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Lista2 Ex2
Lista2 Ex2
Coordenador:
Professor Sérgio Lucena
Edição de Apostilas:
Aklécio N. Silva
Paloma Boa Vista Felix
Sérgio Lucena
Valnísia Nogueira
Capa:
Cléber Souza
SUMÁRIO
1
x1
x2
X , chamada de matriz das incógnitas, e
xn
b1
b2
B , a matriz dos termos independentes.
bm
Exemplo:
0 1 0 1
8 4 4 3
4 3 8 4
Exemplo:
2
0 1 0 1
1 4 4 16
4 3 4 3
Exemplo:
A terceira linha da matriz a seguir é igual ao seu valor inicial somado a 3 vezes
o valor da segunda linha. L3 L3 3L2 :
0 1 0 1
1 4 1 4
4 3 1 9
Por exemplo:
1 3 1 0
4 0 é linha equivalente a 0 1 , pois
3 9 0 0
1 3 1 3 1 3 L2
1 3 1 0
L2
L2 L2 4 L1 L3 L3 3 L1 12 L1 L1 3 L2
4 0 0 12 0 12 0 1 0 1
3 9 3 9 0 0 0 0 0 0
5 x1 6 x2 12x3 1
2 x1 3 x2 1
4 x1 x2 x3 6
3
Solução:
5 6 12 1 (1)
2 3 0 1 (2)
4 1 1 6 (3)
Para isso, devemos usar o valor dos coeficientes e dos termos independentes,
em suas respectivas posições.
1º) Multiplica-se inicialmente a primeira linha da matriz por 1/5 de forma que o
primeiro coeficiente seja igual a 1. Em seguida multiplica-se a linha 1 por -2 e
soma-se o resultado obtido com a segunda linha da matriz, para que a
primeira incógnita x1 seja eliminada da linha 2, isso irá resultar em novos
valores para segunda linha. Finalmente, a terceira linha é modificada, quando
se multiplica a primeira linha por -4, e soma-se o resultado com a linha 3.
Resultando em:
1 65 12 5 15
0 35 24 5 35
0 29 5 53 5 34 5
2º) A seguir multiplicamos a segunda linha da matriz por -5/3 para que o termo
da segunda linha e segunda coluna seja igual a 1.
1 65 12 5 15
0 1 8 1
0 29 5 53 5 34 5
1 0 12 1
0 1 8 1
0 0 57 1
4º) A seguir multiplicamos a terceira linha da matriz por -1/57 para que o
coeficiente de x3 dessa linha seja igual a 1.
4
1 0 12 1
0 1 8 1
0 0 1 1 57
1 0 0 69 57
0 1 0 65 57
0 0 1 1 57
x1 69 / 57
x2 65 / 57
x3 1 / 57
Como vimos no exemplo 1.1, foi utilizado um método para resolver o sistema
por eliminação de incógnitas, partindo inicialmente da matriz ampliada do
sistema até uma matriz de formato especial, que chamaremos de matriz-linha
reduzida à forma escada. Este método consiste em obter por linha-redução a
matriz reduzida à forma escada, por meio das quais podemos solucionar o
sistema de forma simples.
Segundo Boldrini (1986), uma matriz mxn é linha reduzida à forma escada
quando:
5
4. Se as linhas 1, ..., t são as linhas não nulas, e se o primeiro elemento não
nulo da linha i ocorre na coluna ki, então k1<k2<....<kt.
Por exemplo, as três matrizes a seguir não estão na forma escada, pois:
1 0 0 0
0 1 2 3 0 , a segunda condição não é satisfeita;
0 0 1 0
0 5 1
1 0 4 , a primeira e quarta condições não são satisfeitas;
0 0 0
0 1 8 0 1
0 0 0 0 0 , a primeira e terceira condições não são satisfeitas.
0 0 0 3 2
“Teorema 1.3.1: Toda matriz Amxn é linha equivalente a uma única matriz-linha
reduzida à forma escada.”
Digamos que uma matriz Bmxn seja a matriz linha reduzida à forma escada linha
equivalente a uma matriz Amxn. Definimos o posto de A (p), como o número de
linhas não nulas de B, e a nulidade de A como o número (n-p), sendo (n) o
número de colunas de A.
