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Professora: Mônica Cox

Alunas: Débora Anunciação, Emmeli Marins, Renilde Rodrigues

Análise de monografia pela disciplina de Pesquisa 2

Título: Prática tradicional ecológica com plantas medicinais: a revalorização da medicina


popular e da saúde pela natureza
Autora: Karla Rafaella Seabra da Silva
Ano: Recife, 2017

A autora localiza suas questões politicamente no início da introdução falando da crise do


paradigma dominante que se reflete de várias formas em nossas vidas ressaltando as vias
da alimentação e a degradação ambiental, e a necessidade das práticas das ciências dos
povos tradicionais como alternativa ao paradigma dominante, surgindo assim uma relação
entre a ciência hegemônica e as ciências dos povos tradicionais e uma problemática com as
formas de investigar. Levanta a relação homem-natureza e a consideração do meio
ambiente como pilares da geografia desde sua origem, no entanto sentimos falta de uma
localização dessa origem da geografia. Busca averiguar se: “É possível usar medicina
tradicional como um exemplo de aprendizado a ser seguido e uma forma mais ecológica?
Como juntar conhecimentos tradicionais com o conhecimento científico?” analisando as
ações da ONG CNMP e dos grupos de medicina popular. Cita Boaventura ainda na
discussão sobre o paradigma dominante: “todo conhecimento científico é socialmente
construído” e menciona sobre o modelo considerado “global de racionalidade científica”, que
poderia ter sido mais abordado em suas relações de poder nas questões que se quer
analisar, enriquecendo mais a discussão e delimitando um posicionamento mais político que
também enriqueceria a pertença na escrita. Poderia começar a posicionar ou dar mais foco
as relações de poder existentes na interação entre o hegemônico opressor e o tradicional
ora já marginalizado, entrando nesse meio as questões de espiritualidade visto que toda
ação vem por meio da Igreja e de gênero que é colocado nos próximos capítulos mas
sentimos falta de uma ênfase: conhecimento tradicional=matriarcal, hegemônico=patriarcal.
Localizar mais os povos tradicionais das quais vem os conhecimentos aqui dado voz, não
investigados, referenciar sempre historicamente, culturalmente e politicamente , no mínimo,
os grupos estudados, tudo tem que ficar visualizável através das palavras, inclusive os
dramas queen da vida real dessas pessoas que são o alvo da ação em si, são a ação em si,
senti falta de realidade brasileira e a geografia também tem como função levantar e
representar realidades invisibilizadas e também diminuir as relações do poder científico.
- Investigar ou dar voz? -
- “Paradigma emergente da ciência tradicional” ou reconhecimento das epistemologias
existentes?-
- Por que tratar o conhecimento hegemônico como ciência e o tradicional muitas vezes
como cultura popular e não “as ciências tradicionais”?!
“embates que são causados pela hegemonia das técnicas modernas da ciência” -
aprofundar mais as diferenças epistêmicas, e as relações de poder, e o fundamento da
ciência tradicional, afirmar mais a verdade de as ciências tradicionais serem a base para as
ciências hegemônicas, mostrar além das ajudas atrasadas da ciência hegemônica as faces
políticas e cruéis da ciência hegemônica nesse processo de ter que reconhecer a qualidade
e eficácia de algo por não compartilharem o método a filosofia a epistemologia, e não
oferecer a agroecologia como a salvação das tais crises aí, enquanto essas soluções
existem, são conservadas, tecidas na resistência e pela existência de muitos povos desde
que mundo é mundo, localizar isso também, por que a agroecologia surge no cerne da
hegemonia, querendo investigar o tradicional beber do tradicional, mas que alcance tem aos
povos tradicionais desmemorizados que não têm esse esclarecimento intelectual o qual
discutimos aqui? Nos incluímos no grupo de povos tradicionais e falamos desse lugar de
fala, acreditamos que definir um lugar de fala é importante e dá uma concisão às idéias
articuladas, adensa a leitura, comunica com o leitor. Importante e interessante pontuar e
refletir sobre ciência e virtude, a falta de ética na ciência hegemônica.
Todavia, neste capítulo a autora cita o caso das construções dessas organizações, mas não
dá enfoque quanto a contemporaneidade ao golpe militar, de forma a criar uma lacuna
histórica que é importante para situar o debate numa realidade específica. No mais, ao que
se propôs ela foi feliz.

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