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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS & EMPRESARIAIS


Gestão financeira II

Tema 2

Assunto Complementar: Analise Económica e Financeira

Demonstrações financeiras contêm importantes informações sobre os resultados


operacionais e a posição financeira de uma empresa. Tendo em vista que essas
demonstrações são amplamente padronizadas, os dados que elas contêm podem ser
usados para fazer comparações entre empresas e através do tempo. A relação entre certos
dados financeiros podem ser usados para identificar áreas onde a empresa tem sucesso e,
mais importante, áreas com espaço para melhorar o desempenho (Gitmen: 128: 2003).

Analise financeira ou de Balanço é, pois, o estudo da situação de uma parte, de um


sistema de partes ou do todo patrimonial de uma empresa ou de uma entidade, mediante a
decomposição de elementos e levantamentos de dados que consistem em relações
diversas que entre si possam ter tais elementos, visando-se a conhecer a realidade de um
estado ou ajuizar os efeitos de uma administração sob certo ponto de vista.

Instrumentos de base da análise financeira

Balanços e demonstrações de resultados líquidos são documentos contabilísticos de base


para análise financeira.

A analise financeira é um processo baseado num conjunto de técnica que tem por fim
avaliar e interpretar a situação económica e financeira da empresa.( Neves: 1994:5).
Esta avaliação e interpretação centra-se em torno de questões fundamentais para a
sobrevivência e desenvolvimento da empresa, tais como:
- o equilíbrio financeiro;
- a rendibilidade dos capitais;
- o crescimento;
- o risco;
- o valor criado pela gestão.

Este processo é fundamental para as diferentes partes interessadas na boa gestão da


empresa, nomeadamente gestores, credores, trabalhadores e suas organizações,
investidores, Estado e, eventualmente clientes.
Os gestores têm necessidade de acompanhar a evolução da situação e controlar os planos,
de forma a tomar decisões sobre o futuro. Os credores precisam de conhecer a situação
actual e a evolução provável, com o fim de se assegurarem da possibilidade de reaverem
os seus créditos. Os trabalhadores estarão interessados na segurança do emprego, na
forma de distribuição do rendimento e dos acréscimos de produtividade. Aos investidores
interessa conhecer a situação actual e a evolução futura, de forma que possam determinar
o valor da empresa, para investirem nela ou cederem a sua posição. O Estado interessa-
se, sobretudo, pela possibilidade que esta lhe dá de contribuir para a resolução dos
problemas que, num momento, lhe são prioritários (défice orçamental, défice na balança
de pagamentos, desemprego, assimetrias regionais, etc. Os clientes e os fornecedores
estão normalmente interessados em conhecer o grau de dependência e o puder da
empresa.
Cada um deles tem diferentes interesses, pelo que cada um fará a analise financeira
adequada aos objectivos que prossegue. Embora os objectivos da análise financeiro de
cada grupo ou indivíduo possam ser diversos utilizam um conjunto de técnicas que se
baseiam, fundamentalmente, em três mapas que sintetizam um conjunto importante de
informações económico-financeiras:
- o balanço
- a demonstração de resultados
- a demonstração de fluxos de caixas.
Torna-se, por isso, necessário conhecer as informações que contêm estes documentos
para, posteriormente, utilizá-las na análise.

Características da Informação Financeira


As informações financeiras devem proporcionar informação acerca da posição financeira,
das alterações desta e dos resultados das operações, para que sejam úteis a investidores, a
credores e a outros utentes, a fim de investirem racionalmente, concederem crédito e
tomarem outras decisões, e contribuam assim para o funcionamento eficiente dos
mercados de capitais.
A informação deve ser compreensível para aqueles que a desejem analisar e avaliar,
ajudando-os a identificar a eficiência da gestão de recursos económicos. Assim, a
característica da informação financeira:
1º Relevância
2º Fiabilidade
3º Comparabilidade

Estas características resultam da aplicação de conceitos, princípios e normas contabilistas


adequados. Se assim for, as demonstrações financeiras evidenciarão uma imagem
verdadeira e apropriada da posição financeira e do resultado das operações da empresa.