6
1 1 3
1 4 2
A
1 5 1
4 16 8
Solução:
2 1 3 1 4 2 1 4 2 L2
L2 1 4 2
L2 L2 2 L1 9
L3 L3 L1 L3
1 4 2 L1 L2 2 1 3 L4 L4 4 L1 0 9 1 L3
9
0 1 1/ 9
1 5 1 1 5 1 0 9 1 0 1 1/ 9
4 16 8 4 16 8 0 0 0 0 0 0
1 4 2 1 0 14 / 9
L3 L3 L2 0 1 1/ 9 L1 L1 4 L2 0 1 1/ 9
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
2x y 3
x 4y 2 x 0 y 14 / 9
, é equivalente ao sistema:
x 5y 1 0x y 1 / 9
4 x 16 y 8
2x y 3
x 4y 2
7
1.4 SOLUÇÕES DE UM SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES
Podemos ter:
x1 k1
xn kn
2. Infinitas soluções:
3. Nenhuma solução.
“Teorema 1.4.1:
8
Uma vez visto o caso geral, vamos partir agora para os casos mais simples.
Boldrini (1986) afirma que para um sistema de uma equação e uma incógnita:
ax b,
2x y 5
Exemplo 1.3–Qual seria a solução do sistema ?
x 3y 6
Solução:
2 1 5
A matriz ampliada do sistema é , e sua matriz-linha reduzida à
1 3 6
1 0 3
forma escada , que é equivalente a:
0 1 1
x 0y 3
0x y 1
Logo o sistema possui apenas uma única solução, x=3 e y=-1. Também
poderíamos ter encontrado esta solução graficamente, lembrando que o
conjunto de pontos x, y R R , que satisfaz cada equação do sistema
representa uma reta no plano, sabendo que a solução é igual ao ponto
comum às duas retas, observe a fig.1.2.
9
Fig.1.2 – A solução do sistema é dada pela intersecção das duas retas.
2x y 5
Exemplo 1.4–Qual seria a solução do sistema ?
6 x 3 y 15
Solução:
Concluímos então que qualquer ponto de uma das retas é uma solução do
sistema.
2 1 5 1 1/ 2 5 / 2
6 3 15 0 0 0
1 5
x y
2 2
0x 0 y 0
10
5 1
valores arbitrários para y , y , e fazendo x y . Como pode
2 2
assumiu qualquer valor, esse sistema tem infinitas soluções.
2x y 5
Exemplo 1.5– Qual seria a solução do sistema ?
6 x 3 y 10
Solução:
2 1 5
Nesse caso a matriz ampliada do sistema é , enquanto sua matriz-
1 3 6
1 1/ 2 0
linha equivalente reduzida à forma escada é . Por isso, o sistema
0 0 1
inicial equivale a:
1
x y 0
2
0x 0 y 1
Podemos dizer então que o sistema inicial não possui solução, ele é
incompatível, pois não existe nenhum valor de x e y que satisfaça a segunda
equação deste último sistema encontrado.
11
computação. Serão considerados neste texto, sistemas quadrados(sistemas
nos quais o número de equações é igual ao número de incógnitas), e alguns
dos principais métodos de resolução usualmente empregados.
Note que este sistema é o mesmo descrito na seção 1.1, e todas as afirmações
feitas anteriormente naquela seção continuam válidas. De modo geral,
existem dois métodos de resolver o sistema (encontrar o vetor solução, que
satisfaz todas as suas equações):
1. Métodos diretos
2. Métodos iterativos
1.5.1.1ELIMINAÇÃO DE GAUSS
12
Este sistema de equações possui solução bastante trivial, dada por:
xn bn / ann
n
bi aij x j , i n 1 , n 2 , ,1.
j i 1
xi
aii
ai10
mi1 são chamados de multiplicadores.
a110
13
Temos então a matriz:
Sendo:
Passo 2:
bi 2 bi 1 , para i 1,2 .
