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LUIS AUGUSTO DOS SANTOS

Avaliação da Maturidade Organizacional em

Gerenciamento de Projetos (OPM3®) em Saúde.

Tese apresentada à Universidade Federal de

São Paulo, para obtenção do Título de

Mestre em Ciências.

São Paulo

2008
LUIS AUGUSTO DOS SANTOS

Avaliação da Maturidade Organizacional em

Gerenciamento de Projetos (OPM3®) em Saúde.

Tese apresentada à Universidade Federal de

São Paulo, para obtenção do Título de

Mestre em Ciências.

Orientadora: Profa. Dra. Heimar de Fátima Marin

São Paulo

2008
Santos, Luis Augusto dos
Avaliação da Maturidade Organizacional em Gerenciamento de Projetos (OPM3®)
em Saúde: Universidade Federal de São Paulo/EPM, 2008.
81f.

Tese (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de


Medicina. Departamento de Enfermagem, Disciplina de Enfermagem Obstétrica.
Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciências da Saúde, 2008.

Título em inglês: Evaluation of the Organizational Maturity in Project Management


(OPM3®) in Healthcare.

1. Administração Hospitalar. 2. Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde.


3. Educação em Saúde. 4. Sistemas de Informação. 5. Informação Cientifica-técnica.
AGRADECIMENTOS

A minha esposa Tereza e ao meu filho Thales pela compreensão da minha dedicação

necessária a este trabalho;

A Profa. Dra. Heimar de Fátima Marin, pelos ensinamentos, dedicação, paciência,

orientação na elaboração deste trabalho e por ajudar-me a delimitar o que desejava

realmente pesquisar;

Aos colegas da Siemens Medical que cooperaram neste trabalho;

A todos que não estão citados nominalmente, mas que direta ou indiretamente

contribuíram para a realização desta obra: secretarias, auxiliares, professores e

tantos outros profissionais.


“Não são os mais fortes da espécie que sobrevive, tampouco os mais

inteligentes, mas aqueles que reagem melhor às mudanças”.(Charles

Darwin)

“Não há nada permanente exceto a mudança”.(Heraclitus, 513 B.C.)


Sumário

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS E QUADROS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

RESUMO

ABSTRACT

1. Introdução 01
1.1. Apresentação 03
1.2. O problema 07
1.3. Justificativa do tema 10
1.4. Literatura 11
1.4.1. O ciclo de vida 12
1.4.2. Os processos de projetos 12
1.4.2.1. Iniciação de projeto 13
1.4.2.2. Planejamento 15
1.4.2.3. Execução 16
1.4.2.4. Monitoramento e controle 17
1.4.2.5. Encerramento de projeto 18
1.4.3. As áres de conhecimento 19
1.4.4. Gerenciar a integração 22
1.4.5. Gerenciar o escopo 23
1.4.6. Gerenciar o tempo 24
1.4.7. Gerenciar os custos 25
1.4.8. Gerenciar a qualidade 26
1.4.9. Gerenciar os recursos humanos 27
1.4.10. Gerenciar as comunicações 28
1.4.11. Quantificar os riscos 29
1.4.12. Gerenciar as aquisições 30
1.5. O modelo OPM3 30
1.6. Respostas do modelo 33

2. OBJETIVO 35
3. MÉTODO 36
3.1. População 36
3.2. Amostra caracterizada 37
3.3. Processo de coleta de dados e tempo de coleta 38
3.4. Experiências do processo de coleta de dados 40

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 43
4.1. Respostas do modelo OPM3 43
4.2. Visão de alto nível das respostas 46

5. CONCLUSÃO 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

ANEXOS 61
1.4.2.2 Planejamento ........................................................................................... 15
1.4.2.3 Execução ................................................................................................. 16
1.5.2.4 Monitoramento e Controle ...................................................................... 17
1.4.2.5 Encerramento de projeto ......................................................................... 18
1.4.3 As áreas de conhecimento ............................................................................... 19
1.4.4 Gerenciar a Integração .................................................................................... 22
1.4.5 Gerenciar o Escopo ......................................................................................... 23
1.4.6 Gerenciar o Tempo.......................................................................................... 24
1.4.7 Gerenciar os Custos ........................................................................................ 25
1.4.8 Gerenciar a Qualidade..................................................................................... 26
1.4.9 Gerenciar os Recursos Humanos ................. Erro! Indicador não definido.26
1.4.10 Gerenciar as Comunicações .......................................................................... 27
1.4.11 Quantificar os Riscos .................................................................................... 28
1.4.12 Gerenciar as Aquisições ................................................................................ 29
46
6. CONCLUSÃO .................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.57
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Grupos de Processos de Projeto do PMBOK - IPECE ..................................... 10


Figura 2. Sobreposição de fases IPECE do PMBOK. ...................................................... 11
Figura 3. Grupo de Processos de Iniciação. ..................................................................... 13
Figura 4. Grupo de Processos de Planejamento. .............................................................. 15
Figura 5. Grupo de Processos de Execução. .................................................................... 15
Figura 6. Grupos de Processos de Monitoramento e Controle......................................... 18
Figura 7. Grupo de Processos de Encerramento. ............................................................. 19
Figura 8. Ciclo de vida do OPM3®. ................................................................................ 31
Figura 9. Processos Organizacionais de Gerência de Projeto, PPP. ................................ 32
Figura 10. Distribuição por PPP e SMCI. ........................................................................ 34
Figura 11. Índice de Maturidade OPM3® da Siemens Medical. ..................................... 34
Figura 12. Distribuições PPP e SMCI da Siemens Medical. ........................................... 45
Figura 13. Consolidados PPP e SMCI da Siemens Medical. ........................................... 45
Figura Exemplo de uma EAP...............................................................................................
LISTA DE TABELAS E QUADROS

Quadro 1. Áreas de Conhecimento e IPECE do PMBOK Terceira Edição. .................... 20


Quadro 2. Grupos de gerenciamentos de processos e Áreas de Conhecimento............... 48
Quadro 3. Melhores práticas encontradas ........................................................................ 50
Quadro 4. Melhores práticas não encontradas ................................................................. 50
Tabela Perguntas e melhores práticas. .................................................................................
Tabela de melhores práticas, “gold standard”. .................. Erro! Indicador não definido.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CASI - Canadian Aeronautics and Space Institute

CMM® - Capability Maturity Model

CMMI® - Capability Maturity Model Integration

DoD - Departamento de Defesa dos EUA

EAP - Estrutura de Analítica do Projeto

IPECE - Iniciar, Planejar, Executar, Monitorar & Controlar e Encerrar

KPI - Key Performance Indicator

NASA - Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA

OPM3® - Organizational Project Management Maturity Model

PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente

PMI® - Project Management Institute

PMBOK® - Project Management Body of Knowledge

PMO - Project Management Office

PGP - Plano Geral do Projeto

PPP - Projeto, Programa e Portfolio

SNIS - Sistema Nacional de Informação em Saúde

SMCI - Standardize, Measure, Control, Continuously Improve

SPI - Schedule Performance Index


RESUMO

Este trabalho verifica a capacidade de uma organização em empreender projetos;

identificando se a mesma tem processos de gerenciamento organizacional de projetos e

como implementa esse gerenciamento através de melhores práticas, aceitas

mundialmente. Para tanto, foi realizada a aplicação do modelo OPM3® em organização

de saúde, o qual consiste de um aplicativo de software com 151 questões que elabora

relatórios e gráficos da existência ou não dessas melhores práticas. Aplicado em uma

organização multinacional, reconhecida internacionalmente como de excelência em

gerenciamento de projetos, obtendo um alto grau de maturidade que pode servir como

balizador para outras organizações.


ABSTRACT

This work verify the capacity of an organization to undertake projects, and as to identify

if the organization it has processes of management and as to implement this project

management through currently accepted of world-wide form. For in such a way, the

application of model OPM3® in health organization was carried through, which consists

of an applicatory one of software with 151 questions that elaborates reports and graphs

of the existence or not of these best practices. Applied in a multinational organization,

recognized internationally as of excellence in management project, getting one high

degree of maturity that can serve as maker for other organizations.


INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
Introdução 1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

A informática em saúde é uma área de conhecimento com expansão cada vez

mais acelerada, exigindo, portanto, a necessidade de investimento humano, financeiro

e organizacional e a integração entre profissionais de diferentes áreas de

especialidades para a busca pela qualidade do atendimento à saúde da população (1).

Porém, no processo de desenvolvimento e aplicação de sistemas

informatizados, diversas questões precisam ser analisadas para que maiores e melhores

resultados possam ser alcançados, dos investimentos feitos. Como auxiliar uma

organização da área de saúde a empreender projetos de informática que visam garantir

a saúde do paciente? Como fazer a integração de recursos humanos de diferentes

especialidades? Como identificar se a organização tem processos organizados de

gerenciamento de projetos e como implementar esse gerenciamento?

De modo geral, pode-se inferir que as organizações têm realizado esforços para

integrar a disciplina de gerenciamento de projetos em suas atividades; muitas relatam

diferentes graus de sucesso, algumas nem conseguem conquistar os benefícios

esperados e, isto muitas vezes acontece até porque desenvolveram expectativas irreais.

O que ocorre é que não há uma clara visão de separação entre o gerenciamento

do projeto e da operação do resultado do projeto. Vale ressaltar que os projetos e as


Introdução 2

operações diferem principalmente pelo fato de que as operações são contínuas e

repetitivas, enquanto os projetos são temporários e exclusivos (2). O projeto tem por

objetivo um resultado e a operação, visa manter o resultado.

Deve haver, portanto uma separação entre o conhecimento de gerenciamento

de projetos e a operação. Enquanto que o primeiro envolve a aplicação de um

conhecimento aplicável à maioria dos projetos (2), o segundo envolve a operação da

especialidade a ser tratada pelo projeto. O importante é distinguir o “produto do

projeto” versus o “projeto em si”, declara Verna, (3).

Um projeto é freqüentemente implementado como um meio de atingir os

planos estratégicos da organização. Morris e Jamieson (4) declaram que o

gerenciamento de projetos é reconhecido e estabelecido como uma importante

operação em muitas organizações, contudo não é formalmente articulada em um

documento e sim, em vários.

Conforme já mencionado, as operações são realizadas como rotinas e possuem

uma característica repetitiva; os projetos são temporários e únicos, ou seja, o projeto

possui um inicio, meio e fim, além do fato de ser único, pois o resultado é algo novo,

que não foi feito antes.

O gerenciamento de projetos é uma disciplina que atualmente está sendo usada

como estratégia chave para gerenciar mudanças em organizações contemporâneas,

conforme afirma Cleland e Ireland (5) e Kloppenborg (6). Essa disciplina, em sua base

teórica, estabelece que um projeto de sucesso é elaborado e executado com quatro


Introdução 3

objetivos: o orçamento previsto, o prazo acordado, a qualidade esperada e o escopo

pretendido.

Recente pesquisa global, executada pelo Project Management Institute

(PMI®), sobre gerenciamento de projetos, concluiu que um projeto que utiliza as

atuais técnicas, aceitas por consenso mundial, não mais fornece garantia que o sucesso

irá ser alcançado. Em resposta a esta pesquisa, foi elaborado o modelo Organizational

Project Management Maturity Model (OPM3®) (7) para auxiliar organizações de

qualquer tipo, tamanho ou ramo de atividade a conquistarem sua maturidade em

processos organizacionais de gerenciamento de projetos.

1.2 O Problema

Uma organização que não esteja satisfeita com seu processo atual, na procura

da qualidade e aprimoramento contínuo, identifica a necessidade de empreender

mudanças na forma de trabalho (8). Via de regra, estas mudanças devem ser

implementadas em substituição ao processo rotineiro atual que não mais atende as

necessidades e o alcance de objetivos, segundo a percepção da organização e dos

clientes, no que se refere aos propósitos da organização. Portanto, essas mudanças

devem ser desenvolvidas através de um projeto para facilitar a obtenção do sucesso.

Por outro lado, vale destacar que quanto melhores forem as condições dos

sistemas de informações, melhor será a qualidade e/ou precisão das informações.

Neste caso, entende-se por condições, as capacidades de organizações serem


Introdução 4

aperfeiçoadas, ou seja, se a organização possui um nível de maturidade organizacional,

como identificado na primeira iniciativa do modelo Capability Maturity Model

(CMM®), que define cinco níveis de maturidade1: The Initial Level, The Repeatable

Level, The Defined Level, The Managed Level e The Optimizing Level (9). Cada nível

define a capacidade da organização em desenvolver “softwares”, ou seja, quanto maior

o nível, mais capaz é a organização em desenvolver “softwares”.

Esse modelo, o CMM®, como o próprio nome exprime, é o modelo de

capacidade de maturidade de uma organização e é obtido por meio de análise dos

estágios em que se encontra a organização, classificados pelos cinco níveis,

apresentados acima, ou seja: (1) O nível “Inicial”, onde o desenvolvimento de

software é feito por processos imprevisíveis e quase sem controle; (2) O “Replicável”

que possui desenvolvimento bem sucedido e pode ser reproduzido; (3) O “Definido”

que possui um processo de desenvolvimento caracterizado e satisfatoriamente

entendido; (4) O “Gerenciado” onde o processo é medido e controlado e por fim (5) o

nível “Otimizado” que possui foco na melhoria do processo de desenvolvimento de

“software”.

Já o modelo OPM3 utiliza um índice de maturidade organizacional, que é

medido por valores percentuais, de tal sorte que o estado atual da organização possa

ser comparado com o modelo proposto. Portanto, há uma mudança de paradigma de

1
Aqui, optou-se por manter os termos na língua de origem.
Introdução 5

níveis para índices. Enquanto o CMM® utiliza cinco níveis, o modelo aqui utilizado

define percentuais.

No entanto, como modelo, o OPM3 ainda vem sendo testado em diversas

organizações, em variados ramos de atividade. Porém, a principal hipótese a ser

trabalhada é para investigar se o modelo OPM3 pode auxiliar ou corrigir ou ainda ser

um fator de apoio no gerenciamento de projetos de informática em saúde. Ainda mais

especificamente, verificar se pode ser aplicado em projetos na área de saúde - esta é a

principal hipótese a ser pesquisada em ambientes complexos e dinâmicos como a

administração hospitalar e seus sistemas de informação.

Diversos autores demonstram como os recursos da informática são fortes

aliados na busca de qualidade, principalmente na otimização de recursos e segurança

do paciente. Um dos temas mais freqüentemente discutidos na literatura nesta área de

conhecimento é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

Marin, Massad e Azevedo (1) entendem que uma função do PEP é apoiar

pesquisas e avaliar a sua qualidade através dos registros. Ainda citam as desvantagens

e vantagens de seu uso, tais como acesso remoto, legibilidade, integração com outros

sistemas, finalizando o apoio no gerenciamento e controle de custos para a melhoria da

qualidade.

Ferreira (10) considera o PEP como a base do sistema de informações em

saúde, uma vez que suporta as tomadas de decisões para assistência ao paciente e ao

gerenciamento do processo clínico, visando a melhoria de qualidade assistencial.


Introdução 6

Lira (11) comenta a melhoria de qualidade e eficiência resultante na implantação do

sistema informatizado para registro de pedidos e exames. Esse sistema padroniza os

exames através do uso de siglas, gerando grande satisfação dos usuários médicos e

técnicos laboratoriais. Böhm, Wen e Silveira (12) vêem que o uso de imagens, uma

importante prática clínica para explanação aos pacientes, incluídos em um sistema

informatizado, melhora a qualidade dos registros médicos. Rodrigues (13) salienta que

o objetivo final de sistemas suplementares ao PEP, tais como telecomunicação,

integração de dados clínicos e administrativos de prontuários individuais ou de

coleções, deve ser o apoio a um processo decisório otimizado, resultando em melhoria

da qualidade do atendimento. Leão (14) enfatiza a busca pela melhoria da qualidade da

assistência e ampliação das iniciativas na área de promoção da saúde através do

Sistema Nacional de Informação em Saúde (SNIS). Moura (15) alerta para o aspecto

de que embora o esforço de desenvolvimento e implantação do PEP seja “local”, o

paciente tende a ser “global”; portanto, a qualidade dos sistemas da organização em

saúde deve estar centrada no cliente.

Por outro lado, merece destaque a análise da capacidade organizacional da

instituição. Ou seja, vale analisar se a organização hospitalar e até mesmo seus

fornecedores, estão capacitados a desenvolver projetos de tecnologia de informação,

integrar especialistas, promover atendimento seguro e com qualidade.


Introdução 7

1.3 Justificativa do Tema

Em levantamento de trabalhos escolares, jornais acadêmicos, teses e

dissertações publicadas na língua inglesa, entre 1960 a 1999, Kloppenborg e Opfer

observaram que 28% dos trabalhos de gerenciamento de projetos eram em construção

civil, seguidos por 21% que eram relacionados com sistemas de informação, de um

total de 3554 registros. Este trabalho foi apresentado no PMI Research Conference

2000, patrocinado pelo U.S. Departament of Defense (DoD), National Aeronautics and

Space Administration (NASA) e Canadian Aeronautics and Space Institute

(CASI) (16).

Pennypacker (17) realizou um estudo comparativo do uso da gerência de

projetos e declara que a disciplina é largamente usada nas indústrias de engenharia e

arquitetura, de transportes aéreos, de petróleo e gás e de serviços; contudo, em

seguradoras financeiras e serviços de saúde, o uso se mostra mais restrito.

Marin, Massad e Azevedo (1) declaram que nos últimos anos ocorreu uma

forte tendência de mudanças no modelo tradicional de atendimento a saúde, exigindo

dos profissionais uma maior atualização na atenção a saúde, pois os clientes não são os

profissionais de saúde e sim, o paciente.

Segundo McMillan e Wehner (18) ao elaborar projetos (segundo as práticas

propostas pelo PMI) para atender a uma organização hospitalar especializada em

doenças pulmonares, com a finalidade de tratar os aumentos de custos, sem minar o


Introdução 8

tratamento de saúde dos pacientes, três programas foram estabelecidos2: Asma

Pediátrica; Asma em Adultos e Bronquite e Doenças Pulmonares Crônicas

Obstrutivas. A primeira iniciativa em implantar um programa em Asma Pediátrica

demandou três anos. Desde então, nas novas aplicações de gerenciamento de projetos,

o tempo foi reduzido drasticamente no cronograma passando para seis a nove meses,

para completar os programas restantes.

Segundo Tabak (19) em seu trabalho “Pesquisa e o Desenvolvimento de

Fármacos e Medicamentos: O Caso Brasileiro e Tendência de Mercado -

Dimensionamento da Capacidade Técnico-Científica Instalada” apresentado em

seminário nacional sobre o complexo industrial da saúde, conclui que são três os

fatores que compõem a base de fragilidade do desenvolvimento de novos

medicamentos no Brasil, a saber: a informática, o gerenciamento de projetos e a

colaboração entre as universidades e os centros de pesquisa com as indústrias

farmacêuticas.

O Standish Group, desde 1994, realiza sistematicamente, a cada dois anos uma

pesquisa e elabora o chamado “CHAOS Report”, onde relata os sucessos e as falhas de

projeto em tecnologia de informação. Em 2003, o “CHAOS Report” (20) mostrou que

em 13.522 projetos de tecnologia de informação, houve algumas melhorias, com um

aumento de taxas de sucesso de 34% dos projetos. De fato, 56% dos 59% dos projetos

tiveram um aumento de custo de menos de 20% da estimativa inicial. O valor do

2
Programas é aqui entendido como um conjunto de projetos semelhantes.
Introdução 9

insucesso de projetos nos Estados Unidos no ano de 2002 foi estimado em US$ 38

bilhões (outros $17 bilhões em aumento de custo), havendo um desperdício de US$ 55

bilhões em investimentos dos US$255 bilhões investidos. Em 1994, a estimativa era

de um desperdício de US$ 140 bilhões (US$ 80 bilhões em projetos sem sucesso)”.

Outras pesquisas levantadas por Reich e Wee (21) apontam que em 35.000

projetos de várias indústrias, executados no mundo, o aumento de custo foi a norma,

que ficou tipicamente entre 40% e 200%. O aumento de custo em 246 projetos

militares das forças armadas dos Estados Unidos ficou entre 21% e 437%.

A complexidade atual dos problemas fica mais evidente face ao explosivo

crescimento da ciência, que aumenta o conhecimento relevante em cada função nas

organizações como, por exemplo, nas finanças, vendas, propaganda, relações públicas,

pessoal, compras, produção, pesquisas, dentre outros.

Ainda, a natureza das decisões também se modifica, devido ao aumento da

complexidade da tecnologia (escritório, fábricas e residências). Conseqüentemente,

para integrar essas diferentes especialidades é preciso envolver as ciências de

comportamentos, biológicas e físicas e, até o momento, são poucos os conhecimentos

e habilidades de promoção dessas integrações (22).


Introdução 10

1.4 Literatura

O modelo OPM3 tem por guia o “PMBOK Guide 2000” (24) que recomenda,

mas não delimita o ciclo de vida de projetos, chamado de “Grupos de Processos de

Projeto” (Iniciar, Planejar, Executar, Controlar e Encerrar - IPECE) (Figura 1).

Figura 1. Grupos de Processos de Projeto do PMBOK - IPECE

Os processos de gerenciamento de projetos podem ser organizados em cinco

grupos; sendo que cada um deles contém um ou mais processos:

• Processos para Iniciar: autorização do projeto ou fase;

• Processos para Planejar: definição e refinamento dos objetivos e

seleção da melhor das alternativas de ação para alcançar os

objetivos que o projeto estiver comprometido em atender;

• Processos para Executar: coordenar pessoas e outros recursos para

realizar o plano;
Introdução 11

• Processos para Controlar: assegurar que os objetivos do projeto

estão sendo atingidos, através da monitoração regular do seu

progresso para identificar variações do plano e, portanto, ações

corretivas podem ser tomadas quando necessárias;

• Processos para Encerrar: formalizar a aceitação do projeto ou fase e

encerrá-lo de uma forma organizada.

1.4.1 O ciclo de vida

O ciclo de vida serve para tanto para definir o inicio e fim do projeto, como

também a transição para a operação rotineira ou contínua. Dentro do ciclo, é definida

também a forma ou sinalização, através de documentos que caracterizam a transição

ou interação de um grupo para outro. (Figura 2).

Figura 2. Sobreposição de fases IPECE do PMBOK.


Introdução 12

1.4.2 Os processos de projetos

Os projetos são compostos de processos. Um processo é “uma série de ações

que geram um resultado”. Os processos dos projetos são realizados por pessoas e

normalmente se enquadram em uma das duas categorias. A primeira categoria engloba

os processos da gerência de projetos, que são aqueles que se relacionam com

descrição, a organização e a conclusão do trabalho do projeto. A segunda categoria diz

respeito aos processos orientados ao produto, que se relacionam com especificação e a

criação do produto do projeto. Os processos orientados ao produto são definidos pelo

ciclo de vida do projeto e variam de acordo com a área de aplicação. (24)

Devido à complexidade de um projeto, pode ser necessário um

desenvolvimento iterativo do mesmo ao longo do ciclo de vida. O PMBOK, portanto,

alerta para a interação ou sobreposição entre as fases do ciclo de vida. (Figura 2).

A seguir estão descritos, de forma resumida, os processos de gerenciamento de

projetos do “PMBOK Terceira Edição” (2).

Ao final de cada processo é apreciada a importância da especialização de

profissionais de saúde, ao separar o conhecimento de gerenciamento de projetos do

conhecimento do domínio do projeto, já que o primeiro se refere à especialidade de

coordenação administrativa e o segundo, à coordenação da especialidade de saúde,

pois são dois grandes domínios de conhecimento (21).


Introdução 13

Por exemplo, o domínio de conhecimento de gerenciamento de projetos tem

como componentes as estimativas de tempo e custos, análises de retornos de

investimentos e até mesmo, a administração de contratos. O domínio de conhecimento

da especialidade de saúde possui características dependentes da região geográfica,

população sexo e idade do paciente.

1.4.2.1 Iniciação de projeto

O grupo “Iniciar” define de que forma será tratado o projeto, isto é, se o

planejamento e demais grupos serão com alta interação ou não. Este tratamento

auxiliará a comunicação entre diferentes especialidades. (Figura 3).

G rup o d e
P roc e s s o s de
P la ne ja m e nt o
D e s en v olv e r
te rm o de
a be rtu ra
do p roje to
G ru p o d e
P ro c es s o s
d e E x ec u ç ão
D e s en v olv e r
D ec la raç ã o de
e s c op o
p relim in ar
do p roje to G ru po d e
P ro c e s s os de
M on ito ra m e nt o
e C o n tro le

Figura 3. Grupo de Processos de Iniciação.


Introdução 14

O principal documento que caracteriza o grupo de “Iniciar” é o “Termo de

Abertura” (Anexo A). Este documento fornece aos envolvidos as principais

informações resumidas sobre o projeto a ser executado, além de auxiliar os

patrocinadores na seleção, priorização e suporte de vários projetos. Os patrocinadores

autorizam o início e, a partir daí, passa-se ao segundo e último documento que é a

“Declaração de Escopo Preliminar” (Anexo B).

As informações contidas nesses documentos são utilizadas para guiar todos os

planos subseqüentes de forma progressiva.

O profissional em saúde é requerido para completar nesses documentos a sua

contribuição de conhecimento especializado. Assim, este profissional deve fornecer as

informações sobre o que é necessário ser realizado, podendo incluir como será feito, o

prazo e orçamento disponível ou ainda, uma solicitação das definições para a equipe

do projeto atender a necessidade.

Uma vez definidos o quê, como, o prazo e o custo, é caracterizada a qualidade

do projeto. A qualidade do resultado do projeto, isto é, o produto ou serviço

produzido, é definida na etapa de determinação da necessidade.


Introdução 15

1.4.2.2 Planejamento

É a coleta dos planos das outras áreas de conhecimento, descritas a seguir. Este

processo envolve também o desenvolvimento de planos adicionais. O conjunto desses

planos é denominado Plano Geral do Projeto (PGP).

Planos são elaborados de forma progressiva, de forma colaborativa entre os

membros da equipe de projeto, patrocinadores e usuários do produto ou serviço a ser

criado pelo projeto. (Figura 4).

Grupo de
Processos de
Planejamento Monitoramento
Desenvolver Definição do
do e Controle
Plano de Escopo
Escopo
Gerenciamento
Do Projeto Definição
da atividade
Grupo de Estimativa de
Criar EAP recursos da
Processos atividade
de Iniciação

Planejamento Estimativa Estimativa


do gerenc. de duração
de custos da atividade
de riscos

Orçamentação
Identificação Sequencia-
de riscos mento da
Planejamento atividade
de recursos
humanos
Análise
qualitativa de Planejamento Desenvolv.
riscos da do
qualidade cronograma
Grupo de
Análise
quantitativa Planejamento Processos de
de riscos das Execução
comunicações

Planejar Planejar
compras e contratações
aquisições
Grupo de
Processos de
Planejamento Encerramento
de respostas
a riscos

Figura 4. Grupo de Processos de Planejamento.


Introdução 16

O profissional em saúde é requerido na contribuição de conhecimento

especializado nos processos de “Planejar o Escopo”, “Definir o Escopo”, “Criar a

Estrutura Analítica do Projeto – EAP”, (Anexo D), “Estimar Recursos”, “Estimar

duração”, “Estimativa de Custos”, “Análise Qualitativa de Riscos”, “Análise

Quantitativa de Riscos”, “Planejar Compras e Aquisição” e “Planejar Contratação”.

Destacam-se aqui, a Estrutura Analítica do Projeto - EAP, que é uma técnica

de decomposição do projeto em partes mais gerenciáveis. A análise qualitativa de

riscos é a investigação da probabilidade e o provável impacto de cada evento em

interferir no projeto. A análise quantitativa de riscos é a investigação da sensibilidade

da probabilidade e o provável impacto de cada evento em interferir no projeto. (2)

Outros processos que necessitam do profissional especializado em saúde com

experiências de projetos anteriores, são “Definição de Atividades”, “Estimativa de

Custos”, “Planejamento da Qualidade”, “Planejamento de Recursos Humanos”,

“Planejamento das Comunicações”, “Planejamento Gerenciamento de Riscos” e

“Identificações de Riscos”.

1.4.2.3 Execução

É a execução propriamente dita que visa levar a efeito, o Plano Geral do

Projeto, isto é, os planos definidos no planejamento, planos de qualidade, recursos

humanos, aquisições e comunicações. (Figura 5).


Introdução 17

Realizar a
garantia da
qualidade Grupo de
Grupo de
Processos de
Processos Monitoramento
de Iniciação Contratar ou e Controle
mobilizar a
equipe do
Orientar e projeto
gerenciar a
execução do
projeto
Desenvolver Distribuição
a equipe das
Grupo de do projeto informações
Processos de Grupo de
Planejamento Processos de
Encerramento
Solicitar Selecionar
respostas de
fornecedores fornecedores

Figura 5. Grupo de Processos de Execução.

O profissional em saúde é requerido no processo de “Solicitar Respostas de

Fornecedores” para avaliar as propostas de fornecimento de produtos ou serviços (2).

1.4.2.4 Monitoramento e Controle

Ao executar um projeto, há novas informações que são desenvolvidas ou

encontradas e são necessárias, muitas vezes, mudanças nos planos. O controle de

mudanças deve ser utilizado para documentar as alterações nos planos já definidos.

(Figura 6).
Introdução 18

Ve rif ica ção


do escop o

Grup o de Co ntro le do
Pro cesso s e sco po
d e Inicia çã o
Co ntro le do
M onito rar e crono gra m a
C o nt rolar o
trab a lho Co ntro le de
do Pro jet o C usto
Co ntro le de
G rupo de p erform an ce
Gru po de
Processo s de d e qualida de
Pro ce ssos d e
Pla n ejam e nto Ge rê ncia de Encerra m e nto
eq uipe

R e latório de
C ontrole de p erform an ce
M u d an ça s
Integra das
Ge rê ncia de
in te re ssad o s
Grup o de
Pro cesso s C on tro le e
de Execução M on ito ra m .
de risco s
Adm in istraçã o
de co n tra to

Figura 6. Grupos de Processos de Monitoramento e Controle.

Cabe ao profissional em saúde aqui, com sua experiência e conhecimento na

área, atuar nos processos de “Monitorar e Controlar o Trabalho do Projeto”, “Controle

de Mudanças Integradas” e “Administração de Contratos”.

1.4.2.5 Encerramento de projeto

São os processos de encerramento administrativos e de contratos, se aplicáveis.

(Figura 7).
Introdução 19

G ru p o de
P ro c e s s o s d e
P l a n e ja m e n t o

E n c e r r a m e n to
d e p r o je to
G ru po d e
P roc e s s o s
d e E xe c u ç ã o

E n c e r r a m e n to
d e c o nt rat o

G ru po d e
P ro c e s s os de
M o n it o r a m e n t o
e C o n tr o le

Figura 7. Grupo de Processos de Encerramento.

O profissional em saúde nesta etapa deve atuar nos processos de

“Encerramento do Projeto” e “Encerrar o Contrato”.

1.4.3 As áreas de conhecimento

Os processos dos projetos, anteriormente descritos, são apoiados em áreas de

conhecimento do PMBOK, também esses são descritos através de 44 processos de

gerenciamento de projetos (Quadro 1), os quais definem, como melhores práticas

mundiais, os processos requeridos para assegurar as ações necessárias para:

a. realizar a integração dos processos de gerenciamento de projetos;

b. identificar o escopo do trabalho a ser executado e controlado;

c. estimar e controlar o tempo das atividades;


Introdução 20

d. estimar e controlar o custo dos recursos materiais e humanos;

e. definir, assegurar e controlar o padrão de qualidade;

f. utilizar de forma efetiva os recursos humanos;

g. assegurar uma efetiva e eficaz comunicação;

h. gerenciar os riscos e;

i. adquirir bens e serviços.


Processos de Áreas Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos (PMBOK Terceira Edição)
de Conhecimento INICIAR PLANEJAR EXECUTAR MONITORAR e ENCERRAR
CONTROLAR
4.1 Termo de 4.3 Desenvolver Plano de 4.4 Dirigir e 4.5 Monitorar e 4.7 Encerrar o
4. INTEGRAÇÃO Abertura* * Gerenciamento de Projeto * Gerenciar a Controlar o Trabalho * Projeto *
4.2 Escopo Execução 4.6 Controle Integrado
Preliminar * de Mudanças *
5.1 Planejar o Escopo * 5.4 Verificar
5. ESCOPO 5.2 Definir o Escopo * 5.5 Controlar
5.3 Criar a EAP
6.1 Definir Atividades * 6.6 Controlar
6. TEMPO 6.2 Sequenciar Cronograma
6.3 Estimar Recursos *
6.4 Estimar Duração *
6.5 Desenvolver o
Cronograma
7.1 Estimar Custo 7.4 Controlar Custo
7. CUSTO 7.2 Orçar
8.1 Planejar Qualidade 8.2 Assegurar o 8.3 Controlar
8. QUALIDADE Desempenho Qualidade
9.1 Planejar os Recursos 9.2 Adquirir 9.4 Gerenciar Equipe
9. RECURSOS Humanos Equipe
HUMANOS 9.3 Desenvolver a
Equipe
10.1 Planejar as 10.2 Distribuir a 10.3 Relatar o
10. Comunicações Informação Desempenho
COMUNICAÇÃO 10.4 Gerenciar os
Interessados
11.1 Planejar o 11.6 Controlar e
11. RISCO
Gerenciamento de Risco Monitorar os Riscos
11.2 Identificar
11.3 Qualificar
11.4 Quantificar
11.5 Planejar Respostas
12.1 Planejar Compras e 12.3 Solicitar * 12.5 Administrar 12.6 Concluir
12. AQUISIÇÃO Aquisição * 12.4 Selecionar Contratos Contratos *
12.2 Planejar Contratos *

Quadro 1. Áreas de Conhecimento e IPECE do PMBOK Terceira Edição.

*
Conhecimento especializado em saúde.
Introdução 21

As numerações de 4. a 12. e sub-itens referem-se aos capítulos do PMBOK

Terceira Edição. São 44 processos de gerenciamento de projetos. Todos possuem

entradas definidas como insumos, para serem tratadas pelas ferramentas e técnicas que

produzirão saídas (resultados).

Há processos que necessitam do conhecimento do profissional em saúde, isto

é, do conhecimento especializado em saúde (21) (25). Esses processos estão

referenciados na tabela anterior (Quadro 1).

Reich em sua pesquisa (21) identificou os processos de gerenciamento de

projetos que necessitam do conhecimento especializado, pois o PMBOK (2) tem a

forte tendência de utilizar o conhecimento de forma explícita e declarativa, isto é o

“como”, e fornece pouca atenção ao conhecimento tácito e causal, isto é o “por que”.

O conhecimento explícito e declarativo são precisamente e formalmente

articulados para auxiliar a preparar ou desenvolver os planos do gerenciamento de

projetos, enquanto que os conhecimentos tácito e causal são entendidos e aplicados,

mas difíceis de articular, desenvolvidos através da experiência e ações, compartilhados

através de alta interatividade.

Reich, portanto, orienta em quais processos do PMBOK há a necessidade do

apoio do conhecimento especializado.


Introdução 22

1.4.4 Gerenciar a Integração

Gerenciar a integração de projeto é coordenar os vários elementos do projeto,

isto é, reunir os planos, descritos mais adiante, em função dos grupos de processos de

gerenciamento, anteriormente descritos. Envolve estratégias para desenvolver o Plano

Geral do Projeto (PGP). Ainda, gerenciar a integração envolve uma coleta dos

resultados de outros processos de planejamento, colocando-os em um consistente e

coerente documento.

O primeiro processo, ou seja, “Iniciar” que se submete à organização deve

conter, conforme já descrito anteriormente:

a. “Termo de Abertura de Projeto” (Anexo A) visa começar o projeto, ou

ainda uma próxima fase do projeto;

b. Autorizado o projeto, uma “Declaração Preliminar de Escopo” (Anexo

B) que fornece informações pelo iniciador solicitante ou pelo

patrocinador do projeto, descrevendo qual trabalho, o que deverá ser

realizado e quais “entregas” (produtos) precisam ser produzidas. A

próxima etapa documenta as características e limites do projeto e seus

produtos e serviços associados, além dos métodos de aceitação e

controle do escopo.

Uma vez definido o PGP, inicia-se a execução das atividades incluídas nos

outros processos de planejamento. Via de regra, são atividades que, devido a sua

natureza de incertezas, devem passar por um controle de mudanças globais, que é a

coordenação das mudanças através do projeto inteiro.


Introdução 23

Os anexos incluídos neste trabalho servem como referências de documentos de

gerenciamento de projeto e podem ser utilizados como padrão de inicio de uma

metodologia, devendo ser “flexibilizada” quanto à duração, orçamento e complexidade

do projeto.

1.4.5 Gerenciar o Escopo

Gerenciar o escopo de projeto é incluir todo e tão somente o trabalho

necessário para ser concluído com sucesso. Esta etapa é composta por processos que

devido a natureza do projeto, podem ser seqüenciais ou serem desenvolvidas de forma

paralela. Deve-se:

a. “Planejar o Escopo” ao desenvolver um documento, para que este sirva

de base para as decisões futuras do projeto e;

b. criar um plano de “Gerenciamento do Escopo do Projeto” (Anexo C)

que documenta como o escopo do projeto será definido, verificado e

controlado;

c. “Definir o Escopo”, que é uma etapa cuja intenção é desenvolver uma

detalhada declaração de escopo do projeto, como base para as futuras

decisões do projeto;

d. “Criar a Estrutura Analítica do Projeto” (Anexo D) que subdivide os

principais “produtos” do projeto e o trabalho do projeto em

componentes menores, mais gerenciáveis;


Introdução 24

e. “Verificar o Escopo”, ou seja, executa-se a etapa que vai formalizar a

aceitação do escopo do projeto e das “entregas/produtos” com os

clientes e ou patrocinadores;

f. “Controlar as Mudanças do Escopo” que consiste na etapa de ordenar o

processo de controle das mudanças no escopo do projeto, para

identificar a necessidade, autorização e a aplicação da mudança.

1.4.6 Gerenciar o Tempo

Gerenciar o tempo é concluir o projeto no prazo previsto. Para tanto, utilizam-

se as seguintes etapas:

a. “Definir as Atividades”: identificar as atividades específicas que serão

executadas para produzir os vários resultados do projeto;

b. “Seqüenciar as Atividades”: identificar e documentar suas

dependências interativas,

c. “Estimar os Recursos das Atividades”: incluir os recursos humanos e

materiais e as quantidades requeridas para executar cada atividade

programada;

d. “Estimar a Duração das Atividades”: aplicar métodos de estimativas do

número de períodos do trabalho que serão necessários para concluir as

atividades individuais;
Introdução 25

e. “Desenvolver o Cronograma”: analisar as seqüências das atividades,

suas durações e exigências quanto à capacidade de trabalho associadas

à disponibilidade de recursos materiais e humanos;

f. “Controlar o Cronograma” em um processo ordenado de controle das

mudanças no cronograma do projeto, que identifica sua necessidade,

autorização e a aplicação da mudança. (Anexo E – Plano de

Gerenciamento de Cronograma).

1.4.7 Gerenciar os Custos

Gerenciar os custos é concluir dentro do orçamento aprovado. As etapas

envolvidas são:

a. “Estimar Custos” - que é uma fase para desenvolver uma aproximação

dos custos necessários dos recursos para terminar as atividades do

projeto;

b. “Orçar Custos” - alocar a estimativa de custo total aos itens individuais

do trabalho;

c. “Controlar Custos” - um processo ordenado de controle das mudanças

do orçamento de projeto. (Anexo F – Plano de Gerenciamento de

Custo).
Introdução 26

1.4.8 Gerenciar a Qualidade

Gerenciar a qualidade é satisfazer as necessidades para as quais foi

empreendido o projeto. As etapas são:

a. “Planejar a Qualidade”: identificar os padrões de qualidade relevantes

ao projeto e determinar como serão satisfeitos;

b. “Executar a Garantia de Qualidade”: avaliar a execução total do projeto

em uma base regular para fornecer a confiança de que o projeto

satisfará aos padrões de qualidade relevantes;

c. “Controlar a Qualidade”: monitorar os resultados específicos do projeto

para determinar se atende aos padrões e identificar maneiras para

eliminar causas de desempenho insatisfatório. (Anexo G – Plano de

Gerenciamento de Qualidade).

Em síntese, gerenciar a qualidade é aplicar o plano em atividades sistemáticas

da qualidade para assegurar de que o projeto empregue todos os processos necessários

para encontrar com os requisitos.

1.4.9 Gerenciar os Recursos Humanos

Gerenciar os recursos humanos é utilizar de forma mais eficaz o pessoal

envolvido no projeto. As etapas envolvidas são:


Introdução 27

a. “Planejamento dos Recursos Humanos”: identificar e documentar os

papéis, as responsabilidades e reportar relacionamentos do projeto, bem

como criar a plano de gerenciamento de equipe;

b. “Adquirir a Equipe de Projeto”: obter os recursos humanos necessários

para completar o projeto e atribuir o trabalho no projeto;

c. “Desenvolver a Equipe”: desenvolver as habilidades individuais e do

grupo para elevar o desempenho;

d. “Controlar a Equipe de Projeto”: acompanhar o desempenho da equipe,

fornecer o retorno, resolver ocorrências e coordenar as mudanças para

aumentar o desempenho no projeto. (Anexo H – Plano de

Gerenciamento de Recursos Humanos).

1.4.10 Gerenciar as Comunicações

Gerenciar as comunicações é garantir que as informações do projeto sejam

adequadamente coletadas e disseminadas. As etapas envolvidas são:

a. “Planejar as Comunicações”: determinar qual informação e quais

comunicações são necessárias para os interessados, ou seja, quem

necessita de qual informação, quando ela é necessária e como lhes será

dada;

b. “Distribuir as Informações”: fazer com que a informação necessária

esteja disponível para as partes interessadas, de maneira oportuna;


Introdução 28

c. “Relatar o Desempenho”: coletar e disseminar a informação do

desempenho, status, as medições de progresso e previsões;

d. “Gerenciar as Partes Interessadas”: comunicar os requisitos e resolver

os eventos que surgirem, com as partes interessadas no projeto. (Anexo

I – Plano de Gerenciamento das Comunicações).

1.4.11 Quantificar os Riscos

Para gerenciar riscos é preciso identificar, analisar e responder aos riscos

identificados do projeto. As etapas envolvidas são:

a. “Planejar o Gerenciamento de Risco”: decidir como abordar, planejar e

executar as atividades de gerenciamento de risco de um projeto;

b. “Identificar os Riscos”: determinar que riscos são prováveis de causar

impacto no projeto e documentar as características de cada um;

c. “Qualificar os Riscos”: ponderar uma escala de probabilidade e

conseqüências possíveis no projeto, priorizando os riscos para

subseqüente análise adicional ou atuar, avaliando e combinando suas

probabilidades de ocorrências e de impactos;

d. “Quantificar os Riscos”: aplicar a probabilidade e conseqüências, para

numericamente analisar o efeito em objetivos totais dos riscos

identificados;
Introdução 29

e. “Desenvolver as Respostas a Riscos”: desenvolver opções e ações para

realçar oportunidades e para reduzir ameaças aos objetivos do projeto;

f. “Controlar e Monitorar as Respostas a Riscos”: acompanhar os riscos

identificados, monitorar riscos residuais, identificar riscos novos,

executar planos de resposta de risco e avaliar sua eficácia durante todo

o ciclo de vida do projeto.

No Anexo J é apresentado o Plano de Gerenciamento de Riscos.

Vale ainda ressaltar que o risco é identificado na falta de compreensão do

trabalho a ser feito e na incerteza de resultados esperados.

1.4.12 Gerenciar as Aquisições

Gerenciar as aquisições de bens e serviços de terceiros. As etapas aqui

envolvidas são:

a. “Planejar as Aquisições e Contratos”: documentar produtos, serviços e

requisitos a serem adquiridos e identificar potenciais vendedores;

b. “Planejar a Contratação”: analisar suas ofertas, escolher entre os

vendedores, aqueles que possuem potenciais para o projeto;

c. “Responder as Requisições dos Vendedores”: fornecer informação

documentada das exigências do produto, obter cotações, preços, ofertas

ou propostas, como apropriado;


Introdução 30

d. “Selecionar o Fornecedor”:estabelecer a forma de escolher os

vendedores potenciais;

e. “Administrar o Contrato”: controlar o relacionamento com o

fornecedor, rever e documentar como está sendo ou foi executado o

contrato, para estabelecer ações corretivas e fornecer uma base para os

relacionamentos futuros. Cabe também nesta etapa, gerenciar as

mudanças relacionadas ao contrato e, quando apropriado, gerenciar o

relacionamento contratual.

O Anexo K apresenta o Plano de Gerenciamento de Aquisições.

São, portanto, nove áreas de conhecimentos que distribuídas com seus

subconjuntos de processos requeridos (novamente, não delimitados) associadas ao

ciclo de vida de projetos (Grupos de Processos) Quadro 1.

1.5 O Modelo OPM3

O modelo OPM3 visa atender o planejamento estratégico das organizações

para a medição da eficiência do planejamento, monitoramento, execução e

encerramento dos projetos, possibilitando a visão dos pontos que necessitam de

melhoria e dos pontos implementados, através de um questionário informatizado de

avaliação e resposta.

Existem três fases principais. A primeira é a fase de apresentação do modelo, a

segunda, de aplicação do questionário, que por sua vez, implica na tomada de decisão
Introdução 31

sobre continuar ou não a avaliação. Ou seja, a avaliação não terá continuidade se os

resultados iniciais do modelo estão abaixo do cálculo de 20% de índice de maturidade.

A terceira fase é a de escolha de melhores práticas a implantar na organização.

(Figura 8).

1. Apresentar o Padrão
Obter o entendimento básico
do OPM3, seus componentes
e operação.
CONHECIMENTO

2. Avaliação de Alto Nível


Identificar as Melhores Práticas e a Suspensão do processo
posição no contínuum da maturidade Se satisfeita a atual maturidade
organizacional de GP. da organização. Mas, deve-se
reavaliar periodicamente para
monitorar os efeitos da
mudança.
6. Repetir o Processo AVALIAÇÃO
Retornar ao passo 2, reavaliar a
maturidade para detectar mudanças
causadas pelos recentes eventos.
Possível retorno ao passo 4 para 3. Avaliação Compreensiva
trabalhar em outras Melhores Práticas Identificar as capacidades
identificadas na Avaliação original. existentes para determinar a
maturidade de cada Melhor
Prática.

5. Implementação das Melhorias 4. Plano de Melhorias


Executar o planejado desenvolvimento Usar o resultado da Avaliação e as
organizacional das atividades para avançar prioridades da organização para
no continuum da maturidade. determinar o escopo e a seqüência de
melhorias.

Figura 8. Ciclo de vida do OPM3®.


Introdução 32

As outras fases referenciadas na figura do ciclo de vida do OPM3 são

conseqüências da avaliação, que não fazem parte do escopo deste trabalho. Será um

trabalho de melhoria na organização, se a mesma optar por adotar ou melhorar uma

metodologia de gerenciamento de projetos.

O modelo é aplicado aos “Processos Organizacionais de Gerência de Projeto”,

ou seja, ao projeto, ao programa e ao portfolio (PPP), também chamados de domínios

ou gerenciamento organizacional de projetos (Figura 9).

Figura 9. Processos Organizacionais de Gerência de Projeto, PPP.


Introdução 33

O objetivo é atender a alta administração com um fluxo de informações, pois,

atualmente ela é fragmentada e distante do nível operacional e mais de 90% das

organizações não conseguem comunicação adequada (5).

1.6 Respostas do Modelo

O modelo OPM3 fornece um formulário (Anexo L) para respostas sim ou não;

cada resposta afirmativa é identificada como uma das melhores práticas de

gerenciamento de projetos (Anexo M).

O formulário de avaliação do OPM3 é composto por 151 questões (Anexo L),

que são as questões de avaliação de gerenciamento de projetos, programas e portfolio.

A quantidade existente de melhores práticas de gerenciamento de projetos

recebe um valor percentual e pode ser atribuído à organização um total de 626

melhores práticas (Anexo N). Este valor total é considerado como a tabela “gold

standard”.

A verificação da existência ou não da melhor prática, orienta para a não

uniformidade de termos entre diferentes “indústrias”. E também, são distintas entre as

organizações de mesma atividade profissional, pois, cada uma possui sua tradução em

alinhamento de estratégia empresarial para ações confiáveis e de forma repetida, para

resultados de projetos bem sucedidos.

As melhores práticas são separadas conforme os processos organizacionais e

de gerenciamento em função do IPECE (Grupos de Processos de Projeto: Iniciar,

Planejar, Executar, Controlar e Encerrar - IPECE).


Introdução 34

O OPM3 elabora gráficos percentuais, (Figura 10) quantificando a existência

das melhores práticas, segundo o PPP e os processos de gerenciamento, identificando

o uso dos recursos de Padronização, Medições, Controle e o Contínuo Aprimoramento

(Standardize, Measure, Control, Continuously Improve – SMCI).

PPP/SMCI
Your Organization on OPM3 Continuum

Portfolio
Program
40 20 20 6 Project

Standard Measure Control Improve

Figura 10. Distribuição por PPP e SMCI.

A “Padronização” é para indicar a existência de documentos definidos; a

“Medição” para verificação dos dados de acompanhamento das práticas, o “Controle”

para realizar comparações entre medidas padrões e dados medidos, por último,

destaca-se a existência de práticas para o “Contínuo Aprimoramento”.

O OPM3 é uma avaliação de alto nível e rápida para confirmar percepções da

organização. É um modelo simplificado que procura oferecer soluções para problemas

complexos, assim como o PMBOK que é um corpo mínimo de conhecimento e é

usado como um guia e não como uma metodologia.


Objetivo 35

2. OBJETIVO

• Identificar o índice de maturidade do uso de melhores práticas de

gerenciamento organizacional de projetos em uma organização que presta

serviços para a área de saúde.


Método 36

3. MÉTODO

O método utilizado é o questionário do modelo OPM3 (Anexo L), onde cada

pergunta tem seu relacionamento com uma ou melhores práticas de gerenciamento de

projetos, programas e ou portfolio (Anexo M).

O questionário é composto por 151 questões de respostas fechadas, sim ou

não. As respostas positivas indicam, através de pesos, 626 melhores práticas

identificadas na pesquisa do PMI (Anexo N).

Este modelo foi desenvolvido com base em outros 27 modelos, incluindo 10

específicos sobre maturidade organizacional, nove dos quais estão voltados a área de

tecnologia de informação. Também, está incluído o último modelo Capability

Maturity Model Integrated (CMMI®), (23).

3.1 População e amostra

A população escolhida para este estudo são as organizações relacionadas no

documento Fact Sheet (26), disponíveis na Internet, acessado em www.pmi.org. São

organizações multinacionais com representação no Brasil, que adotam as melhores

práticas mundiais de Gerenciamento de Projetos (GP), tais como IBM, Hewlett

Packard, EDS, GE, Siemens, ATT e Accenture, as quais incentivam seus


Método 37

profissionais a utilizarem práticas de gerenciamento de projetos e a adotarem uma

metodologia própria.

Por conveniência, a amostra foi a empresa Siemens Medical, a única

identificada que já aplicou o modelo de forma internacional e possui área

especializada no setor de saúde e que ainda concordou em fazer parte deste estudo.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de São Paulo em 01 de Janeiro de 2008 sob o número 0103/08.

3.2 Amostra caracterizada

A Siemens Medical declara que possui:

Soluções abrangentes para saúde, em hospitais e clínicas, equipes médicas

são auxiliadas em seu trabalho vital de salvamento de vidas pelos mais

recentes e inovadores serviços e produtos Siemens: de soluções de

Tecnologia de Informação (TI) e serviços de gerenciamento até

equipamentos de diagnóstico por imagem e terapia intensiva; de

arquivamento de imagens até sistemas de registro eletrônico de paciente

totalmente integrado. Utilizando tecnologias avançadas, para aumentar a

eficácia e o fluxo de trabalho a fim de melhorar os cuidados com a Saúde.

Produtos e Soluções de diagnóstico por imagem e equipamentos para

terapia e cuidados intensivos a Soluções de Tecnologia da Informação que


Método 38

otimizam o fluxo de trabalho e aumentam a eficácia em hospitais e

clínicas.

Possui soluções que se aplicam de forma integrada a todas as fases de vida

do paciente, de sua preconcepção à eventual internação em UTI, e a todas

as fases do atendimento, desde a recepção em um hospital, passando pelo

diagnóstico, terapia, prontuário médico e chegando à telemetria e

medicina à distância.

A Simens Medical é uma área de negócio da Siemens AG, multinacional

alemã, fundada há mais de 160 anos, e a Siemens Brasil está presente no mercado há

mais de 100 anos. O faturamento global em 2007 foi de € 72,4 bilhões. Possui cerca

de 400.000 trabalhadores no desenvolvimento e fabricação de produtos e instalação

de sistemas complexos e projetos.

De acordo com o objetivo deste estudo, vale ressaltar que este trabalho

procurou focar especificamente no segmento chamado de Soluções de Tecnologia de

Informação para a área de saúde.

3.3 Processo de coleta de dados e tempo de coleta

O formulário foi aplicado em Agosto de 2006, nas dependências da Siemens

Medical. Participaram desta pesquisa e foram entrevistados: um gerente de projetos,

um gerente de programa e um representante do PMO da Siemens.


Método 39

As questões seguem um padrão de seqüência de perguntas para avaliar como a

organização realiza o gerenciamento. Há questões sobre a organização, do ciclo de

vida (IPECE) e recursos (SMCI), distribuídas nos domínios de projeto, programas e

portfolio (PPP). Questões de respostas positivas resultam no índice de maturidade, ou

seja, melhores práticas utilizadas por práticas globais de gerenciamento.

As questões sobre a organização3 (Anexo M – Números das perguntas e

melhores práticas encontradas) foram respondidas por todos, entretanto quando

houve discordância em dar uma resposta positiva ou negativa, optou-se em adotar a

resposta negativa.

Questões sobre gerenciamento de projetos4, programas5 e de portfolio6, isto é,

as questões sobre os três domínios de gerenciamento, foram respondidas por todos,

somente que na discordância, prevalecia a resposta do representante do domínio.

As questões foram respondidas com base nas evidências da existência dos

documentos internos da Siemens Medical, registrados em um livro de projeto, o qual

é utilizado para auditoria interna; também foi utilizado como referência, um projeto já

encerrado e disponível na empresa.

3
De 1 a 15, 24 a 30, 47, 56 a 59, 93 a 109, 118 a 124, e de 141 a 143, questões sobre a organização.
4
De 16 a 55, sobre gerenciamento de projetos.
5
De 60 a 92, sobre gerencimento de programas.
6
De 119 a 117, 125 a 140, e de 144 a 151, sobre gerenciamento de portfolio.
Método 40

Ainda, houve o apoio de um sistema interno e proprietário da Siemens

Medical que é utilizado para registro e controle dos documentos existentes dos

projetos. Este sistema proporciona a verificação em tempo real do lançamento dos

registros, recuperação de dados históricos, bem como fornece dados sobre a situação

dos projetos em andamento, mais precisamente, em qual parte do ciclo de vida

encontra-se o projeto, pontos de atenção para intervenções gerenciais, e métricas

indicativas por projetos e programas.

É importante salientar que a Siemens Brasil possui uma versão do software

OPM3 com acesso a Internet, o qual realiza uma comparação com outras

organizações no mundo que já responderam as mesmas questões.

A comparação possibilita um posicionamento da Siemens Medical em relação

a outras organizações na quantidade do uso de melhores práticas de gerenciamento

de projetos, ou seja, o índice de maturidade.

Quatro horas foram despendidas para responder e analisar os resultados

iniciais que software do modelo OPM3 produziu.

3.4 Experiências do processo de coleta de dados

Um número de 151 questões, aplicado neste trabalho, implica em uma natural

resistência, por se tratar de questões relativas a maturidade de projetos internos que

podem ser entendidas como perguntas relacionadas ao trabalho de atuação do


Método 41

profissional. A resistência é mais ainda observada se o resultado do processo

apresentar um valor baixo de maturidade, ou seja, inferior a 20% de presença

melhores práticas, resultando em consequente desestimulo à participação. A

resistência pode ser contornada ao iniciar a coleta de dados com as questões relativas

a organização, o que caracteriza a organização, esclarecendo que o modelo quer

avaliar a organização e não o profissional.

As questões sobre os domínios de gerenciamento são apresentadas pelo

software do modelo OPM3 de forma seqüencial. Entretanto, com objetivo de dar

maior eficácia, optou-se por agrupar as questões sobre a organização e

posteriormente, sobre cada domínio.

As questões de domínio PPP mantêm uma repetição em avaliar se há os

recursos de “Padronização”, de “Medição”, de “Controle” e de “Contínuo

Aprimoramento” (SMCI). Por exemplo, ao perguntar se há um padrão da organização

de documento de plano de qualidade de projetos, há perguntas sobre como é medido

esse plano, como é controlado e se está havendo uma melhoria no plano.

Sucessivamente, o mesmo acontece com as perguntas sobre o plano de qualidade de

programa e de portfolio. Portanto, foi possível otimizar a pesquisa apresentando as

questões sobre cada melhor prática para cada um dos domínios sobre a existência de

SMCI.
Método 42

Em “Padronização”, as questões são direcionadas para verificar a existência

de um padrão de documentação, ou seja, se faz uma simples verificação sobre a

presença ou não do documento padronizado pela organização.

As questões de “Medição” são para identificar se há uma medição, isto é, se

existe alguma métrica indicativa utilizada. Um exemplo de métrica para avaliar se o

documento é medido pode ser a indicação se um documento está totalmente

preenchido ou em preenchimento, ou mesmo se registra datas de início e término de

preenchimento, ou possui documentação de valores financeiros atribuídos,

quantidades declaradas aprovadas ou em aprovação.