Princípios Contabilísticos
São 7 princípios contabilísticos:
a) Da continuidade;
b) Da consistência;
c) Da especialização (ou do acréscimo);
d) Do custo histórico;
e) Da prudência;
f) Da substância sobre a forma;
g) Da materialidade.
Como já foi referido a informação contida nessas demonstrações é de grande importância
para várias partes interessadas, que precisam ter medidas relativas da eficiência
operacional da empresa. Relativa é a palavra chave aqui, pois a análise de demonstrações
financeiras é baseada no conhecimento e no uso de índices ou valores relativos.
A análise de índices ou rácios envolve os métodos de calcular e interpretar índices
financeiros para avaliar o desempenho da empresa.

Tipos de comparações de Índices ou racios.


A análise de índices ou rácios não é meramente a aplicação de uma fórmula sobre dados
financeiros para calcular um dado índice. Mais importante é a interpretação do valor do
índice. Para responder questões como isto é muito alto, ou muito baixo?, Isto é muito
bom ou ruim?, uma base de comparação é necessária. Dois tipos de comparações de
índices podem ser feitas:

Cross-sectional e de Séries Temporais.


A análise cross-sectional envolve a comparação de índices financeiros de empresas
diferentes no mesmo ponto no tempo; envolve a comparação dos índices das empresas
com aquelas de outras empresas no seu sector, ou com as médias sectoriais.
Esta análise cross-sectional, chamado de benchmarking- é um tipo de análise de cross-
sectional na qual os valores dos índices da empresa são comparados com aqueles de um
competidor-chave, ou grupo de competidores, principalmente para identificar áreas com
espaço para desenvolver o desempenho.
Ao se comparar um índice em particular com o padrão, busca-se descobrir quaisquer
desvios da média. Muitas pessoas acreditam erroneamente que enquanto a empresa tiver
um valor melhor do que a média da indústria, ela pode ser vista favoravelmente. No
entanto, esse ponto de vista “melhor do que a média” pode ser enganoso. Muitas vezes, o
valor de um índice que é muito melhor do que a norma pode indicar problemas. Portanto,
é importante para o analista investigar quaisquer desvios tanto para um lado quanto para
outro do padrão sectorial.
O analista deve reconhecer também que índices com grandes desvios da média são
apenas os sintomas do problema. Uma vez que a razão para o problema é conhecida, a
alta administração pode desenvolver acções prescritas para eliminá-la. O ponto
fundamental é o seguinte: a análise de índices meramente dirige a atenção para áreas de
preocupação potencial; ela não fornece uma prova conclusiva com relação à existência de
um problema.

Análise de Séries Temporais


A análise de séries temporais é a avaliação do desempenho financeiro da empresa ao
longo do tempo, usando análise de índices financeiros.
Uma comparação do desempenho actual com o passado, usando índices, permite que a
empresa determine se ela está progredindo como planejado. Tendências em
desenvolvimento podem ser vistas ao se usar comparações de vários anos, assim como o
conhecimento dessas tendências pode ajudar a empresa a planear futuras operações. Da
mesma forma que na análise cross-sectorial, quaisquer mudanças significativas anuais
devem ser avaliadas para se analisar se elas são sintomáticas de um problema importante.
A análise de séries temporais é muitas vezes útil também para checar se as demonstrações
financeiras projectadas de uma empresa são razoáveis. Uma comparação dos índices
actuais e passado com aqueles resultantes de uma análise de demonstrações projectadas
pode rever diferenças ou um optimismo exagerado.

Análise Combinada
A abordagem mais informativa com relação à análise de índices é aquela que combina as
análises cross-sectional e de séries temporais. Uma visão combinada permite a avaliação
de uma tendência no comportamento de um índice em relação à tendência para o sector.

Cuidados a respeito da análise dos índices


Antes de discutir índices, é preciso considerar as seguintes precauções:

Categoria de índices Financeiros


Índices financeiros podem ser divididos por conveniência em quatro categorias básicas:
1- índices de liquidez;
2- índices de actividade;
3- índices de endividamento e
4- índices de lucratividade.
Índices de liquidez, actividade e divida mensuram principalmente o risco. Índices de
lucratividade mensuram o retorno.
A curto prazo, as categorias importantes são a liquidez, a actividade e a lucratividade,
pois elas fornecem a informação que é critica para a operação a curto prazo da
empresa.( Se uma empresa não consegue sobreviver a curto prazo, nós não
precisamos nos preocupar com suas perspectivas a longo prazo). Índices de
endividamento são úteis principalmente quando o analista está certo de que a empresa
vai sobreviver com sucesso a curto prazo.