14
a11n 1 a12n 1 a1nn 1 b1 n 1
0 0 a2nn 1 b2n 1
An 1
n 1 n 1
0 0 ann bn
15
a110 a120 a130 b1 0 L2 L2 m21L1 a111 a121 a131 b11
L3 L3 . m31L1
A0 a210 a220 a230 b20 A1 0 a221 a231 b21
a310 a320 a330 b30 0 a321 a331 b31
a210 a310
Sendo m21 , m31 . E a22 a220 , a321 a320 , e assim por
1
m21a120 m31a120
a110 0
a11
diante.
a321
Sendo m32 . Esta última matriz representa um sistema triangular cuja
a221
solução é obtida facilmente através das seguintes substituições:
b1 2 a122 x2 a132 x3
x1
a11
b22 a232 x3
x2
a222
b332
x3
a332
x1 x2 x3 0 1 1 1 0
x1 3 x2 5 x3 0 , cuja matriz ampliada é: A 0
1 3 5 0
x1 2 x2 3x3 1 1 2 3 1
1 1 1 0 L2 L2 m21L1 1 1 1 0
0 L3 L3 m31L1 1
A 1 3 5 0 A 0 2 6 0
1 2 3 1 0 1 4 1
16
1 1 1 0 1 1 1 0
L3 L3 m32L2
A1 0 2 6 0 A2 0 2 6 0
0 1 4 1 0 0 1 1
1
Sendo m32 .
2
Esta última matriz representa um sistema triangular superior:
x1 x2 x3 0
2 x2 6 x3 0
x3 1
4
Cuja solução é representada pelo vetor x 3 .
1
1.5.1.2 PIVOTAÇÃO
17
1 2 1 1 9
0 1 0 3 6
A1
0 8 4 5 3
0 6 2 0 17
Solução:
1 2 1 1 9
0 8 4 5 3
A1
0 1 0 3 6
0 6 2 0 17
1 6
m32 e m42 .
8 8
máx aijk 1
arsk 1
pivô arsk 1
i, j k
18
3 2 1 1 5
0 1 0 3 6
A1
0 3 5 7 7
0 2 4 0 15
Solução:
3 2 1 1 5
0 7 5 3 7
A1
0 3 0 1 6
0 0 4 2 15
x1 Mx 0 g (primeira aproximação)
(segunda aproximação), etc.
2 1
x Mx g
19
Se a sequência de aproximações x , x , x , é tal que, lim x k , então
0 1 k
O teste do erro relativo também pode ser utilizado com boa precisão no teste
de parada, nesse caso:
k hk
d
máx xi k
1 i n
20
a21 a13 a1n
0
a11 a11 a11 b1 / a11
a21 a23 a2 n b2 / a22
0
M a22 a22 a22 e g
an1 an1 a21 bn / ann
0
ann ann ann
x1 k 1
b1 a12 x2k a13 x3k a1n xnk a11
x2k 1
b2 a21 x1 k a23 x3k a2 n xnk a22
k 1 k
x n bn an1 x1 a x an ,n 1 xnk,n 1 ann
n2 2
k
De acordo com Santos (2009, p.88) o método de Jacobi pode ser efetuado
seguindo o seguinte algoritmo:
n
bi aij x kj
j 1
j i
xik 1
aii
Fim.
Se
xik 1
xik
máx ou k N
1 i n xik
Pare
( é a precisão dada e N um número natural que informa a
quantidade de iterações a ser realizada).
Fim
21
Exemplo 1.10 – Resolva o seguinte sistema linear pelo método de Jacobi:
8 x1 3 x2 2 x3 2
2 x1 12 x2 4 x3 5
4 x1 2 x2 9 x3 1
Solução:
Neste exemplo, observamos que nem a estimativa inicial foi fornecida nem a
precisão requerida, logo devemos estabelecer estes valores. O sistema no qual
o método iterativo deve ser aplicado, é escrito na forma:
x1 2 3 x2 2 x3 8
x2 5 2 x1 4 x3 12
x3 1 4 x1 2 x2 9
0
Se escolhermos como vetor aproximação inicial x 0
0 com erro 0,00001
0
, montamos a seguinte tabela usando o método de Jacobi:
Observa-se nesta tabela que a partir da iteração 23, o sistema converge para
uma solução. Podemos dizer então que a solução do sistema é representada
0,1034
pelo vetor x 23
0,4079 .
