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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ – ESTADO DO PARANÁ

DECRETO Nº 1435/2011

Estabelece os procedimentos relativos à aprovação de projetos


arquitetônicos, para concessão de Alvará de Licença para a construção de
residências unifamiliares e bifamiliares no município de Maringá.

O Prefeito Municipal de Maringá, Estado do Paraná, no uso das suas


atribuições legais e constitucionais, que lhe são conferidas pelo inciso I do
Artigo 6º da Lei Orgânica do Município, bem como em atenção às disposições
legais do Capítulo II da Lei Complementar n° 335/99, da Lei Complementar nº
888/2011 e das demais leis inseridas no Termo de Compromisso do Anexo I
deste Decreto,

DECRETA:

Art. 1.º Os procedimentos para a concessão de Alvará de Construção de residências


unifamiliares e bifamiliares no município de Maringá deverão observar ao disposto neste Decreto.

Art. 2.º Todos os projetos arquitetônicos de construção de residências unifamiliares e


bifamiliares no município de Maringá observarão ao disposto na Lei de Uso e Ocupação do Solo e na
Lei de Edificações do Município de Maringá e demais normas relativas às edificações.

Art. 3.º Os projetos arquitetônicos de residências unifamiliares e bifamiliares somente serão


submetidos à análise e aprovação do órgão municipal competente se apresentados de forma completa,
obedecidas as escalas exigidas na Lei de Edificações e contendo os elementos mínimos abaixo
relacionados:
I – situação esquemática e estatística;
II – planta de localização com orientação magnética verdadeira;
III – planta de implantação, indicando o respectivo passeio padrão e a distância à esquina mais
próxima;
IV – planta de cobertura;
V – planta de cada pavimento e do mezanino e/ou sótão, se houver;
VI – mínimo de um corte longitudinal e um transversal;
VII – elevação de cada fachada voltada para o logradouro;
VIII – mínimo de um perfil longitudinal e um transversal do terreno, com as cotas de nível dos
vértices deste último;
IX – dimensões, áreas e finalidades de todos os compartimentos;
X – elementos gráficos desenhados segundo as normas e demais legislações vigentes, de
ordem construtiva ou ambiental.

Art. 4º O requerimento para Alvará de Construção das edificações referidas nos Artigos 1º e 2º
deste Decreto, que deverá ser firmado pelo proprietário do imóvel ou co-responsável, que nesta
condição conste no Cadastro Imobiliário Municipal, deverá ser acompanhado da seguinte
documentação:
a) espelho do Cadastro Imobiliário Municipal do imóvel, a ser expedido na Praça de Atendimento
da Prefeitura;
b) Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do projeto arquitetônico e Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART de execução de obras, já devidamente quitadas;
c) Projeto arquitetônico, em 03 (três) vias, em cópia heliográfica ou papel sulfite;
d) no caso de construções com área superior a 100,00m², será exigida também a apresentação
da declaração de regularidade dos projetos complementares, expedida pelo CREA.

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§ 1º De posse dos elementos relacionados nas alíneas do caput, o proprietário ou co-


responsável deverá se dirigir à Praça de Atendimento no térreo do Paço Municipal onde, depois de
lançados e/ou quitados os tributos devidos, fará protocolar o requerimento de Alvará de Construção.

§ 2º O projeto arquitetônico referido será analisado pela Secretaria Municipal de Controle


Urbano e Obras Públicas – SEURB, a qual, para efeito de sua aprovação, verificará unicamente o
atendimento aos parâmetros mínimos da Lei de Uso e Ocupação de Solo em vigor, a saber:
a) permissão de habitação unifamiliar ou bifamiliar conforme zoneamento do lote;
b) número de pavimentos;
c) altura de edificação;
d) coeficiente de aproveitamento do lote;
e) dimensões e área de mezanino, se houver;
f) dimensões e área do sótão, se houver;
g) taxa de ocupação do lote;
h) área de estacionamento e circulação de veículos;
i) taxa de permeabilidade do lote;
j) recuo frontal (ajardinamento/circulação de pedestres e veículos);
k) afastamento das divisas laterais e de fundo;
l) atingimento por alargamento/prolongamento do Sistema Viário Básico;
m) dimensões e configuração do passeio público;
n) acesso a pedestres e veículos à edificação;
o) localização de postes, árvores, boca de lobo e placas de sinalização;
p) níveis dos vértices do terreno e em relação ao passeio público.