As questões para “Controle”, são para verificar a existência de um controle

através de relatórios gerenciais, que são produzidos pelo sistema interno. Como

exemplo, pode-se citar os controles que verificam valores quantitativos e qualitativos

dos projetos, programas e portfolio em andamento ou encerrados, inclusive em espera

de dados ou informações.

Por último, as questões sobre “Contínuo Aprimoramento”, visam identificar a

existência de melhorias se há um aprimoramento na documentação. Estas questões

implicam na experiência dos entrevistados e na ciência de que há iniciativas

documentadas de estudos para melhorar os recursos de padronização, medições e

controles na organização.
Resultado e Discussão 43

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados a seguir são apresentados e discutidos da forma que foi

apresentado pelo software do modelo OPM3. Espera-se que possam ser utilizados

como balizadores de organizações voltadas à área de saúde que desenvolvem

projetos, pois, é o interesse deste trabalho, conforme já mencionado, auxiliar para

promover um melhor gerenciamento organizacional de projetos.

4.1 Respostas do Modelo OPM3

As respostas positivas do formulário foram comprovadas por evidências

documentadas, documentos internos e aplicativos de software utilizados pela

organização pesquisada. As exceções de documentos que evidenciavam as respostas

de portfolio foram aceitas como válidas, pois há ciência, por parte dos entrevistados,

sobre a existência da documentação em uso pela alta administração.

O software do OPM3 elaborou as seguintes ánalises à partir dos dos dados

coletados e apresentados a seguir:

a. Índice de Maturidade em 71%, que representa o percentual de

melhores práticas utilizadas em gerenciamento organizacional de

projetos, os domínios de projetos, de programas e portfolio da

organização. Figura 11.


Resultado e Discussão 44

Figura 11. Índice de Maturidade OPM3® da Siemens Medical.

Este é o índice do percentual de melhores práticas nos domínios de projetos,

programas e portfolio em relação as melhores práticas globais de gerenciamento

organizacional de projetos. Representa o total de melhores práticas utilizadas pela

organização.

b. As melhores práticas encontradas pertencem a três domínios: 71% em

gerenciamento de projetos, 68% em gerenciamento de programas e

73% em gerenciamento de portfolio (Figura 12).

c. Os processos gerenciais estão com os seguintes percentuais: 69%

encontram-se padronizados ou existem documentos, 74% possuem

medições, 63% possuem controles e há iniciativas de 79% de

incrementos de melhorias (Figura 12).


Resultado e Discussão 45

Figura 12. Distribuições PPP e SMCI da Siemens Medical.

As figuras representam os percentuais encontrados do uso de melhores

práticas em dois grupos separados, o grupo de domínios de projeto, programa e

portfolio e o grupo de recursos organizacionais de padrões, medições, controles e

melhorias.

d. Uma visão consolidada por domínio e processos (Figura 13).

Figura 13. Consolidados PPP e SMCI da Siemens Medical.


Resultado e Discussão 46

A figura anterior representa um outro formato de índices do grupo de padrões,

medições, controles e melhorias, dentro do grupo de projeto, programa e portfolio.

Os índices anteriores comparam a existência de melhores práticas de

gerenciamento organizacional de projetos, medindo a maturidade da organização,

com base nas respostas do modelo, a pesquisa global realizada pelo PMI.

4.2 Visão de alto nível das respostas

Uma outra visão de “alto nível” ou "executiva", é o Quadro 4.2, que o modelo

OPM3 através do software não apresenta, mas aqui é apresentada para auxiliar na

identificação das melhores práticas encontradas na organização, destacando também

as não encontradas.

O aplicativo de software do modelo OPM3 exibe vários relatórios detalhados,

onde é possível visualizar pela tela do computador ou de forma impressa, a

representação das melhores práticas existentes ou as não encontradas. O

detalhamento é exibido por número seqüencial de melhores práticas, bem como seu

nome e descrição, em que parte do ciclo de vida de projeto (IPECE) pertence, ainda

nos domínios (PPP) e recursos organizacionais (SMCI).

Vale porém ressaltar que esses relatórios dificultam uma visão de alto nível.

Portanto, é recomendável o uso do Quadro 2 para uma confirmação de quais

melhores práticas estão presentes ou não na organização. Posteriormente, pode-se


Resultado e Discussão 47

utilizar, para as melhores práticas não presentes e desejadas, o uso dos relatórios

emitidos pelo software do OPM3.

O Quadro 2, a seguir, representa as melhores práticas através do ciclo de vida

de projetos estabelecidos com padrões globais, assinaladas com a letra “p” e em tom

cinza, bem como o resultado deste trabalho assinala a existência da melhor prática

com a letra “e”.

Pode-se verificar onde não há a utilização de melhores práticas (células não

assinaladas) as quais, a critério da organização podem empreender esforços para

tornar presente na organização.


Resultado e Discussão 48

Domínios
Ciclo de vida
Grupos de Processos Projeto Programas Portfolio
Melhores Práticas I P E C E S M C I S M C I S M C I
Estabelece Políticas Organizacionais p e e e e e e e e e e e e
5.1 Iniciar p e e e e e e e e e e e e
4.1 Desenvolver Plano p
5.2 Planejar Escopo p
5.3 Definir Escopo p
6.1 Definir Atividades p
6.2 Sequenciar Atividades p
6.3 Estimar Duração Atividades p
6.4 Desenvolver Cronograma p
7.1 Planejar Recursos p
7.2 Estimar Custo p
7.3 Orçar Custo p
8.1 Planejar Qualidade p
9.1 Planejar Organização p
9.2 Adquirir Equipe p
10.1 Planejar Comunicações p
11.1 Planejar Risco p
11.2 Identificar Risco p
11.3 Qualificar Risco p
11.4 Quantificar Risco p
11.5 Planejar Respostas Risco p
12.1 Plano de Aquisição p
12.2 Plano de Solicitação p
4.2 Executar Plano de Projeto p e e e e e e e e e e e e
8.2 Assegurar Qualidade p e e e e e e e e e e e e
9.3 Desenvolver Equipe p e e e e e e e e e e e e
10.2 Distribuir Informação p e e e e e e e e e e e e
12.3 Solicitar Propostas p e e e e e e e e e e e e
12.4 Selecionar Fontes p e e e e e e e e e e e e
12.5 Administrar Contratos p e e e e e e e e e e e e
4.3 Integrar Mudanças p e e e e e e e e e
5.4 Verificar Escopo p e e e
5.5 Controlar Mudanças Escopo p e e e
6.5 Controlar Cronograma p e e e
7.4 Controlar Custos p e e e
8.4 Controlar Qualidade p e e e
10.3 Relatar Performance p e e e e e e e e e
11.6 Monitorar Controlar Riscos p e e e
10.4 Administrar Fechamentos p e e e e e e e e e e e e
12.6 Concluir Contratos p e e e e e e e e e e e e

Quadro 2. Grupos de gerenciamentos de processos e Áreas de Conhecimento


Legenda: “p” é padrão, “e” é encontrado.
Resultado e Discussão 49

As práticas não encontradas, isto é, não assinaladas no quadro anterior, podem

demonstrar as áreas de melhoria da organização e indicar, portanto, um caminho para

concentrar esforços.

Destaca-se aqui, o uso simplificado desse quadro como uma visão de alto

nível face aos relatórios gerados pelo modelo OPM3, que, com base no quadro

anterior, poderia gerar cerca de 168 páginas para as práticas presentes, e cerca de 312

páginas para as não presentes.

Essa visão de alto nível pode auxiliar a organização a confirmar as respostas

do questionário de forma mais rápida. O modelo OPM3 apresenta a seguir os quadros

3 e 4 que embora possam dificultar uma melhor compreensão, auxiliam na

identificação das práticas, Nestes quadros, há necessidade de se atribuir a cada

número de melhor prática, o seu respectivo nome e descrição, em que parte do ciclo

de vida de projeto (IPECE) pertence, assim como os domínios (PPP) e recursos

organizacionais (SMCI). Isto pode ser feito acessando outras telas do aplicativo do

OPM3 ou solicitando a impressão das mesmas. Ou seja, o relacionamento não é

automático, precisa da intervenção humana.


Resultado e Discussão 50

Quadro 3. Melhores práticas encontradas

Quadro 4. Melhores práticas não encontradas

O quadro 2 foi apresentado aos entrevistados no final da coleta de dados, e

houve o entendimento de que era mais simplificado e foram obtidas as seguintes

conclusões.

a. A melhor prática existente da organização “Estabelece

Políticas Organizacionais” é coerente, pois segue um padrão

internacional;
Resultado e Discussão 51

Ou seja, neste caso, o que se constata é que toda uma documentação que deve

ser seguida por todas as filiais no mundo, elaborando relatórios para a matriz de

forma uniforme para uma consolidação global e um retorno da matriz do desempenho

em relação as outras filiais para aprimoramento. A Siemens estabelece uma política

que descreve a padronização dos documentos, quais são as medições, o que

controlam e quais são os processos de melhorias continuas adotados.

b. A melhor prática existente do ciclo de vida de iniciação (5.1

Iniciar), também é verificável, pois há um processo formal de

aprovação do inicio do projeto envolvendo os departamentos

de Negócios, Técnico e Financeiro;

Há um documento padrão, independente do produto ou serviço a ser entregue.

Este documento inclui medições dos tempos consumidos nas atividades de entrega do

trabalho, bem como a data de abertura do documento, as datas de aprovações dos

departamentos envolvidos, bem como datas de solicitação e do fornecimento de

informações. Os controles são exibidos pelo aplicativo interno da Siemens Medical

para ações de aprovações ou na espera de informações a serem fornecidas pelos

departamentos e profissionais envolvidos no projeto.

c. Destaca-se que na totalidade do Grupo de Processos de

Planejamento não foram encontradas evidências de sua utilização;

Houve o consenso de que realmente elas não são realizadas. Parte dessas

práticas são caracterizadas como sendo de planejamento e são consideradas como


Resultado e Discussão 52

operações, o que difere do conceito de projeto, que são rotinas previamente

estabelecidas no documento inicial de projeto. Entretanto, existe uma outra parte do

planejamento, que não é considerada rotina, e que diz respeito às melhores práticas

de Gerenciamento de Riscos.

Assim, as melhores práticas consideradas como operações são tanto as de

Gerenciamento da Integração (4.1 Desenvolver o Plano de Projeto), bem como as

demais descritas a seguir, que não são consideradas necessárias, pois, a Siemens

Medical possui produtos e serviços bem definidos, razões pelas quais que também

são aplicadas as melhores práticas nos Gerenciamento de Escopo (5.2 Planejar o

Escopo e 5.3 Definir o Escopo), Gerenciamento de Tempo (6.1 Definir Atividades,

6.2 Sequenciar Atividades, 6.3 Estimar Duração Atividades e 6.4 Desenvolver

Cronograma), Gerenciamento de Custo (7.1 Planejar Recursos, 7.2 Estimar Custo e

7.3 Orçar Custo), Gerenciamento da Qualidade (8.1 Planejar Qualidade),

Gerenciamento dos Recursos Humanos (9.1 Planejar Organização e 9.2 Adquirir

Equipe), no Gerenciamento das Comunicações (10.1 Planejar Comunicações) e no

Gerenciamento das Aquisições (12.1 Plano de Aquisição e 12.2 Plano de Solicitação).

Todas são utilizadas, mas com poucos ajustes e, portanto, não requer um

planejamento mais aprofundado, o que caracterizam essas práticas como operações.

Já as melhores práticas de Gerenciamento de Riscos (11.1 Planejar Risco,

11.2 Identificar Risco, 11.3 Qualificar Risco, 11.4 Quantificar Risco e 11.5 Planejar

Respostas ao Risco), merecem um comentário, visto que elas não são consideradas

como operações e requerem uma maior atenção da Siemens Medical, conforme relato
Resultado e Discussão 53

dos entrevistados, ou seja, estão em planos de criação e uso dessas melhores práticas.

Este foi um resultado importante deste trabalho, que será utilizado internamente para

empreender esforços na implementação dessas práticas muito necessárias, pois não há

nenhum recurso organizacional para tratamento dessas práticas.

d. A totalidade das melhores práticas foram encontradas no ciclo

de vida de execução;

As melhores práticas de execução de projetos (4.2 Executar Plano de Projeto,

8.2 Assegurar Qualidade, 9.3 Desenvolver Equipe, 10.2 Distribuir Informação, 12.3

Solicitar Propostas, 12.4 Selecionar Fontes e 12.5 Administrar Contratos) são

documentos de ordens de serviço emitidos nos padrões já definidos no documento

inicial de projeto, registradas no aplicativo interno da Siemens Medical, medidos

quanto aos resultados no ambiente do cliente, controlados por grupos de produtos ou

serviços em andamento, bem como as sugestões de melhorias na documentação pela

equipe de projeto.

e. As melhores práticas foram encontradas do ciclo de vida de

controle, mais especificamente no recurso organizacional de

melhoria contínua.

Não houve evidências de documentação padronizada para o exercício de

controle, que também é fruto da não existência de documentação de planejamento. O

controle é realizado com base nesses últimos documentos, ou seja, o controle é

exercido na comparação com o planejamento. Entretanto, há evidências de duas


Resultado e Discussão 54

melhores práticas, a Integração de Mudanças e Relatório de Performance, quanto aos

recursos organizacionais de medição, controle e aprimoramento contínuo. A primeira

refere-se às solicitações de mudanças e a segunda são relatórios de desempenho de

etapas do projeto. Essas melhores práticas estão no inicio e no fim do ciclo de vida

de controle, o que esclarece a falta de práticas de planejamento provocando

mudanças.

Um melhor esclarecimento para os termos “controle” do ciclo de vida do

projeto e para o “controle” dos recursos organizacionais: enquanto que o primeiro é

uma comparação ao planejado, o outro é uma comparação com uma medição

estabelecida. Ainda, este último confirma as melhores práticas não encontradas no

planejamento, através da presença da evidência de inciativas de melhoria contínua.

f. A totalidade das melhores práticas encontradas do ciclo de

vida de encerramento.

São processos bem caracterizados que utilizam melhores práticas de

encerramento de projetos, bem como são registradas as ocorrências no livro de

projeto, ocorrências como itens pendentes do projeto acordados com o cliente e

assinatura formal do encerramento do contrato estabelecido entre as partes. Portanto,

o índice de maturidade, obtido pela quantificação de melhores práticas, do

gerenciamento organizacional de projeto, revela o quanto uma organização tem de

melhores práticas para empreender projetos.


