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Lubrificacão
C U R S O B Á S I C O
Indíce
I Petróleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
II Refinação e Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
V Graxas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
VI Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
IX Métodos de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
X Componentes de Máquinas . . . . . . . . . . . . . . 23
XV Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
CAPÍTULO 1
Petróleo
5
Uma vez conhecida a possibilidade de O petróleo existe na natureza sob as
produção de petróleo, estas áreas são formas:
pesquisadas através dos instrumentos
de geofísica. Fluida ou Lfquida
Pastosa
SISMÓGRAFO - Toma por base a ve- Sólida
locidade de propagação das ondas sís-
micas, o que permite calcular a pro- Ao ser retirado da terra, o petróleo é
fundidade das camadas. conhecido como óleo CRU ou BRUTO
e apresenta uma cor que varia do
BALANÇA DE TORÇÂO - É utilizada alaranjado até o preto. Os óleos crus
para determinar a variação da força de obedecem a seguinte classificação, con-
gravidade em diversos pontos da área forme o tipo de resrduo deixado no re-
possivelmente produtora. fino:
6
CAPÍTULO 2
Refinação e Manufatura
7
CAPÍTULO 3
9
PONTO DE FULGOR padr o de g s sobre o leo, at atingir o
PONTO DE COMBUSTÃO ponto de fulgor, quando a temperatura
do term metro registrada.
O ponto de fulgor a temperatura em
que os gases evaporados do leo, na
presen a de chama, d origem a um
flash , ou seja, h inflama o sem
haver combust o, chama, d origem a
um flash , ou seja, h inflama o
sem haver combust o.
O ponto de combust o a temperatura
em que toda a superf cie do leo entra
em combust o completa, por pelo
menos cinco segundos.
Estes ensaios s o feitos no aparelho
CLEVELAND (vaso aberto), con-
forme figura ao lado.
10
As partes essenciais do aparelho de gulhado em banho de aquecimento
Ostwald modificado são um sistema (banho-maria), para manter a tempera-
de tubos de vidro fígados entre si, três tura do óleo exata e constante durante
reservatórios ou bulbos (A, B e C) a prova. A forma de fazer-se o ensaio é
eum tubo capilar que liga os reser- a seguinte (veja seqüéncia abaixo):
vatórios B e C. 0 diâmetro do tubo
capilar varia com o grau de viscosi-
dade do líquido-fino (light). médio
(medium) ou grosso (heavy) - mas é
sempre bastante estreito para impedir
que a velocidade de escoamento do
óleo exceda certo limite. Por essa
razao, para abranger toda a série de
viscosidades dos óleos lubrificantes,
usa-se apenas três tubos capilares de
diâmetros diferentes.
Como os demais viscosímetros, o apa-
relho de viscosidade cinemática é mer-
11
Saybolt Redwood Engler Cinemática Saybolt Redwood Engler Cinemática Saybolt Redwood Engler Cinemática
32 30 1.11 1.83 175 154 5.03 37.52 680 597 19.37 147.2
34 31.5 1.17 2.39 180 159 5.16 38.73 700 614 19.94 151.5
36 33 1.22 3.00 185 163 5.30 39.84 720 631 20.50 155.8
38 34.5 1.28 3.63 190 167 5.44 40.95 740 649 21.07 160.2
40 36 1.34 4.28 195 172 5.58 42.06 760 667 21.64 164.5
42 37.5 1.39 4.91 200 176 5.72 43.16 780 685 22.21 168.8