§ 3° Constatado o não atendimento aos parâmetros mínimos da Lei de Uso e Ocupação de Solo
em vigor, referidos no parágrafo anterior, o procedimento será indeferido, permanecendo disponível ao
Requerente na Praça de Atendimento pelo período máximo de 30(trinta) dias, após o que será
arquivado.

§ 4° Para processos indeferidos, o Requerente deverá ingressar com novo protocolo, após as
devidas correções, mediante o pagamento de nova taxa de aprovação de projetos, conforme previsto
no Anexo V da Lei Complementar 848/2010.

§ 5º A aprovação do projeto arquitetônico não exime seu autor da obediência à Lei de


Edificações em vigor, devendo o mesmo assinar Termo de Responsabilidade Técnica (projeto e
execução da obra), conforme modelo do ANEXO I deste Decreto, pelo qual, juntamente com o
proprietário ou co-responsável, assume a responsabilidade civil, administrativa e criminal, decorrente de
eventuais prejuízos a terceiros e, ainda, as sanções legais previstas nas legislações profissional e
municipal em vigor.

§ 6º Atendida a exigência do parágrafo anterior e recolhidos os tributos devidos, a SEURB


fornecerá o Alvará de Construção e respectivos projetos, com certificação digital e/ou carimbo de
aprovação, ao responsável técnico ou ao proprietário ou co-responsável.

§ 7º Os projetos acima destacados serão disponibilizados em meio físico, podendo o Município


fornecer 01 (uma) cópia do projeto aprovado on line em Portable Document Format – PDF, quando
disponível.

Art. 5º Os procedimentos que dependam de prévia demolição de construções já existentes no


imóvel, somente serão protocolados após a expedição do respectivo Alvará de Demolição ou da
Certidão de Demolição.

Parágrafo Único. Será indeferido o procedimento de que trata este Decreto se, durante a sua
fase de aprovação, for constatado que no imóvel existem construções a serem demolidas, não
informadas pelo proprietário ou co-responsável.

Art. 6º Os cálculos para o lançamento dos tributos a que se refere o § 1º do Art. 4º serão de
competência e responsabilidade da Secretaria Municipal da Fazenda – SEFAZ.

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Art. 7º No prazo de até 30 (trinta) dias corridos após a conclusão da obra, o proprietário do
imóvel ou co-responsável, que assim constar no Cadastro Imobiliário Municipal, deverá dirigir-se à Praça
de Atendimento do Paço Municipal ou on-line, quando disponível, onde deverá protocolar requerimento
à SEURB solicitando o Habite-se e Certidão de Construção, os quais serão fornecidos somente após
comprovada a regularidade fiscal, tributária e de posturas da obra.

Parágrafo Único. Comprovado, em vistoria fiscal, que a construção foi executada em


desconformidade com o projeto aprovado, tanto o proprietário do imóvel ou co-responsável quanto o
profissional responsável pelo projeto/execução, estarão sujeitos às penalidades cabíveis da legislação
municipal, com notificação do CREA para as devidas providências.

Art. 8º A vistoria referente à conclusão da obra para emissão do Habite-se e da Certidão de


Construção ficará a cargo da fiscalização da Secretaria Municipal de Gestão – SEGE.

Art. 9º A entrega do Habite-se, do Alvará de Construção e da Certidão de Construção, emitidos


pela Administração Municipal, será feita ao contribuinte na Praça de Atendimento do Paço Municipal,
em meio físico ou on-line quando disponível.