0,0255
22
CAPÍTULO 2: BALANÇO DE MASSA
2.2 BALANÇOS
23
chamado de volume do sistema. Vamos realizar um balanço de massa na
unidade de processo da fig.2.1para um instante de tempo qualquer t .
E S G C A (2.1)
Sendo:
Balanço integral – este balanço indica o que está ocorrendo no sistema entre
dois instantes de tempo, o momento após a alimentação e o momento após a
retirada do produto, os termos da equação do balanço são quantidades. Este
balanço é usado geralmente para processos em batelada.
24
2.2.2 BALANÇO DE PROCESSOS CONTÍNUOS EM ESTADO ESTACIONÁRIO
E S G C 0 (2.2)
E S 0
Solução:
E S
Como são duas espécies entrando no tanque, dois balanços devem ser
efetuados.
25
Para o benzeno:
E S
2
250 kg B / h 200 kg B / h m
2 50 kg B / h
m
Para o tolueno:
E S
1
250 kg T / h 225 kg T / h m
1 25 kg T / h
m
1 m
500 kg / h 200kg / h m 2 225kg / h
Já calculamos m
1 e m 2 , substituindo seus valores na expressão anterior, temos
que:
500 kg / h 500 kg / h
Se utilizarmos a eq.(2.1) para analisar este caso, vamos descobrir que o termo
de acúmulo é também:
A G C (2.4)
26
Exemplo 2.2– Suponha que existam dois frascos contendo uma mistura de
água e metanol. A primeira mistura possui 30% em massa de metanol,
enquanto a segunda mistura contém 60% em massa de metanol. Se 400g da
primeira mistura são misturados com 300g da segunda mistura num terceiro
frasco, qual seria a massa e composição do produto?
Solução:
300g 400g m
m 700g sol.
300 g CH 3OH
xCH3OH 0,429 g CH 3OH / g sol.
700 g sol.
Da equação do balanço:
E S
0,7 400 0,4 300 0,571 700
400 g H 2O 400g H 2O
27
2.2.4 BALANÇO INTEGRAL DE PROCESSOS SEMI-BATELADA E PROCESSOS
CONTÍNUOS
Solução:
E S
kmol ar
n 1,143
min
A S
kg L kmol
n 30m3 0,87 103 3 1 283,69 kmol C7 H 8
L m 92kg
28
O termo de saída do balanço é igual àvazão molar na qual o tolueno deixa o
sistema vezes o tempo de processamento final, tf. Por isso o balanço A S,
resulta em:
2.2.5.1 FLUXOGRAMAS
Corrente S3: oxigênio puro, com vazão molar igual a 1/5 da vazão molar da
corrente S1.
Solução:
29
1. Escreva os valores e a unidades de todas as variáveis conhecidas, sobre as
linhas que representam as correntes de entrada ou saída.
g H 2O cm 3 H 2 O
1 504
m cm 3 min mol H 2 O
n 2 28
M M g H 2O min
18
mol
Para água:
30
0,2n1 n1 n 2 n 3
n3 n2 933,33 28 mol ar
n1 754,44
1,2 1,2 min
Para o nitrogênio:
Solução:
O fator de escala é:
31
lbmol A
Corrente inferior: 1440 1,406 2024,64
h
lbmol B
760 1,406 1068,56
h
A unidade das frações molares pode ser alterada de mol / mol para
lbmol/ lbmol , mas seus valores permanecem os mesmos. O fluxograma fica:
Balanço global:
kg kg kg
8 10 m m 18
min min min
32
Para o benzeno:
kg C3 H 6 kg kg C3 H 6 kg C3 H 6
8 m x x 0,44
min min kg kg
As duas regrasa seguir, como Rousseau (2005) descreve, podem ser aplicadas
para processos sem reação:
Exemplo 2.6– Uma solução aquosa com fração de mássica de 40% de HCl
entra numa unidade de processamento, e deseja-se reduzir esse percentual
para10%. Para isso uma corrente de água pura é utilizada na diluição. Calcule
as razões (litros de água pura/kg solução deHCl) e (kg de solução
resultante/kg solução de HCl).
Solução:
33
2. Expresse o que o problema pede para você determinar em termos das
variáveis do fluxograma.
