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1. AUXILIO-DOENÇA CONTA COMO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO?

Nos termos do art. 55, II, da Lei 8.213/91, o tempo em que o segurado


esteve usufruindo de benefício de auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez deve ser contado e acrescido ao tempo de
contribuição, desde que seja intercalado com contribuições.

E o que isto quer dizer? Que para o segurado aproveitar o período de


auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez no tempo de contribuição
para posterior aposentadoria, ele deve contribuir ao INSS após o seu
encerramento. Não havendo contribuição posterior, este tempo não
será aproveitado.

Para o segurado com registro na Carteira de Trabalho, como a


contribuição é descontada de sua folha, basta então o retorno ao trabalho
para que este tempo seja contado.
Para os autônomos (contribuintes individuais), é necessário realizar o
pagamento da GPS, que pode ser calculada e emitida aqui.

2. AUXÍLIO-DOENÇA CONTA COMO TEMPO DE CARÊNCIA?

Dizemos que a carência é o número mínimo de contribuições


indispensáveis para que o segurado possa aproveitar algum benefício da
Previdência Social.
Como exemplo, podemos citar a aposentadoria por idade, que exige 180
contribuições a título de carência.

O tempo de carência difere do tempo de


contribuição porque, dentre outras distinções,
exige do segurado que contribua em dia, de forma
contemporânea, ou seja: sem atrasos. Já o tempo
de contribuição pode ser admitido mesmo quando
pago de forma extemporânea, ou seja, com atraso.
Além disso, a carência é contada ainda que o
segurado trabalhe por apenas 01 dia no mês,
valendo, desta forma, para o mês inteiro, ao
contrário do tempo de contribuição.

A respeito do cômputo para fins de carência, a legislação não é clara


neste sentido, na medida em que a lei não menciona que o período em
gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez deveria contar para
tal fim.
Contudo, a justiça vem entendendo, por uma interpretação sistemática,
que o tempo em benefício de aposentadoria por invalidez ou
auxílio-doença deve contar tanto para tempo de contribuição
como para carência.

3. E O AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO? MUDA ALGO?

O auxílio-doença acidentário é concedido quando o segurado sofre um


acidente de trabalho ou é acometido por uma doença profissional ou do
trabalho, doenças estas que se equiparam ao acidente de trabalho.
Os conceitos de doença profissional e do trabalho estão previstos
no art. 20, da Lei 8.213/91, que não serão transcritos neste momento
para evitar a fuga do tema principal.
O importante é que, quando o segurado recebe auxílio-doença
acidentário, a exigência de que haja contribuição logo após o fim do
benefício deixa de existir.

O art. 60, IX, do Decreto 3.048/99, deixa claro que o recebimento de


auxílio-doença acidentário, intercalado ou não com atividade, deverá
ser computado para fins de aposentadoria. Este é um ponto que
merece atenção, pois pode ajudar vários segurados.
Assim, em resumo, quando o segurado receber auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez comum, deve ele contribuir após a
cessação do benefício para conseguir adicionar ao tempo total
para fins de aposentadoria.

Em se tratando de benefício acidentário, não existe esta exigência,


podendo o segurado utilizar todo o período sem contribuição
posterior à cessação.

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