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Tema 2
A analise financeira é um processo baseado num conjunto de técnica que tem por fim
avaliar e interpretar a situação económica e financeira da empresa.( Neves: 1994:5).
Esta avaliação e interpretação centra-se em torno de questões fundamentais para a
sobrevivência e desenvolvimento da empresa, tais como:
- o equilíbrio financeiro;
- a rendibilidade dos capitais;
- o crescimento;
- o risco;
- o valor criado pela gestão.
Princípios Contabilísticos
São 7 princípios contabilísticos:
a) Da continuidade;
b) Da consistência;
c) Da especialização (ou do acréscimo);
d) Do custo histórico;
e) Da prudência;
f) Da substância sobre a forma;
g) Da materialidade.
Como já foi referido a informação contida nessas demonstrações é de grande importância
para várias partes interessadas, que precisam ter medidas relativas da eficiência
operacional da empresa. Relativa é a palavra chave aqui, pois a análise de demonstrações
financeiras é baseada no conhecimento e no uso de índices ou valores relativos.
A análise de índices ou rácios envolve os métodos de calcular e interpretar índices
financeiros para avaliar o desempenho da empresa.
Análise Combinada
A abordagem mais informativa com relação à análise de índices é aquela que combina as
análises cross-sectional e de séries temporais. Uma visão combinada permite a avaliação
de uma tendência no comportamento de um índice em relação à tendência para o sector.
Análise da liquidez
Liquidez é a capacidade de uma empresa de atender a suas obrigações a curto prazo
na data do vencimento. A liquidez diz respeito à solvência da situação financeira
global da empresa – a facilidade com que ela pode pagar suas contas. As três medidas
básicas de liquidez são:
1- Capital Circulante Líquido
2- Índices de Liquidez Corrente e
3- Índice de liquidez seca.
O resultado não é útil para comprar o desempenho de diferentes empresas, mas ele pode
ser bastante útil para o controle interno. Muitas vezes, uma cláusula restritiva pode
especificar o nível mínimo de capital circulante líquido que a empresa deve manter. Essa
exigência protege os credores ao forçar a empresa a manter uma liquidez adequada. Uma
comparação de séries temporais do capital circulante líquido da empresa é muitas vezes
útil para avaliar suas operações.
Índices de Liquidez Corrente
O Índices de Liquidez Corrente é uma medida da liquidez calculada ao se dividir o activo
circulante da empresa por seu passivo circulante.
ILC = AC/PC
Analise de Actividade
Índices de actividade mensuram a rapidez com que várias contas são convertidas em
vendas ou caixa. Com relação às contas circulantes, medidas de liquidez são geralmente
inadequadas, pois diferenças na composição das contas circulantes da empresa podem
afectar de forma significativa sua real liquidez.
1- Giro de Stock
Giro de stock comummente mensura a actividade, ou liquidez, do stock de uma empresa.
Ela é calculada como se segue:
GS = Custo dos produtos vendidos/stock
O GS pode ser facilmente convertido na idade média do stock(IMS) ao dividi-lo por 360
– o número de dias em um ano.
2- IMS é a medida de tempo que o stock é mantido pela empresa.
Analise do Endividamento
A posição do endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de
terceiros sendo usado com o intuito de gerar lucros. Em geral, o analista financeiro da
empresa está mais preocupado com dívidas a longo prazo, pois essas obrigam a
empresa a pagar juros a longo prazo e o principal. Tendo em vista que as
reivindicações dos credores devem ser satisfeitas antes que os lucros possam ser
distribuídos, os accionistas potenciais e os actuais prestam muita atenção com relação
à capacidade da empresa de ressarcir dividas. Financiadores também estão
preocupados com o endividamento da empresa, pois quanto mais endividada ela for,
maior a possibilidade de a empresa não atender às reivindicações de todos seus
credores. A alta administração obviamente deve se preocupar com o endividamento,
devido à atenção dada à questão por outras partes, assim como para manter a empresa
solvente.