V1
(litros de água/kg de solução inicial) e
100
m2
(kg de solução final/kg solução inicial)
100
Para o HCl:
E S
34
kg HCl kg HCl
0,4 100 kg 0,1 m2 m2 400 kg
kg kg
300 kg m1 m2 m1 100 kg H 2O
m1 m1 100 kg
V1 100 litros
V1 1 kg / litro
V1 100
1 litros de água / kg de sol. HCl
100 100
m2 400
4 kg de sol. result. / kg de sol. HCl
100 100
35
Calcule as vazões e composições desconhecidas.
Solução:
Os sistemas que podemos escolher para análise estão representados por linhas
pontilhadas na figura abaixo.
0,55 500 0,75 100 0,9 300 0,2 250 xc (50) xc 0,6 kg A / kg
36
Balanço de massa sobre a unidade 1:
m a 100 m b m b 300 kg h
2.2.7 RECICLO
Exemplo 2.8– Uma corrente de ar seco contendo 8 mol% de água deve ser
resfriada e desumidificada, de modo a conter apenas 0,70 mol% de água. A
corrente de ar é combinada com uma corrente de reciclo proveniente de um
resfriamento e desumidificação anteriores. A corrente misturada contém 5,6
mol% de água. No ar condicionado, parte da água é condensada e
removida na forma líquida. Uma fração do ar desumidificado que deixa o
condensador é reciclada e o restante é liberada no ambiente. Tomando 1 mol
de ar desumidificado como base de cálculo, calcule o número de moles da
corrente inicial, da água condensada, e do ar reciclado.
Solução:
37
O fluxograma desse processo é mostrado na figura abaixo. As linhas
pontilhadas destacam os subsistemas nos quais os balanços de massa podem
ser aplicados.
Balanço molarglobal:
n2 n1 n5
n2 n5 1,079
0,056n2 0,007n5 0,086
38
O valor das variáveis pode ser facilmente encontrado se utilizarmos o
método de Gauss (visto anteriormente no cap.01):
39
CAPÍTULO 3:BALANÇO DE ENERGIA
1. Energia cinética
2. Energia potencial
3. Energia interna
A E S
Num sistema fechado a energia pode ser transferida através das fronteiras do
sistema na forma de calor ou trabalho, diferentemente do balanço de massa
num sistema fechado, no qual a massa não atravessa as fronteiras do sistema
40
e os termos de entrada e saída eram desconsiderados. Podemos também
escrever a expressão anterior na seguinte forma:
ou
U EC EP Q W (3.2)
41
3.3 BALANÇO DE ENERGIA DE SISTEMAS ABERTOS EM ESTADO
ESTACIONÁRIO
O trabalho resultante realizado pelo sistema sobre o meio pode ser escrito
como:
W W S W fl (3.3)
O fluido que entra no sistema tem trabalho, feito sobre ele pela quantidade de
fluido anterior, dado pela relação:
42
Pi ,saiVi ,sai e subtrair pelo somatório do trabalho das correntes de entrada
Pi ,entVi ,ent .
A primeira lei da termodinâmica para um sistema aberto em estado
estacionário pode ser escrita na forma, E S . O termo de entrada representa
a taxa total de transporte de energia cinética, potencial e energia interna de
todas as correntes de entrada mais a taxa na qual a energia é transferida
como calor. O termo de saída representa a taxa de energia total transportada
pelas correntes de saída mais a energia que sai como trabalho.
E S
Q E j W E j E j E j Q W (3.7)
correntes correntes correntes correntes
de entrada de saída de saída de entrada
E j U j E Cj E Pj
u 2j
E j m jUˆ j m j j gz j
m
2
u 2j
E j m j Uˆ j gz j (3.8)
2
43
u 2j u 2j
m j Uˆ j PjVˆ j gz j m j Uˆ j PjVˆ j gz j Q W s (3.10)
correntes 2 correntes 2
de saída de entrada
A eq.(3.10) pode ser utilizada pode ser utilizada para resolver qualquer
problema de balanço de energia de sistemas abertos em estado estacionário.
