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Informações sobre as tendências do leite no estado

do Rio Grande do Sul


A alta de custos de produção no campo e na indústria preocupa o setor lácteo
gaúcho, que se reuniu na manhã desta terça-feira, dia 23 de fevereiro, em encontro mensal
virtual do Conseleite. O colegiado informou que a projeção do valor de referência do litro
para fevereiro é de R$ 1,37, queda de 4,40% em relação ao consolidado de janeiro (R$
1,43). Apesar da redução, o indicador está 17% acima do patamar do mesmo mês de 2020.

O vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, alertou que as indústrias estão


trabalhando com margens negativas como resultado de um mix de fatores, como a retirada
do auxílio emergencial, a suspensão da volta às aulas e uma elevação generalizada de
custos, além da concorrência com os produtos importados. "Estamos vivendo um cenário
incerto. Nossa única certeza é o custo elevado. Diferentemente de anos anteriores, não
temos aquela expectativa de que, depois do Carnaval, o ano vai decolar”, lamentou
Guerra. Com a recente alta dos combustíveis, o dirigente teme por um efeito em cascata e
forte impacto na inflação.

Presidindo a reunião, o secretário do Conseleite, Tarcísio Minetto, prevê um cenário


delicado para o futuro. “Os desafios são grandes, principalmente com a alta do dólar e dos
insumos”, ressaltou Minetto. Ele confia na retomada do auxílio emergencial, valor que pode
ajudar a reaquecer o consumo das famílias. Por outro lado, espera que as restrições da
pandemia possam ser flexibilizadas em breve com o avanço da vacinação.

Para aliviar a pressão sobre a produção, o setor acredita que será preciso chamar o
governo, o varejo e as redes de fornecedores para o debate. “A indústria está no meio do
mercado. Precisamos chamar setores paralelos para conversar. Vai sair produtor do setor,
mas se continuarmos assim vai sair indústria também”, alertou Guerra.

Presente ao encontro, o presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, clamou por


maior união do setor lácteo por pautas coletivas e informou que os produtores estão com
muita dificuldade de se manter no mercado, o que deve resultar em uma nova debandada
da atividade. “Não temos a receita pronta, mas esse colegiado tem que se preocupar com
as pessoas, com as famílias que estão no meio rural”, pontuou.

Fonte: Site Novo Rural, com informações da


Assessoria de imprensa Sindilat/RS - Fevereiro, 2021
Frederico Modri Neto
Méd. Veterinário
CRMV/RS 10.060

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