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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL


DEPARTAMENTO DE SOLOS

APOSTILA DIDÁTICA DE
CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS

Pablo Miguel
Luiz Fernando Spinelli Pinto
Jean Michel Moura Bueno

Pelotas, 2019
1. Princípios e evolução da Classificação de Solos

Introdução à Classificação dos Solos

Os homens necessitam organizar os conhecimentos que tem a cerca dos seres e objetos
de seu meio ambiente. Para isso desenvolvem critérios, que permitem reunir os objetos e seres
semelhantes em grupamentos distintos. A formação desses grupamentos auxilia a relembrar as
propriedades dos mesmos e entender relações entre eles. A classificação é baseada em
determinados termos, cujos significados devem ser conhecidos, para entendê-la.
A população é constituída por inúmeros indivíduos. Há indivíduos muito semelhantes
entre si e outros completamente distintos dos demais. Conseqüentemente a variação dos
indivíduos de uma população é muito grande que para ver semelhança e entender relações
entre eles é necessário arranjá-los ou ordená-los em grupamentos ordenados, nos quais os
indivíduos semelhantes são grupados em classes, através de características selecionadas.

Principais termos usados em Classificação dos Solos

- Indivíduo: é o menor corpo completo de uma população.


- População: é a reunião ou conjunto de todos os indivíduos (objetos ou seres) que
possuem características em comum.

Ex. - população de plantas


- população de animais
- população de rochas
- população de solos

- Classes: são partes ou seções da população que permitem grupar os indivíduos


semelhantes e distinguí-los das demais classes da população.

As classes são definidas por um conceito central, podendo ter uma amplitude de
variação. O conceito central é definido ou estimado por medidas de tendência central e é
representado pelo indivíduo modal.

Os indivíduos são classificados em relação a uma ou mais características, designadas


como características diagnósticas. Indivíduos semelhantes nessas características são
colocados na mesma classe e os demais em classes distintas.
Uma classe pode ser subdividida em outras classes, e estas por sua vez, também
podem ser subdivididas em outras classes distintas. A cada subdivisão, adiciona-se ao
conceito da classe, que foi subdividida, novas informações. Assim, uma população pode ser
classificada em diferentes níveis de informações. Cada um deles é denominado de categoria
ou nível categórico.

- Nível categórico: é o número de afirmativas ou nível de generalização ou de


abstração, utilizado para formar as classes.
Um nível categórico é considerado como alto quando utiliza poucas afirmativas ou
maior generalização ou abstração. Neste nível, há pequeno número de classes e cada uma tem
grande amplitude de variação, permitindo que maior número de indivíduos faça parte da
mesma.

Ex. Latossolos
Em nível categórico baixo, ao contrário, são utilizadas mais afirmativas. As classes
são mais homogêneas, em maior número e constituídas de indivíduos com grande semelhança
entre sí.
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Ex. Latossolo Vermelho Distrófico típico

O Sistema Brasileiro de classificação de Solos - SiBCS (EMBRAPA, 2018), utiliza 6


níveis categóricos (até o presente momento apenas 4 níveis categóricos estão definidos),
sendo portanto um sistema multicategórico.

Os sistemas multicategóricos são hierárquicos, nos quais as classes formadas numa


categoria são subdivididas em outras classes nas categorias mais baixas. Isto significa que
uma classe deve ter as características da mesma e as demais características consideradas nas
classes anteriores.

Ex.
Nível categórico Classe
1º - Ordem Latossolo
2º - Subordem Latossolo Vermelho
3º - Grande grupo Latossolo Vermelho distrófico
4º - Subgrupo Latossolo Vermelho distrófico típico
5° - Família em desenvolvimento
6º - Série em desenvolvimento

Objetivos:

a) organizar os conhecimentos sobre a população;


b) relembrar as características dos indivíduos classificados;
c) descobrir relações entre indivíduos e classes;
d) estabelecer as classes de indivíduos de maneira útil, para predizer seu
comportamento, identificar os melhores usos, selecionar indivíduos para pesquisas e, entender
e extrapolar resultados de pesquisas ou de observações.

Tipos de classificação

Considera-se na Ciência do Solo sistemas de classificação naturais ou taxonômicos e


sistemas técnicos ou interpretativos.

- Classificação Natural ou Taxonômica:

Compreende os sistemas de classificação que arranjam os indivíduos de uma


população em classes, baseado nas propriedades conhecidas, de tal modo que o nome de cada
classe conduz a rememoração de muitas características e mentalmente fixará cada grupo em
relação a todos os outros.
Ex. SiBCS; Soil Taxonomy

- Classificação Técnica ou Interpretativa:

Compreende a organização dos indivíduos de uma população em grupos que visam um


objetivo, uso ou atividade especializada.
Ex. Classificação da aptidão agrícola das terras (Ramalho Filho e Beek, 1995),
Classificação da capacidade de uso das terras (Lepsch et al., 1991).
Evolução da Classificação de Solos

As primeiras classificações de solos foram simples e práticas. No decorrer do tempo,


com o aumento do conhecimento sobre solos, as classificações tornaram-se mais científicas e
organizadas. De uma maneira geral, observa-se que cada classificação está relacionada ao
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avanço científico da população em estudo. Pode-se dizer que um sistema de classificação
qualquer reflete o conhecimento da época em que foi elaborado (Kubiena, 1941).

Esta afirmativa pode ser verificada na evolução da classificação de solos, onde os primeiros sistemas,
ainda em épocas primitivas, grupavam os solos de acordo com sua produtividade. Os chineses há
cerca de 4000 anos, por exemplo, grupavam os solos do reino da dinastia de YAO (2261 a 2357 a.C.)
em 9 (nove) classes, aparentemente com base na produtividade e com o fim de pagamento de taxas.

Já em épocas mais recentes, como na segunda metade do século passado, os solos do


oeste da Europa, foram classificados por Fallou (1862) e Richthofen (1886), em função da
geologia e de seu material de origem. Assim, os solos eram conhecidos como solos de
granitos, basalto, arenito, etc.
No final do século passado, Dokuchaev (1883), estabeleceu que o solo é um corpo
natural independente, resultante da ação de fatores de formação, e que deve ser estudado e
classificado através de seu perfil. A partir desse evento, responsável pela pedologia moderna,
Dokuchaev, Sibirtsev (1867-1927) e Glinka (1887-1929) na Rússia, e Cofrey (1919) e Marbut
(1922,1927 e 1935) nos Estados Unidos, elaboraram as primeiras classificações naturais,
baseadas nas características do solo.
Posteriormente, Baldwing, Kellog e Thorp (1938) desenvolveram um sistema de
classificação, revisto por Thorp e Smith (1949), que marcou o início da classificação
"compreensiva" de solos nos Estados Unidos, e que serviu de base para outros sistemas.
Na década de 1950, data que coinside, aproximadamente, com o período em que
outros países iniciaram a rever e desenvolver seus sistemas de classificação de solos, foi
desenvolvido nos Estados Unidos um sistema completamente novo, elaborado em etapas ou
aproximações, tendo sido publicado em 1960 como sétima aproximação e, com novas
revisões e suplementos em 1975 como "Soil Taxonomy", que é o sistema atualmente usado
nos Estados Unidos para classificar os solos. A última versão deste material é conhecida
como Soil Taxonomy – a basic system of soil classification for making and interpreting
soil survey, publicado em 1999, na sua 2ª edição, pelo USDA.

No Brasil, a classificação de solos teve início na década de 1950 durante o levantamento de solos do
estado de São Paulo, quando os solos foram classificados a nível mais alto, em:
a) solos com horizonte B latossólico;
b) solos com horizonte B textural;
c) solos hidromórficos, e
d) solos pouco desenvolvidos.

Numa etapa seguinte, Bennema e Camargo (1964) elaboraram o segundo esboço


parcial da classificação brasileira de solos, desenvolvendo a classificação dos solos com
horizonte B latossólico e solos com B textural.

A partir de 1964, a classificação brasileira de solos vem sendo desenvolvida através de dados de
levantamentos de solos efetuados em diferentes estados do Brasil. O CNPS - Centro Nacional de
Pesquisa do Solo da EMBRAPA, coordena o atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(SiBCS)1. Em 1999, durante o Congresso Brasileiro de Ciência do Solo realizado em Brasília - DF foi
lançado a primeira versão do SiBCS, que foi modificado e aprovado durante o XXX CBCS realizado
em Recife, PE, em 2005 e publicada a segunda edição em 2006. A terceira edição foi publicada no
XXXIV CBCS em Florianópolis – SC em 2013. A mais nova versão e quinta edição foi publicada no
Congresso Mundial de Ciência do Solo no Rio de Janeiro – RJ em 2018 e substitui todas as
aproximações e edições anteriores divulgadas em 1980, 1981, 1988, 1997, 1999, 2006 e 2013.

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O perfil do solo e suas características diagnósticas

O solo é uma coleção de corpos naturais da superfície da terra, contendo organismos


vivos, e capacidade de suportar o desenvolvimento das plantas.
O indivíduo solo, porém, não é encontrado como um corpo isolado claramente
separado dos demais, mas gradua lateralmente para outros solos individuais por diferenças em
suas características e propriedades. O limite lateral pode ser abrupto, mas comumente é
gradual e se faz ao longo de alguns metros de distância.

Representação do pedon e polipedon e suas principias partes (Fonte: Prof. Fabrício de Araújo Pedron –
UFSM).

A menor área superficial de um solo poderia ser usada como critério para representar o
indivíduo solo, porém nenhum tamanho mínimo arbitrário parece ser possível para representá-
lo. O pedon foi proposto para contornar o problema, sendo uma unidade clara para a descrição
e coleta de amostras.

Pedon

O pedon é o menor volume que pode ser considerado como um solo completo e tem
três dimensões. O limite superior é o contato com a atmosfera, e o limite inferior não é bem
definido, mas arbitrariamente, seria o limite entre o solo e o não solo e, os limites laterais se
dão com outros pedons vizinhos ou com afloramentos de rochas, águas profundas, e outras
condições que não podem ser consideradas como solo.
O pedon tem uma área superficial variável de 1 a 10 m2 e uma forma poliédrica em
que uma dimensão horizontal não difere grandemente das demais. Na maioria dos solos a
forma hexagonal parece ser a mais aceita, por ajustar-se melhor na dimensão horizontal, no
entanto outras formas podem caracterizar um determinado tipo de solo.
Cada pedon pode incluir toda a variabilidade que ocorrer verticalmente ao longo do
solo, dentro de uma pequena área, mas não a variabilidade total incluída em outros pedons
vizinhos e semelhantes dentro de uma área mais ampla. Em solos homogêneos, o pedon tem 1
m2 de área superficial e em solos com horizontes intermitentes ou cíclicos, que variam em
intervalos de 2 a 7 metros, o pedon deve incluir a metade do ciclo ou da variação.

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Polipedon

Considera-se como polipedon o conjunto de pedons contínuos e semelhantes, que


caracterizam o corpo de um solo, e cujas variações das características enquadram-se no nível
de série no "Soil Taxonomy", embora a variação permitida em nível de série seja mais ampla
que em um polipedon. O polipedon tem uma área mínima de 1 m2 e uma área máxima não
especificada.
Na superfície da terra, normalmente, um polipedon é circundado por outros
polipedons.

Perfil do solo

O perfil do solo é a exposição ou corte vertical da camada superficial da crosta


terrestre e estende-se da superfície até a parte inferior do pedon. Inclui todas as camadas
pedologicamente alteradas durante o período de formação do solo (horizontes pedogênicos) e
as camadas mais profundas não influenciadas diretamente pela pedogênese, mas que se
diferenciam do material geológico subjacente.

Um perfil do solo completo expõe todos os horizontes e tem dimensão lateral suficientemente grande para
mostrar todas as variações que caracterizam um determinado solo.

Representação da variabilidade de tipos de solos.


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Considerando as condições climáticas do Brasil e seus efeitos na pedogênese,
arbitrariamente, para fins de levantamento de solos, o limite inferior do perfil é fixado em 200
cm, exceto quando o horizonte A exceder a 150 cm, sendo o limite fixado em 300 cm; ou
quando no sequum ocorrer horizonte E, cuja espessura somada a do A seja igual ou maior que
200 cm. Neste caso o limite arbitrado é de 400 cm.

Seção Controle

A seção controle é a porção do perfil do solo delimitada em termos arbitrários de


profundidade, que se utiliza para estudo de determinada característica diagnostica. Assim,
tem-se: seção controle de umidade, temperatura e outras.

Solum

O solum é a parte do perfil do solo que é influenciada pelas raízes, normalmente


abrange os horizontes A e B.

Principais horizontes do solo

Os horizontes formados pela ação dos processos pedogenéticos são chamados de


horizontes genéticos ou pedogenéticos. Correspondem ao julgamento qualitativo do avaliador
que considera alterações resultantes da formação do solo. Os principais horizontes
pedogenéticos são os seguites:
Horizonte O ou H - constituído de material orgânico sobreposto a outros horizontes
minerais ou a rocha. O horizonte O é formado geralmente em condições de baixa temperatura,
enquanto o horizonte H é formado geralmente em situações de má drenagem.
Horizonte A - constituído de material mineral, encontrado na superfície ou em
seqüência a horizontes O ou H. Difere-se dos horizontes subseqüentes pelo maior acúmulo de
matéria orgânica e translocação de componentes minerais. Apresenta intensa atividade
biológica e propriedades químicas, físicas e biológicas influenciadas pela matéria orgânica.
Horizonte E - constituído de material mineral com predomínio de partículas grossieras
como areia e silte, devido a translocação de argila, ferro, alumínio ou matéria orgânica para
hozizontes subseqüentes. Conhecido como horizonte eluvial.
Horizonte B - constituído de material mineral encontrado em subsuperfície, sob
horizontes A, E ou O. É o horizonte que apresenta maior expressão dos processos
pedogenéticos, notados pela cor, textura, mineralogia, estrutura e outros aspectos. Em alguns
casos caracteriza-se como horizonte iluvial.
Horizonte C - constituído de material mineral que pode apresentar menor grau de
intemperização, como camadas de sedimentos, saprolitos, material de rochas não consolidado,
os quais não apresental resistência forte quando escavados com uma pá. O horizonte C seria a
camada de transição entre o horizonte B e a rocha (camada R).
Camada R - constituída de material mineral consolidado, como a rocha. Não pode ser
cortada com uma pá, mesmo quando úmido.

Horizontes transicionais

São horizontes que apresentam características de dois horizontes principais, situados


na zona de transição de um para o outro. Quanto a identificação, aquele horizonte que
predominar sobre o outro aparece na frente, por exemplo: horizonte AB, apresenta
características e A e B, entretanto predomina aquelas de A, sendo considerado horizonte A
para fins de classificação. Outros exemplos de horizontes transicionais são os seguintes: BA,
AC, EB, BE, BC, CB, etc.
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Horizontes intermediários

São horizontes “mesclados”, podendo ou não ser transicionais, onde porções de um


horizonte penetram na área de outro horizonte, sendo possível identificar as diferentes partes.
Estes horizontes são identificados da seguinte maneira: A/B, A/C, B/C, B/C/R, etc. Onde a
primeira letra indica o horizonte que ocupa o maior volume.

Exemplos de perfis com horizontes transicionais e intermediários (Fonte: Prof. Fabrício de Araújo Pedron –
UFSM).

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Simbologia atual e antiga dos horizontes pedogenéticos (adaptado de Streck et al., 2018)
Simbologia Atual (Embrapa, 2018) Simbologia antiga
Horizontes principais
O, H O
A A1
E A2
B B2
C C
Horizontes de transição
AE -
AB, EB A3
AC, CA AC
BA, BE B1
BC B3
CB -

Simbologia e características específicas de horizontes e camadas subordinadas do solo


(adaptado de Streck et al., 2018 e Santos et al., 2013).
Uso com Hz. Indicativo de atributo ou
Sufixos Característica
pedogenético Hz. diagnóstico
b horizonte enterrado H, A, E, B, F recobrimento
c concreções de Fe, Al e Mn A, E, B, C petroplintita
f plintita B, C Hz. plíntico
g glei A, E, B, C Hz. glei
incipiente desenvolvimento do
i B Hz. B incipiente
Hz. B
j tiomorfismo H, A, B, C Material sulfídrico
k* acumulação de CaCO3 A, B, C -
m extremamente cimentado em +90% B, C duripan
n saturação com Na+ trocável > 15% H, A, B, C caráter sódico
p revolvido pela aração agrícola H, A uso antrópico
r rocha branda ou saprolito C contato lítico fragmentário
t acumulação de argila iluvial B Hz. B textural
modificações ou acumulações
u H, A -
antropogênicas
v características vérticas B, C Hz. vértico
w intemperismo intenso B Hz. B latossólico
x cimentação aparente, reversível B, C, E Fragipã

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2. Atributos Diagnósticos

Atividade da fração argila (Valor T): consiste na capacidade de troca de cátions específica da fração
argila, calculada pela seguinte fórmula:

Targila = CTCpH7 x 100/%argila

Argila de atividade alta (Ta) = CTC da argila for maior do que 27 cmolc kg-1 de argila.
Argila de atividade baixa (Tb) = CTC da argila for menor do que 27 cmolc kg-1 de argila.

Para classificação de solo conforme o SiBCS é considerada a atividade da argila no horizonte B (inclusive BA),
ou no horizonte C (inclusive CA) na ausência do B.

Saturação por bases (Valor V%): a saturação por bases refere-se à proporção percentual de cátions
básicos trocáveis (valor S) em relação à capacidade de troca de cátions total (CTC), determinada a pH
7.

Eutrófico refere-se a solos com alta saturação por bases (V ≥ 50 %).


Distrófico refere-se a solos com baixa saturação por bases (V < 50 %).

O termo é aplicado à saturação por bases no horizonte diagnóstico subsuperficial B ou, na ausência desse, C, e
em certos casos à do horizonte A (definição do horizonte A chernozêmico).

Caráter Argilúvico: termo usado para distinguir solos que tem concentração de argila no horizonte B,
porém não o suficiente para identificar um horizonte B textural ou B plânico. Este caráter é definido
pela presença conjunta das seguintes características:
a) relação textural (B/A) igual ou maior que 1,4 (calculada empregando-se os mesmos critérios para a
caracterização de horizonte B textural;
b) horizonte B com estrutura prismática em qualquer grau de desenvolvimento ou em blocos de, no
mínimo, grau moderado.

Caráter Alumínico: refere-se a uma condição de dessaturação do solo, com teor de Al trocável ≥ 4
cmolc kg-1 de solo, associado à saturação por Al ≥ 50 % e/ou V < 50 %.

Para fins de classificação é levado em consideração o horizonte B ou C


Al% = (100 x Al3+)/(S + Al3+).
(na ausência de B).

Caráter Sódico: o termo sódico especifica horizontes ou camadas com saturação por Na ≥ 15 %, em
alguma parte da seção de controle que defina a classe.

% Na = (100 x Na+) / CTC pH7,0

Caráter Solódico: usado para distinguir horizontes ou camadas que apresentam saturação por Na
entre 6 e < 15 %, em alguma parte da seção de controle que defina a classe.

Caráter Salino: o termo se refere a presença de sais solúveis em quantidades que interfere no
desenvolvimento da maioria das culturas, indicada por condutividade elétrica do extrato de saturação ≥
4 dS m-1 e ≤ 7 dS m-1 (a 25°C) em alguma época do ano.

Caráter Sálico: o termo salino refere-se à presença de sais solúveis em quantidades tóxicas ao
desenvolvimento da maioria das culturas, indicada por uma condutividade elétrica do extrato de
saturação ≥ que 7 dS m-1 (a 25°C), em alguma época do ano.

Caráter Carbonático: trata-se da propriedade referente a presença de 15 % ou mais de CaCO3


equivalente sob qualquer forma de segregação, inclusive nódulos e/ou concreções, desde que não
satisfaça aos requisitos estabelecidos para horizonte cálcico.

Caráter Hipocarbonático: trata-se da propriedade referente à presença de equivalente de CaCO3 sob


qualquer forma de segregação, inclusive nódulos e/ou concreções entre 5 e 15 %.
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Mudança textural abrupta (caráter abrúptico): aumento muito acentuado do teor de argila em uma
pequena distância (≤ 7,5cm) na zona de transição entre o horizonte A ou E e o horizonte subjacente B.

Quando o A (ou E) tiver < 20% de argila, o B subjacente deve ter pelo menos o dobro.
Quando o A (ou E) tiver > 20% de argila, o B subjacente deve ter 20% a mais em valor absoluto
(por exemplo, 32% de argila no horizonte A e 52% no B).

A transição entre os horizontes é definida pela nitidez ou contraste de separação chamando-se:


- transição abrupta: quando a faixa de separação é menor do que 2,5cm;
- transição clara: quando a faixa varia de 2,5 a 7,5cm;
- transição gradual: quando a faixa varia de 7,5 a 12,5cm;
- transição difusa: quando a faixa é maior do que 12,5cm.

Para satisfazer os critérios de mudança textural abrupta, a transição vertical entre os horizontes deve ser
ABRUPTA ou CLARA.

Plintita: segregações enriquecidas em ferro individualizadas como porções avermelhadas que


endurecem irreversivelmente quando expostas a ciclos repetidos de secagem e umedecimento,
apresentado formas laminares, poligonais e reticulados. A plintita geralmente apresenta consistência
úmida firme ou muito firme, podendo ser cortada com uma lâmina, e consistência seca dura ou muito
dura; não esboroa quando submersa em água por um espaço de duas horas, mesmo submetida com
suaves agitações periódicas.

Petroplintita: material normalmente proveniente da plintita que, sob efeito de ciclos de


umedecimento e secagem, sofre consolidação rigorosa, dando lugar a formação de nódulos ou de
concreções ferruginosas (ironstone, concreções lateríticas) de dimensões e formas variadas.

Caráter Crômico: termo utilizado para solos que apresentam, na maior parte do horizonte B
(excluído o BC), cor úmida (predominante), conforme definido a seguir:

a) matiz 5YR ou mais vermelho, com valor >3 e croma >4;


b) matiz mais amarelo que 5YR até 10YR, com valores e cromas ≥4
c) matiz mais amarelo que 10YR ate 5Y, valores ≥ 5 e cromas > 4.

Caráter Ebânico: termo utilizado para solos com coloração muito escura, na maior parte do horizonte
diagnóstico subsuperficial, conforme definido a seguir:

a) para matiz 7,5YR ou mais amarelo: cor úmida valor < 4 e croma < 3 e na cor seca valor < 6;
b) para matiz mais vermelho que 7,5YR: cor úmida, preto ou cinzento muito escuro e na cor seca valor
< 5.

Caráter Ácrico: para solos com CTC efetiva (S + Al) ≤ 1,5 cmolc kg-1 de argila associada a pH KCl ≥
5 ou ΔpH positivo ou nulo.

Contato lítico: passagem do solo para um material mineral subjacente coeso que mesmo quando
úmido não pode ser escavado com uma pá e que impede o livre crescimento do sistema radicular. Em
geral esses materiais são rochas sãs (camada R) ou camadas transicionais constituídas por rochas duras
(RCr ou R/Cr).

Material orgânico: material onde o conteúdo é composto por resíduos vegetais em diferentes estádios
de decomposição, excluindo raízes vivas. O material orgânico pode estar associado com o material
mineral do solo, devendo atender todos os seguintes requisitos:

a) as propriedades do conteúdo dos constituintes orgânicos deve impor preponderância sobre as dos
constituintes minerais;
b) o teor de carbono orgânico deve ser igual ou maior que 80 g kg -1, avaliado na fração terra fina seca ao ar
(TFSA) conforme método descrito em Teixeira et al. (2017).

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Material mineral: material onde o conteúdo de constituintes orgânicos não impõe preponderância de
suas propriedades sobre os constituintes minerais, ou seja, quando não satisfizer aos requisitos
exigidos para material orgânico (item anterior).

Material sulfídrico ocorre geralmente em condições encharcadas com água salobra (mangues), na
forma de sulfetos (pirita). A drenagem do solo com esse material pode induzir a formação de sulfatos
de ferro e de alumínio, reduzindo o pH para valores abaixo de 3,0. O sulfato básico de ferro [K Fe
(SO4)2 (OH)6] (jarosita) pode ser segregado, formando os mosqueados amarelos que comumente
caracterizam o horizonte sulfúrico.

Caráter coeso: usado para distinguir solos com horizontes pedogenéticos subsuperficiais adensados,
muito resistentes à penetração da faca e muito duros a extremamente duros quando secos, passando a
friáveis ou firmes quando úmidos. Uma amostra de horizonte com caráter coeso, quando seca,
desmancha-se ao ser imersa em água.

Caráter concrecionário: termo usado para definir solos que apresentam petroplintita na forma de
nódulos ou concreções em um ou mais horizontes dentro da seção de controle que defina a classe em
quantidade e/ou espessura insuficientes para caracterizar horizonte concrecionário. É requerida
petroplintita em quantidade mínima de 5 % por volume.

Caráter dúrico: utilizado para caracterizar horizontes com cimentação forte como duripã e ortstein e
outros horizontes que não se enquadrem na definição de horizontes litoplíntico, concrecionário e
petrocálcico, tais como alguns horizontes fortemente endurecidos por ação de agentes cimentantes
aluminosos.

Caráter espódico: termo utilizado para caracterizar solos que apresentam acúmulo iluvial de
complexos organometálicos em subsuperficie, porém, que não satisfazem os critérios para horizonte B
espódico.

Caráter êutrico: usado para distinguir solos que apresentam pH (em H20) ≥ 5,7, conjugado com valor
S (soma de bases) ≥ 2,0 cmolc/kg de solo dentro da seção de controle que defina a classe.

Caráter flúvico: usado para identificar solos formados sob forte influência de sedimentos de natureza
aluvionar ou colúvio/aluvionar, apresentando um dos seguintes requisitos:

a) camadas estratificadas de granulometria ou de outros atributos do solo em profundidade; e/ou


b) distribuição irregular do conteúdo de carbono orgânico em profundidade.

Caráter litoplíntico: usado para definir solos que apresentam petroplintita na forma contínua e
consolidada em um ou mais horizontes em algum ponto da seção de controle que defina a classe, cuja
espessura seja insuficiente para caracterizar horizonte litoplíntico.

Caráter plânico: usado para distinguir solos intermediários com Planossolos, ou seja, com horizonte
adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas, neutras ou
próximo delas, ou com mosqueados de redução que não satisfazem os requisitos para horizonte
plânico, excluindo-se horizonte com caráter plíntico.

Caráter plíntico: usado para distinguir solos que apresentam plintita em quantidade ou espessura
insuficientes para caracterizar horizonte plíntico em um ou mais horizontes, em algum ponto da seção
de controle que defina a classe. É requerida plintita em quantidade mínima de 5% por volume.

Caráter rúbrico: caráter utilizado para solos das subordens Latossolos Brunos e Nitossolos Brunos,
que apresentam em alguma parte da seção de controle que defina a classe cor úmida com matiz mais
vermelho que 5YR, valores em amostra úmida ≤ 4 e, em amostra seca, apenas uma unidade a mais que
estes.

Caráter vértico: presença de slickensides (superfícies de fricção), fendas, ou estruturas cuneiformes


e/ou paralepipédicas, em quantidade e expressão insuficientes para caracterizar horizonte vértico.
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Caráter lítico fragmentário: refere-se a um tipo de contato lítico em que o material endurecido
subjacente ao solo encontra-se fragmentado, possibilitando a penetração de raízes e a livre circulação
de água.

Teor de óxidos de ferro: é utilizado para diferenciar classes de solo. A cor reflete a proporção entre
os teores de hematita e goethita da amostra. Cores brunas ou amarelas estão associadas a presença de
goethita. Cores vermelhas estão associadas a mistura, em diferentes proporções, de hematita e
goethita.

O emprego dessas três classes associada ao teor de óxidos de ferro (Fe 2O3) extráidos pelo método do
ataque sulfúrico, conforme metodologia descrita em Teixeira et al. (2017), permite separar os solos
em:
- Solos hipoférricos - baixo teor de óxidos de ferro (< 8 %);
- Solos mesoférricos - médio teor de óxidos de ferro (8 a 17 %);
- Solos fénicos - alto teor de óxidos de ferro (18 a 35 %);
- Solos perférricos- muito alto teor de óxidos de ferro ≥ 36 %).

Grau de decomposição do material orgânico: utilizado para discriminar solos da classe


ORGANOSSOLOS, sendo separado de acordo com o grau de decomposição da matéria orgânica em:
- Fíbrico - material orgânico pouco alterado constituído por 40 % ou mais de fibras;
- Hêmico - material orgânico em estágio de decomposição intermediário entre o fíbrico e o sáprico,
com conteúdo de fibras variando de 17 a 40 %.
- Sáprico - material orgânico em estágio avançado de decomposição, em que o conteúdo de fibras é
menor que 17 %.

Cor do solo: é uma importante característica morfológica porque sugere aspectos relativos a
pedogênese. A cor do solo é anotada pela comparação visual com a caderneta de cores ou carta de
Munsell.
O exemplo da cor encontrada na figura abaixo "5YR 3/2" significa o seguinte:

Matiz (5YR) - corresponde ao comprimento de onda da luz. Para solos são utilizadas as matizes R -
vermelho, YR - vermelho - amarelo e Y - amarelo.
Valor (3) - corresponde ao brilho ou tonalidade da cor. Quanto menor o valor, mais escura é a cor.
Croma (2) - refere-se à intensidade ou pureza da cor. Quanto maior o croma, mais pura é a cor.

Exemplo:

Matiz: 5 YR
Valor: 3
Croma: 2

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Caráter redóxico:
Refere-se a presença de feições redoximórfas na seção de controle da classe de solo, resultante
da saturação temporária com água. Essa saturação pode ocorrer em horizontes localizados acima do
horizonte B com baixa condutividade hidráulica, formando, às vezes, um lençol freático suspenso.
Esse caráter se manifesta na forma de coloração variegada ou de mosqueados, no mínimo comuns e
distintos. Esse caráter deve ser aplicado para expressar condições de oscilação temporária do lençol
freático.
Esse caráter agrupa os solos em duas classes:

a) Epirredóxicos: quando o caráter redóxico ocorrer dentro de 50 cm a partir da superfície do solo;


b) Endorredóxicos: quando o caráter redóxico ocorrer a uma profundidade maior que 50 cm e menor
ou igual a 150 cm a partir da superfície do solo.

Caráter retrátil:
Usado para as classes de Latossolos e Nitossolos, ambos Brunos e Vermelhos, de textura
argilosa e muito argilosa, que apresentam retração acentuada da massa de solo após a exposição dos
perfis ao efeito de secamento por algumas semanas. Esse caráter ocorre pela presença de minerais 2:1
com hidroxi-Al nas entrecamadas como vermiculita e esmectita.

Caráter sômbrico: em fase de avaliação (SiBCS, 2018).

Característica que ocorre em certos horizontes subsuperficias (AB, BA ou B) de solos de


drenagem livre e dessaturados, onde, há a evidência de acumulo de húmus que não atenda a definição
de horizonte espódico. Esse caráter deve atender os seguintes requisitos:

a) Apresentar 10 cm ou mais de espessura;


b) Não possuir, no seu limite superior, um horizonte eluvial E;
c) Não atender ao conjunto de características exigidas para o horizonte espódico;
d) Apresentar o(s) horizonte(s) subsuperficial(is) escuro(s) em continuidade lateral nos vários
segmentos da paisagem, indicando origem pedogenética e descartando a possibilidade de
ser um horizonte A enterrado;
e) Apresentar valores e cromas, nos estados seco e/ou úmido, mais baixos do que os do
horizonte sobrejacente;
f) Ter saturação por bases inferior a 50% (distrófico);
g) Possuir evidências de acumulação de húmus seja pela presença de cutans depositados na
superfície dos peds ou nos poros;

Outros Atributos

Não diferenciam classes de solos, mas são características importantes na definição de


horizontes diagnósticos.

Cerosidade

Consiste numa fina película de argila depositada na superfície dos agregados conferindo-lhes aspecto
lustroso e com brilho graxo. É resultante da migração de argila iluvial. Serve para identificar horizonte
B textural e B nítico.

Propriedades vérticas (slickensides, gilgai): efeitos decorrentes da presença de grande quantidade de


argilas expansivas no solo. A grande capacidade de expandir-se quando molhado e contrair-se quando
seco cria fendilhamentos e superfícies lisas e lustrosas com estriamento (slickensides) na massa do
solo e, na superfície do terreno, microdepressões e microelevações (gilgai). Comum nos Vertissolos e
solos com caráter vértico.