Em geral, quanto mais dívidas a empresa usa em relação ao seu total de activos,
maior é a sua alavancagem financeira. Alavacagem financeira é o aumento do risco
e retorno ocasionado pelo uso de financiamento a custo fixo, tal como dívida e
acções preferenciais. Quanto mais dívida a custo fixo ou alavancagem financeira
uma empresa usar, maior será seu risco e retorno esperado.
Com o aumento da divida, há um maior risco, assim como um potencial de retorno
maior. Portanto, quanto maior for a alavancagem financeira, maior o risco e retorno
potencial.
Quanto menor for o índice, maior o risco, tanto para os financiadores quanto para os
proprietários. Esse risco resulta do facto de que se a empresa for incapaz de atender a
seus pagamentos programados de juros, ela pode ser levada à falência. Esse índice,
por conseguinte, permite aos proprietários, credores e administradores a avaliar a
capacidade da empresa de atender a obrigações de juros adicionais sobre a dívida.
Analise da Lucratividade
Há várias medidas de lucratividade, que relacionam o retorno da empresa com suas
vendas, activos, ou património líquido. Como um todo, essas medidas avaliam o lucro
da empresa com relação a um dado nível de vendas, um certo nível de activos, ou o
investimento dos proprietários. Sem lucros, um empresa não consegue atrair capital
de fora. Mais ainda, os proprietários e credores presentes se preocupariam com
relação ao futuro da empresa e tentariam recuperar seus recursos. Proprietários,
credores e alta administração prestam muita atenção ao aumento de lucros devido à
grande importância colocada sobre o lucro no mercado.
Margem Bruta
A Margem Bruta mensura a percentagem de cada venda em unidade monetária que sobra
após a empresa ter pago por seus produtos. Quanto maior for a MB, melhor, assim como
menor será o custo relativo dos produtos vendidos. É claro, o caso oposto é também
verdadeiro. A MB é calculada como a seguir:
MB = Vendas/Vendas – Custo dos produtos vendidos/Vendas MB = LB/Vendas
Margem Operacional
Margem Operacional mensura a percentagem de cada venda em unidades monetárias
que resta após todos os custos e despesas, outros que não juros e imposto de renda,
terem sido abatidos; o lucro puro ganho sobre cada unidade monetária de vendas.
Ela representa o lucro puro ganho sobre cada unidade monetária de vendas. Lucros
operacionais são puros, pois eles mensuram apenas os lucros sobre operações e
ignoram quaisquer cobranças por parte de credores e do governo (juros e impostos).
MO = Lucro operacional/Vendas
Margem Líquida
Margem Líquida mensura a percentagem de cada dólar provenientes das vendas, que
resta após todos os custos e despesas, incluindo juros e impostos de renda, terem sido
deduzidos.
Quanto maior for a margem líquida da empresa, melhor. A ML é uma medida usualmente
citada em relação ao sucesso da empresa a respeito do lucro sobre as vendas. Margem
líquida boa difere de forma considerável entre os sectores. A margem líquida é calculada
como a seguir:
ML = Lucro líquido após o imposto de renda/vendas
Taxa de Retorno Sobre o Activo Total (ROA)
Taxa de Retorno Sobre o Activo Total (ROA) mensura a eficiência global da empresa em
geral lucros com seus activos disponíveis. É também chamado de retorno sobre o
investimento (ROI).
Quanto maior for o rendimento da empresa sobre o total de activos, melhor. A taxa de
retorno sobre o activo total é calculada como a seguir:
ROA = ROI = Lucro líquido após os impostos de renda/Total de Activos
A fórmula DuPont, também conhecida como o modelo de lucro estratégico, é uma forma
comum de decompor o ROE em três componentes importantes. Essencialmente o ROE é
igual à margem líquida multiplicada pela rotação de activos multiplicada pela
alavancagem financeira. Separar o return on equity em três partes torna mais fácil
compreender as alterações do ROE ao longo do tempo.
Também bastante utilizada é a Fórmula DuPont extensa que serve para calcular o ROE
através de vários indicadores: Margem Operacional, Rotação de activos, Rácio de custos
financeiros, alavancagem e Taxa de retenção de Impostos: