Você está na página 1de 22

A viscosidade e a sua medição

Profa. Débora Gonçalves


•Reologia
Termo - 1920

- escoamento (fluxo) e deformações decorrentes.

- mudanças na forma e escoamento de materiais fluidos.

•Viscosidade
resposta do fluido ao atrito viscoso de suas camadas
internas que impõem resistência ao escoamento.

2
Fluidos e sólidos
Tensão e deformação

Callister, 5ª. ed. p. 80.

3
Fluidos e sólidos

Tensão (stress) ( – deformação (strain) idealidade):

- Lei de Hooke, sólidos elásticos.

x (viscoelásticos) G
- Lei de Newton, fluidos viscosos.

4
Fluidos viscosos e sólidos elásticos

Sólidos: DEFORMAÇÃO
(elástica – volta à situação inicial sem força externa).
Elasticidade – conservação de energia.
Módulo de Young
Atrito interno –movimentos lentos, resultantes de tensões internas.

Fluidos: VELOCIDADE DE DEFORMAÇÃO.


Pode escoar continuamente sob força externa aplicada.
Viscosidade – contribuição dissipativa.

5
Prop. mecânicas sólidos
a) Duro e quebradiço;
b) Duro e resistente; A C D
B
c) Elástico; Análise
d) Macio e fraco;
e) Macio e resistente

6
Escoamento laminar
 velocidade inicial de escoamento, v0.
 = F/A ângulo de cisalhamento, = x/y
 deslocamentos das camadas do fluido - variação
transversal da velocidade - perfil de velocidade.

7
F dvx

A dy
Lei de Newton para escoamento viscoso.

8
Escoamento viscoso
Escoamento viscoso
 Regime de escoamento, laminar ou turbulento.

gradiante de pressão, dP.

9
Laminar •trajetórias bem definidas. •dutos de pequeno
•lâminas ou camadas. diâmetro.
•papel da viscosidade - vence •baixa velocidade de
tendência à turbulência. fluxo.
•alta viscosidade do
fluido.

Turbulento •trajetórias irregulares.


•movimentos aleatórios.
•transferência de quantidade de
movimento entre regiões da massa
líquida.

10
TIPOS DE FLUIDOS
 viscosos - flui (óleo lubrificante) e
viscoelásticos - textura sólida predomina
(gelatina):

- propriedades viscosas (líquidos) e elásticas


(sólidos)
- relação entre elas, a dada T., depende da
força aplicada e do tempo da deformação.

11
Fluidos viscoelásticos –piche;
efeito de recolhimento elástico.

Número de Deborah, De. De = /t


tempo de relaxação característico do material/tempo de fluxo (velocidade
de deformação)
De >> sólido De << líquido

12
TIPOS DE FLUIDOS
 Newtonianos
- única viscosidade a dada T., independente da
tensão de cisalhamento.
- constante com veloc. de cisalhamento e
independe do tempo.
 Não-Newtonianos

- varia com veloc. de cisalhamento de


diversas maneiras e depende ou não do
tempo.

13
Fluidos não-Newtonianos

Soluções poliméricas, sangue, suspensões, emulsões, etc.

 Independentes do tempo:
reo-fluidificantes (pseudoplásticos)
reo-espessantes (dilatantes)
plásticos (Birgham e Casson).

 Dependentes do tempo:
tixotrópicos (fluidificantes)
reopéticos (espessantes) - viscosidade absoluta decresce ou
aumenta com o tempo, respectivamente.

14
Casson
Diminui atrito interno.

+ raro

15
Exemplos - cotidiano

 Tintas - alta viscosidade – paredes texturizadas;


aplicação usual - baixa viscosidade.
 Solventes - baixa viscosidade –

resinas - alta viscosidade - diferenças tamanhos de


cadeias polimerizadas.
 Indústrias: matérias-primas e produtos:
desenvolvimento de produto, qualidade, textura,
controle sobre qualidade e vida útil de produto na
prateleira.