Superfícies de compressão

São superfícies lisas e lustrosas, sem estrias, formadas pela compressão da massa do solo pela
expansão e contração do material devido ao umedecimento e secagem.
14
Autogranulação (self-mulching)

Propriedade inerente a alguns materiais argilosos manifesta pela formação de camada superficial de
agregados geralmente granulares e soltos, fortemente desenvolvidos, resultantes de umedecimento e
secagem. Quando destruídos pelo uso de implementos agrícolas, os agregados se recompõem
normalmente pelo efeito de apenas um ciclo de umedecimento e secagem.

Relação silte/argila

Obtida dividindo-se a % de silte pela % de argila total. Sente como auxílio na identificação do grau de
intemperização do solo. Solos pouco intemperizados apresentam alto conteúdo de silte em relação ao
de argila, resultando em alta relação silte/argila. Esta relação é usada para diferenciar horizonte B
latossólico de B incipiente. Latossolos devem apresentar relação silte/argila <0,7 para solos de textura
média e <0,6 para os de textura argilosa.

Minerais alteráveis

São aqueles instáveis em clima úmido, ou seja. são pouco resistentes ao intemperismo. - encontrados
na fração argila: argilominerais do tipo 2:1. - encontrados nas frações silte e areia: feldspatos.
feldspatóides, minerais ferromagnesianos, vidros vulcânicos, fragmentos de conchas, zeolitos, apatitas
e micas.

Grupamento textural

Esse grupamento considera a classificação americana de classes primárias de textura ou


triângulo americano em nível mais generalizado, compondo as seguintes denominações:
a) Textura arenosa: compreende as classes texturais areia e areia franca (teor de areia menos
teor de argila > 700 g kg-1).
b) Textura média: compreende as frações com <35 % de argila e >15 % de areia, excluídas as
classes areia e areia franca.
c) Textura argilosa: compreende as classes texturais que apresentam entre 35 e 60 % de
argila.
d) Textura muito argilosa: compreende classe textural com >60 % de argila.
e) Textura siltosa: compreende composições com <35 % de argila e <15 % de areia.

Classes texturais para classificação granulométrica dos horizontes de perfis de solos.

15
Distribuição de cascalhos no perfil

Em solos com significante proporção de fragmentos grosseiros (>2mm), são designadas,


adicionalmente à classe de textura, as seguintes denominações:

(a) com cascalho, com 8 a 15 % de partículas grosseiras;


(b) cascalhenta, com 15 a 50 % de partículas grosseiras;
(c) muito cascalhenta, com > 50 % de partículas grosseiras.

A aplicação do termo correspondente à textura refere-se ao horizonte B, ou ao C na ausência


de B, ou ao horizonte A em casos específicos.

Classes de Drenagem

Refere-se à quantidade e rapidez com que a água escoa por infiltração e escorrimento
superficial. As classes de drenagem são as seguintes:

- Excessivamente drenado - a água é removida do solo muito rapidamente.


- Fortemente drenado - a água é removida do solo rapidamente (solos de textura média a arenosa).
- Acentuadamente drenado - a água é removida do solo rapidamente (solos de textura argilosa a
média).
- Bem drenado - a água é removida do solo com facilidade, porém, não rapidamente.
- Moderadamente drenado - a água é removida do solo um tanto lentamente, de modo que o perfil
permanece molhado por uma pequena, porém significativa parte do tempo.
- Imperfeitamente drenado - a água é removida do solo lentamente, de tal modo que o perfil
permanece molhado por período significativo, mas não durante a maior parte do ano.
- Mal drenado - a água é removida do solo tão lentamente que este permanece molhado por uma
grande parte do ano. O lençol freático está à superfície ou próximo dessa durante uma considerável
parte do ano.
- Muito mal drenado - a água é removida do solo tão lentamente que o lençol freático permanece à
superfície ou próximo dela durante a maior parte do ano.

Fases de Unidades de Mapeamento

As fases são estabelecidas para divisão das classes segundo critérios referentes às condições
das terras (externas ao solo em si) que interferem, direta ou indiretamente, no comportamento e
qualidade dos solos.

1. Fases de relevo

Qualificam condições de declividade, comprimento das encostas e configuração superficial


dos terrenos. Utiliza-se as seguintes classes de relevo:

a) Plano: superfícies de topografia esbatida ou horizontal, com desnivelamentos muito pequenos e


declividades variáveis entre 0 e 3%.
b) Suave ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, constituída por elevações com
altitudes relativas até 50m, apresentando declividades suaves, variáveis entre 3 e 8%.
c) Ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, constituída por declives moderados,
variáveis principalmente entre 8 e 20%.
d) Forte ondulado: superfície de topografia movimentada, com declives fortes, variáveis entre 20 e
45%.
e) Montanhoso: superfície de topografia muito acidentada, com alinhamentos e maciços rochosos,
com grandes desnivelamentos e declives fortes a muito fortes, variando entre 45 e 75%.
f) Escarpado: áreas com predomínio de formas abruptas, com superfícies muito íngremes do tipo
aparados, itaimbés, frente de cuestas e vertentes de declives muito fortes, normalmente maiores que
75%.

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2. Fases de pedregosidade

Diferencia áreas com significativa fração de calhaus (2-20cm) e matacões (20-100cm) em


superfície e/ou sub-superfície. Esta distinção baseia-se tanto na quantidade como na posição relativa
no perfil, até uma profundidade de 150cm ou até o contato lítico (em profundidades menores que
150cm).

a) Fase pedregosa I: o solo contém calhaus e/ou matacões ao longo de todo o perfil ou no(s)
horizonte(s) superior(es) até a profundidade maior que 40 cm.
b) Fase pedregosa II: o solo contém calhaus e/ou matacões na parte superficial e/ou dentro do solo,
até a profundidade máxima de 40cm.
c) Fase pedregosa III: o solo contém calhaus e/ou matacões a partir de profundidades > 40cm.

17
3. Horizontes Diagnósticos

3.1 Horizontes diagnósticos superficiais


Os horizontes diagnósticos são horizontes do pedon, caracterizados por determinadas
características diagnosticas, que são selecionadas e definidas exclusivamente para fins de classificação
de solos. Há dois grupos principais de horizontes diagnósticos:

a) aqueles que se desenvolvem na parte superior do pedon e que são reconhecidos como
horizontes diagnósticos superficiais ou epipedons;
b) aqueles que ocorrem e desenvolvem-se no interior do pedon e que são designados
como horizontes diagnósticos subsuperficiais.

Os horizontes diagnósticos são denominados por termos específicos e conceituados de acordo


com o sistema de classificação de solos considerado, e constituem critérios básicos daquele sistema.

Horizonte Hístico

É um horizonte essencialmente orgânico, formado por acumulações de resíduos vegetais sob


condições de excesso d’água permanente ou temporário. Geralmente é formado em condições de
excesso de água (horizonte H) por longos períodos do ano, ou formado em áreas de altitude elevada
(horizonte O), onde a taxa de decomposição da matéria orgânica é baixa, permitindo grande acúmulo
de compostos orgânicos em superfície.
O horizonte hístico deve atender a um dos seguintes requisitos:

(a) Espessura maior ou igual a 20 cm;


(b) Espessura maior ou igual a 40 cm quando 75% ou mais do volume do horizonte for
constituído de tecido vegetal, excluindo as partes vivas;
(c) Espessura de 10 cm ou mais quando sobrejacente a um contato lítico ou lítico fragmentário
ou a um horizonte constituído por 90% ou mais de volume de fragmentos de rocha (cascalho, calhaus
e matacões).

Horizonte A Chernozêmico

É um horizonte mineral superficial escuro, espesso e com alta saturação de bases. Deve
apresentar os seguintes requisitos:

a) Estrutura do solo suficientemente desenvolvida, com agregação e graus de


desenvolvimento predominantemente moderado ou forte, não possuindo simultaneamente
estrutura maciça e consistência seca dura ou mais coesa;
b) Cor com valor e croma ≤ 3 quando úmido e valor ≤ 5 quando seco;
c) Com teores de C orgânico superiores a 0,6 %;
d) Saturação por bases (valor V%) maior que 65 %;
e) Espessura de acordo com um dos seguintes requisitos:
1) 10 cm ou mais, se o horizonte A é seguido de contato com a rocha, ou;
2) 18 cm (no mínimo) e mais que um terço da espessura do solum (A+B), se este tiver
menos que 75 cm, ou;
3) Para solos sem horizonte B, 18 cm no mínimo e mais de um terço da espessura dos
horizontes A+C, se esta for inferior a 75 cm; ou
4) 25 cm (no mínimo), se o solum tiver 75 cm ou mais de espessura.

18
Horizonte A Húmico

É um horizonte escuro (valor e croma ≤4), com saturação por bases < 65% e maior conteúdo
de C orgânico de acordo com a espessura e a profundidade do solo:

- espessura mínima comparável à descrita para o horizonte A chernozêmico;


- teor de carbono orgânico inferior ao limite mínimo para caracterizar o horizonte hístico;
- o somatório (Ʃ) do produto do teor de carbono orgânico de cada subhorizonte A pela
espessura do subhorizonte, deve ser igual ou maior, e proporcional a média ponderada do teor de
argila dos suborizontes A, de acordo com a seguinte equação:

Ʃ = (C-org (g/kg) de cada suborizonte A x espessura do suborizonte (dm)) > 60 + (0,1 x média
ponderada de argila do horizonte superficial em g/kg).

Exemplo:

Carbono Teor de Cálculo da média Cálculo do C –


Horizontes Prof. cm
orgânico argila ponderada de argila org. total
.................................g.kg-1................................
A1 0 - 31 20,6 200 200*3,1dm/6,8dm=91,18 20,6*3,1dm=63,86
A2 31 - 53 10,6 230 230*2,2dm/6,8dm=74,41 10,6*2,2dm=22,32
AB 53 - 68 8,4 250 250*1,5dm/6,8dm=55,15 8,4*1,5dm=12,60
Total = 220,74 Total = 99,78

Substituindo a média ponderada de argila na equação, temos:

Ʃ = C-org total > 60 + (0,1 x 220,74 ) = 82,07.

O valor de C-org total existente no horizonte A é de 99,78, portanto, maior que 82,07
(considerado como o mínimo requerido para que o horizonte seja enquadrado como A húmico) em
função do teor médio ponderado de argila de 220,74 g/kg. Assim, o horizonte usado como exemplo é
húmico.

Horizonte A Proeminente

É um horizonte mineral superficial que satisfaz todos os requisitos para caracterizar um


horizonte A chernozêmico, porém, com saturação por bases inferior a 65%. Difere de A Húmico pelo
teor de carbono orgânico conjugado com espessura e teor de argila.

Horizonte A Antrópico

É um horizonte superficial formado ou modificado pelo uso contínuo e prolongado do solo


pelo homem, com adições de material orgânico, misturado ou não a materiais minerais, sendo as
evidências comprovadas pela presença de artefatos cerâmicos e/ou líticos, ossos, conchas ou vestígios
de ação do fogo (carvão e cinzas). Além disso, para identificar a presença desse horizonte é
necessário, em pelo menos um dos sub-horizontes A (incluindo horizontes intermediários AB, AC e
AE) atender aos seguintes requisitos:

a) Espessura maior ou igual a 20 cm; e


b) Conteúdo de P extraível (com solução Mehlich-1) ≥ 30 mg kg-1 de solo.

19
Horizonte A fraco

Horizonte mineral fracamente desenvolvido, seja pelo reduzido teor de coloides minerais ou
orgânicos, seja por condições ambientais adversas, como existe na zona semiárida do território
brasileiro. O horizonte A fraco é identificado pelas seguintes características:

a) cores muito claras (valor úmido ≥ 4 e seco ≥ 6), teores de C orgânico inferiores a 0,6% e
estrutura fraca ou em grãos simples ou maciça; ou
b) espessura < 5cm, não importando as condições de cor, estrutura e conteúdo de carbono
orgânico (todo horizonte superficial com menos de 5 cm de espessura é fraco).

Horizonte A moderado

É aquele horizonte que não se enquadra nos demais, com cor, ou estrutura, ou espessura que
não é suficiente para caracterizar um A chernozêmico, proeminente ou húmico, porém com estrutura e
teor de C orgânico que o difere do A fraco, não apresentando requisitos para A antrópico ou hístico.

20
3.2 Horizontes diagnósticos subsuperficiais
Assim como nos horizontes diagnósticos superficiais, os horizontes diagnósticos
subsuperficiais não dependem dos horizontes pedogênicos e podem incluir um ou mais deles. De
modo geral: os horizontes diagnósticos subsuperficiais tem seu limite superior no topo do horizonte B
ou BA.

Horizonte B textural

É um horizonte mineral subsuperficial formado principalmente por processo de eluviação-


iluviação (translocação de argila), mas também por outros processos (destruição da argila, perda por
erosão, formação in situ, etc), conteúdo de argila no B textural é sempre maior do que no A, podendo
ou não ser maior do que no BC ou no C. O horizonte B textural deve satisfazer as seguintes condições
de espessura:

- ter pelo menos 10% da soma das espessuras dos horizontes sobrejacentes e um mínimo de 7,5cm; ou
- ter 15 cm ou mais, quando A+B tiverem mais de 150 cm; ou
- ter 15 cm ou mais, se a textura do horizonte E ou A for areia franca ou areia; ou
- quando B textural é formado inteiramente de lamelas, estas somadas devem ter + de 15 cm; ou
- Se a textura for média ou argilosa o B textural deve ter espessura a >7,5 cm;

Além disso, o horizonte B textural deve apresentar um ou mais dos seguintes requisitos:

- presença de horizonte E acima do B (desde que não seja B espódico, plíntico ou plânico); ou
- mudança textural abrupta; ou
- maior teor de argila do horizonte B em relação ao horizonte A, de acordo com a seguinte relação
textural B/A (argila do Hz B dividido pela argila do Hz A):

- >1,5 se o teor de argila no A for >40 %;


- >1,7 se o teor no A for entre 40 e 15 %;
->1,8 se o teor no A for <15 %;

- para incrementos de argila menores do que acima, o horizonte B textural deve satisfazer a uma das
seguintes condições:

1) Solos com horizonte B de textura média e com ausência de macroagregados devem apresentar
argila iluvial, representada por cerosidade moderada sob forma de revestimentos nos grãos
individuais de areia, orientada de acordo com a superfície destes ou formando pontes que os
ligam;
2) Solos com horizonte B de textura média e com estrutura prismática e/ou em blocos de grau
moderado ou forte devem apresentar cerosidade no mínimo moderada em um ou mais sub-
horizontes da parte superior do B;
3) Solos com horizonte B de textura argilosa ou muito argilosa e com estrutura prismática e/ou
em blocos de grau moderado ou forte devem apresentar cerosidade no mínimo comum e fraca
ou pouca e moderada (não admitindo, portanto, cerosidade pouca e fraca) em um ou mais sub-
horizontes da parte superior do B;
4) Solos com relação textural B/A igual ou maior que 1,4, conjugada com presença de fragipã
dentro de 200 cm da superfície, desde que não satisfaça aos requisitos para B espódico.

Corresponde ao horizonte genético Bt

21
Horizonte B latossólico

É um horizonte mineral subsuperficial em estágio avançado de intemperização, resultado de


intensa dessilicação e lixiviação de bases, mostrando concentração residual de sesquióxidos, argilas do
tipo 1:1 e minerais resistentes ao intemperismo. Deve apresentar:

(a) índice ki < 2,2, indicando uma fração argila constituída por caulinita e óxidos de Fe e Al;
(b) CTC da fração argila < 17 cmolc kg-1 de argila;
(c) < 4 % de minerais intemperizáveis;
(d) textura franco arenosa ou mais fina e baixos teores de silte, com relação silte/argila < 0,7
nos solos de textura média e < 0,6 nos solos de textura argilosa;
(e) espessura ≥ 50cm;
(f) pequeno ou nenhum gradiente textural e pouca diferenciação entre os subhorizontes do B,
com transições difusas ou graduais;
(g) estrutura fraca, moderada ou forte, muito pequena ou pequena granular, ou em blocos
subangulares de grau fraco ou no máximo moderado;
(h) < 5 % do volume mostrando estrutura da rocha original ou de fragmentos semi ou pouco
intemperizados;
(i) cerosidade se presente, no máximo pouca e fraca;
(j) grande estabilidade de agregados, com grau de floculação próximo de 100 % (exceção BA).

Corresponde ao horizonte genético Bw

Horizonte B incipiente

É um horizonte mineral subsuperficial cuja alteração física e química não é muito avançada,
com no mínimo 10 cm de espessura. Deve apresentar desenvolvimento de unidades estruturais no solo
(agregados ou peds) e ausência da estrutura da rocha original, em 50% ou mais do seu volume.
Geralmente apresenta minerais primários facilmente intemperizáveis, argila de atividade mais elevada
(> 17 cmolc kg-1 de argila) e teores mais elevados de silte, indicando um relativo baixo grau de
intemperização.
O horizonte B incipiente pode apresentar características morfológicas semelhantes a um B
latossólico, diferindo-se por apresentar um ou mais dos seguintes requisitos:

- espessura menor do que 50 cm; e


- CTC da fração argila, sem correção de carbono, de 17 cmolc kg-1 de argila ou maior;
- 4% ou mais de minerais alteráveis na fração areia;
- relação molecular Si02/Al203 (Ki) na fração argila maior do que 2,2;
- 5% ou mais do volume do B tem estrutura da rocha original, como saprólito ou fragmentos
de rocha semi ou não intemperizada.

Corresponde ao horizonte genético Bi

Horizonte B nítico

É um horizonte não hidromórfico, com textura argilosa ou muito argilosa, sem incremento de
argila do horizonte A para o B, conferindo relação textural B/A sempre igual ou inferior a 1,5. Deve
apresentar superfícies reluzentes (shiny peds) descrita como cerosidade em quantidade e grau de
desenvolvimento no mínimo comum e moderado. A transição entre os sub-horizontes deve ser
gradual ou difusa, estrutura em blocos em grau forte ou moderada ou prismática com grau moderado
ou forte, que se individualiza em blocos também de grau moderado ou forte. Apresenta argila de
atividade baixa ou alta (desde que associada com o caráter alumínico). A espessura deve ser de 30 cm
ou mais, a não ser que o solo apresente contato lítico ou lítico fragmentário nos primeiros 50 cm a
partir da superfície, podem assim ter 15 cm ou mais de espessura.

Característico da classe dos Nitossolos


22
Horizonte B espódico

Horizonte mineral com espessura mínima de 2,5 cm, que apresenta acumulação iluvial de
matéria orgânica, acompanhada em maior ou menor grau por compostos amorfos de Al e/ou Fe
(complexos organo-metálicos - quelatos). Forma-se no processo de podzolização, favorecido em solos
arenosos com pH muito ácido, correspondendo aos horizontes genéticos Bh, Bs ou Bhs, em que:

Bs – é caracterizado pela acumulação (iluviação) de material amorfo de alumínio e ferro combinados


com baixos conteúdos de matéria orgânica iluvial. Suas cores geralmente estão centradas nos matizes
5YR, 7,5YR ou 10YR, com valor 4 ou 5 (no máximo 6) e croma variando de 4 a 8;

Bhs – é identificado pelo acúmulo expressivo de matéria orgânica iluvial combinada com compostos
de alumínio e ferro, que podem estar distribuídos em faixas ou como mosqueados, aglomerados ou
estrias, formando padrões heterogêneos no horizonte. Horizontes Bhs contêm quantidades
significativas de ferro e alumínio extraíveis por oxalato (Feo e Alo). Em geral, os horizontes
identificados como Bhs têm matizes variando de 2,5YR a 10YR, valor/croma de 3/4, 3/6, 4/3 ou 4/4;

Bh – é caracterizado pelo acúmulo iluvial de complexos matéria orgânica-alumínio, com pouca ou


nenhuma evidência de ferro. O horizonte é relativamente uniforme lateralmente. Dominam, nos
horizontes identificados como Bh, cores escuras, com valor < 4 e croma < 3.

Quando ocorre o O horizonte B espódico ocorre cimentado de forma contínua ou praticamente


contínua, este é denominado de ortstein (Bsm, Bhsm ou Bhm).

É característico dos Espodossolos

Horizonte B plânico

É um tipo especial de horizonte B textural com mudança textural abrupta e permeabilidade


lenta ou muita lenta, indicada por cores acinzentadas ou escurecidas, podendo ou não possuir cores
neutras de redução ou mosqueados. Apresenta estrutura prismática, colunar ou em blocos angulares e
subangulares grandes ou médios e, às vezes, estrutura maciça, permeabilidade lenta ou muito lenta.
São horizontes geralmente constatados em solos hidromórficos, podendo ocorrer em áreas de relevo
plano ou suavemente ondulado.

As cores do horizonte plânico devem atender pelo menos um dos seguintes requisitos:

a) Cor da matriz (com ou sem mosqueado): Matiz 10YR ou mais amarelo, cromas ≤ 3 ou
excepcionalmente 4; ou Matizes 7,5YR ou 5YR, cromas ≤ 2;
b) Coloração variegada com pelo menos uma cor apresentando matiz e croma conforme
especificado no item (a) ou
c) Solos com matiz 10YR ou mais amarelo, cromas ≥ 4, combinado com mosqueado de
croma conforme especificado no item (a).

Para fins taxonômicos, o horizonte B plânico tem precedência diagnóstica sobre o


horizonte glei, e perde em precedência para o horizonte plíntico.

É característico dos Planossolos

23
Horizonte álbico

Caracteriza-se por cores claras, descoradas, resultantes da intensa remoção de argila, matéria
orgânica e óxidos de ferro (eluviação). Comumente apresenta-se entre o horizonte A e um B textural,
espódico ou plíntico, correspondendo ao horizonte E (eluvial).
Este horizonte deve apresentar no minimo 1,0 cm de espessura e cores que atendam a uma das
seguintes exigências;
- Valor igual ou maior do que 6 (úmido) e croma menor ou igual a 3 (úmido); ou
- Valor igual ou maior do que 7 (seco) e croma menor ou igual a 3 (seco); ou
- Valor igual ou maior do que 4 (úmido), valor no no solo seco igual ou maior a 5 e croma
menor ou igual a dois (úmido)
- Valor igual ou maior do que 3 (úmido), valor no solo seco igual ou maior a 6 e croma no solo
úmido menor ou igual a 2.

Horizonte plíntico

Caracteriza-se pela presença de 15 % ou mais de plintita em uma espessura mínima de 15 cm.


É designado pelo sufixo f, comumente Bf e Cf. A coloração é usualmente variegada, com
predominância de cores avermelhadas, bruno-amareladas, amarelo-brunadas, acinzentadas e
esbranquiçadas. A textura é francoarenosa ou mais fina. A estrutura é variável, pode ser maciça ou em
forma de blocos fraca ou moderadamente desenvolvida, ocorrendo também estrutura prismática
composta de blocos. O horizonte composto por petroplintita em forma contínua ou praticamente
contínua é chamado de horizonte litoplíntico.

É característico dos Plintossolos

Horizonte concrecionário

Horizonte constituído de 50 % ou mais, por volume, de material grosseiro com predomínio de


petroplinfita, do tipo nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de
textura variada ou matriz de material mais grosseiro, com espessura mínima de 30 cm, identificado
como horizonte Ac, Ec. Bc ou Cc.
O horizonte concrecionário, para ser diagnóstico, deve apresentar no mínimo 30 cm de
espessura. Quando um mesmo horizonte satisfizer, coincidentemente, os requisitos para horizonte
concrecionário e para qualquer um dos seguintes horizontes: B textura'. B latossólico. B nítico, B
incipiente, horizonte B plânico (excetuando B plânico de caráter sódico), horizonte glei ou qualquer
tipo de horizonte A, será a ele conferida precedência taxonomica.

Horizonte litoplíntico

O horizonte litoplintico é constituído por petroplintita contínua ou praticamente contínua. Este


horizonte pode englobar uma seção do perfil muito fraturada, mas que existe predomínio de blocos de
petroplintita com tamanho mínimo de 20 cm, ou as fendas que aparecem são poucas e separadas umas
das outras por 10 cm ou mais.
Para ser diagnóstico, o horizonte litoplíntico deve ter uma espessura de 10cm ou mais
Este horizonte constitui um sério impedimento para penetração das raizes e da água.
O horizonte litoplintico difere de um horizonte B espódico cimentado (ortstein) por conter
pouca ou nenhuma matéria orgânica.

24
Horizonte glei

Horizonte mineral com espessura de 15 cm ou mais, caracterizado por redução de ferro em


todo o horizonte ou em parte, devido, principalmente, a saturação com água do lençol freático. Possui
cores neutras (matiz N) ou quase neutras (croma ≤1, para qualquer matiz se valor for <4, ou croma ≤2
para valores ≥4, admitindo croma 3 com matiz 10YR ou mais amarelo se este diminuir no horizonte
seguinte), cinzento-oliváceas, esverdeadas ou azuladas. Se ocorrer a presença de plintita, o teor deve
ser menor que 15 %.

Recebe a notação g, comumente Bg e Cg

Horizonte cálcico

Mostra acumulação secundária de carbonato de Ca (e Mg). Deve possuir no mínimo 15cm de


espessura, conter 15 % ou mais de CaCO3 equivalente e exceder em no mínimo 5 % o contido no
horizonte C ou no material de origem. Se o horizonte cálcico tornar-se irreversivelmente maciço e
duro, com seus fragmentos não mais se desmanchando quando imersos em água, passa a chamar-se de
petrocálcico.

Horizonte petrocálcico

Com o enriquecimento em carbonatos, o horizonte cálcico tende progressivamente a se tornar


obturado com carbonatos e cimentado, formando horizonte contínuo, endurecido, maciço, que passa a
ser reconhecido como horizonte petrocálcico.

Horizonte sulfúrico

É um horizonte mineral ou orgânico que possui 15 cm ou mais de espessura, apresenta pH <


3,5 (1:2,5; solo/água) decorrente da oxidação de sulfetos (em geral pirita) e formação de ácido
sulfúrico. Além disso, de possuir concentração de jarosita (sulfato de Fe), que forma mosqueados
amarelos no matiz 2,5Y ou mais amarelo, presença de materiais sulfídricos subjacentes ou 0,05% ou
mais de sulfato solúvel em água.

Horizonte vértico

Horizonte mineral subsuperficial que devido à expansão e contração das argilas 2:1, apresenta
superfícies de fricção (slickensides) em quantidade no mínimo comum, e/ou unidades estruturais
cuneiformes. Apresenta textura argilosa ou muito argilosa, ou ainda média com no mínimo 30% de
argila, e feições pedológicas típicas advindas da presença expressiva de argilas expansivas
(slickensides no mínimo comuns, fendas com 1cm ou mais de largura quando seco e superfícies
inclinadas em relação à horizontal).
O horizonte vértico tem precedência diagnostica sobre os horizontes B incipiente, B
nítico e glei.

Pode coincidir com horizonte AC, B (Bi ou Bt) e C.

25
Fragipã

É um horizonte normalmente de textura média, presente em 50 % ou mais do volume de outro


horizonte, apresentando baixo conteúdo de matéria orgânica, que quando seco é muito duro a
extremamente duro e com aparência de cimentado, virtualmente não perfurável com o trado.
Entretanto, quando úmido diminui a rigidez, rompendo-se subitamente sob pressão, esboroando-se em
curto espaço de tempo (± 2 horas).

Duripã

Horizonte mineral subsuperficial, apresenta grau variável de cimentação por sílica e podendo
ainda conter óxido de ferro e carbonato de cálcio, contínuo ou presente em 50% ou mais do volume de
outro horizonte. Após prolongado umedecimento apresenta consistência firme ou extremamente firme,
sendo sempre quebradiço.

26
4. SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO
DE SOLOS (SiBCS)
O sistema brasileiro de classificação de solos (SiBCS) é um sistema aberto, hierárquico e que
ainda está em construção. A primeira edição do SiBCS foi publicado em 1999, a sua segunda edição
em 2006, a terceira em 2013, a quarta em 2014 e a última versão revisada e ampliada em 2018, tem
como coordenador geral o CNPS (Centro Nacional de Pesquisa do Solo – EMBRAPA Solos) com a
participação de grupos organizados e atuantes em nível interinstitucional abrangendo as diversas
regiões do Brasil, sejam de universidades, órgãos de pesquisa e instituições privadas que tem
trabalhado com levantamento de solos.
O SiBCS é um sistema natural ou taxonômico, ou seja, considera propriedades e
características morfológicas resultantes dos processos pedogenéticos para a organização do solo em
diferentes níveis hierárquicos.

A classificação de um solo é realizada partindo do geral para o específico. A estrutura do


SiBCS consiste de 6 níveis categóricos, descritos a seguir:

1° nível categórico — Ordens


São relacionadas 13 ordens que são identificadas por atributos e horizontes diagnósticos.

ex. Argissolo

2° nível categórico — Subordens


São subdivisões das ordens e relaciona características que representam processos secundáruios na
formação dos solos.
ex. Argissolo Vermelho

3° nível categórico — Grandes grupos


São subdivisões das subordens, de acordo com a morfologia, características químicas ou físicas.

ex. Argissolo Vermelho distrófico

4° nível categórico — Subgrupos


São subdivisões dos grandes grupos e estão relacionados a variações em relação ao conceito central.

ex. Argissolo Vermelho distrófico arênico

5° nível categórico — Famílias


São subdivisões dos subgrupos baseados em propriedades que refletem condições ambientais do solo
(em desenvolvimento).
6° nível categórico - Séries
São subdivisões das famílias e deverao ser estabelecidas em relação ao desenvolvimento das plantas.
As séries facilitam as interpretações quantitativas sobre uso e manejo dos solos, seja agrícola ou não
agrícola (em desenvolvimento).

Grafia do SiBCS

Segundo o Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 8, n. 2, maio -


agosto de 2003, página 26, a indicação do comitê responsável pelo Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos. Os 1° e os 2o níveis categóricos devem ser grafados com a inicial maiúscula e as demais
letras minúsculas, enquanto os demais níveis categóricos devem ser grafados em letras minúsculas,
conforme exemplo abaixo.

Ex: ARGISSOLO VERMELHO Distrófico típico


1o NC 2° NC 3°NC 4°NC

27
Chave para identificação das classes de solos
Considerar a prevalência dos horizontes, assim, se na chave aparecer solo com horizonte B
textural implica que o mesmo não é coincidente com horizonte glei ou plíntico, pois ambos têm
precedência sobre ele, ou se aparecer solo com horizonte plânico de caráter solódico implica que o
horizonte B pode ser coincidente com plintico, glei e assim por diante:
Considerar que o primeiro horizonte diagnóstico de subsuperficie a contar da superfície, tem
prevalência sobre os outros que possam ocorrer. Por exemplo, nas classes Argissolos e Nitossolos, é
comum ocorrer abaixo do horizonte B textural e do B nítico respectivamente o horizonte B latossólico.
Este, quando siituado após aquêles, não tem significado taxonômico no primeiro nível categórico, não
obstante possa ser utilizado como discriminante em níveis categóricos mais baixos.

CHAVE PARA AS ORDENS

No 1° nível categórico (ordem) os solos são classificados de acordo com a seguinte sequência:

Solos que apresentam horizonte hístico (H ou O) que atenda a um dos seguintes critérios de
espessuras:
- 20cm ou mais, quando sobrejacente a um contato lítico, lítico fragmentário ou fragmentos de
rocha, cascalhos (90% ou mais em volume); ou
- 40 cm ou mais de espessura, contínuo ou cumulativo nos primeiros 80 cm da superfície do
solo; ou
- 60 cm ou mais se 75 % (expresso em volume) ou mais do horizonte for constituído de tecido
vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes finas, cascas de árvores etc., excluindo partes
vivas;
- ORGANOSSOLOS

- outros solos sem horizonte B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos:


- ausência de horizonte glei dentro de 50 cm da superfície do solo, exceto no caso de solos de textura
areia e areia franca;
- ausência de horizonte plíntico dentro de 40 cm da superfície do solo;
- ausência de horizonte vértico imediatamente abaixo do horizonte A;
- A chernozêmico, se presente, não deve estar conjugado com o caráter carbonático e/ou horizonte
cálcico. - NEOSSOLOS

- outros solos com relação textural insuficiente para identificar um horizonte B textural e que
apresentam horizonte vértico iniciando dentro de 100 cm de profundidade e satisfazendo os seguintes
requisitos:

- nos 20 cm superficiais, após misturados, teor de argila de, no mínimo, 30 %;


- fendas verticais no período seco com pelo menos 1 cm de largura, atingindo, no mínimo, 50 cm de
profundidade, exceto nos solos rasos, nos quais a profundidade é de 30 cm:
- ausência de material com contato lítico ou lítico fragmentário, horizonte petrocálcico ou duripã
dentro dos primeiros 30 cm de profundidade;
- em áreas irrigadas ou mal drenadas (sem fendas aparentes), o coeficiente de expansão linear (COLE)
do solo deve ser igual ou superior a 0,06. VERTISSOLOS

- outros solos que apresentam horizonte B espódico imediatamente abaixo do horizonte A ou E.