44 39 1.45 5.58 205 180 5.86 44.26 800 702 22.78 173.2
46 41 1.50 6.16 210 185 6.00 45.36 850 746 24.20 184.0
48 42.5 1.55 6.78 215 189 6.14 46.45 900 790 25.63 194.8
50 44 1.60 7.39 220 193 6.28 47.54 950 833 27.05 205.6
52 46 1.65 8.00 225 198 6.42 48.63 1000 877 28.46 216.5
54 47.5 1.71 8.59 230 202 6.56 49.72 1100 965 31.33 238.1
56 49 1.76 9.18 235 207 6.70 50.8 1200 1053 34.18 259.7
58 51 1.82 9.77 240 211 6.84 51.9 1300 1140 37.03 281.4
60 53 1.87 10.35 245 215 6.98 53.0 1400 1228 39.88 303.0
62 54.5 1.92 10.92 250 219 7.12 54.1 1500 1316 42.72 324.7
64 56 1.97 11.48 260 228 7.41 56.2 1600 1404 45.57 346.3
66 58 2.03 12.03 270 237 7.69 58.4 1700 1491 48.42 368.0
68 60 2.08 12.57 280 246 7.97 60.5 1800 1579 51.3 389.6
70 61.5 2.13 13.11 290 254 8.25 62.7 1900 1667 54.1 411
72 63 2.19 13.64 300 263 8.54 64.9 2000 1775 56.9 433
74 65 2.24 14.17 310 272 8.82 67.1 2100 1842 59.8 454
76 67 2.29 14.69 320 281 9.10 69.3 2200 1930 52.7 476
78 68 2.35 15.21 330 289 9.39 71.4 2300 2018 65.5 493
80 70 2.40 15.72 340 298 9.67 73.6 2400 2106 68.4 519
82 72 2.46 16.22 350 306 9.96 75.7 2500 2193 71.2 541
84 74 2.51 16.72 360 315 10.25 77.9 2600 2281 74.0 563
86 75.5 2.56 17.22 370 324 10.53 80.1 2700 2369 76.9 584
88 77 2.61 17.71 380 333 10.82 82.2 2800 2456 79.7 606
90 79 2.67 18.20 390 342 11.10 84.4 2900 2544 82.6 623
92 81 2.72 18.68 400 351 11.39 86.6 3000 2632 85.4 649
94 82.5 2.78 19.16 410 360 11.67 88.7 3100 2720 88.3 671
96 84 2.83 19.64 420 369 11.96 90.9 3200 2808 91.1 693
98 86 2.89 20.12 430 377 12.24 93.1 3300 2895 94.0 715
100 88 2.94 20.60 440 386 12.52 95.2 3400 2893 96.8 736
105 92 3.09 21.77 450 395 12.81 97.4 3500 3.071 99.7 758
110 96 3.23 22.93 460 404 13.09 99.5 3600 3158 102.5 780
115 101 3.37 24.09 470 412 13.38 101.7 3700 3246 105.4 801
120 105 3.51 25.24 480 421 13.67 103.9 3800 3334 108.2 823
125 110 3.65 26.39 490 430 13.96 106.0 3900 3421 111.1 845
130 114 3.78 27.53 500 439 14.25 108.2 4000 3509 113.9 866
135 118 3.92 28.67 520 456 14.81 112.5 4500 3948 128.2 975
140 123 4.06 29.80 540 473 15.38 116.9 5000 4386 142.4 1083
145 127 4.20 30.93 560 490 15.95 121.2 5500 4825 156.6 1190
150 132 4.33 32.06 580 508 16.52 125.5 6000 5264 170.2 1299
155 136 4.47 33.18 600 526 17.09 129.9 7000 6141 199.3 1515
160 141 4.61 34.29 620 544 17.66 134.2 8000 7018 227.8 1732
165 145 4.75 35.40 640 562 18.23 138.5 9000 7896 258.3 1948
170 150 4.89 36.51 660 579 18.80 142.8 10000 8772 284.8 2166
12
COR cura observa-se usando uma diluição
de 15% de óleo em 85% de querosene,
Os produtos de petróleo apresentam e ao resultado se acrescenta a palavra
variação de cor quando observados diluído. Antigamente, a cor clara indi-
contra a luz. Essa faixa de variação atinge cava um óleo de baixa viscosidade.
desde o preto até quase o incolor. Atualmente, consegue-se óleos de alta
As variações de cor são devidas as vari- viscosidade e bem claros.
ações da natureza dos crus, da viscosi- Óleos de origem parafínica -re-
dade e dos métodos e formas de trata- fletem luz de cor verde fluorescente.
mento empregados durante a refi- Óleos de origem naftênica - re-
nação, sendo que são usados corantes fletem luz azulada.
