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Higiene e Segurança Industrial

Prof Ivan F. Bottger


ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
A análise preliminar de riscos (APR) baseia-se na
técnica definida e usada pelos militares nos programas
de segurança de seus sistemas. Muitas empresas
químicas possuem um método semelhante
implantado, talvez com nome diferente. Esta análise
evidenciou-se altamente eficiente em relação ao custo,
na fase de desenvolvimento de todos os sistemas
militares perigosos, inclusive as plantas de processo. É
também possível usar a análise em questão para
anteceder outros métodos mais detalhados de
identificação de riscos a serem utilizados em outras
oportunidades no decorrer da vida útil da planta.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
A APR é realizada mediante a listagem dos perigos associados aos
elementos do sistema, como definido no estágio de concepção ou
do começo do projeto. Os elementos da planta , que podem ser
definidos neste estágio, compreendem:

• matérias primas, produtos intermediários e finais e sua reatividade;


• equipamentos de processo;
• interface entre componentes;
• ambiente operacional;
• operações (teste, manutenção, procedimentos de emergência, etc);
• instalações;
• equipamentos de segurança.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
A análise preliminar de riscos compõe-se dos
seguintes passos básicos:
• reunir os dados necessários;
• efetuar a análise preliminar de riscos;
• Registra.r os resultados
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
Realizar a análise preliminar de riscos:
O processo de execução da APR consiste em identificar
os perigos, eventos iniciadores em potencial, e outros
eventos capazes de gerar conseqüências indesejáveis.
Os analistas devem igualmente identificar os critérios
de projeto ou alternativas com possibilidades de
eliminar ou reduzir os perigos capazes de determinar
um nível de riscos excessivamente elevado para o
empreendimento. É evidente que é necessária uma
certa experiência para realizar tais avaliações.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
a) equipamentos e materiais perigosos da planta como, por
exemplo, combustíveis, substâncias químicas altamente reativas,
substâncias tóxicas, sistemas de alta pressão e outros sistemas de
armazenamento de energia;

b) interfaces entre equipamentos e substâncias da planta associadas


à segurança como, por exemplo, interações de materiais, início de
propagação de incêndios ou explosões e sistemas de controle ou
parada;

c) fatores ambientais susceptíveis de influenciar o equipamento e os


materiais da planta como, por exemplo, terremotos, vibração,
temperaturas extremas, descargas eletrostáticas e umidade;
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
d) procedimentos de operação, teste, manutenção e
atendimento à situações de emergência, importância dos
erros humanos, funções a serem desempenhadas pelos
operadores, disposição (ergonomia) dos controles de
equipamentos e proteção contra acidentes com o pessoal;

e) elementos de apoio das instalações como, por exemplo,


armazenamento, equipamentos de teste, treinamento e
utilidades;

f) equipamentos relacionados com a segurança: sistemas de


atenuação, redundância, extintores de incêndio e
equipamentos de proteção pessoal.
Exemplo
Consideremos um processo que utilizará H2S
líquido bombeado. O analista de APR só
dispõe da informação de que este produto
será usado no processo e nenhum outro
detalhe do projeto. O analista sabe que o H2S
é tóxico e identifica sua liberação como um
perigo. Estuda então as causas para esta
liberação:
Informações gerais
O H2S é um gás incolor, mais pesado do que o ar, com odor desagradável de ovos podres. Seu
estado físico pode ser líquido sob pressão;

Usos: Produção de diversos sulfetos inorgânicos, ácido sulfúrico, compostos orgânicos sulfurosos,
desinfetante em agricultura, etc;

Na indústria do petróleo as principais fontes de exposição são:


Perfuração e produção: poços de gás e óleo;

Transporte e armazenamento do petróleo;

Refinarias: efluentes líquidos, petróleo cru, hidrocraqueamento, bombas, hidrogenação, respiros


de tanques, unidades de destilação do petróleo, águas ácidas, sistemas blow down, drenagem de
tanques;

Sinônimos: Sulfeto de hidrogênio, hidrogênio sulfurado, ácido hidrossulfúrico, sulfeto de


hidrogênio.
Grau de Insalubridade (NR 15): Máximo.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
1. o cilindro pressurizado vasa ou rompe-se;
2. o processo não consome todo H2S
3. as linhas de alimentação de H2S apresentam
vazamento ou ruptura;
4. ocorre um vazamento durante o recebimento
do H2S na planta.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
• estudar um processo que armazene substâncias alternativas de menor toxidez,
capazes de gerar o H2S de acordo com as necessidades da operação;
• instalar um sistema de alarme na planta;
• minimizar o armazenamento local do H2S, sem excesso de manuseio ou de
entregas como, por exemplo, armazenamento das necessidades de produção para
um período de duas semanas a um mês;
• desenvolver um procedimento de inspeção de cilindros
• estudar um recipiente cilíndrico dotado de um sistema de inundação disparado
por um detector de vazamentos;
• instalar o cilindro de maneira a facilitar o acesso por ocasião das entregas, mas
distante do tráfego de outras plantas;
• sugerir o desenvolvimento de um programa de treinamento para todos os
empregados, a respeito dos efeitos do H2S e das práticas de emergência, a ser
entregue a todos os empregados, antes da ativação inicial da planta e,
subseqüentemente, a todos os novos empregados, junto com um estudo de um
programa semelhante para os vizinhos da planta.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
Risco Risco
Risco Sério Risco Crítico
Menor Moderado

Frequência

A B C D E

Risco
IV Risco Menor Risco Sério Risco Crítico Risco Crítico
Moderado

Risco Risco
III Risco Menor Risco Sério Risco Crítico
Severidade

Desprezível Moderado

Risco Risco Risco


II Risco Menor Risco Sério
Desprezível Desprezível Moderado

Risco Risco Risco Risco


I Risco Menor
Desprezível Desprezível Desprezível Moderado
Serviços de instalação telefônica em alturas e/ou em caixas subterrâneas
Orde Risco Causas Efeitos Fre Sev Risco Medidas Preventivas ou
m qü eri corretivas
ênc dad
ia e

1 Alta -Contato com equipamentos de -choque elétrico C IV SÉRIO Treinamento, supervisão,


voltage outra concessionária -queimadura uso de EPI, construir terra
m -Raios -morte adequado

2 Queda -Falta de amarração na escada -lesão D IV CRÍTICO Supervisão, uso de EPI,


pela -Falta de EPI (cinto) -fratura treinamento
escada -morte

3 Agentes -Animais em decomposição -mal estar E IV CRÍTICO Uso de detectores de gases,


químico -Vazamento de gás e esgoto -lesão supervisão, ventilação
s -morte

4 Explosã -Presença de misturas -queimadura D IV CRÍTICO Uso de detectores de


o explosivas e fonte de ignição -fratura explosividade, ventilação,
-morte supervisão

5 Atropela -Sinalização ineficiente -lesão C IV SÉRIO Treinamento, sinalização


mento -Falta de atenção -fratura adequada
-morte

6 Acident -Inabilidade -lesão B IV MODERADO Incentivo para redução de


e com -Falta de atenção dos -fratura acidentes de veiculo,
veículo motoristas -morte manutenção preventiva,
-Veiculo em má conservação treinamentos

7 Maçaric -Inabilidade -queimaduras A III DESPREZÍVEL Treinamanto e manutenção


o -Falta de atenção
-Má condição de manutenção
Serviços de usinagem com fresa
APP – COZINHA INDUSTRIAL

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