ESPODOSSOLOS

- outros solos apresentando horizonte B plânico, não coincidente com horizonte plíntico,
imediatamente abaixo de horizonte A ou E. - PLANOSSOLOS

28
- outros solos, apresentando horizonte glei, iniciando dentro de 50 cm a partir da superfície ou a
profundidade maior que 50 cm e menor ou igual a 150 cm desde que imediatamente subjacente ao
horizonte A ou E ou horizonte hístico com menos de 40 cm, sem a presença de horizonte plíntico,
horizonte concrecionário ou horizonte litoplíntico dentro de 200 cm da superfície do solo.
GLEISSOLOS

- outros solos que apresentam horizonte B latossólico imediatamente abaixo do horizonte A.


LATOSSOLOS

- outros solos que apresentam horizonte A chernozêmico seguido de: horizonte B incipiente ou B
textural ou B nítico, ambos com argila de atividade alta e saturação por bases alta, ou de horizonte B
incipiente < 10 cm de espessura ou horizonte C, ambos cálcicos ou carbonáticos: ou apresentando
horizonte cálcico ou caráter carbonático no horizonte A, seguido de um contato lítico ou lítico
fragmentário. CHERNOSSOLOS

- outros solos que apresentam horizonte B incipiente imediatamente abaixo do norizonte A ou de


horizonte hístico com espessura inferior a 40 cm e plintita e petroplintita, se presentes, que não
satisfaçam aos requisitos para Plintossolos. CAMBISSOLOS

- outros solos que apresentam horizonte plíntico, não coincidente com horizonte plânico de caráter
sódico ou horizonte litoplíntico ou horizonte concrecionário, todos iniciando nas seguintes
profundidades:
- 40 cm a partir da superfície: ou
- dentro de 200 cm da superfície do solo se precedido de um horizonte glei, horizonte A ou E ou de
outro horizonte que apresente cores pálidas, variegadas ou com mosqueados. PLINTOSSOLOS

- outros solos apresentando horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta
na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA), imediatamente abaixo do
horizonte A ou E. LUVISSOLOS

- outros solos que apresentam 350 g kg-1 ou mais de argila, incluvive no Hz A, com horizonte B nítico
e com argila de atividade baixa ou atividade alta desde que conjugada com caráter alumínico.
NITOSSOLOS

- outros solos apresentando horizonte B textural. ARGISSOLOS

Após achar a ordem, deve-se encontrar a subordem. Para isso é necessário utilizar as chaves
disponíveis nas páginas seguintes deste capítulo.

29
Tabela resumo para o 3º nível categórico
Atributo... Quando apresentarem...
ácricos caráter ácrico dentro de 150 cm da superfície do solo.
ácricos (Plin) caráter ácrico na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B ou C.
caráter ácrico dentro de 150 cm da superfície do solo e teores de Fe2O3 de 18% a •
acriférricos
36% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA).
alumínicos caráter alumínico na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA).
caráter alumínico na maior parte dos Hzs B e/ou C (inclusive BA ou CA) dentro
alumínicos (Glei)
de 100 cm da superfície do solo.
caráter alumínico na maior parte do Hz B dentro de 120 cm a partir da superfície
alumínicos (Plan) do solo. Quando o Hz B ocorrer abaixo de 120 com considerar a maior parte dos
100 cm do Hz B.
alumínicos (Plin) caráter alumínico na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B ou C.
alto teor de Al extraível (Al3+≥ 4 cmolcKg-1) e teor de Fe2O3 de 18 a 36% na maior
aluminoférricos
parte dos primeiros 100 cm do Hz B, inclusive BA.
aluminoférricos caráter alumínico solo e teores de Fe2O3 de 18% a • 36% na maior parte dos
(Lat) primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA).
aluminoférricos caráter alumínico e teores de Fe2O3 de 15 a < 36% na maior parte dos primeiros
(Nit) 100 cm do Hz B (inclusive BA).
caráter carbonático ou Hz cálcico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da
carbonáticos
superfície do solo.
carbonáticos caráter carbonático ou Hz cálcico em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da
(Cher, Luv, Vert) superfície do solo.
carbonáticos caráter carbonático em um ou mais horizontes na maior parte dos primeiros 100
(Glei) cm a partir da superfície do solo.
carbonáticos
caráter carbonático na maior parte dos primeiros 120 cm a partir da superfície do
(Plan e Neo
solo.
flúvico)
carbonáticos
caráter carbonático no Hz A e/ou no C, sem Hz A chernozêmico.
(Neo litólico)
chernossólicos Hz A chermozêmico e ausência de carbonatos.
concrecinários Hz concrecinário em posição diagnóstica.
V% < 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA) e caráter
distrocoesos
coeso na maior parte dos primeiros 150 cm do Hz B (inclusive BA).
V% • 50 e teores de Fe2O3 de 18% a • 36% na maior parte dos primeiros 100 cm
distroférricos
do horizonte B (inclusive BA).
distroférricos V% • 50 e teores de Fe2O3 de 15% a • 36% na maior parte dos primeiros 100 cm
(Nit) do horizonte B (inclusive BA).
distróficos V%< 50 na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA)
distróficos (Plin) V%< 50 na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B ou C.
V% baixa (<50%) na maior parte do Hz C (inclusive CA) dentro de 120 cm a
distróficos (Neo)
partir da superficie.
V% baixa (<50%) na maior parte do Hz B dentro de 120 cm a partir da superfície
distróficos (Pla) do solo. Quando o Hz B ocorrer abaixo de 120 com considerar a maior parte dos
100 cm do Hz B.
solos com caráter êutrico na maior parte dos horizontes e/ou camadas dentro de
êutricos
100 cm a partir da sua superfície.
caráter coeso e eutrófico, na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B
eutrocoesos
(inclusive BA).
V ≥ 50% e teores de Fe2O3 de 18 a < 36% na maior parte dos primeiros 100 cm
eutroférricos
do horizonte B (inclusive BA).
eutroférricos V ≥ 50% e teores de Fe2O3 de 15 a 36% na maior parte dos primeiros 100 cm do
(Nit) horizonte B (inclusive BA).

30
eutróficos V ≥ 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
eutróficos (Plin) V ≥ 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B ou C.
V% ≥ 50 na maior parte do Hz C (inclusive CA) dentro de 120 cm a partir da
eutróficos (Neo)
superficie.
V% ≥ 50 na maior parte do Hz B dentro de 120 cm a partir da superfície do solo.
eutróficos (Pla) Quando o Hz B ocorrer abaixo de 120 com considerar a maior parte dos 100 cm
do Hz B.
solos com horizonte litoplíntico ocorrendo à profundidade maior ou igual a 40 cm
êndicos
a partir da sua superfície.
teor de Fe2O3 ≥ 18% na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B
férricos
(inclusive BA).
material orgânico constituído predominantemente de fibras (>40%), pouco
fíbricos
decomposto até uma profundidade de 100 cm.
material orgânico parcialmente alterado, em estágio de decomposição
hêmicos
intermediário (entre 17% a 40%)até uma profundidade de 100 cm.
saturados com água dentro de 100 cm da superfície do solo, durante algum tempo
hidromórficos na maioria dos anos e que apresentam horizonte hístico e/ou Hz Eg, ou áreas de
(Esp) acumulação de Mn no Hz E ou no B espódico, dentro de 100 cm da superfície do
solo.
Hz H, com saturação permanente com água dentro de 50 cm da superfície do solo.
Lençol freático dentro de 150 cm da superfície do solo, durante a época seca.
Presença do lençol freático dentro de 50 cm de profundidade e que satisfaça um
ou mais dos seguintes requisitos:
- croma zero
- matiz 10YR ou mais vermelho com valor (úmido) de 4 ou maior e croma 1
hidromórficos - matiz 10YR ou mais vermelho com croma 2 ou menor e presença de
(Neo) mosqueados
- matiz 2,5Y ou mais amarelo com croma 3 ou menor com presença de
mosqueados
- matiz 2,5Y ou mais amarelo e croma 1 ou menor
- matizes 5GY ou 5G ou 5BG
- presença de ferro reduzido em quantidade capaz de desenvolver uma cor
vermelha intensa na presença de indicador químico.
Hz B espódico após 200 cm da superfície do solo e que permaneçam saturados
hidro- com água dentro de 100 cm da superfície durante algum tempo na maioria dos
hiperespesso anos e que apresentam horizonte hístico e/ou Hz Eg, ou áreas de acumulação de
Mn no Hz E ou no B espódico, dentro de 100 cm da superfície do solo.
hiperespessos Hz B espódico após 200 cm da superfície do solo
hísticos Hz O com menos de 40 cm de espessura.
Hz hístico sobre contato lítico, com espessura deste Hz menor que 20 cm,
hísticos (Neo) admitindo-se menos de 40 cm quando 50% ou mais do material orgânico é
constituído por tecido vegetal parcialmente decomposto.
húmicos Hz A húmico.
líticos contato lítico dentro de 50 cm da superfície do solo.
litoplínticos Hz litoplíntico em posição diagnóstica.
solos com textura francoarenosa ou mais fina em um ou mais horizontes desde a
mésicos sua superfície até o início do horizonte B plânico, que ocorre no mínimo a 50 cm
e no máximo a 100 cm de profundidade.
órticos não se enquadrarem na classe anterior.
pálicos soma dos horizontes A + B (exceto BC) • 80 cm.
atividade de argila baixa e teor de Fe2O3 for ≥ 36% na maior parte dos primeiros
perférricos
100 cm do Hz B, inclusive BA.
V% • 50 e teores de Fe2O3 ≥ 36% na maior na maior parte dos primeiros 100 cm
perférricos (Lat)
do horizonte B (inclusive BA).
petrocálcicos solos com horizontes petrocálcico

31
textura arenosa (< 15% argila) em todos horizontes dentro de 150 cm da
superfície do solo, admitindo textura média (classe francoarenosa), e ausência de
saprolito (horizonte ou camada Cr e/o Cr/R) dentro de 50 cm a partir da sua
psamíticos (Neo)
superfície. Apresentam 4% ou mais de minerais alteráveis na fração areia total,
mas referida a fração TFSA. Cores claras ou esbranquiçadas são típicas desses
solos.
sálicos caráter sálico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
sálicos (Vert) caráter sálico em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do solo.
sálicos (Neo) caráter sálico dentro de 100 cm da superfície do solo.
material orgânico em avançado estágio de decomposição (fibras < 17%) até uma
sápricos
profundidade de 100 cm.
saprolíticos não se encaixam na classe anterior.
sódicos caráter sódico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
sódicos (Glei,
caráter sódico dentro de 100 cm da superfície do solo.
Ver)
sódicos (Neo) caráter sódico dentro de 120 cm da superfície do solo.
Ta alumínicos argila de atividade alta e caráter alumínico na maior parte dos primeiros 100 cm
(Arg) do horizonte B (inclusive BA)
Ta alumínicos argila de atividade alta e caráter alumínico na maior parte dos primeiros 120 cm
(Glei) da s0uperfície do solo.
argila de atividade alta e caráter carbonático na maior parte dos primeiros 120 cm
Ta carbonáticos
da superfície do solo.
atividade de argila alta e V • 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B
Ta distróficos
(inclusive BA).
Ta distróficos argila de atividade alta e V% • 50 na maior parte dos primeiros 120 cm da
(Neo) superfície do solo.
Ta distróficos argila de atividade alta e V% • 50 na maior parte dos Hzs B e/ou C (inclusive BA
(Glei) ou CA) dentro de 100 cm da superfície do solo.
Ta eutróficos atividade de argila alta e V ≥ 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B,
(Cam) inclusive BA.
Ta eutróficos atividade de argila alta e V ≥ 50% na maior parte do Hz C (inclusive CA) dentro
(Neo) de 120 cm a partir da superficie.
Ta eutróficos argila de atividade alta e V% ≥ 50 na maior parte dos Hzs B e/ou C (inclusive BA
(Glei) ou CA) dentro de 100 cm da superfície do solo.
atividade de argila alta e V% ≥ 50 e teor de Fe2O3 de 18 a menos de 36% na
Ta eutroférricos
maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA.
Tb distróficos atividade de argila baixa e V • 50% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B,
(Cam, Glei) inclusive BA.
Tb distróficos argila de atividade baixa e V% • 50 na maior parte do Hz C (inclusive CA) dentro
(Neo) de 120 cm a partir da superficie.
atividade de argila baixa, V menor que 50% e teor de Fe2O3 de 18 a menos de
Tb distroférricos
36% na maior parte dos primeiros 100 cm do Hz B (inclusive BA).
Tb eutróficos atividade de argila baixa e V ≥ 50% na maior parte dos Hzs B e/ou C (inclusive
(Cam, Glei) BA ou CA) dentro de 100 cm da superfície do solo.
Tb eutróficos argila de atividade baixa e V% ≥ 50 na maior parte do Hz C (inclusive CA) dentro
(Neo) de 120 cm a partir da superficie.
atividade de argila baixa e V ≥ 50% e teor de Fe2O3 de 18 a menos de 36% na
Tb eutroférricos
maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B, inclusive BA.
solos que apresentam horizontes e/ou camadas constituídos por materiais minerais
térricos (horizonte A, Ag, Big e/ou Cg), com espessura (contínua ou cumulativa) > 30 cm,
dentro de 100 cm a partir da superfície do solo.

32
Tabela resumo: 4º nível categórico
Atributo... Quando apresentarem...
abrúpticos mudança textural abrupta.
abrúpticos
mudança textural abrupta e com Hz A chernozêmico.
chernossólicos
mudança textural abrupta e caráter dúrico dentro de 150 cm da superfície do
abrúpticos dúricos
solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e caráter espódico dentro de 150 cm da superfície do
espodossólicos solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e fragipã em um ou mais horizontes dentro de 150 cm
fragipânicos da superfície do solo.
abrúpticos
mudança textural abrupta, fragipã em um ou mais horizontes e caráter espódico
fragipânicos
dentro de 150 cm da superfície do solo.
espodossólicos
mudança textural abrupta e contato lítico entre 50 e 100 cm da superfície do
abrúpticos lépticos
solo.
mudança textural abrupta e caráter concrecionário e/ou litoplíntico ou horizontes
abrúpticos
concrecionário e/ou litoplíntico em posição não diagnóstica para Plintossolo
petroplínticos
Pétrico, dentro de 150 cm da superfície do solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e caráter ou horizonte plânico dentro de 150 cm da
planossólicos superfície do solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e caráter plíntico dentro de 150 cm da superfície do
plintossólicos solo ou com horizonte plíntico em posição não diagnóstica para Plintossolo.
abrúpticos mudança textural abrupta, caráter ou horizonte plíntico (em posição não
plintossólicos diagnóstica para Plintossolo) e caráter solódico em um ou mais horizontes,
solódicos dentro de 150 cm da superfície do solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e com horizonte Cr dentro de 100 cm da superfície do
saprolíticos solo e sem contato lítico até 150 cm a superfície do solo.
abrúpticos mudança textural abrupta e caráter solódico em um ou mais horizontes, dentro
solódicos de 150 cm da superfície do solo.
solos resultantes da atividade humana como mineração da superfície do solo,
antrópicos construção de estradas, dragagens e outras operações que envolvam movimento
de solo para fins não agrícolas.
antrópicos (Lat e
Hz A antrópico.
Arg)
textura arenosa desde a superfície do solo até no mínimo 50 cm e no máximo
arênicos
100 cm de profundidade.
textura arenosa desde a superfície do solo até o início do Hz B plânico, que
arênicos (Pla)
ocorre no mínimo 50 cm e no máximo 100 cm de profundidade.
textura arenosa da superfície até o topo do horizonte B espódico, que ocorre
arênicos (Esp)
entre 50 e 100cm de profundidade.
textura arenosa desde a superfície do solo até no mínimo 50 cm e no máximo
arênicos (Luv)
100 cm de profundidade.
textura arenosa desde a superfície até o início do horizonte B litoplíntico, que
arênicos (Plin)
deve iniciar entre 50 e 100 cm de profundidade.
mudança textural abrupta e textura arenosa desde a superfície até um mínimo de
arênicos abrúpticos
50 cm e máximo 100 cm de profundidade.
textura arenosa desde a superfície do solo até um mínimo de 50 cm e máximo de
arênicos êutricos
100 cm de espessura e caráter êutrico dentro de 100 cm da superfície do solo.
textura arenosa desde a superfície até no mínimo 50 cm e no máximo 100cm de
arênicos
profundidade e com fragipã em um ou mais horizontes, dentro de 200 cm da
fragipânicos
superfície do solo.
argissólicos (Glei) caráter argilúvico dentro de 100 cm da superfície do solo.
argissólicos (Lat) Hz Bt ou Bw intermediário para o Bt, com estrutura em blocos, fraca ou
33
moderada e/ou cerosidade pouca e moderada, ambos abaixo do B latossólico e
dentro de 200 cm da superfície do solo.
dentro de 150 cm da superficie horizonte E sem escurecimento nos horizontes
ou camadas abaixo do A por M.O. e Fe; ou lamelas de textura franco-arenosa ou
argissólicos (Neo)
mais fina com espessura menor que 15 cm não caracterizando o Hz Bt.

Bt dentro de 200 cm as superfície do solo, coincidente ou não com o horizonte


argissólicos (Plin)
concrecionário.
cambissólicos
Hz B incipiente, coincidente com o Glei.
(Glei)
materiais primários alteráveis visíveis no perfil a olho nu com o auxilio de uma
lente de 10X, e/ou fragmentos de rocha no Hz B em porcentagens inferiores aos
cambissólicos (Lat
limites para definir como B câmbico e/ou relação silte/argila < 0,7e > 0,6 em
e Arg)
solos de textura média e <0,6 e >0,5 nos solos argilosos, dentro de 200 cm da
superfície do solo.
materiais primários alteráveis visíveis no perfil a olho nu com o auxilio de uma
lente de 10X, e/ou fragmentos de rocha no Hz B em porcentagens inferiores aos
cambissólicos
limites para definir como B câmbico, dentro de 100 cm da superfície do solo; ou
(Luv)
com percentuais ≥ 4% de minerais primários alteráveis e/ou 5% ou + de
fragmentos de rocha abaixo de 100 cm, mas dentro de 150 cm de profundidade.
cambissólicos Hz incipiente dentro de 200 cm da superfície do solo, coincidente ou não com
(Plin) horizonte concrecionário.
cambissólicos
Hz incipiente abaixo do Hz hístico.
(Org)
Chernossólicos horizonte A chernozêmico e argila de atividade ≥ 20 cmolc kg-1 de argila na
(Arg) maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
chernossólicos Hz A chernozêmico e horizonte vértico e/ou características vérticas dentro de
vérticos 120 cm da superfície do solo.
carbonáticos caráter carbonático ou Hz cálcico dentro 100 cm da superfície do solo.
carbonáticos (Neo) caráter carbonático dentro 150 cm da superfície do solo.
carbonáticos (Org) caráter carbonático em um ou mais Hzs dentro 100 cm da superfície do solo.
carbonáticos (Plan) caráter carbonático em um ou mais Hzs dentro 120 cm da superfície do solo.
dúricos caráter dúrico dentro de 150 cm da superfície do solo.
dúricos (Esp) caráter dúrico dentro de 100 cm da superfície do solo.
dúricos (Plan) caráter dúrico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
textura franco-arenosa ou mais fina até o início do Hz B plânico, que ocorre no
êndicos (Plan)
mínimo a 50 e no máximo a 100 cm.
êndicos (Plin) Hz concrecionário ocorrendo a profundidade igual ou maior que 40 cm.
epirredóxicos caráter redóxico dentro de 50 cm de profundidade.
endorredóxicos caráter redóxico entre de 50 e 150 cm de profundidade.
endorredóxicos
caráter redóxico entre de 50 e 120 cm de profundidade.
(Cher)
textura arenosa (< 15% argila) até uma profundidade superior a 100 e menor ou
espessarênicos
igual a 200 cm.
espessarênicos textura arenosa (< 15% argila) desde a superfície até o topo do Hz B espódico,
(Esp) que iniciar a mais de 100 cm de profundidade.
espessarênicos textura arenosa (< 15% argila) desde a superfície até uma profundidade superior
(Plan) a 100 cm.
espessarênicos textura arenosa (< 15% argila) desde a superfície até o início do Hz plíntico, que
(Plin) ocorre a mais de 100 cm de profundidade.
espessarênicos mudança textural abrupta e textura arenosa (< 15% argila) desde a superfície até
abrupticos uma profundidade superior a 100 cm.
textura arenosa (< 15% argila) da superfície até o topo do Hz B espódico, que
espessarênicos
ocorre a mais de 120 cm de profundidade, apresenta ainda caráter solódico em
solódicos
um ou mais horizontes até 120 cm.

34
espessos (Plin) Hz plíntico iniciando-se entre 100 cm e 200 cm da superfície do solo.
espesso-húmicos horizonte A húmico e conteúdo de carbono maior ou igual a 10 g kg-1 até 80 cm
(Arg, Lat) ou mais de profundidade.
textura franco-arenosa ou mais fina até o início do Hz B plânico, que ocorre a
espessos (Pla)
uma profundidade superior a 100 cm.
espodossólicos caráter espódico dentro de 150 cm da superfície do solo.
espodossólicos
caráter espódico dentro de 50 cm da superfície do solo ou até o contato lítico.
(Neo)
êutricos caráter êutrico na maior parte dos 100 cm da superfície do solo.
caráter êutrico na maior parte dos Hzs ou camdas dentro de 100 cm da
êutricos (Neo)
superfície.
êutricos (Plin) caráter êutrico na maior parte dos primeiros 100 cm da superfície.
fragipânicos fragipã em um ou mais horizontes dentro de 150 cm da superfície do solo.
fragipânicos fragipã em um ou mais horizontes dentro de 150 cm da superfície do solo e com
solódicos caráter solódico dentro de 100 cm de profundidade.
fragipânicos (Esp) fragipã dentro de 100 cm da superfície do solo.
fragipânicos
fragipã e caráter espódico dentro de 150 cm da superfície do solo.
espodossólicos
fragipânicos
fragipã e horizonte plácico dentro de 150 cm da superfície do solo.
plácicos
fragipânicos fragipã com caráter plânico ou horizonte B plânico em posição não diagnostica
planossólicos para Planossolos dentro de 150 cm da superfície do solo.
fragipânicos fragipã e caráter plíntico dentro de 150 cm da superfície do solo ou horizonte
plintossólicos plíntico em posição não diagnóstica para Plintossolo.
fragmentários contato lítico fragmentário.
Hz glei ou mosqueados de redução e oxidação dentro de 100 cm da superfície
gleicos
do solo.
Hz glei em posição não diagnóstica para Gleissolos dentro de 150 cm a partir da
gleissólico (Arg)
sua superfície.
gleissólico (Cam) Hz glei em posição não diagnóstica dentro de 120 cm da superfície do solo.
gleissólicos (Neo) Hz glei dentro de 150 cm da superfície do dolo.
Hz glei coincidente ou abaixo de B plânico, dentro de 120 cm da superfície do
gleissólicos (Plan)
solo.
Hz glei em posição não diagnóstica ou mosqueados de oxidação e redução,
gleissólicos (Ver)
dentro de 100 cm da superfície do solo.
gleissólicos (Plin) Hz glei em posição não diagnóstica dentro de 200 cm de profundidade.
solos que permanecem saturados com água em um ou mais Hzs dentro de 100
hidromórficos
cm da superfície durante algum tempo na maioria dos anos
Hz B espódico após 200 cm de profundidade, que permanecem saturados com
hidro-
água em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da sua superfície durante algum
hiperespessos
tempo na maioria dos anos.
hidro-
hiperespessos caráter dúrico dentro de 100 cm de profundidade.
dúricos
hidro-
hiperespessos Hz H hístico
organossólicos
hidro-
hiperespessos não se enquadram na classes anteriores.
típicos
hiperespessos Hz B espódico após 200 cm de profundidade.
solos com caráter hipocarbonático dentro de 100 cm a partir da superfície do
hipocarbonáticos
solo.
hipocarbonáticos solos com caráter hipocarbonático dentro de 120 cm a partir da superfície do
(Neo) solo.
35
hipocarbonáticos solos com Hz A chernozêmico e caráter hipocarbonático em um ou mais Hzs
chernossólicos dentro de 100 cm a partir da superfície do solo.
hipocarbonáticos solos com caráter hipocarbonático e caráter solódico em um ou mais Hzs dentro
solódicos de 100 cm a partir da superfície do solo.
húmicos Hz A húmico.
horizonte A húmico e que apresentem a soma dos horizontes A + B (inclusive
húmicos câmbicos
BC), com 150 cm ou menos de espessura.
simultaneamente A húmico e caráter rubrico, dentro dos primeiros 100 cm do
húmicos rúbricos
horizonte B.
incépticos Hz B incipiente entre o Hz A e o Hz glei, ou coincidente com este.
latossólicos (Arg) Hz B latossólico, abaixo do Bt, dentro de 150 cm da superfície do solo.
Hz B incipiente semelhante ao B latossólico, porém com espessura ou uma ou
latossólicos (Cam) mais característica físicas, químicas ou mineralógicas que não atendem aos
requisitos para B latossólico, dentro de 150 cm da superfície do solo.
transição para latossolo com textura areia franca no limite para franco arenoso e
latossólicos (Neo) que possui cores vermelhas, vermelho-amarelas e amarelas com algum
desenvolvimento de estrutura dentro de 150 cm sa superfície do solo.
latossólicos (Nit) Hz B latossólico abaixo do B nítico, dentro de 150 cm sa superfície do solo.
Hz B latossólico dentro de 200 cm da superfície do solo, coincidente ou não
latossólicos (Plin)
com o horizonte concrecionário.
latossólicos mais de 50% de petroplintita até 200 cm de profundidade do solo e
petroplínticos características para latossólicos.
luvissólicos solos com atividade da argila ≥ 20 cmolc kg-1 de argila.
lépticos contato lítico entre 50 e 100 cm da superfície do solo.
lépticos
caráter hipocarbonatico e contato lítico entre 50 e 100 cm da superfície do solo.
hipocarbonáticos
lépticos contato lítico entre 50 e 100 cm da superfície do solo e fragipã em um ou mais
fragipânicos horizontes.
solos com contato lítico fragmentário a uma profundidade maior que 50 cm e
leptofragmentários
menor ou igual a 100 cm a partir da superfície do solo.
contato entre 50 e 100 cm da superfície e caráter solódico em um ou mais
lépticos solódicos
horizontes dentro de 100 cm da superfície do solo.
líticos contato lítico dentro de 50 cm da superfície do solo.
neofluvissólicos caráter flúvico com 3 camadas dentro de 50 ou 5 camadas dentro de 100 cm da
(Glei) superfície do solo
neofluvissólicos
caráter flúvico dentro de 150 cm da superfície do solo.
(Neo)
neofluvissólicos
caráter flúvico dentro de 120 cm da superfície do solo.
(Pla)
Hz B nítico abaixo do Bt ou com morfologia semelhante ao B nítico, porém com
Nitossólicos (Arg)
relação textural > 1,5 ou presença de policromia dentro de 150 cm.
Hz hístico na superfície, sem atender aos critérios de espessura para
organossólicos
Organossolos.
organossólicos
Hz hístico com menos de 40 cm de espessura.
(Glei)
caráter concrecionário ou litoplíntico, ou com horizontes concrecionário ou
petroplínticos
litoplíntico dentro de 150 cm da superfície do solo.
solos com caracteres concrecionário e/ou litoplíntico ou horizontes
petroplínticos concrecionário e/ou litoplíntico, e com caráter plíntico ou horizonte plíntico,
plintossólicos todos em posição não diagnóstica para Plintossolos dentro de 200 cm a partir da
superfície do solo
petroplínticos caráter concrecionário ou litoplíntico, ou com horizontes concrecionário ou
(Glei) litoplíntico dentro de 100 cm da superfície do solo.
petroplínticos (Lat caráter concrecionário ou litoplíntico, ou com horizontes concrecionário ou
36
e Plin) litoplíntico dentro de 200 cm da superfície do solo.
plácico solos com horizonte plácico dentro de 150 cm a partir da superfície do solo.
planossólicos (Arg) caráter plânico dentro de 150 cm da superfície do solo.
planossólicos
Hz B plânico abaixo do B incipiente dentro de 120 cm da superfície do solo.
(Cam)
planossólicos caráter plânico nos Hzs B e/ou C ou horizonte B plânico em posição não
(Luv) diagnóstica para Planossolo, dentro de 100 cm da superfície do solo.
planossólicos Hz B plânico ou características plânicas e com caráter solódico, dentro de 80 cm
solódicos da superfície do solo.
Caráter plânino no Hz B ou com Hz B plânico em posição não diagnóstica ou
planossólicos
características plânicas e com caráter vértico no Hz B ou horizonte vértico em
vértissólicos
posição não diagnóstica, dentro de 80 cm da superfície do solo.
caráter plíntico dentro de 150 cm da superfície do solo ou Hz plíntico em
plintossólicos
posição não diagnóstica para Plintossolo.
plintossólicos caráter plíntico e mudança textural abrupta dentro de 150 cm da superfície do
(Luv) solo ou Hz plíntico em posição não diagnóstica para Plintossolo.
plintossólicos caráter plíntico dentro de 100 cm da superfície do solo ou Hz plíntico em
(Glei) posição não diagnóstica para Plintossolo.
caráter plíntico dentro de 200 cm da superfície do solo ou Hz plíntico em
plintossólicos (Lat)
posição não diagnóstica para Plintossolo.
plintossólicos caráter plíntico dentro de 120 cm da superfície do solo ou Hz plíntico em
(Plan) posição não diagnóstica para Plintossolo.
caráter plíntico dentro de 150 cm da superfície do solo ou Hz plíntico em
plintossólicos
posição não diagnóstica para Plintossolo e caráter solódico, dentro de 120 cm da
solódicos
superfície do solo.
plintossólicos caráter solódico em um ou mais Hzs e caráter plíntico dentro de 150 cm da
solódicos (Luv) superfície do solo ou Hz plíntico em posição não diagnóstica para Plintossolo.
plintossólicos caráter ou horizonte plíntico (em posição não diagnostica para Plintossolo),
planossólicos caráter ou horizonte plânico (em posição não diagnostica para Planossolo) e
solódicos caráter solódico, dentro de 150 cm da superfície do solo.
teor de argila inferior a 20% na maior parte dos Hzs dentro de 150 cm de
psamíticos
superfície do solo.
retráticos caráter retrátil dentro dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
rúbricos caráter rúbrico dentro dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
rúbricos (Nit) caráter rúbrico dentro dos primeiros 100 cm do horizonte B.
sálicos caráter sálico em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do solo.
sálicos (Neo, Pla) caráter sálico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
sálicos solódicos caráter sálico e solódico dentro de 100 cm da superfície do solo.
salinos caráter salino em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do solo.
salinos (Neo) caráter salino em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
salinos (Cam e
caráter salino dentro de 120 cm da superfície do solo.
Plan)
salinos (Glei) caráter salino dentro de 100 cm da superfície do solo.
caráter salino em um ou mais Hzs e com Hz Glei em posição não diagnóstica
salinos gleissólicos
para Gleissolo dentro de 120 cm a partir da superfície do solo.
Hz Cr e ausência de contato lítico ou lítico fragmentário dentro de 100 cm da
saprolíticos
superfície do solo.
saprolíticos (Luv) Hz Cr e ausência de contato lítico dentro de 100 cm da superfície do solo.
sódicos caráter sódico em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do solo.
solódicos caráter solódico em um ou mais Hzs dentro de 150 cm da superfície do solo.
solódicos (Cam,
caráter solódico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo.
Cher, Neo e Plan)
solódicos (Org, caráter solódico em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do solo.