para uniformizar o aspecto de certos
produtos. No colorímetro da ASTM, Pode-se imitar essas cores com a adição
temos vidros com oito cores diferentes, de aditivos, o que vem mostrar a não
desde o mais claro (nº 1) até o mais es- influência da corno desempenho do lu-
curo (nº 8), abrangendo desde o claro brificante.
até o vermelho carregado. Cor mais es-
13
No entanto, as condições existentes no presentes em um grama de amostra.
aparelho de teste não são repetidas na
prática. Além disso, uma aditivação Número de Alcalinidade Forte, Mineral
conveniente pode mudar o comporta- ou Inorgânica (SBN) é a quantidade de
mento do óleo, além do mesmo ser ácido, expressa em equivalentes miligra-
afetado pelo combustível. mas de hidróxido de potássio, necessária
para neutralizar as bases fortes presentes
As principais caracteristicas de ordem em um grama de amostra.
química são as que seguem:
CINZAS SULFATADAS
NÜMERO DE NEUTRALIZAÇAO (NN)
O conteúdo de cinzas de um óleo lu-
O número de neutralização (NN) é brificante inclui todos os materiais não
genericamente definido como sendo a combustíveis presentes. As cinzas são
quantidade de base, expressa em determinadas pela queima completa de
miligramas de hidróxido de potássio, uma amostra de óleo e consistem de
ou a quantidade de ácido, expressa em todos os compostos metálicos exis-
equivalentes miligramas de hidróxido tentes no óleo — aditivos e desgaste
de potássio, necessária para neutralizar tratados com acido sulfúrico e conver-
os constituintes de caráter ácido ou tidos â sulfatos, expressos em porcen-
básico contidos em um grama de uma tagem. Ôleos minerais puros não dei-
amostra de óleo. xam cinzas sulfatadas.
14
as principais características de ordem quer impurezas formadas no interior
prática, ou seja, aquelas medidas ou do sistema (ou que nele penetrem),
determinadas empiricamente: até o momento de serem eliminadas
por ocasião da troca ou purificação do
DETERGÊNCIA - DISPERSÂNCIA lubrificante.
15
RESISTÊNCIA A EXTREMA tantes e formando uma capa superfi-
PRESSÃO (EP) cial que evita a soldagem.
AGENTE ANTIESPUMA
ADESIVIDADE
16
CAPÍTULO 5
Graxas
CONSISTÊNCIA
graxa a 25°C; após 5 segundos do dis-
A consistência de uma graxa é deter- paro do cone, faz-se a leitura direta-
minada através da medida, em déci- mente no aparelho.
mos de milímetro, da penetração de Através do valor obtido, entra-se em
um cone padronizado na mesma. uma tabela que nos permite obter o
O teste é realizado com a amostra de grau de consistência da graxa.
17
Quanto menor a variação de con- cating Grease Institute) arbitrou
sistência, melhor será o desempenho números que correspondem as
da graxa no uso prático. diferentes faixas de penetração
A classificação NLGI (National Lubri- (ASTM D 217 - 86).
18
CAPÍTULO 6
Atrito
Escorregamento
sem lubrificante
(há contato entre
as superfícies)
ATRITO SÓLIDO
Escorregamento
com lubrificantes
(não há contato entre
as superfícies)
ATRITO FLUÍDO
19
CAPÍTULO 7
Princípios da Lubrificação
As características do lubrificante
ficarão melhor evidenciadas quando
estudarmos os componentes das
máquinas.
20
CAPÍTULO 8
Fundamentos da Lubrificação
21
CAPÍTULO 9
Métodos de Aplicação
DISPOSITIVOS DE LUBRIFI-
CAÇÃO
SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
22
CAPÍTULO 10
Componentes de Máquinas
Toda máquina, por mais complexa terpor entre o mancal e o eixo de-
que seja, sempre contém um ou mais pende da rotação, tamanho, pressões e
elementos que necessitam de lubrifi- condições mecânicas de funcionamen-
cação. Esses elementos, como vimos to e operação. Deve-se localizar o pon-
anteriormente, são: to, ou melhor, a área de pressão do
mancal, para aplicarmos o lubrificante,
MANCAIS o que ocorre geralmente no lado opos-
ENGRENAGENS to deste. Existem ranhuras no mancal
CILINDROS que servem para distribuir o óleo no
sentido longitudinal do mancal.