Resultado e Discussão 55

Entretanto, cabe ressaltar que não é necessário que uma organização tenha

todas as melhores práticas presentes; elas são modelos e não normas ou regulamentos

a serem seguidos.

Cleland (5), Pennypacker (17) e Kerzner (27) declaram que o índice médio de

maturidade em organizações voltada à saúde era baixo. Por outro lado, este estudo

aqui apresentado, demonstra que não foi o resultado encontrado. Porém, cabe

ressaltar de que foi realizado em uma organização apenas e que a mesma tem a

preocupação de adotar padrões de práticas mundiais.

O número de questões empregadas a um indivíduo responsável na

organização pode apresentar diferenças significativas quando comparado às respostas

aplicadas a um grupo ou departamento, conforme Pennypacker (17) alerta para as

limitações de questionário a um indivíduo e a um grupo sobre a organização.

Este modelo é não-linear. Como os modelos que estabelecem níveis de

maturidade, o OPM3 realiza o percentual de melhores práticas encontradas, o que

facilita as organizações a utilizar rápidos e flexíveis usos de documentações

apropriadas à complexidade do projeto.

A atual discussão é que os projetos não estão sendo utilizados como alavanca

competitiva para as estratégias organizacionais. Estas estratégias são traduzidas em

projetos (4), pois existe uma evidente necessidade de mudança, quer seja por

mudança de processo de serviço quer seja devido à necessidade de entrega de um

novo produto.
Resultado e Discussão 56

O modelo recomenda uma verificação de documentos, que têm por objetivo

garantir se as melhores práticas realmente estão presentes, isto é, realizado através da

identificação da existência de documentos. Entretanto não é apenas suficiente a

existência desses documentos, é importante observar se esses estão sendo utilizados

na organização.

Espera-se que o resultado deste estudo e o uso desta metodologia possa

contribuir para a identificação de melhores práticas, voltadas ao gerenciamento de

projetos, não somente na área de tecnologia de informação, mas para qualquer

organização que deseja melhorar suas práticas de gerenciamento de projetos.

A Siemens Medical, organização pesquisada, aceitou ser avaliada não

somente em sua área de Soluções de Tecnologia da Informação bem como em outros

produtos e serviços que envolvem as práticas de gerenciamento de projetos, pois

considera como norma da organização tratar seus negócios como projetos.

É importante a destacar neste trabalho que o OPM3 foi baseado em uma

versão anterior ao atual PMBOK, que descrevia 39 processos de gerenciamento de

projetos; o atual descreve 44. Entretanto, como mencionado no inicio, os processos

são guias e devem ser flexibilizado. Melhor ainda, adaptados para cada organização e

ao grau de complexidade de cada projeto a ser desenvolvido. Vale mencionar também

que é fácil a comparação entre as versões, conforme descritos no PMBOK. Portanto,

as organizações podem tomar suas decisões sobre quais melhores práticas serão

adotadas (se não estão presentes) baseando-se nos resultados apresentados nos

domínios e recursos organizacionais.


Conclusão 57

6. CONCLUSÃO

O objetivo deste trabalho foi identificar o índice de maturidade do uso de

melhores práticas de gerenciamento de projetos em uma organização que presta

serviços para a área de saúde. O índice foi medido com facilidade e de forma rápida

na Siemens Medical, através do modelo OPM3, que apresentou um índice de 71% de

melhores práticas, considerado alto.


Referências Bibliográficas 58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Definições e Conceitos. O Prontuário Eletrônico do Paciente na Assistência,

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Project Management Institute. 2004.

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Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e Conhecimento Médico,

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Referências Bibliográficas 59

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Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e Conhecimento Médico,

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Registros de Saúde. O Prontuário Eletrônico do Paciente na Assistência,

Informação e Conhecimento Médico, 2003.

(13) Rodrigues, R.J. PEP e Bases de Conhecimento na Prática de Saúde Baseada em

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Informação e Conhecimento Médico, 2003.

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Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e Conhecimento Médico,

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Referências Bibliográficas 60

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(20) Standish Group, CHAOS Report Shows Project Success Rates Have

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(24) PMBOK® A Guide to the Project Management Body of Knowledge. Project

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(25) Santos, L.A. Conhecimento de Gerenciamento de Projetos versus

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(26) PMI Fact Sheet, March 2006. <http://www.pmi.org>. Acesso em Julho de 2006.

(27) Kerzner, H. Project Management: A System Approach to Planning,

Scheduling, and Controlling - 8th ed. John Wiley & Sons, Inc. 2003.
Anexos 61

ANEXOS

Anexo A – Termo de Abertura de Projeto

TERMO DE ABERTURA
Projeto:
Elaborado por: Data:
Missão do Projeto: Breve sumário dos aspectos do projeto: A necessidade ou o propósito (o porque
do problema e a solução a ser alcançada ou porque da oportunidade a ser explorada) para quem, o que
será entregue (descrição do produto/serviço / escopo - como), quando será a entrega, por quanto?
Necessidades do Negócio: O problema ou a oportunidade ou uma exigência legal.

Justificativas para o Projeto: A razão da existência do projeto, o valor agregado aos interessados
identificados.
Objetivo: Declaração específica, mensurável, atingível (conquistável), realista e definida no tempo.
Descrição dos Produtos e Entregas: Identificar que produtos serão entregues até o término do
projeto e pontos de entregas. Descrever o produto de forma o suficiente para possibilitar que a equipe
possa criá-lo e acordar para ser alcançado no prazo.
Premissas: Identificar fatos considerados como verdadeiros.
Restrições: Identificar fatos que restringem as opções e liberdades da equipe.
Identificar fatos que restringem as opções e liberdades da equipe.
Riscos iniciais: Identificar eventos de riscos potenciais que podem ser antecipados para ter um maior
impacto no processo e/ou efeito no projeto e que requer decisões ou ações do patrocinador ou da
equipe.
Como resultado de <CAUSA>, pode ocorrer <RISCO>, o que acarretaria a(o) <EFEITO>
Recursos: Indicar os recursos requeridos e/ou disponíveis para ser usado no projeto. Financeiros,
pessoal e material. (como facilidades, equipamentos, fornecedores e serviços).
Indicar os recursos requeridos e/ou disponíveis para ser usado no projeto. Financeiros, pessoal e
material. (como facilidades, equipamentos, fornecedores e serviços).
Aceitação: Indicar o método e critério que o patrocinador aceitará as entregas especificadas do projeto
como completa e adequada. O produto deve ter "X", o fornecedor deverá demonstrar o entendimento
por escrito.

Prazo: dd/mm/aaaa Custo: R$ 0.00


Autoridade do Gerente de Somente poderá efetuar mudanças no escopo do projeto, desde
Projeto: que não haja impacto no prazo e custo estimados. Caso isso
ocorra, será necessária a comunicação e a aprovação do
patrocinador.
Responsabilidade do Gerente de Estabelecer cronograma de reuniões e de acompanhamento do
Projeto: projeto; Estabelecer o plano de comunicação com a equipe;
Monitorar as atividades e custos; Endereçar problemas; Gerenciar
riscos; Produzir e manter a documentação do Projeto.
Gerente do Projeto: Patrocinador:
Anexos 62

Anexo B – Declaração Preliminar de Escopo

DECLARAÇÃO PRELIMINAR DE ESCOPO


Projeto:
Elaborado por: Data:
Declaração do escopo Informações fornecidas pelo iniciador ou pelo patrocinador.
preliminar do projeto. Qual trabalho, o que, deverá ser realizado e quais entregas
precisam ser produzidas. Documenta as características e limites do
projeto e seus produtos e serviços associados, além dos métodos
de aceitação e controle do escopo.
Objetivos do projeto: Declaração específica, mensurável, atingível (conquistável),
realista e definida no tempo
Descrição dos Produtos: Identificar que produtos serão entregues até o término do projeto e
pontos de entregas. Descrever o produto de forma o suficiente para
possibilitar que a equipe possa criá-lo e acordar para ser alcançado
no prazo.
Processo de abordagem: Indicar o modo, a forma, que o projeto produzirá o produto.
Proj. Simples: seguirá a documentação simplificada de uma Fase.
Proj. Médio: Toda a documentação deverá ser armazenada na área
de projetos por Fases definidas no Planejamento de Escopo.
Proj. Complexo: Deverá ter Análise de Custo Benefício.
Entregas do projeto: Uma lista de sumarizada de sub produtos que serão entregues.
Entrega A
Requisitos
Entrega B
Requisitos
Entrega C
Requisitos
Exclusões conhecidas: O que não será realizado.
Objetivo de prazo: datas de início e fim Objetivo de Custo: R$ 0.00
Medidas de qualidade: Critério que determina a aceitação.
Outros objetivos:
Anexos 63

Anexo C – Plano de Gerenciamento do Escopo

Plano de Gerenciamento do Escopo


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: Orientação sobre como o escopo do projeto será definido,
documentado, verificado, gerenciado e controlado. A definição e integração de como as
mudanças no Escopo do Projeto serão realizadas.
Definição: Reuniões de trabalho seguindo o CM (milestone) para o cliente fornecer os aceites
parciais e/ou mudanças. Reuniões com fornecedores e clientes. Reuniões com AR.
Apresentações quinzenais executivas. Os requisitos das entregas seguirão o padrão UseCase.
Documentação:
Proj. Simples: AR, TA, DE, EAP, CB, CM, SM, ..., TE
Nomeclatura XXX aaaammdd.xls
Proj. Médio/Complexo: XXX nnDD aaaammdd.doc
XXX = Sigla do projeto, nn = num. seqüencial, DD = cód. do documento. (Ex.: XXX 01AR =
primeira reunião; XXXX 04EAP) aaaammdd = ano mês e dia
Estabilidade esperada do escopo: (KPI ee)
Avaliação da freqüência e intensidade de mudança, previsão de tempos e quantidades de
mudanças. A estabilidade é definida como a relação entre as SM abertas versus fechadas.
Quanto mais próximas, mais estável é o processo. (KPI ee = SMfechada / SMaberta )
Identificação e classificação das mudanças: Cada SM apresentada deverá ser respondida ao
cliente se aprovada ou não pelo patrocinador, segundo sua prioridade ( "0" no dia; "1" em 2
dias e "2" em 5 dias )
Integração: Identificação e classificação das mudanças: Cada SM apresentada deverá ser
respondida ao cliente se aprovada ou não pelo patrocinador, segundo sua prioridade ( "0" no
dia; "1" em 2 dias e "2" em 5 dias )
Notas/Comentários Adicionais: Devido a inovação deste, o consultor contratado deverá
elaborar relatório semanal da performance da equipe e estabilidade do processo de mudanças.
Anexos 64

Anexo D – Criar a Estrutura Analítica do Projeto

A criação de uma EAP é um desenho gráfico do que é requerido e necessário,

o produto a ser entregue, quais são os componentes que contribuem para caracterizar

o final do projeto; é qualquer resultado ou item, mensurável, tangível ou um efeito

verificável. Os componentes caracterizam subdivisões dos produtos principais a

serem entregues.

Figura Exemplo de uma EAP


Anexos 65

Anexo E – Plano de Gerenciamento de Cronograma

Plano de Gerenciamento de Cronograma


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: A documentação de acompanhamento deste projeto deverá
conter o Diagrama de Rede de Precedências, Estimativa de Duração de Atividade, ambas
preliminares. E o acompanhamento deverá ser feito no SW de Ger. de Projetos e Carta de
Controle de SPI, atualizado semanalmente na quarta feira, pela equipe.
As mudanças no cronograma devem:
1) Ser solicitadas por meio da SM de Cronograma;
2) Relatadas devido a ocorrências não previstas na SM de C.
Métrica de performance O uso do gráfico de Carta de Controle de SPI,
de cronograma: (KPI pt) (KPI pt = SPI)
Pessoal autorizado a solicitar mudanças no cronograma:
Nome Título email

Pessoal autorizado a receber a solicitação para submeter a aprovação:


Nome Título email

Razões para mudanças no cronograma do Projeto:


Atraso devido a indisponibilidade de materiais e/ou pessoal, será necessário relatar esse
problema antes de proceder; Aceleração/Redução permitida devido a antecipação de fase ou
processo por falha na estimativa.
Descrição do impacto:
Como será calculado e relatado o impacto da mudança em tempo, custo, qualidade, etc...
Anexos 66

Anexo F – Plano de Gerenciamento de Custo

Plano de Gerenciamento de Custo


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: A documentação de acompanhamento deste projeto deverá
conter o Conjunto de Recursos Disponíveis, Recursos Requeridos, Estimativas de Custos, todas
preliminares. E o acompanhamento deverá ser feito no SW de Ger. de Projetos, Carta de
Controle de CPI e Gráfico de Base/Atual atualizado semanalmente na quarta feira, pela
equipe.
As mudanças no custo devem:
1) Ser solicitadas por meio da SM de Custo;
2) Relatadas devido a ocorrências não previstas na SM de Custo.
Métrica de performance O uso do gráfico de Carta de Controle de CPI,
de custo: (KPI pc) (KPI pc = CPI)
Pessoal autorizado a solicitar mudanças no custo:
Nome Título email

Pessoal autorizado a receber a solicitação para submeter a aprovação:


Nome Título email

Razões para mudanças no custo do Projeto:


Aprovação de mudança de custo;
Aumento/diminuição de custos de materiais e/ou pessoal, será necessário relatar esse problema
antes de proceder;
Aumento/Redução permitida devido a atraso/antecipação de fase ou processo por falha na
estimativa.
Descrição do impacto:
Como será calculado e relatado o impacto da mudança em tempo, custo, qualidade, etc...
Anexos 67

Anexo G – Plano de Gerenciamento de Qualidade

Plano de Gerenciamento de Qualidade


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: O plano de GQ descreve como a equipe irá implementar a
política de qualidade. Qual sistema de qualidade de projeto. Providencia entradas para o Plano
de Projeto. Endereça controle de qualidade, de garantia e de melhoria de qualidade do projeto.
Métrica de qualidade: O uso do gráfico de bolhas, onde X=SPI, Y=CPI e Z=KPI ee.
(KPI q) (KPI q)
Estrutura Organizacional
Nome Título email
GP
Patrocinador
G. Compras
Papéis e Responsabilidades
Função a executar Nome email
Cartas de controle
Listas de verificação
Homologação Fornecedor
Casa de Qualidade
Procedimentos
A estrutura organizacional, acima, define os nomes dos responsáveis para executar o plano
aqui definido.
Processos
Cartas de controle
Listas de verificação
Homologação Fornecedor
Fluxograma
Casa de Qualidade - QFD
Descrição de aspectos do PG. de Qualidade deste projeto:
Controle de Qualidade: Deverá haver leitura prévia de Lições Aprendidas de projetos
anteriores semelhantes. Cartas Base e de Controle, "EVA" e Análise das SM deverão ser
apresentadas nas reuniões executivas.
Garantia de Qualidade: Toda reunião deverá ter Ata com resultados descritos e novas
atividades com responsáveis claramente identificados e data de conclusão. A cada entrega do
projeto deverá ser solicitado um Termo de Aceite.
Melhoria de Qualidade: As Lições Aprendidas deverão ser preenchidas a cada entrega pela
equipe e clientes.
Anexos 68