37
Vert, Glei)
solódicos (Luv) caráter solódico dentro de 100 cm da superfície do solo.
caráter solódico em um ou mais Hzs dentro de 120 cm da superfície do solo e
solódicos
com Hz vértico em posição não diagnóstica ou caráter vértico dentro de 150 cm
vertissólicos
a partir da superfície do solo.
solos com caráter sômbrico iniciando dentro de 150 cm a partir da superfície do
sômbricos
solo.
material mineral (Hz Ag e/ou Cg) com espessura maior que 30cm, dentro de
térricos
100cm da superfície do solo.
caráter hipocarbonático em um ou mais Hzs dentro de 100 cm da superfície do
térricos
solo e Hzs ou camadas constituídos por material mineral (Hz Ag e/ou Cg) com
hipocarbonáticos
espessura maior que 30cm, dentro de 100cm da superfície do solo.
tiônicos Hz sulfúrico e/ou materiais sulfídricos entre 100 e 150 cm da superfície do solo.
típicos não se enquadrarem nas classes anteriores.
vertissólicos (Cher, Hz vértico em posição não diagnóstica para o Vertissolo ou com caráter vértico
Plan) dentro de 120 cm da superfície do solo.
vertissólicos (Glei Hz vértico em posição não diagnóstica para o Vertissolo ou com caráter vértico
e Luv) dentro de 100 cm da superfície do solo.
Hz vértico em posição não diagnóstica para o Vertissolo ou com caráter vértico
vertissólicos (Neo)
dentro de 150 cm da superfície do solo.
vertissólicos Hz vértico ou que apresentarem caráter vértico e solódico em um ou mais
solódicos (Luv) horizontes, dentro de 80 cm da superfície do solo.

38
1. Argissolos - P
Solos que apresentam horizonte B textural imediatamente abaixo do horizonte A ou E, com
argila de atividade baixa ou com argila de atividade alta desde que conjugada com saturação de bases
baixa ou caráter alumínico na maior parte do horizonte B, e satisfazendo ainda os seguintes requisitos.
Horiznte plíntico, se presente, não satisfaz aos critérios para Plintossolo; mesma regra vale se o
horizonte glei estiver presente.

ARGISSOLO BRUNO-ACINZENTADO Ta Alumínico típico ARGISSOLO VERMELHO Distrófico típico

No 2º nível categórico os Argissolos podem ser:

1 - Argissolos Bruno-Acinzentados - PBAC


Quando apresentarem cores pouco escurecidas em relação aos sub-horizontes inferiores com matiz
5YR ou mais amarelo, valor 3 a 4 e croma menor ou igual a 4 na maior parte dos primeiros 100 cm do
horizonte B (inclusive BA), cujas cores devem atender os seguintes critérios:
- quando úmido, os valores e/ou cromas devem ser inferiores aos do sub-horizonte imediatamente
subjacente;
- quando secos, os valores e/ou cromas devem ser inferiores aos de pelo menos um dos sub-horizontes
acima do horizonte B escurecido.

2 - Argissolos Acinzentados - PAC


Quando apresentarem cores acinzentadas com matiz 7,5YR ou mais amarelo, valor 5 ou maior e
croma < 4 na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).

3 - Argissolos Amarelos- PA
Solos com matiz mais amarelo que 7,5YR ou mais amarelo na maior parte dos primeiros 100 cm do hz
B (Inclusive BA).

4 - Argissolos Vermelhos - PV
Quando apresentarem matiz 2,5 YR ou mais vermelho, na maior parte dos primeiros 100 cm do
horizonte B (inclusive BA).

5 - Argissolos Vermelho-Amarelos - PVA


Outros solos de cores vermelho-amareladas e/ou amarelo-avermelhadas que não se enquadram nas
classes anteriores.

Tabela 1. Exemplos de classes de Argissolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Argissolo Bruno - Acinzentado Ta alumínico típico Santa Maria
Argissolo Vermelho distrófico típico São Pedro
Argissolo Vermelho distrófico arênico Tupanciretã
39
Argissolo Vermelho distrófico típico
Argissolo Vermelho distrófico típico São Jerônimo
Argissolo Vermelho distrófico latossólico Alto das Canas
Argissolo Vermelho eutrófico latossólico Santa Tecla
Tupanciretã
Argissolo Vermelho - Amarelo típico
Santa Clara
Argissolo Vermelho-Amarelo alumínico típico Júlio de Castilhos

40
Chave para classificação dos Argissolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Ta Alumínico (PBACva) 4 classes

Bruno-Acinzentados Alumínico (PBACa) 2 classes

Distrófico (PBACd) 2 classes

Distrocoeso (PACdx) 9 classes

Acinzentados Distrófico (PACd) 9 classes

Eutrófico (PACe) 3 classes

Ta Alumínico (PAva) 6 classes

Alumínico (PAa) 5 classes

Amarelos Distrocoeso (PAdx) 21 classes

Distrófico (PAd) 6 classes

Eutrocoeso (PAex) 8 classes

Eutrófico (PAe) 6 classes


Argissolo
Ta Alumínico (PVva) 6 classes

Alumínico (PVa) 7 classes

Vermelhos Ta Distrófico (PVvd) 4 classes

Distrófico (PVd) 9 classes

Eutroférrico (PVef) 6 classes

Eutrófico (PVe) 16 classes

Ta Alumínico (PVAva) 5 classes

Alumínico (PVAa) 5 classes

Vermelho-Amarelos Ta Distrófico (PVAvd) 4 classes

Distrófico (PVAd) 11 classes

Eutrófico (PVAe) 11 classes

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

Os Argissolos Bruno-Acinzentados Ta alumínico podem ser:


- abrúpticos; espessohúmicos- húmicos; - típicos
Os Argissolos Bruno-Acinzentados alumínico podem ser:
- abrúpticos; - típicos
Os Argissolos Bruno-Acinzentados distrófico podem ser:
- abrúpticos; - típicos
_______________________________________________________________________________________

41
Os Argissolos Acinzentado distrocoeso podem ser:
- arênicos; - abrúpticos dúricos;- abrúpticos fragipânicos; - abrúpticos;- dúricos; - fragipânicos; -plintossólicos; -
latossólicos; - típicos
Os Argissolos Acinzentados distróficos podem ser:
- arênicos; - abrúpticos dúricos; - abrúticos fragipânicos; - abrúpticos; - dúricos; - fragipânicos; - plintossólicos;
-latossólico; - típicos
Os Argissolos Acinzentados eutrófico podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Argissolos Amarelos Ta alumínicos podem ser:
- saprolíticos abrúpticos endorredóxicos; - abrúpticos; - plintossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; -
típicos
Os Argissolos Amarelos alumínico podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; - típicos
Os Argissolos Amarelos distrocoeso podem ser:
- solódicos abrúpticos; arênicos fragipânicos; - arênicos; - abrúpticos fragipânicos espodossólicos - abrúpticos
fragipânicos; - abrúpticos petroplínticos; - abrúpticos plintossólicos; - abrúpticos espodossólicos; - abrúpticos;
plácicos fragipânicos; - fragipânicos plintossólicos; - fragipânicos espodossólicos; - fragipânicos planossólicos; -
fragipânicos; - plintossólicos; - espodossólicos; - planossólicos; - latossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos;
- típicos
Os Argissolos Amarelos distróficos podem ser:
- abrúpticos; - gleissólicos; plintossólicos antrópicos; - plintossólicos; - cambissólicos; - típicos
Os Argissolos Amarelos eutrocoesos podem ser:
- leptofragmentários; lépticos; - solódicos plintossólicos planossólicos; -abrúpticos plintossólicos; - abrúpticos; -
fragipânicos; - plintossólicos; - típicos
Os Argissolos Amarelos eutróficos podem ser:
- solódicos; - abrúptico plintossólicos; - abrúpticos; - plintossólicos; - planossólicos; - típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Argissolos Vermelhos Ta alumínico podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - nitossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; - típicos
Os Argissolos Vermelhos alumínicos podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - nitossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; - sômbricos; - típicos
Os Argissolos Vermelhos Ta distrófico podem ser:
- abrúpticos; - epirredóxico; - endorredóxico; - típicos
Os Argissolos Vermelhos distróficos podem ser:
- espessarênicos; - arênicos; - abrúpticos plintossólicos; - abrúpticos; plintossólicos; - planossólicos; -
nitossólicos; - latossólicos; - típicos
Os Argissolos Vermelhos eutroférricos podem ser:
- saprolíticos abrúpticos; - abrúpticos; - nitossólicos chernossólicos; - nitossólicos; - latossólicos- típicos
Os Argissolos Vermelhos eutróficos podem ser:
- leptofragmentários; lépticos; - saprolíticos; - espessarênicos; - arênicos; - solódicos abrúpticos plintossólicos; -
solódicos abrúpticos; - abrúpticos plintossólicos; - abrúpticos latossólicos antrópicos; - abrúptico chernossólicos;
- abrúpticos; - luvissólicos; - nitossólicos; - latossólicos; - chernossólicos; - típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Argissolos Vermelho-Amarelos Ta alúminicos podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; - típicos
Os Argissolos Vermelho-Amarelos alumínicos podem ser:
- abrúpticos; - plintossólicos; - epirredóxicos; - endorredóxicos; - típicos
Os Argissolos Vermelho-Amarelos Ta distrófico podem ser:
- abrúpticos; - epirredóxicos; - endorredóxico; - típicos
Os Argissolos Vermelho-Amarelos distróficos podem ser:
- espessarênicos abrúpticos; - espessarênicos; - arênicos abrúpticos; - arênicos; -abrúpticos; - petroplínticos; -
plintossólicos; - planossólicos - nitossólicos; - latossólicos; - típicos
Os Argissolos Vermelho-Amarelos eutróficos podem ser:
- leptofragmentários abrúpticos; lépticos abrúpticos; - saprolíticos abrúpticos chernossólicos; - abrúptico
plintossólicos; - abrúpticos planossólicos; - abrúpticos; - luvissólicos; - planossólicos; - nitossólicos; -
latossólicos; - típicos

42
2. Cambissolos - C
Solos constituídos por material mineral com horizonte B incipiente imediatamente abaixo do
qualquer tipo de horizonte superficial (exceto horizonte hístico com 40 cm ou mais de espessura) ou
horizonte A chernozêmico quando o B incipiente apresentar argila de atividade alta e saturação por
bases alta.

CAMBISSOLO HÍSTICO Alumínico típico CAMBISSOLO HÚMICO Alumínico típico

No 2º nível categórico os Cambissolos podem ser:

Cambissolos Hístico - CI
Quando apresentam horizonte O hístico que não atender aos critérios de especsurra para a classe dos
Organossolos.

Cambissolos Húmicos - CH
Quando apresentarem horizonte A húmico

Cambissolo Flúvico - CY
Quando apresentam caráter flúvico dentro de 150 cm a partir da superfície do solo.

Cambissolos Háplicos - CX
Quando não se enquadrarem nas anteriores

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

Os Cambissolos Hísticos alumínicos podem ser; - leptofragmentários; - lépticos; - espodossólicos; - típicos


Os Cambissolos Hísticos distróficos podem ser; - leptofragmentários; - lépticos; - espodossólicos; - típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Cambissolos Húmicos aluminoférricos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - espodossólicos; -
latossólicos; - típicos
Os Cambissolos Húmicos alumínicos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - espodossólicos; - típicos
Os Cambissolos Húmico distroférricos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - latossólicos; - típicos
Os Cambissolos Húmicos distróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - saprolíticos; - latossólicos; -
típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Cambissolos Flúvicos carbonáticos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - vertissólicos; - típicos
Os Cambissolos Flúvicos sódicos podem ser: - salinos gleissólicos; - salinos; - típicos
Os Cambissolos Flúvicos sálicos podem ser: - gleissólicos; - típicos
Os Cambissolos Flúvicos alumínicos podem ser: - gleissólicos; - típicos
Os Cambissolos Flúvicos Ta distróficos podem ser: - gleissólicos; - típicos

43
Os Cambissolos Flúvicos Ta eutróficos podem ser: - solódicos; - vertissólicos; - gleissólicos; - planossólicos; -
típicos
Os Cambissolos Flúvicos Tb distrófico podem ser: - gleissólicos; - típicos
Os Cambissolos Flúvicos Tb eutróficos podem ser: - gleissólicos; - típicos
_______________________________________________________________________________________
Os Cambissolos Háplicos carbonáticos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - saprolíticos; - solódicos; -
vertissólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos sódicos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - vertissólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Perférricos podem ser: - latossólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Ta alumínico podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - gleissólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Ta distrófico podem ser: - leptofragmentários; - lépticos- típicos
Os Cambissolos Háplicos Ta eutroférrico podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Ta eutróficos podem ser: fragmentários; - líticos; - leptofragmentários; - lépticos
hipocarbonáticos; - lépticos; - solódicos; - vertissólicos; - argissólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Tb alumínicos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - petroplínticos; -
plintossólicos; - espodossólicos; - típicos.
Os Cambissolos Háplicos Tb distroférricos podem ser: - lépticos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Tb distróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - petroplínticos; -
plintossólicos; - argissólicos; - latossólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Tb eutroférricos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - solódicos; -
vertissólicos; - gleissólicos; - latossólicos; - típicos
Os Cambissolos Háplicos Tb eutróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - solódicos plintossólicos;
- planossólicos; - latossólicos; - chernossólicos; - típicos.

Tabela 2. Exemplos de classes de Cambissolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais conforme Brasil (1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Cambissolo Háplico alumínico organossólico Rocinha
Bom Jesus
Cambissolo Húmico alumínico típico
Farroupilha

44
Chave para classificação dos Cambissolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível


Alumínicos (CIa) 4 classes
Hísticos
Distróficos (CId) 4 classes

Aluminoférrico (CHaf) 5 classes

Húmicos Alumínico (CHa) 4 classes

Distroférrico (CHdf) 4 classes

Distrófico (CHd) 5 classes

Carbonático (CYk) 4 classes

Sódico (CYn) 3 classes

Sálico (CYz) 2 classes

Flúvicos Alumínico (CYa) 2 classes

Ta distrófico (CYbd) 2 classes

Ta eutrófico (CYbe) 5 classes

Cambissolo Tb distrófico (CYvd) 2 classes

Tb eutrófico (CYve) 2 classes

Carbonático (CXk) 6 classes

Sódico (CXn) 4 classes

Perférrico (CXj) 2 classes

Ta alumínico (CXva) 4 classes

Ta distrófico(CXvd) 3 classes

Háplicos Ta eutroférrico (CXvef) 3 classes

Ta eutrófico(CXve) 9 classes

Tb alumínico (CXba) 6 classes

Tb distroférrico (CXbdf) 3 classes

Tb distrófico(CXbd) 7 classes

Tb eutroférrico (CXbef) 7 classes

Tb eutrófico(CXbe) 7 classes

45
3. Chernossolos - M
Solos constituídos por material mineral, que apresentam horizonte A chernozêmico seguido por:
- horizonte B incipiente, ou B textural, ambos com argila de atividade alta e eutróficos; ou
- horizonte cálcic, petrocálcico o ou caráter carbonático, coincidindo com o horizonte A chernozêmico
e/ou com horizonte C, admitindo-se entre os dois horizontes, B incipiente com espessura < 10 cm; ou
por
- contato lítico desde que o horizonte A chernozêmico contenha 15% ou mais de carbonato de cálcio
equivalente.

CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Férrico típico CHERNOSSOLO EBÂNICO Carbonático


vértico
No 2º nível categórico os Chernossolos podem ser:

Chernossolos Rêndzicos - MD
Solos que apresentam A chernozêmico seguido por:
- horizonte cálcico, petrocálcico ou caráter carbonático, coincidindo com o horizonte A chernozêmico
e/ou horizonte C, admitindo-se entre os dois, horizonte Bi com espessura < 10 cm; ou
- contato lítico desde que o horizonte A chernozêmico contenha 15% ou mais de carbonato de cálcio
equivalente.

Chernossolos Ebânicos - ME
Solos que apresentam o caráter ebânico na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive
BA).

Chernossolos Argilúvicos - MT
Outros solos com horizonte B textural abaixo do horizonte A chernozêmico.

Chernossolos Háplicos - MX
Quando não se enquadram nas classes anteriores

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

Tabela 3. Exemplos de classes de Chernossolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Chernossolo Ebânico órtico típico Vila
Chernossolo Ebânico carbonático vértico Uruguaiana
Chernossolo Argilúvico férrico típico Ciríaco
Chernossolo Háplico órtico vértico Ponche Verde
Chernossolo Háplico órtico típico Seival

46
Chave para classificação dos Chernossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Petrocálcicos (MDIk) típico


fragmentários
Rêndzicos Lítico (MDl) típico

Órtico (MDo) saprolítico


típico

Carbonático (MEk) vertissólico


Ebânicos típico

Órtico (MEo) vertissólico


típico

Férrico (MTf) saprolítico


típico

saprolítico
Chernossolo Argilúvicos Carbonático (MTk) abrúptico
vertissólico
típico

leptofragmentários
léptico
saprolítico
solódico
Órtico (MTo) abrúptico
vertissólico
epirredóxicos
endorredóxicos
típico

Férrico (MXf) típico

leptofragmentários
léptico
saprolítico
Háplicos Carbonático (MXk) vertissólico
típico

leptofragmentários
léptico
Órtico (MXo) vertissólico
típico

47
4. Espodossolos - E
Solos que apresentam horizonte B espódico, imediatamente abaixo de um horizonte A, E ou
hístico dentro de 200 cm da superfície do solo, ou de 400 cm de profundidade se a soma do horizonte
A+E ou do horizonte hístico (com menos de 40 cm) + E ultrapassar 200 cm de profundidade.

ESPODOSSOLO HUMILÚVICO hidromórfico ESPODOSSOLO FERRILÚVICO hiperespesso


arênico típico

No 2º nível categórico os Espodossolos podem ser:

Espodossolos Humilúvicos - EK
Solos com presença de horizonte espódico do tipo Bh e/ou Bhm isoladamente ou sobreposto a outros
tipos de horizontes (espódicos ou não espódicos).

Espodossolos Ferrilúvicos - ES
Solos com presença de horizonte espódico do tipo Bs e/ou Bsm isoladamente ou sobreposto a outros
tipos de horizontes espódicos ou não espódicos.

Espodossolos Ferri-humilúvicos - ESK


Outros espodossolos que não se enquadram nas classes anteriores.

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

48
Chave para classificação dos Espodossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Hidro-hiperespesso (EKgu) 2 classes

Hidromórfico (Ekg) 5 classes


Humilúvicos
Hiperespesso (EKu) 1 classes

Órtico (EKo) 5 classes

Hidro-hiperespesso (ESgu) 3 classes

Hidromórfico (ESg) 5 classes

Espodossolo Ferrilúvicos Hiperespesso (ESu) 1 classes

Órtico (ESo) 5 classes

Hidro-hiperespesso (ESKgu) 3 classes

Hidromórfico (ESKg) 5 classes

Ferri-humilúvicos Hiperespesso (ESKu) 1 classes

Órticos (ESKo) 8 classes

Os Espodossolos Humilúvicos hidro-hiperespessos podem ser: - organossólicos; - típicos


Os Espodossolos Humilúvicos hidromórficos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; - dúricos; -
organossólicos; - típicos
Os Espodossolos Humilúvicos hiperespessos podem ser: - típicos
Os Espodossolos Humilúvicos órticos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; - dúricos; -
fragipânicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Espodossolos Ferrilúvicos hidro-hiperespessos podem ser: - organossólicos; - típicos
Os Espodossolos Ferrilúvicos hidromórficos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; - dúricos; -
organossólicos; - típicos
Os Espodossolos Ferrilúvicos hiperespessos podem ser: - típicos
Os Espodossolos Ferrilúvicos órticos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; - dúricos; -
fragipânicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Espodossolos Ferri-humilúvicos hidro-hiperespessos podem ser: - organossólicos; - típicos
Os Espodossolos Ferri-humilúvicos hidromórficos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; -
dúricos; - organossólicos; - típicos
Os Espodossolos Ferri-humilúvicos hiperespessos podem ser: - típicos
Os Espodossolos Ferri-humilúvicos órticos podem ser: - carbonáticos; - êutricos arênicos; - êutricos;
- espessarênicos; - arênicos; - dúricos; - fragipânicos; - típicos

49
5. Gleissolos - G
Solos constituídos por material mineral com horizonte glei iniciando-se dentro dos primeiros
50 cm da superfície do solo ou a profundidades maior que 50 cm e menor ou igual a 150 cm da
superfície do solo desde que imediatamente abaixo do horizonte A ou E ou de horizonte hístico com
espessura insuficiente para definir a classe de Organossolos.
Não apresentam horizonte vértico ou B plânico acima ou coincidente com horizonte glei, não
apresentando qualquer tipo de horizonte B diagnóstico acima do horizonte glei ou textura
exclusivamente areia ou areia franca em todos os horizontes até a profundidade de 150 cm a partir da
superfície do solo ou até um contato lítico. Se houver a presença de horizonte plíntico, este deve estar
à profundidade superior a 200 cm da superfície do solo.

GLEISSOLO HÁPLICO Ta eutrófico vértico CHERNOSSOLO MELÂNICO Eutrófico típico

No 2º nível categórico os Gleissolos podem ser:

- Gleissolos Tiomórficos - GJ
Quando apresentarem horizontes sulfúricos e/ou materiais sulfídricos, dentro de 100 cm da superfície
do solo.

- Gleissolos Sálicos - GZ
Quando apresentarem caráter sálico (CE ≥ 7 dS/m) em um ou mais horizontes dentro de 100 cm da
superfície do solo.

- Gleissolos Melânicos - GM
Quando apresentarem horizonte H hístico com menos de 40 cm de espessura, ou horizonte A húmico,
proeminente ou chernozêmico.

- Gleissolos Háplicos - GX
Quando não se enquadram nas classes anteriores.

Tabela 5. Exemplos de classes de Gleissolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Taim
Gleissolo Melânico eutrófico típico
Colégio
Gleissolo Háplico Ta eutrófico vértico Banhado

50
Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

Os Gleissolos Tiomórficos hístico podem ser: - sódicos; - sálicos; - solódicos; - típicos


Os Gleissolos Tiomórficos órticos podem ser: - sódicos; - sálicos solódicos; - solódicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Gleissolos Sálicos sódicos podem ser: - tiônicos; - vertissólicos; - planossólicos; - argissólicos; -
típicos
Os Gleissolos Sálicos órticos podem ser: - solódicos; vetissólicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Gleissolos Melânicos carbonáticos podem ser: -leptofragmentários; - lépticos; - solódicos; -
vertissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; - típicos
Os Gleissolos Melânicos sódicos podem ser: salinos; - neofluvissólicos; - organossólicos; - típicos
Os Gleissolos Melânicos Ta alumínico podem ser: - tiônicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; -
organossólicos; - húmicos; - típicos
Os Gleissolos Melânicos Ta distróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - tiônicos; -
plintissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; - organossólicos; - húmicos; - típicos
Os Gleissolos Melânicos Ta eutróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - solódicos; -
vertissólicos; - luvissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; - organossólicos; - chernossólicos; -
típicos
Os Gleissolos Melânicos Tb alumínicos podem ser: - solódicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; -
organossólicos; - húmicos; - típicos.
Os Gleissolos Melânicos Tb distróficos podem ser: - petroplínticos; - plintossólicos; - argissólicos; -
cambissólicos; - neofluvissólicos; - organossólicos; - húmicos; - típicos
Os Gleissolos Melânicos Tb eutróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - salinos; -
solódicos; - plintossólicos; - argissólicos; - cambissólicos - neofluvissólicos; - organossólicos; - típicos
__________________________________________________________________________________

Os Gleissolos Háplicos carbonáticos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - vertissólicos; -


cambissólicos; - neofluvissólicos; - típicos
Os Gleissolos Háplicos sódicos podem ser: - salinos; - vertissólicos; -neofluvissólico; - típicos
Os Gleissolos Háplicos Ta alumínico podem ser: - argissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; -
típicos
Os Gleissolos Háplicos Ta distróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - argissólicos; -
cambissólicos; - neofluvissólicos; - típicos
Os Gleissolos Háplicos Ta eutróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - tiônicos; -
solódicos; - vertissólicos; - luvissólicos; - cambissólicos; -neofluvissólicos; - típicos
Os Gleissolos Háplicos Tb alumínico podem ser: - argissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; -
típicos.
Os Gleissolos Háplicos Tb distróficos podem ser: - leptofragmentários; - lépticos; - petroplínticos; -
plintossólicos; - planossólicos; - argissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; - típicos
Os Gleissolos Háplicos Tb eutróficos podem ser: - leptofragmentários; -lépticos; - salinos; -
solódicos; - plintossólicos; - argissólicos; - cambissólicos; - neofluvissólicos; - típicos.

51
Chave para classificação dos Gleissolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Hístico (GJi) 4 classes


Tiomórficos
Órtico (GJo) 4 classes

Sódico (GZn) 5 classes


Sálicos
Órtico (GZo) 3 classes

Carbonático (GMk) 7 classes

Sódico (GMn) 4 classes

Ta alumínico (GMva) 6 classes

Ta distrófico (GMvd) 9 classes

Gleissolo Melânicos Ta eutrófico (GMve) 10 classes

Tb alumínico (GMba) 6 classes

Tb distrófico (GMbd) 8 classes

Tb eutrófico (GMbe) 10 classes

Carbonático (GXk) 6 classes

Sódicos (GXn) 4 classes

Ta alumínico (GXva) 4 classes

Háplicos Ta distrófico (GXvd) 6 classes

Ta eutrófico (GXve) 9 classes

Tb alumínico (GXba) 4 classes

Tb distrófico (GXbd) 9 classes

Tb eutrófico (GXbe) 9 classes

52
6. Latossolos - L
Solos que apresentam horizonte B latossólico, imediatamente abaixo de qualquer tipo de
horizonte A, dentro de 200 cm da superfície do solo ou dentro de 300 cm, se o horizonte A apresenta
mais que 150 cm de espessura.

LATOSSOLO AMARELO Distrófico LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico


petroplíntico plintossólico

No 2º nível categórico os Latossolos podem ser:

Latossolos Brunos - LB
Solos com A húmico ou conteúdo de carbono orgânico superior a 1% até 7 cm de profundidade,
apresentando, na parte superior do horizonte B (inclusive BA), coloração brunada predominantemente
no matiz 7,5YR ou mais amarelo, em concomitância com valor ≤ 4 e croma ≤ 6 (cor úmida).
Admitem-se solos com matiz 5YR na superior do horizonte B (inclusive BA), desde que o valor seja ≤
4 e o croma < 6 quando úmidos.

Latossolos Amarelos - LA
Quando apresentarem matiz mais amarelo que 7,5YR na maior parte dos primeiros 100 cm do
horizonte B (inclusive BA).

Latossolos Vermelhos - LV
Quando apresentarem matiz 2,5 YR ou mais vermelhos na maior parte dos primeiros 100 cm do
horizonte B (inclusive BA).

Latossolos Vermelho-Amarelos - LVA


Outros solos de cores vermelho-amareladas e amarelo-avermelhadas que não se enquadram nas classes
anteriores.

Tabela 6. Exemplos de classes de Latossolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Latossolo Bruno aluminoférrico típico Vacaria
Latossolo Vermelho distroférrico típico Santo Ângelo
Latossolo Vermelho aluminoférrico típico Erechim
Latossolo Vermelho distrófico típico Cruz Alta; Passo Fundo
Latossolo Vermelho distrófico argissólico Cerrito

53
Chave para classificação dos Latossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Aluminoférrico (LBaf) 2 classes

Alumínico (LBa) 2 classes


Brunos
Distroférrico (LBdf) 2 classes

Distrófico (LBd) 4 classes

Acriférrico (LAwf) 3 classes

Ácrico (LAw) 5 classes

Alumínico (LAa) 2 classes

Amarelos Distroférrico (LAdf) 3 classes

Distrocoeso (LAdx) 7 classes

Distrófico (LAd) 9 classes

Latossolo Eutrófico (LAe) 2 classes

Perférrico (LVi) 4 classes

Acriférrico (LVwf) 4 classes

Ácrico (LVw) 4 classes

Aluminoférrico (LVaf) 5 classes


Vermelhos
Distroférrico (LVdf) 7 classes

Distrófico (LVd) 7 classes

Eutroférrico (LVef) 2 classes

Eutrófico (Lve) 3 classes

Acriférrico (LVAwf) 3 classes

Ácrico (LVAw) 4 classes

Alumínico (LVAa) 2 classes


Vermelho-Amarelos
Distroférrico (LVAdf) 3 classes

Distrófico (LVAd) 7 classes

Eutrófico (LVAe) 3 classes

54
Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas

Os Latossolos Brunos aluminoférricos podem ser: - rúbricos; - típicos


Os Latossolos Brunos alumínicos podem ser: - rúbricos; - típicos
Os Latossolos Brunos distroférricos podem ser: - rúbricos; - típicos
Os Latossolos Brunos distróficos podem ser: - rúbricos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Latossolos Amarelos acriférricos podem ser: espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Amarelos ácricos podem ser: - petroplínticos; - plintossólicos; espesso-húmicos; -
húmicos - típicos
Os Latossolos Amarelos alumínicos podem ser: - argissólicos; - típicos
Os Latossolos Amarelos distroférricos podem ser: - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Amarelos distrocoesos podem ser: - petroplínticos; - plintossólicos; - argissólicos; -
antrópicos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Amarelos distróficos podem ser: - psamíticos; petroplínticos plintossólicos; -
petroplíticos; - plintossólicos; - argissólicos; - antrópicos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Amarelos eutróficos podem ser: - argissólicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Latossolos Vermelhos perférricos podem ser: - cambissólicos; - espesso-húmicos; - húmicos; -
típicos
Os Latossolos Vermelhos acriférricos podem ser: - petroplínticos; - espesso-húmicos; - húmicos; -
típicos
Os Latossolos Vermelhos ácricos podem ser: - petroplínticos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelhos aluminoférricos podem ser: - retráticos; - cambissólicos; espesso-húmicos;
- húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelhos distroférricos podem ser: - retráticos; - petroplínticos; - plintossólicos; -
cambissólicos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelhos distróficos podem ser: - retráticos; - petroplínticos; - argissólicos; -
câmbissólicos; - espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelhos eutroférricos podem ser: - cambissólicos; - típicos
Os Latossolos Vermelhos eutróficos podem ser: - argissólicos; - cambissólicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Latossolos Vermelho-Amarelos acriférricos podem ser: espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelho-Amarelos ácricos podem ser: - petroplínticos; - espesso-húmicos; -
húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelho-Amarelos alumínicos podem ser: - argissólicos; - típicos
Os Latossolos Vermelho-Amarelos distroférricos podem ser: - argissólicos; cambissólicos; - típicos
Os Latossolos Vermelho-Amarelos distróficos podem ser: - petroplínticos; - plintossólicos; -
argissólicos; - cambissólicos; espesso-húmicos; - húmicos; - típicos
Os Latossolos Vermelho-Amarelos eutróficos podem ser: - argissólicos; - cambissólicos; - típicos

55
7. Luvissolos - T
Solos que apresentam horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta na
maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA), imediatamente abaixo de qualquer
horizonte A (exceto A chernozêmico) ou sob horizonte E.

LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico LUVISSOLO HÁPLICO órtico típico

No 2º nível categórico os Luvissolos podem ser:

Luvissolos Crômicos - TC
Solos com caráter crômico na maior parte dos primeiroas 100 cm do horizonte B (inclusive BA)

Luvissolos Háplicos – TX
Outros solos que não se enquadram na classe anterior.

Tabela 7. Exemplos de classes de Luvissolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Luvissolo Crômico órtico típico Cambai
Luvissolo Crômico pálico abrúptico Virgínia
Luvissolo Háplico órtico típico Piraí e Bexigos

56
Chave para classificação dos Luvissolos
1º nível 2º nível 3º nível 4º nível
vertissólico
Carbonático (TCk) planossólico
típico

saprolítico
arênico
abrúptico plintossólico
abrúptico
Pálico (TCp) vertissólicos
petroplíntico
Crômicos planossólico
cambissólico
típico

fragmentário
lítico
salino
solódicos vertissólicos
solódicos planossólicos
Luvissolo Órtico (TCo) solódicos
vertissólicos planossólicos
vertissólicos
planossólicos
típicos

hipocarbonáticos
solódicos plintossólicos
abrúpticos plintossólicos
abrúpticos
fragipânicos plintossólicos
gleissólico
Pálico (TXp) plintossólicos
Háplicos típicos

gleissólico
Órtico (TPo) planossólicos
típicos

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

57
8. Neossolos - R
Solos pouco evoluídos, constituídos por material mineral ou por material orgânico com menos de 20
cm de espessura, não apresentando nenhum tipo de horizonte B diagnóstico.

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico fragmentário NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico

No 2º nível categórico os Neossolos podem ser:

Neossolos Litólicos (Solos Litólicos) - RL


Solos com horizonte A ou O hístico que está sobre a rocha ou sobre um horizonte C ou CR ou sobre
material com 90% (por volume) ou mais de sua massa constituída por fragmentos de rocha com
diâmetro maior do que 2 mm e que apresentam um contato lítico ou lítico fragmentário dentro de 50
cm da superfície do solo. Admite um horizonte B, em início de formação, cuja espessura não satisfaz a
qualquer tipo de horizonte B diagnóstico.

Neossolos Flúvicos (Solos Aluviais) - RU


Solos derivados de sedimentos aluviais com horizonte A sobre horizonte C constituído de camadas
estratificadas, apresentado caráter flúvico dentro de 150 cm a partir da superfície do solo. Admitem
um horizonte Bi com menos de 10 cm de espessura. Ausência de gleização expressiva dentro de 50 cm
da superfície do solo.

Neossolos Regolíticos - RR
Solos com horizonte A sobrejacente a horizonte C ou Cr; admite horizonte Bi com menos de 10 cm de
espessura, e apresenta contato lítico a uma profundidade maior do que 50 cm, e ambos ou um dos
seguintes requisitos:
- 4% ou mais de minerais primários alteráveis (menos resistentes ao intemperismo) na fração areia
grossa ou areia fina, porém referidos a 100g de TFSA em algum horizonte dentro de 150 cm a partir
da superfície; e/ou
- 5% ou mais do volume da massa do horizonte C ou Cr, dentro de 150 cm de profundidade,
apresentando fragmentos de rocha semi-intemperizada, saprólito ou fragmentos formados por restos da
estrutura orientada da rocha (pseudomorfos) que deu origem ao solo.

Neossolos Quartzarênico - RQ
Outros solos sem contato lítico ou lítico fragmentário dentro de 50 cm a parir da superfície, com
sequência de horizontes A-C, porém apresentando textura areia ou areia franca em todos os horizontes
até, no mínimo, a profundidade de 150 cm a partir da superfície do solo ou até um contato lítico ou
lítico fragmentário.

58
Tabela 8. Exemplos de classes de Neossolos encontradas no RS e possível equivalência com
denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Neossolo Flúvico Guaíba
Neossolo Litólico eutrófico chernossólico Charrua
Neossolo Litólico eutrófico fragmentário Pedregal
Pinheiro Machado
Neossolo Litólico distrófico típico
Guassupi; Caxias; Silveiras
Neossolo Quartzarênico órtico típico Osório
Neossolo Quartzarênico hidromórfico típico Curumim

Chave para classificação dos Neossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Hístico (RLi) 1 classe

Húmico (RLh) 2 classes

Carbonático (RLk) 2 classes

Litólico Chernossólico (RLm) 2 classes

Distrófico (RLd) 2 classes

Eutrófico (RLe) 2 classes

Carbonático (RUk) 1 classes

Sódico (RUn) 4 classes

Sálico (RUz) 2 classes

Neossolo Flúvico Psamítico (RUq) 4 classes

Ta eutrófico (RUve) 7 classes

Tb distrófico (RUbd) 2 classes

Tb eutrófico (RUbe) 3 classes

Psamíticos 5 classes

Húmico (RRh) 3 classes

Regolítico Distrófico (RRd) 6 classes

Eutrófico (RRe) 9 classes

Hidromórfico (ROg) 5 classes


Quartzarênico
Órtico (ROo) 13 classes

59
Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Os Neossolos Litólicos hísticos pode ser: - típicos


Os Neossolos Litólicos húmicos pode ser: - espodossólico; - típicos
Os Neossolos Litólicos carbonáticos pode ser: - fragmentários; - típicos
Os Neossolos Litólicos chernossólicos pode ser: - fragmentários; - típicos
Os Neossolos Litólicos distróficos pode ser: - fragmentários; - típicos
Os Neossolos Litólicos eutróficos pode ser: - fragmentários; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Neossolos Flúvicos carbonáticos pode ser: - típicos
Os Neossolos Flúvicos sódicos pode ser: - sálicos; - salinos; - vertissólicos; - típicos
Os Neossolos Flúvicos sálicos pode ser: - solódicos; - típicos
Os Neossolos Flúvicos psamíticos pode ser: - êutricos; - gleissólicos; espossólicos; - típicos
Os Neossolos Flúvicos Ta eutróficos pode ser:- salinos; - hipocarbonático; - vertissólicos; -
solódicos; - vertissólicos; - gleissólicos; - típicos
Os Neossolos Flúvicos Tb distróficos pode ser: - gleissólicos; - típicos
Os Neossolos Flúvicos Tb eutróficos pode ser: - solódicos; - gleissólicos; - típicos
__________________________________________________________________________________
Os Neossolos Regolítico psamíticos pode ser: - leptofragmentários; - lépticos; - solódicos; -
fragipânicos; - típicos
Os Neossolos Regolítico húmicos pode ser: leptofragmentários; - lépticos; - típicos
Os Neossolos Regolítico distróficos pode ser: - leptofragmentários; - lépticos fragipânicos; - lépticos;
- fragipânicos; - gleissólicos; - típico
Os Neossolos Regolítico eutrófico pode ser: - leptofragmentários; - lépticos solódicos; - lépticos
fragipânicos; - lépticos; - solódicos fragipânicos; - solódicos; - fragipânicos; - gleissólicos; - típicos
Os Neossolos Quartzarênicos hidromórficos pode ser: - plintossólicos; - espodossólicos; -
neofluvissólicos; - organossólicos; - típicos
Os Neossolos Quartzarênicos órticos pode ser: - leptofragmentários; - lépticos; - solódicos; -
êutricos; - fragipânicos; - gleissólicos; - plintossólicos; - espodossólicos; - argissólicos; - latossólicos;
espesso-húmicos; - húmicos; - típicos

60
9. Nitossolos - N
Solos com 35 % ou mais de argila, inclusive no horizonte A, que apresentam horizonte B nítico abaixo
do horizonte A. O horizonte B nítico apresenta argila de atividade baixa ou alta conjugada com caráter
alumínico, ambos na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
Os Nitossolos praticamente não apresentam policromia acentuada no perfil e devem satisfazer
aos seguintes critérios de cores:
a) Para solos com todas as cores dos horizontes A e B, exceto BC, dentro de uma mesma
página de matiz, admitem-se variações de, no máximo, 2 unidades para valor e/ou 3 unidades
para croma;
b) Para solos apresentando cores dos horizontes A e B, exceto BC, em duas páginas de
matiz, admite-se variação de ≤ 1 unidade de valor e ≤ 2 unidades de croma;
c) Para solos apresentando cores dos horizontes A e B, exceto BC, em mais de duas
páginas de matiz, não se admite variação para valor e admite-se variação de ≤ 1 unidade de
croma.

NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico


latossólico típico

No 2º nível categórico os Nitossolos podem ser:

Nitossolos Brunos - NB
Solos com caráter retrátil e horizonte A húmico ou conteúdo de carbono orgânico superior a 1 % até
40 cm de profundidade. Apresenta na parte superior do horizonte B (inclusive BA), coloração
brunada, matiz 7,5 YR ou mais amarelo, valor < 4 e croma < 6 (úmidos). Admitem-se solos com matiz
5 YR desde que o valor seja < 4 e croma < 6 (úmidos).

Nitossolos Vermelhos - NV
Solos com matiz 2,5 YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B
(exclusive BA).

Nitossolos Háplicos - NX
Outros solos que não se enquadram na classe anterior

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Tabela 9. Exemplos de classes de Nitossolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Estação
Nitossolo Vermelho distroférrico latossólico
São Borja
61
Chave para classificação dos Nitossolos
1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

húmicos rúbricos
rúbricos
Aluminoférricos (NBaf) húmicos
típicos

húmicos rúbricos
Alumínicos (Nba) rúbricos
húmicos
típicos

húmicos rúbricos
Distroférricos (NBdf) rúbricos
húmicos
típicos

Brunos húmicos rúbricos


rúbricos
Distróficos (NBd) húmicos
típicos

húmicos
Ta alumínicos (NVva) típicos

húmicos
Alumínicos (NVa) típicos

latossólicos
Distroférricos (NVdf) típicos

Vermelhos latossólicos
Distróficos (NVd) típicos

plintossólicos
Eutroférricos (NVef) latossólicos
chernossólicos
típicos
Nitossolo
leptofragmentários
lépticos
latossólicos
Eutróficos (NVe) chernossólicos
típicos

Ta alumínicos típicos

Alumínicos (NXa) latossólicos


típicos

latossólicos
Distróficos (NXd) húmicos
Háplicos típicos

leptofragmentários
lépticos
Eutróficos (NXe) chernossólicos
típicos

62
10. Organossolos - O
São solos constituídos por material orgânico (conteúdo de carbono orgânico maior ou igual a 8 % de
TFSA), que apresentam horizonte hístico. Espessura de 60 cm ou mais quando o material orgânico
estiver em estágio inicial de decomposição, 20 cm ou mais quando sobrejacente a contato lítico ou
lítico fragmentário, 40 cm ou mais quando sobrejacente a horizontes A, B e/ou C.

ORGASSOLO FÓLICO Sáprico típico ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Sáprico salino

No 2º nível categórico os Organossolos podem ser:

Organossolos Tiomórficos – OJ
Solos que apresentam horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos em um ou mais horizontes dentro
de 100 cm da superfície do solo.

Organossolos Fólicos – OO
Solos que estão saturados por água, no máximo por 30 dias consecutivos por ano e que apresentam
horizonte O hístico.
Organossolos Háplicos - OX
Outros solos que não se enquadram nas classes anteriores.

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Tabela 10. Exemplos de classes de Organossolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de solos do RS (Brasil, 1973 e Kämpf & Schneider, 1989).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Organossolo Tiomórfico sáprico salino Taim
Organossolo Mésico sáprico térrico Itapuã
Organossolo Háplico fíbrico típico Torres
Organossolo Háplico hêmico típico Barcelos

63
Chave para classificação dos Organossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

salinos
solódicos
Fíbricos (OJfi) térricos
típicos

salinos
solódicos
Tiomórficos Hêmicos (OJy) térricos
típicos

salinos
solódicos
Sápricos (OJs) térricos
típicos

Fíbricos (OOfi) líticos


cambissolos
típicos

líticos
Hêmicos (OOy) cambissólicos
Fólicos típicos

Sápricos (OOs) líticos


cambissólicos
típicos
Organossolos
solódicos
Fíbricos (OXfi) terriços
típicos

carbonáticos
sódicos
sálicos
Háplicos Hêmicos (OXy) salinos
solódicos
térricos
típicos

carbonáticos
sódicos
Sápricos (OXs) sálicos
salinos
hipocarbonáticos
solódicos térricos
solódicos
térricos
típicos

64
11. Planossolos - S
Planossolos são solos contituídos por material mineral com horizonte A ou E seguido de
horizonte B plânico. Horizonte plânico sem caráter sódico perde em precedência taxonômica para o
horizonte plíntico.

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico arênico PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico

No 2º nível categórico os Planossolos podem ser:

Planossolos Nátricos - SN
Quando apresentarem horizonte plânico e:
a) com caráter sódico, imediatamente abaixo de um horizonte A ou E ou caráter sódico dentro de
200 cm a partir da superrfície do solo; ou
b) com caráter sódico em um ou mais horizontes dentro de 150 cm a partir da superfície, desde
que a parte superior do horizonte B tenha a soma de Mg2+ + Na+ > Ca2+ + H+.
c)
Planossolos Háplicos - SX
Quando não se enquadrarem nas classes anteriores

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Tabela 11. Exemplos de classes de Planossolos encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Planossolo Háplico eutrófico arênico Vacacaí
Planossolo Háplico eutrófico solódico Pelotas
Planossolo Háplico eutrófico vértico Bagé
Planossolo Háplico eutrófico típico São Gabriel

65
Chave para classificação dos Planossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Carbonáticos (SNk) vertissólicos


típicos

Nátricos espessarênicos
arênicos
espessos
mésicos
Sálicos (SNz) dúricos
neofluvissólicos
Planossolo típicos

salinos
espessarênicos
arênicos
espessos
mésicos
Órticos (SNo) dúricos
vertissólicos
gleissólicos
plintossólicos
típicos

66
1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

solódicos
Carbonáticos (SXk) vertissólicos
típicos

solódicos
arênicos
espessos
mésicos
Sálicos (SXz) vertissólicos
gleissólicos
típicos
Planossolo
arênicos
espessos
mésicos
Háplicos Alumínicos (SXa) gleissólicos
típicos

solódicos
espessarênicos
arênicos gleissólicos
arênicos
espessos
mésicos
Distróficos (SXd) gleissólicos
plintossólicos
típicos

salinos
solódicos
espessarênicos
arênicos
espessos
mésicos
Eutróficos (SXe) verissólicos
gleissólicos
chernossólicos
típicos

67
12. Plintossolos - F
Solos que apresentam horizonte plíntico, litoplíntico ou concrecionário, começando dentro de
40 cm, ou dentro de 200 cm quando imediatamente abaixo do horizonte A ou E, ou subjacente a
horizontes que apresentam coloração pálida (horizonte glei) ou variegada.

Mosqueados em quantidade abundante (> 20% por volume) e satisfazendo uma das seguintes
cores:

- se precedidos de horizontes ou camadas de coloração pálida = deverão ter cores centradas nos
matizes e cromas conforme itens (a) e (b) definidos abaixo;
- se precedidos de horizontes ou camadas de coloração variegada – deverão ter pelo mens umas das
cores dos itens (a) e (b);
- se precedidos de horizontes ou camadas com matriz de coloração avermelhada, os mosqueados
deverão ocorrer em quantidade abundante (> 20% por volume) e apresentar matizes e cromas
conforme itens (a) e (b) definidos abaixo.

(a) matiz 5Y; ou


(b) matizes 7,5YRm 10YR ou 2,5YR com croma menor ou igual a 4.

PLINTOSSOLO PRÉTRICO Concrecionário PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Eutrófico


argissólico abruptico

No 2º nível categórico os Plintossolos podem ser:

Plintossolos Pétricos - FF
Quando apresentarem horizonte concrecionário ou horizonte litoplíntico.

Plintossolos Argilúvicos - FT
Quando apresentarem horizonte plíntico e horizonte B textural com caráter argilúvico.

Plintossolos Háplicos - FX
Quando não se enquadrarem nas classes anteriores.

Tabela 12. Exemplo de Plintossolo encontrado no RS e possível equivalência com denominação


regional do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Plintossolo Argilúvico eutrófico abruptico Durasnal

68
Chave para classificação dos Plintossolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Litoplíntico (FFlt) 5 classes


Pétricos
Concrecionário (FFc) 12 classes

Alumínico (FTa) 8 classes


Plintossolo Argilúvicos
Distrófico (FTd) 9 classes

Eutrófico (FTe) 8 classes

Ácrico (FXw) 6 classes


Háplicos
Alumínico (FXa) 8 classes

Distrófico (FXd) 9 classes

Eutrófico (FXe) 8 classes

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Os Plintossolos Pétricos litoplínticos podem ser: - arênicos; - êndicos; - gleissólicos; - húmicos; -


típicos
Os Plintossolos Pétricos Concrecionários podem ser: - fragmentários; - líticos; - leptofragmentários;
- lépticos; - êutricos; - êndicos; - gleissólicos; - argissólicos; - latossólicos; - cambissólicos; - húmicos;
- típicos
__________________________________________________________________________________
Os Plintossolos Argilúvicos Alumínicos podem ser: - espessarênicos; - arênicos; - espessos; -
abrúpticos; - gleissólicos; - petroplínticos; - húmicos; -típicos
Os Plintossolos Argilúvicos distróficos podem ser: - solódicos; - espessarênicos; - arênicos; -
espessos; - abrúpticos; - gleissólicos; - petroplínticos; - húmicos; -típicos
Os Plintossolos Argilúvicos eutróficos podem ser: - solódicos; - espessarênicos; - arênicos; -
espessos; - abrúpticos; - gleissólicos; - petroplínticos; -típicos
__________________________________________________________________________________
Os Plintossolos Háplicos ácricos podem ser: - solódicos; - espessos; - gleissólicos húmicos; -
petroplínticos; - húmicos; - típicos.
Os Plintossolos Háplicos alumínicos podem ser: - fragmentários; - líticos; - leptofragmentários; -
lépticos; - solódicos; - petroplínticos; - húmicos; - típicos.
Os Plintossolos Háplicos distróficos podem ser: - fragmentários; - líticos; - leptofragmentários; -
lépticos; - solódicos; - espessos; - petroplínticos; - húmicos; - típicos.
Os Plintossolos Háplicos eutróficos podem ser: - fragmentários; - líticos; - leptofragmentários; -
lépticos; - solódicos; - espessos; - petroplínticos; - típicos

69
13. Vertissolos - V
São solos com horizonte vértico iniciando dentro de 100 cm de profundidade e relação textural
insuficiente para caracterizar um B textural, e apresentando, ainda, os seguintes requisitos:

- teor de argila de, no mínimo, 30% nos 20 cm superficiais, após misturados;


- fendas verticais no período seco, com pelo menos 1 cm de largura e atingindo, no mínimo, 50 cm de
profundidade, exceto no caso de solos rasos, onde o limite mínimo é de 30 cm de profundidade;
- ausência de material com contato lítico ou lítico fragmentário, ou horizonte petrocálcico, ou duripã
dentro dos primeiros 30 cm de profundidade;
- ausência de qualquer tipo de horizonte B diagnóstico acima do horizonte vértico.

VERTISSOLO HIDROMÓRFICO Carbonático VERTISSOLO EBÂNICO Órtico chernossólico


solódico

No 2º nível categórico os Vertissolos podem ser:

Vertissolos Hidromórficos - VG
Quando apresentarem horizonte glei dentro dos primeiros 50 cm, ou entre 50 e 100 cm desde que
precedido por horizonte de cores acinzentadas.

Vertissolos Ebânicos - VE
Quando apresentarem caráter ebânico, na maior parte dos horizontes B e/ou C (inclusive BA ou CA)
dentro de 100 cm da superfície do solo.

Vertissolos Háplicos - VX
Quando não se enquadrarem nas classes anteriores.

Para o 3º e 4º Nível categórico, as tabelas resumos devem ser consultadas.

Tabela 13. Exemplo de classes de Vertissolo encontradas no RS e possível equivalência com


denominações regionais do levantamento de reconhecimento de solos do RS (Brasil, 1973).
Classe de solo Unidade de Mapeamento
Vertissolo Ebânico órtico chernossólico Aceguá
Vertissolo Ebânico órtico típico Escobar

70
Chave para classificação dos Vertissolos

1º nível 2º nível 3º nível 4º nível

Carbonático (Vgk) solódico


típico

Sódico (Vgn) salino


típico

Hidromórficos Sálico (Vgz) solódico


típico

solódico
Órtico (Vgo) chernossólico
típico

Carbonático (Vek) chernossólico


típico

Ebânicos Sódico (Vem) salino


típico

solódico
gleissólicos
Órtico (Veo) chernossólico
típico

fragmentários
lítico
Vertissolo solódico
Carbonático (Vxk) gleissólico
chernossólico
típico

fragmentários
lítico
Sódico (Vxn) salino
gleissólico
típico

fragmentários
lítico
solódico
Háplicos Sálico (Vxz) gleissólico
típico

fragmentários
lítico
salino
hipocarbonático solódico
Órtico (Vxo) hipocarbonático chernossólico
solódico
gleissólico
chernossólico
típico

71
6. Classificações Interpretativas

A classificação técnica ou interpretativa de solos consiste no agrupamento dos solos em


classes de acordo com características selecionadas em função de um tipo de uso específico. Os solos
podem ser classificados tanto para uso em agricultura como para urbanização, construção de estradas,
etc. A avaliação das características dos solos geralmente baseia-se nas informações presentes nos
relatórios de levantamentos de solos. Na classificação técnica para uso agrícola considera-se o
conceito de terra, mais abrangente do que o de solo, incluindo além do solo propriamente dito, o
clima, o relevo, a vegetação, sua utilização e outras características.
A exploração agrícola do solo respeitando a sua capacidade de uso é importante para a sua
conservação e para a preservação ambiental. O uso incorreto do solo irá expõe-lo à erosão hídrica,
resultando em perda da capacidade produtiva, depósitos de sedimentos em cursos d’água, propiciando
assoreamento e enchentes, poluição dos rios por adubos, herbicidas e inseticidas trazidos junto com o
solo erodido e outros problemas.
As classificações de potencial de uso das terras baseiam-se na avaliação das qualidades e das
limitações das terras, tendo por objetivo indicar as possibilidades de uso agrícola e recomendar as
práticas de manejo necessárias para manter ou elevar a produtividade das terras, sem que sejam
degradadas. Estas classificações podem ser utilizadas para o planejamento de programas de
desenvolvimento agrícola em escala regional ou estadual (p. ex.: assentamentos), servindo também
para o planejamento de atividades agrícolas e de conservação do solo em nível de propriedade rural.
Para a classificação são interpretadas as características das terras e avaliados os graus de
limitações que estas possuem. São consideradas apenas as limitações permanentes, não corrigíveis ou
com correção muito difícil, como declividade acentuada, pedras não removíveis, lençol freático
superficial, textura muito arenosa e outras. O seguinte princípio básico rege as classificações técnicas:
“à medida que aumentam as limitações de uma terra, a intensidade de seu uso agrícola adequado
diminui”. A intensidade de uso corresponde ao grau de mobilização do solo (aração, gradagem,
passagem de máquinas para colheita e tratos culturais etc.) durante o cultivo, expondo-o a riscos de
erosão e degradação. A intensidade de uso decresce na seguinte ordem: culturas anuais → culturas
perenes → preservação da vegetação nativa. Uma terra apta para determinado uso sempre pode ser
explorada com uma utilização menos intensa.

Relação entre a intensidade da limitação de uso e a utilização das terras.


aumento da intensidade de uso
Aume Grupo Preservação da Silvicultura e Pastagem plantada Lavouras anuais
nto das de uso flora e fauna pastagem natural
limitaç 1
ões 2
3
4

No Brasil são utilizados dois sistemas de classificação de uso do solo para fins agrícolas, o
sistema adotado pela USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), conhecido como Capacidade
de Uso (Klingebiel & Montgomery, 1961), desenvolvido para o combate à erosão, e o Sistema de
Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras (Ramalho Filho et al., 1978), desenvolvido no Brasil pela
SUPLAN e SNLCS-EMBRAPA, com a cooperação da FAO.

As classificações interpretativas devem ser efetuadas de acordo com o conceito de terra,


a não apenas de solo.

Terra – inclui o conceito de solo, e os vários atributos da biosfera da área (gleba) considerada, que
sejam razoavelmente estáveis ou cíclicos. TERRA é, portanto, uma porção da superfície do globo
terrestre que, além do solo, é individualizada por condições climáticas, geológicas e hidrológicas,
cobertura vegetal, presença ou ausência de trabalhos do homem e condições de uso. Inclui ainda,
localização, posição topográfica, tamanho e forma, nível tecnológico e condições socioeconômicas,
além do estagio de desbravamento e de degradação.

72
As classificações interpretativas devem:

a) mostrar clara e rapidamente as alternativas de uso;


b) ser simples para serem fáceis de entender e utilizar;
c) ser flexíveis;
d) dar informações de maneira precisa;
e) definir e citar as limitações existentes no sistema;
f) prever o potencial máximo que poderá ser atingido dentro das condições locais (tecnologia,
infraestrutura, disponibilidade de capital, nível de conhecimento e outros);
g) condicionar as alternativas visando o melhor aproveitamento das terras, sem riscos;
h) prevenir que as terras não devem ser utilizadas além de seu potencial máximo.

73
Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras

É um sistema destinado à avaliação do potencial agrícola de grandes áreas, sendo útil para
planejamento regional e nacional (Ramalho Filho et al., 1978; Ramalho Filho & Beek, 1995). Por não
indicar as práticas de manejo de solo e de culturas a serem adotadas sob os diferentes usos, ele não
pode ser usado para planejamento conservacionista a nível de propriedade rural, a não ser que seja
adaptado.
Como a classificação da aptidão agrícola das terras é um processo interpretativo, seu caráter é
efêmero, podendo sofrer variações com a evolução tecnológica. Portanto, está de acordo com a
tecnologia vigente na época de sua realização. Este sistema de classificação, como tem sido
empregado, não é um guia preciso para indicar a obtenção do máximo benefício das terras, mas serve
como orientação básica para planejamentos regionais, estaduais e nacionais, relativos à utilização
agrícola destas áreas.
Um aspecto importante desta metodologia é o fato de poder ser representada, em um só mapa,
a classificação da aptidão agrícola das terras, para os diversos tipos de utilização e de acordo com os
níveis de manejo considerado.

O sistema considera três níveis de manejo para a classificação das terras:

Nível de Manejo A (primitivo)

É baseado em práticas agrícolas de baixo nível tecnológico, praticamente não existindo


aplicação de capital e insumos. As práticas agrícolas dependem de trabalho braçal e, às vezes, de
tração animal com implementos simples.

Nível de Manejo B (transicional)

Corresponde a um nível tecnológico médio, com modesta aplicação de capital e de resultados


de pesquisa. As práticas agrícolas baseiam-se na tração animal.

Nível de Manejo C (avançado)

É baseado em práticas agrícolas de alta tecnologia, com intensa aplicação de capital e de


resultados de pesquisa. As práticas agrícolas são mecanizadas.

A classificação das terras, para o nível de manejo A, é feita de acordo com as condições naturais da terra,
uma vez que este nível de manejo não prevê melhoramentos.
Para os níveis de manejo B e C, que envolvem melhoramentos tecnológicos em diferentes modalidades, é
efetuada após o melhoramento.

Tipos de utilização

Este sistema considera os seguintes tipos de utilização:


a) lavouras;
b) pastagens plantadas;
c) silvicultura;
d) pastagens naturais; e
e) preservação da fauna e da flora silvestre.

A utilização das terras para lavoura é representada pelas letras A, B e C, uma vez que pode ser
desenvolvida nos três níveis de manejo considerados.
Já, a utilização para pastagem plantada prevendo unia modesta aplicação de corretivos,
fertilizantes e defensivos, considera, apenas, o nível de manejo B e é representada pela letra P.
A utilização para silvicultura, da mesma forma, como prevê esse uso apenas no nível de
manejo B. é representada pela letra S.

74
Para a pastagem natural está implícita uma utilização sem melhoramentos tecnológicos,
correspondendo, portanto, a utilização apenas no nível de manejo A, sendo, neste caso, representada
pela letra N.
Este sistema considera a lavoura como o tipo de utilização mais intensivo, seguido, na ordem,
pela pastagem plantada, silvicultura e pastagem natural, que são os tipos de utilização menos
intensivos e por último a preservação da flora e da fauna.

Estrutura do sistema

A classificação da aptidão agrícola das terras considera três níveis categóricos, identificados,
como:
—› grupo
—› subgrupo
—›classe

Grupos de Aptidão Agrícola

Indica o tipo de utilização mais intensivo possível das terras, ou seja, sua melhor aptidão sem
considerar o nível de manejo. O grupo é representado por números arábicos de 1 a 6, significando:
1- aptidão boa para lavoura;
2- aptidão regular para lavoura;
3- aptidão restrita para lavoura;
4- apta para pastagem cultivada;
5- apta para pastagem natural e silvicultura;
6- inapta para exploração agrícola (indicada para refúgio de flora e fauna ou para recreação).

Alternativas de utilização das terras de acordo com os grupos de aptidão

Aumento da intensidade de uso >>>>>


Grupo de Silvicultura Lavouras
Preservação
Aptidão e/ou Pastagem
da Flora e Aptidão Aptidão Aptidão
Agrícola* Pastagem Plantada
Fauna Restrita Regular Boa
Natural
1
2
3
4
5
6
* Do grupo 1 para o grupo 6, há um aumento de intensidade da limitação e diminuição das alternativas
de uso.

Subgrupos de Aptidão Agrícola

É a avaliação conjunta das classes de aptidão, indicando o uso mais intensivo possível para
cada nível de manejo. Os subgrupos formados nos grupos 1, 2 e 3, sempre, referem-se aos três níveis
de manejo. No grupo 4 existe somente um subgrupo e que se refere apenas ao nível de manejo B. Os
subgrupos formados no grupo 5 referem-se tanto ao nível de manejo A como o nível de manejo B. No
grupo 6 não há subgrupos.
Por exemplo: (a)bC - representa terras com aptidão restrita para lavoura no nível A, regular no
B e boa no C. Esta terra seria representada no mapa como 1(a)bC, onde (a)bC é o subgrupo e 1
corresponde ao grupo, indicando a melhor classe de aptidão do subgrupo, que no caso é C.
A terra classificada como 4(p) é indicada para pastagem cultivada, com aptidão restrita;
enquanto que a 5(s)n significa terra indicada para pastagem natural e silvicultura, com aptidão regular
para pastagem e restrita para silvicultura.

Quadro com os possíveis subgrupos

75
No nível de manejo A: No nível de manejo B: No nível de manejo C:
1A, 2A, 3A, 5N 1B, 2B, 3B, 4P, 5S 1C. 2C, 2C

76
Classes de Aptidão Agrícola

As classes são denominadas: Boa, Regular, Restrita e Inapta, sendo designadas para cada tipo
de utilização das terras e representadas nos mapas de aptidão agrícola por símbolos.

Classe boa: terras sem limitações significativas para a produção sustentada de um


determinado tipo de utilização, observando-se o nível de manejo considerado. A classe boa, para os
diferentes tipos de utilização, é representada por letras maiúsculas.

Classe regular: terras com limitações moderadas para a produção sustentada de um


determinado tipo de utilização, observando-se o nível de manejo considerado. As limitações já
reduzem a produtividade ou os benefícios, elevando a necessidade de uso de insumos. Ainda que
atrativas, essas vantagens são sensivelmente inferiores àquelas alcançadas nas terras da classe boa. A
classe regular é representada por letras minúsculas.

Classe restrita: terras que apresentam limitações fortes para a produção sustentada de um
determinado tipo de utilização, observadas as condições do manejo considerado. As limitações
reduzem consideravelmente a produtividade ou os benefícios, aumentando muito a utilização de
insumos necessários. A classe restrita. nos diferentes tipos de utilização, é representada por letras
minúsculas entre parênteses.

Classe inapta: terras nas quais as limitações são tão fortes que impedem a produção
sustentada do tipo de utilização considerado. A classe inapta, ao contrário das demais classes, é
identificada pela ausência de letras.

Simbologia das classes de aptidão agrícola das terras (Ramalho & Beek, 1995).
Tipo de Utilização
Classe Lavoura Pastagem plantada Silvicultura Pastagem Natural
de Nível de Manejo Nível de Manejo Nível de Manejo Nível de Manejo
aptidão A B C B B A
Boa A B C P S N
Regular a b c p s n
Restrita (a) (b) (c) (p) (s) (n)
Inapta -- -- -- -- -- --

77
Avaliação das classes de aptidão agrícola das terras

As classes de aptidão são definidas com base na avaliação nos fatores limitantes: deficiência
de fertilidade natural do solo (f), deficiência de água (h), deficiência de oxigênio ou excesso de água
(o), suscetibilidade à erosão (e) e impedimento à mecanização agrícola (m). O grau de limitação que
estes fatores impõem é avaliado a partir da caracterização dos solos realizada em levantamentos,
admitindo-se os seguintes graus: nulo, ligeiro, moderado, forte e muito forte. Para os níveis de manejo
B e C esta análise considera as limitações que o solo continua a apresentar após a aplicação de
melhoramentos. Como o nível A não prevê melhoramentos, os graus de limitação são os que o solo
apresenta em condições naturais. A definição da classe é realizada pela comparação dos graus de
limitação existentes com os graus permitidos em cada classe; o fator que impõe o maior grau de
limitação determina a classe.

Simbologia e descrição das classes de aptidão agrícola das terras

SÍMBOLO DESCRIÇÃO
1 ABC terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavoura, nos níveis de manejo A, B e C
terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavoura, nos níveis de manejo A e B, e
1 ABc
regular no nível de manejo C.
terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavoura nos níveis de manejo A e B, e
2 ab (c)
restrita no nível de manejo C.
- terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavoura no nível de manejo C. restrita
2 (b) c
no nível de manejo B, e inapta no nivel de manejo A
terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavoura nos níveis de manejo A e B, e
3 (a) (b)
inapta para o nível de manejo C.
terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavoura nos níveis de manejo B e C, e
3 (b) (c)
inapta no nível de manejo A.
- terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis de manejo A. B e
3 (a) (b) (c)
C
4P terras inaptas para lavoura, mas pertencentes à classe boa para pastagens.
4 (p) - terras inaptas para lavoura, mas pertencentes à classe restrita para pastagens plantadas.
terras inaptas para lavoura e pastagens plantadas, porém boas para silvicultura e regulares
5 Sn
para pastagens naturais.
- terras inaptas para lavoura e pastagens plantadas, porém regulares para silvicultura, e
5 s (n)
restritas para pastagens naturais.
6 - terras sem aptidão de uso agrícola. Preservação da fauna e flora

Condições agrícolas das terras

Nesta metodologia, para a análise das condições agrícolas das terras, toma-se os Seguintes
fatores agrícolas: deficiência de fertilidade, deficiência de água, excesso de água ou deficiência de
oxigênio, suscetibilidade à erosão e impedimentos à mecanização.

Na análise das condições agrícolas das terras, toma-se como referência, um solo que não
apresente problemas de fertilidade, que não apresente deficiências de água e de oxigênio, que não seja
suscetível à erosão e que não ofereça impedimentos à mecanização.

Como normalmente as terras se afastam dessas condições agrícolas ideais através de uni ou
mais dos fatores agrícolas considerados, e os desvios podem variar de intensidade, estabeleceu-se,
nesta metodologia, cinco graus de limitação para caracterizarem os desvios de cada fator em relação
ao solo de referência.

nulo (N), ligeiro (L), moderado (M), forte (F), muito forte (MF)

78
- Deficiência de fertilidade:

A fertilidade está na dependência, principalmente, da disponibilidade de macro e


micronutrientes, incluindo, também, a presença ou ausência de certas substâncias tóxicas, solúveis,
como AI e Mn trocáveis, que diminuem a disponibilidade de alguns nutrientes minerais importantes
para as plantas, bem como a presença ou ausência de sais solúveis, especialmente os de sódio.
O índice de fertilidade é avaliado através da saturação de bases (V%), Al%, CTC. valor S, teor
de mo., teor de fósforo e pH, basicamente. Estas informações são obtidos quando da análise do perfil
do solo.

Graus de limitação por deficiência de fertilidade:

NULO (N): este grau refere-se a terras que possuem elevadas reservas de nutrientes para as
plantas, sem apresentar toxidez devido a sais solúveis, sódio trocável ou outros elementos prejudiciais
ao desenvolvimento das plantas. Neste grau. as culturas não respondem às adubações e apresentam
ótimos rendimentos durante muitos anos (supostamente mais de vinte anos), mesmo que as culturas
sejam exigentes.
Os solos pertencentes a este grau de limitação apresentam, ao longo do perfil, mais de 80% de
saturação de bases; soma de bases acima de 6 Cmolc/Kg; são livres de alumínio e sódio trocável e a
condutividade elétrica é menor que 4 mmhos/cm a 25°C.
LIGEIRO (L): este grau relaciona-se a terras que possuem boas reservas de nutrientes para as
plantas sem apresentar problemas de toxidez devido ao excesso de sais solúveis, sódio trocável ou
outros elementos.
As terras deste grau têm capacidade de manter boas colheitas durante vários anos
(supostamente mais de dez anos) com pequena exigência de fertilizantes para manter o seu estado
nutricional.
MODERADO (M): neste grau de limitação se enquadram as terras com limitada reserva de
nutrientes para as plantas, referente a um ou mais elementos, podendo conter sais ou elementos tóxicos
em quantidades que já afetem o desenvolvimento de certas culturas.
As terras deste grau permitem bons rendimentos, apenas, nos primeiros anos de utilização
agrícola (supostamente cinco anos), verificando-se, posteriormente, um rápido declínio na
produtividade. Torna-se necessária a aplicação de fertilizantes e corretivos após as primeiras safras.
Os solos pertencentes a este grau de limitação, normalmente, apresentam saturação de bases
inferior a 50%; saturação com alumínio acima de 30% ou saturação com sódio trocável entre 6 a 15%
ou condutividade elétrica do extrato de saturação entre 4 a 8 mmhos/cm a 25°C.
FORTE (F): neste grau de limitação enquadram-se as terras que apresentam reservas muito
limitadas de um ou mais nutrientes, podendo conter sais ou elementos tóxicos que permitem o
desenvolvimento, apenas, de plantas tolerantes. Normalmente se caracterizam pela muito baixa soma
de bases trocáveis ou com saturação de bases alta, porém com problemas de sódio trocável ou quando
a condutividade elétrica está entre 8a 15 mmhos/cm a 25°C.
Estas condições afetam a escolha de culturas e se refletem nos baixos rendimentos das culturas
e pastagens. Os solos devem ser corrigidos na fase inicial de sua utilização agrícola.
MUITO FORTE (MF): este grau de limitação compreende as terras mal providas de
nutrientes, com excesso de sais solúveis ou sódio trocável, com remotas possibilidades de serem
exploradas com os diferentes tipos de utilização considerados. Apenas plantas muito tolerantes
conseguem adaptar-se a essa terras.

- Deficiência de água:

Esta deficiência é definida pela quantidade de água armazenada no solo, possível de ser
aproveitada pelas plantas. A deficiência de água na dependência das condições de clima
(especialmente de precipitação e a evapotranspiração) e na capacidade de retenção e armazenamento
de água no solo. A capacidade de armazenamento de água disponível é dependente da textura, tipo de
argila, conteúdo de matéria orgânica, profundidade efetiva e outras.

79
Além dos fatores mencionados, a duração do período de estiagem. distribuição anual da
precipitação, características da vegetação natural e comportamento das culturas, são, também,
utilizadas para determinar os graus de limitação por deficiência de água.

Convém esclarecer que a prática de irrigação não é considerada nesta avaliação, razão
porque a deficiência de água afeta igualmente a utilização das terras nos três níveis de manejo.

Grau de limitação por deficiência de água:

NULO (N): neste grau, as terras não apresentam falta de água para o desenvolvimento das
culturas em nenhuma época do ano.
LIGEIRO (L): neste grau, as terras já apresentam ocorrências de períodos de 1 a 3 meses
com pequena deficiência de água disponível, limitando o desenvolvimento das culturas mais sensíveis,
especialmente as de ciclo vegetativo longo.
MODERADO (M): neste grau, as terras já apresentam períodos de 3 a 6 meses com
considerável deficiência de água disponível, eliminando as possibilidades de cultivo da maioria das
culturas de ciclo longo e reduzindo as possibilidades de dois cultivos anuais com culturas de ciclo
curto. Não estão previstas, neste grau de limitação, irregularidades durante o período de chuvas.
FORTE (F): neste grau, as terras apresentam acentuada deficiência de água disponível
durante um longo período. normalmente de 6 a 8 meses. As precipitações anuais oscilam de 600 a 800
milímetros, são mal distribuídas e estão associadas a altas temperaturas.
MUITO FORTE (MF): neste grau, as terras apresentam severas deficiências de água
disponível durante um período de 8 a 10 meses. A precipitação é inferior a 600 milímetros por ano,
com muita irregularidade em sua distribuição e está associada a altas temperaturas anuais.

- Excesso de água ou deficiência de oxigênio:

O excesso de água, normalmente, está relacionada com as classes de drenagem do solo: mal a
muito mal drenado, que por sua vez é resultante da interação da precipitação, evapotranspiração,
posição no relevo e características do solo.
As áreas com problemas de drenagem podem ser aptas para culturas adaptadas ao excesso de
água (arroz irrigado).

Grau de Limitação por excesso de água:

NULO (N): este grau está relacionado a terras que não apresentam problemas de aeração ao
sistema radicular da maioria das culturas, durante todo ano. Os solos, neste grau, são bem a
excessivamente drenados.
LIGEIRO (L): neste grau, as terras apresentam certa deficiência de aeração às culturas
sensíveis ao excesso de água, durante a estação chuvosa. Os solos, deste grau. são moderamente
drenados.
MODERADO (M): neste grau, as terras já comprometem o desenvolvimento da maioria das
culturas, devido a deficiência de aeração durante as estações chuvosas. Os solos, deste grau, são
imperfeitamente drenados, estando sujeitos a riscos ocasionais de inundações.
FORTE (F): neste grau, as terras apresentam sérias restrições, comprometendo seriamente o
desenvolvimento de culturas não adaptadas ao excesso de água. Os solos, deste grau, são mal a muito
mal drenados, estando sujeitos a inundações frequentes. As terras, deste grau, somente poderão ser
utilizadas para culturas não adaptadas ao excesso de água, se forem drenadas artificialmente e
efetuadas práticas de controle de inundações.
MUITO FORTE (MF): neste grau, as terras, praticamente, impedem o desenvolvimento das
culturas, por exigir práticas de drenagem e de controle a inundações, que fogem do alcance do
agricultor individualmente.

- Suscetibilidade à erosão:

80
A suscetibilidade à erosão diz respeito ao desgaste que a superfície do solo poderá sofrer,
quando submetida a qualquer tipo de utilização, para qualquer cultura, sem medidas conservacionistas.
A suscetibilidade à erosão está na dependência das condições climáticas (especialmente do
regime de chuvas, intensidade e duração das chuvas), das condições do solo (textura, estrutura,
permeabilidade, profundidade, capacidade de retenção de água, sequência de horizontes, presença ou
ausência de camadas compactas e pedregosidade), das condições de relevo (declividade, extensão das
pendentes e micro relevos) e da cobertura vegetal.

Graus de limitação por suscetibilidade à erosão:

NULO (N): neste grau, as terras não são susceptíveis à erosão. Geralmente ocorrem em relevo
plano ou quase plano e apresentam boa permeabilidade e capacidade de infiltração de água.
LIGEIRO (L): neste grau. as terras já apresentam suscetibilidade à erosão. Normalmente, são
terras que possuem boas propriedades físicas, mas que ocorrem em declives de 3 a 8%.
MODERADO (M): neste grau, as terras apresentam moderada susceptibilidade à erosão.
Normalmente ocorrem em relevo ondulado a forte ondulado, com declives variando de 8 a 20%. Os
declives podem ser maiores se as condições físicas dos solos forem favoráveis ou, os declives podem
ser menores, quando os solos apresentam características físicas e mineralógicas desfavoráveis, como é
o caso de solos com horizonte A arenoso e que apresente mudança textural abrupta ou solos com
elevada quantidade de argilas 2:1, especialmente se expansivas.
FORTE (F): neste grau, as terras apresentam grande susceptibilidade à erosão. Normalmente
ocorrem em relevo forte ondulado e em declives que variam de 20 a 45%. Os declives, no entanto,
podem ser menores em solos que apresentam más propriedades físicas.
MUITO FORTE (MF): neste grau, as terras são tão susceptíveis à erosão, que não devem ser
mais recomendadas para o uso agrícola, sob pena de serem totalmente erodidas, em poucos anos.
Trata-se de terras localizadas em áreas muito íngremes, nas quais deve ser estabelecida uma cobertura
vegetal perene, que evite a erosão.

- Impedimentos à mecanização:

Este fator refere-se às condições apresentadas pelas terras ao uso de máquinas e implementos
agrícolas. Está relacionado com a extensão, forma e declividade das pendentes, com as condições de
drenagem, com a espessura, textura e tipo de argila predominante no solo e com a pedregosidade e
rochosidade superficial.
Este fator é relevante, especialmente no nível de manejo C, no qual está previsto o uso de
máquinas e implementos agrícolas de tração mecânica, razão porque leva em consideração o
rendimento do trator (número de horas de trabalho usadas efetivamente).

Graus de limitação por impedimentos à mecanização:

NULO (N): neste grau as terras permitem, sem restrições, o emprego de quaisquer máquinas e
implementos agrícolas em todas as épocas do ano. Essas terras ocupam topografia plana ou quase
plana e não possuem impedimentos relevantes à mecanização. Nessas terras o rendimento do trator é
superior a 90%.
LIGEIRO (L): neste grau as terras permitem, com pequena restrição, o emprego da maioria
das máquinas e implementos agrícolas, durante todo o ano. Essas terras ocorrem em relevo
suavemente ondulado com declives de 3 a 8% e são constituídas por solos espessos a moderadamente
espessos. Podem ocorrer em relevo plano, desde que possuem outras limitações que afetem o uso de
máquinas, como : textura muito arenosa, textura muito argilosa ou restrições devido a drenagem,
espessura. pedregosidade, sulcos de erosão e outras. Nestas terras o rendimento do trator fica entre 75
a 90%.
MODERADO (M): neste grau as terras permitem, com restrições, o emprego de máquinas e
implementos agrícolas, durante todo o ano, porém, já não podem ser mais utilizados determinados
81
tipos de máquinas e implementos. São terras que ocorrem em relevo ondulado a forte ondulado com
declives variando de 8 a 20%. Neste grau, as terras podem ocupar topografia mais suave no caso de
ocorrências de outros impedimentos a mecanização, como: pedregosidade, rochosidade, pequena
espessura, textura muito arenosa ou muito argilosa, presença de argila 2:1 expansivas, drenagem
imperfeita, sulcos de erosão profundos e outros. Nestas terras o rendimento do trator fica entre 50 a
75%.
FORTE (F): neste grau as terras somente permitem o uso de máquinas e implementos
especiais de tração mecânica ou de tração animal.
As terras deste grau ocorrem em relevo forte ondulado, em declives variando de 20 a 45%. 0
rendimento do trator é inferior a 50%.
MUITO FORTE (MF): neste grau as terras não permitem mais o uso de máquinas e
implementos de tração mecânica, até mesmo o uso de implementos de tração animal é difícil. São
terras que ocorrem em relevo montanhoso ern declives superiores a 45%. Neste grau, também, fazem
parte as glebas de terras muito pequenas, cujas dimensões e forma não permitem um bom rendimento
do trator.

Aptidão agrícola Graus de limitação das condições agrícolas das terras para os níveis de manejo A, B e C
Tipo de
Deficiência de Impedimentos à
Deficiência de água Excesso de água Suscetibilidae à erosão utilização
Grupo Subgrupo Classe Fertilidade mecanização
indicado
A B C A B C A B C A B C A B C
1 1 ABC Boa N/L N/L1 N1 L L L L L1 N2 L/M N/L1 N1 M L N
2 2 abc Regular L L1 L2 M M M M L/M1 L2 M L1 N2/L1 M/F M L Lavouras
3 3 (abc) Restrita M L/M1 L2 M/F M/F M/F M/F M1 M2 F* M1 L2 F M/F M
4P Boa M1 M F1 M/F1 M/F
Pastagem
4 4p Regular M/F1 M/F F1 F1 F
Plantada
4 (p) Restrita F1 F M/F MF F

5S Boa M/F1 M L1 F1 M/F


Silvicultura
5s Regular F1 M/F L1 F1 F
e/ou
5 (s) Restrita MF F M1 MF F

5N Boa M/F M M/F F MF


Pastagem
5n Regular F M/F F F MF
Natural
5 (n) Restrita M/F F MF F MF
Preservação
6 6 Sem aptidão --- --- --- --- --- da Flora e
Fauna

NOTAS Grau de limitação:


Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de N – nulo
melhoramento das condições agrícolas das terras. L – ligeiro
Terras sem aptidão para lavouras em geral. que devido ao excesso de M – moderado
água podem ser indicadas para arroz dc inundação. F – forte
No caso de grau forte de suscetibilidade à erosão. o grau de limitação MF – muito forte
por deficiência de fertilidade não deve ser maior do que ligeiro a / - intermediário
moderado para a classe restrita 3 (a).
A ausência de algarismos sublinhados acompanhando a tetra
representativa do grau de limitação indica não haver possibilidade
melhoramento naquele nível de manejo

Quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras (clima subtropical) (Ramalho Filho & Beek,
1995).

Viabilidade de melhoramento das condições agrícolas das terras

A viabilidade de melhoramento das condições agrícolas das terras, a partir das condições
naturais, é avaliada em classes de melhoramentos, mediante a adoção de práticas compatíveis com os
níveis de manejo B e C, uma vez que o nível de manejo A não permite melhoramentos.
Os graus de limitação atribuídos aos cincos fatores agrícolas são estipulados às terras nas
condições naturais, correspondendo, portanto, ao nível de manejo A. Esses graus de limitação devem,
também, serem avaliados para os níveis de manejo B e C, após o emprego de práticas de
melhoramento compatível com cada nível de manejo.
82
Esta metodologia considera quatro classes de melhoramento, identificadas por algarismos
sublinhados, que acompanham as letras representativas dos graus de limitação estimado para cada
fator agrícola nos níveis de manejo B e C.

correspondente a melhoramentos viáveis com práticas simples e com pequeno


CLASSE 1 emprego de capital. Esta classe é compatível com o nível de manejo B e as práticas
de melhoramento são suficientes para atingir o grau indicado no quadro guia.
classe de melhoramento viável apenas com práticas intensivas, sofisticadas e com
considerável aplicação de capital, compatíveis com o nível de manejo C. Esta
CLASSE 2 classe prevê práticas de melhoramento que podem ser executadas pelos
agricultores individualmente e que são consideradas economicamente
compensadoras.
classe de melhoramento viável somente com práticas de grande vulto, aplicadas a
CLASSE 3 projetos de larga escala, que estão, normalmente, além das possibilidades
individuais dos agricultores.
CLASSE 4 classe sem viabilidade técnica ou econômica de melhoramento.

Melhoramento da deficiência de fertilidade

O fator deficiência de fertilidade torna-se decisivo no nível de manejo A, uma vez que o uso
da terra está na dependência da fertilidade natural.
A fertilidade natural pode, na maioria dos solos, ser melhorada nos níveis de manejo B e C.
No entanto os melhoramentos dependem da classe de melhoramento, do grau de limitação estimado
nas condições naturais e das características intrínsecas do solo. Há solos, como o Latossolo Vermelho
Distroférrico e outros, que respondem bem ao melhoramento da fertilidade, porém há outros, como
alguns Argissolos Vermelho-Amarelo, especialmente os de textura arenosa, nos quais a resposta ao
melhoramento não é tão boa e eficiente. Desta maneira, vê-se que os melhoramentos da fertilidade
natural depende, além das exigências de corretivos e fertilizantes, das características dos solos.
Melhoramentos efetuados dentro da classe 1. dificilmente eliminam a deficiência de
fertilidade, especialmente se, nas condições naturais, o grau de limitação é mais forte que o grau
ligeiro. Já, na classe 2 de melhoramento, dependendo das características do solo e do grau inicial de
limitação, pode-se eliminar ou quase eliminar a deficiência de fertilidade.
Quanto mais forte for o grau de limitação, mais intensiva devem ser as aplicações de
corretivos e fertilizantes, tornando-se viáveis apenas na classe 2 de melhoramento.

Melhoramento da deficiência de água (sem irrigação)

O melhoramento da deficiência de água não é viável, uma vez que a irrigação não é usada nos
níveis de manejo considerados. No entanto algumas práticas de manejo podem favorecer a
disponibilidade de água, como:

a) redução da perda de água por evapotranspiração, mediante o uso de cobertura morta, plantio em
faixas, terraços e covas;
b) ajustamento dos cultivos às épocas das chuvas;
c) seleção de culturas adaptadas à falta de água.

Melhoramento do excesso de água

Realizado mediante práticas de drenagem, compatíveis com as classes 1, 2 e 3 de


melhoramento.

Melhoramento da suscetibilidade á erosão

A conservação do solo, no sentido mais amplo, refere-se ao controle da erosão e à manutenção


da fertilidade e disponibilidade de água, pois faz parte de uni conjunto de práticas que visam a
manutenção dos nutrientes e da umidade do solo.
A suscetibilidade à erosão, usualmente tem sua ação controlada através de práticas pertinentes
aos níveis de manejo B e C. desde que seja efetuado e mantido o processo de conservação do solo. O
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melhoramento da suscetibilidade à erosão, portanto. pode ser viável nas classes 1 e 2 de
melhoramento.
Na classe 1 de melhoramento está previsto o controle à erosão através do uso das seguintes
práticas: cultivos em curvas de nível, cultivos em faixas, cordões em contorno, rotação de culturas,
enleiramento dos restos culturais em nível, terraços de base estreita, plantio direto, mínimo preparo do
solo, pastejos controlados e outros que envolvem pequeno investimento.
Na classe 2 de melhoramento à erosão somente pode ser evitada ou controlada mediante a
adoção de práticas conservacionistas intensivas, incluindo obras de engenharia, como: plantio direto,
terraços em nível, terraços em patamar, controle de voçorocas, etc.

Melhoramento dos impedimentos à mecanização

Os impedimentos à mecanização não são importantes no nível de manejo A, têm pouca


influência no nível de manejo B. porém são relevantes no nível de manejo C.
A maioria dos impedimentos à mecanização tem caráter permanente ou são de difícil remoção,
tornando-se inviável o melhoramento. Algumas práticas, no entanto, poderão ser realizadas em
benefício do rendimento das máquinas, como: drenagem, remoção de pedras, sistematização do
terreno e melhor localização das estradas.

84
7. Sistema de classificação da capacidade de uso das terras - CUT

O sistema de classificação da capacidade de uso das terras (Klingebiel & Montgomery, 1961;
Lepsch et al., 1991) pode ser usado para o planejamento agrícola a nível de propriedade rural, desde
que se disponha de levantamentos de solos detalhados, o que, entretanto, não é comum no Brasil.
O sistema considera uma atividade agrícola em nível tecnológico avançado, com as práticas
culturais baseadas em mecanização agrícola. Dessa forma, não é considerada a capacidade das terras
que produzem bem com o uso de tração animal ou força braçal, mas que não são aptas à mecanização
agrícola, em função de relevo irregular, pedregosidade ou outras limitações.
O sistema de classificação de terras, de acordo com a capacidade de uso, desenvolvido por
Lepsch et al. (1991). foi elaborado, primordialmente, para atender a planejamentos de práticas de
conservação do solo. Contudo, pode levar em conta outros fatores, tais como os impedimentos à
mecanização, produtividade dos solos, riscos de inundações. Por isso, essa classificação tem sido
adotada para outras finalidades, além das práticas de conservação do solo.
Duas são as limitações principais no emprego da classificação da capacidade de uso das
terras:A primeira é quanto a separação das classes do sistema, que requerem detalhes não encontrados
nos mapas de reconhecimento de solos, devido ao nivel de informação desses levantamentos. A
segunda, refere-se às disponibilidades regionais de emprego de tecnologia agrícola e capital, tão
comuns no Brasil, e que fazem com que a aptidão agrícola deva ser julgada em face de diferentes
níveis de manejo, o que não é possível na classificação da capacidade de uso, por que pressupõem,
basicamente, o manejo moderadamente alto.

Estrutura do sistema

O sistema completo prevê quatro níveis categóricos (categorias):

a) grupo de capacidade de uso


b) classe de capacidade de uso
c) subclasse de capacidade de uso
d) unidade de capacidade de uso

Grupo de capacidade de uso

Constituem o nível mais alto do sistema. São previstos três grupos de capacidade de uso,
identificados pelas letras maiúsculas A, B e C. e estabelecidos pela intensidade de uso das terras,
conforme segue:

GRUPO A: compreende as terras que podem ser utilizadas com qualquer tipo e intensidade de
uso (culturas anuais, pastagens, reflorestamentos e vida silvestre).

GRUPO B: compreende terras, cuja intensidade de uso fica limitada à utilização com
pastagens, reflorestamentos e vida silvestre, sendo impróprias para culturas anuais.

GRUPO C: compreende terras que somente devem ser utilizadas para preservação da fauna e
flora. armazenamento de água e recreação.

Classe de capacidade de uso

Constituem o segundo nível categórico, e compreendem subdivisões dos grupos de capacidade


de uso, de acordo com o grau de limitação ao uso e/ou riscos de degradação das terras.
O sistema prevê 8 classes, convencionadas pelos algarismos romanos de I a VIII.
As classes I, II e III, são próprias para culturas anuais, porém os riscos de degradação ou grau
de limitação ao uso, aumentam da classe I à III; a classe IV, somente pode ser utilizada
ocasionalmente para culturas anuais, mesmo assim com sérios problemas de conservação; as classes
V. VI e VII, são impróprias para culturas anuais, mas próprias para culturas permanentes (pastagens
ou reflorestamentos ), nas quais os problemas de conservação aumentam da classe VI para a VII: e. a
classe VIII, é imprópria para qualquer tipo de cultivo (anual, pastagens ou reflorestamentos).
85
Caracterização das classes de capacidade de uso

A caracterização das classes de capacidade de uso das terras, leva em consideração a maior ou
menor complexidade das práticas conservacionistas necessárias para manter a produtividade
permanentemente.
As práticas conservacionistas podem ser agrupadas em:
a) práticas de controle à erosão: são aquelas utilizadas para diminuir ou sustar o processo erosivo
provocado por diversas causas, como: terraceamento, plantio e cultivo em nível, faixas de retenção,
plantio direto, etc.
b) práticas complementares de melhoramento: são aquelas que procuram melhorar ou recuperar as
condições de produtividade das terras e racionalizar, ao máximo, o uso das terras, como: calagem.
adubações, rotação de culturas, drenagem, divisão e manejo das pastagens etc.
c) práticas de manutenção: são aquelas usadas apenas para manter as terras nas condições agrícolas
alcançadas após o uso das práticas de controle à erosão e das práticas complementares de melhoramento,
como adubação de manutenção, revisão das medidas conservacionistas executadas, rotação de culturas etc.

GRUPO A: terras aptas para culturas anuais.


Classe I: terras muito boas em todos os aspectos: solos férteis, profundos, em relevo plano, sem excesso
ou deficiência de umidade, sem pedregosidade ou limitações climáticas. Permitem o uso
intensivo e continuado com culturas anuais exigentes em tratos culturais.
Classe II: terras boas para cultivos anuais. Apresentam algumas limitações leves como: declive suave,
que já pode causar alguma erosão, baixa CTC (capacidade de troca de cátions) ou saturação de
bases, presença de pedras, drenagem limitada, deficiência climática, etc. A escolha das
culturas é mais restrita do que na classe I. Requerem práticas simples de manejo (remoção de
pedras, drenagem, correção da fertilidade mais freqüente, etc) ou algumas práticas especiais
para ser mantida em cultivo contínuo.
Classe III: terras moderadamente boas para cultivos anuais. São mais limitadas do que a classe II em um
ou mais aspectos naturais. As limitações podem estar relacionadas com riscos de erosão por
declividade moderada, estrutura fraca (textura arenosa) ou mudança textural abrupta. Estas
limitações também podem decorrer de pedregosidade, baixa fertilidade, má drenagem,
profundidade efetiva limitada, deficiências climáticas moderadas, etc. Deve-se escolher
culturas adaptadas às condições limitantes, sendo necessárias práticas intensivas de manejo
para cultivar estas terras continuamente, podendo envolver terraceamento, subsolagem,
drenagem, rotação com culturas recuperadoras do solo, manutenção de cobertura morta (palha
ou outros resíduos) sobre o solo, etc.
Classe IV: terras relativamente boas para cultivos anuais. Possuem uma ou mais limitações severas,
como: declividade acentuada, alta suscetibilidade à erosão, pedregosidade intensa, pequena
capacidade de retenção de água, drenagem deficiente, risco de inundações, ocorrência de secas
prolongadas ou geadas, etc. Podem ser usadas ocasionalmente com culturas anuais, com
práticas intensivas de manejo, devendo, na maior parte do tempo, serem utilizadas com
culturas perenes, que protegem melhor o solo.

86
GRUPO B: terras inadequadas para culturas anuais, mas aptas para culturas perenes
(pastagem natural ou cultivada perene, fruticultura ou silvicultura).

Classe V: terras praticamente planas e não sujeitas à erosão, mas que apresentam outras limitações que
as tornam inadequadas para culturas anuais. Estas terras podem estar sujeitas a inundações
freqüentes, possuir estação de crescimento curta para culturas anuais, apresentar afloramentos
rochosos, umidade excessiva não corrigível por drenagem artificial, limitações climáticas
severas, etc. São adequadas ao cultivo de pastagens e de espécies florestais, com espécies
adaptadas às condições limitantes, não exigindo práticas de conservação.
Classe VI: terras utilizáveis com culturas perenes, porém exigindo o emprego de práticas especiais de
conservação do solo. Os fatores limitantes podem ser declividade acentuada, solos rasos,
pedregosidade intensa e não removível, textura muito arenosa, umidade excessiva sem
possibilidade de drenagem, limitações climáticas muito severas, etc. Deve-se utilizar espécies
adaptadas às limitações existentes e proporcionar proteção ao solo contra a erosão, por
exemplo manter o solo coberto, não usar lotação exagerada nas pastagens e outras tipos de
medidas conservacionistas.
Classe terras que permitem uso restrito com pastagens e silvicultura. São suscetíveis à degradação
VII: mesmo quando exploradas com culturas perenes. Apresentam limitações ainda mais severas
do que a classe VI, podendo envolver declividade muito acentuada, solos erodidos,
pedregosidade intensa, solos muito rasos, baixa capacidade de retenção de água, textura
excessivamente arenosa, clima semi-árido, lençol freático superficial, etc. Estas terras exigem
para sua utilização práticas complexas de conservação do solo (terraceamento, cordões de
vegetação em contorno, cobertura do solo, etc.) e manejo cuidadoso (p. ex.: lotação adequada
nas pastagens).

GRUPO C: terras impróprias para exploração agrícola.


Classe terras aptas somente para refúgio de flora e fauna ou para recreação. Podem corresponder a
VIII: áreas muito erodidas, excessivamente declivosas, arenosas ao extremo, permanentemente
encharcadas, com clima árido, etc. Como exemplo, pode-se citar escarpas de morros, dunas e
banhados.

87
Subclasses e unidades de capacidade de uso

As subclasses e unidades de capacidade de uso indicam a natureza das limitações que as terras
apresentam ao uso agrícola, possibilitando a escolha das práticas de manejo necessárias à conservação
das terras. Para classificação nesse nível é necessário um levantamento de solos em escala adequada.
Cada subclasse possui suas unidades correspondentes, indicadas na Tabela 7.17, a seguir:

Subclasses de Capacidade de Uso das Terras (Vieira et al., 1988)


Subclasses Unidades
1 - declive acentuado
2 - declive longo
3 - mudança textural abrupta
4 - erosão laminar
5 - erosão em sulcos
e - limitações por riscos de erosão
6 - erosão em voçorocas
7 - erosão eólica
8 - depósitos de erosão
9 - permeabilidade baixa
10- horizonte A arenoso
1 - solo raso
2 - textura arenosa no perfil
3 - pedregosidade
4 - argilas expansivas
5 - baixa saturação de bases
s - limitações relativas ao solo 6 - toxicidade com alumínio
7 - baixa capacidade de troca cátions
8 - ácidos sulfatados ou sulfetos
9 - alta saturação com sódio
10- excesso de sais solúveis
11- excesso de carbonatos
1 - lençol freático elevado
2 - risco de inundação
a - limitações por umidade excessiva
3 - subsidência de solos orgânicos
4 - deficiência de oxigênio nos solos
1 - seca prolongada
2 - geada
c - limitações climáticas 3 - ventos frios
4 - granizo
5 - neve

Unidade de capacidade de uso

Corresponde ao nível categórico mais baixo do sistema, e compreende subdivisões das


subclasses de capacidade de uso baseadas em condições que afetam o uso ou o manejo das terras.
As unidades de capacidade de uso, indicam o(s) fator(es limitante(s) da(s) limitação(ões)
caracterizada(s) na subclasse, facilitando o processo de estabelecimento das práticas de manejo, ou o
conjunto de práticas a serem adotadas.
As unidades de capacidade de uso, são identificadas por algarismos arábicos em ordem
seqüencial: (1,2,3...n.) colocados após a designação da subclasse, sendo separado por um hífen. Por
exemplo: 111s-1:11c-2: Ile-1: Ile-2.....