Art. 10. O Município de Maringá, em conjunto com o Conselho Regional de Engenharia e


Arquitetura do Paraná – CREA-PR, estabelecerá as diretrizes e o conteúdo de curso do Programa de
Excelência para habilitação dos profissionais de Engenharia e Arquitetura responsáveis pelos projetos
de arquitetura junto ao Município

Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto 1288/2011.

PAÇO MUNICIPAL, aos 19 de setembro de 2011.

SILVIO MAGALHÃES BARROS II


Prefeito municipal

RODRIGO VALENTE GIUBLIN TEIXEIRA


Chefe de Gabinete

JOSÉ LUIZ BOVO


Secretário Municipal de Gestão

LAÉRCIO BARBÃO
Secretário Municipal de Controle Urbano e Obras Públicas

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ANEXO I – DECRETO Nº 1435/2011


SECRETARIA DE CONTROLE URBANO E OBRAS PÚBLICAS
TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO / OBRA:
Proprietário ou co-responsável:
Inscrição Imobiliária:
Endereço:
Bairro: CEP:
Telefone: FAX:
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO PROJETO:
Nome:
Registro no CREA:
Telefone: FAX:
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:
Nome:
Registro no CREA:
Telefone: FAX:
TIPO DE OBRA: DIMENSÃO:
( ) Construção
________________________m².

Os abaixo assinados, na qualidade de proprietário do imóvel ou co-responsável e responsável técnico pela autoria
do projeto, declaram, para fins de obtenção de licença para execução de Obra, que o projeto e a execução atendem
integralmente à legislação vigente e assumem total responsabilidade quanto aos parâmetros arquitetônicos
construtivos, especialmente das seguintes normas:

-Lei Complementar 335/99 de 23 de -Resolução do CONFEA nº 1002, de 26 -Código de Prevenção de


Dezembro de 1999 – dispõe sobre o de Novembro de 2002, que adota o Incêndios do Comando do
projeto a execução e as características “Código de Ética Profissional”. Corpo de Bombeiros do Paraná
das edificações no Município de Maringá -Lei Complementar nº 632, de 06 de e NBR 9077.
e dá outras providências. Outubro de 2006 – Cria o Plano Diretor -NBR 9050/2004, Acessibilidade
-Lei Estadual nº 13.331, de 23 de do Município de Maringá. a edificações, mobiliário,
Novembro de 2001 – Dispõe sobre a -Lei Complementar 888, de 29 de Julho espaços e equipamentos
organização, regulamentação, fiscalização de 2011 – Dispõe sobre o uso e ocupação urbanos
e controle das ações dos serviços de do solo no Município de Maringá. -Código Civil.
saúde no Estado do Paraná, -Lei Complementar 335, de 23 de -ABNT NBR NM 313/2007 –
regulamentada pelo Decreto Estadual nº Dezembro de 1999 - Dispõe sobre o Elevadores de passageiros –
5.711, de 29 de Maio de 2002, e projeto, a execução e as características Requisitos de segurança para a
-Resoluções ANVISA RDC nº 50, de 21 das edificações no Município de Maringá. construção e instalação –
de Fevereiro de 2002 e RDC nº 189, de -Lei Complementar 333, de 23 de Requisitos particulares para
18 de Julho de 2003. Dezembro de 1999 – Dispõe sobre o acessibilidade das pessoas,
Sistema Viário Básico no Município de incluindo pessoas com
Maringá. deficiência.

Assumimos toda responsabilidade civil, administrativa e criminal decorrente de eventuais prejuízos causados a terceiros,
decorrentes das obras aqui previstas, bem como as sanções legais previstas na legislação municipal vigente. Declaramos,
ainda, termos ciência de que o não cumprimento destas normas isentará o Município de Maringá da expedição da
Certidão de Construção e do Habite-se respectivos.

Maringá(PR), ____ de _______________de_______.

Assinatura do proprietário Assinatura do Autor do Projeto Assinatura do Responsável Técnico pela Execução
Nome: Nome: Nome:
CPF: CPF: CPF:
CREA : CREA :

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