16
Alimentos
 Leite fresco: emulsão de gordura em água -fluido Newtoniano.
Viscosidade depende processamento industrial - diminui - leites integral x
desnatado - diferenças quantidades de proteínas e lipídeos.
 Omega 3: ácidos graxos poliinsaturados – peixes - adicionados ao leite e
alimentos - ingrediente funcional. Diminui viscosidade do sangue e
agregação de plaquetas.
 Margarina/maionese: fluidos não-Newtonianos pseudoplásticos e
tixotrópicos - alta consistência - rico conteúdo em óleos - viscosidade
diminui com o aumento da força aplicada - leva ao alinhamento das
moléculas e diminuição atrito viscoso. Ausência de força externa – faca -
viscosidade volta ao valor original. Mel e leite condensado - mesma
natureza tixotrópica - presença de proteínas.
 Catchup: fluido plástico Bingham - escoamento rápido se superada tensão
inicial de escoamento - quando se força a saída do catchup de frasco.
 Chocolate: fluido pseudoplástico - escoamento complexo - comportamento
reológico variável: aplicação de tensão de deformação inicial se comporta
como plástico de Bingham, com o passar do tempo continua a apresentar
comportamento de fluido não-Newtoniano - perde classificação de plástico.
 Natas, claras de ovos batidas, manteiga batida, musses e gelatina em
água fria: fluidos viscoelásticos.

17
Lubrificantes
 Dispersões poliméricas, sistemas multifásicos, materiais com tecidos
estruturais e semi-sólidos - pastas e géis - viscoelásticos - comportamento
híbrido elástico e viscoso.
Óleo lubrificante em peças mecânicas - necessidade de reduzir atrito entre
partes móveis.
Como um filme - deve suportar peso de peças móveis - após expulsão excesso
de óleo para laterais - distância suficiente entre partes - característica de
suportar peso das partes deve-se à pressão interna no fluido - depende da
viscosidade e densidade do fluido e da velocidade das partes móveis.
Viscosidade depende da temperatura - peças mecânicas lubrificadas e
aquecidas movem-se facilmente - menor viscosidade do lubrificante.
 Dependência viscosidade de lubrificantes e temperatura - reduzida com uso
de aditivos.
Testes de ponto de mínima fluidez - indicam menores valores de temperatura
nos quais ainda ocorre escoamento dos lubrificantes - experimentos
possibilitam classificação dos óleos - grau inverno ou verão.

 Graxas - lubrificantes pastosos (emulsões de óleos e espessantes) -


necessidade de tensão inicial de escoamento - diante de baixas tensões de
cisalhamento se portam como sólidos e não escoam - se assemelham aos
lubrificantes sob altos valores de tensão.

18
Fluidos Classificação
Água Newtoniano
Amido de milho em água Dilatante
Argila, lama Dilatante
Catchup Plástico
Chocolate Pseudoplástico
Clara de ovo batida Viscoelástico
Dispersão de polímeros Viscoelástico
Géis, gelatina Viscoelástico
Leite Newtoniano
Maionese Pseudoplástico/tixotrópico
Manteiga batida, nata, musse Viscoelástico
Margarina Pseudoplástico/tixotrópico
Mel, leite condensado Tixotrópico
Mercúrio Newtoniano
Óleo lubrificante Newtoniano
Papel Pseudoplástico
Pasta de dentes Viscoelástico
Sangue Newtoniano
Tinta à base d’água Pseudoplástico
Tinta à base de solventes Newtoniano
Tinta a óleo Tixotropia

19
Tipos de viscosímetros

 Capilares
 Rotacionais
 Queda de esfera

20
Viscosímetro capilar
Partes: reservatório (bulbo);
capilar de dimensões conhecidas (forma de U);
receptor (bulbo).

dispositivo para controle e medida da pressão;


dispositivo para determinação da velocidade do fluxo.

Medida: tempo para escoar certo volume de fluido sob ação da


gravidade.

21
Viscosímetro capilar
r= / o r = .t/ o.to
V R4 P
QV
t 8 L r = t/t0

(t t 0 )
sp r 1
t0
Viscosímetro de queda de esfera (Hoppler)

( 2 1 ) t
2 e 1, as densidades da esfera e do fluido

22

Você também pode gostar