Entretanto, podemos simplificar esta expressão, pois o termo Uˆ j PjVˆj pode ser
escrito como Ĥ j (entalpia específica), logo reescrevemos a eq.(3.10) na
forma:
u 2j u 2j
m j Hˆ j gz j m j Hˆ j gz j Q W s (3.11)
correntes 2 correntes 2
de saída de entrada
Mas
H m j Hˆ j m j Hˆ j
correntes correntes
de saída de entrada
u 2j u 2j
E C m j m j
correntes 2 correntes 2
de saída de entrada
E P m j gz j m j gz j
correntes correntes
de saída de entrada
H E C E P Q W S (3.12)
44
CAPÍTULO 4:SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
DE BALANÇO COM AUXÍLIO DA
COMPUTAÇÃO
De modo geral existem dois métodos de resolução que podem ser aplicados
sobre as equações de balanço dos processos: simulação sequencial modular
e a simulação baseada em equações.
DESTILA
EXTRAI simula os processos de separação da destilação,
CRISTALIZA
ABSORVE extração, cristalização e absorção;
45
os blocos e correntes do sistema. Posteriormente a simulação é iniciada, e uma
série de blocos chamados de sub-rotinas lhe guiará até a solução das
equações de balanço de massa ou energia.
46
alimentação. Utilize os seguintes valores para capacidade calorífica das
espécies:
Espécie A B C D E
C p J / mol o C 87,2 125,9 160,4 174,8 187,3
Solução:
n A1 n A 2 n A3 (1)
n B1 n B 2 n B 3 (2)
nC1 nC 2 n C 3 (3)
n D1 n D 2 n D 3 (4)
n E1 n E 2 n E 3 (5)
H 0 n j Hˆ j n j Hˆ j
correntes correntes
de saída de entrada
Todas as entalpia da corrente 1 são nulas, por isso não foram escritas na
expressão anterior. Resolvendo a equação para T3 temos:
n A2 C pA n B 2 C pB n C 2 C pC n D 2 C pD n E 2 C pE
T3 T1 T2 T1 (6)
n A3C pA n B 3C pB n C 3C pC n D 3C pD n E 3C pE
47
Se os valores das correntes de entrada forem iguais aos mostrados na tabela
da figura acima, então: n A3 43,5 ; n B 3 56 ; nC 3 44 ; n D 3 27,9 ; n E 3 8 e
T3 36,9 oC .
48
Solução:
A R B 100 R B
B R P
B R 100
O sistema: B R P 0 possui a seguinte matriz ampliada:
B R 0
1 1 0 100
1 1 1 0
1 0 0
49
1 1 0 100 L2 L2 L1
L3
1 1 0 100 1 1 0 100
L3
L3 L3 L1
1 1 1 0 0 0 1 100 0 0 1 100
1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 100
1 1 0 100 1 1 0 100
L2 L3
L3 L3 L2 L2 / 1 1 100
0 1 1/ 0 100 0 1 0
1 1
0 0 1 100 0 0 1 100
100 1
1 0 0 100 1 0 0 100
1 1 1
L1 L2 L1 100
0 1 0 0 1 0 100
1 1 1
0 0 1 100 0 0 1 100
1
B 100
1
R 100
1
P 100
Para 0,5 :
Para 0,8 :
50
Se a estimativa inicial é que R=0, então o valor inicial de B será igual a
100, e as equações são escritas na seguinte forma:
Bk 100 Rk
Rk Bk
Para 0,5 :
k R B 100 R R B
1 0 100 50
2 50 150 75
3 75 175 87,5
4 87,5 187,5 93,75
100 200 100
Para 0,8 :
k R B 100 R R B
1 0 100 80
2 80 180 144
3 144 244 195,2
4 195,2 295,2 236,16
400 500 100
51
simultaneamente, usando programas como Matlab®, Maple®,etc. Entretanto a
solução de um grande número de equações simultaneamente pode ser
pesado e demorado até mesmo para computadores potentes.
O exemplo a seguir ilustra a simulação baseada em equações.