O número arábico corresponde a cada conjunto de limitações indicada na subclasse. Por


exemplo: no símbolo Ills-1, a unidade de capacidade de uso indica que a limitação ao uso das terras,
daquela subclasse, pode ser devida a problemas de profundidade do solo. Já o simbolo pode
caracterizar problemas de declive longo e erosão laminar, porém, na área, devem ter sido mapeadas,

88
pelo menos, mais três subglebas, correspondentes às unidades Ille-2, Ille-3, com problemas
diferentes da unidade Ille-4.

Pressuposições do sistema

A classificação das terras, segundo sua capacidade de uso, deve ser feita através do
levantamento de suas características, efetuado no campo. A classificação da capacidade de uso das
terras considera um nível de manejo avançado, no qual as práticas agrícolas utilizadas tenham sido
comprovadas experimentalmente, e refletem elevado grau de aplicação de capital e tecnologia.
As classes de capacidade de uso, não levam em consideração, a relação custo/benefício, dos
empreendimentos agrícolas.
A presença de água em excesso, deficiência de água, presença de pedregosidade, excesso de
sais solúveis ou Sódio trocável, ou riscos de inundações, não são consideradas limitações permanentes,
onde a correção destes problemas são praticáveis economicamente.
Terras que podem ser melhoradas economicamente são classificadas de acordo com as
limitações que continuarem existindo após o melhoramento.
Terras que já estiverem drenadas ou irrigadas são classificadas de acordo com as limitações
permanentes de solo e clima, que continuarem existindo.
A implantação de projetos de irrigação, drenagem e de proteção contra inundações, podem
modificar a classificação da capacidade de uso das terras.
Avanços de tecnologia podem modificar a classificação dada às terras.
Terras que não permitem mecanização, não são classificadas nas classes de I a IV.
Terras com capacidade para culturas anuais são também aptas para pastagens,
reflorestamentos, parques e outros usos.
Observações, experiências e dados de pesquisas devem ser usados para classificar as terras nas
classes. subclasses e unidades de capacidade de uso.

Levantamento das terras de acordo com a classificação da capacidade de uso

Fórmula de capacidade de uso das terras:

O levantamento consiste em delimitar, no mapa base, as glebas e subglebas que apresentam


diferenças, entre si, de acordo com as suas caraterísticas básicas.
Ao efetuar-se um levantamento à campo, procura-se inventariar as características diagnósticas
necessárias para determinar a capacidade de uso das terras. Inventariam-se, também, as características
não diagnósticas à classificação da capacidade de uso, porém necessárias ao planejamento do uso das
terras.
As características de cada gleba e subgleba são identificadas por símbolos específicos. que são
ordenados e apresentados em fórmulas convencionais.

89
As fórmulas comumente usadas são:

a) fórmula mínima > constituída pela notação da profundidade efetiva (pr), textura (t),
permeabilidade (pm), declividade (d) e erosão (e).

pr-t-pm
d-e

b) fórmula obrigatória > constituída pela fórmula mínima, acrescida pelos demais fatores limitantes,
e pelo uso atual de terra.

pr-t-pm - pd1 - d - Lam


d-e

fórmula mínima fatores limitantes uso atual

c) fórmula máxima > complementa a obrigatória, expressando em ordem, a classificação da


capacidade de uso, a classificação do solo e a produtividade aparente.

IIIes - PVd - P3 - 3 - 3/2 - 1/2 - pd 1 - di - Lam


B — 27

Onde:
Illes - classe III de capacidade de uso, com problemas de erosão (subclasse e) e problemas de solo
(subclasse s);
PVd - Argissolo Vermelho - Amarelo Distrófico;
P3 - produtividade aparente (p) média (3);
3 - solo moderadamente profundo (de 50 a 100 cm.);
3/2 - textura média na camada superficial (3), e textura argilosa na subsuperficial (2);
1/2 - permeabilidade rápida na camada sup. (1), e moderada na subsuperficial (2); B - declividade
média (de 2 a 5%);
27 - erosão laminar moderada (2). apresentando sulcos superficiais e ocasionais (7); pd1 -
pedregosidade na superfície do solo (pd), poucas pedras (1);
di - caráter distrófico;

Lam - lavoura (L) anual (a) de milho (m)


1° nível 2o nível 3° nível

90
Características da terra a serem levantadas

refere-se à profundidade do solo em que as raízes estão presentes. Essa


Profundidade efetiva
observação é feita em barrancos de estrada, sondagens com o trado, ou em
(pr)
trincheiras.
é determinada através do tato, em duas profundidades nos primeiros 20 cm
Textura (t)
(ou horizonte Ap). e entre 40 a 60 cm (ou topo do horizonte B).
a permeabilidade depende diretamente das características do perfil do solo,
sendo, portanto, estimada através do exame em conjunto da textura,
estrutura, profundidade efetiva, cor e presença ou não de mosqueados
Permeabilidade (pm)
causados pelo excesso de água. Esta característica também é determinada em
duas profundidades: na camada superficial (horizonte A) e na subsuperficial
(horizonte B).
a declividade é determinada com clinômetros, níveis de precisão ou estimada
Declividade (d)
por meio da planta planialtimétrica das glebas.
determinam-se a erosão laminar e a erosão em sulcos, que ocorrem na gleba.
A erosão laminar é estimada pelo rebaixamento do perfil do solo, de forma
Erosão (e)
generalizada, e a erosão em sulcos, pela freqüência e profundidade dos
sulcos presentes.
devem ser identificados, pois afetam diretamente ou indiretamente a
Fatores limitantes
classificação da capacidade de uso das terras.
identificado para complementar as demais informações sobre as condições
Uso atual
das terras.

91
Símbolos e parâmetros das características que compõem a fórmula mínima de
capacidade de uso das terras.

Profundidade efetiva (pr)

1. muito profundo (mais de 200 cm).


2. profundo (100 a 200 cm).
3. medianamente profundo (50 a 100 cm).
4. rasos (25 a 50 cm).
5. muito rasos (menos de 25 cm).

Classes de textura (t)

1. muito argilosa (mais de 60% de argila).


2. argilosa (35 a 60% de argila).
3. média (menos de 35% de argila e 50% de silte e mais de 15% de areia).
4 siltosa (menos de 35% de argila e 15% de areia e mais de 50% de silte) 1
5. arenosa (menos de 15% de argila e mais de 70% de areia).

PermeabilidadE (pm)

1. rápida (mais de 150 mm de água percolados/hora)


2. moderada (5 a 150 mm de água percolados/hora)
3. lenta (menos de 5mm de água percolados/hora)

Classes de declive (d)

A. menos de 2%
B. 2 a 5%
C. 5 a 10%
D. 10 a 15%
E. 15 a 45%
F. 45 a 70%
G. acima de 70%

Produtividade aparente

P1 - muito alta
P2 - alta
P3 - média
P4 - baixa
P5 - muito baixa

Erosão (e)
Laminar:

1. ligeira (remoção de até 25% do horizonte A).


2. moderada (remoção de até 75% do horizonte A).
3. severa (remoção de mais de 75% do horizonte A).
4. muito severa (remoção de parte do hor. B)
5. extremamente severa (remoção de A + B)
6. áreas desbarrancadas

92
Erosão (e)
Em sulcos:

Freqüência dos sulcos


Freqüentes, menos de 30 Muito frenquente,
Profundidade dos sulcos Ocasionais, distanciados
m, ocupando mais de 75% ocupando menos de 75%
mais de 30 m
da área da área
Superficiais: sulcos que
sedesfazem com o preparo 7 8 9
do solo
Rasos: sulcos que não se
desfazem com o preparo (7) (8) (9)
do solo
Profundos: sulcos que não
podem ser atravessados
por máquinas agrícolas, [7] [8] [9]
porémnão atingem o
horizonte C
Muito profundos: demais
7V 8V 9V
sulcos

Hidromorfismo Sodificação Salinização


hi 1- gleização abaixo de100 cm. So 1- saturação de sódio trocável entre 6 e 15%. Sl 1- de 2 a 4 mmhos/cm. à 25°C.
hi 2- gleização entre 50 e 100 cm. So 2- saturação de sódio trocável entre 15 e 20%. Sl 2- de 4 a 15 mmhos/cm. À 25°C.
hi 3- gleização entre 25 e50 cm. So 3- saturação com sódio trocável acima de 2Q%. Sl 3- mais de 15 mmhos/cm à 25°C.
hi 4- gleização acima de 25 cm.

Inundações Freqüência das inundações


Duração Ocasionais: mais de Frequentes: de 1 a Muito freqüentes:
5 anos 5 anos anuais
Curtas (menos de 2 dias) i1 i4 i7
Médias (de 2 a 30 dias) i2 i5 i8
Longas (mais de 30 dias) i3 i6 i9

Fatores limitantes que fazem parte da formula obrigatória da C.U.T.

Símbolo Fator limitante Caracterização


pd pedregosidade presença de pedras matacões e afloramentos de rochas
i inundações ocorrência de inundações periódicas
hi hidromorfismo presença de mosquea do, turfas ou saturação com agua, ate 100 cm
so sodificação saturação com trocável superior á 15% até 60 cm. deprofundidade
si salinização condutividade elétrica maior que 4 mmhos/cm. à 250C até 60 cm
se seca prolongada deficiência hídrica. Mais de 90 dias consecutivos na maioria dos anos
gd geada ou ventos frios ocorrência penodica e com certa intensidade
di distrofismo baixa saturação de bases até 60 cm de profundidade
ai álico AI acima de 50% ate 60 cm de profundidade
ct baixa CTC CTC inferior à 4Cmolc/1 de solo, até 60 cm de profundidade
ca carbonatos presença de carbonatos dentro de 60 cm de profundidade
ab abrúpticos presença de mudança textura' abrupta entreos horizontes A e B
ve vérticos argila expansivas: superficie de deslizamento e com muito alta CTC

PEDREGOSIDADE
Pd 1 - menos de 15 de pedras na massa do solo.
Pd 2 -15 a 50% de pedras na massa do solo.
Pd 3 - 50 a 90% de pedras na massa do solo

93
Pd 4 -de 0,01 a 1% da su o erfície do solo com matacões.
Pd 5 -de 1 a 10% da superfície do solo com matacões.
Pd 6 - de 10 a 90% da superfície do solo com matacões
Pd 7 -de 2 a 15% da superfície do solo com afloramento de rochas.
Pd 8 -de 15 a 50% da superfície do solo com afloramento de rochas.
Pd 9 -de 50 a 90% da superfície do solo com afloramento de rochas.
Uso atual: primeiro e segundo níveis

Primeiro nível Segundo nível


F - floresta C - campo nativo
S - cerrado Ca - campo de altitude
T - caatinga Cv - campo das várzeas amazónicas
C - campo nativo P - pastagem
M - manguesal Pn - pastagem nativa não melhorada
G - vegetação de restinga Pm - pastagem nativa melhorada
J - alaqadico ou pântano Pc - pastagem cultivada
P - pastagem L - lavoura
L - lavoura Lp - lavouras com culturas perenes
H - horticultura Lt - lavouras com culturas temporárias
V - silvicultura La - lavouras com culturas anuais
I - explorações irrigadas El - horticultura
R - explorações de rotação Hf - fruticultura
A - cultura em consorciacão Ho - olericultura e floricultura
D - terreno em ousio

Quadros-guia

Outro tipo de sistema que pode ser utilizado são os quadros-guia, elaborados para condições
específicas, consistindo, basicamente, em tabelas que definem as grandezas das características das
terras (por exemplo, percentagem de declive) consideradas mais importantes para cada classe no caso
em questão. Dessa forma, os quadros-guia são adaptados para situações locais, com base na
experiência dos técnicos e agricultores da região, ou em resultados de pesquisa, levando em conta que
o comportamento das terras (rendimento das culturas, ocorrência de erosão etc.) depende tanto de suas
características e das técnicas de manejo de solo como das culturas utilizadas na região, o que,
obviamente, depende também de aspectos sócio-culturais.

Adequação do uso agrícola dos solos

A análise da adequação do uso agrícola consiste na comparação do uso atual do solo com o
uso recomendado pela classificação de capacidade de uso ou aptidão agrícola. É realizada através do
cruzamento dos mapas de uso atual e de uso recomendado, podendo-se obter uma quantificação da
parcela de solos que está sendo utilizada adequadamente e inadequadamente numa região ou
propriedade rural. Esta análise é importante tanto para o planejamento agrícola, como para o
planejamento de desenvolvimento da região e para a preservação ambiental. É uma aplicação relevante
da classificação técnica de solos. Podem ser obtidos mapas específicos de, por exemplo:

Suscetibilidade à Erosão;
Estabelecimento de Unidades Ambientais de Preservação ou Conservação Ecológica; de Conservação
Cultural; Áreas Frágeis/Críticas; etc.;
Restrições de uso específicas;
Indicação de potencialidades e de ocupação e recomendações;
Linhas de ação e prioridades para fins de planejamento urbano e gerenciamento ambiental.

94
8. Classificação das terras para irrigação

O sistema de classificação de terras para irrigação mais utilizado é o do Escritório de


Recuperação de Terras dos Estados Unidos (U.S. Bureau of Reclamation) publicado em 1953 (E.U.A.,
1953), disponível na página de internet do referido órgão
(http://www.usbr.gov/mp/mp400/irrdrn/classes. html). Em português, este sistema está descrito em
Vieira et. al (1988). Este toma por base a economia de produção e possui 6 classes, quatro
consideradas aráveis, que possuem aptidão para a agricultura irrigada, uma classe provisória (que
necessita de estudos especiais para torná-la apta) e uma classe de terras não-aráveis (não apta).
Divisões dentro de cada classe (subclasses) são indicadas por símbolos que representam a
limitação ou limitações dominantes em relação a deficiências de solo (s), topografia (t) e drenagem
(d). Além do enquadramento das terras nas classes e subclasses, são também incluídos fatores
informativos (econômicos) referentes ao uso da terra, produtividade e custo de desenvolvimento das
terras, necessidade de água (características do solo, condições de drenagem, método de irrigação, etc)
e drenabilidade das terras.

Estas avaliações são representadas


através de uma fórmula, ver ao lado,
com a classe e subclasse no
numerador e os fatores econômicos no
denominador. À fórmula são
acrescentados ainda símbolos
adicionais que detalham as principais
deficiências, indicando graus
diferentes para cada tipo.

A metodologia original do “U.S. Bureau of Reclamation”, portanto, necessita de uma avaliação


detalhada de uma grande quantidade de dados de características ambientais (externas) e intrínsecas
(internas) de solo, bem como de uma análise econômica das terras para o enquadramento dessas em
classes para irrigação, muitas das quais que podem não se encontrar disponíveis. Existe também a
classificação utilizada pelo estado de Alberta (Canadá), que se baseia na classificação do “U.S. Bureau
of Reclamation” (disponível no endereço da internet: http://www.agric.gov.ab.ca/agdex/500/560-
3.html) e que é uma classificação de terras para irrigação mais simplificada, que não se baseia em
aspectos econômicos.
Na classificação de Alberta (Canadá) as classes indicam a capacidade geral das terras para
irrigação no seu estado presente e são baseadas tanto em feições de solo como em feições topográficas
que afetam a adequação da terra para irrigação.

Classe 1 – Irrigável: Terras excelentes para agricultura irrigável com praticamente nenhuma limitação
significante. São capazes de sustentar altas produções de uma grande variedade de culturas adaptadas
ao clima. Os solos são de textura média e/ou estrutura muito favorável, bem drenados e que retém
água disponível em quantidades adequadas. Não existem acumulações de sais solúveis e as terras são
planas a quase planas, sendo susceptíveis tanta a irrigação por gravidade como por aspersão.

Classe 2 – Irrigável: Terras boas para agricultura irrigável com limitações moderadas. A faixa de
culturas que pode ser produzida é mais estreita ou é necessário um maior investimento em
desenvolvimento e manejo do que em terras da classe 1. Os solos podem possuir uma condutividade
hidráulica moderada devido à textura mais fina ou estrutura menos favorável. A capacidade de água
disponível pode ser mais baixa em função de uma textura mais grosseira ou profundidade de solo
menor. Os níveis de salinidade podem ser baixos a moderados. A drenabilidade pode ser um pouco
restrita. As terras dessa classe podem ser planas a suave onduladas ou mesmo onduladas, sendo
susceptíveis à irrigação por gravidade ou aspersão ou somente por aspersão.

Classe 3 – Irrigável: Terras razoáveis para agricultura irrigável. As limitações são moderadamente
severas. As deficiências podem ser devidas a um único fator mais sério ou a uma combinação de
diversas limitações no solo ou na topografia. Os solos podem ser inferiores devido à salinidade ou
95
sodicidade excessiva, baixa condutividade hidráulica ou baixa capacidade de retenção e
disponibilidade de água. A drenabilidade em subsuperfície ou a drenagem superficial pode ser restrita.
As terras podem exigir um manejo mais cuidadoso, como por exemplo, irrigações leves e freqüentes
ou práticas de conservação ou de melhoramento mais intensivas. As terras dessa classe podem ser
planas a onduladas, sendo susceptíveis à irrigação por gravidade ou aspersão ou somente por aspersão.

Classe 4 – Restrita à irrigação: Terras que possuem limitações severas e requerem culturas
específicas e práticas de manejo de solo e de água especiais. As limitações incluem declividades
moderadas a fortes e terrenos com superfícies irregulares. As terras dessa classe se tornam adequadas
para irrigação somente com sistemas especiais de irrigação projetados para minimizar o escoamento
superficial e a erosão hídrica e para prevenir o empoçamento prolongado na superfície.

Classe 5 – Provisoriamente não irrigável: Terras não susceptíveis a irrigação sob as condições
existentes, mas que possuem potencial para que se investigue um melhoramento posterior,
necessitando, para tal, estudos agronômicos, econômicos e de engenharia. Os impedimentos podem
incluir drenabilidade pobre, lençol freático elevado, estrutura do solo muito pobre e excesso de
salinidade e/ou sodicidade. É uma classe que pode mudar tanto para uma classe irrigável quanto para
classe 6 (não-irrigável) após o término dos estudos detalhados ou após a implementação dos
melhoramentos. A declividade dessas terras pode variar desde plana a moderadamente declivosa, com
pendentes simples ou complexas.

Classe 6 – Não irrigável: Terras não susceptíveis a irrigação devido ao declive muito elevado ou
muito irregular, terras severamente erodidas ou com solos de estrutura muito pobre, textura muito
grosseira, com excesso de salinidade e/ou sodicidade, drenagem pobre, de perfil muito raso sobre
rocha ou cascalho, ou outras deficiências não passíveis de correção.
As terras são enquadradas nas classes através da combinação de fatores topográficos e de solo,
divididos em quatro categorias cada, e simbolizadas da seguinte forma:

As categorias de solo são baseadas em diversas características de solo necessárias para manter
uma alta produção das culturas, como por exemplo: adequadas capacidade de reter e de disponibilizar
água, boa drenagem interna (para aeração, restabelecimento da reserva de água e lixiviação dos sais
solúveis), taxas de infiltração de água adequadas (para restabelecer a umidade perdida pela evapo-
transpiração e para minimizar as perdas por erosão), profundidade de solo suficiente (para permitir o
pleno desenvolvimento radicular e prover um adequado estoque de água e nutrientes), textura,
estrutura e consistência que permitam o trabalho mecanizado, e ausência de sais, sódio e elementos
tóxicos.
Dessa forma, com base nessas características os solos são enquadrados em quatro classes
conforme a capacidade para irrigação:
(1) solos excelentes;
(2) solos bons;
(3) solos razoáveis;
(4) solos não-irrigáveis.
Para topografia são levados em conta feições como: relevo, tamanho e forma das superfícies,
necessidade de movimento de terra, pedregosidade, necessidade de drenagem superficial. As
categorias são as seguintes:
(1) incluem todas as terras adequadas para irrigação por gravidade ou outro método qualquer;
(2) terras adequadas para sistemas convencionais de irrigação por aspersão;

96
(3) terrenos ondulados a forte ondulados que são irrigáveis somente com sistemas de aspersão
adaptados para operar de forma a minimizar o escoamento superficial e perda por erosão hídrica, bem
como o empoçamento prolongado;
(4) não adequado à irrigação devido a um ou a uma combinação de fatores desfavoráveis, tais
como declividade acentuada, superfície irregular, banhados, rochosidade, etc.

97
Aula prática 1 – Revisão de conteúdos

1. Considerando os dados abaixo:

Solo A
Horizonte Complexo Sortivo (cmolc kg-1)
Ca++ Mg++ K+ Na+ S Al+++ H+ CTC pH7,0
A 1,55 0,83 0,26 0,06 0,00 2,04
AB 1,30 0,72 0,08 0,08 1,08 2,18
BA 2,10 0,92 0,05 0,11 1,42 2,06
B1 2,53 1,10 0,06 0,12 1,90 3,46
B2 1,99 1,03 0,07 0,10 2,45 2,30
BC 1,39 0,94 0,06 0,10 1,97 1,59
C 1,05 0,81 0,04 0,07 1,50 1,06

Horizonte C org. MO T V m Na P CTC efetiva


(g kg1) (g kg1) argila Caráter
(%) (%) (%) (mg kg-1)
A 12,0 2,28
AB 6,7 0,73
BA 5,5 0,50
B1 2,1 0,63
B2 2,1 1,24
BC 1,8 0,95
C 0,5 2,12

Solo B
Horizonte Complexo Sortivo (cmolc kg-1)
Ca++ Mg++ K+ Na+ S Al+++ H+ CTC pH7,0
A1 28,35 2,91 0,37 0,13 0,08 3,59
A2 30,32 2,06 0,21 0,25 0,00 2,14
AC 31,72 2,37 0,19 0,44 0,00 0,80
C1 28,35 2,06 0,14 0,56 0,00 0,60
C2 25,94 2,22 0,16 0,49 0,00 1,30

Horizonte C org. MO T V m Na P CTC efetiva Caráter


(g kg1) (g.kg1 argila (%) (%) (%) (mg kg-1)
)
A1 18,2 8,95
A2 8,3 7,10
AC 5,6 6,33
C1 4,5 6,63
C2 4,5 5,09

1.1. Determine o valor S, V, CTCef e CTC pH7,0, m, Na, Targila, MO.


1.2. Qual solo apresenta melhores características químicas?
1.3. Qual solo apresenta maior suscetibilidade natural a erosão? Por quê.
1.4. Qual solo apresenta maior necessidade de correções relativas à fertilidade?
1.5. Faça uma relação das características químicas e a textura.

2. Questões a serem desenvolvidas.


a. Quais as principais classes de solos encontradas no RS? (caracterizar por região – Ex. Região do
Planalto; Região da Depressão Central; Região da Campanha; Região das Missões; etc...).

98
b. Dê exemplos de, no mínimo, 10 Unidades de Mapeamento comuns no RS, a respectiva classe de
solo e vocação de uso das terras.

c. Dê exemplos de algumas classes de solos encontradas nos estados de SC, PR, SP, MS, MT, GO e
TO.

99
Aula prática 2 – Morfologia do Solo - Perfil

DESIGNAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS HORIZONTES E CAMADAS

São reconhecidos oito horizontes e camadas principais, O, H, A, E, B, C, F e R.


Por definição A, E e B são sempre horizontes, enquanto que O, H, C e F podem ser horizontes ou
camadas, dependendo da evolução pedogenética. R é sempre camada.

O Horizonte ou camada orgânica* sobreposta a alguns solos minerais, formado em condições de


drenagem sem restrições que possam resultar em estagnação de água.
H Horizonte ou camada orgânica*, superficial ou não, acumulada sob condições de estagnação de água.
A Horizonte mineral superficial que normalmente apresenta coloração mais escura que os horizontes
subjacentes devido ao enriquecimento com material orgânico humificado.
E Horizonte mineral eluvial, formado sob o horizonte A em uma zona de máxima eluviação de argilas,
sesquióxidos** ou matéria orgânica, por isso apresentando textura mais arenosa e/ou coloração mais
clara.
B Horizonte mineral situado sob um horizonte A ou E, formado por transformações mais acentuadas do
material de origem e/ou ganho de constituintes minerais ou orgânicos migrados de horizontes
sobrejacentes. As transformações manifestam-se pela neoformação de argilominerais e produção de
óxidos, promovendo o desenvolvimento de cores avermelhadas, amareladas ou brunadas, e pela ação
coloidal, aglutinando o material decomposto e gerando uma estruturação bem marcada.
C Horizonte ou camada de material inconsolidado sob o solum, relativamente pouco afetado pelos
processos pedogenéticos.
F Horizonte ou camada mineral endurecida sob A, E ou B, rico em Fe e/ou Al e pobre em matéria
orgânica. Pode ser proveniente do endurecimento irreversível da plintita ou de outras formas de
concentração de ferro e/ou alumínio.
R Camada mineral de material consolidado, de tal forma que quando úmido não pode ser cortado por
uma pá, constituindo o substrato rochoso.
* Material orgânico: Carbono orgânico % ≥ 8.
** óxidos, hidróxidos e oxi-hidróxidos de alumínio e ferro.

A variação das características morfológicas entre os horizontes pode ser transicional, formando
horizontes miscigenados, designados pela junção das duas letras dos horizontes principais (AB, AC,
EB, BE, BC). A primeira letra indica o horizonte principal ao qual o horizonte transicional mais se
relaciona.
Também podem ocorrer horizontes mesclados ou intermediários, com partes identificáveis porém
misturadas dos horizontes principais adjacentes, designados da seguinte forma: A/B, A/C, E/B, B/C,
B/C/R.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO SOLO – Manual de descrição e coleta de solo no campo
(Santos et al., 2005).

100
Exemplo de descrição de perfil

Descrição geral

CLASSIFICAÇÃO: PLANOSSOLO HÁPLICO Ta alumínico típico


LOCALIZAÇÃO: Pequena várzea junto a estrada após a Vila Etelvina.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Campo sujo, plano, predomínio de
gramíneas. Trincheira.
MATERIAL ORIGINÁRIO: Basalto
PEDREGOSIDADE e ROCHOSIDADE: não pedregoso e não rochoso.
RELEVO LOCAL: plano.
EROSÃO: não aparente.
DRENAGEM: Mal drenado.
USO ATUAL: Pecuária.
DESCRITO E COLETADO POR: Alessandro Samuel Rosa, Pablo Miguel e Jean Bueno.

Descrição morfológica

0 – 21 cm; (10YR 2,5/1 úmida) e (seca); franco; fraca á moderada, pequena à média, blocos
A
angulares e subangulares; friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; clara e plana.
21 – 46 cm; (10YR 4/2 úmida) e (seca); franco argilo siltosa; fraca à moderada, pequena, blocos
E angulares e subangulares; friável, plástica e pegajosa; plana e abrupta.
46 – 67 cm; (7,5YR 2,5/0 úmida) e (seca); argilo siltosa; forte, pequena à média, blocos angulares e
B
prismática; firme, plástica e pegajosa; clara e gradual.
67 – 83 cm (10YR 2,5/1 úmida) e (seca); argilo siltosa; forte, pequena à média, blocos angulares e
BC
prismática; firme, plástica e pegajosa; plana e abrupta.
RAÍZES: muitas no A, comuns no E e no B, raras no BC.

Análises físicas e químicas


Composição granulométrica da terra fina g Kg-1
Prof. (dispersão com NaOH)
Horizonte
(cm) Areia grossa Areia fina Silte Argila
(2 – 0,2mm) (0,2 – 0,05mm) (0,05 – 0,002mm) (<0,002mm)
A 0 – 21 5 23 547 393
E 21 – 46 12 55 659 197
B 46 – 67 5 21 289 653
BC 67 – 83 7 31 498 418

Prof. pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte
(cm) 1:1 Ca2+ Mg2+ K+ Valor S H+ Al3+ CTC pH7
A 0 – 21 4,9 4,4 0,4 0,39 5,19 19,8 5,7 30,79
E 21 – 46 5,0 0,8 0,2 0,11 1,11 5,2 3,1 9,31
B 46 – 67 4,9 4,1 1,4 0,09 5,59 14,7 10,7 30,99
BC 67 – 83 4,9 3,0 1,3 0,08 4,38 8,6 8,2 21,18

P K C
Prof. Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
(cm)
% mg L-1 g Kg-1
A 0 – 21 52 16,8 - - 6,1
E 21 – 46 74 11,9 - - 1,0
B 46 – 67 66 18,0 - - 2,2
BC 67 – 83 65 20,6 - - 1,1

101
1. Questões a serem desenvolvidas:

1.1. Identifique no perfil acima das características morfológicas descritas.


Estrutura
Espessura
Horizonte Cor Textura Grau de Porosidade
do Hz. Tipo Tamanho
desenvolvimento
A
E
B

Consistência Transição entre


Horizonte Raízes
Úmida Molhada horizontes
A
E
B

1.2. Quais os procedimentos mais importantes para a descrição morfológica de um perfil de solo?

1.3. Quais informações podem ser obtidas através da interpretação da profundidade e seqüência de
horizontes de um perfil de solo?

1.4. Quais informações podem ser obtidas através da interpretação da textura dos horizontes de um
perfil de solo?

1.5. Qual a seqüência mais provável de horizontes para os seguintes solos: Argissolos, Neossolos,
Latossolos e Planossolos.

102
Aula prática 3 – Atributos diagnósticos do solo

Utilizando alguns dos perfis encontrados no final da apostila (definidos pelo professor) desenvolva as
seguintes questões.
1. determine se os perfis apresentam caráter alumínico, ebânico ou sódico.

2. quais perfis apresentam argila de atividade alta?

3. descreva o comportamento dos solos em relação a saturação de bases e a presença de mudança


textural abrupta.

4. diferencie caráter sódico, solódico, salino e sálico.

5. o que é caráter ácrico e qual a relação com a fertilidade de solo?

6. o que é cerosidade? Onde ela é encontrada?

103
Aula prática 4 – Horizontes diagnósticos superficiais

1. Observe o esquema para determinar o horizonte diagnóstico superficial (letras a – e) e desenvolva a


questão 2.

a. Construir um quadro conforme o modelo abaixo:


Cor (úmida)
Hoz. Prof. (cm) C (%) MO (%) V(%) P
Valor Croma

b. Verificar se o teor de carbono orgânico é suficiente para ser classificado como Hz. Hístico.

c. Delimitar no quadro até que profundidade são satisfeitos os requisitos para ser Hz. A Chernozêmico.
Verificar a espessura para Hz. A Chernozêmico.

d. Se for Hz. A Chernozêmico, verificar se não se enquadra como Hz. A Antrópico. Se não for Hz. A
Antrópico será classificado como Hz. A Chernozêmico.

e. Se não for Hz. A Chernozêmico, ver qual horizonte diagnóstico superficial ocorre no solo em
questão.

2. Identificar o Hz. Diagnóstico superficial dos perfis definidos no final da apostila.

104
Aula prática 5 – Horizontes diagnósticos subsuperficiais

1. Observe o esquema abaixo usado para identificar os horizontes diagnósticos subsuperficiais (letras a
– b) e desenvolva a questão 2.
a. construir uma curva de distribuição de argila de acordo com a profundidade do solo, conforme os
modelos abaixo.
% argila % argila % argila

Parte eluvial Parte eluvial

Sem
Parte iluvial Parte iluvial evidências
de iluviação

Curva A Curva B Curva C

b. verificar em qual das curvas a distribuição de argila mais se assemelha.

CURVA A – Verificar se é B textural. Caso apresentar características para B textural, verificar teor de
plintita (pode ser B plíntico); características marcantes de gleização (pode ser horizonte glei); teor de
carbonato de cálcio associado ao elevado pH (pode ser cálcico) e verificar se é B plânico (tem
precedência sobre o Hz. Glei).

CURVA B – Fazer a mesma verificação da curva A, observando se o horizonte que perdeu mais argila
corresponde a um horizonte álbico. Caso positivo este perfil apresentará dois horizontes diagnósticos
subsuperficiais.

CURVA C – Quando o perfil apresentar uma distribuição de argila semelhante à curva C, verificar na
seqüência qual horizonte diagnóstico subsuperficial se enquadra melhor.