Daremos à seguir uma explicação sus-
cinta desses elementos, pois são as- A lubrificação pode ser feita por cir-
suntos específicos de outras publi- culação, banho, anel ou colar. Os dis-
cações da Mobil Oil do Brasil. positivos para aplicação intermitente
são copos conta-gotas, copos gra-
MANCAIS xeiros, almotolia etc.
24
CILÍNDROS
25
A capacidade dos compressores é Métodos de aplicação:
geralmente indicada de acordo com a Compressores pequeno:
quantidade de ar deslocado à pressão mancais e cilindros:salpico,anel e névoa
atmosférica.
Compressores grandes:
mancais:salpico e circulação cilindros:lubrificador
Para evitar-se temperaturas muito ele- mecânico
vadas e reduzir-se o consumo de ener-
gia, normalmente a compressão é divi- Para a recomendação correta do lubri-
dida em dois ou mais estágios, depen- ficante, é necessário um estudo minu-
dendo da pressão final requerida. Para cioso dascondições mecánicas, de
aumentar a eficiência desse processo, é operação e ambientais.
necessário prover um resfriador inter-
mediário entre os vários estágios. Fatores que afetam a recomendação:
pressão final, número de estágios, tipo
Sabe-se que a compressão do ar gera de resfriamento (água ou ar) e método
calor, que aumenta a energia cinética de aplicação do lubrificante.
do ar e, por conseguinte, a pressão. Se
o ar não fosse resfriado antes de entrar A lubrificação das bombas de vácuo é
no segundo estágio, isto significaria semelhante à dos compressores de ar.
um trabalho extra a ser vencido inutil-
mente pelo compressor. Nos compressores de frio, os meios ou
gases refrigerantes são a amônia, dióxi-
A umidade contida no ar comprimido, do de carbono, gás sulfuroso ou dióxido
quando resfriada, se condensa e tende de enxofre, cloreto de etila, cloreto de
a desalojar o lubrificante. A influência metila, cloreto de metileno e freon 12.
desta umidade está intimamente ligada
às condições de operação e ambientais. Um sistema de refrigeração, de acordo
com o ciclo, tem como elementos bási-
O lubrificante deve cos o compressor, condensador, reser-
vatório do meio refrigerante, válvula
resistir ao desalojamento pela água
reguladora de expansão, evaporador e
resistir à formação de carvão nas válvulas, separador de impurezas.
especialmente as de escape,que trabalham mais
quentes Os fatores que afetam a recomendação
ter uma extraordinária adesividade ao metal e do óleo lubrificante correto são a tem-
pelicula de grande resistência,para evitar contato peratura mínima no evaporador, o
metálico nas partes superiores dos cilindros. tipo de gás refrigerante e o sistema de
funcionamento (inundado ou seco).
26
O óleo lubrificante deve O óleo lubrificante deve
ter seu ponto de congelamento abaixo da temperatura manter em suspensão as partículas de combustão
existente no evaporador; incompleta (para isso contém uma certa porcentagem
ter uma alta resistência contra a oxidação; de aditivo detergente dispersante);
27
CAPÍTULO 11
28
A. Curso de ADMISSÃO bustível é gradualmente comprimida
pela diminuição do espaço acima do
A rotação do eixo de manivelas faz o pistão. No fim, ou quase no fim deste
pistão mover-se para baixo neste cur- curso, uma faísca elétrica da vela de
so, criando uma sucção (vácuo) na câ- ignição inflama a carga de combustí-
mara de combustão. Como a válvula vel. O impulso das partes móveis (pis-
de admissão se abre praticamente no tão, biela, eixo de manivelas e volante)
início do curso, uma mistura de ar e faz o pistão vencer o seu ponto morto
combustível, em proporções ade- superior no final do curso, apesar do
quadas para a combustão, é aspirada aumento da pressão do gás resultante
para dentro da câmara de combustão, da combustão.