Análise da liquidez
Liquidez é a capacidade de uma empresa de atender a suas obrigações a curto prazo
na data do vencimento. A liquidez diz respeito à solvência da situação financeira
global da empresa – a facilidade com que ela pode pagar suas contas. As três medidas
básicas de liquidez são:
1- Capital Circulante Líquido
2- Índices de Liquidez Corrente e
3- Índice de liquidez seca.

Capital Circulante Líquido


Capital Circulante Líquido – é uma medida da liquidez calculada ao se subtrair o passivo
circulante do activo circulante. Apesar de não ser realmente um índice.
CCL = AC - PC

O resultado não é útil para comprar o desempenho de diferentes empresas, mas ele pode
ser bastante útil para o controle interno. Muitas vezes, uma cláusula restritiva pode
especificar o nível mínimo de capital circulante líquido que a empresa deve manter. Essa
exigência protege os credores ao forçar a empresa a manter uma liquidez adequada. Uma
comparação de séries temporais do capital circulante líquido da empresa é muitas vezes
útil para avaliar suas operações.
Índices de Liquidez Corrente
O Índices de Liquidez Corrente é uma medida da liquidez calculada ao se dividir o activo
circulante da empresa por seu passivo circulante.
ILC = AC/PC

Um índice de liquidez corrente de 2 é ocasionalmente tido como aceitável, mas a


aceitabilidade de um valor depende do sector no qual a empresa opera. Por exemplo, um
índice de liquidez corrente de 1,0 seria considerado aceitável para uma empresa de
utilidade pública, mas poderia ser inaceitável para uma fábrica. Quanto mais previsíveis
os fluxos de caixa da empresa, menor será o índice de liquidez corrente aceitável. É
interessante atentar para o facto de que sempre que o índice de liquidez corrente da
empresa é 1,0, seu capital circulante liquido é zero.
Se uma empresa tiver um índice de liquidez corrente menor do que 1,0, ela vai ter um
capital circulante líquido negativo. O capital circulante líquido é útil apenas para
comparar a liquidez de diferentes empresa; o índice de liquidez corrente deve ser usado
em seu lugar.

Índice de liquidez seca


Índice de liquidez seca é similar ao índice de liquidez corrente, excepto que ele exclui o
stock, que é geralmente o activo circulante menos líquido. A liquidez geralmente baixa
do stock resulta de dois factores:
1- Muitos tipos de stocks não podem ser facilmente vendidos, pois eles são itens
parcialmente completos, itens para fins específicos e outros similares.
2- O stock é tipicamente vendido a crédito, o que significa que ele se torna uma conta a
receber antes de ser convertido em dinheiro.
ILC = AC/PC – Stock/PC

Um índice de liquidez seca de 1,0 ou maior é ocasionalmente recomendável, mas da


mesma forma que o índice de liquidez corrente, um valor aceitável depende
substancialmente do sector.
Um índice de liquidez seca fornece uma melhor medida da liquidez global quando o
stock da empresa não pode facilmente convertido em dinheiro. Se o stock é liquido, o
índice de liquidez corrente é uma medida mais indicada da liquidez global.

Analise de Actividade
Índices de actividade mensuram a rapidez com que várias contas são convertidas em
vendas ou caixa. Com relação às contas circulantes, medidas de liquidez são geralmente
inadequadas, pois diferenças na composição das contas circulantes da empresa podem
afectar de forma significativa sua real liquidez.

1- Giro de Stock
Giro de stock comummente mensura a actividade, ou liquidez, do stock de uma empresa.
Ela é calculada como se segue:
GS = Custo dos produtos vendidos/stock

O GS pode ser facilmente convertido na idade média do stock(IMS) ao dividi-lo por 360
– o número de dias em um ano.
2- IMS é a medida de tempo que o stock é mantido pela empresa.

3- Período Médio de Cobrança


O Período Médio de Cobrança ou idade media das dividas a receber, é útil para se avaliar
politicas de crédito e cobrança. Ele é conseguido ao se dividir a média das vendas diárias
pelo saldo de contas a receber. Em suma PMC é a média de tempo necessária para cobrar
duplicatas a receber.
PMC = Contas a receber X360/Vendas anuais

O PMC tem significado apenas em relação ao termos de crédito da empresa. Há


possibilidade de que o PMC alongado seja um relaxamento intencional da politica de
cobrança de termos de crédito em resposta a pressões da competição. Se por exemplo
uma empresa fixa o PMC de 60 dias, então, um período de 57 dias seria bastante
aceitável porque esta abaixo dos 60 dias fixados pela empresa. No entanto, informações
adicionais seriam necessárias para se avaliar a eficiência das políticas de crédito e
cobrança da empresa.