Solução:
Para coluna 1:
B 35 0,673m1 m2
T 50 0,306m1 m3
X 15 0,021m1 m4
Para a coluna 2:
B m2 0,059m5 m6
T m3 0,926m5 m7
X m4 0,015m5 m8
52
Recuperação de 93,3% de X: m8 0,933 15 14
0,673 1 0 0 0 0 35
0,306 0 1 0 0 0 50
0,021 0 0 1 0 0 15
A0
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 1 0 0,926 0 5
0 0 0 1 0,015 0 14
L2 L2 m21 L1 0,306
Efetuamos então as operações , sendo m21 0,455 ,
L3 L3 m31 L1 0,673
0,021
m31 0,0312, para obtermos:
0,673
0,673 1 0 0 0 0 35
0 0,455 1 0 0 0 34,075
0 0,0312 0 1 0 0 13,908
A1
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 1 0 0,926 0 5
0 0 0 1 0,015 0 14
0,673 1 0 0 0 0 35
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 0 1 0,00184 0,0312 13,908
A2
0 0 1 0 0,00268 0,455 34,075
0 0 1 0 0,926 0 5
0 0 0 1 0,015 0 14
53
0,673 1 0 0 0 0 35
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 1 0 0,00268 0,455 34,075
A3
0 0 0 1 0,00184 0,0312 13,908
0 0 0 0 0,923 0,455 29,075
0 0 0 1 0,015 0 14
0,673 1 0 0 0 0 35
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 1 0 0,00268 0,455 34,075
A4
0 0 0 1 0,00184 0,0312 13,908
0 0 0 0 0,923 0,455 29,075
0 0 0 0 0,01316 0,0312 0,092
0,01316
E finalmente a operação L6 L6 m65 L5 , sendo m65 0,0143 ,
0,923
resultando em:
0,673 1 0 0 0 0 35
0 1 0 0 0,059 1 0
0 0 1 0 0,00268 0,455 34,075
A5
0 0 0 1 0,00184 0,0312 13,908
0 0 0 0 0,923 0,455 29,075
0 0 0 0 0 0,0247 0,5078
0,673m1 m2 35
m2 0,059m5 m6 0
m3 0,00268m5 0,455m6 34,075
m4 0,00184m5 0,0312m6 13,908
0,923m5 0,455m6 29,075
0,0247m6 0,5078
54
CAPÍTULO 5: ESTUDO DE CASO
Cada corrente do processo tem suas próprias propriedades, que podem ser
manuseadas pelo engenheiro. Uma corrente de processo é definida pelas
seguintes propriedades:
55
Vazão Massa( ou mols) por tempo (ou n ) kg h (ou kgmol h )
m
Composição Fração mássica ( ou molar) w (ou x ) Adimensional
Fig.5.2 – Alteração das propriedades de uma única corrente através de duas unidades
de processamento.
As propriedades da corrente nos ponto S1, S2a, S2b e S3 podem ser verificadas
na tabela a seguir.
Como você pode observar, entre as correntes nos pontos S2a e S2b, não há
unidades de processamento, a corrente possui as mesmas propriedades, pois
assumimos que nesse caso elas possuem valor constante.
56
TABELA 5.3 – OPERAÇÕES UNITÁRIAS BÁSICAS E AS MUDANÇAS NA CORRENTE
MIXER
57
e) A identificação da fase da corrente de saída depende da sua
temperatura, pressão, e composição. Ela pode ser diferente das
correntes de entrada. Sua fase tem de ser determinada usando uma
tabela, um diagrama ou um conjunto de equações.
58
5. Qual é a vazão molar de tolueno estimada na corrente de saída?
Splitter
59
Fig.5.4 – Separação de duas correntes em um Splitter.
a) Sim b) Não
60
a) 80,120 kgmol h b) 80,60 kgmol h c) 40,120 kgmol h d) 40,60 kgmol h
Reator (REACTOR)
C7 H 8 CH 3OH C8 H 8 H 2O H 2
61
Suponhamos que 100 kgmol h de tolueno e 300 kgmol h de metanol são
alimentados num reator. Qual a maior quantidade de estireno que pode ser
produzida?
R: Metanol
R: 75% , pois:
Até agora, nós não discutimos nada sobre o calor de reação. Sabemos que
cada reação química envolve a quebra e/ ou a combinação das ligações
moleculares dos componentes químicos, e isto resulta num consumo de
energia (reação endotérmica) ou a geração de energia (reação exotérmica)
no interior do reator.
62
Se assumirmos que o nosso reator está isolado, o que aconteceria com a
temperatura da corrente na saída? Seria maior ou menor que a temperatura
da corrente de entrada?
