un estilo de vida egoísta e individualista,
búsqueda del bienestar consigo mismo y de los placeres inmediatos.

El Papa Francisco propone un camino educativo: la constitución de una aldea de


la educación, que genere una red de relaciones humanas y abiertas, desarrolladas
con “diversas manos” a partir de las experiencias vividas durante su proceso
de aprendizaje. “Juntos” es la palabra que todo salva y todo realiza. Los/Las
educadores/as son llamados/as a plasmar una plena y real disponibilidad de
servicio a los otros, a toda la comunidad humana – especialmente a aquellos
en situación de fatiga y desafíos. Esa es la revolución de la ternura, que salvará
nuestro mundo herido. El Pacto quiere despertar al/la joven para que escuche un
grito de paz, de justicia, de fraternidad, de indignación, de responsabilidad y de
compromiso de cambio.

170
Dicionário do Pacto Educativo Global
Dicionário
Diccionario del Pacto Educativo Global

do Pacto
Educativo
Global
Diccionario del Pacto Educativo Global

Núcleo de
Escolas
171
Católicas

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