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O art. 114 da Constituição Federal dispõe sobre a competência material da Justiça do Trabalho,
estabelecendo que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar, dentre outras ações, as
seguintes:
A organização Judiciária Trabalhista está prevista nos art. 111 a 116 da Constituição Federal,
sendo composta hierarquicamente pelos seguintes órgãos:*
DIREITO COLETIVO
ESCORÇO HISTÓRICO
Convenção de 87 da OIT
Convenção 98 da OIT
No Brasil:
Cesarino Júnior, adepto da corrente subjetiva, conceitua o Direito Coletivo como sendo “o
conjunto de leis sociais que consideram os empregados e empregadores
coletivamente reunidos, principalmente na forma de ‘entidades sindicais’”.
Corrente Objetivista: Os seus defensores tomam como ponto de partida não os sujeitos,
mas as normas jurídicas, isto é, a matéria tratada no direito coletivo do trabalho.
Amauri Mascaro Nascimento: “é o ramo do direito do trabalho que tem por objeto o estudo das
relações coletivas do trabalho e estas são as relações jurídicas que têm como sujeitos
grupos de pessoas e como objetos interesses coletivos”.
O PROBLEMA DA AUTONOMIA
Autonomia do direito coletivo do trabalho (ou direito sindical) em fase de transição: Esta
corrente não chega a afirmar solenemente a autonomia do direito coletivo do trabalho,
mas admite a sua crescente independência.
CONCEITO
Conceituar liberdade sindical não é tarefa fácil, haja vista a variedade de opiniões
doutrinárias. Alguns autores preferem – a com razão – classificar as diversas formas de liberdade
sindical ao invés de conceituá-la.
CLASSIFICAÇÃO
Amauri Mascaro Nascimento prefere falar em princípios de apoio à liberdade sindical, a saber:
a) Liberdade de Associação
b) Liberdade de Organização
c) Liberdade de Administração
Sustenta Octavio Bueno Magano que a regra da unicidade “foi adotada com base no argumento
de que seria necessário evitar a atomização das entidades sindicais. é possível que
estivesse encoberto o interesse das cúpulas sindicais dominantes de conservarem o
monopólio do poder, nas fortalezas em que muitas delas se encastelaram”.
Unicidade sindical (ou monismo sindical): consiste no reconhecimento pelo estado de uma
única entidade sindical, de qualquer grau, para determinada categoria econômica ou
profissional, na mesma base territorial.
Unidade sindical: traduz a união espontânea em torno de um único sindicato, à
semelhança do que ocorre na unicidade, porém não em decorrência de uma imposição legal,
mas como uma opção, como manifestação espontânea dos seus integrantes.
A CF DE 1988
A convenção 87 da OIT, ratificada por mais de 120 países, enaltece como princípio
fundamental a ampla liberdade sindical, assegurando aos trabalhadores e
empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização prévia, o direito de
constituir as organizações que entenderem convenientes, bem como o direito de filiação (e
desfiliação) a essas organizações, tendo como única condição a observância dos seus respectivos
estatutos.
Lamentavelmente como bem salienta Arion Sayão Romita, a liberdade sindical no Brasil
encerra em “mera norma de fachada”, uma vez que, entres as diversas espécies de liberdades
propugnadas pela Convenção 87 da OIT, somente restou assegurada a autonomia sindical (CF,
Art. 8º, I), assim mesmo com o condicionamento da criação de sindicatos ao registro prévio no
órgão competente.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
CONCEITO DE SINDICATO
O sindicato constitui espécie do gênero associação, cuja missão precípua é a defesa dos
interesses profissionais e econômicos dos quais a integram.
A CF/43 – reconhece o direito de greve, que foi regulamentada muito tempo depois (lei 4330
de 01.06.1964), e declara ser “livre a associação sindical”, mas as formas de constituição,
organização, representação e exercício de funções delegadas do Poder Público serão reguladas
por lei.
A CONSTITUIÇÃO DE 1988
O regime, de forte interferência estatal, cedeu lugar ao sistema de autonomia das entidades
sindicais, sem que fosse, contudo, adotada a liberdade sindical plena.
Pessoa Jurídica de Direito Público; nos países totalitários não há liberdade sindical. Os
sindicatos não têm qualquer autonomia perante o Estado. São, ao revés, órgãos do próprio
Estado, do qual dependem diretamente.
Pessoa Jurídica de Direito Privado: Quando o sindicato tem plena autonomia perante o Estado,
sua disciplina jurídica resulta do seu poder normativo ou de normas que o situam como
associação nos moldes de direito comum, aflora ai a sua natureza de pessoa jurídica de direito
privado, embora com algumas peculiaridades, é claro, para que possa cumprir sua função
recíproca em defesa de interesses de grupos.
Pessoa Jurídica de Direito Social: Autores há, entre nós, Cesarino Júnior, que referem o
sindicato como pessoa jurídica de direito social, isto é, uma instituição coletiva de proteção aos
fracos.
Tendo em vista que a árvore sindical brasileira é bifurcada em dois ramos – um, integrado pelos
trabalhadores e outro, pelos empregadores -, é possível encontrar alguns critérios que
procuram explicar a base sociológica sobre a qual o sindicato se assenta.
No Brasil tradicionalmente adota-se o sindicato por profissão, que reúne todos os que militam
numa determinada atividade profissional, independentemente da empresa ou do setor de
atividade em que trabalhem.
Associações sindicais de grau superior: as confederações (3º grau) e as federações (2º grau).
Aqui, portanto, o sindicato seria entidade de primeiro grau.
Art. 8º, I da CF, preceitua que a lei não poderá exigir autorização do Estado para fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e
a intervenção na organização sindical.
ADMINISTRAÇÃO DO SINDICATO
No ordenamento jurídico brasileiro, o sindicato é administrado nos termos dos seus estatutos,
os quais, no entanto, devem observar as regras estabelecidas na legislação pertinente.
Administração do sindicato – Art. 522, CLT. (assembléia Geral, Conselho Fiscal e Diretoria).
RECURSOS FINANCEIROS
São basicamente quatro as fontes dos recursos financeiros das entidades sindicais:
a) Contribuição confederativa: criada pela CF em seu art. 8º, IV, é destinada ao custeio do
sistema confederativo sindical brasileiro, sendo fixada pela assembléia geral.
f) Taxa assistencial (ou desconto assistencial, ou taxa de fortalecimento sindical): essa espécie
de receita sindical é fixada em acordos, convenções ou sentença normativa, como forma de
custeio das despesas realizadas durante a negociação coletiva.