Anexo H – Plano de Gerenciamento de Recursos

Humanos

Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: O plano de GRH descreve quando e como os recursos humanos
serão incorporados e removidos do projeto. Os treinamentos necessários e critérios de
desempenho.
Especial atenção deve ser dada a saída de indivíduos e/ou grupos, onde novas atribuições
devem ser definidas.
Definir qual a abordagem para identificar os RH necessários:
Os papéis da equipe serão definidos com base na EAP (WBS) e MAR (RAM).
A determinação do tempo necessário para incorporação e remoção do projeto será com base na
ferramenta Histograma, que deverá ser atualizado semanalmente.
Recursos Humanos necessários:
Descrição Num. estimado Tempo estimado
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Treinamentos necessários:
Descrição Num. estimado Tempo estimado
1.
2.
3.
Critérios de avaliação: Cursos - será avaliada a presença, notas e participação; Relatórios -
preenchimento e cumprimento de datas de entrega; Comunicação - eficácia.
Notas/Comentários
Adicionais:
Anexos 69

Anexo I – Plano de Gerenciamento das Comunicações

Plano de Gerenciamento das Comunicações


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: O plano de GCOM é um documento que providencia:
Detalhes no método para ser usado para coletar, armazenar e distribuir a informação do projeto,
inclui o tempo de atualização e a forma ou meio de divulgação, ainda o processo de correção.
Descrever o padrão de informação, incluir conteúdo, formato, nível de detalhe, convenções e
definições utilizadas. Métodos de acesso a informação. Recursos devem ser gastos unicamente
em comunicação de informação que contribua para o sucesso ou onde a falta de comunicação
pode conduzir a falha. Evitar consumir recursos em desnecessária tecnologia inapropriada.
Stakeholders Chaves Problemas Fator de sucesso Método Desc. de
(valor) detalh
Cliente eficácia escrito formal
Alta gerência eficiência R. Exec. formal
Patrocinador formal
Equipe e-mail informal
Funcionários jornal
Terceirizados reunião
Fornecedores reunião
Ag. Governamentais
Imprensa vídeo
Comunidade Rel Pub.
Outros
Requisitos de Comunicação:
Área Informação é COMO a Decisão de Formato
necessária e comunicação é implementa desejado
para QUEM? essencial para o r, Sim/Não
sucesso?

Organização
Stakeholder Responsável
Patrocinador
Executivo Senior
Departamentos
Logística de comunicação
Comunidade
Agencias Governamental e
Reguladoras
Outros
Notas/Comentários Formal: Apresentação de Atualização de Planos e Relatórios de
Adicionais: Acompanhamento e Performance.
Anexos 70

Anexo J – Plano de Gerenciamento de Riscos

Plano de Gerenciamento De Riscos


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: As premissas e restrições serão utilizadas como riscos iniciais.
Uma sessão de Brainstorming levanta a identificação dos riscos, utiliza-se a matriz PxI, define-
se um responsável pelo monitoramento e executor do plano de resposta.
Peso e interpretação: Método utilizado para quantificar e avaliar os riscos;
Periodicidade: Quais os pontos do ciclo de vida do projeto em que serão revistos os riscos;
Aceite de risco (Thresholds): Identificar os critérios de cada stakeholder;
Relatório: Resultados do GR serão documentados, analisados e comunicados;
Acompanhamento: Uma planilha de ocorrências será utilizada para as lições aprendidas.
O plano de respostas a riscos (também chamado de registro de riscos) deve ser escrito no nível
de detalhe nas quais as ações serão tomadas. Ele pode incluir algumas das seguintes:
•Identificação de riscos, sua descrição, área do projeto (isto é, elemento da WBS) afetado, suas
causas, e como eles podem afetar os objetivos do projeto.
• Resultado da análise qualitativa e quantitativa.
• Respostas confirmadas incluindo prevenção, transferência, mitigação ou aceitação para cada
risco.
• O nível do risco residual que restará após a estratégia ser implementada.
• Ação especifica para implementar a estratégia de resposta escolhida.
• Orçamento e prazo para as respostas.
• Planos de contingência.
Risco Prob. Impac Resposta, Estratégia escolhida Respo
% to % (prevenção, transferência, mitigação, nsável
exploração, compartilhameno,
melhoria, aceitação):

Risco Orçamento e prazo Contingência / Plano de Risco


para as respostas Retorno residual
Anexos 71

Anexo K – Plano de Gerenciamento de Aquisições

Plano de Gerenciamento de Aquisições


Projeto:
Elaborado por: Data:
Descrição do gerenciamento: O Plano de aquisições deverá ser anexado a análise de "Fazer
ou Comprar", adicionalmente como e quando. Decisões de "Alugar ou Comprar" aplicar a
fórmula Dias = CustoCompra/(CustoAlugar - CustoDiario).
Os Fornecedores devem ser homologados pelo Depto. de Compras e Dir. de Gestão. O sistema
de comparação de fornecedores deve ser aprovado e assinado pelos stakeholders.
Os contratos devem ser identificados por categoria e tipo:
a) Ordem de Compra;
b) Tempo e Material (ou Preço Unitário) para pequenos valores;
c) Preço Fixo Global (Preço Fixo Fechado - FP, Preço Fixo com Ajuste Econômico - FPEPA
para mais de um ano, Preço Fixo com Incentivo - FPIF;
d) Custo Reembolsável Administrado (Custo e Remuneração Fixa - CPFF, Custo com
Incentivo - CPIF; Custo e Premiação - CPAF) .
Atenção: Custo mais porcentagem de custo - CPPC não é permitido, ilegal.
Procedimento de Ordens de Pagamento: Entregar aos fornecedores o Manual de Pagamento
elaborado pelo Depto de Gestão Financeira.
Política de Incentivos Custo
Taxa Pagamento Contrato Custo Alvo
para desempenho de Final
(Tx) (P) (Cont) (Ca)
Custos e Cronograma (Cf)
Custo Final maior que Alvo:
P = Cont - (Cf - Ca) * Tx 0.00
7%
Custo Final menor que Alvo
P = Cont + (Ca - Cf) * Tx 0.00

Alugar ou Comprar D Custo de Custo de Custo de


(Manutenção diária) (dias) Compra Aluguel Manutenção

Dias estimado de uso,


12 20 R$ 100.00 R$ 20.00 R$ 15.00
se maior que D, comprar.
Critérios de seleção das propostas de fornecedores: a) Preço de compra incluído impostos;
b) Entendimento do Pedido por parte do fornecedor; c) Custo global incluir adicionais não
declarados na proposta; d) Capacidade Técnica comprovada através de referências; e)
Apresentação Proposta inclui clareza, data da entrega, contatos adicionais; f) Relacionamento
anterior com fornecedor.
Anexos 72

Anexo L – Formulário de avaliação OPM3®


1 O patrocinador e outras partes interessadas estão envolvidos em direcionar o S N 24 Sua organização pode demonstrar um retorno no investimento dos projetos S N
projeto no melhor dos interesses de todas as partes? empreendidos?
2 A sua organização considera o risco durante a seleção de projetos? 25 Os projetos em sua organização definem e revêem os objetivos e os critérios
de sucesso no inicio e os revê enquanto o projeto progride?
3 Os objetivos e metas de sua organização são comunicados e compreendidos pelas 26 Sua organização tem uma abordagem padrão para a definição, coleta e a
equipes de projeto? análise de métricas de projeto para assegurar que os dados de projeto sejam
consistentes e exatos?
4 Os projetos em sua organização têm objetivos claros e mensuráveis além do 27 Sua organização usa os padrões internos e externos, ambos, para medir e
tempo, custo e a qualidade? melhorar o desempenho de projeto?
5 Sua organização melhora continuamente a qualidade em projetos para conseguir 28 Sua organização tem marcos pontes definidos na passagem, onde os produtos
a satisfação de cliente? de projeto são avaliados para determinar se o projeto deve continuar ou
terminar?
6 Sua organização tem as políticas que descrevem a padronização, a medição, o 29 Sua organização usa técnicas de gerência de risco para fazer medições e
controle e a melhoria contínua de processos de gerência de projeto? avaliar o impacto de riscos durante a execução de projeto?
7 Sua organização integrou inteiramente as áreas do conhecimento do guia 30 Sua organização usa um sistema formal de desempenho que avalia os
PMBOK em sua metodologia de gerência de projeto? indivíduos e equipes de projeto no seu desempenho, bem como os resultados
totais dos projetos?
8 Sua organização usa processos e técnicas de gerência de projeto de forma que
seja relevante e eficaz para cada projeto?
9 Sua organização usa os dados internos do projeto, da organização e da indústria 47 Sua organização arquiva, analisa e aplica as lições aprendidas dos projetos
para desenvolver modelos de planejamento e re-planejamento? passados?
10 Sua organização estabelece o papel do gerente de projeto para todos os projetos?

11 Sua organização estabelece uma estrutura padrão e inter-funcional de equipe de 56 Sua organização tem uma estrutura organizacional que suporta uma efetiva
projeto? comunicação e colaboração entre projetos em um programa que conduz ao
aprimoramento dos projetos?
12 Sua organização cria um ambiente que promova o trabalho em equipe, constrói 57 Os gerentes de programa avaliam a confiança nos planos dos projetos em
confiança e incentiva equipes de projeto em assumir riscos calculados quando termos de cronograma e dependências de outros projetos e na disponibilidade
apropriado? dos recursos?
13 Sua organização tem os processos necessários, ferramentas, guias ou outros 58 Os gerentes de programa compreendem como seus programas e outros
meios formais para avaliar o desempenho, o conhecimento e os níveis de programas na organização se alinham nos objetivos globais e em estratégias da
experiência dos recursos de projeto e atribuí-los apropriadamente a papéis no organização?
projeto?
14 Sua organização cria um ambiente de trabalho que sustenta a realização pessoal e 59 Sua organização usa um conjunto comum de processos para controlar e
profissional? integrar de forma consistente para múltiplos projetos?
Anexos 73

15 Os gerentes de projeto em sua organização comunicam-se e colaboram


eficazmente e responsavelmente com outros gerentes de projeto em projetos
relacionados?

Sua organização estabelece e usa processos padrões documentados nos níveis de S N Sua organização estabelece e usa medições nos níveis de projetos das áreas S N
projetos das áreas abaixo? abaixo?
16 Processos de Iniciação 31 Processos de Iniciação
17 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto, 32 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto,
Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade, Sequenciamento Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade,
de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade, Desenvolvimento de Sequenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade,
Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo, Orçamentação de Custo, Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo,
Plano de Gerenciamento de Risco) Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco)
18 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano 33 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano
Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação de Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação
Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano de de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano
Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação) de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação)
19 Processo Principal de Execução (Plano de Execução) 34 Processo Principal de Execução (Plano de Execução)
20 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade, Desenvolvimento 35 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade,
de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção de Fornecedores, Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção
Administração de Contrato) de Fornecedores, Administração de Contrato)
21 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de 36 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de
Mudança Integrada) Mudança Integrada)
22 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de 37 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de
Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de
Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco) Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco)
23 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento 38 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento
Administrativo). Administrativo).
Anexos 74

Sua organização estabelece e executa controle nos níveis de projetos para S N Sua organização identifica, avalia e implementa melhorias nos níveis de S N
gerenciar a estabilidade dos processos abaixo? projetos abaixo?
39 Processos de Iniciação 48 Processos de Iniciação
40 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto, 49 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto,
Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade, Sequenciamento Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade,
de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade, Desenvolvimento de Seqüenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade,
Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo, Orçamentação de Custo, Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo,
Plano de Gerenciamento de Risco). Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco).
41 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano 50 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano
Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação de Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação
Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano de de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano
Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação). de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação).
42 Processo Principal de Execução (Plano de Execução) 51 Processo Principal de Execução (Plano de Execução)
43 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade, Desenvolvimento 52 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade,
de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção de Fornecedores, Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção
Administração de Contrato) de Fornecedores, Administração de Contrato)
44 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de 53 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de
Mudança Integrada) Mudança Integrada)
45 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de 54 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de
Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de
Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco) Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco)
46 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento 55 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento
Administrativo). Administrativo).
Anexos 75

Sua organização estabelece e usa processos padrões documentados nos níveis S N


de programas das áreas abaixo?
60 Processos de Iniciação
61 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto,
Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade,
Sequenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade,
Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo,
Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco)
62 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano
Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação
de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano
de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação)
63 Processo Principal de Execução (Plano de Execução)
64 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade,
Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção
de Fornecedores, Administração de Contrato)
65 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de
Mudança Integrada)
66 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de
Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de
Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco)
67 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento
Administrativo).
68 Sua organização avalia métricas de processo para todos níveis de melhoria?

Sua organização estabelece e usa medições nos níveis de programas das áreas abaixo? S N

69 Processos de
Iniciação
77 70 Processos
Principais de
Planejamento
(Desenvolvimento
de Plano de
Projeto, Plano de
Escopo, Definição
de Escopo,
Anexos 76

Definição de
Atividade,
Sequenciamento
de Atividade,
Estimativa de
Duração de
Atividade,
Desenvolvimento
de Cronograma,
Plano de
Recursos,
Estimativa de
Custo,
Orçamentação de
Custo, Plano de
Gerenciamento de
Risco)
78 71 Processos
Facilitadores de
Planejamento
(Plano de
Qualidade, Plano
Organizacional,
Aquisição de
Equipe, Plano de
Comunicações,
Identificação de
Risco, Analises
Qualitativa de
Risco, Analise
Quantitativa de
Risco, Plano de
Respostas de
Risco, Plano de
Aquisições, Plano
de Solicitação)
79 72 Processo
Principal de
Execução (Plano
de Execução)
Anexos 77

80 73 Processos
Facilitadores de
Execução
(Garantia de
Qualidade,
Desenvolvimento
de Equipe,
Distribuição de
Informação,
Solicitação,
Seleção de
Fornecedores,
Administração de
Contrato)
81 74 Processos
Principais de
Controle
(Relatórios de
Performance,
Controle de
Mudança
Integrada)
82 75 Processos
Facilitadores de
Controle
(Verificação de
Escopo, Controle
de Mudança de
Escopo, Controle
de Cronograma,
Controle de
Custo, Controle
de Qualidade,
Controle e
Monitoramento
de Risco)
83 76 Processos de
Encerramento
(Encerramento de
Contrato,
Encerramento
Anexos 78

Administrativo).