Propriedade Corrente S1
Fase Vapor
Temperatura 510oC
Pressão 400 kPa
Vazão molar 200 kgmol h
Vazão molar (metanol) 100 kgmol h
Vazão molar (tolueno) 100 kgmol h
63
b) A pressão da corrente de saída depende da estequiometria dos seus
componentes. Além disso, uma diminuição de pressão sempre ocorre,
porque o material que flui através de qualquer unidade de
processamento sofre atrito.
c) A vazão total e a vazão dos componentes (molares ou mássicas)
mudam na corrente de saída. No entanto, a vazão mássica total é
sempre conservada durante a reação química.
d) A fase da corrente de saída pode ser diferente da fase na corrente de
entrada e deve ser determinada a partir das propriedades básicas da
corrente de saída, isto é, sua temperatura, pressão e composição.
64
Temperatura 510oC (?)o C
Pressão 400 kPa 330 kPa
Vazão mássica total 12400 kgmol h 12400 kgmol h
Vazão mássica (metanol) 3200 kgmol h 640 kgmol h
Vazão mássica (tolueno) 9200 kgmol h 1840 kgmol h
Vazão mássica (água) 0 kgmol h 1440 kgmol h
Vazão mássica (estireno) 0 kgmol h 160 kgmol h
Vazão mássica (hidrogênio) 0 kgmol h 8320 kgmol h
65
Refrigerador (COOLER)
Sabemos que o efluente do reator está todo na fase vapor, portanto, deve ser
resfriado, para permitir que a separação ocorra.
Sabemos que o efluente do reator deve ser resfriado até uma temperatura na
qual diferentes fases existam. Antes de projetar o separador de fases, devemos
resfriar a corrente de efluentes, usando para isso um trocador de calor. Como
essa unidade atua resfriando a corrente do processo ela é também chamada
de refrigerador.
66
Neste ponto, é necessário decidir sobre o fluido de resfriamento, ou fluido de
troca de calor, que teria como resultado o resfriamento desejado.
Tipicamente, uma corrente de água à temperatura ambiente, é utilizada
devido ao seu baixo custo.
67
A figura abaixo ilustra o diagrama do refrigerador:
a) Sim b)Não
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
68
6. Seria correto afirmar que a água resfria a corrente pela remoção de calor
da mesma?
a) Sim b)Não
Decantador (Decanter)
69
separando as três fases. As três correntes são então separadas em: uma
corrente de vapor, uma corrente de líquido leve (orgânico) e uma corrente de
líquido pesada (aquosa).
No nosso problema, três fases distintas, uma fase vapor e duas fases de líquidos
imiscíveis são formadas quando a temperatura do efluente é resfriada abaixo
de 40ºC . Os dois líquidos são uma fase orgânica e uma fase aquosa. A fase
orgânica contém tolueno e estireno, e a fase aquosa contém em sua maior
parte, água. Existem frações de metanol em ambas as fases, aquosa e
orgânica.
70
Fig.5.10 – Representação de um decantador num diagrama de processo.
a) Sim b)Não
a) Sim b)Não
71
5. As correntes de hidrogênio e água são removidas do decantador:
72
aquele componentes mais voláteis (com menor ponto de ebulição) evaporam
e se acumulam na parte superior da coluna, enquanto os componentes
menos voláteis (de maior ponto de ebulição) tendem a se concentrar no
fundo da coluna na forma líquida.
73
f) A fase da corrente de saída inferior da coluna é sempre líquida.
Enquanto, a corrente de saída do topo pode estar na fase vapor, na
fase líquida, ou ter as duas fases combinadas.
74
Qual é a pressão estimada das correntes de destilado e de fundo,
respectivamente?
a) Sim b)Não
a) Sim b)Não
a) Sim b)Não
75
cada unidade do processo como um sistema e analisamos a massa e/ou
energia que entrava e saía do sistema.
BIBLIOGRAFIA
BOLDRINI, J.L. et al.Álgebra Linear. 3ª edição. São Paulo: HARBRA ltda, 1986.
RUGGIERO, Márcia A.G.; LOPES, Vera L.R. Cálculo Numérico Aspectos Teóricos
e Computacionais. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1996.
76