2. Identificar o Hz. diagnóstico subsuperficial dos perfis do final da apostila (definidos pelo professor).

3. Questões a serem desenvolvidas:

a. qual a principal diferença entre os horizontes A Chernozêmico e A proeminente?


b. qual o horizonte diagnóstico superficial e subsuperficial mais comum nos solos do RS e Brasil?
c. qual a diferença entre horizonte pedogenético e horizonte diagnóstico?
d. é comum a ocorrência a A Antrópico? Por quê?
e. qual a principal diferença entre horizonte B textural e B nítico?
f. o horizonte B plânico é característico de qual classe de solo? Qual(is) unidade(s) de mapeamento do
RS representam estes solos?
g. dê exemplos de solos do RS que apresentam os seguintes horizontes diagnósticos:

B textural: Classe de solo___________________________ UM___________________________


B incipiente: Classe de solo_________________________ UM___________________________
B latossólico: Classe de solo________________________ UM___________________________
B nítico: Classe de solo____________________________ UM___________________________
Horizonte Vértico: Classe de solo____________________ UM___________________________

105
Aula prática 6 – Sistema Brasileira de Classificação de Solos, SiBCS

1. Após a identificação do horizonte diagnóstico superficial e subsuperficial e das principais


características do solo, utilize a chave para a identificação das classes de solos no SiBCS.

- identificar a ordem (primeiro nível categórico)


- identificar a subordem (segundo nível categórico)
- identificar o grande grupo (terceiro nível categórico)
- identificar o subgrupo (quarto nível categórico)

2. Questões a serem desenvolvidas:

a. qual a principal diferença entre um Neossolo Litólico distrófico típico e um Neossolo Litólico
eutrófico fragmentário?

b. qual a designação regional (RS) para as classes de solo acima?

c. quais as principais características de um Latossolo Bruno alumínico câmbico?

d. quais as principais características de um Chernossolo Argilúvico férrico típico?

e. qual a classe de solo e as principais características das seguintes unidades de mapeamento do RS?

- Pelotas
- São Pedro
- Santa Maria
- Charrua
- Ciríaco
- Pedregal
- Vacaria
- São Gabriel
- Escobar
- Passo Fundo

f. qual a provável sequencia de horizontes dos solos da questão “e”?

g. qual a aptidão e uso agrícola dos solos da questão “e”?

h. porque é importante saber o nome (classe) do solo?

106
Aula prática 8 – Sistema de Aptidão Agrícola das terras

1. Diferenciar os conceitos: terra e solo.

2. Avaliação da aptidão agrícola das terras.


a. elaborar um quadro - guia conforme o exemplo do quadro 1 na seqüência.
Neste quadro, os graus de limitações para cada fator agrícola devem ser estimados, sempre em
condições naturais (nível de manejo A, que não prevê melhoramentos). Os graus de limitação nos
níveis de manejo B e C devem ser estimados após o uso de práticas de melhoramento das condições
naturais
No nível de manejo B as práticas de melhoramento correspondem a classe 1 de melhoramento.
No nível de manejo C as práticas de melhoramento correspondem as classes 1 e 2.

Quadro 1. Fatores e graus de limitações e classes de aptidão de uso nos níveis de manejo A, B e C do
Argissolo Vermelho Ta alumínico abrúptico.

Nível de Nível de Nível de


Manejo A Manejo B Manejo C
Fatores Agrícolas Classe Classe Classe
Graus de Graus de Graus de
de de de
limitação limitação limitação
Aptidão Aptidão Aptidão
Fertilidade natural F M1 L2
Deficiência de água L L L
Excesso de água N N N
Susceptibilidade a erosão M L/M1 N/L2
Impedimentos a L/M L L
mecanização
Pior classe

Melhor Grupo:___________________
Classe de Aptidão:_____________________
Principais fatores limitantes: A____________B_____________C_______________

b. cruzar as informações da unidade de mapeamento considerada (Quadro 1) e o


quadro guia proposto por Ramalho Filho e Beek (1995) para cada fator agrícola dentro dos níveis de
manejo considerado.

c. em cada nível de manejo, indique a pior classe e no resultado, indique o melhor grupo de aptidão.
Se o melhor grupo for 1, 2 ou 3 e em algum dos níveis de manejo aparecer o grupo 4, 5 ou 6, na
simbologia da classe estes números (4, 5 e 6) não aparecerão, indicando que naquele nível de manejo
as terras são inaptas para aquele tipo de utilização.

d. Por fim, identifique as principal(is) limitação(ões), nos níveis de manejo A, B e C.

107
Aula prática 9 – Capacidade de uso das terras

1. No seu entendimento, para que serve o sistema de classificação da capacidade de uso das terras?

2. Qual o significado dos símbolos: IIIs; Ile-2, IVa; VII?

3. Qual a classe de capacidade de uso mais indicada para uma gleba constituída por um Planossolo
Háplico distrófico arênico?

4. Qual a classe de capacidade de uso mais indicada para um Nitossolo Vermelho eutroférrico
chernossólico, que ocupa o topo de uma elevação com declividade média inferior a 2%?

5. Qual a subclasse de CUT mais indicada (complete a fórmula máxima) para uma gleba de terra que
apresenta os seguintes dados:

___________PVd — P3 — 3 — 5/3 — 1/2 di — pd1 — La


C-27

Faça uma descrição completa desta gleba de terra.

108
Aula prática 10 – Exercícios das classificações técnicas ou interpretativas

1. Quais as diferenças básicas entre o sistema de aptidão agrícola das terras e o sistema de capacidade
de uso das terras?

2. Utilizando os sistemas de classificações técnicas ou interpretativas estudados, dê 3 exemplos em


que ocorra equivalência na vocação de uso. (Estabelecer para a mesma gleba de terra, a aptidão
agrícola e a capacidade de uso).

3. Qual o sistema de classificação técnica ou interpretativa você usaria para servir de base para
cobrança do ITR? Justifique tecnicamente sua resposta.

4. Considerando os seguinte solos:

Solo 1. Gleissolo Háplico Tb distrófico argissólico A proeminente textura arenosa/média relevo plano
Argissolo Vermelho - Amarelo distrófico espessarênico abrúptico A moderado textura
Solo 2.
arenosa/média relevo suave ondulado
Solo 3. Neossolo Litólico eutrófico fragmentário textura média relevo ondulado a forte ondulado
Solo 4. Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado textura argilosa relevo ondulado

Preencha o quadro abaixo:

4.1. Provável classificação no sistema da C.U.T. (classe sub classe)


4.2. Provável classe do sistema de aptidão agrícola das terras
4.3. Principal limitação no nível de manejo A do sistema de aptidão agrícola das terras. 4.4. Principal
limitação no nível de manejo C do sistema de aptidão agrícola das terras.
OBS. As questões devem ser respondidas no quadro a seguir:

4.1 4.2 4.3 4.4


Solo 1
Solo 2
Solo 3
Solo 4

5. Numere segunda coluna de acordo com a primeira. Escolha o número da primeira coluna que
melhor se enquadra na segunda coluna. (o mesmo número pode ser repetido ou não aparecer na
segunda coluna.Pode haver resposta em branco).

1. Neossolo Litólico ( ) Complexo de solos


2. Ciríaco + Charrua ( ) inapto no nível de manejo A
3. B incipiente ( ) Solo c/ regime de umidade áquico
4. Planossolo Háplico distrófico arênico ( ) 2(b)c
5. UM Erechim ( ) não aceita o nível de manejo C
6. A chernozêmico ( ) IVa
7. Nitossolo Vermelho eutrófico típico ( ) características vérticas
( ) inclusão
( ) Argissolo Vermelho
( ) Vles
( ) 2aBC

109
Aula prática 11 – Reconhecimento de Solos

Discussão sobre os fatores e processos pedogenéticos e sua relação com a diversidade pedológica do
RS, considerando aspectos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos.

Questões:

a. Quais as principais regiões geomorfológicas do RS?

b. Quais os principais processos pedogenéticos ocorridos nos solos do RS e sua distribiuição


geográfica?

c. Comente a diferença entre os solos encontrados em uma climosseqüência no sentido oeste - leste no
planalto Riograndense.

d. Faça uma discussão sobre os diferentes tipos de Neossolos que ocorem no RS, sua distribuição
geográfica e pedogênese, e sua vocação de uso.

e. Discuta sobre os diferentes Argissolos que ocorrem no RS, suas propriedades morfológicas e
químicas associadas com os fatores de formação, principalmente material de origem.

110
PERFIS DE SOLOS – AULAS PRÁTICAS

Perfil 1 Horizonte diagnóstico superficial:


Descrição geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de ______________________________________________
uma elevação com 5% de declividade.
Material de origem: Eruptivas básicas, basalto. Principais atributos:
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Suavemente ondulado. ______________________________________________
Drenagem: Bem drenado (údico). ______________________________________________
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A 0 – 40cm; Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/6 seco); muito argiloso;
moderada média granular; poroso; ligeiramente duro; firme, plástico e pegajoso; transição difusa e plana;
raízes abundantes.
BA 40 – 80cm; Vermelho escuro (2,5YR 3/6 úmido), Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/6 seco), muito
argiloso, moderada pequena e média, blocos subangulares; cerosidade fraca e pouca; pouco poroso; duro,
firme, plástico e pegajoso; transição gradual e plana; raízes comuns.
B1 80 – 140cm; Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/4 úmido), Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/5 seco),
muito argiloso, fraca grande blocos subangulares com aspecto de maciça porosa, pouco coerente; poroso,
muito duro a friável, muito plástico e muito pegajoso; transição difusa e plana; raízes comuns.
B2 120 – 170cm; Vermelho escuro (2,5YR 3/6,úmido), vermelho escuro (2,5 YR 3/5, seco) muito argiloso, fraca
grande blocos subangulares com aspecto de maciça muito porosa pouco coerente; muito duro, friável, muito
plástico e muito pegajoso; raízes ausentes.

Análise granulométrica

Composição granulométrica g Kg-1 Arg. Grau de


Prof. Relação
Hor. dispersa floculação
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila silte/argila
g Kg-1 (%)
A 0-40 70 60 250 680 28
BA 40-80 50 40 190 720 0
B1 80-140 50 40 170 740 0
B2 120-170+ 40 140 150 770 0

Análise química

Complexo sortivo – Cmolc Kg-1 Fe2O3


+2 +2 + V% Al%
Ca Mg K Na+ S H+ Al+3 CTCef CTC pH7,0 %
1,7 1,0 0,4 0,01 5,0 0,8 19
1,2 0,4 0,04 0,01 3,2 0,7 20
1,1 0,5 0,04 0,02 3,5 1,1 20
0,8 0,3 0,04 0,02 3,2 1,2 22

pH
C (g Kg-1) M. O. (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,3 4,4 12,3 2 1,97 1,13
5,4 4,5 5,3 1 1,95 1,19
5,4 4,4 5,1 1 1,93 1,19
5,4 4,3 3,1 1 2,00 1,28

111
Perfil 2 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de ______________________________________________
uma elevação com 5% de declividade.
Material de origem: Rochas sedimentares, arenito. Principais atributos:
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Ondulado com declives em dezenas de metros. ______________________________________________
Drenagem: Bem drenado (údico). ______________________________________________
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A1 0 - 25cm; Bruno amarelado escuro (10YR 3/4 úmido); franco arenoso; fraca pequena média granular; muito
poroso; solto, muito friável, não plástico e não pegajoso; transição difusa e plana; raízes abundantes.
A2 25 – 65cm; Bruno escuro (7,5YR 3/4 úmido); franco arenoso; fraca média blocos subangulares; muito
poroso; solto, muito friável, não plástico, e não pegajoso; transição difusa e plana; raízes abundantes.
AB 65 – 100cm; Bruno avermelhado escuro (5YR 4/4, úmido); franco argilo arenoso, fraca média blocos
subangulares; poroso; ligeiramente duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição
gradual e plana; raízes abundantes.
B1 100 – 130cm; Bruno avermelhado escuro (2,5YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; fraca e média blocos
subang.; poroso; lig. duro, friável, lig. plástico e lig. pegajoso; transição gradual e plana; raízes muitas.
B2 130 – 160cm; Vermelho escuro (2,5YR 4/8, úmido); mosqueado pouco pequeno e proeminente Bruno escuro
(10YR 3/6, úmido); franco argilo arenoso; moderada pequena blocos subangulares; cerosidade fraca e pouco;
poroso; duro; friável, lig. plástico e lig. pegajoso; transição gradual e plana; raízes raras.

Análise granulométrica

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A1 0-25 430 300 120 150 8
A2 25-65 460 320 100 160 10
AB 65-100 340 260 110 180 18
B1 100-130 300 240 110 370 27
B2 130-160 290 270 120 380 27

Análise química

Complexo sortivo – Cmolc Kg-1


Fe2O3
CTC V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef %
pH7,0
0,9 0,8 0,08 0,03 2,5 1,1 4
1,2 0,5 0,05 0,03 2,9 1,0 4
3,1 0,9 0,05 0,04 4,1 1,0 4,5
3,2 1,2 0,10 0,04 3,7 1,3 6
2,0 1,2 0,06 0,03 3,2 1,7 6

pH
C (g Kg-1) M. O. (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,1 7,0 3 2,86 2,18
5,0 4,0 7,0 1 2,36 1,89
5,1 4,1 6,0 1 2,22 1,81
5,2 4,0 7,0 1 2,18 1,77
5,2 4,0 5,0 1 2,23 1,79

112
Perfil 3 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Corte de estrada no terço superior ______________________________________________
da várzea, com 3% de declividade.
Material de origem: Sedimentos aluviais recentes. Principais atributos:
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Plano a suave ondulado. ______________________________________________
Drenagem: Mal a imperfeitamente drenado. ______________________________________________
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A1 0 – 30cm; Bruno escuro (10YR 3/4 úmido); franco arenoso, fraca, média, granular e fraca média blocos
subangulares; poroso; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara; raízes
abundantes.
A2 30 – 45cm; Bruno amarelo escuro (10YR 4/4 úmido); franco arenoso; fraca, média, blocos subangulares e
fraca média granular; poroso; friável; não plástico e não pegajoso; transição clara e plana; raízes
abundantes.
E 45 – 65cm; (10YR 5/3 úmido); mosqueado pequeno distinto; franco arenoso; fraca, média, blocos subang.;
poroso; friável; não plástico e não pegajoso; transição clara e plana; raízes comuns.
B 65 – 120cm; Cinzento (10YR 5/1 úmido), Bruno amarelado (10YR 5/4 úmido amassado); mosqueado
grande abundante e proeminente; vermelho (10YR 4/8 úmido); e mosqueado grande comum e distinto,
Bruno amarelado claro; (10YR 6/4 úmido); franco argiloso; forte grande prismática que se quebra em
grande blocos subangulares; cerosidade forte e abundante; “coatings”; pouco poroso; extremamente duro,
muito firme, muito plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes poucas.

Análise granulométrica

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A1 0-30 210 430 260 90 4
A2 30-45 210 430 280 100 1
E 45-65 210 460 290 40 0
B 65-120 130 310 220 380 18

Análise química

Complexo sortivo – Cmolc Kg-1


CTC V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef
pH7,0
0,7 0,6 0,06 0,09 3,3 1,7
0,3 0,2 0,03 0,09 1,7 1,4
0,2 0,1 0,02 0,05 1,2 0,6
7,5 2,6 0,13 0,52 2,9 1,3

pH
C (g Kg-1) M. O. (g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,0 4,0 7,4 •1 4,10 4,00
5,0 4,0 2,5 •1 3,60 4,90
5,3 4,1 1,0 •1 4,80 3,70
5,4 4,0 1,4 •1 2,80 2,50

113
Perfil 4 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de ______________________________________________
uma elevação com 25% de declividade.
Material de origem: Eruptivas básicas, basalto. Principais atributos:
Pedregosidade e rochosidade: Pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Ondulado a forte ondulado. ______________________________________________
Drenagem: Bem drenado (údico). ______________________________________________
Uso atual: Pastagem natural.
Descrito e coletado por:

Descrição morfológica

A 0 – 15cm; Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/2 úmido); argila siltosa; moderada média granular; muito
porosa com poros pequenos, atividade biológica intensa; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes.
AB 15 – 40cm; Bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/3 úmido); argila; moderada pequena blocos subangulares,
poroso com poros pequenos; atividade biológica intensa; friável a firme; ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes.
BA 40 – 80cm; Bruno avermelhado escuro (2,5 YR 3/5 úmido); muito argiloso; fraca pequena blocos
subangulares; muito poroso com poros muitos pequenos; cerosidade fraca e pouco; duro, firme,
Ligeiramente plástico e pegajoso; transição difusa e plana; raízes comuns.
B 80 – 110cm Vermelho escuro(2,5YR 3/6 úmido); muito argiloso, moderada pequena bloco subangulares;
poroso com poros pequenos; cerosidade frorte e abundante; duro firme, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajosos; transição difusa e plana; raízes raras.
C 110 – 160 cm;

Análise granulométrica

Composição granulométrica g Kg-1 Argila


Prof. Grau de Relação
Hor. dispersa
(cm) Areia grossa Areia fina silte argila floculação silte/argila
g Kg-1
A 0-15 220 200 400 180 60
AB 15-40 200 210 400 190 70
BA 40-80 150 180 350 320 200
B 80-110 130 170 300 400 220
C 110-160 - - - - - - -

Análise química

Complexo sortivo – Cmolc Kg-1


Fe2O3
CTC V% Al%
Ca+2 Mg+2 K+ Na+ S H+ Al+3 CTCef %
pH7,0
13 2,0 0,10 0,04 4,0 0 23
13 1,9 0,08 0,03 3,8 0 23
16 4,0 0,04 0,03 3,2 0 24
18 5,0 0,04 0,08 2,3 0 25

pH
C (g Kg-1) M. O.(g Kg-1) P (mg L-1) Ki Kr
água KCl
5,9 5,0 19,0 4 3,6 0,9
5,9 5,2 13,0 3 3,5 0,9
6,2 5,5 7,0 2 3,7 1,4
6,3 5,7 5,0 2 3,7 1,5

114
Perfil 5 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: coletado em barranco de corte de ______________________________________________
estrada, em trecho médio inferior do morro, com 8 a 20
% de declive. Principais atributos:
Material de origem: Arenito da Formação Santa ______________________________________________
Maria. ______________________________________________
Pedregosidade e rochosidade: Ligeiramente ______________________________________________
pedregosa, não rochosa. ______________________________________________
Relevo: Ondulado.
Drenagem: Moderado à imperfeitamente drenado
(údico à áquico).
Uso atual: Pastagem nativa.
Descrito e coletado por: ...

Descrição Morfológica

Ap 0 – 26cm; bruno-acinzentado escuro (10YR 4/2 úmido); franco siltosa; moderada, pequena a média, blocos
angulares e subangulares; muito friável, não plástica e não pegajosa; poros muito pequenos, comuns;
transição clara e plana.
A 26 – 40cm; bruno-amarelado escuro (10YR 4/4 úmido); franco siltosa; fraca a moderada, blocos angulares e
subangulares, muito pequenos a médios; friável a solta, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; poros
muito pequenos, abundantes; transição abrupta e plana.
B 40 – 75cm; cinzento muito escuro a preto (10YR 3/1 úmido), mosqueado vermelho escuro (2,5YR 3/6);
franco argilosa; forte, muito pequenos a médios, blocos angulares e subangulares; cerosidade fraca, comum;
muito firme, muito plástica e muito pegajosa; poros muito pequenos, comuns; transição gradual e plana.
C 75 – 130cm.

Análise granulométrica

Horizontes Fração da amostra total g Kg-1


Relação
Profundidade Calhaus + cascalho Terra fina
Símbolo Silte - Argila
(cm) (>2mm) (<2mm)
Ap 0 – 26 0 1000 3,68
A 26 – 40 0 1000 2,88
B 40 – 75 0 1000 0,97

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


Horizonte (dispersão com NaOH)
Areia grossa Areia fina Silte Argila
Ap 61 265 530 144
A 21 288 513 178
B 32 254 352 362

Análise química

pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte 2+ 2+ +
1:1 Ca Mg K Valor S H+ Al3+ CTC pH7
Ap 4,8 5,5 1,3 0,13 3,7 1,0
A 4,8 4,5 0,9 0,15 11,6 1,0
B 4,5 12,3 2,2 0,34 13,8 6,0

P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
% mg L-1 g Kg-1
Ap 2,5 50 5,7
A 1,5 58 4,6
B 1,5 132 5,7
115
116
Perfil 6 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: coletado em barranco de corte de ______________________________________________
estrada, em trecho médio inferior do morro, com 8 a 20
% de declive. Principais atributos:
Material de origem: Basalto da Formação Serra Geral. ______________________________________________
Pedregosidade e rochosidade: Muito pouco pedregosa, ______________________________________________
pouco rochosa. ______________________________________________
Relevo: Ondulado. ______________________________________________
Drenagem: Bem drenado (údico).
Uso atual: Floresta nativa.
Descrito e coletado por: ...

Descrição Morfológica

Oh 4 – 0 cm;
A 0 – 12 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco siltoso; média, granular,
moderada; muito friável, plástico e pegajosa; muitos poros, pequenos a muito pequenos; transição
irregular e clara.
A/CR 12 – 85 cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco argilo siltoso; média, granular,
moderada; muito friável, plástica e pegajosa; muitos poros, pequenos a muito pequenos; transição
irregular e clara.
CR 85 – 120 cm+;

RAÍZES: Muitas no A, comuns no A/CR, e poucas no CR.

OBSERVAÇÕES: Presença de raízes finas e de raízes grossas de árvores que penetram nas fendas (0,5 a 2 cm
de diâmetro).

Análise granulométrica

Horizontes Fração da amostra total g Kg-1


Relação
Profundidade Calhaus + cascalho Terra fina
Símbolo Silte - Argila
(cm) (>2mm) (<2mm)
A 0 – 12 150 850 0,38
A/CR 12 – 85 700 300 0,60

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


Horizonte (dispersão com NaOH)
Areia grossa Areia fina Silte Argila
A 67 192 535 205
A/CR 26 137 523 313

Análise química

pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte 2+ 2+ +
1:1 Ca Mg K Valor S H+ Al3+ CTC pH7
A 5,9 31,8 5,8 0,51 3,6 0,0
A/CR 5,4 27,3 6,2 0,26 5,0 0,1

P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável orgânico
% mg L-1 g Kg-1
A 10,5 200 54,5
A/CR 5,5 100 26,4

117
Perfil 7 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação: Corte de estrada na metade de uma elevação ______________________________________________
com 3% de declive.
Altitude: Aproximadamente 900 metros. Principais atributos:
Material de origem: Eruptivas ácidas, riodacitos. ______________________________________________
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Suavemente ondulado. ______________________________________________
Cobertura vegetal: Campos naturais com mata de
araucárias. No perfil, gramíneas.
Drenagem: Bem drenado (údico).
Descrito e coletado por: ...

Descrição Morfológica

Ap 0 - 39cm; bruno escuro (10YR 3/3, úmido); argila; moderada pequena granular e moderada média blocos
subangulares; muito poroso; macio, muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso transição
clara e plana; raízes abundantes.
B1 39 - 58 cm; bruno a bruno escuro (7,5YR 4/4, úmido); argila; fraca média blocos subangulares;
revestimento fosco, comum nas superfícies verticais; muito poroso; duro, friável, plástico e ligeiramente
pegajoso; transição difusa e plana; raízes poucas.
B2 58 - 137 cm; bruno forte (7,5YR 4/6, úmido); argila; fraca média blocos angulares e subangulares com
aspecto de maciça pouco coerente; revestimento fosco e fraco só nas fendas verticais; poroso; duro, friável
a muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana; raízes poucas.
C 137 - 235 cm; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido)

Análise granulométrica

Horizonte Ataque por H2SO4 pH


P
Profundidade Ki
Símbolo Fe2O3 Al2O3 Água KCl (mg l-1)
(cm)
Ap 0 - 39 17,8 19,1 1,99 4,7 3,7 2,0
B1 39 - 58 18,5 22,6 1,90 4,5 3,8 1,0
B2 58 - 137 19,5 22,6 1,95 4,8 3,9 1,0
C 137 - 235 24,2 23,3 2,15 5,2 3,8 1,0

Análise química

Complexo sortivo (cmolc Kg-1) V Al


Ca ++
Mg ++
K +
Na +
Valor S Al +++
H +
CTC pH 7 (%) (%)
1,6 1,0 0,17 0,05 4,2 10,0
0,6 0,6 0,03 0,04 5,1 7,3
0,5 0,5 0,03 0,04 5,2 2,0
0,7 0,6 0,03 0,08 7,6 5,0

Composição Granulométrica g Kg-1 Argila Grau de


C N Silte/
C/N Areia Dispersa Floculação
g Kg-1 g Kg-1 Areia grossa Silte Argila Argila
fina g Kg-1 %
29,0 2,2 13 50 40 210 700 110 82 0,55
16,5 1,2 14 50 20 200 730 90 88 0,27
6,7 0,9 7 30 30 210 730 110 86 0,28
1,1 0,2 6 220 100 190 190 0 100 2,57

118
Perfil 8 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação: Trincheira situada na parte abaciada do ______________________________________________
relevo.
Altitude: 150 metros. Principais atributos:
Material de origem: Basalto. ______________________________________________
Pedregosidade e rochosidade: Não pedregoso, não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: Plano a suavemente ondulado, com presença de ______________________________________________
gilgai.
Cobertura vegetal: Campo natural.
Drenagem: Mal drenado (áquico).
Descrito e coletado por: ...

Descrição Morfológica

A1 0-15cm; preto (7,5YR N 2/, úmido); argila; moderada, grande, granular; pouco poroso; firme, muito plástico
e muito pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes.
A2 15-70cm; preto (7,5YR N 2/C, úmido); argila; forte, grande, prismática que se desfaz em média angular com
arestas vivas; muitos "slickensides"; pouco poroso; firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e
plana; raízes muitas.
C 70-120cm+; cinzento escuro (10YR 4/1, úmido); mosqueado grande, abundante e proeminente, bruno
amarelado (10YR 5/8, úmido); basalto intemperizado com presença de calhaus e cascalhos.

Análise granulométrica

Horizonte Ataque por H2SO4 pH


P
Profundidade Ki
Símbolo Fe2O3 Al2O3 Água KCl (mg l-1)
(cm)
A1 0-15 8,0 8,8 5,03 5,3 4,5 3
A2 15-70 10,0 11,2 3,98 5,7 4,6 <1
C 70-120+ 15,1 10,3 4,24 6,7 5,3 7

Análise química

Complexo sortivo (cmolc Kg-1) V Al


Ca ++
Mg ++
K +
Na +
Valor S Al +++
H +
CTC pH 7 (%) (%)
31,1 11,7 0,73 0,22 0 12,7
38,6 15,3 0,16 0,47 0 8,0
37,4 16,8 0,09 0,66 0 1,6

Composição Granulométrica g Kg-1 Argila Grau de


C N Silte/
C/N Areia Dispersa Floculação
g Kg-1 g Kg-1 Areia grossa Silte Argila Argila
fina g Kg-1 %
56,4 4,3 13 30 20 430 520 370 29 0,83
33,3 2,1 16 20 10 310 660 590 11 0,47
4,4 0,5 9 50 50 30 590 570 4 0,51

119
Perfil 9 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Trincheira em campo nativo com ______________________________________________
3% de declive.
Material de origem: Basalto Principais atributos:
Pedregosidade e rochosidade: não pedregoso e não ______________________________________________
rochoso. ______________________________________________
Relevo: plano. ______________________________________________
Cobertura vegetal: campo ______________________________________________
Drenagem: Mal drenado.
Descrito e coletado por: ...

Descrição morfológica

0 – 21 cm; (10YR 2,5/1 úmida) e (seca); franco; fraca á moderada, pequena à média, blocos angulares e
A
subangulares; friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; clara e plana.
21 – 46 cm; (10YR 4/2 úmida) e (seca); franco argilo siltosa; fraca à moderada, pequena, blocos angulares e
E subangulares; friável, plástica e pegajosa; plana e abrupta.
46 – 67 cm; (7,5YR 2,5/0 úmida) e (seca); argilo siltosa; forte, pequena à média, blocos angulares e prismática;
B firme, plástica e pegajosa; clara e gradual.
67 – 83 cm (10YR 2,5/1 úmida) e (seca); argilo siltosa; forte, pequena à média, blocos angulares e prismática;
BC
firme, plástica e pegajosa; plana e abrupta.
RAÍZES: muitas no A, comuns no E e no B, raras no BC.

Análise granulométrica

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


Prof. (dispersão com NaOH)
Horizonte
(cm) Areia grossa Areia fina Silte Argila
(2 – 0,2mm) (0,2 – 0,05mm) (0,05 – 0,002mm) (<0,002mm)
A 0 – 21 5 23 547 393
E 21 – 46 12 55 659 197
B 46 – 67 5 21 289 653
BC 67 – 83 7 31 498 418

Análise química

Prof. pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte
(cm) 1:1 Ca2+ Mg2+ K+ Valor S H+ Al3+ CTC pH7
A 0 – 21 4,9 4,4 0,4 0,39 19,8 5,7
E 21 – 46 5,0 0,8 0,2 0,11 5,2 3,1
B 46 – 67 4,9 4,1 1,4 0,09 14,7 10,7
BC 67 – 83 4,9 3,0 1,3 0,08 8,6 8,2

P K C
Prof. Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
(cm)
% mg L-1 g Kg-1
A 0 – 21 - - 6,1
E 21 – 46 - - 1,0
B 46 – 67 - - 2,2
BC 67 – 83 - - 1,1

120
Perfil 10 Horizonte diagnóstico superficial:
Descrição Geral ______________________________________________
Classificação:
Horizonte diagnóstico subsuperficial:
Situação e declive: Descrito e coletado em barranco de ______________________________________________
corte de estrada, no terço médio da coxilha, com 3 a 8
% de declive, sob campo nativo. Principais atributos:
Material de origem: Arenito da Formação Caturrita. ______________________________________________
Pedregosidade e rochosidade: pedregoso e ______________________________________________
ligeiramente rochoso. ______________________________________________
Relevo: Suave ondulado a ondulado. ______________________________________________
Cobertura vegetal: campo
Drenagem: Moderadamente drenado.
Descrito e coletado por: ...

Descrição Morfológica

A1 0 – 52 cm; bruno-amarelado escuro (10YR 4/4, úmido); franco arenoso; fraca, blocos angulares,
pequenos a médios, e granular, muito pequeno à pequeno; muitos poros, pequenos; solto a muito friável;
transição plana e clara.
A2 52 – 83 cm; bruno-acinzentado escuro (10YR 4/2 úmido); areia franca; fraca, blocos angulares,
pequenos a médios, e granular, muito pequeno a pequeno; poros muitos, pequenos; solto à muito friável;
transição irregular e clara.
B 83 – 98 cm; bruno-acinzentado escuro (10YR 4/2 úmido), mosqueados preto (7,5YR 2/0); franco
arenoso; fraca à moderada, blocos angulares e subangulares, pequenos a médios; muitos poros,
pequenos; muito friável; transição irregular e gradual.
C 98 – 120 cm.
RAÍZES: Comuns no A1, A2 e Bt.

Análise granulométrica

Horizontes Fração da amostra total g Kg-1


Relação
Símbolo Profundidade Calhaus + cascalho Terra fina
Silte - Argila
(cm) (>2mm) (<2mm)
A1 0 – 52 0 1000 1,93
A2 52 –83 0 1000 2,98
Bt 83 –120 0 1000 0,91

Composição granulométrica da terra fina g Kg-1


(dispersão com NaOH)
Horizonte
Areia grossa Areia fina Silte Argila
(2 – 0,2mm) (0,2 – 0,05mm) (0,05 – 0,002mm) (<0,002mm)
A1 77 639 187 97
A2 164 617 164 55
Bt 72 560 176 192

Análise química

pH H2O Complexo sortivo – cmolc Kg-1


Horizonte 2+ 2+ +
1:1 Ca Mg K Valor S H+ Al3+ CTC pH7
A1 4,3 1,6 0,4 0,10 4,2 3,8
A2 4,6 1,4 0,3 0,06 1,6 1,4
Bt 4,3 2,8 0,6 0,15 8,4 9,7

P K C
Al Valor V
Horizonte assimilável assimilável Orgânico
% mg L-1 g Kg-1
A1 1,5 38 4,0
A2 1,5 22 2,3
Bt 1,5 58 3,4
121
122
9. Referencias

123

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