pois a pressão atmosférica é mais ele-
vada do que a existente no cilindro. C. Curso de EXPLOSÃO
29
D. Curso de ESCAPAMENTO Quando o pistão sobe, cria no cárter
uma depressão, provocando assim a
Completado o curso de explosão, o aspiração do ar através do filtro de ar e
pistão passa o ponto morto inferior e carburador, originando a mistura que
move-se para cima, no curso de es- vai encher o cárter (Fig. 1).
capamento. Isto força os gases queima-
dos para fora do cilindro, pois a válvu- Com a expansão dos gases que é pro-
la de escapamento é aberta quase no duzida pela inflamação da mistura, o
inicio deste curso. Perto do fim do cur- pistão é impulsionado para baixo pro-
so de escapamento, a válvula de es- duzindo energia mecânica. Na sua de-
capamento é fechada, e a de admissão scida, o pistão descobre a janela de
aberta, começando um novo ciclo. descarga, permitindo a saída dos gases
de combustão.
MOTORES DE 2 TEMPOS
GASOLINA/ÁLCOOL Ao mesmo tempo, comprime ligeira-
mente a mistura que se encontra no
No motor de 2 tempos, o ciclo de força cárter, fazendo com que esta penetre
é completado em dois cursos do no cilindro logo que a abertura do
pistão. É impossível determinar com canal de transferência fique descoberta
precisão os movimentos como no mo- (Fig. 2).
tor de quatro tempos. Porém, os movi-
mentos de força e de escapamento po- Logo que a mistura penetra no cilin-
dem ser considerados como ocorrendo dro, é promovida a “lavagem” do mes-
no curso para baixo do pistão, e a en- mo, que ajuda a expulsar os gases
trada e compressão como se realizando queimados no ciclo anterior (Fig. 3). A
durante o curso para cima. partir daí, reinicia-se um novo ciclo.
30
MOTORES DE 4 TEMPOS
DIESEL a. Curso de ASPIRAÇÃO
ou ADMISSÃO
Nestes motores, os quatro cursos, por b. Curso de COMPRESSÃO
meio dos quais se completa o ciclo de c. Curso de EXPLOSÃO ou FORÇA
força, são denominados: d. Curso de ESCAPE
31
C. Curso de FORÇA: D. Curso de ESCAPE:
A. Curso de COMPRESSÃO:
32
B. Curso de FORÇA de satisfazer as necessidades de lubri-
ficação.
Logo após iniciar se este curso cessa a
injeção. A combustão e expansão dos As principais funções do lubrificante de
gases forçam o pistão para baixo, um motor são
fornecendo trabalho ao eixo de
Lubrificar
manivelas. Ao fim do curso, o pistão
abre as janelas (a), ou abrem-se as Vedar
válvulas de escape (b), pelas quais Resfriar
começam a sair os gases queimados.
Limpar e
Descendo um pouco mais, o pistão
abre as janelas de lavagem e o ar sob Proteger contra corrosão
pressão expele o restante dos gases e
enche o cilindro com nova B carga de 0 óleo deve lubrificar, evitando o des-
ar fresco, recomeçando o ciclo. gaste das partes metálicas em movi-
mento, tais como mancais da biela e
LUBRIFICAÇÃO CORRETA virabrequim, paredes do cilindro, eixo de
DO MOTOR comando de válvulas, anéis, tuchos, etc.
A outra função do óleo é vedar a pas-
Com o tempo, a tendência geral na sagem dos gases da explosão para o
construção dos motores automotivos cárter, através dos anéis de compressão.
tem sido a de reduzir o tamanho dos
motores e, ao mesmo tempo, aumen- O óleo também deve circular constan-
tar a sua potência útil. Isto foi conse- temente pelo motor, resfriando a cabeça
guido de diversas maneiras, por exem- do pistão. Um motor limpo está relati-
plo: reduzindo as dimensões dos cilin- vamente livre de depósitos de carvão,
dros e aumentando as velocidades, borra e verniz, e um óleo de alta quali-
usando razões de compressão mais ele- dade proporciona a máxima limpeza do
vadas, a fim de tornar mais eficiente a motor. O lubrificante deve possuir ele-
utilização da energia do combustível, e vada alcalinidade, garantindo a neces-
reduzindo as perdas causadas pelo atri- saria e eficaz neutralização dos ácidos
to, por meio de projetos e construções oriundos da combustão, protegendo as-
melhorados. Isto somente para men- sim o motor contra a corrosão.
cionar os progressos mais importantes.
