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ATENDIMENTO AO PACIENTE

POLITRAUMATIZADO NA UTI

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Atendimento ao Paciente Politraumatizado na UTI

Introdução primário já foi feito, de forma que ele está


intubado na VM. O paciente está com PA de
O atendimento inicial ao paciente politrauma- 68/42 mmHg e FC 145 bpm. Nesse cenário
tizado deve ser feito de forma sistemática, de paciente com medidas iniciais já realiza-
diminuindo a probabilidade de alguma lesão das, mas ainda instável hemodinamicamen-
potencialmente ameaçadora à vida deixar de te, qual exame complementar está indicado
ser identificada e tratada. para avaliar a possível causa do choque?
Ele consiste numa avaliação primária para in-
tervir imediatamente sobre lesões que podem
matar o paciente rapidamente, seguida de FAST – Focus Assessment with
uma avaliação secundária pormenorizada. A Sonography for Trauma
avaliação primária é caracterizada pelo famo-
so mnemônico ABCDE, enquanto a secundá- O FAST é um protocolo de ultrassonografia
ria avalia condições que podem gerar seque- criado para avaliar rapidamente tórax, abdo-
las ou piora futura do paciente. É na avaliação me e pelve do paciente em busca de possí-
secundária que avaliamos a necessidade de veis fontes de sangramento e instabilização.
exames complementares para o paciente. Ele conta com 4 janelas de investigação bási-
cas, e mais 4 (totalizando 8) na sua versão es-
tendida, o e-FAST. As 8 janelas do e-FAST são:
ABCDE do Trauma
1. Espaço hepatorrenal;
• A – Airways: a traqueia está tópica? O pacien-
te consegue respirar e falar? Há algo na boca 2. Base pulmonar direita;
do paciente que o impeça de respirar? Lem- 3. Ápice pulmonar direito;
brar de colocar o colar cervical nessa etapa. 4. Janela esplenorrenal;
• B – Breathing: inspeção, palpação, auscul-
5. Base pulmonar esquerda;
ta e percurssão (IPAP) do tórax. Há sinais
de pneumotórax hipertensivo ou aberto, 6. Ápice pulmonar esquerdo;
hemotórax maciço ou lesão de árvore tra- 7. Janela pélvica;
queobrônquica? 8. Janela pericárdica.
• C – Circulation: avalie 3P (pele, pulso e per-
fusão) e pesquise hemorragias internas (tó-
rax, abdome, pelve e ossos longos).
• D – Disability: faça uma avaliação neuroló-
gica do paciente, no mínimo com o Glasgow
+ avaliação de pupilas.
• E – Exposure: tire as roupas do paciente
para verificar lesões escondidas, realize a
virada do paciente para investigar o dorso,
cubra o paciente para evitar hipotermia e
faça o pranchamento do paciente.

Atendimento ao Politraumatizado na UTI

Imagine que você está atendendo um pacien-


te politraumatizado na UTI. O atendimento
Diagnósticos Diferenciais do 4. Choque neurogênico: costuma ocorrer
Choque no Trauma em pacientes com TCE grave ou com le-
são de medula espinal, especialmente se
O paciente traumatizado na UTI pode apre- acima de T6. Isso leva a vasodilatação e
sentar choque hemorrágico (mais comum), “choque quente”.
obstrutivo, cardiogênico e neurogênico.

1. Choque hemorrágico: causado pela perda Conduta


maciça de sangue, com redução do volu-
Reanimação volêmica com 500 mL a 1L
me intravascular e da pré e pós-carga.
de Ringer Lactato, protocolo de transfusão
2. Choque obstrutivo: causado por elemen- maciça (concentrado de hemácias, plasma
tos extracardíacos de ordem vascular- fresco congelado e plaquetas, na proporção
-pulmonar (TEP ou hipertensão pulmonar 1:1:1) para pacientes com choque de alto
grave, por exemplo) ou mecânica, como grau, ácido tranexâmico se até 8h do trauma
por pneumotórax hipertensivo ou tampo- (1g EV em 10 min + 1g EV em 8 horas) e cor-
namento cardíaco. rigir outros fatores como hipotermia, acido-
3. Choque cardiogênico: gerado por causas se, foco de hemorragia e hipocalcemia.
que levam à falência cardíaca, como cau-
sas arrítmicas ou mecânicas (como ruptu-
ra traumática de músculo papilar).

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