84

Sua organização S N
identifica, avalia e
implementa
melhorias nos
níveis de
programas
abaixo?
85 Processos de
Iniciação
86 Processos
Principais de
Planejamento
(Desenvolvimento
de Plano de
Projeto, Plano de
Escopo, Definição
de Escopo,
Definição de
Atividade,
Seqüenciamento
de Atividade,
Estimativa de
Duração de
Atividade,
Desenvolvimento
de Cronograma,
Plano de
Recursos,
Estimativa de
Custo,
Orçamentação de
Custo, Plano de
Anexos 79

Gerenciamento de
Risco).
87 Processos
Facilitadores de
Planejamento
(Plano de
Qualidade, Plano
Organizacional,
Aquisição de
Equipe, Plano de
Comunicações,
Identificação de
Risco, Analises
Qualitativa de
Risco, Analise
Quantitativa de
Risco, Plano de
Respostas de
Risco, Plano de
Aquisições, Plano
de Solicitação).
88 Processo
Principal de
Execução (Plano
de Execução)
89 Processos
Facilitadores de
Execução
(Garantia de
Qualidade,
Desenvolvimento
de Equipe,
Distribuição de
Informação,
Solicitação,
Seleção de
Fornecedores,
Administração de
Contrato)
Anexos 80

90 Processos
Principais de
Controle
(Relatórios de
Performance,
Controle de
Mudança
Integrada)
91 Processos
Facilitadores de
Controle
(Verificação de
Escopo, Controle
de Mudança de
Escopo, Controle
de Cronograma,
Controle de
Custo, Controle
de Qualidade,
Controle e
Monitoramento
de Risco)
92 Processos de
Encerramento
(Encerramento de
Contrato,
Encerramento
Administrativo).
Anexos 81

93 Sua organização considera eficientemente a carga de trabalho, requisitos de 102 Sua organização tem e suporta uma comunidade interna de gerenciamento de
lucros e entrega de prazos na decisão de quanto trabalho de projeto pode ser projeto que pró-ativamente providencia para todo os requeridos papeis em
empreendido? gerenciamento de portfolio?
94 94. Sua organização alinha e prioriza projetos em sua estratégia de negócio? 103 Sua organização incentiva a sociedade externa na comunidade gerenciamento
de projeto (p.ex. associação profissional ou iniciativas)?
95 95. Sua organização é "projetizada", tem política e valor de gerenciamento de 104 Sua organização providencia treinamento rotineiro no desenvolvimento de
projeto, uma linguagem comum de projeto língua e usa processo de recurso em gerenciamento de projeto?
gerenciamento de projeto através de toda as operações?
96 Sua organização usa e mantêm uma estrutura comum de gerenciamento de 105 Sua organização tem um progressivo caminho de carreira para papeis
projetos, metodologia e ajuste de processo para seus projetos? relacionados a projeto?
97 São seus executivos da organização diretamente envolvidos na direção da 106 Sua organização executa gerenciamento de portfolio incluindo planejamento,
organização do gerenciamento de projeto e eles demonstram conhecimento e gerenciamento de risco, aquisição e gerenciamento financeiro?
suporte na direção?
98 A estrutura da sua organização suporta a direção de seu gerenciamento de 107 Sua organização balanceia um conjunto amplo de projetos em um portfolio
projeto? para assegurar a saúde desse portfolio?
99 Sua organização suporta comunicação aberta através de todos níveis? 108 Sua organização tem um sistema de gerenciamento de qualidade incluindo
gerenciamento de portfolio?
100 Pessoas em diferentes papeis e funções na sua organização colaboram em 109 Sua organização tem um sistema de gerenciamento de qualidade revisto por
definir e concordam em metas comuns? um órgão independente?
101 Sua organização tem uma estratégia para reter o conhecimento do recursos
internos e externos?
Anexos 82

Sua organização estabelece e usa processos padrões documentados nos níveis S N Sua organização estabelece e usa medições nos níveis de portifolio das áreas S N
de portifolio das áreas abaixo? abaixo?
110 Processos de Iniciação 125 Processos de Iniciação
111 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto, 126 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto,
Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade, Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade,
Sequenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade, Sequenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade,
Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo, Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo,
Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco) Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco)
112 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano 127 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano
Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação
de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano
de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação) de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação)
113 Processo Principal de Execução (Plano de Execução) 128 Processo Principal de Execução (Plano de Execução)
114 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade, 129 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade,
Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção
de Fornecedores, Administração de Contrato) de Fornecedores, Administração de Contrato)
115 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de 130 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de
Mudança Integrada) Mudança Integrada)
116 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de 131 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de
Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de
Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco) Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco)
117 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento 132 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento
Administrativo). Administrativo)

118 Sua organização recolhe métricas de garantia qualidade de seus projetos? 122 Sua organização avalia e considera os recursos de investimento humano e
financeiro quando selecionando projetos?
119 Sua organização tem uma central repositória de métricas de projetos? 123 Sua organização avalia e considera o valor de projeto para a organização
quando selecionando projetos?
120 Sua organização usa métricas de projeto para determinar, programa, portfolio 124 Sua organização tem uma ferramenta de gerenciamento de projeto que esta
e eficácia organizacional? integrada com outros sistemas corporativos?
121 Sua organização usa um processo formal de avaliação de desempenho e de
sistema para indivíduos e equipes de projeto?
Anexos 83

Sua organização estabelece e executa controle nos níveis de portifolio para S N Sua organização identifica, avalia e implementa melhorias nos níveis de S N
gerenciar a estabilidade dos processos abaixo? portifolio abaixo?
133 Processos de Iniciação 144 Processos de Iniciação
134 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto, 145 Processos Principais de Planejamento (Desenvolvimento de Plano de Projeto,
Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade, Plano de Escopo, Definição de Escopo, Definição de Atividade,
Sequenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade, Seqüenciamento de Atividade, Estimativa de Duração de Atividade,
Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo, Desenvolvimento de Cronograma, Plano de Recursos, Estimativa de Custo,
Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco). Orçamentação de Custo, Plano de Gerenciamento de Risco).
135 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano 146 Processos Facilitadores de Planejamento (Plano de Qualidade, Plano
Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação Organizacional, Aquisição de Equipe, Plano de Comunicações, Identificação
de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano de Risco, Analises Qualitativa de Risco, Analise Quantitativa de Risco, Plano
de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação). de Respostas de Risco, Plano de Aquisições, Plano de Solicitação).
136 Processo Principal de Execução (Plano de Execução) 147 Processo Principal de Execução (Plano de Execução)
137 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade, 148 Processos Facilitadores de Execução (Garantia de Qualidade,
Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção Desenvolvimento de Equipe, Distribuição de Informação, Solicitação, Seleção
de Fornecedores, Administração de Contrato) de Fornecedores, Administração de Contrato)
138 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de 149 Processos Principais de Controle (Relatórios de Performance, Controle de
Mudança Integrada) Mudança Integrada)
139 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de 150 Processos Facilitadores de Controle (Verificação de Escopo, Controle de
Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de Mudança de Escopo, Controle de Cronograma, Controle de Custo, Controle de
Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco) Qualidade, Controle e Monitoramento de Risco)
140 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento 151 Processos de Encerramento (Encerramento de Contrato, Encerramento
Administrativo). Administrativo).

141 Sua organização tem um programa para atingir a maturidade em S N


gerenciamento de projetos?
142 Sua organização reconhece a necessidade do OPM3 como parte de um
programa de maturidade em gerenciamento de projeto?
143 Sua organização incorpora as lições aprendidas passadas de projeto, programa
e portfolios em sua metodologia de gerenciamento de projeto?
Anexos 84

Anexo M – Números das perguntas e melhores práticas

encontradas.

Perguntas Iniciais
Num Melhor prática encontrada
1 1440, 1450, 1510, 3060
2 1610
3 1520, 1660
4 1540, 1570, 1620
5 1580
6 1000
7 1490
8 1460, 1500, 1550, 1600, 2090
9 1630, 1690
10 1420
11 1470, 1480
12 3070, 3090
1400, 1410, 1430, 1530,
13
1590, 3100
14 3080
15 1670, 1680

Questões relativas s Projetos


Processos Standard Meassure Control Improvement
Melhor prática Melhor prática Melhor prática Melhor prática
Questões Num Num Num Num
encontrada encontrada encontrada encontrada
de iniciação 16 1010 31 1700 39 2240 48 2630
de planejamento 17 1020 - 1120 32 1710 - 1810 40 2250 - 2350 49 2640 - 2740
Aux. de planejamento 18 1130 - 1220 33 1820 - 1910 41 2360 - 2450 50 2750 - 2840
de execução 19 1230 34 1920 42 2460 51 2850
Aux. de execução 20 1240 - 1290 35 1930 - 1980 43 2470 - 2520 52 2860 - 2910
de controle 21 1300, 1310 36 1990, 2000 44 2530, 2540 53 2920, 2930
Aux. de controle 22 1320 - 1370 37 2010 - 2060 45 2550 - 2600 54 2940 - 2990
de fechamento 23 1380, 1390 38 2070, 2080 46 2610, 2620 55 3000, 3010
24 2110 47 3020 - 3040 56 3510, 3550
25 2140, 2150 57 3520
26 2210, 2220 58 3530, 3540, 3580
Questões sobre
27 2130, 2190, 3050 59 3560, 3570
organização
28 2160
29 2200
30 2120, 2180

Tabela Perguntas e melhores práticas.


Anexos 85

Anexo N – Números das melhores práticas do PMBOK Guia 2000.

Grupos de Processos Projetos Programas Portfolio


Melhores Práticas I P E C E S M C I S M C I S M C I
Há políticas organizacionais X 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
5.1 Iniciar X 1010 1700 2240 2630 3120 3590 4000 4390 4780 5690 6200 6590
4.1 Desenvolver Plano X 1020 1710 2250 2640 3130 3600 4010 4400 4790 5700 6210 6600
5.2 Planejar Escopo X 1030 1720 2260 2650 3140 3610 4020 4410 4800 5710 6220 6610
5.3 Definir Escopo X 1040 1730 2270 2660 3150 3620 4030 4420 4810 5720 6230 6620
6.1 Definir Atividades X 1050 1740 2280 2670 3160 3630 4040 4430 4820 5730 6240 6630
6.2 Sequenciar Atividades X 1060 1750 2290 2680 3170 3640 4050 4440 4830 5740 6250 6640
6.3 Estimar Duração Atividades X 1070 1760 2300 2690 3180 3650 4060 4450 4840 5750 6260 6650
6.4 Desenvolver Cronograma X 1080 1770 2310 2700 3190 3660 4070 4460 4850 5760 6270 6660
7.1 Planejar Recursos X 1090 1780 2320 2710 3200 3670 4080 4470 4860 5770 6280 6670
7.2 Estimar Custo X 1100 1790 2330 2720 3210 3680 4090 4480 4870 5780 6290 6680
7.3 Orçar Custo X 1110 1800 2340 2730 3220 3690 4100 4490 4880 5790 6300 6690
8.1 Planejar Qualidade X 1130 1820 2360 2750 3240 3710 4120 4510 4900 5810 6320 6710
9.1 Planejar Organização X 1140 1830 2370 2760 3250 3720 4130 4520 4910 5820 6330 6720
9.2 Adquirir Equipe X 1150 1840 2380 2770 3260 3730 4140 4530 4920 5830 6340 6730
10.1 Planejar Comunicações X 1160 1850 2390 2780 3270 3740 4150 4540 4930 5840 6350 6740
11.1 Planejar Risco X 1120 1810 2350 2740 3230 3700 4110 4500 4890 5800 6310 6700
11.2 Identificar Risco X 1170 1860 2400 2790 3280 3750 4160 4550 4940 5850 6360 6750
11.3 Qualificar Risco X 1180 1870 2410 2800 3290 3760 4170 4560 4950 5860 6370 6760
11.4 Quantificar Risco X 1190 1880 2420 2810 3300 3770 4180 4570 4960 5870 6380 6770
11.5 Planejar Respostas Risco X 1200 1890 2430 2820 3310 3780 4190 4580 4970 5880 6390 6780
12.1 Plano de Aquisição X 1210 1900 2440 2830 3320 3790 4200 4590 4980 5890 6400 6790
12.2 Plano de Solicitação X 1220 1910 2450 2840 3330 3800 4210 4600 4990 5900 6410 6800
4.2 Executar Plano de Projeto X 1230 1920 2460 2850 3340 3810 4220 4610 5000 5910 6420 6810
8.2 Assegurar Qualidade X 1240 1930 2470 2860 3350 3820 4230 4620 5010 5920 6430 6820
9.3 Desenvolver Equipe X 1250 1940 2480 2870 3360 3830 4240 4630 5020 5930 6440 6830
10.2 Distribuir Informação X 1260 1950 2490 2880 3370 3840 4250 4640 5030 5940 6450 6840
12.3 Solicitar Propostas X 1270 1960 2500 2890 3380 3850 4260 4650 5040 5950 6460 6850
12.4 Selecionar Fontes X 1280 1970 2510 2900 3390 3860 4270 4660 5050 5960 6470 6860
12.5 Administrar Contratos X 1290 1980 2520 2910 3400 3870 4280 4670 5060 5970 6480 6870
4.3 Integrar Mudanças X 1310 2000 2540 2930 3420 3890 4300 4690 5080 5990 6500 6890
5.4 Verificar Escopo X 1320 2010 2550 2940 3430 3900 4310 4700 5090 6000 6510 6900
5.5 Controlar Mudanças Escopo X 1330 2020 2560 2950 3440 3910 4320 4710 5100 6010 6520 6910
6.5 Controlar Cronograma X 1340 2030 2570 2960 3450 3920 4330 4720 5110 6020 6530 6920
7.4 Controlar Custos X 1350 2040 2580 2970 3460 3930 4340 4730 5120 6030 6540 6930
8.4 Controlar Qualidade X 1360 2050 2590 2980 3470 3940 4350 4740 5130 6040 6550 6940
10.3 Relatar Performance X 1300 1990 2530 2920 3410 3880 4290 4680 5070 5980 6490 6880
11.6 Monitorar Controlar Riscos X 1370 2060 2600 2990 3480 3950 4360 4750 5140 6050 6560 6950
10.4 Administrar Fechamentos X 1380 2070 2610 3000 3490 3960 4370 4760 5150 6060 6570 6960
12.6 Concluir Contratos X 1390 2080 2620 3010 3500 3970 4380 4770 5160 6070 6580 6970

Tabela de melhores práticas, “gold standard”.

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