Entretanto, ainda que com estas mu- IMPORTÂNCIA DOS PERÍODOS
danças, a maioria das quais sujeita o DE TROCA DO ÓLEO
óleo lubrificante a temperaturas mais
elevadas e outras influências destruti- Um óleo lubrificante de alta qualidade
vas, a capacidade do cárter não foi au- por si só não se deteriora facilmente,
mentada, tendo sido mesmo reduzida. porém, em serviço, está sujeito a
O resultado é que os motores moder- várias espécies de contaminação, que
nos exigem cada vez mais melhora- acabam por destruir a sua capacidade
mentos nas qualidades do óleo, a fim protetora.
33
A fuligem, por exemplo, forma-se con- É natural, portanto, que o óleo es-
tinuamente em maior ou menor quan- cureça com o tempo de uso.
tidade, em razão da queima de com-
bustível. O período real de troca somente deve-
ria ser estabelecido após uma análise
O carvão se forma pela coqueificação do óleo. Entretanto, o fabricante do
da fuligem e provoca depósitos na equipamento estabelece um período de
cabeça do pistão, nos anéis, na saia do troca baseado em experiências anteri-
pistão e nas valvulas, podendo ser duro ores, pois não poderá saber de an-
ou mole, conformea temperatura da temão qual será o óleo usado pelo
área considerada. comprador do equipamento e nem se
o mesmo dispõe de recursos para efe-
Quando os motores trabalham em tuar uma análise de óleo.
baixa temperatura, a formação de de-
pósitos macios de carvâo é grande, Um problema muito comum e que
sendo que no cárter, cámaras das representa forte motivo para a troca de
válvulas e outras partes relativamente óleo é a diluição do lubrificante pelo
frias do motor aparecem as borras for- combustível. A diluição acarreta a
madas a frio, caracterizadas por encer- diminuição da viscosidade do óleo,
rarem sempre certa quantidade de que não protege devidamente as peças
água. Tais depósitos são bastante prej- em movimento nem evita o atrito
udiciais, pois interferem no funciona- metálico. Havendo atrito metálico, de-
mento do motor, como é o caso dos terminadas peças poderão aquecer-se
anéis, que devem mover-se livremente, de modo anormal. Com o cárter cheio
reduzindo ao mínimo a fuga dos gases. de vapores de combustível em pre-
sença de ar, forma-se uma mistura ex-
Caso haja passagem dos gases da com- plosiva que a qualquer momento pode
bustão, teremos aumento no consumo detonar, arruinando o motor.
do óleo e contaminação do lubrificante
com o combustível e gases de combustão. A diluição tem sua principal origem
nos vazamentos pelos assentos inter-
Os óleos detergentes-dispersantes tem nos dos elementos das bombas de in-
a propriedade de impedir a formação jeção e pelos injetores de combustível,
de depósitos, pois mantêm em suspen- que, sendo peças de alta precisão, po-
são todo o material carbonoso forma- dem ter a eficiência prejudicada por
do pela combustão. Assim sendo, o impurezas sólidas contidas no com-
óleo torna-se cada vez mais sujo, até o bustível (pó, ferrugem, etc.).
ponto em que deve ser trocado.
34
PURIFICADOR DE AR tipo retém até 95% dos contami-
nantes, desde que seja mantido em
O purificardos de ar é das peças mais boas condições de funcionamento.
importantes num motor. Se não for
impedida a entrada de poeira, esta Os dois tipos de purificadores exigem
atingirá os cilindros e riscará ou des- freqüentes cuidados de limpeza, pois,
gastará a superfície dos mesmos e dos conforme as condições do ar ambi-
anéis, antes de passar para o cárter. ente, em pouco tempo poderão ficar
saturados de pó e impurezas.
