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Rafael Sachet
Cardiologista Intervencionista
O termo isquemia significa
“desequilíbrio entre
oferta e consumo de oxigênio”, devido
à diminuição da oferta e/ou aumento
do consumo.
O resultado final da isquemia é a
queda na produção celular de
energia (ATP), o que leva à
perda de função e, se a isquemia for
grave e persistente, culmina em
necrose da célula.
Entre 12-14% dos homens com idade entre 65-84 anos são portadores de
angina estável, a forma crônica e sintomática da aterosclerose
coronariana.
A maioria dos pacientes é do sexo masculino (~ 70%), proporção essa que fica ainda
maior na faixa etária < 50 anos. Em mulheres, a prevalência de doença coronariana
só se torna significativa após a menopausa...
Dor típica
(1) Sensação de aperto, peso ou pressão retroesternal
(às vezes queimação ou pontada,
mas raramente “dor”);
(2) Início durante esforço físico ou emoções;
(3) Alívio após repouso ou nitrato sublingual
(em 1-5min).
As principais características
que denunciam a presença de uma síndrome
coronariana aguda são:
Angio-TC de Coronárias
Todavia, apesar
de identificar a aterosclerose com elevada sensibilidade,
o EC não possui uma boa correlação
com a presença de lesões OBSTRUTIVAS,
quer dizer, a mera presença de calcificação
não garante a existência de estenose luminal!
TRATAMENTO clínico
1- Mudança dos Hábitos de Vida
Os pacientes com doença aterosclerótica coronariana devem tomar várias
medidas quanto ao seu estilo de vida, visando reduzir a progressão da
aterosclerose:
- Parar de fumar;
- Fazer dieta;
- Emagrecer;
- Exercício físico regular – aumenta o HDL-
-colesterol e a reserva coronariana;
- Controlar a pressão arterial;
- Controlar os níveis de LDL-colesterol (< 70
mg/dl para pacientes de alto risco, e < 100 mg/
dl para pacientes de risco intermediário); e de
HDL-C (manter acima de 50 mg/dl);
- Controlar o diabetes mellitus;
- Reduzir a obesidade;
- Vacinação contra influenza.
2- Antiagregantes Plaquetários
A dose é titulada
para manter o INR entre 2-3.
Outra possibilidade
é utilizar a warfarina como opção aos antiplaquetários
(AAS, clopidogrel) em pacientes que
não toleram ou não podem utilizar estes últimos
por qualquer motivo
Drogas Antilipêmicas – As
Estatinas
1. Estatinas;
2. Fibratos (derivados do ácido
fíbrico);
3. Ácido nicotínico;
4. Quelantes intestinais de ácidos
biliares; Cada uma delas tem mecanismo de ação diferente,
portanto os efeitos sobre cada tipo de
5. Inibidores da absorção de
lipídio plasmático (LDL, HDL, triglicerídeos),
colesterol no sua potência e o perfil de reações adversas variam
enterócito (Ezetimibe). conforme a droga escolhida. Vamos nos
6. Inibidores da PCSK9 concentrar nas estatinas, pois estas são as
drogas mais importantes para a redução do
risco cardiovascular!
Como elas agem? Seu efeito mais conhecido
é a inibição da enzima HMG CoA redutase,
responsável pela síntese de colesterol nos hepatócitos…
Pacientes de “risco
intermediário” devem manter o LDL
obrigatoriamente
abaixo de 100 mg/dl, sendo recomendável
a obtenção de um valor < 70 mg/dl.
V
V
Drogas Antianginosas
As di-idropiridinas,como a nifedipina e a
anlodipina, são mais vasosseletivas, tendo um efeito
coronariodilatador mais potente.
O verapamil (Dilacoron),
uma fenilalquilamina, é mais cardiosseletivo,
isto é, age preferencialmente nos canais L de
cálcio presentes nos miócitos cardíacos e nos
nódulos sinusal e AV. A sua ação antianginosa
predominante é a redução da MVO2, pela
diminuição da frequência cardíaca e da
contratilidade de miocárdica.
INTERVENÇÃO
CORONARIANA
PERCUTÂNEA (ICP)
A primeira técnica de ICP (desenvolvida nos anos 1970) empregava
apenas a angioplastia por balão
Os primeiros stents eram compostos apenas por metal (bare metal stents), ao passo
que
os mais modernos são “medicados” ou “farmacológicos”, isto é, são stents
metálicos impregnados com substâncias antiproliferativas (ex.:
sirolimus, everolimus).
Algoritmo simplificado
para nortear nossa conduta diagnóstica
e terapêutica na doença coronariana crônica
sintomática.