4- Período médio de Pagamento


O PMP, ou idade média das contas a pagar. PMP é a média de tempo necessário para
saldar as contas a pagar e é calculado da mesma forma que o PMC:
PMP = Contas a pagar x 360/compras anuais
A dificuldade de se calcular esse índice deriva da necessidade de se achar as compras
anuais, um valor que não está disponível nas demonstrações financeiras publicadas.
Ordinariamente, as compras são estimadas como uma dada percentagem do custo dos
produtos vendidos. Se o PMP fixado pela empresa for de 90 dias, e o PMP calculado
for de 94 dias, então, seu credito seria aceitável.
Prováveis financiadores e fornecedores de crédito para o comércio estão especialmente
interessados no PMP, pois lhe fornece uma indicação dos padrões de pagamento de
contas da empresa.

5- Giro do Activo Total


O Giro do Activo Total (GAT) indica a eficiência com a qual a empresa usa seus
activos para gerar vendas. Geralmente, quanto maior for o giro do activo total, mais
eficiente será o uso dos activos. Essa medida é provavelmente de maior interesse para
a alta administração, pois ela indica se as operações da empresa foram
financeiramente eficientes. O GAT é calculado da seguinte maneira:
GAT = Vendas/Total de Activos
O valor encontrado representa o numero de vezes em que a empresa gira um
montante igual ao total de seus activos ao ano.
Um cuidado com relação ao uso desse índice: ele não pode ser usado sempre para fins
comparativos, pois é baseado nos custos históricos do total de activos. Tendo em vista
que algumas empresas têm activos significativamente mais novos ou velhos do que
outras, comparar o GAT dessas empresas pode ser enganador. Empresas com activos
mais novos tenderão a ter giros menores do que aquelas com activos mais velhos. A
diferença nessas medidas de giro podem ser resultado de activos mais caros, em vez
de competência operacional. O gestor financeiro, por conseguinte, deve ter cuidado
ao usar esse índice para comparações cross-sectional.

Analise do Endividamento
A posição do endividamento de uma empresa indica o montante de recursos de
terceiros sendo usado com o intuito de gerar lucros. Em geral, o analista financeiro da
empresa está mais preocupado com dívidas a longo prazo, pois essas obrigam a
empresa a pagar juros a longo prazo e o principal. Tendo em vista que as
reivindicações dos credores devem ser satisfeitas antes que os lucros possam ser
distribuídos, os accionistas potenciais e os actuais prestam muita atenção com relação
à capacidade da empresa de ressarcir dividas. Financiadores também estão
preocupados com o endividamento da empresa, pois quanto mais endividada ela for,
maior a possibilidade de a empresa não atender às reivindicações de todos seus
credores. A alta administração obviamente deve se preocupar com o endividamento,
devido à atenção dada à questão por outras partes, assim como para manter a empresa
solvente.
Em geral, quanto mais dívidas a empresa usa em relação ao seu total de activos,
maior é a sua alavancagem financeira. Alavacagem financeira é o aumento do risco
e retorno ocasionado pelo uso de financiamento a custo fixo, tal como dívida e
acções preferenciais. Quanto mais dívida a custo fixo ou alavancagem financeira
uma empresa usar, maior será seu risco e retorno esperado.
Com o aumento da divida, há um maior risco, assim como um potencial de retorno
maior. Portanto, quanto maior for a alavancagem financeira, maior o risco e retorno
potencial.

1- Índice de Endividamento Geral


O Índice de Endividamento Geral mensura a proporção do total de activos financeiros
pelos credores da empresa. Quanto maior for esse índice, maior será o montante de
dinheiro de outras pessoas sendo usado em uma tentativa de gerar lucros. O índice é
calculado como a seguir:
GD = Passivo Total/ Total do Activo
Isso indica que a empresa financiou perto de metade de seus activos com dívidas.
Quanto maior esse índice, maior será o grau de endividamento da empresa, assim
como alavancagem financeira ela terá.