Posteriormente, ocorrerá desgaste de
mancais e paredes de cilindros, até Para dar uma idéia da quantidade de
que o material abrasivo seja retirado pó que o purificador deve reter, lem-
do motor pela filtração ou troca de bramos que, em áreas rurais, cada m3
óleo. de ar contém cerca de 1 mg de pó, ou
cada km3 contém 1 t de poeira, en-
Dois tipos de purificador são usados, quanto que nas áreas industriais cada
os chamados “a seco”, de papel, feltro m3 de ar contém cerca de 10 mg de
ou tela metálica de malha fina, e os pó. Um carro, rodando 8 h por dia,
chamados “a banho de óleo”, que con- pode receber, em média, cerca de 200
sistem de um depósito de óleo pelo g de pó por mês no seu sistema de fil-
qual o ar é obrigado a passar e que tro, o que claramente indica a im-
retém praticamente todas as im- portância e a necessidade da correta
purezas. Um bom purificador desse manutenção dos purificadores de ar.
35
CAPÍTULO 12
Classificação de Lubrificantes
37
Designação Descrição API Descrição ASTM
CA Lubrificantes para motores a diesel que operam Óleos que atendem aos
em condições leves e com combustíveis de alta requisitos da especificação
qualidade.Esses óleos proporcionam proteção MIL-L-2104A
contra corrosão e a formação de depósitos em
alta temperatura.
CB Lubrificantes para motores a diesel que operam Óleos que atendem aos
em condições de leves a moderadas,com com- requisitos da especeficação
bustíveis de baixa qualidade ( alto teor de enxfre) MIL-L-2104A.
CC Lubrificantes para motores a diesel que operam Óleos que atendem aos
em condições de moderadas a severas (turbinados requisitos da especificação
com baixa taxa de superalimentação).Proporcio- MIL-L-2104B.
nam proteção contra a ferrugem,a corrosão e a
formação de depósitos em altas temperaturas.
CD Lubrificantes para motores a diesel que operam Lubrificantes superiores,
em condições severas (turbinados).Podem ser conforme Catepillar Série 3.
utilizados com combustíveis com teor de enxofre
variável.
CD II Lubrificantes para motores a diesel de dois ciclos Óleos que atendem aos
que operam em condições severas. requisitos da categoria CD
e passam pelo teste 6V-53T
da Detroit Diesel.
CE Lubrificantes para motores a diesel turboali- Óleos que atendem aos
mentados que operam em condições extre- requisitos da categoria CD
mamente severas. e passam pelos testes Mack
EO-K/2 e Cummins NTC 400
CF-4 Lubrificantes para motores a diesel,que operam Óleos que atendem aos
em condições extremamente severas. requisitos da categoria CE
e passam pelo teste 6V-
92TA da Detroit Diesel.
* C - Compression
38
Designação Descrição API
GL-1 Lubrificantes para engrenagens de transmiss‰es que operam com baixas pres-
sões e velocidades, onde um óleo mineral puro apresenta bons resultados.
Inibidores de oxidação,antiespumantes e abaixadores de ponto de mínima
fluidez podem se utilizados;agentes de extrema-pressão e modificadores de
atrito não devem constar na formulação.
GL-2 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições mais críticas que
as anteriores,quanto a cargas,temperaturas e velocidades. Neste caso,um
API GL-1 não tem desempenho satisfat¢rio.
GL-4 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condiáções muito severas,
como algumas hipóides em veículos automotivos.Os lubrificantes desta
categoria têm que alcançar a performance descrita pela ASTM STP-512 e
os n°veis de proteção do CRC Reference Gear Oil RGO-105.
GL-5 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições muito severas,
Como algumas hipóides em veículos automotivos. Os lubrificantes desta
categoria têm que alcançar a performance descrita pela ASTM STP-512 e os
níveis de proteção do CRC Reference Gear Oil RGO-110.