2- Índice de Cobertura de Juros


O Índice de Cobertura de Juros mensura a capacidade da empresa de fazer
pagamentos de juros contratuais. Isto e, atender às obrigações da dìvida. Quanto
maior for o valor desse índice, mais capaz será a empresa de atender as suas
obrigações de juros. O índice de cobertura de juros é calculado como a seguir:
ICJ = Lucro antes dos juros e impostos de renda/ despesas com juros no ano

Quanto menor for o índice, maior o risco, tanto para os financiadores quanto para os
proprietários. Esse risco resulta do facto de que se a empresa for incapaz de atender a
seus pagamentos programados de juros, ela pode ser levada à falência. Esse índice,
por conseguinte, permite aos proprietários, credores e administradores a avaliar a
capacidade da empresa de atender a obrigações de juros adicionais sobre a dívida.

Analise da Lucratividade
Há várias medidas de lucratividade, que relacionam o retorno da empresa com suas
vendas, activos, ou património líquido. Como um todo, essas medidas avaliam o lucro
da empresa com relação a um dado nível de vendas, um certo nível de activos, ou o
investimento dos proprietários. Sem lucros, um empresa não consegue atrair capital
de fora. Mais ainda, os proprietários e credores presentes se preocupariam com
relação ao futuro da empresa e tentariam recuperar seus recursos. Proprietários,
credores e alta administração prestam muita atenção ao aumento de lucros devido à
grande importância colocada sobre o lucro no mercado.

Demonstração da composição Percentual do Resultado


Uma ferramenta popular para avaliar a lucratividade em relação às vendas é a
demonstração da composição percentual do resultado.
Três índices de lucratividade frequentemente citados que podem ser lidos
directamente da demonstração da composição percentual do resultado são:
1- a margem bruta;
2- a margem operacional e;
3- a margem líquida.

Margem Bruta
A Margem Bruta mensura a percentagem de cada venda em unidade monetária que sobra
após a empresa ter pago por seus produtos. Quanto maior for a MB, melhor, assim como
menor será o custo relativo dos produtos vendidos. É claro, o caso oposto é também
verdadeiro. A MB é calculada como a seguir:
MB = Vendas/Vendas – Custo dos produtos vendidos/Vendas MB = LB/Vendas

Margem Operacional
Margem Operacional mensura a percentagem de cada venda em unidades monetárias
que resta após todos os custos e despesas, outros que não juros e imposto de renda,
terem sido abatidos; o lucro puro ganho sobre cada unidade monetária de vendas.
Ela representa o lucro puro ganho sobre cada unidade monetária de vendas. Lucros
operacionais são puros, pois eles mensuram apenas os lucros sobre operações e
ignoram quaisquer cobranças por parte de credores e do governo (juros e impostos).
MO = Lucro operacional/Vendas

Margem Líquida
Margem Líquida mensura a percentagem de cada dólar provenientes das vendas, que
resta após todos os custos e despesas, incluindo juros e impostos de renda, terem sido
deduzidos.
Quanto maior for a margem líquida da empresa, melhor. A ML é uma medida usualmente
citada em relação ao sucesso da empresa a respeito do lucro sobre as vendas. Margem
líquida boa difere de forma considerável entre os sectores. A margem líquida é calculada
como a seguir:
ML = Lucro líquido após o imposto de renda/vendas
Taxa de Retorno Sobre o Activo Total (ROA)
Taxa de Retorno Sobre o Activo Total (ROA) mensura a eficiência global da empresa em
geral lucros com seus activos disponíveis. É também chamado de retorno sobre o
investimento (ROI).
Quanto maior for o rendimento da empresa sobre o total de activos, melhor. A taxa de
retorno sobre o activo total é calculada como a seguir:
ROA = ROI = Lucro líquido após os impostos de renda/Total de Activos

Taxa de Retorno Sobre o Património Líquido (ROE)


O Taxa de Retorno Sobre o Património Líquido (ROE) mensura o retorno sobre o
investimento dos proprietários na empresa.
Geralmente, quanto maior for esse retorno, melhor para os proprietários. A taxa de
retorno sobre o património líquido é calculada como a seguir:
ROE = Lucro líquido após o imposto de renda/Património líquido

Uma analise de índice completa


A fórmula DuPont

A fórmula DuPont, também conhecida como o modelo de lucro estratégico, é uma forma
comum de decompor o ROE em três componentes importantes. Essencialmente o ROE é
igual à margem líquida multiplicada pela rotação de activos multiplicada pela
alavancagem financeira. Separar o return on equity em três partes torna mais fácil
compreender as alterações do ROE ao longo do tempo.

Também bastante utilizada é a Fórmula DuPont extensa que serve para calcular o ROE
através de vários indicadores: Margem Operacional, Rotação de activos, Rácio de custos
financeiros, alavancagem e Taxa de retenção de Impostos:

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