39
A Instituição “American Gear Manu- vação de extrema-pressão) devem pos-
facturers Association” (AGMA) tem as suir um IV mínimo de 60 e suportar
seguintes classificações: 30 Ibf no ensaio TIMKEN. Os óleos
sem EP, de 1 a 6, devem possuir um IV
AGMA PARA LUBRIFICANTES DE mínimo de 30 (se a temperatura de
ENGRENAGENS FECHADAS operação for maior do que 44°C, IV
mínimo de 60). Os 7, 8 e 8A Com-
A faixa de viscosidade que identifica o pounds têm de 3 a 10% de gordura
número AGMA está baseada na ASTM natural ou sintética e devem possuir
D 2422. Todos os óleos EP (com aditi- IV mínimo de 90.
41
A classificação CCMC, assim como a são um pouco mais severas que as da
API, está fundamentada no desempen- API SG.
ho dos lubrificantes em serviço. A
qualificação é determinada por uma Quanto aos motores a diesel, a antiga
comissão, através da análise dos resul- D1 foi eliminada, sendo que as D2 e
tados de uma série de ensaios. D3 são agora obsoletas, substituídas
que foram pelas D4, que delimita um
No início de 1989, o CCMC emitiu es- óleo para desempenho moderado, e
pecificações novas e revisadas para os D5, para serviços severos ou sujeitos a
lubrificantes. Para motores à gasolina, trocas prolongadas. As propriedades
a antiga G1, que era quase igual a API físicas especificadas para os dois são
SE, foi eliminada. As recentes especifi- iguais. Comparando as D2 e D3 com
cações G4 (óleo para aplicações gerais) as D4 e D5, as últimas são considera-
e G5 (óleo com baixa viscosidade e que velmente mais exigentes quanto a
economiza combustível) substituem as volatilidade do óleo (controle do con-
G2 e G3. Com exceção dos graus de sumo do lubrificante) e ao aumento da
viscosidade, da estabilidade ao cisalha- viscosidade do óleo usado. Segue,
mento e da volatilidade, os produtos abaixo, a classificação discriminada
que atendem G4 e G5 são idênticos. por combustível. O nível de exigências
Estas novas exigências de desempenho cresce da esquerda para a direita.
GASOLINA DIESEL
G1 G2 G3 G4 G5 PD1 D1 D2 D3 D4 D5
Obs.: CCMC = Comitê dos Constru- gasolina como diesel. Superam as exi-
tores do Mercado Comum Europeu. gências apresentadas na especificação
MIL-L-2104C. Serviço API CD,
Existem especificações governamentais MULTIGRAU (SAE 15W-40).
e de fabricantes baseadas no desem-
penho do lubrificante, sendo que algu- Caterpillar Superior ou Série 3
mas são citadas a seguir:
É uma especificação de fabricante, co-
Especificação Militar MIL-L-2104C brindo óleos de alta detergência-dis-
persância, indicados para motores
Refere-se a óleos lubriticantes para diesel de alta potência que usam com-
serviços pesados, tanto em motores à bustível com teor de enxofre acima de
gasolina como diesel. Superam as exi- 0,4%. Servico API CD.
gências apresentadas na especificação
MIL-L-2104B. Serviço APICD. CaterpillarTO-2
43
BASES SINTÉTICAS
DERIVADAS DO ETILENO
H H
C C
H H
ETILENO
R1 R3
C C
R2 R4
DERIVADO DE
ETILENO
POLIGLICÓIS
ÓXIDO
ALQUILENO
CATALISADOR
POLIALFA- ETILENO ALQUILADO
DECENO
OLEFINA PROPILENO AROMÁTICO
ÁLCOOL
ÁCIDO (O)
ÉSTER ÁLCOOL ÁLDEÍDO ÁLCOOL ÉSTER
CH 2 0 H2
POLIOL
ÁCIDO
ÉSTER DE
POLIOL
44
CAPÍTULO 14
Armazenagem e Manuseio
45
CAPÍTULO 15
Anexos
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VISCOSIDADE- TEMPERATURA
ASTN Standard Chart D 341 Modificado
47
MISTURA DE DOIS COMPONENTES - VISCOSIDADE (cSt) x % VOLUMÉTRICO
No caso de misturas, recomenda-se que sejam feitas entre produtos de mesma “família”
48
A N OTA Ç Õ E S :
49
50